Petróleo dispara para máximos de um ano
Preço do ouro negro valoriza mais de 3% em Londres e Nova Iorque após a Arábia Saudita ter manifestado confiança em relação ao acordo da OPEP e a Rússia ter anunciado um corte na produção.
Com os árabes a reforçar a confiança em torno do acordo alcançado no seio da OPEP e a Rússia a anunciar um eventual corte na produção de petróleo, o mercado do ouro negro segue hoje em forte alta. O barril de brent valorizava 2,5% até aos 53,24 dólares, uma evolução que coloca o contrato de referência para as importações nacionais em máximos de setembro do ano passado. Também o crude, negociado em Nova Iorque, avançava 2,87% até aos 51,23 dólares por barril.
E isto depois de vários países produtores de petróleo terem expressado a sua disponibilidade imediata para trabalhar em conjunto com a OPEP, segundo avançou o ministro da Energia e Indústria saudita, Khalif Al-Falih, citado pela Bloomberg, à margem do Congresso Mundial de Energia. Al-Falih tem agendado um encontro com o seu homólogo russo nos próximos dias, que revelou esta segunda-feira que a Rússia está pronta para limitar a produção de petróleo no âmbito de um acordo com a OPEP.
Evolução do contrato de brent no último mês
“É a declaração saudita que está a colocar-nos em território positivo e os comentários russos acrescentaram força ao mercado”, sublinhou Bob Yawger, analista da Mizuho Securities, à Bloomberg.
O barril de petróleo valoriza cerca de 10% desde que a OPEP chegou a um acordo provisório, no final de setembro, para cortar a produção pela primeira vez em oito anos. Os membros do cartel estão reunidos esta semana em Istambul, na Turquia, para implementar efetivamente o acordo. Apesar as perspetivas apontarem para uma valorização acentuada do ouro negro, o ministro saudita não acredita que o barril vá cotar acima dos 60 dólares até final do ano.
É neste contexto que o setor petrolífero avança em bolsa. Uma das petrolíferas que tem beneficiado com este acordo é a portuguesa Galp, cujos títulos valorizaram já valorizaram cerca de 8% desde que foi anunciado o princípio de acordo para o primeiro corte na produção de petróleo desde 2008.
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