Economia alemã cresce no 2.º trimestre mas inflação trava consumo

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

A guerra na Ucrânia abrandará o crescimento da economia alemã e fará subir a inflação. O Bundesbank prevê um crescimento de 1,9% este ano e de 2,4% em 2023.

A economia alemã cresceu no segundo trimestre após o levantamento das restrições impostas devido à pandemia de covid-19, mas a inflação travou o consumo, afirmou esta segunda-feira o Bundesbank.

No boletim mensal de junho, os economistas do Bundesbank, citados pela Efe, dizem que “na primavera de 2022 a economia alemã pode ter crescido um pouco“, mas não é referida a estimativa.

O levantamento das restrições à vida social impulsionou o setor da gastronomia e em abril, a indústria recuperou uma pequena parte da produção perdida em março.

Mas, em geral, o Bundesbank salienta que a indústria ainda enfrenta problemas de abastecimento e escassez de material, bem como o aumento dos custos energéticos. Exclui-se, portanto, que a contribuição para o crescimento da indústria seja considerável.

A guerra na Ucrânia abrandará o crescimento da economia alemã e fará subir a inflação, como se reflete na previsão semestral publicada em 10 de junho. O Bundesbank prevê um crescimento de 1,9% este ano e de 2,4% em 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

RSA assessora alienação da participação detida pela Parvalorem ao Grupo Corticeira Amorim

A equipa da RSA envolvida na operação foi liderada por João Côrte-Real, sócio responsável pela área de prática de Societário, Comercial e M&A, e que incluiu os associados João Subtil e Tomás Gregório.

A sociedade de advogados RSA assessorou juridicamente o negócio de alienação da participação detida pela Parvalorem, S.A. representativa de 50% do capital social e direitos de voto da sociedade Cold River´s Homestead, S.A. (CRH), a qual tem um conjunto de ativos (bens móveis e imóveis) afetos à exploração agroflorestal, que constitui uma parte (3.300 hectares) da Herdade do Rio Frio, ao Grupo Corticeira Amorim (através da sua participada “AMORIM FLORESTAL, S.A.”).

“Assim e após a alienação, em Junho de 2021, da participação detida pelo Banco Comercial Português de 50% do capital social da CRH à participada “AMORIM FLORESTAL II, S.A”, operação, de igual modo, assessorada pela RSA, o Grupo Corticeira Amorim concretiza, agora, a aquisição da totalidade do capital social da CRH, reforçando a liderança no setor da exploração das florestas de sobro e desenvolvimento do sobreiro, tendo em vista contribuir para a neutralidade carbónica da empresa e do país”, explicou o escritório.

A equipa de advogados envolvidos na operação foi liderada por João Côrte-Real, sócio responsável pela área de prática de Societário, Comercial e M&A, e que incluiu os associados João Subtil e Tomás Gregório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Loulé recebe Festival Política em setembro. Haverá bolsas para jovens

As candidaturas às bolsas, no valor de 500 euros cada, de criação artística e intervenção cívica para jovens residentes no Algarve estão abertas até 25 de junho.

Após as edições de Lisboa e Braga, que somaram mais de três mil participantes ao longo de sete dias, o Festival Política prepara uma nova edição em 2022 na cidade de Loulé. Entre os dias 22 e 24 de setembro, o Cineteatro Louletano será o epicentro das atividades da estreia do evento no Algarve. Haverá bolsas, no valor de 500 euros cada, de criação artística e intervenção cívica para jovens residentes no Algarve.

“Serão três dias preenchidos com filmes, espetáculos, música, humor e conversas, tendo a desinformação como tema transversal. Os eventos do festival são de acesso gratuito e têm um compromisso com a inclusão. Todas as sessões de cinema têm legendagem em português (incluindo os de língua portuguesa) e todas as atividades são acompanhadas por tradução em língua gestual portuguesa. A programação será divulgada em breve”, lê-se em comunicado.

A organização do festival, em colaboração com o Instituto Português do Desporto e Juventude, já abriu as candidaturas às bolsas de criação artística e intervenção cívica, para jovens até aos 30 anos residentes no Algarve. Os vencedores integrarão a programação do Festival em Loulé. Cada bolsa tem o valor de 500 euros, abrangendo as modalidades de literatura, música, artes performativas, artes plásticas, vídeo ou de formação.

