Tornar o surf num aliado na defesa dos oceanos

  • Capital Verde + EDP
  • 5 Julho 2022

Os praticantes de surf têm um papel crucial na defesa dos oceanos. No evento “Let’s Sea” ficámos a saber como é que atletas, empresas e instituições estão já a contribuir para esse desígnio.

Este é o tempo de passar das palavras à ação, envolvendo todos na proteção dos oceanos, a começar pelos praticantes de surf, verdadeiros embaixadores do mar. E a verdade é que são já vários os projetos existentes destinados à preservação marinha com foco no surf, como ficou claro durante o evento “Let’s Sea: the waves for the future”, que se realizou no dia 29 de junho, no Parque das Nações, em Lisboa.

O encontro, que aconteceu em paralelo com a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, contou com a presença de Vera Pinto Pereira, administradora da EDP, Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, Emily Hoffer, CEO da World Surf League (WSL) PURE, e do surfista Garrett McNamara.

conferência protecção dos oceanos
O painel de oradores foi constituído por Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal; Vera Pinto Pereira, administradora da EDP; Emily Hoffer, CEO da World Surf League (WSL) PURE; Garrett McNamara, surfista; e Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal

“Portugal é um país de mar”, começou por dizer Luís Araújo, realçando que “somos um país feito por 97% de oceano e só 3% de terra”. Como tal, “é inevitável pensar no mar” e, como consequência, apoiar o surf, concluiu. O responsável lembrou que “o estilo de vida português tem muito a ver com o surf, mas, mais importante, tem a ver com a forma como cuidamos do outro e como cuidamos do oceano”. Nas suas palavras, o turismo representa mais de 60% da economia azul em Portugal, o que, reconhece, “é importante”, mas “é mais do que isso, é tirar vantagem desta economia azul e dizer que estamos na linha da frente da proteção dos nossos oceanos”. Embora admitindo que trazer turistas para Portugal é a missão do organismo que representa, salientou que os planos são mais ambiciosos e passam também por “sensibilizar para algo a que habitualmente se vira as costas”, referindo-se aos oceanos.

Trata-se de trabalhar com as gerações futuras – que estão a olhar para este planeta com enorme preocupação, porque nós não fizemos um bom trabalho a protegê-lo – e trazer consciência sobre como é importante proteger a natureza e os oceanos e como é difícil fazê-lo.

Vera Pinto Pereira

Administradora da EDP

Treinar e inspirar as gerações futuras

Um projeto ancorado no surf e nos seus praticantes, tendo em vista a sustentabilidade e a preservação dos mares, é o EDP Surf for Tomorrow. Promovido pela EDP, trata-se de um programa focado na formação pessoal e desportiva de jovens surfistas portugueses e espanhóis, entre os 13 e os 18 anos, com o objetivo de colocar mais atletas na elite do surf mundial e servir de inspiração para as novas gerações. Porém, como destacou Vera Pinto Pereira, o objetivo não passa apenas pela competição: “Trata-se de trabalhar com as gerações futuras – que estão a olhar para este planeta com enorme preocupação, porque nós não fizemos um bom trabalho a protegê-lo – e trazer consciência sobre como é importante proteger a natureza e os oceanos e como é difícil fazê-lo.”

O oceano é absolutamente central para uma empresa como a EDP, que fez da ação climática e da transição energética o seu core business, o seu propósito e a sua missão.

Vera Pinto Pereira

Administradora da EDP

Associado ao projeto está a realização de um documentário, dividido em dez episódios, onde fica claro que este é um programa que implica, da parte dos jovens, “um enorme esforço mental e físico para alcançarem o seu sonho, que é serem grandes surfistas das competições mundiais”, explicou a administradora da EDP à margem do evento. Da mesma maneira, “a nossa grande ambição, enquanto sociedade, tem de ser a de sermos membros de um planeta saudável e isso não virá sem esforço, sem mudança dos nossos hábitos do dia-a-dia”, acrescenta, fazendo um paralelismo com a dedicação e empenho exigidos aos jovens surfistas.

