iCapital contrata Vanda de Jesus para liderar operação em Portugal

A profissional, que transita do Portugal Digital, irá supervisionar e coordenar uma equipa com mais de 150 pessoas.

A iCapital contratou Vanda de Jesus como managing director, country head of Portugal. A profissional, que transita do Portugal Digital, irá supervisionar e coordenar uma equipa com mais de 150 pessoas, da área de tecnologia, assim como de outras operações e áreas de suporte sediadas, no escritório da fintech em Lisboa.

“A iCapital é uma empresa inovadora no panorama complexo e em rápida evolução dos investimentos alternativos. Estou verdadeiramente entusiasmada por juntar-me à enérgica equipa da iCapital e ajudar a transformar a forma como as indústrias de gestão de ativos e património alavancam a tecnologia e proporcionam acesso aos mercados privados, e orgulhosa por a iCapital ter escolhido o meu país natal para estabelecer o seu hub tecnológico global e investir no talento local”, afirma Vanda de Jesus.

A profissional reportará a Marco Bizzozero, head of international, sediado em Zurique.

Vanda de Jesus junta-se à iCapital após ter feito parte do Governo português, onde exerceu funções de diretora executiva do Portugal Digital e onde teve a oportunidade de liderar os esforços para acelerar a transformação digital do país.

Antes da sua experiência no Portugal Digital, Vanda de Jesus trabalhou na Microsoft Portugal durante sete anos, onde exerceu funções como diretora executiva de marketing e relações públicas, e também na Viatecla, assumindo a direção de marketing e vendas. A nível académico, é licenciada em Gestão de Empresas pelo ISCTE.

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Dados de Costa e Marcelo expostos após ciberataque à TAP

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Grupo de hackers expôs dados pessoais do primeiro-ministro, do Presidente da República e de altos responsáveis das forças e serviços de segurança após o ataque informático aos servidores da TAP.

O primeiro-ministro, António Costa; o diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz; o comandante-geral da GNR, Rui Clero; e o líder do Chega, André Ventura, tiveram os seus dados expostos na dark web pelo grupo de hackers Ragnar Locker, que atacou os servidores da TAP em agosto, adianta o Expresso (acesso pago). Foram também divulgados alguns dados pessoais do Presidente da República na sequência do mesmo incidente, noticiou entretanto o Público (acesso pago).

Em relação a Costa foi tornada pública apenas uma morada antiga, tendo sido exposto o e-mail de uma colaboradora do seu gabinete. Já Ventura teve o seu número pessoal e e-mail expostos, mas não a morada de casa. Quanto a Neiva da Cruz e Rui Clero foram revelados a morada, o número de telemóvel e email.

O grupo de hackers expôs a informação privada de 1,5 milhões de pessoas na internet, e até alegados acordos comerciais da companhia foram revelados. Esta semana, a TAP disse não ter indícios de que dados de pagamento tenham sido exfiltrados dos seus sistemas.

Marcelo já foi informado da partilha de informações

Alguns dados pessoais da maior figura de Estado também foram divulgados na deep web após o ataque informático do grupo Ragnar Locker à companhia aérea portuguesa, segundo avança esta tarde o Público, sem especificar que tipo de dados foram partilhados.

Numa nota, a Presidência da República, citada pelo mesmo jornal, adianta que Marcelo Rebelo de Sousa já tomou conhecimento de que algumas informações fazem parte dos ficheiros partilhados pelos hackers e que serão tomadas precauções quanto às informações mais sigilosas.

Na base de dados constam pelo menos 392 e-mails com o domínio gov.pt, o que indicia que as vítimas do ciberataque integram organizações governamentais portuguesas. Há ainda vários endereços de correio eletrónico de outras entidades estatais espalhadas pelo mundo.

(Notícia atualizada às 13h37 com a informação da partilha de dados do Presidente da República)

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Hoje nas notícias: gás, despesas e TAP

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Desde a entrada em vigor da medida que permite aos consumidores regressarem ao mercado regulado do gás natural, a 7 de setembro, só cerca de 18 mil fizeram esse pedido. A maioria dos portugueses já corta em despesas de lazer (72%) e reduz consumo de luz, gás e/ou água em casa (62%). Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Apenas 18 mil consumidores pediram para aderir ao mercado regulado do gás