O tema da proposta deverá abordar alguma questão relacionada com os direitos humanos, a participação cívica ou política ou a desinformação. Para concorrer basta enviar uma proposta e o currículo e/ou portfólio através de correio eletrónico ([email protected]). As candidaturas decorrem até 25 de junho.

Este ano, o Festival Política já decorreu no Cinema São Jorge, em Lisboa, entre os dias 21 e 24 de abril, e no Centro de Juventude de Braga, entre os dias 5 a 7 de maio.

Conheça o regulamento aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo Mercan investe 16,8 milhões de euros em Holiday Inn Express em Évora

O grupo canadiano Mercan investe 16,8 milhões de euros em mais uma unidade hoteleira de Luxo, em Évora. O futuro Holiday Inn Express abre as portas em 2023 e vai empregar 100 pessoas.

A cidade de Évora vai ter mais uma unidade hoteleira de luxo, em 2023, o Holiday Inn Express, num investimento de 16,8 milhões de euros da Mercan Properties em parceria com uma das principais empresas hoteleiras mundiais, a IHG Hotels & Resorts (IHG), anunciou a Mercan Properties. Esta nova unidade hoteleira vai criar uma centena de postos de trabalho, 70 deles durante a fase de construção e três dezenas permanentes quando a unidade hoteleira abrir as portas.

Este já é o segundo projeto da empresa canadiana na cidade Património Mundial da UNESCO, depois de ter anunciado a construção do Hilton Garden Inn, envolvendo um investimento de 21 milhões de euros, e que deverá estar concluído ainda este ano, avançou a empresa canadiana.

O hotel Holiday Inn Express vai nascer na zona de Portas de Avis mediante a renovação de edifícios. “O projeto de renovação e subsequente investimento demonstram a crescente procura turística em Évora e a confiança da Mercan em Portugal, na sua generalidade”, adianta o presidente da Mercan Properties, Jordi Vilanova.

Segundo Jordi Vilanova, “o hotel vai preservar uma fachada clássica, em linha com o património envolvente, mas vai ter um interior moderno e sofisticado”. Este novo espaço vai contemplar 76 quartos, uma piscina, restaurante, lounge bar e salas de reuniões.

A Mercan Properties é uma empresa do Grupo Mercan que conta atualmente com 17 projetos espalhados pelo país, desde Porto, passando por Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Lisboa, Amarante, Évora ou Algarve.

“O Grupo Mercan escolheu Portugal para o desenvolvimento das suas atividades na Europa devido à segurança, estabilidade e hospitalidade que o país oferece, bem como às oportunidades de desenvolvimento na área da reabilitação urbana”, conclui a empresa canadiana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa confirma “aumento histórico das pensões” no próximo ano

"Com as previsões para a inflação e para crescimento económico, vamos ter um aumento histórico das pensões de reforma com a aplicação da fórmula que existe desde 2007", garantiu Costa.

CNN Portugal Summit - 20JUN22

O primeiro-ministro assegurou que o Governo vai “cumprir a lei” no que diz respeito à atualização das pensões de reforma no próximo ano, confirmando que “vão ter um aumento histórico” por conta do crescimento da economia e da escalada da inflação em 2022.

“Com as previsões para a inflação e para crescimento económico, vamos ter um aumento histórico das pensões de reforma com a aplicação da fórmula que existe desde 2007. Não há a mínima dúvida de que vamos cumprir a fórmula, as leis existem para serem cumpridas”, garantiu António Costa, no programa “O Princípio da Incerteza”, que teve lugar na conferência CNN Portugal Summit.

“Essa lei significa que, para o ano, vamos ter um aumento histórico das pensões pela conjugação de termos este ano um valor anormalmente alto do crescimento, muito por efeito da base comparativa do ano passado, e um aumento histórico muito significativo também da taxa de inflação. Estes dois efeitos conjugados vão gerar um aumento das pensões de reforma no próximo ano”, explicou o líder do Governo.

As últimas projeções do Banco de Portugal apontam para um crescimento de 6,3% da economia portuguesa este ano, enquanto a taxa de inflação deverá acelerar para 5,9%.