De acordo com Vera Pinto Pereira, “o oceano é absolutamente central para uma empresa como a EDP, que fez da ação climática e da transição energética o seu core business, o seu propósito e a sua missão”. Prova disso mesmo é o facto de a empresa ter sido a primeira companhia elétrica da Europa a apostar na produção de energia renovável flutuante, aproveitando os ventos fortes em alto mar, através do WindFloat Project, localizado ao largo da costa de Viana do Castelo. Mais recentemente, a companhia – que pretende ser 100% verde em 2030 – anunciou um reforço de 1,5 mil milhões de euros de investimento neste tipo de projetos.

Pranchas sustentáveis até 2028

Quem também está na linha da frente da proteção dos oceanos é o MEO, não só através do apoio, há vários anos, a praticantes de surf e à realização de eventos da modalidade no nosso país, mas também enquanto uma das entidades promotoras do projeto Unwanted Shapes – Zero Impact, Full Performance, que pretende que, até aos Jogos Olímpicos de 2028, toda a indústria do surf esteja a utilizar pranchas feitas de material sem impacto ambiental. Para Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, a associação da empresa ao surf justifica-se, não só porque o desporto representa os valores que a companhia defende – “como trabalho de equipa, ambição e resiliência”, elencou – mas também porque “vive da sustentabilidade do mar”, sendo que a sustentabilidade é também um valor central para o MEO. “Todas estas parcerias fazem sentido para nós, porque cada pessoa produz, em média, 3 quilos de plástico por mês e esse plástico acaba no mar na maior parte das vezes”, afirmou, destacando a importância de se “converter o plástico com que são feitas as pranchas de surf”.

O oceano é absolutamente central para uma empresa como a EDP, que fez da ação climática e da transição energética o seu core business, o seu propósito e a sua missão.

Vera Pinto Pereira

Administradora da EDP

Surf depende da saúde dos oceanos

“O oceano é a nossa arena, o nosso estádio, o nosso parque de diversões e a nossa inspiração”, afirmou Emily Hoffer, deixando claro que o surf “depende inteiramente da saúde dos oceanos”, razão por que na WSL Pure (o ramo da WSL dedicado à sustentabilidade) estão “totalmente comprometidos com este trabalho”. “Acreditamos que o desporto tem um caráter inspirador, pelo que durante os nossos eventos inspiramos os nossos fãs a tomarem ações. Os surfistas são uma peça importante nessa missão. À volta do mundo, penso que nos dias de hoje ainda não se fala o suficiente sobre os oceanos”, reforçou.

Igualmente presente na sessão, Garrett McNamara, famoso por ter surfado as ondas grandes da Nazaré, também se revelou um apaixonado pelo mar e pela sua conservação, concordando que cabe à comunidade surfista dar o exemplo e inspirar. “Temos de dar aquele passo extra para sermos sustentáveis, seja em casa, através daquilo que comemos ou do nosso próprio veículo”, disse. Quanto ao objetivo a alcançar até aos Jogos Olímpicos de 2028, acredita que é “100% atingível”, opinião que foi secundada por outros participantes na conversa moderada por Paul Evans, da WSL.

Inclusão e intervenção artística

Ao longo do encontro foram ainda dados a conhecer outros projetos relacionados com a preservação dos oceanos, como é o caso das EDP Open Sessions, que constituem aulas solidárias de surf para crianças e jovens de instituições de solidariedade social. Estas sessões “apelam à importância de não deixar ninguém para trás também no surf”, esclareceu Vera Pinto Pereira, segundo a qual, mais recentemente, a EDP passou também a prestar atenção ao surf adaptado para crianças com deficiências físicas, com o mesmo intuito de inclusão.

proteção dos oceanos - conferência
No evento “Let’s Sea: the waves for the future”, foram apresentados alguns dos projetos existentes destinados à preservação marinha com foco no surf

Outra área de intervenção com vista a chamar a atenção para a importância de salvaguardar os ecossistemas marinhos é artística, e à EDP juntou-se Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils, que vai dar uma nova vida a peças retiradas de centrais elétricas da EDP desativadas e desmanteladas.

No âmbito do EDP Art Reef, o artista vai selecionar algumas estruturas e com elas criar uma exposição entretanto submersa ao largo do Algarve. De acordo com a administradora da EDP, este projeto “apela à importância da circularidade da economia”, também tendo em conta o objetivo de a empresa atingir a meta CO-free em 2025, como recordou no final da sessão.