Do universo de 1,3 milhões de potenciais beneficiários, apenas cerca de 18 mil consumidores do mercado liberalizado pediram para ter tarifa regulada do gás natural desde que entrou em vigor a medida que permite regressar ao mercado regulado, há duas semanas. Desse número, perto de 12 mil já foram contratualizados, enquanto os restantes pedidos ainda estão a ser analisados. Embora o número de pedidos de adesão às tarifas reguladas ainda esteja muito longe do total de clientes que poderão fazê-lo, a Adene (agência que gere as mudanças de comercializador nos mercados de eletricidade e de gás natural) antecipa que os números deverão vir a crescer substancialmente em breve.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Maioria dos portugueses já corta no lazer, gás, luz e água

Os portugueses estão a reduzir o consumo face à elevada inflação, sendo que 48% dizem viver com dificuldade com os seus atuais rendimentos. De acordo com uma sondagem realizada pelo ICS/ISCTE, a maioria dos portugueses (72%) começou por cortar nas “despesas com atividades de lazer, tais como pas­seios, refeições fora de casa, hobbies, cinema ou espetáculos”, enquanto 62% dos inquiridos dizem já ter “diminuído o uso doméstico de eletricidade, gás e/ou água”. Além disso, mais de um terço dos portugueses (37%) cortou em bens de primeira necessidade e 19% em despesas de saúde. Deixar de conseguir pagar a renda ou a prestação da casa é uma preocupação para 57%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Dados de Costa e diretor do SIS expostos após ataque à TAP

O primeiro-ministro, António Costa, o diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, o comandante-geral da GNR, Rui Clero, e o líder do Chega, André Ventura, tiveram os seus dados expostos na dark web pelo grupo de hackers Ragnar Locker, que atacou os servidores da TAP. Em relação a Costa, por exemplo, foi tornada pública apenas uma morada antiga, tendo sido exposto o e-mail de uma colaboradora do seu gabinete. Quanto a Neiva da Cruz, foram revelados o número de telemóvel e e-mail.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

“Pessoas estão dispostas a sacrifícios para a Segurança Social, se Governo falar verdade”

Francisco Assis considera que os portugueses estão dispostos a assumirem sacrifícios para assegurar a sustentabilidade da Segurança Social, mas o Governo tem de ser transparente e explicar os desafios que o sistema que garante pensões enfrentará nos próximos anos. “As pessoas estão dispostas a sacrifícios para a Segurança Social, se Governo falar verdade”, sublinhou o presidente do Conselho Económico e Social.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

UGT traça “linha vermelha” para aumento de rendimentos acima de 7%

Para a UGT, “a linha vermelha” para a subida dos rendimentos “não pode ser abaixo dos 7%”. O líder da estrutura sindical, Mário Mourão, considera que este aumento poderá ser feito não “só através dos salários”. “Há muitas formas de aumentar os rendimentos dos trabalhadores, por exemplo, através da política fiscal”, explicou. O dirigente sindical apontou para uma baixa da carga fiscal sobre os rendimentos de trabalho. “Há que aliviar o IRS, nomeadamente nos escalões”, pede Mário Mourão.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

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Marcelo queria 100 mil pessoas mas Web Summit terá 70 mil em 2022

Cimeira tech vai ocupar mais espaço face a 2019, apesar de não terem sido feito obras de ampliação da FIL no último ano. O número de visitantes estimados são 70 mil.

No próximo ano temos de ser mais. Temos de ser 100 mil (participantes).” A meta foi fixada pelo Presidente da República para a edição de 2022 da Web Summit, mas a ambição não vai ser cumprida. Quase um ano depois, não só não houve nenhuma expansão do espaço da FIL, como a a equipa de Paddy Cosgrave aponta para mais de 70 mil visitantes para a edição deste ano da cimeira tecnológica. É um regresso a 2019.

“Espera-se que a Web Summit 2022 possa esgotar mais cedo do que nunca, com o aumento da procura, recebendo mais de 70 mil pessoas em Lisboa”, assim responde ao ECO fonte oficial da cimeira tecnológica. Ao receber mais de 70 mil participantes neste ano, o certame vai igualar o número de espetadores de 2019, falhando a ambição de Marcelo Rebelo de Sousa. Em 2019, participaram 70.469 pessoas.

O único recorde esperado, para já, está na dimensão do recinto. “Para a Web Summit 2022 estamos a aumentar a pegada total do evento para o maior número de sempre. O nosso recorde anterior tinha sido estabelecido em 2019, com 183.292 metros quadrados. Em 2022, vamos crescer para 204.386 metros quadrados”, escreveu Paddy Cosgrave no início de setembro através de uma publicação na rede social LinkedIn.