Em relação aos salários na administração pública, António Costa reafirmou o princípio de que, no próximo ano, a atualização será negociada com os sindicatos. “Vai ter em conta o princípio da atualização anual, que se vai manter. Em segundo lugar, vamos manter as carreiras descongeladas. Isso, obviamente, vai acontecer para o ano. E qual o montante? Isso vai ter de ser negociado com os sindicatos”, insistiu.

Costa disse, contudo, que o Governo vai manter uma política de “contas certas”, como tem feito nos últimos anos e com resultados. “O governo tem uma lógica conservadora na gestão orçamental: prepara-se para o pior desejando o melhor. Até agora tem corrido bem”, afirmou o primeiro-ministro.

Lembrou que “se a taxa de juro sobe, sabemos que a despesa com as taxas de juro vai seguramente aumentar”. Ou seja, o Estado vai passar a gastar mais com o serviço da dívida pública perante a subida dos custos de financiamento.

(Notícia atualizada às 14h53 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal intima a Comissão Liquidatária do BPP a fazer rateios parciais dos valores depositados

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

Tribunal do Comércio de Lisboa intima Comissão Liquidatária do BPP a informar valores existentes à ordem do processo, e a justificar a demora nos rateios parciais das quantias depositadas.

O Tribunal do Comércio de Lisboa intimou a Comissão Liquidatária do Banco Privado Português (BPP) a informar dos valores existentes à ordem do processo e a realizar rateios parciais das quantias depositadas.

“Atento o lapso de tempo decorrido, notifique a Comissão Liquidatária do Banco Privado Português SA – em Liquidação, para que informe os valores existentes atualmente à ordem deste processo e para que clarifique a razão pela qual não se procedeu ainda à realização de rateios parciais das quantias depositadas, nos termos do disposto no artigo 178.º do CIRE [Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas] e artigo 16 da Lei 75/2020 de 27 de novembro”, lê-se no despacho, assinado no passado dia 2 e a que a agência Lusa teve acesso esta segunda-feira.

O despacho vem ao encontro dos argumentos da associação de lesados Privado Clientes, que questiona “os motivos que levaram a que, passados mais de 10 anos, ainda não tenham sido realizados os rateios parciais das quantias depositadas, conforme determina a lei”.

“Recorde-se que, entre muitos outros motivos que têm sido apontados pela Privado Clientes, está o facto de a Comissão Liquidatária não cumprir a ordem imposta pelo tribunal de indicar quanto cada credor tem a receber, após a consulta do processo no Tribunal de Comércio, tentando desenvencilhar-se de todas as formas do cumprimento de tal obrigação”, sustenta numa nota enviada à Lusa.

Segundo a associação, acresce que a Comissão Liquidatária “não faz pagamentos, pelo menos parciais, aos credores; “diz que tem as informações trimestrais no Tribunal do Comércio, mas não refere quantas estão pendentes de aprovação pela Comissão de Credores”; e “não indica quanto é a potencial receita das ações em tribunal”.

Adicionalmente, afirma a associação, “gastou cerca de 50 milhões em custos de funcionamento, mas pouco esclarece os mesmos e não indica quanto gastam anualmente com advogados”.

“O despacho do Tribunal do Comércio confirma o que há muito a Privado Clientes argumenta publicamente e que culminou, recentemente, com um pedido de destituição da Comissão Liquidatária no início de 2022 e que está a decorrer, dado o atraso no processo que supostamente lidera há mais de 10 anos, sem dar justificações e com gastos milionários”.

Em janeiro passado, associação de clientes lesados pelo BPP pediu ao tribunal a destituição da Comissão Liquidatária, acusando-a de arrastar o processo de liquidação do banco há mais de 11 anos.

Em reação, a Comissão Liquidatária disse que a associação Privado Clientes “não tem legitimidade” para pedir a destituição, pois “não se encontram verificados” os requisitos legais para o processo.

A associação de clientes lesados pelo BPP tem sido muito crítica para com a atuação da Comissão Liquidatária e defende que haja já pagamentos aos credores, mesmo que parciais.