Ao longo da sua intervenção, Vera Pinto Pereira apontou ainda o apoio dado pela companhia ao kitesurfer Francisco Lufinha, que através da EDP Atlantic Mission se propôs a algo inédito: atravessar o Atlântico sozinho num kite boat movido apenas por energias renováveis, aproveitando para consciencializar e inspirar quem seguia a sua aventura a preocupar-se em proteger os oceanos.

O encerramento do evento coube a Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, que deixou clara a intenção do Governo de incluir a sustentabilidade, nomeadamente no que toca à preservação dos oceanos, como preocupação na área do Turismo: “Convidamos as pessoas não só a virem a Portugal, mas também a fazerem com que a mudança aconteça.” Nas suas palavras, tal é imprescindível, porque “somos feitos de água, a alma portuguesa é feita de água”.

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Venda do Clube VII com assessoria da Antas da Cunha Ecija e Pinto Ribeiro Advogados

A Antas da Cunha Ecija apoiou um grupo de investidores portugueses na compra do Clube VII à britânica Pacific Investments Management Limited, que foi assessorada pela Pinto Ribeiro Advogados.

A Antas da Cunha Ecija (AdCE) assessorou um grupo de investidores portugueses na aquisição do Clube VII à sociedade britânica Pacific Investments Management Limited, que foi assessorada pela Pinto Ribeiro Advogados. O Clube VII é um conhecido ginásio situado no Parque Eduardo VII, em Lisboa, composto por inúmeros campos de ténis e de paddle, piscina de 25 metros e ginásio, entre outros espaços de lazer.

A equipa multidisciplinar da AdCE que acompanhou esta transação foi liderada pelo sócio Henrique Moser e contou, entre outros, com a colaboração das advogadas Carolina Meireles e Mariana Carvalho. Já a equipa da Pinto Ribeiro Advogados contou com a participação do sócio João André Antunes e da associada Ana Luísa Oliveira, ambos da área de comercial e societário.

A transação envolveu a compra das participações sociais representativas do capital social das sociedades que integram o Clube VII e implicou a intervenção da AdCE no planeamento geral da transação, na realização de uma due diligence Legal às sociedades que integram o Grupo Clube VII e na preparação, revisão e negociação de toda a documentação necessária, em particular, do contrato de compra e venda das participações sociais.

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Brent afunda mais de 9% com receios de recessão

Matéria-prima continua a agravar as perdas, com o Brent a ceder 9,33%, numa altura em que a escalada dos preços dos combustíveis e do gás natural acentua os receios de uma recessão.

Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a acentuar as perdas verificadas no arranque da sessão, com o Brent a ceder 9,33% para 102,91 dólares, numa altura em que os investidores pesam as preocupações com a oferta e com os receios de uma possível recessão global que reduza a procura por combustível.

O Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações nacionais, fechou a ceder 9,33% para 102,91 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recuou 8,17% para 99,57 dólares. É a primeira vez desde 11 de abril que o WTI está a cotar abaixo dos 100 dólares, dia em que tinha fechado nos 94,29 dólares.

No arranque da sessão desta terça, o Brent caia 0,41%, para 113,03 dólares e o WTI desvalorizava 1,13%. Ao início da tarde as cotações de petróleo estavam a ceder cerca de 5% e o brent chegou mesmo a afundar mais de 10%.

Este desempenho acontece numa altura em que os investidores temem que o abrandamento económico aliado ao aumento dos preços do gás e dos combustíveis possa ter impacto na procura pelo “ouro negro”. Na zona euro, os dados demonstram que o crescimento dos negócios em todo o bloco comunitário desacelerou ainda mais em maio, sugerindo que a região possa entrar em recessão já este trimestre.

A cotação do brent caiu apesar desta terça-feira ter sido iniciada uma greve de trabalhadores noruegueses do setor petrolífero, que exigiam aumentos salariais para compensar o aumento da inflação. No final do primeiro dia, a greve terminou depois da intervenção do governo norueguês. “Os trabalhadores vão voltar o mais rápido possível”, anunciou o líder sindical Audun Ingvartsen, citado pela Reuters. A greve poderia reduzir a produção de petróleo em cerca de 89.000 barris por dia.

(Notícia atualizada às 21h10 com novas cotações)

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Resgate financeiro da energética Uniper pode custar ao governo alemão 9 mil milhões

Maior importadora de gás russo está em conversações com o governo alemão sobre um possível resgate financeiro, depois de a Rússia ter cortado 60% do abastecimento.

