Sardinhas portuguesas da Murtosa chegam a Nova Iorque

Entrada nos EUA marca a expansão do Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa fora do território nacional. A marca pertence ao grupo O Valor do Tempo que detém 22 empresas e emprega 650 pessoas.

A cadeia o Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa acaba de abrir uma loja em Nova Iorque, EUA, mais concretamente em Times Square, num investimento de 4,5 milhões de euros. De Norte a Sul do país, a marca que pertence ao grupo o Valor do Tempo conta com 21 lojas e da fábrica da Murtosa (distrito de Aveiro) saem cerca de 2,5 milhões de latas de conservas por ano.

“Times Square, em particular, tem uma intenção clara de posicionamento, pois quisemos marcar de forma inequívoca que a sardinha portuguesa não é nada a menos do que as maiores marcas do mundo”, diz Tiago Quaresma, administrador do Grupo O Valor do Tempo, em declarações ao ECO/Local Online.

A entrada nos Estados Unidos da América marca o início da expansão do grupo do fora do território nacional. “Abrimos a nossa primeira loja fora de Portugal. Vivemos o sonho americano, trazendo para Times Square um dos mais relevantes cartões-de-visita de Portugal”, avança a empresa através da página do Linkedin.

Times Square em particular tem uma intenção clara de posicionamento, pois quisemos marcar de forma inequívoca que a sardinha portuguesa não é nada a menos do que as maiores marcas do mundo.

Tiago Quaresma

Administrador do Grupo O Valor do Tempo

O design do espaço em Nova Iorque assemelha-se a uma biblioteca onde predominam os tons verdes e dourados. O que salta à vista de milhares de pessoas, que por ali passam, é um néon vermelho na montra com a mensagem “Portuguese Sardine”.

“De Portugal para o centro do mundo revestimo-nos de coragem. Se tivemos medo? Claro que sim. Mas coragem não é ausência de medo; é avançar, apesar dele”, refere o grupo no LinkedIn. “Acreditámos. Moveu-nos a audácia de não querer passar pela vida de uma forma morna, reconhecendo as nossas vulnerabilidades, mas confiando na nossa capacidade de sentir e agir. Queremos experienciar novas histórias e alimentar novos sonhos”, completa.

O administrador do grupo explica ao ECO o motivo pelo qual o mercado americano é apetecível: “As conservas portuguesas são uma iguaria por excelência apreciada em Portugal e em todo o mundo. Tem a ver com um apelo natural dos EUA pelas conservas portuguesas, em particular pela sardinha. Esse apelo tem origens históricas que os últimos anos reforçaram com o ressurgimento das conservas como alimento moderno, saudável e prático”.

Depois de consolidada em Broadway, o objetivo do grupo passa por “fazer uma abordagem ao mercado americano”. Pretendem, por isso, “afirmar as conservas portuguesas cada vez mais como um produto internacional, cavalgando uma tendência crescente de recuperação da sua boa fama, em particular nos Estados Unidos da América”.

Fundada em 1942 na Murtosa, a Comur foi comprada pelo Grupo O Valor do Tempo em 2015, quando corria “sérios riscos de desaparecer”. Atualmente, a conserveira Comur, que é uma das maiores referências da indústria conserveira portuguesa, faz parte de um grupo que integra 22 empresas de vários setores de atividade.

Além da conserveira, o grupo detém ainda o Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, o Museu da Cerveja e do Pão, A Brasileira do Chiado, a Mensagem de Lisboa, a Confeitaria Peixinho, a Joalharia do Carmo, o hotel Hästens Sleep Spa, a Casa Pereira da Conceição, a Silva & Feijóo. O Valor do Tempo emprega 650 pessoas, e soma 45 lojas em Portugal e uma em Nova Iorque. Só no segmento das conservas, o grupo fatura 20 milhões de euros.

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Presidente da Fed avisa que inflação continua “demasiado elevada”

Presidente da Fed assegurou que banco central vai manter a política monetária num nível restritivo até as pressões nos preços aliviarem. Se necessário, voltará a subir as taxas de juro, avisou Powell.

O presidente da Reserva Federal norte-americana avisou esta sexta-feira que a inflação se mantém “demasiado elevada”. Jerome Powell prometeu que o banco central vai “ser cuidadoso a decidir” se continua ou não a subir as taxas de juro, mas deixou claro que poderá continuar a apertar a política monetária se as pressões nos preços persistirem.