Em setembro de 2021, após uma manifestação de lesados do BPP em Lisboa, a Comissão Liquidatária fez um anúncio no jornal Expresso em que disse que há 6.000 credores que têm a receber quase 1.600 milhões de euros, dos quais 450 milhões de euros são créditos garantidos (do Estado), 950 milhões de euros de créditos comuns e 200 milhões de euros de créditos subordinados.

Já os ativos líquidos, aquando da liquidação do banco, valiam 700 milhões de euros, pelo que o BPP tinha uma situação líquida negativa de 900 milhões de euros, “o que resulta, desde logo, na impossibilidade de satisfação integral de todos os créditos comuns reconhecidos”, avisou a Comissão Liquidatária.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, começou com a crise financeira de 2008 e culminou em 2010. Apesar da pequena dimensão do banco, a falência do BPP lesou milhares de clientes e o Estado, tendo ainda tido importantes repercussões devido a potenciais efeitos de contágio ao restante sistema quando se vivia uma crise financeira.

O fundador e antigo presidente do BPP, João Rendeiro, e outros ex-administradores do BPP foram acusados de crimes económico-financeiros ocorridos entre 2003 e 2008, na sequência de se terem atribuído prémios e apropriado de dinheiro do banco de forma indevida.

João Rendeiro morreu em 12 de maio numa prisão na África do Sul, onde estava desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

China torna-se maior importador de petróleo russo em maio

  • Capital Verde
  • 20 Junho 2022

As importações chinesas de petróleo bruto da Rússia subiram 55% em relação a 2021 para um nível recorde em maio, em linha com o aumento da procura por GNL que, no mesmo mês, subiu 56%.

As importações chinesas de petróleo da Rússia atingiram novos recordes no passado mês de maio, tendo o gigante de leste ultrapassado a Arábia Saudita como principal fornecedor de Pequim.

De acordo com a Reuters, as importações da China dispararam 55% num espaço de um ano para um novo teto em maio, numa altura em que as refinarias russas lucram com fornecimentos a metade do preço resultante das sanções do Ocidente aplicadas contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia.

As importações de petróleo russo, incluindo fornecimentos bombeados pelo oleoduto do Oceano Pacífico da Sibéria Oriental e embarques marítimos dos portos russos da Europa e do Extremo Oriente, totalizaram quase 8,42 milhões de toneladas, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas da China. Esse valor é equivalente a cerca de 1,98 milhões de barris por dia, mais 1,59 milhões de barris por dia do que o registado em abril.

Já a Arábia Saudita ficou atrás como o segundo maior fornecedor, com os volumes de maio a subirem 9% num ano, para 7,82 milhões de toneladas, ou 1,84 milhões de barris por dia, ficando abaixo do volume registado em abril (2,17 milhões de barris por dia).

Os dados mostram que a Rússia recuperou o lugar cimeiro enquanto fornecedor para o maior importador de petróleo do mundo após um intervalo de 19 meses. A recuperação prova que Moscovo foi capaz de encontrar compradores para o petróleo apesar das sanções ocidentais que surgiram na sequência da invasão à Ucrânia. Na verdade, de acordo com a Reuters, empresas chinesas, incluindo a gigante estatal Sinopec e a estatal Zhenhua Oil, têm vindo a aumentar as compras de petróleo russo, atraídas por grandes descontos.

Além do aumento da procura por petróleo russo, também as importações chinesas de gás natural liquefeito (GNL) russo aumentaram mais de 56%, comparativamente a maio de 2021, para um total de 400.000 toneladas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Refugiados ucranianos podem aumentar força laboral europeia entre 0,2% e 0,8%, diz BCE

BCE estima que 330 mil ucranianos abandonem semanalmente o país para os países vizinhos, mas esta deslocação pode levar a um aumento médio da força laboral da Zona Euro entre os 0,2% e 0,8%.

A afluência de refugiados ucranianos poderá levar a uma redução gradual da escassez de mão-de-obra na União Europeia (UE), visto que parte dos migrantes mudar-se-ão permanentemente, avançou esta segunda-feira o Banco Central Europeu (BCE).

Já são cerca de sete milhões o número de pessoas que fugiram da Ucrânia desde a invasão russa, a sua maioria mulheres e crianças, mas este número está a aumentar diariamente com muitos refugiados ucranianos já à procura de emprego na UE.

