Subida de mais de 1% do grupo EDP puxa por Lisboa

A bolsa de Lisboa arranca a sessão desta terça-feira com ganhos ligeiros, em linha com as restantes praças europeias e a recuperar das quedas expressivas da sessão anterior.

Após as quedas expressivas, a bolsa de Lisboa abre a sessão desta terça-feira com ganhos ligeiros, em linha com as restantes praças europeias. A puxar pelo desempenho do PSI-20 está a subida de mais de 1% do grupo EDP.

Pela Europa, o Stoxx 600 avança 0,8%, a par com o alemão DAX e com o britânico FTSE 100, enquanto o francês CAC-40 soma 1,1% e o espanhol IBEX-35 valoriza 0,9%. As praças europeias estão, deste modo, a recuperar das quedas expressivas da sessão anterior, na sequência das tensões geopolíticas decorrentes do reforço militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia.

Lisboa acompanha a tendência da generalidade das praças europeias, com o PSI-20 a subir 0,39% para 5.449,48 pontos, com nove cotadas em terreno positivo, três inalteradas e cinco no “vermelho”.

A puxar pelo desempenho do índice de referência nacional está o grupo EDP. A subsidiária EDP Renováveis sobe 1,78% para 18,90 euros, ao passo que a “casa-mãe” avança 1,22% para 4,485 euros. Ainda pela energia, os títulos da Greenvolt somam 0,51% para 5,92 euros, enquanto a REN recua 0,40% para 2,50 euros.

Da energia para o setor petrolífero, as ações da Galp Energia avançam 0,95%, para 9,352 euros, à boleia da subida de cotações de petróleo nos mercados internacionais. O Brent, referência para as importações nacionais, soma 0,72%, para 86,89 dólares o barril, ao passo que o WTI, a cotar em Nova Iorque, valoriza 0,62%, para 83,85 dólares.

Entre os “pesos-pesados”, nota positiva ainda para os títulos do BCP, que somam 0,61% para 14,80 cêntimos.

Em contrapartida, e a evitar ganhos mais expressivos do PSI-20, estão a Jerónimo Martins e a NOS. As ações da empresa dona do Pingo Doce recuam 0,63% para 20,66 euros, enquanto os títulos da empresa de telecomunicações cedem 0,11% para 3,50 euros.

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Há estudantes em isolamento sem aulas online

  • ECO
  • 25 Janeiro 2022

Há escolas públicas que não estão a garantir o acesso a aulas online para os estudantes que estão em isolamento devido à Covid. Só na última semana, mais de 115 mil crianças testaram positivo.

Há escolas públicas que não estão a garantir o acesso a aulas online para os estudantes que estão em isolamento devido à Covid, avança o Público (acesso condicionado).

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) confirma o problema, apelando às escolas que façam um esforço extra para garantir o acesso às aulas online para os alunos que estão em isolamento. “Com os alunos em casa, o que está previsto é que possam assistir remotamente às aulas, e é isso que faz sentido. E os alunos já terão todos computador, portanto, havendo os meios, é uma questão de as escolas e os professores se organizarem”, afirma Jorge Ascenção.

Já o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas desvaloriza a situação e diz que “há outras estratégias que cada escola desenvolve, tendo em conta os conteúdos programáticos” para os alunos acompanharem a matéria.

Garantir o acesso às aulas online é cada vez mais importante tendo em conta que os casos de infeção estão a disparar e há cada vez mais alunos isolados. Só na última semana, cerca de 115 mil crianças e jovens testaram positivo à Covid-19, de acordo com o balanço fornecido pela DGS ao Inevitável (link indisponível).

No arranque do segundo período, foram realizados mais de 150 mil testes à Covid-19 ao pessoal docente e não docente, tendo sido registada uma taxa de positividade de 1,79%, segundo revelou, em comunicado, o Ministério da Educação, na segunda-feira. Além disso, o ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues informa ainda que nos próximos dias serão realizados testes pontuais, num “conjunto muito reduzido de escolas”.

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Rio passa à frente de Costa e direita já tem mais votos que esquerda

  • ECO
  • 25 Janeiro 2022

O PSD recolhe, neste momento, 34,4% das intenções de voto, mais seis décimas que o PS. A menos de uma semana da ida às urnas, Rio tem vantagem, portanto, em relação a Costa.

A menos de uma semana das eleições legislativas, Rui Rio tem uma vantagem de décimas em relação a António Costa, segundo a sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF. O PSD tem, neste momento, 34,4% das intenções de voto enquanto o PS recolhe 33,8% das intenções de voto. Esta sondagem vem confirmar uma tendência avançada pela primeira vez pela sondagem da Pitagórica para a TVI/CNN Portugal que dava ao PSD 34,5% das intenções de voto, ultrapassando o PS (33,5%).

Mas há outra mudança significativa. Segundo o estudo da Aximage, a direita soma, pela primeira vez, mais votos do que a esquerda (46,8% contra 46,3%). Em maior detalhe, o Chega recolhe 8% das intenções de voto, continua à frente do Bloco de Esquerda e mantém, assim, o lugar de terceira força política mais popular.

Em quarto lugar, aparece o BE, com 6,6% das intenções de voto. Segue-se a CDU, com 4,5%, o PAN, com 3,2%, a Iniciativa Liberal, com 2,8%, o CDS-PP, com 1,6% e o Livre, com 1,4%. O trabalho de campo que sustenta esta sondagem decorreu entre 16 e 21 de janeiro e foram recolhidas 965 entrevistas.

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Hoje nas notícias: sondagem, PRR e aulas online

  • ECO
  • 25 Janeiro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A sondagem da Aximage revela que o PSD recolhe 34,4% das intenções de voto dos portugueses, ultrapassando o PS, que recolhe 33,8%. No plano económico, a Comissão Europeia afasta mexidas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), após as eleições. Já na justiça, o pedido formal de extradição de João Rendeiro ainda não foi devolvido a Portugal. A marcar o dia estão ainda os casos positivos nas escolas.