“Apertámos significativamente a política ao longo do ano passado. Embora a inflação tenha descido do seu pico – um desenvolvimento que é bem-vindo – continua demasiado elevada”, começou por dizer Powell num aguardado discurso em Jackson Hole, no Wyoming, EUA.

“Estamos preparados para aumentar ainda mais as taxas, se for apropriado, e pretendemos manter a política num nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação está a descer de forma sustentável em direção ao nosso objetivo”, frisou.

Powell assegurou, ainda assim, que os responsáveis da Fed “vão proceder cuidadosamente ao decidir se vão apertar ainda mais ou, em vez disso, manter a taxa de juro”, ficando a aguardar mais dados para ter uma visão mais completa da evolução da inflação e da economia.

Em todo o caso, começou praticamente o discurso como terminou: “2% de inflação é e continua a ser o nosso objetivo”.

Há um ano, Powell avisou no mesmo palco para a “dor” que as famílias e empresas iriam ter se suportar para que a Fed fizesse o seu trabalho a domar a inflação. Um ano depois, ainda não declarou vitória.

Desde março de 2022, a Fed aumentou as taxas diretoras dos 0,25% para o valor mais elevado em mais de duas décadas nos 5,5% para controlar a taxa de inflação que, desde o pico de 9,1% em junho do ano passado, já caiu para 3,2% em julho.

“As baixas leituras da inflação subjacente em junho e julho foram bem recebidas, mas dois meses de dados positivos representam apenas o início de algo para ter a confiança de que a inflação está a cair sustentadamente para o nosso objetivo“, explicou Powell, adiantando que os riscos estão tanto no lado de subir a mais como de subir a menos as taxas.

“Fazer muito pouco poderia permitir que a inflação acima da meta se consolidasse e, em última análise, exigir que a política monetária arrancasse da economia uma inflação mais persistente, com um custo elevado para o emprego”, afirmou o líder da Fed. “Fazer demasiado também pode causar danos desnecessários à economia”, acrescentou.

“Como costuma acontecer, navegamos pelas estrelas sob céus nublados”, ilustrou.

“O discurso foi o esperado. Não penso que tenha sido excessivamente ‘expansionista’ como a reação do mercado sugere. Uma pausa em setembro é provável mas não é o fim oficial das subidas. É o melhor que Powell pode fazer nas atuais circunstâncias”, referiu Carsten Brzeski, do banco ING, citado pela agência Reuters.

Após uma abertura positiva, as bolsas americanas entraram em terreno negativo, com o S&P 500 a cair 0,30% e os índices Dow Jones e Nasdaq a perderem 0,13% e 0,48%, respetivamente. A aposta dos traders em relação a uma pausa da Fed em setembro aumentou de 80% para 86% após o discurso de Powell.

(Notícia atualizada às 16h07)

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Lula diz que relação com Angola é “uma política de Estado”

  • Lusa
  • 25 Agosto 2023

"Nos últimos anos, lamentavelmente, o Brasil tratou os países africanos com indiferença, pela primeira vez que tivemos um Presidente da República que não fez nenhuma visita a África", disse Lula.

O Presidente brasileiro disse esta sexta-feira, em Luanda, que as relações entre Angola e o Brasil são “uma política de Estado” e lamentou o “abandono” de África pelo anterior governo de Jair Bolsonaro. Luiz Inácio Lula da Silva, que falava após a cerimónia de receção do seu homólogo angolano, João Lourenço, frisou que esta é a primeira visita de Estado que faz a um país africano neste mandato e que a mesma simboliza o “retorno do Brasil a África”.

“Começamos por um país que sempre foi a maior ponte para este continente-irmão. Nos últimos anos, lamentavelmente, o Brasil tratou os países africanos com indiferença, pela primeira vez que tivemos um Presidente da República que não fez nenhuma visita a África, embaixadas foram fechadas no continente a e cooperação foi abandonada”, salientou.

O chefe de Estado brasileiro disse que o seu país deixou mesmo de atuar com Angola junto dos palcos internacionais, aludindo à governação do seu antecessor, e afirmou que quer elevar a parceria estratégica a um novo patamar.

