Incêndios: Sonae Indústria diz que fábricas vão estar “totalmente operacionais” em quatro meses

As duas fábricas da Sonae Indústria afetadas pelos incêndios, em Oliveira do Hospital e Mangualde, deverão estar "totalmente operacionais" em "cerca de quatro meses", segundo a empresa.

As fábricas da Sonae Arauco em Oliveira do Hospital e Mangualde continuam encerradas na sequência dos danos provocados pelos incêndios. A Sonae Indústria detém metade desta empresa e, esta sexta-feira, confirmou ao mercado que estão a ser empenhados “esforços” para “implementar um plano de recuperação que permita ter as fábricas a laborar e servir os clientes” num período estimado de “cerca de quatro meses”.

Segundo a Sonae, os fogos “provocaram danos significativos nos parques de madeiras e equipamentos instalados nesses parques e nos sistemas elétricos e cablagens das duas unidades industriais”. Por isso, “a atividade de ambas as fábricas continua encerrada”, acrescenta a Sonae Indústria, numa nota enviada à CMVM.

“Está a ser efetuado o levantamento integral dos danos e estão a fazer-se todos os esforços para implementar um plano de recuperação que permita ter as fábricas a laborar e servir os clientes tão breve quanto possível. No intuito de minimizar o impacto nos nossos clientes, procuramos prestar o melhor serviço possível através do fornecimento de painéis vindos das outras fábricas da Sonae Arauco e do mercado”, lê-se no comunicado. As fábricas em causa fabricavam painéis de partículas de madeira.

Segundo a Sonae, a “última informação disponibilizada”, ainda “sujeita à conclusão da avaliação total dos danos e do plano de recuperação”, leva a crer que estas fábricas possam estar “totalmente operacionais” num “período de cerca de quatro meses”. “No entanto, durante este período, a atividade vai ser reiniciada de uma forma gradual com algumas operações a começarem mais cedo, inclusive as linhas de revestimento melamínico em Oliveira do Hospital”, acrescenta a empresa.

Ambas as fábricas, garante a Sonae, têm “cobertura de seguro” e estão a ser avaliados “pedidos de indemnização por perdas patrimoniais e de lucros cessantes”.

A Sonae termina, agradecendo aos “colaboradores de ambas as fábricas pela coragem e empenho no combate aos fogos ao lado das corporações de bombeiros, protegendo as zonas críticas das unidades industriais”. E conclui: “Sem a sua ajuda, e devido à magnitude dos incêndios, os danos teriam sido muito mais extensos.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CGD encolhe prejuízos para 47 milhões de euros

O banco liderado por Paulo Macedo encerrou os primeiros nove meses com prejuízos de 47 milhões de euros. O resultado é bem menos negativo do que o registado há um ano.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) fechou os primeiros nove meses do ano com prejuízos de 47 milhões de euros. Este valor representa uma redução face aos 50 milhões negativos observados no fecho do primeiro semestre. Compara também positivamente com os prejuízos de 189 milhões observados no período homólogo.

Apesar do resultado líquido negativo (-47 milhões de euros) verificado nos primeiros nove meses do ano, a boa evolução registada na atividade permitiu uma eficaz implementação do Plano Estratégico. Foi assim possível até setembro provisionar custos não recorrentes de 595 milhões de euros, fixando-se o resultado líquido da atividade corrente em 473 milhões de euros”, refere a CGD em comunicado enviado à CMVM.

“Para este resultado líquido contribuíram a evolução de 18% (aumento de 149 milhões de euros) da margem financeira, que se fixou em 983 milhões de euros, positivamente influenciada pela redução sentida no custo de funding (menos 293 milhões de euros), o resultado de operações financeiras (301 milhões de euros) que aumentou 345 milhões de euros face ao valor registado um ano antes, e o crescimento de 2% nas comissões líquidas, face ao período homólogo de 2016″, acrescenta o banco liderado por Paulo Macedo.

Ao mesmo tempo, o banco sublinha para a obtenção destes resultados menos negativos que no primeiro semestre, e bastante menos expressivos que há um ano, “a redução ocorrida nos custos operativos recorrentes (-6%, -56 milhões de euros), com origem quer em menores custos com pessoal, quer em menores gastos gerais administrativos.