Rio passa à frente de Costa e direita já tem mais votos que esquerda

A uma semana das eleições legislativas, Rui Rio tem uma vantagem de décimas em relação a António Costa, segundo a sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. O PSD tem, neste momento, 34,4% das intenções de voto enquanto o PS recolhe 33,8% das intenções de voto. O estudo sinaliza, por outro lado, que o Chega está à frente do Bloco de Esquerda, conquistando o lugar de terceira força política mais popular. Contas feitas, a direita soma, neste momento, mais do que a esquerda (46,8% contra 46,3%).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

Bruxelas afasta mudanças no PRR, após as eleições

Os partidos que concorrem às legislativas marcadas para 30 de janeiro querem alterar as reformas e os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Contudo, os regulamentos de Bruxelas podem colocar um entrave a essa intenção. Ao Jornal de Negócios, a Comissão Europeia aponta que é possível fazer mudanças, mas que essas devem obedecer a “circunstâncias objetivas”, como catástrofes naturais, dando pouca abertura a alterações meramente políticas ou ideológicas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Há estudantes em isolamento sem aulas online

Há escolas públicas que não estão a garantir o acesso a aulas online para os estudantes em isolamento devido à Covid. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas desvaloriza a situação e diz que “há outras estratégias que cada escola desenvolve, tendo em conta os conteúdos programáticos” para os alunos acompanharem a matéria. Já o representante da Confederação Nacional das Associações de Pais apela para que as escolas façam um esforço extra.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

115 mil crianças e jovens testaram positivo à Covid na última semana

Na última semana, cerca de 115 mil crianças e jovens testaram positivo à Covid-19, de acordo com os dados que a Direção-Geral da Saúde avançou ao Inevitável. Nessa semana, a faixa etária dos jovens até aos 19 anos representaram mais de 30% dos casos notificados em Portugal.

Leia a notícia completa no Inevitável (link indisponível)

Processo de extradição de Rendeiro está parado

O pedido formal de extradição de João Rendeiro ainda não foi devolvido a Portugal, como mandou o juiz, devido à quebra de segurança da prova. Isto porque o documento em questão chegou ao tribunal de Verulam mal selado. O objetivo é que agora as autoridades portuguesas confirmem que nenhuma folha desapareceu durante o transporte e que está tudo em ordem com o pedido, mas o Ministério Público da África do Sul ainda não fez o envio, nem sabe quando fará.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Lidl Portugal conquista Top Employer. Quer criar 150 postos de trabalho este ano

A cadeia de supermercados é umas das 25 empresas em Portugal com certificação Top Employer e o único retalhista alimentar a receber essa certificação.

O Lidl Portugal foi pela primeira vez este ano reconhecido como Top Employer pelo Top Employers Institute, que certifica as empresas com as melhores práticas de gestão de RH. É umas das 25 empresas em Portugal com esse reconhecimento e o único retalhista alimentar a receber essa certificação. A cadeia, que no ano passado fechou com 8.200 colaboradores, prevê este ano criar mais 150 postos de trabalho, adianta Maria Román, administradora de recursos humanos do Lidl Portugal, à Pessoas/ECO.

“Para 2022, prevemos criar 150 novos postos de trabalho, nomeadamente para Operadores de loja considerando as aberturas previstas para este ano, bem como a contratação de novos colaboradores para reforçar as operações do entreposto de Loures e dos escritórios. Neste sentido, algumas destas novas vagas, poderão ser preenchidas por transferências interna de colaboradores”, adianta Maria Román.

“Estamos conscientes da relevância da carga horária e do impacto que esta tem nos salários, no envolvimento e na fidelização das nossas equipas, pelo que nos comprometemos também para este ano, a oferecer um aumento da carga horária, de forma progressiva, para todos os que demonstrem esse interesse e disponibilidade”, continua a administradora com a pasta dos RH. O retalhista tem ainda para este ano previsto um aumento dos salários de entrada dos colaboradores, tal como noticiou a Pessoas/ECO em dezembro.

Neste momento, a cadeia — que tem planos para expandir à região da Madeiratem 39 ofertas disponíveis na área de carreiras do site da empresa.

“Procuramos pessoas que queiram desenvolver no Lidl a sua carreira profissional, que queiram crescer connosco. Valorizamos o respeito mútuo, espírito de equipa e entreajuda, dinamismo e polivalência, assim como foco na eficiência. Priorizamos ainda pessoas com experiência prévia no atendimento, que demonstram orientação para o cliente, com uma atitude positiva e proativa e abertura para a mudança”, destaca Maria Román.

Notamos que os candidatos procuram empregos onde o fator económico tem algum impacto, mas principalmente querem estabilidade emocional, um elevado nível de realização pessoal e um bom equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. São nestes temas em que estamos a trabalhar.

Maria Román

Administradora de RH do Lidl Portugal

Na luta pela conquista do talento, apesar de alguns setores — como turismo ou construção — estarem a registar dificuldade na angariação de pessoas, no retalho, o Lidl acredita que esse fenómeno ainda não se faz sentir. Mas as expectativas dos candidatos face ao trabalho estão a mudar.

“As pessoas estão mais abertas a novas possibilidades, mas existe, cada vez mais, uma seleção criteriosa por parte de todos os candidatos em relação às empresas onde equacionam trabalhar. Ou seja, cada vez mais notamos que os candidatos procuram empregos onde o fator económico tem algum impacto, mas principalmente querem estabilidade emocional, um elevado nível de realização pessoal e um bom equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. São nestes temas em que estamos a trabalhar, para que o Lidl continue a ser uma referência para os nossos potenciais candidatos”, diz a administradora de RH do retalhista alimentar.

Cadeia Top Employer

Este ano, pela primeira, o Lidl recebeu a certificação Top Employer do Top Employers Institute, “a única insígnia no retalho nacional a receber esta nomeação, o que nos deixa muito orgulhosos”, destaca Maria Román, reforçando que a mesma certificação foi atribuída, internacionalmente, a 25 países onde o Lidl está presente.

“Comprova aquilo em que temos vindo a trabalhar ao longo dos últimos anos — o compromisso do Lidl com os seus colaboradores e o desenvolvimento de talento, com foco no bem-estar e em proporcionar as melhores condições. Para nós, as condições de trabalho dos nossos colaboradores são fundamentais para construirmos uma equipa de excelência e são mais do que o ordenado de entrada, incluindo também benefícios adicionais, os espaços físicos de trabalho e a cultura”, diz. “Só com colaboradores satisfeitos é que conseguimos ter clientes satisfeitos e, por conseguinte, assegurar o bom serviço e a competitividade do nosso negócio.

Maria Román, administradora de Recursos Humanos, Lidl PortugalD.R.

A certificação ‘Top Employer’ analisa e avalia seis categorias — Liderança, Estrutura Organizacional, Atração, Desenvolvimento, Envolvimento e Cultura –, tendo o Lidl Portugal sido distinguido com a nota máxima (100%) em fatores como ‘Estratégia da Empresa’, ‘Liderança’, ‘Organização e Mudança’ e ‘Valores’. Nas categorias de ‘Marca Empregadora’ e ‘Aquisição de Talento’, recebeu uma avaliação de mais de 98%.