O governo alemão está em conversações com o grupo energético Uniper para um resgate financeiro, depois de a Gazprom ter cortado 60% do gás fornecido à empresa. De acordo com a Bloomberg, que cita uma fonte próxima do processo, o pacote financeiro poderá chegar aos 9 mil milhões de euros. A notícia arrastou os títulos da empresa para terreno negativo, esta terça-feira, estando atualmente a desvalorizar mais de 14% para 9,623 euros.

O resgate financeiro, semelhante ao que aconteceu com a companhia aérea alemã Lufthansa, em 2020, integra um pacote de medidas que visam ajudar o setor energético a colmatar os efeitos negativos provocados pela redução do fluxo de gás da Rússia. Entre elas, está a ser estudada também a possibilidade de serem postas à venda ações de empresas do setor afetadas pelo corte de gás russo.

De acordo com o jornal alemão Handlesblatt, o governo está a negociar ficar com 25% da Uniper ao valor nominal de 1,70 euros por ação, estando também em cima da mesa uma possível participação passiva.

A Alemanha, tal como muitos países do bloco europeu, tem estado a enfrentar dificuldades em aligeirar os danos provocados pelas reduções no fluxo de abastecimento do gás russo, numa altura em que são feitos esforços para garantir que existem reservas para o inverno. De acordo com analistas do RBC e Citigroup, citados pela Bloomberg, o corte deve custar cerca de 30 milhões de euros por dia à Uniper.

Embora a Uniper represente a preocupação mais urgente, dado ser o maior importador de gás russo do país, toda a economia alemã encontra-se fragilizada tendo levado o governo a acionar um plano de emergência. Na altura, o ministro da Economia reconheceu que o país atravessava “uma crise de gás”, mas no sábado passado, 2 de julho, alertou que o pior está por vir.

“Não estamos a lidar com decisões erráticas, mas com uma guerra económica, completamente racional e muito clara”, disse Habeck no sábado. “Após uma redução de 60%, o próximo passo será lógico”.

Recorde-se que, em 2020, o governo alemão, na altura liderado por Angela Merkel, avançou com um resgate financeiro da companhia aérea Lufthansa que se viu prejudicada pelas restrições aéreas decretadas devido à pandemia da covid-19. Na altura, a Alemanha injetou 9 mil milhões na empresa e ficou com 20% do capital.

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“Regime de fidelizações tem sido prejudicial para economia e consumidores”, conclui Anacom

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Os atuais encargos da cessação antecipada do contrato em Portugal "são muito mais elevadas do que nos outros países", diz o presidente da Anacom.

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, afirmou esta terça-feira que o regime de fidelizações nas comunicações eletrónicas em vigor “tem sido prejudicial para a economia portuguesa e para os consumidores”.

João Cadete de Matos falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito do grupo de trabalho sobre as comunicações eletrónicas [sobre a Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE) que transpõe o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas (CECE)].

O presidente da entidade reguladora enumerou uma dúzia de razões para defender a alteração do atual regime de fidelização nas comunicações eletrónicas e nos encargos a serem pagos na cessação antecipada dos contratos. João Cadete de Matos referiu que os atuais encargos da cessação antecipada do contrato em Portugal “são muito mais elevadas do que nos outros países”.

Apontou que há países da União Europeia (UE) em que os prazos dos contratos de fidelização são “menores”, com a Dinamarca com um prazo “de seis meses”, e a Noruega e Hungria que têm 12 meses.

Outra das razões é o regime de fidelizações em vigor em Portugal “não ter conduzido a preços mais baixos”, mas “pelo contrário”, salientou, citando que “os únicos dados fiáveis” sobre este tema são os Eurostat, da OCDE, referindo que “todos eles colocam Portugal entre os países que tiveram maior aumento dos preços das comunicações”, superior a 11%.

Aliás, “se o argumento fosse que alterar as regras de fidelização e aumentar os preços, eu se fosse operador” iria querer subir os preços, disse João Cadete de Matos. O presidente da Anacom sublinhou que os países com menores períodos de fidelização são “aqueles que apresentam preços mais baixos”, o que “evidencia” que o atual regime “tem sido prejudicial para a economia portuguesa e para os consumidores”.