“De todas as premissas até agora, os cálculos de última hora apontam para um aumento médio entre 0,2% e 0,8% da força de trabalho da Zona Euro a médio prazo“, disse o BCE num artigo do Economic Bulletin. “Isto corresponde a um aumento entre os 0,3 e 1,3 milhões na dimensão da força de trabalho da Zona Euro”, acrescentou.

Segundo declarações do BCE, o influxo de refugiados ucranianos pode “aliviar um pouco” o “aperto observado no mercado de trabalho” da Zona Euro. Caso o processo de integração não seja demorado, os refugiados ucranianos poderão apoiar um mercado de trabalho marcado pela escassez de mão-de-obra e de capacidades.

Ainda assim, as dificuldades no acesso ao mercado de trabalho continuam a ser “impedimentos significativos” para a integração dos refugiados ucranianos, especialmente no curto prazo, esclareceu o BCE. Entre as principais dificuldades apontadas pelo BCE estão os potenciais tempos de espera para a concessão de asilo ou visto de trabalho, a aquisição de competências linguísticas e o reconhecimento das qualificações profissionais.

Segundo dados do Alto‑comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR), cerca de 330 mil ucranianos abandonam semanalmente o país para os países vizinhos. Embora cerca de 2,1 milhões de pessoas tenham regressado à Ucrânia, a UNHCR contabiliza esta deslocação como temporária. A UNHCR estima que cerca de 8,3 milhões de refugiados abandonem a Ucrânia até ao final do ano, e que 25 milhões fiquem deslocadas e em necessidade de ajuda humanitária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concurso para o Siresp custa 75 milhões de euros

O Governo lançou um concurso público internacional no valor de 75 milhões de euros para a gestão e manutenção do Siresp. Está previsto ainda uma verba adicional para atualização do sistema.

O Governo lançou esta segunda-feira um concurso público internacional tendo em vista a adjudicação da gestão e manutenção do Sistema Integrado de Redes de Emergência e de Segurança de Portugal (Siresp). O concurso está avaliado em 75 milhões de euros.

“O reforço, a modernização e a adaptação da transição digital em curso das redes de comunicação do ministério da Administração Interna constitui uma das mais importantes prioridades políticas em desenvolvimento”, começou por explicar o ministro da Administração Interna, em declarações transmitidas pelas televisões, acrescentando que com o lançamento deste concurso a gestão da rede Siresp passará a ser detida na “totalidade” pelo Estado.

O concurso “integra as recomendações do Tribunal de Contas, da comissão técnica independente para os incêndios de 2017 e da Anacom” e terá um valor de 75 milhões de euros. A este montante “acrescerá um investimento na ordem dos 36,5 milhões de euros a lançar pela secretaria-geral e com o recuso a financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência”, adiantou ainda José Luís Carneiro.

Além disso, está ainda previsto uma verba adicional de 38,5 milhões de euros “destinada ao seu funcionamento e permanente atualização”. Todos estes valores serão investidos ao longo de cinco anos.

Em 2021, a empresa pública que gere o Siresp registou prejuízos superiores a 2,25 milhões de euros. O resultado líquido representou um ligeiro agravamento face aos dois milhões que tinha perdido em 2020, mas a diferença face ao orçamentado atingiu proporções bastante mais significativas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A crescente importância do desenvolvimento profissional

  • PESSOAS + EY
  • 20 Junho 2022

Após a Great Resignation, a Reskilling Revolution será a próxima tendência que colocará à prova as organizações, em especial a sua estratégia e oferta em aprendizagem e desenvolvimento profissional.

Com a pandemia de Covid-19 houve um impacto considerável em todas as componentes da vida profissional e pessoal de cada um, incluindo também a adição de novos termos que não faziam parte do nosso vocabulário.

Um dos novos termos que surgiu com a pandemia, ficando conhecido em todo o mundo, foi a Great Resignation – termo criado pelo professor Anthony Klotz na Mays Business School da Texas A&M University – que representa o fenómeno da demissão voluntária em massa de milhares de colaboradores dos seus empregos num momento de grande incerteza económica. Este fenómeno impacta o mercado de trabalho a nível global, mas tem especial incidência nos Estados Unidos, onde com base nos dados do Departamento do Estado dos EUA, mais de 47 milhões de colaboradores demitiram-se voluntariamente no ano de 2021, superando o recorde anterior de 2019.