Resultados que comprovam a relação de proximidade e confiança que o Lidl Portugal mantém com os seus colaboradores, através da auscultação das suas necessidades, procurando sempre dar resposta às mesmas, tendo igualmente capacidade de orientar e motivar as suas pessoas, com vista a alcançar um propósito comum”, argumenta a responsável de RH.

“Temos de estar dispostos a estar cada vez mais atentos às necessidades dos nossos colaboradores/candidatos criando propostas de valor que sejam diferenciadoras, de forma a trabalhar e garantir a atração e retenção dos mesmos – não apenas seguindo tendências e exigências, mas fomentando as mesmas”, diz Maria Róman. E dá como exemplo o teletrabalho. “Era um aspeto de menor relevância há uns anos e atualmente, em perfis de escritório, é um fator crítico na procura de um novo emprego, ao qual nos adaptámos e que passou a fazer parte da nossa realidade.”

Conheça aqui a lista completa das 25 empresas Top Employers 2022

Top Employers 2022 em Portugal

  • Amgen
  • Angelini Pharma
  • AstraZeneca
  • Bankinter
  • BNP Paribas Personal Finance
  • DHL Parcel
  • DHL Supply Chain
  • DHL Global Forwarding
  • EDP
  • EDP Renováveis
  • Huawei
  • Imperial Brands
  • JTI
  • Lidl
  • Minisom, uma marca Amplifon
  • NTTDATA
  • Olympus
  • PepsiCo
  • Randstad
  • Saint-Gobain
  • SAP;
  • Servier
  • Takeda
  • Teleperformance
  • Whitestar Asset Solutions

Top Employers 2022 em Portugal com Certificação Continental Europeia

  • Angelini Pharma
  • AstraZeneca
  • BNP Paribas Personal Finance
  • DHL Parcel
  • DHL Supply Chain
  • DHL Global Forwarding
  • EDP Renováveis
  • Huawei
  • Imperial Brands
  • JTI
  • Lidl
  • Minisom, uma marca Amplifon
  • Olympus
  • PepsiCo
  • Saint-Gobain
  • SAP
  • Servier
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Sociais, cirúrgicas ou FFP2. Qual a melhor máscara para travar a Ómicron?

Face à elevada transmissibilidade da Ómicron têm surgido novas orientações sobre o uso de máscara. Das sociais às cirúrgicas e até às FFP2 para que servem e quais as diferenças entre cada uma?

Com o surgimento da pandemia de Covid-19, as máscaras começaram a fazer parte do dia-a-dia dos cidadãos, sendo vistas como cada vez mais necessárias, não só para proteção do próprio mas também dos que o rodeiam. Não obstante, dada a elevada transmissibilidade da variante Ómicron têm surgido novas recomendações sobre o uso deste equipamento de proteção individual.

Nos Estados Unidos, a variante Ómicron levou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) a emitir novas recomendações sobre a utilização de máscaras por parte da população em geral, passando a aconselhar utilizar-se apenas as máscaras cirúrgicas ou FFP2.

Em Portugal, a orientação número 011/2021 da Direção-Geral da Saúde (DGS), atualizada pela última vez a 3 de dezembro de 2021, continua a recomendar que a população em geral utilize uma máscara comunitária certificada “com capacidade de filtragem igual ou superior a 90%” ou, em alternativa, uma máscara cirúrgica.

Não obstante, para alguns contextos específicos, nomeadamente para as visitas a hospitais é apenas permitido o uso de máscara cirúrgica ou FFP2, tal como vai suceder nas eleições legislativas do próximo sábado. Recorde-se que na última reunião do Infarmed, a equipa de peritos que aconselha o Governo na tomada de decisões já tinha sugerido que devia ser incentivado o uso de máscara cirúrgica ou FFP2, ao invés das máscaras sociais, já que estas últimas têm uma “menor capacidade protetora”.

O ECO questionou a DGS sobre se pondera rever a orientação geral para o uso de máscara, por forma a recomendar para todos os contextos apenas o uso de máscara cirúrgica ou FFP2, mas não foi possível obter uma resposta até à publicação do artigo. Saiba, em linhas gerais, para que servem e quais as diferenças entre cada uma:

Máscaras sociais (ou comunitárias)

Estas máscaras são feitas a partir de pedaços de tecido e não são consideradas dispositivos médicos. São essencialmente destinadas a pessoas que não tenham sintomas de infeção por SARS-CoV-2 e que não estejam em contacto com casos positivos. “Esta cobertura facial comunitária minimiza a projeção de gotículas respiratórias do utilizador, saliva, expetoração ou secreções respiratórias ao falar, tossir ou espirrar”, segundo o acordo técnico “Coberturas faciais comunitárias, Guia para os requisitos mínimos, métodos de ensaio e utilização”, através do qual a DGS se baseia para emitir as recomendações relativas ao uso de máscara.

Além disso, poderão também limitar a “penetração de gotículas respiratórias de origem externa pela área do nariz e da boca do utilizador, sem reivindicar a proteção do utilizador”. Se a utilizar uma máscara deste tipo, a entidade liderada por Graça Freitas recomenda a utilização de uma máscara comunitária certificada “com capacidade de filtragem igual ou superior a 90%”. E apesar de serem reutilizáveis, devem ser substituídas a cada 4h de uso contínuo ou se estiverem húmidas.

Máscara cirúrgica

Consideradas dispositivos médicos, este tipo de máscara protege o portador de partículas contaminadas que estejam suspensas no ar ou que tenham sido expelidas por alguém doente, ao mesmo tempo que previne que o portador projete essas mesmas partículas para o meio. Não são máscaras ajustáveis ao rosto, mas tapam o nariz, a boca e o queixo. São resistentes a fluidos e oferecem alguma proteção contra gotículas respiratórias de maiores dimensões, provenientes por exemplo de espirros e tosse. Estas máscaras devem ser substituídas a cada 4h de uso contínuo ou se estiverem húmidas, tal como acontece com as comunitárias.

No entanto, estas máscaras não protegem contra a inalação de partículas muito pequenas no ar, pelo que o utilizador não está totalmente protegido contra partículas finas (aerossóis). Neste contexto, apenas as máscaras FFP1, FFP2 e FFP3 conseguem proteger os utilizadores partículas mais finas. O desempenho destas três máscaras varia consoante o grau de eficiência de filtragem bacteriana, pressão diferencial (permeabilidade da máscara ao ar) e resistência aos salpicos e a limpeza microbiana.

Respiradores FFP2

Também consideradas um dispositivo médico, estas máscaras são máscaras de proteção destinadas a profissionais de saúde e são muito eficazes na proteção contra gotículas respiratórias que possam estar presentes no ar. Têm a vantagem de proteger tanto das gotículas grandes como das mais pequenas.

