BCP em máximos à espera da Fosun
O Banco Comercial Português tocou um máximo de um mês. Os investidores estão entusiasmados com a assembleia-geral de 9 de novembro, quando os acionistas votam o aumento do limite de votos.
As ações do Banco Comercial Português BCP 0,00% estão a disparar a meio da sessão. Os investidores estão entusiasmados com a perspetiva de uma assembleia-geral no início do próximo mês para os acionistas do banco votarem o aumento do limite de votos que levará à entrada da Fosun.
O BCP esteve a ganhar quase 11% para 0,0173 euros, um máximo intradiário desde 19 de setembro. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado arrancaram a negociação em alta de 0,6% para 0,0158 euros.
BCP em máximo de um mês
A subida acentuada segue-se ao agendamento da assembleia-geral do BCP para 9 de novembro. Nessa data, os acionistas vão votar o aumento do limite de votos de 20% para 30% e o alargamento do número de membros do Conselho de Administração de 20 membros para 25 membros. Depois de aprovado o processo de reverse stock split, a instituição financeira tenta cumprir mais dois requisitos impostos pelos chineses da Fosun para entrar no capital do banco.
"Aumentar o limite de votos e o número de membros do conselho de administração do BCP para incluir pelo menos dois novos executivos eram duas das condições da Fosun para se tornar numa acionista importante”
Estas medidas vão abrir caminho para que a Fosun se torne num acionista do banco português e “parece haver cada vez mais interesse nas ações do BCP“, diz o analista do CaixaBI André Rodrigues. “Aumentar o limite de votos e o número de membros do conselho de administração do BCP para incluir pelo menos dois novos executivos eram duas das condições condições da Fosun para se tornar numa acionista importante”, diz o analista.
De acordo com os comunicados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a proposta de aumentar o limite de votos de 20% para 30% é apresentada pelos acionistas Sonangol, Sababell, EDP – Imobiliária e Participações e Interoceânico. Será o ponto dois da ordem de trabalhos da assembleia. Já o primeiro ponto, subscrito pelos mesmos acionistas, diz respeito à manutenção dos atuais limites de votos, embora sublinhe que as “disposições estatutárias referidas podem vir a ser subsequentemente modificadas, designadamente por deliberação tomada no âmbito do ponto 2 da ordem de trabalhos”.
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