Apesar de não existirem sinais claros de que a Great Resignation estar a terminar, este fenómeno evidencia a importância das organizações serem céleres a reagir a este tipo de estímulos externos, e à necessidade de preparação para futuras tendências que possam ser igualmente disruptivas.

Segundo o World Economic Forum (WEF), a par do impacto da pandemia, a evolução tecnológica e a transição energética compõem um trio de mudança para o status-quo do mercado de trabalho, da forma de sustento das pessoas e também das competências necessárias para as funções futuras.

Este tipo de mudança pode ser ilustrado em várias vertentes:

  • Na continuação de inclusão de automatismos e máquinas/robôs nos trabalhos atuais, sendo previsto em 2025 que o tempo em tarefas seja distribuído de forma igual entre máquinas e humanos – de acordo com estudo Future of Jobs Report 2020 do WEF;
  • Na transformação radical dos trabalhos e de competências necessárias para os mesmos, sendo que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que 1.1 biliões de trabalhos podem ser alvos desta transformação radical nesta década.

Atualmente já é sentido por parte das organizações um défice de competências no mercado de trabalho, que não permite corresponder à procura por certas skills cada vez mais relevantes e presentes num maior número de funções – e.g. competências digitais.

"a próxima tendência que irá colocar à prova as organizações, em especial a sua estratégia e oferta em aprendizagem e desenvolvimento profissional, após a Great Resignation será a Reskilling Revolution.”

Nuno Aniceto

Manager EY, People Advisory Services

Com a transformação radical do trabalho, a OCDE afirma que cerca de metade das competências essenciais para o trabalho irão mudar durante o ano de 2022 – o que coloca uma pressão muito grande não só na formação de pessoas que irão ingressar no mercado de trabalho pela primeira vez, mas também na estratégia e oferta em aprendizagem e desenvolvimento profissional das organizações para os seus atuais colaboradores.

Tendo em conta estes indicadores, a próxima tendência que irá colocar à prova as organizações, em especial a sua estratégia e oferta em aprendizagem e desenvolvimento profissional, após a Great Resignation será a Reskilling Revolution.

Para as organizações estarem preparadas para a Reskilling Revolution, será importante que as mesmas tenham em conta a importância de:

  • estabelecer uma cultura de aprendizagem contínua;
  • permitir o acesso de forma rápida, on-the-go e intuitiva a uma oferta alargada de conteúdos de aprendizagem e desenvolvimento profissional;
  • personalizar e curar essa oferta de conteúdos a cada colaborador;
  • fornecer o acesso aos conteúdos de forma igualitária entre os colaboradores;
  • estabelecer e promover programas de mobilidade interna.

"A Reskilling Revolution não é apenas um desafio que tem de ser ultrapassado pelas organizações, mas uma oportunidade para as mesmas investirem e priorizarem aprendizagem contínua para ganhar vantagens competitivas através da qualidade do seu capital humano.”

Nuno Aniceto

Manager EY, People Advisory Services

Atualmente, apenas cerca de 0.5% do PIB mundial é investido para formação contínua de adultos. No entanto, segundo o WEF, caso exista um investimento em larga escala em aprendizagem e desenvolvimento profissional existe o potencial de aumentar o PIB mundial em 6.5 triliões de dólares até 2030.

Assim, a Reskilling Revolution não é apenas um desafio que tem de ser ultrapassado pelas organizações, mas uma oportunidade para as mesmas investirem e priorizarem aprendizagem contínua para ganhar vantagens competitivas através da qualidade do seu capital humano.

Texto por Nuno Aniceto, Manager EY, People Advisory Services

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal continua o país da UE com mais novos casos de Covid-19 e segundo do mundo

  • Lusa
  • 20 Junho 2022

A média diária de novos casos em Portugal desceu de 2.380 por milhão de habitantes há duas semanas para 1.560 à data de hoje.

Portugal continua o país da União Europeia (UE) com mais novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por milhão de habitantes nos últimos sete dias e é segundo no mundo neste indicador.