Segundo o CDC, uma vez que os respiradores FFP2 são cuidadosamente fabricados de modo a selar o rosto, estas máscaras fornecem o mais alto nível de proteção, face às comunitárias ou às cirúrgicas. O regulador de saúde norte-americano aponta ainda que estes equipamentos de proteção individual podem ser mais relevantes “para certas situações de alto risco ou para algumas pessoas com risco maior de ter a doença em sua forma grave”.

Em declarações ao ECO, Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública, sinaliza ainda que as máscaras FFP2 “têm outra vantagem relativamente às máscaras cirúrgicas”, dado que “são máscaras que duram mais tempo, pelo que podem ser usadas mais vezes do que as máscaras cirúrgicas. O CDC recomenda que possam ser utilizadas até cinco vezes e não mais.

Quanto às recomendações relativas à forma como se deve guardar uma máscara (independentemente do tipo), Bernardo Gomes assinala que estas devem ser guardadas “numa bolsa ou num sítio em que ela não esteja confortável com o seu formato”, por forma a que não seja sujeita a dobras ou danos. “É preservá-la num sítio em que ela possa estar na sua forma original, sem estar sujeita a humidade desnecessária, a temperatura elevadas ou até mesmo dobragens”, conclui o médico de Saúde Pública.

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Subida rápida do salário mínimo, pensões e menos impostos indiretos. O programa económico da CDU

O PCP mantém vivas as reivindicações que tem feito nos últimos anos, como a subida rápida do salário mínimo, o que impediu um acordo no Orçamento do Estado para 2022 e levou a eleições antecipadas.

O país vai a votos no dia 30 de janeiro. Até lá, todos os dias, vamos analisar à lupa para os temas económicos dos programas eleitorais dos partidos com representação parlamentar. Os salários, os impostos, as prestações sociais, as pensões, as carreiras, as regras laborais e os apoios às empresas. Afinal, o que querem os partidos para a economia.

A CDU apresenta-se ao eleitorado novamente com uma “política alternativa, patriótica e de esquerda” para ir mais além do que quis o Governo PS, reafirmando a validade do programa eleitoral de 2019. No compromisso eleitoral para 2022 da aliança entre o PCP e o PEV lê-se que “o comprometimento com a redução forçada do défice e os custos e opções relativos à dívida pública hipotecaram recursos que deveriam ter sido mobilizados para um desenvolvimento soberano”.

As questões antigas de fricção entre a CDU e o PS mantêm-se no programa eleitoral: as mexidas na legislação laboral, a reversão da privatização dos CTT e da ANA, a venda do Novobanco em vez da nacionalização, as “cativações e limitações no investimento” público, entre outras.

A CDU também fala do fraco crescimento económico de Portugal nas duas últimas décadas, como faz a direita, mas responsabiliza outros fatores, como “a adesão ao Euro e a submissão aos constrangimentos associados (pacto de estabilidade, tratado orçamental, etc.), nomeadamente em termos de gestão orçamental e investimento público, as alterações negativas à legislação laboral, o carrossel das liberalizações e privatizações e a desindustrialização”. “São estas e não outras, como se ouve por parte das forças reacionárias, as razões para a prolongada estagnação económica e persistente atraso do país nestas duas décadas do século XXI“, argumenta.

Os comunistas falam também de problemas atuais, como a subida do preço da energia, dos bens alimentares e da habitação, assim como as “perturbações nas cadeias de fornecimento e especulação verificadas em torno de bens intermédios e matérias-primas”. Além disso, identificam “problemas” da liquidez “despejada” pelos bancos centrais nos mercados financeiros, temendo que países muito endividados como Portugal entrem em “profundas recessões económicas” por causa da subida das taxas de juro.

Subir salários é uma “emergência nacional”

O foco da CDU nesta campanha está na subida dos salários dos portugueses. “É necessário assumir o aumento geral dos salários como uma emergência nacional, para dinamizar o mercado interno, para estimular a atividade económica e a produção nacional, garantir a sobrevivência das micro, pequenas e médias empresas (MPME), assegurar a permanência em Portugal da força de trabalho necessária ao desenvolvimento do país”, argumenta.

Em concreto, os comunistas querem “um significativo aumento do salário médio” para que Portugal faça a convergência com a Zona Euro em cinco anos. Para lá chegar, conta também com um aumento do salário mínimo para 800 euros ainda em 2022 (face aos 705 euros decretados pelo atual Governo PS) e para 850 euros “a curto prazo”.

Na lei laboral, a CDU defende “o combate à desregulação de horários, a prevenção e garantia dos direitos no trabalho por turnos”, a redução geral do horário de trabalho para as 35 horas semanais, “sem perda de remuneração nem de outros direitos”, a reposição dos 25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores, o fim da caducidade da contratação coletiva e a reposição do princípio do tratamento mais favorável.

Na função pública, a CDU quer a “a revogação da lei do trabalho em funções públicas e a garantia do direito de negociação coletiva na Administração Pública, a revogação do SIADAP e a criação de um sistema justo de avaliação sem quotas, a revisão da Tabela Remuneratória Única, e a reposição e valorização do poder de compra perdido na Administração Pública”.

Aumentos para os pensionistas e alargar o subsídio de desemprego

Em linha com o que defendeu nos últimos anos, a CDU propõe a atualização anual das pensões, “assegurando a reposição e valorização do poder de compra”, sendo que em 2022 tal se traduz num aumento mínimo de dez euros. O PS tinha aceitado no OE2022 aumentar as pensões até 1.097 euros em dez euros mensais e promete aplicar essa subida com retroativos a 1 de janeiro se for Governo.

Na área da Segurança Social, a CDU quer ainda o reconhecimento das longas carreiras contributivas, “assegurando o direito à reforma com 40 anos de descontos e acabar com o fator de sustentabilidade”. Os comunistas pretendem repor a idade da reforma nos 65 anos e a eliminação das penalizações “sobre os pensionistas empurrados para reformas antecipadas”.

No que toca ao subsídio de desemprego, a coligação quer alargar os critérios de atribuição, assim como o valor e a duração deste apoio para quem é despedido, acompanhado da valorização de “outras importantes prestações sociais”.

Menos impostos indiretos e alívio no IRS para salários baixos e intermédios

Na área fiscal, a CDU defende um desagravamento dos impostos sobre os “rendimentos mais baixos e intermédios no IRS”, através do aumento da progressividade com mais escalões e a subida do mínimo de existência e da dedução específica, em linha com o que estava previsto no OE2022.