Malparado pesa, mas menos

“As provisões e imparidade atingiram no período 408,6 milhões de euros, valor próximo do observado no período homólogo do ano anterior (-0,5%), para o que contribuiu sobretudo o montante de provisões e imparidades de outros ativos (líquido) de 327,8 milhões de euros, dos quais 322,0 milhões de euros de natureza não recorrente, relacionadas com a reestruturação e alienação de atividades internacionais”, diz a CGD.

Perante esta evolução, a “qualidade dos ativos da CGD evoluiu positivamente nos primeiros nove meses de 2017, com os valores absolutos de NPE e NPL a diminuírem ambos 18% face a dezembro de 2016. Deste modo, o rácio de NPE reduziu-se para 10,1% e o de NPL para 13,3% em setembro. Em ambos os casos a sua cobertura por imparidades é de 53,4%. Em Portugal o nível de cobertura é de 57,4% (NPE) e de 57,2% (NPL)”, remata o banco.

Rácio de capital de 12,8%

No final dos primeiros nove meses deste ano, os capitais próprios consolidados da CGD “totalizaram 7.973 milhões de euros no final de setembro de 2017, o que representou um reforço de 4.090 milhões de euros face ao final do ano anterior, refletindo as duas fases já implementadas do Plano de Recapitalização acordado entre o Estado Português e a Comissão Europeia (DG Comp)”.

Neste sentido, e à luz dos resultados apresentados até setembro, “os rácios CET1 phased-in e fully implemented eram em setembro de 13,0% e 12,8%, com rácios phased-in Tier 1 e Total de 14,1% e 14,8%, respetivamente“, conclui a CGD.

(Notícia atualizada às 18h05 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa depois de polémica com Belém: “tenho nervos de aço”

  • ECO
  • 27 Outubro 2017

Primeiro-Ministro diz ter a certeza de que será prosseguido o "excelente esforço de cooperação institucional" entre Governo e Presidente da República.

António Costa acredita que o “excelente esforço de cooperação institucional” entre Governo e Presidente da República vai ser prosseguido. Esta foi a primeira vez que o Primeiro-Ministro reagiu ao momento de tensão suscitado por uma notícia que revelava que o Governo tinha ficado chocado com o discurso de Marcelo sobre os incêndios.

Tenho nervos de aço e sou um otimista, às vezes irritante, mas sempre otimista. Tenho a certeza de que vamos retomar todos e prosseguir o que os portugueses têm apreciado muito, por parte do Presidente da República, da Assembleia da República, da parte do Governo, que é um excelente esforço de cooperação institucional e que aquilo que tem corrido bem nestes últimos anos não vai deixar de correr bem”, afirmou o Primeiro-Ministro, citado pelo Público.

Na quinta-feira, o Público noticiava que o Governo tinha ficado chocado com a declaração do Presidente da República sobre a resposta a dar aos incêndios, porque Marcelo estava a par das medidas preparadas. Mais tarde, foi a vez de Marcelo Rebelo de Sousa reagir à notícia, para dizer: “chocado ficou o país com a tragédia vivida”.

António Costa mostra-se agora convicto de que as relações institucionais vão continuar e defendeu que “o que o país precisa é que os órgãos de soberania continuem a fazer o que têm feito neste últimos dois anos, que é uma cooperação exemplar entre si, contribuindo para um bom relacionamento institucional, que tem sido um dos fatores mais importantes para a motivação dos portugueses”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aptoide vai criar uma moeda digital. Quer investir? Eis o que precisa de saber

A Aptoide vai lançar uma nova moeda virtual na semana do Web Summit. Vai chamar-se AppCoins e tem um valor inicial de dez cêntimos de dólar. Eis o que precisa de saber e como investir.

A startup portuguesa Aptoide, que é uma das maiores lojas de aplicações do mundo para sistemas Android, vai aproveitar o palco do Web Summit para lançar uma nova moeda virtual. Para isso, levará a cabo uma oferta pública inicial de moeda (ICO, na sigla original) com o objetivo principal de angariar 28 milhões de dólares de capital para financiar o projeto, avança a empresa num comunicado.

A nova moeda já foi batizada: terá o nome de AppCoins e, para já, a ideia é que possa ser usada em transações no interior da loja Aptoide pelos seus 200 milhões de utilizadores. Fundada pelos portugueses Álvaro Pinto e Paulo Trezentos, a empresa tenciona alargar o protocolo a outras lojas de aplicações e sistemas operativos numa próxima fase.