O Brasil quer apoiar Angola no esforço de diversificar a sua economia, o nosso comércio é dos mais amplos e diversos”, assegurou o estadista brasileiro, que cumpre o seu primeiro dia de visita de Estado a Angola, que decorre até sábado. Lula da Silva sublinhou também que o intercâmbio bilateral do seu país “caiu drasticamente a partir de 2015, mas só no primeiro semestre desse ano já cresceu quase 65% em comparação com o mesmo período do ano passado”.

O Presidente brasileiro convidou depois o seu homólogo angolano, João Lourenço, a participar na cimeira do G20, que terá lugar em setembro de 2024 na cidade do Rio de Janeiro, no âmbito da presidência brasileira deste bloco mundial. “Quero aproveitar e convidar o Presidente João Lourenço para participar da reunião do G20 ao longo da presidência brasileira que terá início em dezembro deste ano e iremos realizar a próxima reunião do G20 no Rio de Janeiro, possivelmente em setembro de 2024”, disse.

Em relação à cooperação bilateral com Angola, firmada numa parceria estratégica de 2010, o chefe de Estado brasileiro disse que a história de “solidariedade e cooperação de ambos países aponta para um futuro compartilhado”. “Continuaremos a trabalhar juntos, unidos pelo vasto Atlântico Sul. Tenho dito por onde passo que o Brasil voltou ao mundo”, assegurou.

Hoje, posso dizer que voltamos a Angola” prosseguiu Lula da Silva, invocando palavras do próprio Agostinho Neto, primeiro presidente angolano: “Às nossas terras vermelhas do café, brancas do algodão, verdes dos milharais havemos de voltar, havemos de voltar à Angola libertada, à Angola independente”.

O Presidente da República Federativa do Brasil deve ainda discursar esta sexta na Assembleia Nacional (parlamento angolano) neste seu primeiro de visita oficial a Angola. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola, alcançada em 11 de novembro de 1975, e os dois países mantêm relações bilaterais há quase cinco décadas.

(notícia atualizada pela última vez às 17h22)

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Ericsson e Huawei renovam acordo de partilha de patentes, incluindo no 5G

  • Lusa
  • 25 Agosto 2023

Sueca Ericsson e chinesa Huawei renovaram acordo global de longo prazo para licenciamento cruzado de patentes, entre as quais se incluem as tecnologias móveis 3G, 4G e 5G.

A sueca Ericsson e a chinesa Huawei renovaram o seu acordo global de longo prazo para licenciamento cruzado de patentes, entre as quais se incluem as tecnologias móveis 3G, 4G e 5G, divulgaram as tecnológicas.

O acordo, que cobre as respetivas vendas de infraestrutura de rede e dispositivos de consumo, garante a ambas as partes acesso mundial às tecnologias patenteadas de outra empresa.

Além disso, abrange patentes essenciais para os padrões do projeto 3GPP, da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrónicos (IEEE) e do grupo de trabalho de engenharia da Internet IETF.

Em 2022, a Huawei liderou os pedidos de patentes europeias, ao apresentar mais de 4.500 no Instituto Europeu de Patentes.

Por sua vez, a Ericsson conta com uma carteira de patentes com mais de 600.00 licenças que espera que renda 11.000 milhões de coroas suecas (qualquer coisa como perto de 926 milhões de euros) durante este exercício financeiro.

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Quase 80% das empresas não cumpria prazos de pagamento no final de junho

  • Lusa
  • 25 Agosto 2023

Cerca de 20% das empresas em Portugal cumpriam os prazos de pagamento no final de junho, com o país a ocupar uma das piores posições nos atrasos nos pagamentos aos fornecedores.

Cerca de 20% das empresas em Portugal cumpriam os prazos de pagamento no final de junho, com o país a ocupar uma das piores posições nos atrasos nos pagamentos aos fornecedores, segundo um estudo da Informa D&B, divulgado esta sexta-feira.

“Portugal ocupa uma das piores posições a nível internacional no que toca aos atrasos nos pagamentos das empresas aos fornecedores. Segundo a Informa D&B, que analisa regularmente o comportamento de pagamento das empresas, no final de junho de 2023 apenas 19,5% das empresas cumpre os prazos de pagamento em Portugal”, concluiu a especialista no conhecimento do tecido empresarial.