Os comunistas querem também reduzir o peso dos impostos indiretos uma vez que são os “mais injustos socialmente”, dado que não são progressivos (aplicam-se a todos à mesma taxa). A CDU quer baixar o IVA da eletricidade e do gás para 6%, assim como para o gás de botija/GPL, e acabar com o que diz ser a “dupla tributação nos combustíveis e o adicional do ISP”.

Mas também há medidas para aumentar a receita do Estado. Além de pedir um combate mais eficaz à evasão fiscal, a CDU pretende garantir a tributação do património mobiliário, sem explicar como, e “implementar o englobamento obrigatório de todos os rendimentos para os contribuintes do atual último escalão de IRS“.

Acelerar investimento público para 5% do PIB por ano

Após seis anos a criticar o Governo PS pela baixa execução do investimento público, a CDU quer um “significativo crescimento” na próxima legislatura, fixando como referência 5% do PIB ao ano, com a ajuda dos fundos europeus como o Plano de Recuperação e Resiliência e os Quadros Financeiros Plurianuais 2014-2020 (nos últimos anos de execução) e 2021-2027 (cujo arranque está para breve), aliado a “uma forte promoção do investimento empresarial”.

O foco dos comunistas está, como é habitual, na produção nacional e no controlo público de setores “básicos e estratégicos”, como os CTT e um operador de telecomunicações — e a manutenção da Efacec na esfera pública e a reversão do encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos. A CDU quer “avançar com a reindustrialização, substituir importações por produção nacional, aumentar o valor acrescentado nacional e a componente nacional nas exportações; investir na produção nacional designadamente de alimentos, medicamentos e meios de transporte”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Janeiro 2022

O dia será marcado pela publicação do Índice de Perceção de Corrupção 2021, pela atualização das perspetivas económicas mundiais do FMI e pela retoma da votação do orçamento municipal de Lisboa.

A publicação do Índice de Perceção da Corrupção 2021 pela Transparency International marca o dia desta terça-feira, bem como a atualização das projeções económicas mundiais do Fundo Monetário Internacional. Ainda hoje é retomada a discussão e votação do orçamento municipal de Lisboa para 2022, enquanto a Microsoft divulga os resultados referentes ao segundo trimestre do ano fiscal de 2022 e a Fed inicia uma reunião de dois dias.

Qual o nível de corrupção em Portugal em 2021?

A organização não-governamental Transparency International divulga, esta terça-feira, o Índice de Perceção da Corrupção relativo a 2021. Criada em 1995, esta ferramenta analisa os níveis de corrupção no setor público de 180 países e territórios, pontuando-os de 0 (muito corrupto) a 100 (muito transparente). No ranking de 2020, Portugal ficou na 33.ª posição, com 61 pontos, a pontuação mais baixa de sempre e bastante abaixo dos valores médios da Europa ocidental e da União Europeia, fixados em 66 pontos.

FMI atualiza projeções económicas

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publica esta terça-feira, às 9 horas locais (14 horas em Lisboa) as suas projeções económicas mundiais, através do World Economic Outlook (WEO). Na atualização anterior, em outubro, a instituição previa um crescimento da economia portuguesa de 5,1% para este ano, um valor que vai ao encontro das previsões da Comissão Europeia (julho) e do Conselho das Finanças Públicas (setembro). Quanto à economia global, estimava um avanço de 4,9% para 2022 (0,1 ponto percentual abaixo das projeções de julho).

Câmara de Lisboa retoma votação do orçamento municipal para 2022

A discussão e votação da proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2022 vão ser retomadas na terça-feira, a partir das 9h30. O retomar dos trabalhos acontece na sequência da interrupção, na quinta-feira, da reunião privada de câmara, em que estavam a ser discutidas e iriam ser votadas as propostas de orçamento e de grandes opções do plano para 2022-2026. Na altura, os vereadores do PS alertaram para “um erro de 40 milhões de euros” na distribuição das verbas, nomeadamente na habitação.

Início de reunião da Fed marcada por queda das bolsas

Na reta final do mês de janeiro, as bolsas arrancaram a semana em forte baixa, enquanto a reunião de dois dias do Comité de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, que tem início esta terça-feira, vai ser o centro das atenções dos mercados, já que preveem o anúncio de algumas decisões importantes no final do encontro. Entre essas decisões, os analistas do Morgan Stanley estimam que seja comunicado o primeiro aumento dos juros este ano, nomeadamente de 0,25 ponto percentual em março para combater a pressão da inflação nos EUA.

Microsoft divulga resultados do 2.º trimestre do ano fiscal

Ainda esta terça-feira, a Microsoft divulga os resultados relativos ao segundo trimestre do ano fiscal de 2022, que corresponde ao período de outubro a dezembro do ano passado. De acordo com a FactSet, citada pelo The Wall Street Journal, a empresa liderada por Satya Nadella deverá registar receitas trimestrais de mais de 50 mil milhões de dólares pela primeira vez. Tal como outras tecnológicas, a Microsoft tem beneficiado da pandemia, levando a uma subida significativa das suas ações na bolsa nos últimos dois anos.

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TAP já não está em falência técnica

A companhia aérea voltou a ter capitais próprios positivos, depois do último aumento de capital. Um passo importante para o novo financiamento que vai contratar junto da banca.

A TAP fechou o ano com capitais próprios positivos, saindo da situação de falência técnica em que se encontrava desde 2020, segundo apurou o ECO. Um passo imprescindível para voltar a financiar-se no mercado, o que deverá ocorrer ainda este mês.

A situação líquida da transportadora aérea já era frágil antes da pandemia, com capitais próprios de pouco mais de 100 milhões de euros em 2018 e 2019. Com a covid-19 e a paralisação do tráfego aéreo, os prejuízos dispararam, empurrando a empresa para a “falência técnica”.

No final de 2020, o buraco na situação líquida da empresa era de 1.154,3 mil milhões, mantendo-se praticamente igual no final de junho de 2021, apesar de uma injeção de 462 milhões realizada um mês antes pelo Estado.

A companhia viveu assim até ao cair do pano de 2021, quando o Executivo avançou com uma segunda operação, de valor inédito: 1.794,5 milhões, a maior parte através da conversão de um empréstimo em capital e a outra através de uma injeção clássica do Tesouro.

Contabilizando os prejuízos de 627 milhões até setembro, os últimos números conhecidos, a TAP ficaria com um capital próprio positivo de 506 milhões, uma soma, à partida, suficiente para fazer face às perdas dos últimos três meses do ano e a novas dívidas. Segundo garantiu ao ECO uma fonte conhecedora do processo, a companhia aérea fechou mesmo 2021 com uma situação líquida positiva, sem poder, no entanto, detalhar o número.