Segundo o site estatístico Our World in Data, Portugal é também o país da UE com mais novas mortes diárias por milhão de habitantes nos últimos sete dias e é terceiro no mundo nesse indicador.

A média diária de novos casos em Portugal desceu de 2.380 por milhão de habitantes há duas semanas para 1.560 à data de hoje. Dos parceiros da União Europeia, segue-se a França, com 703, a Alemanha, com 685, Luxemburgo (673) e Grécia (614).

A nível mundial, considerando os países e territórios com mais de um milhão de habitantes, Taiwan tem a maior média de novos casos diários (2.410), seguida de Portugal, Austrália (1.060), Nova Zelândia (977) e Bahrain (814).

No que toca às novas mortes diárias atribuídas à Covid-19, Portugal mantém a maior da União Europeia, com 3,63, praticamente igual à média de 3,68 de há duas semanas, seguida da Finlândia, com 1,47, a Estónia com 1,29, a Espanha com 1,14 e Malta com 1,11.

Em termos mundiais, olhando para territórios e países com mais de um milhão de habitantes, Omã tem a maior média diária de novas mortes atribuídas à Covid-19 (10), seguida de Taiwan (6,29), Portugal, Uruguai (2,43) e Nova Zelândia (1,95).

A média de novos casos diários por milhão de habitantes na União Europeia está em 415 e a de novas mortes diárias em 0,63.

A média mundial de novos casos está em 67 e a de novas mortes atribuídas à Covid-19 está em 0,17.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo anuncia “brevemente” mais apoios ao rendimento das famílias para combater efeitos da inflação

Primeiro-ministro assegurou que Governo irá adotar “brevemente” novas medidas de apoio extraordinário ao rendimento das famílias para fazer face à subida dos preços.

O Governo irá anunciar “brevemente” mais medidas de apoio ao rendimento das famílias para combater os efeitos da inflação, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, sem dar mais detalhes.

“Iremos, em matéria de apoio extraordinário ao rendimento para fazer face a esta tensão inflacionista, adotar brevemente novas medidas sobre essa matéria”, assegurou António Costa no programa “O Princípio da Incerteza”, que teve lugar na conferência CNN Portugal Summit.

Iremos, em matéria de apoio extraordinário ao rendimento para fazer face a esta tensão inflacionista, adotar brevemente novas medidas sobre essa matéria.

António Costa

Primeiro-ministro

Sem dar pormenores sobre os novos apoios, o primeiro-ministro garantiu que as medidas não irão obrigar o Governo a refazer as contas do Orçamento do Estado para 2022 que o Presidente da República promulgou na semana passada. “Como é que se pode pensar isso de um Orçamento que foi aprovado na sexta?”, questionou António Costa.

A taxa de inflação atingiu os 8% em maio, o valor mais elevado desde 1993, segundo o Instituto Nacional de Estatística, com as famílias a serem fortemente impactadas com a subida dos preços dos bens e serviços que consomem no dia-a-dia.

Questionado sobre a meta de aumento dos salários médios em 20% nos próximos quatro anos, António Costa reafirmou o objetivo de aumentar o peso das remunerações aos trabalhadores no PIB dos atuais 45% para os 48%, em convergência com a Europa. “É justo que isso aconteça”, frisou.

Como? O primeiro-ministro lembrou que o salário médio aumentou entre 22% e 23% nos últimos seis anos. “O que é necessário para esta convergência é manter o ritmo de crescimento dos salários dos últimos anos”, explicou.

Costa referiu que, neste momento, tendo em conta o esforço que as empresas estão a fazer para reter o talento e o nível de emprego em “máximos históricos”, os salários até estão a crescer a um ritmo mais acelerado do que o apontado pelo Governo. Isto significa que “se as empresas querem ser competitivas a venderem, têm se ser competitivas a contratar”.

“É preciso revalorizar o trabalho”, acrescentou o primeiro-ministro, dando conta de que os parceiros sociais se preparam para discutir o acordo de competitividade e rendimentos e que poderão contar com o governo no esforço “tripartido” de aumentar os rendimentos das famílias.

(Notícia atualizada às 15h02 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.