Entre 6 e 9 de novembro, os dias em que decorre o Web Summit em Lisboa, os investidores interessados poderão adquirir até 12% do total de oferta da moeda (tokens) com um desconto de 30% caso sejam “membros da comunidade Android e outros grupos exclusivos”. “Através da pré-venda, a Aptoide prevê angariar 28 milhões de dólares até ao final da Web Summit”, acrescenta a startup. A moeda deverá ficar disponível quando terminar a operação de financiamento.

O funcionamento da nova moeda AppCoins assenta na tecnologia da blockchain, a mesma que possibilita a existência de outras divisas como a bitcoin ou o Ethereum. As ICO são operações de financiamento à qual recorrem cada vez mais empresas lá fora, mas ainda é um mecanismo relativamente novo em Portugal. A Rússia, por exemplo, tenciona regular esta nova realidade, enquanto a China estará mais inclinada para a proibir — como, aliás, já fez.

Entre abril e junho, “os financiamentos através de ICO atingiram um recorde de 800 milhões de dólares e ultrapassaram, recentemente, o financiamento de capital de risco”, aponta a Aptoide. Por isso, sublinha: “Mais do que uma criptomoeda, será um protocolo que poderá ser adotado por qualquer loja de aplicações, independentemente do sistema operativo. A visão é criar um novo ecossistema de partilha entre todas as lojas de aplicações, criando uma nova linguagem universal da economia de aplicações.”

Com este projeto, a Aptoide pretende criar um “ecossistema” com maiores margens financeiras para os programadores e uma nova forma de gerarem reputação, acelerando o processo de aprovação das suas aplicações nas diferentes lojas. O objetivo é também dar aos utilizadores um novo método de pagamento pelos aplicativos, bem como um incentivo a descobrirem novas aplicações. Para as lojas, o sistema criará um novo modelo de negócio de “confiança” e “sem intermediários”. O conceito é explicado com mais detalhe neste vídeo.

A Aptoide vai lançar uma nova moeda digital, a AppCoins.DR

Como investir em AppCoins?

Falando de números e valores: na prática, a Aptoide estará a vender, nesta primeira fase, um total de 280 milhões de moedas de AppCoins de uma oferta total de 700 milhões. Cada moeda AppCoin vale dez cêntimos de dólar, mas os investidores têm de comprá-las com Ethereum, uma moeda virtual bem estabelecida no mercado e que vale cerca de 290 dólares. A ICO é, no fundo, a pré-venda e venda inicial destes tokens aos investidores que acreditam no sucesso do projeto. A operação permite dar valor à divisa, distribuí-la e criar alguma liquidez inicial nas transações.

E quem pode investir? Programadores de aplicações, utilizadores da Aptoide, parceiros da empresa e participantes do Web Summit — basicamente, qualquer pessoa interessada. Os 28 milhões de euros são o teto máximo da capitalização desta nova moeda (o melhor cenário para a Aptoide), sendo que o mínimo está estabelecido nos 2,5 milhões de dólares, de acordo com os documentos da operação disponibilizados pela empresa. Cada investidor define o valor que pretende injetar na operação, sendo que deve ter sempre em conta que se trata de um investimento com algum risco associado.

O capital angariado em Ethereum será usado da seguinte forma: 58% para desenvolvimento do protocolo, 23% em estratégia e operações, 15% em comunicação e marketing e 4% em questões legais. Toda a documentação está disponível neste site, assim como o registo para participar na ICO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Web Summit. Já não há passes a 7,50 euros

  • ECO
  • 27 Outubro 2017

Edição deste ano contou com mais quatro mil passes com condições especiais para jovens do que no ano passado. Passes Inspire dão acesso a meio dia da feira e apenas ao palco principal.

E assim se foram dez mil meios bilhetes. Os passes Inspire — que por 7,50 euros dão acesso a meio dia do Web Summit a jovens dos 16 aos 23 anos — já estão esgotados. Os interessados na possibilidade de ver algumas das comunicações a terem lugar no palco principal podem agora ficar na lista de espera (a redistribuição de lugares, no caso de algum cancelamento, está prevista pela organização).

Este é o segundo ano em que a Web Summit decorre em Lisboa. Na edição do ano passado, foram apenas seis mil os bilhetes que se puderam adquirir com estas condições especiais.