Além disso, este regime “não conduziu a um maior investimento”, pois “havendo pouca concorrência, e as fidelizações contribuem para isso”, há menos investimento, referiu. “O regime de fidelização em vigor não tem favorecido o desenvolvimento económico”, sublinhou, salientando que é também “uma barreira à entrada de novas empresas no mercado”, aludindo o que se passou no “último ano” durante o leilão 5G.

Tarifa social de Internet “ficou muito aquém das expectativas” de adesão

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações afirmou ainda que a tarifa social de Internet “ficou muito aquém das expectativas” de adesão, que rondam os cerca de 700 pedidos. Questionado sobre a tarifa social de Internet, o presidente da entidade reguladora salientou que “ficou muito aquém das expectativas” de adesão.

“Do nosso ponto de vista também aí as fidelizações têm um efeito perverso” na mudança das famílias de baixos rendimentos, que ao pensarem aderir à tarifa social de Internet são “confrontadas” com milhares de euros para rescindir o contrato antecipadamente.

Além disso, as condições que são oferecidas “são exíguas e abaixo daquilo que a Anacom recomendou”, apontou João Cadete de Matos. “A nossa expectativa é que essas condições melhorem”, disse, já que ao fim de um ano de aplicação desta tarifa podem ser revistas.

Há precisamente dois meses, o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, afirmou, no parlamento, que a tarifa social não estava a ter a adesão que gostaria, mas que havia empenho para que esta seja “o mais alargada possível”.

Esta tarifa conta com cerca de 780 mil beneficiários potenciais, o universo da população que beneficia da tarifa social de eletricidade e da água. A tarifa entrou em vigor este ano e em 21 de fevereiro passado o regulador Anacom tinha anunciado que a mesma já podia ser subscrita.

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Receios de recessão põem Wall Street a abrir em baixa

Principais índices dos Estados Unidos iniciam semana em terreno negativo por receio que bancos centrais tenham de tomar medidas mais agressivas para conter subida da inflação.

O vermelho marca a abertura da primeira sessão da semana das bolsas dos Estados Unidos. As principais praças do mercado norte-americano estão a negociar em terreno negativo nesta terça-feira por conta dos receios da atuação dos bancos centrais face à subida da taxa de inflação.

Pelas 14h45, hora de Lisboa, o índice S&P 500 descia 1,59%, para 3.764,33 pontos. O tecnológico Nasdaq recuava 1,69%, para 10.939, 71 pontos.

Os investidores temem que os bancos centrais a nível mundial tenham de tomar medidas mais agressivas para conter a forte subida da taxa de inflação.

Também a contribuir para a desvalorização dos mercados está o aviso da Agência Internacional de Energia. A entidade alertou que os elevados preços do gás natural e os receios quanto à procura podem condicionar o crescimento da economia nos próximos anos.

Na manhã desta quinta-feira, euro caiu para o valor mais baixo em duas décadas, negociando nos 1,03%, mínimo desde o final de 2002.

Mais divisas estão sob pressão: o iene japonês transaciona novamente em mínimos de quase 24 anos e a coroa norueguesa cede 1% pressionada pela greve dos trabalhadores das plataformas de gás e petróleo.

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Portugal já recebeu primeiras 2.700 doses de vacinas contra a Monkeypox

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Portugal já recebeu as primeiras 2.700 doses de vacinas contra o vírus Monkeypox, adquiridas ao abrigo de uma compra conjunta pela Comissão Europeia.

Portugal já recebeu as primeiras 2.700 doses de vacinas contra o vírus Monkeypox, adquiridas pela Comissão Europeia para serem distribuídas entre os Estados-membros mais afetadas pelo surto, revelou esta terça-feira à Lusa a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

“As primeiras entregas de vacinas contra a varíola dos macacos chegaram a Portugal para proteger os cidadãos portugueses e responder ao surto de Monkeypox”, disse a comissária, numa declaração à Lusa.

Stella Kyriakides sublinhou que no espaço de duas semanas a Comissão Europeia adquiriu cerca de 110 mil doses de vacinas e iniciou as entregas aos países mais afetados, tendo Espanha sido o primeiro Estado-membro a receber uma remessa, de 5.300 doses, em 28 de junho.

Na ocasião, a Comissão Europeia, que negociou a compra de um total de 109.090 doses da vacina de terceira geração à farmacêutica Bavarian Nordic, indicou que seguir-se-iam Portugal, Alemanha e Bélgica, entre julho e agosto.