Além do Altice Arena, o evento vai utilizar “exatamente o mesmo espaço que ocupou em 2019” na FIL: “os pavilhões 1, 2, 3, 4 e multiusos [entre os pavilhões 2 e 3], áreas exteriores entre pavilhões, a Praça Sony, o PT Meeting Center e a Praça FIL. Sabemos que a rua pública entre o Pavilhão 4 e a Praça Sony também será ocupada, à semelhança do que aconteceu em 2019”, esclarece ao ECO fonte oficial da Fundação AIP, dona da Feira Internacional de Lisboa.

Mapa da Web Summit de 2019

Promessa por cumprir

Um dos compromissos assumidos pelo Estado português e o município de Lisboa em 2018 com a empresa de Paddy Cosgrave foi a duplicação do espaço da FIL até 2022. Este foi um dos argumentos decisivos para que a cimeira ficasse em Portugal até 2028, com o pagamento de 11 milhões de euros por ano.

A data original para a ampliação era outubro de 2021, mas a falta de acordo com a Fundação AIP não permitiu que ela se realizasse. A Câmara de Lisboa conseguiu fazer uma adenda que estendeu o prazo em um ano. O líder da Web Summit esperava que o compromisso fosse honrado. “Não fui informado de nada contrário”, garantiu Paddy Cosgrave em entrevista ao ECO em outubro de 2021, antes de nova edição da cimeira tecnológica, no regresso ao presencial depois da pandemia.

Já com a cimeira a decorrer, o então recém-empossado presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou: “A situação tem de ser resolvida, terei de encontrar essa solução e vou encontrá-la.”

A Fundação AIP e a Câmara Municipal de Lisboa têm-se empenhado em encontrar uma solução viável para a expansão prevista para a FIL, não se tendo ainda estabilizado esta solução.

Fundação AIP

Quase um ano depois, a dona da FIL diz que “não foram realizadas quaisquer obras de expansão das instalações existentes, mas sim melhor utilização dos espaços. A Fundação AIP e a Câmara Municipal de Lisboa têm-se empenhado em encontrar uma solução viável para a expansão prevista para a FIL, não se tendo ainda estabilizado esta solução”.

Sobre o aumento da pegada da Web Summit, a mesma entidade indica que a cimeira “ocupa várias instalações no Parque das Nações, onde poderá eventualmente haver uma ocupação superior neste ano face a 2019“. A organização da Web Summit apenas indica que o aumento de espaço “vai servir para melhorar a experiência dos participantes”.

Contactada pelo ECO, a Câmara Municipal de Lisboa não quis prestar esclarecimentos. Na semana passada, o município aprovou a atribuição de 6,3 milhões de euros à Associação de Turismo de Lisboa (ATL) para a realização da Web Summit 2022, o dobro do valor pago habitualmente. No acordo de 2018, ficou estabelecido que o investimento anual da autarquia seria de três milhões de euros — o restante montante seria assegurado pelo Governo.

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NextBITT prevê contratar 60 pessoas nos próximos 12 meses e aponta mira a Espanha

A estratégia para a aceleração de crescimento da companhia terá em conta dois pontos: abertura de novos escritórios e trabalho remoto. Espanha é o mercado na mira da internacionalização.

Depois da injeção de cinco milhões de euros do fundo Explorer Investments na NextBITT, os planos da tecnológica portuguesa são, agora, mais ambiciosos. Nos próximos 12 meses, espera contratar 60 novos profissionais para as diferentes áreas de atuação e Espanha é o mercado na mira da internacionalização.

Nos primeiros cinco anos, temos como objetivo estar presentes em quatro ou cinco geografias da comunidade europeia. Espanha será uma delas claramente, as restantes geografias ainda estão a ser estudadas. Dado o nosso crescimento até à data, manter este ritmo de crescimento implica alargar a nossa presença a novos mercados, não descurando nunca a nossa base de operação nacional”, adianta Miguel Salgueiro, founder & partner da NextBITT, à Pessoas.

“Neste contexto desafiante pretendemos, com este investimento, contratar 60 pessoas nos próximos 12 meses, de forma a sustentar a aceleração de crescimento”, avança Miguel Salgueiro. Isto apesar “da dificuldade da contratação de profissionais mais qualificados como aqueles que procuramos”.

“Este continua a ser um dos maiores desafios para o setor das tecnologias de informação. É por essa mesma razão que trabalhamos diariamente na atração de novos colaboradores, e apostamos na progressão contínua das carreiras, de forma a trabalhar quer a vertente da entrada de novos talentos, quer a retenção dos que já fazem parte da equipa NextBITT.”

Neste momento, os perfis que a empresa procura são net fullstack developer, software tester, BI e engenheiros do ambiente. “Acreditamos que o trabalho remoto é o futuro do ecossistema organizacional, pelo que não colocamos de lado as ofertas para remote work”, refere o gestor.