Segundo Paddy Cosgrave, líder executivo e fundador da maior feira de tecnologia do mundo, “o programa Inspire serve para dar uma ideia da quantidade de inspiração. É muito importante que para estes jovens que não têm a hipótese de ir ao Web Summit, possam ter uma pequena amostra do que eles podem encontrar, pessoas que fazem coisas incríveis no mundo inteiro”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Macedo: Resultados colocam CGD no caminho dos lucros em 2018

O presidente da Caixa Geral de Depósitos explicou numa conferência de imprensa os resultados do banco para os primeiros nove meses do ano. A instituição financeira registou prejuízos de 47 milhões.

Paulo Macedo afirma que os resultados dos últimos trimestres reforçam o cenário de que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai regressar aos lucros no próximo ano. Na apresentação dos resultados para os primeiros nove meses do ano, a Caixa registou prejuízos de 47 milhões de euros. Este valor representa uma redução face aos 50 milhões negativos observados no fecho do primeiro semestre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brent acima dos 60 dólares pela primeira vez em dois anos

  • ECO
  • 27 Outubro 2017

O Brent atingiu máximos de dois anos. Superou a fasquia dos 60 dólares perante a perspetiva de prolongamento dos cortes de produção por parte da OPEP.

O petróleo está a valorizar nos mercados internacionais, superando a fasquia dos 60 dólares pela primeira vez em dois anos. O travão à produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mas também a instabilidade entre o Iraque e os curdos, levaram o Brent a superar a marca que já não era alcançada desde o verão de 2015.

O Brent está a valorizar 1,48%, uma subida que o coloca nos 60,31 dólares por barril, tendo chegado ao máximo de julho de 2015 nos 60,53 dólares. Quanto ao referencial para os EUA, o West Texas Intermediate, regista-se uma subida de 2,01% para os 53,73 dólares.

Um porta-voz norte-americano americano confirmou, esta semana, que o cessar-fogo entre curdos e iraquianos não tinha sido conseguido, o que veio fazer aumentar os receios dos investidores de quebra na oferta da matéria-prima.

Ao mesmo tempo, segundo a Bloomberg, a puxar pelas cotações do petróleo está também a perspetiva de manutenção do corte da produção por parte da OPEP, isto depois do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, ter afirmado que apoia um prolongamento do travão que visa reequilibrar o mercado, puxando pelas cotações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSI-20 escapa à instabilidade na Catalunha. Energia brilha

A instabilidade espanhola não afetou as principais bolsas europeias que se mantiveram no verde. O PSI-20 também fechou em terreno positivo, mesmo com a bolsa vizinha a cair cerca de 1,5%.

Em Barcelona, o Parlamento catalão aprovou a independência da Catalunha. Momentos depois, em Madrid, o Senado aprovava a aplicação do artigo 155º que irá suspender a autonomia da Catalunha e retirar o líder da Generalitat, Puigdemont, da frente do processo. A bolsa espanhola está a cair cerca de 1,5%, mas — para já — não afetou as restantes praças europeias.

Lisboa fechou com uma subida de 0,12% para os 5.407,42 pontos. A maior parte das cotadas fechou em terreno positivo, mas as quedas expressivas de seis cotadas levaram a uma pequena valorização na praça lisboeta. Na próxima semana o foco estará na apresentação dos resultados das empresas.

O setor energético impediu o PSI-20 de desvalorizar mesmo com a pressão das quedas do BCP e da Pharol. A EDP Renováveis, a REN, a EDP e a Galp Energia brilharam na sessão desta sexta-feira permitindo uma subida ligeira do índice. A EDP Renováveis valorizou 0,72% para os 7,09 euros por ação. A dar gás aos títulos da energética está a expectativa com os resultados trimestrais da EDP que vendeu recentemente a Naturgas.

Além disso, a Galp vai divulgar os seus resultados trimestrais na próxima segunda. Esta sexta-feira a petrolífera nacional anunciou que adquiriu uma participação no pré-sal do Brasil.

Já a Jerónimo Martins — que apresentou um ritmo de crescimento dos lucros “pouco significativo”, na opinião dos analistas do BPI — subiu ligeiramente: as ações valorizaram 0,42% para os 15,52 euros por título.

Por outro lado, o BCP tombou 1,89% para os 0,28 euros. Além do banco, também a Pharol viu as suas ações desvalorizarem 2,73% para os 0,42 euros por título.