“Este trabalho vai agora continuar e intensificar-se à medida que nos encaminhamos para outro período de outono e inverno, com a pandemia da Covid-19 por perto”, assinalou a comissária à Lusa.

“Esta é uma União Europeia de Saúde que produz resultados tangíveis para as pessoas, com a nossa Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA) a reagir rapidamente e a adquirir vacinas para todos os Estados-membros que manifestaram a sua necessidade”, comentou a comissária europeia da Saúde.

De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados na passada quinta-feira, os casos de Monkeypox em Portugal ultrapassaram os 400, tendo sido já notificados também casos na Madeira.

Segundo a DGS, todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, que se mantêm em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis. “A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas já existem casos nas restantes regiões do continente (Norte, Centro, Alentejo e Algarve) e na Região Autónoma da Madeira”, referiu a autoridade de saúde.

Na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o número de infeções pelo vírus Monkeypox triplicou nas últimas duas semanas na Europa, onde já foram confirmados em laboratório mais de 4.500 casos em 31 países e territórios.

“A região europeia da OMS representa quase 90% de todos os casos confirmados globalmente em laboratório e reportados desde meados de maio”, alertou o diretor da organização para a Europa em comunicado.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

As lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem.

O número de lesões numa pessoa pode variar, tendem a aparecer na cara, mas podem alastrar-se para o resto do corpo e mesmo atingir as palmas das mãos e plantas dos pés. Também podem ser encontradas na boca, órgãos genitais e olhos. Estes sinais e sintomas geralmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem por si só, sem tratamento.

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Santander lança Dojo. Nesta plataforma são os colaboradores que decidem o que aprender

Com 90.000 conteúdos de formação, com temas que vão desde a linguagem de programação até competências transversais como liderança e comunicação, o Dojo está disponível 24h por dia, 7 dias por semana.

O Santander lançou o Dojo, uma nova plataforma de aprendizagem contínua em que são os colaboradores a gerir as suas próprias formações. O objetivo é desenvolver a capacidade das pessoas de aprenderem e de se reinventarem, para responderem da melhor forma à evolução das necessidades dos clientes e à modernização e digitalização do setor e do mercado.

“Agora, cada colaborador do Santander é dono do seu desenvolvimento. Com o Dojo cada um toma as rédeas daquilo que quer aprender, quando aprender e no formato que melhor funciona para si”, começa por explicar Sara da Fonseca, responsável de gestão de pessoas do Santander.

“Os líderes de equipas passam a contar também com uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento das pessoas. São agora uma peça chave para a identificação das competências necessárias na equipa, a alocação das formações e o motor da motivação para a procura de novos conhecimentos”, acrescenta, em comunicado.

Inspirada no termo japonês ‘Dojo’, local de aprendizagem de artes marciais e “local de caminho”, esta plataforma digital reúne as práticas do mercado de autoconsumo e formação individualizada, e está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, com formatos que se adaptam às diferentes formas de aprender, desde podcasts, vídeos e e-learnings interativos a resumos de livros ou papers.

Com mais de 90.000 conteúdos de formação, com temas que vão desde a linguagem de programação até competências transversais como liderança e comunicação, o Dojo inclui também uma área reservada às formações de caráter regulatório e obrigatório.

Para além do lançamento deste novo ecossistema de aprendizagem, o Santander inaugurou este mês as novas instalações da Academia Santander no Centro Santander, adaptadas a modelos presenciais, remotos ou híbridos.

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Talento feminino destacado pela PwC Espanha

  • Servimedia
  • 5 Julho 2022

Na cerimónia de encerramento do programa "Women to Watch", Gonçalo Sánchez enalteceu a importância do papel feminino nos cargos de administração das empresas e no crescimento da economia espanhola.

A PwC Espanha realizou a cerimónia de encerramento do seu programa Women to Watch‘, destinado a promover a presença de mulheres nos Conselhos de Administração das empresas espanholas, com a participação de Margarita Robles, ministra da Defesa, e de Gonzalo Sánchez, presidente da PwC Espanha, noticia a Servimedia.

No seu discurso, Gonzalo Sánchez salientou o complexo contexto económico e a instabilidade que as empresas estão a viver e salientou a importância de as empresas incorporarem os melhores talentos femininos se quiserem enfrentar com sucesso esta situação.