Sair da falência técnica era importante para a companhia aérea avançar com um financiamento de 360 milhões junto de privados no início de 2022, conforme foi anunciado depois da aprovação do plano de reestruturação pela Comissão Europeia.

Segundo apurou o ECO, mantém-se a intenção de completar esta operação até ao final do mês e antes das eleições, tendo sido contactados vários bancos para o efeito. O empréstimo será garantido em 90% pelo Estado.

Este financiamento terá uma maturidade curta, de cerca de um ano. O plano de recuperação prevê que seja reembolsado com o dinheiro de uma nova injeção de capital na companhia aérea.

Dos 3.200 milhões previstos em ajudas de Estado à transportadora aérea, já entraram 2.256,5 milhões, ficando a faltar 900 milhões que devem entrar ainda este ano.

A partir daí ficará esgotado o bolo acordado com Bruxelas, pelo que não poderão existir novas injeções de capital. O plano prevê apenas um novo financiamento junto de privados a partir de 2023, com um valo mínimo de 250 milhões mas que pode chegar aos 512 milhões.

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Castro Almeida critica uso sistemático de fundos europeus para pagar despesa corrente do Estado

"Por similitude com o Portugal 2020, que foi aprovado em Bruxelas em junho de 2014, o PT2030 deveria ter ficado aprovado em junho de 2021". Provavelmente só no verão, vaticina Castro Almeida.

Os fundos europeus são sistematicamente utilizados para pagar despesas correntes do Estado e por isso a verba reservada para apoiar as empresas “é demasiado curta”. A prática de desorçamentação é a crítica transversal que o antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional faz aos vários pacotes de fundos europeus que Portugal tem ao seu dispor: o Portugal 2020, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030.

Há uma tendência eterna dos fundos estruturais servirem, sobretudo, para aliviar as contas públicas, para substituir despesa pública. É um erro”, lamenta Manuel Castro Almeida. “Diz-se que, apesar dos fundos europeus, Portugal não avança porque muitas vezes não são bem aplicados. Não quer dizer que o dinheiro seja desperdiçado, mas quando vem substituir dinheiro público não vem acrescentar”, acrescenta em declarações ao ECO.

O antigo secretário de Estado de Pedro Passos Coelho exemplifica casos concretos em que, na sua opinião, os fundos são chamados a pagar despesas indevidas. “Por exemplo, um curso profissional é mais caro pelos gastos de material. O que faz sentido é que os fundos europeus paguem este acréscimo. Em vez disso, o que tem vindo a acontecer é que os fundos europeus pagam a totalidade do curso. Isto é substituir o Orçamento do Estado por fundos europeus”, explica. “Outro exemplo é os fundos europeus pagarem as bolsas de estudo do ensino superior, uma despesa corrente que já existia antes de existirem fundos europeus”, acrescenta.

Há uma tendência eterna dos fundos estruturais servirem, sobretudo para aliviar as contas públicas, para substituir despesa pública. É um erro.

Manuel Castro Almeida

Antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional

“Desorçamentação é mau”, continua, mas isso “não quer dizer que a Administração Pública não pudesse aproveitar os fundos europeus”.

O responsável reconhece que a prática de desorçamentação não é nova, nem exclusiva do atual Governo. “Na programação do Portugal 2020 aconteceu muito isto”, reconhece Castro Almeida. Mas justifica com o facto de o “Governo estar em grande necessidade”. “Era tal a carência de recursos públicos, a restrição de Bruxelas ao endividamento e ao défice que o Governo tinha de lançar mão a todo o dinheiro que havia incluído fundos europeus”, explicou. “Mas já não estamos nessa situação de sufoco financeiro, não temos cá a troika como tivemos em 2013 e 2014. Era preciso ir, ainda que lentamente, desagravando os fundos europeus de pagar despesas que são despesas correntes do Estado”, defende.

O antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional considera que “o PRR sofre do mesmo problema do PT2030: está mais talhado para compor as contas públicas do que para relançar a economia”.

“As empresas terão muito pouco dinheiro no PRR, a maior parte é para a máquina do Estado, embora para a qualificar”, sublinha.

Mas Castro Almeida faz questão de deixar um elogio às agendas mobilizadoras. “Na pequena parcela que é dada às empresas valorizo muito o dinheiro afeto às agendas mobilizadoras, uma área onde o PRR inova na boa direção, porque vai finalmente ajudar a resolver um problema grave da nossa economia que é a falta de ligação entre as universidades, os laboratórios de Estado, as instituições de ensino superior mais diversas, o sistema de investigação do país e as empresas”, explica o antigo responsável. “Temos excelente investigação em Portugal, mas é preciso que esta se traduza em faturas. E é isso que as agendas mobilizadoras vão ajudar a resolver porque obrigam a que se juntem universidades, grandes empresas e pequenas para passar da investigação feita nos centros de investigação para as fábricas”, acrescenta, lamentando, contudo, que seja “tão pouca a dotação disponível”.

No pré-concurso feito as intenções de investimento (9,7 mil milhões de euros) passam largamente a dotação inicialmente prevista para este programa e, por isso, Castro Almeida entende que os 930 milhões de euros previstos deveriam ser reforçados. O Executivo admite a possibilidade de acionar uma verba adicional de 2,3 mil milhões de euros em empréstimos que ficou pré-reservada em Bruxelas caso os projetos empresariais assim o justificassem ou se fosse necessário para a capitalização das empresas. Mas o Executivo chutou uma decisão a esse nível para o segundo semestre de 2022.

Castro Almeida diz ser “muito crítico” por o Governo ter optado por não usar a totalidade da dotação que estava disponível no PRR a título de empréstimo, “mesmo sabendo o elevado nível de endividamento do país”. “Se esses empréstimos fossem contraídos para capitalizar empresas, que o Estado pudesse ter obrigações participantes ou outra forma qualquer de participar na capitalização das empresas, não era dinheiro deitado à rua. O Estado iria contrair um passivo, mas também ficava com um ativo que se iria neutralizar a dívida”, afirma o antigo presidente da Câmara de São João da Madeira. “Foi uma oportunidade perdida não usar uma parte maior da dotação disponível de empréstimos para ajudar as empresas na sua capitalização”, conclui.

Na pequena parcela que é dada às empresas valorizo muito o dinheiro afeto às agendas mobilizadoras, uma área onde o PRR inova na boa direção, porque vai finalmente ajudar a resolver um problema grave da nossa economia.