Abertura de novos escritórios e aposta no trabalho remoto

A estratégia para a aceleração de crescimento da companhia terá em conta dois pontos: abertura de novos escritórios e trabalho remoto. “Por um lado, pretendemos expandir o negócio NextBITT para outros países através da criação de novos escritórios e fixação de talentos. Por outro lado, não fugindo à realidade em que hoje vivemos, contamos também com a possibilidade de determinados talentos trabalharem diferentes mercados em remote work“, explica.

Por um lado, pretendemos expandir o negócio NextBITT para outros países através da criação de novos escritórios e fixação de talentos. Por outro lado, não fugindo à realidade em que hoje vivemos, contamos também com a possibilidade de determinados talentos trabalharem diferentes mercados em remote work.

Miguel Salgueiro

Founder & partner da NextBITT

A companhia aposta, no entanto, num modelo híbrido. “Desde a pandemia que tivemos a oportunidade de compreender as inúmeras vantagens do trabalho remoto. No entanto, consideramos que um regime unicamente remoto pode também ser prejudicial para a cultura da empresa pelo que adotámos um regime híbrido, tanto presencial como online”, considera Miguel Salgueiro.

Espanha é, para já, a aposta que se segue na internacionalização da companhia. Uma das “quatro ou cinco” que estão a ser estudadas.

Para 2022, a NextBITT tem como objetivo atingir um crescimento de 30% no seu volume de negócios e de dez a 15 novos clientes em Portugal.

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Preço médio das casas no Porto está em 182 mil euros. Em Lisboa chega aos 260 mil

Foram transacionadas quase 6.500 casas no Porto no segundo trimestre e mais de 13 mil em Lisboa. Preço médio está a subir há um ano na Invicta e há dois anos na capital.

O preço das casas continua a subir e no segundo trimestre registou-se mesmo um aumento recorde de 13,2%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Naquele período foram transacionadas mais de 43 mil habitações, das quais 58% foram no Porto e em Lisboa. O preço médio das casas na Invicta está atualmente nos 182 mil euros, 30% abaixo dos 260 mil da capital. Mas ambos sobem há, pelo menos, um ano.

A venda de 43.607 habitações no segundo trimestre em todo o país movimentou 8,3 mil milhões de euros, o que daria um preço médio de 190 mil euros. Contudo, este número não deve ser tido em conta uma vez que os preços das casas são díspares em várias regiões do país. É necessária uma pesquisa mais fina para achar o preço médio das casas nas duas principais cidades do país.

De acordo com os dados do INE, foram transacionadas 6.469 habitações na Área Metropolitana do Porto no segundo trimestre, o equivalente a 1,18 mil milhões de euros. O que perfaz um preço médio de cerca de 182 mil euros. Este número, de acordo com a análise do ECO, está a subir desde o terceiro trimestre de 2021, período em que a média estava nos 163 mil euros.

Por sua vez, na Área Metropolitana de Lisboa, foram vendidas 13.336 habitações entre abril e junho, num total de 3,48 mil milhões de euros. O preço médio está nos 260 mil euros, vindo a subir desde o terceiro trimestre de 2020, altura em que foram transacionadas 10.527 unidades, com um preço médio de 211 mil euros.

Entre abril e junho, de acordo com os dados do INE, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) registou um aumento de 13,2% face ao mesmo trimestre do ano passado e 0,3 pontos percentuais face ao observado no trimestre anterior, “atingindo um novo máximo histórico da série disponível”, que começou em 2009.

Das casas vendidas no segundo trimestre, quase 3.000 (6,4%) foram compradas por pessoas com domicílio fiscal fora de Portugal. As transações de habitações com este perfil de comprador “continuaram a aumentar a ritmos significativamente superiores”, revela.

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Cerâmica em “crise existencial” lança marca para dar gás às exportações

Perante ameaça do fecho de "várias unidades produtivas” devido aos preços do gás, indústria da cerâmica com mais de mil empresas e 18.200 empregos reforça marketing e promoção externa na Europa e EUA.

A enfrentar uma escalada sem precedentes dos preços da energia, que está a “condicionar fortemente as condições de exploração das empresas, podendo mesmo levar ao encerramento de várias unidades produtivas”, nas palavras do novo líder do setor, José Cruz Pratas, a indústria da cerâmica acaba de lançar a marca Portugal Ceramics, com o objetivo de aumentar a notoriedade nos mercados internacionais e reforçar o posicionamento do país enquanto produtor e exportador para mais de 150 mercados.