“A incerteza tornou-se uma certeza para a sociedade e para as nossas empresas, e já é um elemento básico a ser assumido na estratégia das empresas. Sabemos que o futuro que nos espera será instável do ponto de vista financeiro e um futuro de contínua transformação e mudança disruptiva nos modelos de negócio. Tudo isto vai ter grandes implicações do ponto de vista da gestão e dos perfis necessários que vamos exigir”, explicou ele.

Sánchez declarou que “as empresas vão precisar de todo o talento disponível para enfrentar o grande desafio que o próximo ciclo económico vai trazer” e destacou o papel que as mulheres devem desempenhar: “O talento feminino tem sido fundamental para o crescimento da economia espanhola até à data e sê-lo-á ainda mais nos próximos anos”.

O presidente da PwC Espanha destacou os progressos significativos que têm sido feitos no nosso país em termos de diversidade. “A percentagem de mulheres gestoras em 2022 cresceu para 36% e já está acima dos níveis da União Europeia. Além disso, a Espanha recuperou a sua posição como um dos dez países com maior presença feminina na gestão de topo das suas empresas“, acrescentou.

“A nossa lição aprendida é que temos de continuar a fazer progressos em políticas de inclusão que protejam o talento e evitem a existência de preconceitos, e programas que detetem o talento feminino. Igualdade significa não desperdiçar talento, que é o que mais nos falta hoje para assegurar o crescimento a que o nosso país aspira”, disse ele.

Para concluir, Gonzalo Sánchez afirmou: “Na PwC vivemos por e para o talento. É a nossa maior atração e o que nos torna diferentes de outras empresas. Estamos empenhados em promover a meritocracia, a igualdade de oportunidades e o reconhecimento como parte intrínseca da nossa cultura empresarial. Atualmente, 40% da nossa equipa de gestão é composta por mulheres. Estes são números que queremos continuar a melhorar nos próximos anos”.

Por sua vez, Margarita Robles indicou que as empresas são as grandes forças motrizes da economia e ter mais mulheres nos Conselhos de Administração é essencial: “É fundamental porque nós, mulheres, temos uma grande força dinâmica e transformadora. É por isso que acredito que todos estes programas são muito importantes, acima de tudo, para maximizar o potencial do talento feminino“.

O programa PwC’s Woman to Watch celebrou a sua sexta edição em 2022 e, durante este tempo, contou com a participação de 240 altas executivas, 75 das quais ocupam já posições nos conselhos de administração de algumas das principais empresas espanholas. O evento contou com a presença de Eva Balleste, diretora proprietária da Adif e da AENA, María Eugenia Girón, diretora independente da CIE Automotive, Ecoener e Corporación Financiera Alba, e Elisa Tarazona, CEO da Ribera Salud.

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Chinesa BYD apoiada por Buffet ultrapassa Tesla nas vendas globais de veículos elétricos

  • Capital Verde
  • 5 Julho 2022

Empresa chinesa destronou gigante norte-americana de Elon Musk nas vendas globais de veículos elétricos no primeiro semestre deste ano.

A BYD, grupo chinês produtor de carros elétricos, apoiado pela Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, ultrapassou a empresa de Elon Musk nas vendas globais de carros elétricos.

Segundo o Financial Times, a empresa sediada em Shenzhen vendeu cerca de 641.000 caros no primeiro semestre deste ano, traduzindo-se num aumento de 300% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, de acordo com os registos da empresa.

Este valor cria alguma distância entre o nível de produção registado pela Tesla nos primeiros seis meses do ano, altura em que foram vendidos 540.000 automóveis elétricos. A empresa de Elon Musk alega um segundo trimestre difícil na cadeia de abastecimento de componentes e interrupções nas vendas a partir da China, com as suas operações a serem atingidas pelas restrições associadas à pandemia da covid-19.

A publicação britânica explica que o crescimento chinês está relacionado com a posição de fortalecimento da China nas energias renováveis, “ostentando vantagens de escala” e também ao nível dos custos, em grande parte, da cadeia de fornecimento dos veículos elétricos, nomeadamente nas baterias.

Analistas contactados pelo Financial Times antecipam uma ascensão continuada do setor naquele país, considerando o crescimento como um sinal precursor de “uma mudança tectónica no mercado automobilístico global, à medida que os fabricantes chineses de veículos elétricos começam a focar-se nos mercados de exportação”.