Manuel Castro Almeida

Antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional

E se o tecido empresarial nacional se tem mostrado avesso ao longo dos anos em aderir a instrumentos de capitalização, Castro Almeida defende que é uma questão de “as empresas ganharem confiança no Estado, para saberem que este mete lá dinheiro e têm a garantia de que depois sairá quando estiver cumprida a sua missão e a empresa tiver melhores resultados”. O antigo governante recorda que o Estado participa no capital da empresa, mas não na sua gestão corrente.

“As empresas não estão habituadas a isto”, reconhece, mas revela que dos contactos que tem tido com muitos empresários “há predisposição para aceitar entradas de capital do Estado”. “Tendo em conta que não há esta prática vamos todos ter de aprender”, admite. “É preciso que corra bem”, frisa, porque a falta de capitais próprios das empresas é “um problema sério” e que vai exigir “profissionalismo” de todos.

Há diversas soluções sobre a mesa e cada empresa terá de ver qual a solução que melhor se lhe aplica. O Banco de Fomento desenhou programas para apenas mil milhões de euros, ou seja, falta definir a utilização de 300 milhões num total de dotação de 1,3 mil milhões.

O objetivo é avançar com um programa de recapitalização estratégica que visa repor os capitais próprios de empresas de interesse estratégico nacional, com foco em médias empresas, small mid caps e mid caps, para níveis pré-pandemia.

Está previsto também um programa de capitalização mediante coinvestimento com investidores privados, com uma dotação de 300 milhões de euros a um. Ou um programa de recapitalização para apoio à redução de endividamento em linhas de crédito com garantia pública, através de empréstimos participativos ou outros instrumentos de quase-capital, que tem 200 milhões. Finalmente, está previsto um outro programa de capitalização de 200 milhões de euros que será feito através de parcerias estabelecidas com o Fundo Europeu de Investimento.

Sobre o Banco de Fomento, responsável pela operacionalização destes instrumentos de capitalização, Castro Almeida deseja que “tenha sucesso” porque é útil para apoiar projetos de mais longo prazo e que a banca tradicional não estaria tão vocacionada para apoiar “por terem uma evidência de sucesso menor”. Mas admite que “há o risco de o Estado gerir um banco com critérios políticos”. “É um péssimo princípio”, alerta. “Espero que a autonomia da administração do Banco Português de Fomento fique garantida. Qualquer Governo tem de a garantir, até para responsabilizar as pessoas que lá estão”, remata.

Três ingredientes para fazer crescer a economia

Para fazer crescer a economia Castro Almeida tem uma receita de três ingredientes: apoio ao investimento produtivo, apoio às fusões e aquisições e aos instrumentos de capitalização. “Aquilo que se pode resolver com dinheiro são estas três principais áreas”. Mas muita coisa não tem tradução financeira como “resolver as demoras nos tribunais administrativos e fiscais que são vergonhosos” ou “ser mais criterioso na despesa pública”. “O empenho de um Governo numa política não deve ser medido pelos milhões que lá mete”, recomenda.

Usando o exemplo da Saúde e os 700 milhões de euros que o Executivo prometeu injetar no Orçamento do Estado, Castro Almeida sublinha que mais do que o montante é fundamental saber quais os “objetivos e metas que se pretende atingir” com essas verbas.

O ex-número dois de Rui Rio surpreende-se com o facto de, nestas eleições, os partidos estarem tão focados no crescimento económico. “É curioso ver numas eleições legislativas tanto debate sobre a necessidade de pôr a economia a crescer e como fazê-lo. A forma mais óbvia é descer os impostos sobre as empresas – e quase todos os partidos parecem estar de acordo sobre isso –, porque se a empresa não pagar impostos é suposto que esse dinheiro permita fazer novos investimentos, para criar mais emprego e melhores salários”, explica.

“Isto não quer dizer que se esteja a proteger os empresários, porque no momento em que transformam o lucro em dividendos têm de pagar IRS. Mas não há melhor forma de defender o interesse público do que a empresa reinvestir o seu lucro”, defende.

Mas se os programas eleitorais do PS e PSD são muito distintos em termos económicos, nomeadamente a nível fiscal, em termos de fundos europeus as diferenças esbatem-se. “O PSD enfatiza mais a necessidade apoiar as empresas com fundos europeus, nomeadamente programas de fusão e concentração de empresas e linhas de capitalização. Já o PS, apesar de ter um capítulo dedicado ao tema, de onde não se retira muito, tem uma ideia interessante e útil: criar uma espécie de certidão permanente das empresas nas candidaturas aos fundos”.

Ou seja, uma empresa que se candidata mais do que uma vez a apoios europeus não tem de estar sempre a apresentar-se e enviar documentos justificativos. “Uma outra ideia fundamental é reforçar as estruturas que trabalham com os fundos europeus, porque não se fazem omeletes sem ovos”, lembra, frisando a premência de reforçar as equipas do IAPMEI.

“Seria uma imprudência pedir uma revisão do PRR”

Apesar de todas as críticas que possam ser dirigidas ao Plano de Recuperação e Resiliência, Castro Almeida entende que, “seria uma imprudência pedir uma reabertura e revisão do PRR”. O PRR tem de ser totalmente comprometido até 31 de dezembro de 2023, menos de dois anos, por isso, “tendo em conta a tradição em Portugal de levar as execuções até ao limite, é preciso executar o aprovado”. Neste caso o prazo limite é 2026.

“Não aconselharia uma revisão no PRR, mas se houver atrasos em algumas áreas, como por exemplo na construção da habitação, que consome uma fatia importante do PRR, todo esse dinheiro deveria ser encaminhado para as agendas mobilizadoras”, sugere o antigo responsável.

O exemplo da habitação não é dado ao acaso tendo em conta a falta de mão-de-obra no setor, a falta de materiais e o aumento dos preços das matérias-primas. “Ou há um acompanhamento, a par e passo, dos responsáveis do ministério sobre estes investimentos ou a tendência será para a derrapagem dos custos e dos prazos”, vaticina.

No capítulo dos atrasos, o secretário de Estado que esteve envolvido na negociação do Portugal 2020 com Bruxelas denuncia que o quadro comunitário que se segue não começa bem. “Ainda não deram entrada em Bruxelas as propostas nacionais do PT2030″ e o processo de dissolução do Parlamento fez com que o Governo decidisse que deverá ser o próximo Governo a apresentar a proposta. Mas em vez de considerar esta opção um gesto democrático, Castro Almeida diz que “o Governo não tinha alternativa, porque não a tem pronta”.

“Por similitude com o Portugal 2020, que foi aprovado em Bruxelas em junho de 2014, o PT2030 deveria ter ficado aprovado em junho de 2021. Provavelmente só será aprovado no verão, o que quer dizer que vai ser aprovado um ano depois face ao PT2020. Não é um bom princípio para o PT2030”, lamenta.