“A indústria de cerâmica tem especificidades próprias e uma delas é a sua forte dependência do gás natural que utiliza no seu processo produtivo. A par do setor do vidro, são os maiores consumidores finais no contexto da indústria transformadora. (…) O peso do gás natural na estrutura de custos das empresas é de tal forma elevado que os aumentos que se têm vindo a verificar no preço colocam em causa a sua sustentabilidade”, adverte ao ECO o recém-eleito presidente da associação setorial (APICER), que substitui José Luís Sequeira no cargo.

Questionado sobre o pacote de apoios dirigidos às empresas, apresentado na semana passada pelo Governo, o dirigente associativo começa por dizer que “naturalmente que todas as medidas de apoio são bem-vindas, mas, ainda assim, insuficientes, se tivermos em conta a amplitude dos aumentos do preço do gás natural e a não existência de alternativas à utilização deste combustível”. “Aguardamos com expectativa a definição dos critérios e a regulamentação dos apoios anunciados, bem como a celeridade da sua implementação”, acrescentou.

A escalada, sem precedentes, dos preços da energia e combustíveis estão a condicionar fortemente as condições de exploração das empresas do setor, podendo mesmo levar ao encerramento de várias unidades produtivas.

José Cruz Pratas

Presidente da APICER - Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e de Cristalaria

De acordo com os dados cedidos pela APICER, a indústria cerâmica portuguesa é constituída por 1.092 empresas, das quais só 175 têm dez ou mais trabalhadores – as restantes são microempresas. Integrando os subsetores dos pavimentos e revestimentos cerâmicos, da cerâmica estrutural (tijolos, telhas e outros produtos cerâmicos para a construção), da cerâmica utilitária e decorativa, da cerâmica para usos sanitários e da cerâmica para usos técnicos, emprega quase 18.200 trabalhadores.

Do volume de negócios anual que ascende a 1.102 milhões de euros, cerca de 75% corresponde a vendas nos mercados internacionais. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, as exportações de produtos cerâmicos alcançaram em 2021 um novo máximo de 813,2 milhões de euros, repartido por 158 destinos espalhados pelo mundo. França, Espanha, Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido são os mais relevantes. O recorde fora de portas deve ser quebrado no final deste ano, a reboque da subida dos preços. Até julho, as vendas ao exterior subiram 23% em termos homólogos, para 594 milhões.

José Cruz Pratas, presidente da APICER, durante a apresentação da marca “Portugal Ceramics”, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos

Ostentando os títulos mundiais de 2º maior exportador de cerâmica de mesa e uso doméstico não porcelana, de 5º na cerâmica ornamental, de 8º nos pavimentos e revestimentos cerâmicos e de 10º na cerâmica para usos sanitários, a indústria nacional avançou para a “criação de uma marca com caráter, que fosse verdadeira e na qual as empresas do setor se revissem”. E com a qual, diz o líder da APICER, se pode diferenciar numa “arena competitiva global povoada por concorrentes que oferecem propostas de valor demasiado iguais, com fatores de sucesso facilmente decalcáveis”.

“Pretende-se que as diferentes audiências associem à cerâmica portuguesa a ideia de dominar a possibilidade (mastering possibility) – isto é, a capacidade de fazer com que as coisas aconteçam. Principalmente quando os clientes procuram um parceiro para responder a um pedido específico, a um pedido difícil que os outros players têm dificuldade em dar resposta. O posicionamento sugerido tem tudo a ver com nossa predisposição para resolver problemas e ser prestáveis”, resume José Cruz Pratas, que representa a Vista Alegre Atlantis (grupo Visabeira).

As ações de promoção da marca Portugal Ceramics para o subsetor da cerâmica utilitária e decorativa incluem a participação em feiras nos mercados da Alemanha, França, Itália e Estados Unidos. Para o subsetor dos pavimentos e revestimentos cerâmicos, os mercados-alvo são os mesmos, excluindo a Itália. Nestas iniciativas serão utilizados, além do vídeo, catálogos e outros suportes transversais de comunicação, e outros específicos como brochuras, folhetos e outro material gráfico, audiovisual e multimédia.

No atual contexto de crise existencial neste setor, está a haver um reforço da participação portuguesa em ações promocionais nos mercados externos. O presidente da associação sediada em Coimbra reconhece que “os anos de 2022 e 2023 serão particularmente preenchidos, quer através da participação em feiras, quer através da realização de seminários temáticos e missões inversas”.

Estas iniciativas, tal como a marca apresentada esta quinta-feira em Matosinhos, inserem-se num projeto SIAC Internacionalização (Sistema de Apoio a Ações Coletivas), cofinanciado pelo FEDER no âmbito do Compete 2020, cujo período de execução decorre até 30 de junho de 2023 e com um orçamento que ronda os 930 mil euros.