O atraso médio tem vindo a reduzir-se desde o final da pandemia, sendo que, em 2020, o número médio de dias de atraso das empresas portuguesas chegou a ser superior a 27,3 dias, um registo que em junho de 2023 está nos 23 dias.

De acordo com a análise, dois terços das empresas (66,6%) pagam com um atraso até 30 dias, mas há um conjunto de empresas (5,6%) que pagam com mais de 90 dias de atraso. Em maio de 2023, o montante agregado por pagar aos fornecedores atingia cerca de 65 mil milhões de euros.

O alojamento e restauração e transportes são os setores onde menos empresas pagam dentro dos prazos acordados com os fornecedores, 11% e 12,4%, respetivamente, com os transportes a representar também o setor onde mais empresas (8,8%) pagam com atrasos superiores a 90 dias. Já o setor com maior percentagem de empresas cumpridoras são as tecnologias de informação e comunicação, com 26,7%.

Entre os 41 países analisados na última edição do estudo ‘Payment Study 2023’ elaborado com dados de 2022 pela CRIBIS D&B, e no qual a Informa D&B participa com informação das empresas portuguesas, Portugal encontrava-se entre os cinco países com menos empresas a cumprirem os prazos de pagamento, uma lista onde a Roménia tem o pior registo, com apenas 14,9% de empresas cumpridoras, e a Dinamarca encabeça a lista de empresas cumpridoras, com 91,8% a pagar nos prazos acordados.

No final de 2022, o conjunto da União Europeia registava 45,7% de empresas cumpridoras, 25 pontos percentuais acima de Portugal.

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Um quinto dos trabalhadores recebe o salário mínimo

  • Lusa
  • 25 Agosto 2023

O número de trabalhadores a receber salário mínimo nacional totalizou 838.111 no segundo trimestre, o que corresponde a 20,8% do total, informou o Ministério do Trabalho.

O número de trabalhadores por conta de outrem e membros de órgãos estatutários a receber salário mínimo nacional (760 euros) no segundo trimestre totalizou 838.111, representando 20,8% do total, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Face ao mesmo período do ano passado, houve uma redução em 97.749 trabalhadores a receber o salário mínimo nacional (SMN), num contexto de subida do emprego, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social solicitados há três meses pela Lusa e disponibilizados hoje pelo gabinete.

O ministério liderado por Ana Mendes Godinho realça que “o mercado de trabalho está a recorrer cada vez menos ao salário mínimo e a população empregada tem vindo a aumentar“. O gabinete sublinha ainda que “a percentagem de trabalhadores com SMN já não era tão baixa desde 2016 e o salário mínimo é hoje 50% superior face a 2015.”

No entanto, apesar de a percentagem sobre o total de trabalhadores ser a mais baixa desde 2016, em termos absolutos há mais 183.927 trabalhadores no segundo trimestre de 2023 a receber SMN do que há sete anos, o que poderá explicar-se com o aumento do emprego.

No segundo trimestre de 2023, o número de trabalhadores por conta de outrem e membros de órgãos estatutários (administradores, diretores e gerentes de sociedades que prestam serviços não sujeitos a contrato de trabalho) com declarações à Segurança Social totalizava 4.030.919, o que compara com 3.115.874 no mesmo período de há sete anos. O gabinete destaca ainda que “a diferença entre o número de mulheres e homens a receber o SMN nunca foi tão pequena”.

Do total de 838.111 trabalhadores com SMN no segundo trimestre, 421.723 eram mulheres. Também o número de jovens a receber o SMN recuou em cerca de 9.000 face a 2022, para cerca de 78 mil trabalhadores. O valor do SMN tem vindo a aumentar, tendo passado de 705 euros em 2022 para 760 euros em 2023. Em 2016 o SMN era de 530 euros.

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IPMA prevê temperaturas e precipitação “acima do normal” no outono

Ministro do Ambiente aponta que seca meteorológica no país e armazenamento nas barragens estão melhores face ao ano passado. Barragens no Algarve estão 30% abaixo do ano passado.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê que nos próximos três meses as temperaturas e o nível de precipitação em Portugal estejam “acima do normal”, acompanhando a tendência de chuva que se irá verificar nas próximas semanas. Apesar das previsões, e da situação de seca meteorológica estar melhor face ao ano passado — altura em que 97% do território se encontrava em situação de seca extrema e severa –, o ministro do Ambiente e da Ação Climática deixa claro que a “chuva não retirará [o país] da situação de seca”.