Por similitude com o Portugal 2020, que foi aprovado em Bruxelas em junho de 2014, o PT2030 deveria ter ficado aprovado em junho de 2021. Não é um bom princípio para o PT2030.

Manuel Castro Almeida

Antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional

Já quanto ao Portugal 2020, Castro Almeida insiste que está “efetivamente atrasado”, apesar de o Executivo se gabar de ter terminado 2021 com uma taxa de execução de 71%, dois pontos percentuais acima daquela que foi a fasquia estabelecida pelo próprio Governo. “Se tem obrigação de estar num determinado local às 8h00, mas mete na cabeça que pode chegar às 8h30, se chegar às 8h15, não chegou um quarto de hora mais cedo. Chegou 15 minutos mais tarde. É isso que o Governo está a fazer ao querer gabar-se que superou em dois pontos aquela que era a sua perspetiva. Mas essa era chegar muito atrasado!”

“Estive a fazer contas e concordo totalmente com a avaliação feita pelo Tribunal de Contas. Se o programa continuar com o mesmo ritmo de execução dos últimos três anos, não vai ser cumprido. Para o ser tem de aumentar em 50% a rapidez de execução face aos últimos cinco anos. Têm de ser tomadas medidas vigorosas para poder ser cumprido”, aconselha.

Mas, dito isto, o antigo secretário de Estado admite que “nenhum Governo vai deixar que o programa não seja cumprido, caso contrário no final do ano teríamos de devolver verbas a Bruxelas”. “O problema é que quando se deixa tudo muito para o fim, nos últimos meses vamos gastar de qualquer maneira”, lamenta.

“O Governo está muito descansado quando tem um problema sério às costas que precisa de resolver com muito sentido de responsabilidade e com vontade de corrigir erros, porque se persistir na mesma metodologia não vamos ter o programa cumprido”, conclui.

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Portugal melhora um lugar no ranking de perceção da corrupção

Portugal ocupa a 32.ª classificação no Índice de Perceção da Corrupção de 2021, com 62 pontos. Transparency International avisa que Governo e BdP escapam à nova Estratégia Nacional Anticorrupção.

Portugal subiu um lugar no ranking do Índice de Perceção da Corrupção de 2021, elaborado pela Transparency International, mas continua a ter falhas neste campo. A organização alerta que o combate à corrupção em Portugal, através da nova estratégia anticorrupção, “deixa de fora o Governo e o supervisor da banca”.

O país encontra-se em 32.º lugar na tabela do índice que mede os níveis da perceção de corrupção no setor público em 180 países/territórios ao redor do mundo, com uma pontuação de 62 (sendo que 0 corresponde a um país percecionado como muito corrupto e 100 a um país visto como muito transparente). Face a 2020, subiu uma posição, bem como na pontuação, que era de 61.

“Se só subimos um ponto no Índice de Perceção da Corrupção é porque a Estratégia Nacional Anticorrupção não é de todo satisfatória. Ainda temos muito que trabalhar ao nível da grande corrupção e do reforço institucional para a prevenção da corrupção ao mais alto nível político e das instituições públicas”, reitera Susana Coroado, presidente da Direção da Transparência Internacional Portugal, citada em comunicado.

Apesar da subida, Portugal continua abaixo dos valores médios da União Europeia (64 pontos) e da região Europa Ocidental e União Europeia (66 pontos). Esta região ainda se destaca neste índice, ficando no topo com uma pontuação média de 66 em 100, mas “o progresso estagnou”, como destaca a organização.

Entre os pontos de risco, destaca-se que os “poderes executivos estão a ser usados ​​para contornar mecanismos importantes de responsabilização destinados a manter a corrupção sob controlo”. É aqui que é dado o exemplo de Portugal, onde “a nova estratégia nacional anticorrupção não abrange partidos políticos ou Banco de Portugal”.

A organização alerta ainda que a pandemia de Covid-19 tem “ameaçado a transparência e responsabilidade em toda a região, não deixando nenhum país ileso e expondo sinais preocupantes de retrocesso mesmo entre os os melhores desempenhos da região”.

Olhando para o índice global, os países do topo, onde é considerado que existe menos corrupção, são Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, cada um com uma pontuação de 88.

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Rei dos Frangos nomeia administrador para a SAD do Benfica

O empresário José António dos Santos nomeou um administrador em seu nome para a SAD do Benfica: António Albino Pires de Andrade.

Já estão escolhidos os órgãos sociais da SAD do Benfica, e o empresário José António dos Santos, conhecido como “Rei dos Frangos” acabou por conseguir nomear um administrador em seu nome: António Albino Pires de Andrade. Tinha existido um problema com as regras de representatividade de género na liderança das cotadas mas, com a nova lista apresentada por Rui Costa, já foi possível incluir o nome escolhido pelo acionista.

“Na Assembleia Geral extraordinária iniciada, em primeira convocação, no passado dia 6 de janeiro, e retomada hoje, dia 24 de janeiro de 2022, pelas 19.00 horas, foi aprovado pelos acionistas o reinício da mesma e a admissão da proposta apresentada hoje pelo acionista Sport Lisboa e Benfica com relação à composição do Conselho de Administração” e, em sequência, foram eleitos os membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal para o mandato relativo ao quadriénio 2021/2025, adianta a SAD do Benfica, em comunicado enviado à CMVM.

A assembleia geral do dia 6 de janeiro, onde devia ter sido eleita a administração da SAD, foi adiada, na sequência de José António dos Santos ter informado que também pretendia nomear um administrador em seu nome. Surgiu um problema, já que a pessoa em causa iria tirar o lugar a uma mulher na administração da sociedade (era a última da lista de Rui Costa), o que originaria um incumprimento da regra que dita que “a proporção de pessoas de cada género designadas de novo para o órgão de administração não pode ser inferior a 33,3%”.

Para resolver o problema, Rui Costa apresentou uma nova proposta para os órgãos sociais da SAD do Benfica à assembleia geral. Esta contemplava três novos nomes para o conselho de administração em relação à primeira proposta: Maria Sampaio Nunes (ex-vogal da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes), Lourenço Pereira Coelho (diretor-geral do Benfica) e Rui Vieira do Passo.

Rui Vieira do Passo passou assim a ser a última pessoa da lista de Rui Costa, e aquela que saiu para dar o lugar a António Albino Pires de Andrade, nome escolhido pelo Rei dos Frangos.

Não há alterações na composição dos restantes órgãos, nomeadamente na mesa da assembleia geral (que será liderada pelo ex-deputado centrista Nuno Magalhães) e no conselho fiscal (continuará a ser presidido por João Augusto).

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