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Metro Transportes do Sul estuda pedido de reequilíbrio da concessão após aumento de 160% dos custos com energia

Metro Transportes do Sul, que tem a concessão do metro da margem sul, admite ter de pedir o reequilíbrio económico-financeiro, depois de assistir a aumentos expressivos nos custos.

Concessão do metro da margem sul prevê que “custos são da total responsabilidade do operador”, diz administradoraJOAO RELVAS/LUSA

A Metro Transportes do Sul, empresa do Grupo Barraqueiro, está a equacionar um pedido de reequilíbrio económico-financeiro da concessão do metropolitano ligeiro da margem sul, depois de assistir a aumentos significativos nos custos com eletricidade, disse ao ECO a administradora Clara Esquível. A decisão não está tomada e depende da evolução da situação “até ao fim do ano”.

A subida dos preços da energia, exacerbada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, está a pressionar bastante as empresas de transportes. E o setor ferroviário não é exceção. A empresa tem assistido a agravamentos nos custos com energia de “mais de 160%” em “alguns casos”, disse ainda a responsável, que também faz parte do Conselho de Administração da Fertagus.

“São situações complicadas. Depois, depende de cada contrato”, continuou a gestora, em conversa com o ECO, à margem da conferência Mastercard Innovation Forum, que decorreu esta terça-feira em Lisboa. “No caso da Fertagus, temos um contrato em que essa situação é acautelada de uma forma”, disse. Mas o contrato do metro da margem Sul, que liga os concelhos de Almada e Seixal, tem características diferentes, explicou, falando num “problema grave” para o operador.

“No caso do Metro Sul do Tejo, neste caso o Metro Transportes do Sul, já existe um contrato diferente, com um modelo em que os custos são da total responsabilidade do operador, e, portanto, aí já há um problema grave do ponto de vista do equilíbrio da concessão”, assumiu a administradora.

Face a este cenário, a empresa está a equacionar a hipótese de avançar com um pedido do reequilíbrio da concessão. “O contrato tem, depois, mecanismos para se poder avaliar um reequilíbrio económico-financeiro da concessão. Mas haverá sempre processos que ainda vamos ter de planear e perceber, de facto, até ao fim do ano, quais é que vão ser os impactos efetivos”, revelou Clara Esquível.

A administradora da Metro Transportes do Sul e da Fertagus detalhou que a figura está prevista no contrato de concessão para “situações anómalas”. “Não deixa de ser uma situação extraordinária de aumentos completamente fora do normal que levam a um desequilíbrio”, rematou.

Em caso de reposição do equilíbrio financeiro da concessão, há quatro cenários possíveis:

  • alterações ao tarifário;
  • atribuição de comparticipação ou compensação direta pelo concedente;
  • prorrogação do prazo da concessão;
  • qualquer outra forma que seja acordada pelas partes

A prorrogação do prazo da concessão foi uma medida aplicada em dezembro de 2019 junto da Fertagus, empresa concessionária dos comboios entre Roma-Areeiro e Setúbal e que também pertence ao grupo Barraqueiro. A concessão da travessia ferroviária do Tejo foi prolongada por quatro anos e nove meses, até setembro de 2024, como forma de repor o reequilíbrio financeiro da concessão, na sequência do aumento extraordinário da tarifa de utilização da infraestrutura ferroviária, determinada em 2012.

A Parceria Público-Privada (PPP) do metropolitano da margem sul representou encargos líquidos para o Estado de 9,37 milhões de euros em 2021, de acordo com um relatório da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) publicado recentemente.

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5 coisas que vão marcar o dia

A reunião de trabalho entre o primeiro-ministro e o líder do PSD sobre o novo aeroporto de Lisboa é o principal destaque da agenda desta sexta-feira.

A reunião de trabalho sobre o novo aeroporto de Lisboa, o encontro entre o ministro da Saúde e o ainda presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, a reunião com os lesados do Banif, a apresentação do pacote de medidas fiscais no Reino Unido e o início dos referendos em territórios separatistas pró-russos na Ucrânia são os destaques na agenda desta sexta-feira.

Reunião sobre novo aeroporto de Lisboa

Pelas 17 horas, no Palácio de São Bento, há uma reunião de trabalho sobre o futuro aeroporto de Lisboa. Do lado do Governo, vão estar o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos. Do lado do PSD, além do presidente, Luís Montenegro, vai estar o vice-presidente Miguel Pinto Luz.

Fecho de nome para direção executiva do SNS

Da parte da manhã, o novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, vai encontrar-se com o ainda presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, Fernando Araújo. Se tudo correr como previsto, será anunciada a nova direção executiva do Serviço Nacional de Saúde.