 

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Transporte público de passageiros “em risco” face a prejuízo de 70 milhões

  • Lusa
  • 5 Julho 2022

Empresas reclamam apoio de 90 cêntimos por litro de gasóleo contra os 20 cêntimos atuais. Prejuízo supera os 70 milhões de euros devido ao sobrecusto do gasóleo.

O transporte público de passageiros acumulou nos últimos dois anos um prejuízo superior a 70 milhões de euros devido ao sobrecusto do gasóleo, alertou esta terça-feira a associação setorial, reclamando um apoio de 90 cêntimos por litro de gasóleo.

“As empresas de transporte público de passageiros não têm condições para continuar a suportar o sobrecusto associado à subida do preço do gasóleo, não indo os apoios estatais além dos 30%. Precisaríamos de ter um apoio público na ordem dos 90 cêntimos por litro”, afirma o presidente da Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop), Luís Cabaço Martins, citado num comunicado.

Segundo garante a associação, “se o Governo não intervir, introduzindo um apoio considerável por litro de gasóleo, a muito curto prazo os operadores deixarão de ter condições para manter a atividade, comprometendo o serviço público de transporte de passageiros, uma vez que as empresas não têm condições para suportar o sobrecusto do preço dos combustíveis sem poderem subir o valor dos títulos de transporte”.

Salientando que “as empresas filiadas na Antrop prestam um serviço público essencial às populações”, a associação recorda que “este serviço é imposto pelas autoridades de transporte, através da definição prévia dos serviços e dos preços a pagar”, e que “os operadores de transporte não têm mecanismos para ajustar o serviço ou o preço face à evolução dos custos de operação”.

Neste contexto, as empresas reclamam um apoio estatal na ordem dos 90 cêntimos por litro de gasóleo, contra os 20 cêntimos atuais, um valor inferior aos 30 cêntimos por litro que vigorou entre 01 de abril e 30 de junho.

No comunicado, a Antrop avisa que “o transporte público rodoviário de passageiros está em risco, face ao agravamento dos custos operacionais, muito particularmente dos combustíveis, cujo preço do gasóleo se agravou 83% nos últimos dois anos”. Já na sexta-feira, em declarações à Lusa, Luís Cabaço Martins tinha alterado que sem uma urgente “solução alternativa ou complementar” as empresas “fecham”.

O presidente da Antrop aplaudiu então o prolongamento do apoio extraordinário ao combustível, mas criticou a redução para 20 cêntimos por litro de gasóleo. “O apelo veemente que eu faço ao Governo é de encontrarmos rapidamente – não é daqui a uns meses, é agora – uma solução, sob pena de as empresas, a pouco e pouco, irem fechando e irem parando porque não há condições de circulação, porque os custos estão muito acima das receitas que nós temos e não conseguimos suportar”, afirmou então em declarações à Lusa.

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Alemanha prepara decreto que permite compra de ações em energéticas afetadas pelo corte de gás russo

  • Capital Verde
  • 5 Julho 2022

Governo alemão está a preparar um decreto-lei que vai permitir a compra de ações em empresas prejudicadas pelo aumento do preço dos gás

O governo alemão vai apresentar no Parlamento um decreto-lei que permita a compra de ações em empresas prejudicadas pelo aumento do preço dos gás, numa altura em que vigoram medidas de emergência que visam minorar os impactos da redução do abastecimento do gás russo.

De acordo com o Financial Times, se a medida for aprovada já esta semana, abriria caminho para que o Estado comprasse ações na Uniper, a maior importadora de gás russo na Alemanha. Na semana passada, já surgiam relatos de que o grupo energético estava em conversações com o governo para um resgate financeiro, depois de a Gazprom ter cortado 60% do gás fornecido à empresa.

O grupo baseado na cidade de Dusseldorf estima que as receitas financeiras fiquem “significativamente abaixo” de anos anteriores e do que era previsto em 2022. A empresa está agora em conversações com o governo alemão para definir um conjunto de “medidas de estabilização” para assegurar a liquidez,

Com esta medida, cita o Financial Times fontes próximas da proposta, o objetivo é evitar uma repetição de 2008, quando o colapso do Lehman Brothers afetou todo o mercado financeiro, desencadeado, mais tarde, uma crise global.

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