O ponto de situação foi feito esta sexta-feira durante uma conferência de imprensa em conjunto com a ministra da Agricultura, Maria do Céu, no seguimento da 16.ª Reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca. Durante a sua intervenção, Duarte Cordeiro deu conta que 48% do território em situação de seca severa a extrema. Apesar de serem valores distantes da realidade de 2022, nas regiões do Alentejo, Algarve, e na zona do Tejo a situação “mantém-se idêntica” ao ano passado.

A seca meteorológica não deverá melhorar nem perante as previsões do IPMA que dão conta da probabilidade de 40% a 50% de níveis de precipitação “acima do normal” no outono, indicou o governante, acrescentando também está prevista “alguma precipitação em todo o país” nas próximas semanas. “Obviamente, é uma precipitação que ajudará o país mas não nos retirará da situação de seca”, alertou perante os jornalistas.

Barragens do Algarve têm menos 30% de água

Quanto às albufeiras, cuja monitorização é feita pela Agência Portuguesa do Ambiente, neste momento a capacidade total situa-se nos 72%, valor acima dos 58% de capacidade registados em agosto do ano passado, e até mesmo os 57% contabilizados em outubro, altura em que começa o ano hidrológico.

“Estamos numa situação de arranque do ano hidrológico melhor que a do ano passado”, sublinhou Duarte Cordeiro, salientando, no entanto, que no Algarve a “situação está pior”. Naquela região, o volume de armazenamento das barragens está 30% abaixo face ao ano passado.

Perante os baixos volumes de água armazenada nas albufeiras no Algarve, o Governo vai reforçar a barragem de Odelouca, no Algarve, em 25 hectómetros cúbicos face à discrepância entre a capacidade existente e a água disponível. A obra, avaliada em cinco milhões de euros, será financiada pelo Fundo Ambiental.

Segundo Duarte Cordeiro, esta é uma “medida estrutural” que apenas deverá começar a produzir “efeitos práticos daqui a dois anos”. Ademais, e tal como já tinha sido avançada na reunião anterior, será reforçada a monitorização das captações de água e a utilização indevida de furos.

No que diz respeito a restrições no consumo de água no setor agrícola na região do Algarve, o ministro dá conta de que as medidas não serão agravadas, uma vez que estão a produzir efeitos. “[Em junho], foi determinada uma redução de 20% na utilização da água. Neste momento temos uma redução de 14%“, acrescentando que a água reciclada foi alargada a mais dois campos de golfe naquela região.

Quanto ao consumo de água urbano, Duarte Cordeiro diz que este se encontra “em linha” com o ano passado, sendo por isso necessário continuar a “desenvolver trabalho”, nomeadamente, no reforço das campanhas de sensibilização e na adoção de medidas que produzam maiores níveis de eficácia. “Era desejável uma redução no consumo de água no setor de serviços de hotelaria“, admitiu.

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Ponte da Barca junta 40 universitários na escola de verão da Comissão Europeia

Durante os quatro dias do evento, 40 jovens universitários de todo o país vão ter a oportunidade de ouvir mais de 80 oradores nacionais e internacionais.

Ponte da Barca vai receber, entre os dias 30 de agosto e 2 de setembro, a sexta edição do SummerCEmp, a escola de verão sobre assuntos europeus organizada pela Representação da Comissão Europeia em Portugal. Entre académicos, investigadores e empreendedores, o evento vai contar com mais de 80 oradores nacionais e internacionais, e reunir 40 jovens universitários de todo o país.

Esta edição do Summer CEmp vai centrar-se na reflexão e discussão do impacto concreto que a União Europeia pode e deve ter na vida dos cidadãos, e na importância da defesa e promoção dos valores europeus, nomeadamente a democracia e a participação dos jovens, tendo como pano de fundo as eleições europeias de 2024.