Governo recebe lesados do Banif

O secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes, reúne-se com lesados do Banif. Será a primeira reunião formal do Grupo de Trabalho para a Resolução dos Lesados do Banif, com representantes do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, além do Ministério das Finanças e da associação que representa os lesados.

Novas medidas no Reino Unido

O novo ministro das Finanças britânico, Kwasi Kwarteng, vai apresentar um novo pacote de novas medidas fiscais, que é visto no país como uma espécie de “mini-orçamento do Estado”. O Reino Unido tenta lidar com a forte subida da taxa de inflação, com fortes impactos junto de famílias e empresas.

Referendos na Ucrânia

É o primeiro de cinco dias de referendo nos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass, na Ucrânia, para decidirem sobre a sua anexação pela Rússia. Os escrutínios têm lugar nas regiões de Donetsk e Lugansk, cuja independência o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu pouco antes de lançar a sua ofensiva militar contra a Ucrânia, a 24 de fevereiro. Os resultados não serão reconhecidos, por exemplo, pelos Estados Unidos.

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Mais de 15 mil proprietários pediram reavaliação da casa para tentar baixar IMI

“Até 1 de agosto, tinham sido apresentados 15.626 pedidos de reavaliação de prédios urbanos com o motivo “VPT desatualizado””, revelou ao ECO a Autoridade Tributária.

Foram mais de 15 mil os proprietários que pediram uma avaliação da casa para tentar baixar o valor do Impostos Municipal sobre Imóveis (IMI). A razão apontada é de que o Valor Patrimonial Tributário (VPT) está desatualizado.

De acordo com os dados enviados pela Autoridade Tributária ao ECO, “até 1 de agosto, tinham sido apresentados 15.626 pedidos de reavaliação de prédios urbanos com o motivo “VPT desatualizado””.

O Valor Patrimonial Tributário (VPT) é calculado através de uma avaliação do imóvel com base na área bruta de construção, localização do imóvel, na qualidade e antiguidade da casa e ainda valor de construção. E, de três em três aos, existe uma atualização automática do mesmo pela AT, mas que aplica apenas 75% dos coeficientes de desvalorização da moeda ao valor apurado inicialmente, em vez de serem considerados todos os parâmetros. Ao ajustar o VPT à inflação, os proprietários acabam a sofrer um aumento de IMI a cada três anos.

De acordo com as estatísticas da Autoridade Tributária (AT), o VPT aumentou 1,05% este ano para os 453 mil milhões de euros, uma subida face aos 449,23 mil milhões registados no ano anterior. Mas ainda assim longe dos valores pagos em 2020, depois do boom imobiliário de 2019 e depois de ter sido ‘descongelado’ o preço por metro quadrado.

Nesse ano aumentou para 603 euros, mas às avaliações pedidas a partir de 1 de janeiro deste ano já se aplica um valor de 640 euros por metro quadrado. Ou seja, 521 euros de valor de construção – montante definido pela portaria publicada pelo Executivo – a que se somam 25% correspondentes ao valor do terreno (128 euros). Em 2021, foi de 615 euros.

Por isso se recomenda sempre que, apesar de pedido de reavaliação poder ser feito decorridos três anos desde a última análise, se faça antes uma simulação, porque a conjugação dos vários fatores pode levar a um aumento e não a uma redução do VPT.

O pedido de nova avaliação é gratuito e é feito através do Modelo 1 do IMI, que pode ser submetido pelo Portal das Finanças (onde existe um simulador) ou entregue numa repartição de Finanças.

Eventuais alterações no VPT na sequência de um pedido de nova avaliação são sempre consideradas no ano em que este é feito, mesmo que o resultado da avaliação resvale para o ano seguinte.

A expectativa do Ministério das Finanças é arrecadar este ano 1,51 mil milhões de euros com a receita de IMI, o que representa um aumento face aos 1,5 mil milhões do ano passado, quando houve uma quebra de 1,62% face a 2020, contrariando o ciclo de subida iniciado em 2016. Os imóveis urbanos são a grande fonte de receita deste imposto.

Ao longo dos últimos anos, a receita de IMI tem registado um comportamento irregular.

Fonte: Autoridade Tributária

O aumento de receita pode ser explicado pelo facto de existirem mais prédios urbanos, reflexo de novos prédios construídos e que passaram a pagar impostos e de uma redução, ainda que diminuta, dos prédios isentos de IMI (menos 82.426).

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Encontro Fora de Caixa na Covilhã: Como fazer o país prosperar?

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

A relação entre economia e prosperidade, as mudanças em resultado do contexto atual e os desafios que as empresas estão a enfrentar são os temas do próximo Encontro Fora da Caixa, dia 26, na Covilhã.

Como fazer o país prosperar num tempo de transformações profundas como o atual? Quais os desafios que as mudanças económicas que se têm vindo a sentir trazem para as empresas? Que impactos as mudanças no contexto atual têm na economia do país? As respostas a estas e a outras questões serão debatidas no próximo Encontro Fora da Caixa, organizado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), agendado para o dia 26 de setembro na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã. O ECO é o parceiro de media.

O evento, que começa às 15 horas, vai ser inaugurado por António Morais, presidente do Conselho de Administração da CGD. De seguida, haverá um painel de debate, cujo título é “Para um Portugal mais próspero”, composto Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, Álvaro Beleza, presidente da SEDES, e por António Marques, professor catedrático na UBI.

Depois desta conversa sobre a prosperidade do país, segue-se uma entrevista, a realizar por António Costa, publisher do ECO, a Abel Mateus, economista e professor universitário, durante a qual será discutido e apresentado o livro “Ambição: Duplicar o PIB em 20 anos”. Segue-se uma intervenção de Paulo Moita de Macedo, presidente da Comissão Executiva da CGD, na qual irá abordar a transformação no contexto atual.

A partir das 16h50 há ainda um outro painel de debate, desta vez com o tema “Os desafios das empresas”. Desta conversa fará parte João Carvalho, CEO da Fitecom; Luís Veiga, administrador executivo da Natura IMB Hotels; Gonçalo Pina Soares, CEO do Grupo Torre Confeções; e Francisco Carry, administrador executivo da CGD.

Este último debate será seguido de uma conversa entre Nicolau Santos, presidente do conselho de administração da RTP, e Francisco George, médico especialista em saúde pública que foi Diretor-geral da Saúde entre 2005 e 2017. Serão abordados temas como a poesia, a causa pública e a pandemia.

Este evento, que deve terminar por volta das 18h será transmitido em direto nas redes sociais da Caixa Geral de Depósitos e do ECO.

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“Não é tempo da Rússia escalar o conflito”, diz Costa na ONU

  • ECO
  • 22 Setembro 2022

O primeiro-ministro, na Assembleia Geral da ONU, considerou que "as sanções à Rússia não podem afetar, direta ou indiretamente, a produção, transporte e pagamento de cereais e fertilizantes".

O primeiro-ministro português condenou a “agressão russa” e pediu uma investigação “independente, imparcial e transparente” aos crimes cometidos durante a invasão da Ucrânia, num discurso perante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. António Costa reiterou o apoio de Portugal “à soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia” num debate monopolizado pela guerra no leste das fronteiras europeias e as suas consequências.

Um dia depois de Vladimir Putin ter anunciado a mobilização parcial de 300 mil russos, o Chefe de Governo português disse que “este não é o tempo da Rússia escalar o conflito ou fazer irresponsáveis ameaças de recurso a armas nucleares”. Para Costa, o Kremlin deve “cessar as hostilidades e permitir a criação de uma diálogo sério e sustentado, orientado para o cessar-fogo e a paz”.

Numa intervenção em português, António Costa mostrou-se solidário “com todos aqueles que, em todo o mundo e em particular no continente africano, sofrem com os impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia”. E, por isso, o primeiro-ministro considera que “as sanções à Rússia não podem afetar, direta ou indiretamente, a produção, transporte e pagamento de cereais e fertilizantes”. Depois de quase três anos de pandemia, Costa lembrou que “têm sido os mais vulneráveis aqueles que mais sentem o impacto da crise energética e alimentar”.

O líder português defendeu ainda uma reforma que torne o Conselho de Segurança permanente da ONU mais “representativo, ágil e funcional”, que reflita as mudanças desde que ONU foi criada e inclua “países africanos e, pelo menos, Brasil e Índia” – o Conselho de Segurança da ONU tem atualmente cinco membro permanentes, EUA, Rússia, França, Reino Unido e China, com direito de veto.

Portugal também quer ter um assento nessa mesa como membro não permanente. “Portugal está pronto também a dar o seu contributo. E por isso somos candidatos ao Conselho de Segurança no biénio 2027-2028 e esperamos uma vez mais merecer a vossa confiança”, disse, depois de ter intensificado os contactos para essa candidatura durante a 77.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

O reforço do multilateralismo não é uma opção“, frisou o primeiro-ministro, para quem é “ tempo de passar das palavras à ação: com mais cooperação, mais solidariedade e mais multilateralismo. Portugal, como sempre, não faltará a esta chamada”.

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