A Comissão Europeia explica, em comunicado, que “esta iniciativa da representação da Comissão Europeia, em Portugal, nasceu da necessidade de envolver os atuais e os futuros líderes de opinião no debate sobre a União Europeia e de mobilizar os jovens em torno do que é e do que pode ser o projeto europeu e o papel da Comissão Europeia nesse contexto”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, é um “prazer” receber um evento desta natureza que “ajuda a fortalecer a identidade europeia dos jovens que participam, ao mesmo tempo que promove a diversidade cultural e a inclusão social. É uma oportunidade de intercâmbio de conhecimentos, experiências e boas práticas entre os jovens”.

A escola de verão vai contar com personalidades nacionais e internacionais, entre as quais Elisa Ferreira, comissária europeia para a coesão e reformas, Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, Mariana Vieira da Silva, ministra da presidência, e os secretários de estado Tiago Antunes e Bernardo Ivo Cruz, respetivamente responsáveis pelos assuntos europeus e pela internacionalização.

Entre o leque de oradores desta edição do Summer CEmp, destaque ainda para as presenças de Pia Ahrenkilde Hansen, diretora geral de comunicação da Comissão Europeia, de Manish Chauhan, embaixador da Índia em Portugal, e de Manuela Teixeira Pinto, representante permanente adjunta de Portugal junto da União Europeia. O evento vai contar ainda com a presença da ministra para a Europa e clima da Alemanha, Anna Lührmann, e a secretária de estado francesa dos assuntos europeus, Laurence Boone.

O Summer CEmp tem decorrido em diferentes localidades de Portugal, colocando no centro do debate a história, as oportunidades e os desafios concretos das respetivas comunidades no contexto das prioridades europeias. No ano em que se celebra o Ano Europeu das Competências, o Summer CEmp vai para o coração do Minho, em Ponte da Barca, depois de já ter passado por Monsanto (2017), Marvão (2018), Monsaraz (2019), Alcoutim (2021) e Ribeira Grande (2022).

O Summer CEmp conta com a colaboração da Câmara Municipal de Ponte da Barca e com o apoio do centro Europe Direct Minho.

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Provedora admite que internacionalização da Santa Casa pode gerar 20 milhões de euros em prejuízos

  • ECO
  • 25 Agosto 2023

Ana Jorge admite risco de 20 milhões de euros em prejuízos com o projeto de internacionalização dos jogos da Santa Casa e reconhece "grandes dificuldades" financeiras.

A Santa Casa da Misericórdia garante que vai manter os apoios ao desporto, apesar da situação financeira da instituição estar em “grande dificuldade”. Reconhecendo que o investimento alocado à internacionalização dos jogos da instituição pode estar “em risco” de resultar num prejuízo de 20 milhões de euros, a Provedora rejeita, ainda assim, que exista um “buraco financeiro” nas contas da instituição.

Em entrevista à RTP3, esta quinta-feira, a Ana Jorge não avançou com números, mas adiantou que está em curso uma auditoria forense e financeira à internacionalização, que deverá estar concluída em outubro. No entanto, quando questionada sobre o risco de um prejuízo de até 20 milhões de euros como resultado da aposta na internacionalização dos jogos, a provedora respondeu que existe esse “risco” detalhando que a instituição está “neste momento em negociações” e aguarda também pela auditoria no Brasil. “Não temos muitas esperanças” que o projeto de internacionalização traga “retorno”, admitiu Ana Jorge.

A Provedora referiu ainda que o Governo apenas tomou conhecimento da situação quando a nova equipa de administração apresentou o último relatório e contas.

Apesar das dificuldades, a Provedora assegurou que estão a ser desenvolvidos todos os esforços “para manter a atividade social que é fundamental, quer nas crianças, quer nos idosos, quer transversal à população mais vulnerável”, como os sem-abrigo, creches e jardins de infância, e ainda ao desporto.

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Abreu Advogados assessora BNI Europa na abertura da área de negócio de banca de investimento

A assessoria esteve a cargo de uma equipa da área de prática de Direito Financeiro da Abreu Advogados, coordenada por Diogo Pereira Duarte, Isabel Pinheiro Torres e Rafael Silva Teopisto.

A Abreu Advogados assessorou o Banco de Negócios Internacional (BNI) Europa na abertura de uma nova unidade de negócio, de intermediação financeira e banco depositário de organismos de investimento coletivo.

Em comunicado, o escritório liderado por Inês Sequeira Mendes explicou que o trabalho realizado pela Abreu compreendeu a “definição do modelo de negócios e estrutura organizacional“, em conformidade com as exigências regulatórias, e a “obtenção das autorizações necessárias junto da CMVM”.

A assessoria esteve a cargo de uma equipa da área de prática de Direito Financeiro da Abreu Advogados, coordenada por Diogo Pereira Duarte, Isabel Pinheiro Torres e Rafael Silva Teopisto.

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Novos outdoors do Intermarché também dizem onde fica a concorrência

O Intermarché diz ter a "confiança" para optar por esta abordagem por ser "o único supermercado que é, de facto, da região, seja ela qual for".

Para apontarem o caminho até ao seu supermercado, os novos outdoors direcionais do Intermarché usam como referência a localização dos supermercados da concorrência. Os outdoors foram desenvolvidos pela agência Stream and Tough Guy (SaTG).

Numa abordagem “disruptiva”, foram descartadas as típicas indicações “a 2 minutos” ou “a 200 metros”, optando-se antes por referências de localização em relação à concorrência como “passe o Lidl, passe o Pingo Doce e fica à sua direita” ou “1 km depois do Continente, do lado esquerdo”.

A insígnia “tem a confiança para dizer onde se localiza, em relação à concorrência“, porque “sabe que é o único supermercado que tem os melhores produtos da região, que está próximo os produtores locais e os trata pelo nome. É o único supermercado que é, de facto, da região, seja ela qual for”, refere-se em nota de imprensa.

“Quando se tem mais de 260 supermercados que fornecem, por exemplo, vinhos diferentes consoante a região onde estão porque conhecem e confiam nos produtores locais, tem-se algo que as outras insígnias não têm. Cada Intermarché tem um proprietário, que tem um nome, que é conhecido pelas pessoas da região. Isso faz do Intermarché mais daquela região do que qualquer outro supermercado”, afirma Ernesto Cunha, elemento do conselho de administração do Intermarché, citado em comunicado.

Já Miguel Durão, creative partner da Stream and Tough Guy, refere que “este desafio implica perceber a localização exata de cada Intermarché em relação à concorrência e em relação ao outdoor em si. São muitas horas a percorrer quilómetros no Google Maps mas vale a pena quando o resultado é uma campanha de outdoor rica em execuções e diferente do habitual”.

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Rui Martinho nomeado presidente do conselho diretivo do IFAP

  • Lusa
  • 25 Agosto 2023

Governo designou Rui Martinho, presidente do conselho diretivo do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), para um mandato de cinco anos.

O Governo designou Rui Martinho para o cargo de presidente do conselho diretivo do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), para um mandato de cinco anos, segundo despacho publicado esta sexta-feira no Diário da República.

De acordo com o documento assinado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pela ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, foi designado “Rui Manuel Costa Martinho para exercer, em regime de comissão de serviço, por um período de cinco anos” para o “cargo de presidente do conselho diretivo do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas”, com efeito desde 16 de agosto.

Noutros dois despachos também publicados esta sexta-feira, o Governo reconduziu Nuno Moreira no cargo de vice-presidente do conselho diretivo IFAP, que ocupa desde abril de 2017, e nomeou ainda Hugo Lobo para vogal daquele órgão.

Licenciado em Engenharia Agronómica, Rui Martinho foi secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural entre dezembro de 2020 e março de 2022. Foi também presidente do conselho diretivo do IFAP (de março a dezembro de 2020), vogal do conselho diretivo do IFAP, gestor adjunto do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER e PDR2020), e adjunto do antigo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.

Hugo Lobo foi chefe do Gabinete do antigo secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, entre janeiro e novembro de 2019, e adjunto do Gabinete do antigo ministro Capoulas Santos.

O IFAP é um instituto público de regime especial, nos termos da lei, integrado na administração indireta do Estado, dotado de autonomia administrativa e financeira e património próprio. Entre as suas atribuições está garantir o funcionamento dos sistemas de apoio e de ajudas diretas nacionais e comunitárias e a aplicação, a nível nacional, das regras comuns para os regimes de apoio direto no âmbito da PAC tendo também a função de organismo pagador do Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) e do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER).

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