No resto da Europa, excluindo Espanha, as principais praças europeias estão a valorizar. A Stoxx 600 valoriza 0,57%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Incêndios de outubro “constituem o maior sinistro da história da atividade seguradora”

  • Lusa
  • 27 Outubro 2017

Danos causados pelos incêndios de 15 e 16 de outubro originaram a participação de mais de dois mil sinistros, revela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Os incêndios de 15 de outubro tiraram a vida a 45 pessoas.Rúben Gameiro/Tomar TV

Os danos causados pelos incêndios de 15 e 16 de outubro levaram já à participação de mais de dois mil sinistros, com as perdas seguras a ascenderem a 200 milhões de euros, revelou esta sexta-feira a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

“Os danos causados pelos incêndios de 15 e 16 de outubro constituem o maior sinistro da história da atividade seguradora em Portugal”, realçou em comunicado a entidade liderada por José Galamba de Oliveira, após a primeira avaliação dos danos cobertos por contratos de seguro na sequência dos trágicos incêndios ocorridos a 15 e 16 de outubro na região centro e norte do país.

“Numa primeira avaliação, as perdas seguras atingem valores da ordem dos 200 milhões de euros, tendo sido, até ao momento, participados mais de dois mil sinistros, mas estes números devem aumentar”, avançou a APS.

E acrescentou: “As seguradoras estão no terreno a recolher as informações necessárias para a gestão dos sinistros e pretendem regularizar os mesmos o mais rapidamente possível para que as pessoas e as empresas que, responsavelmente, seguraram os seus bens e património, possam retomar a normalidade possível nas suas vidas“.

Segundo a APS, “para além de assumirem, desde logo, o pagamento das indemnizações devidas, as empresas de seguro decidiram, igualmente, proceder ao reforço do Fundo Solidário que foi constituído por ocasião dos incêndios de Pedrógão Grande e, com base nos mesmos critérios, apoiar solidariamente os familiares das pessoas falecidas e os feridos graves que resultaram destes incêndios, privilegiando as situações em que não existe cobertura de seguros”.

A entidade que representa o setor segurador salientou que “a constituição deste Fundo e o seu reforço assumem um caráter marcadamente excecional”.

Em comunicado, José Galamba de Oliveira, presidente da APS, considerou que “importa encontrar soluções estruturais ao nível da prevenção, da literacia, da capacidade de avaliação e antecipação dos riscos, do ordenamento do território e da floresta, da repressão penal de condutas criminosas e outras que sejam aptas a contribuir para a mitigação dos efeitos das catástrofes, para a minimização dos seus impactos humanos e económicos, e para apoiar as populações que vierem a ser afetadas”.

Ainda de acordo com o líder da APS, “o setor segurador manifesta, desde já, neste contexto, a sua disponibilidade para ser parte dessas soluções no quadro daquele que é o objeto próprio da sua atividade, tal como sucede na generalidade dos países europeus”.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moscovici escreve a Centeno: há risco de “desvios significativos” face às regras europeias

  • Margarida Peixoto
  • 27 Outubro 2017

Pierre Moscovici e Valdis Dombrovskis enviaram uma carta ao ministro das Finanças a pedir esclarecimentos sobre o plano de orçamento para 2018. Centeno tem quatro dias para responder.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, e o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, enviaram esta sexta-feira uma carta a Mário Centeno alertando o ministro das Finanças português para a possibilidade de “desvios significativos” face às regras europeias, na execução orçamental deste ano e no Orçamento do Estado de 2018. Centeno tem quatro dias para responder.

Perante o Projeto de Plano Orçamental enviado pelo Governo a 16 de outubro para Bruxelas, e tabelas atualizadas que a Comissão diz ter recebido a 20 e 23 de outubro, os peritos recalcularam o esforço estrutural previsto para o próximo ano e os números não batem certo com os do Executivo português, diz a carta, a que o ECO teve acesso.

“Estamos a escrever para pedir clarificações sobre a adequação do esforço orçamental planeado para 2018″, lê-se no documento, referindo-se às regras a que Portugal está sujeito no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Moscovici e Dombrovskis notam que o esforço de consolidação orçamental com que Mário Centeno se compromete para o próximo ano é de 0,5% do PIB mas que, recalculando este valor de acordo com a metodologia acordada entre todos os Estados-membros o valor a que os peritos da Comissão chegam é de 0,4%. “Apesar de significativo, este esforço parece algo abaixo dos pelo menos 0,6% do PIB exigidos” no âmbito do Pacto e das recomendações de 11 de julho, frisam os comissários.

De acordo com a análise preliminar da Comissão, isto aponta para o risco de um desvio significativo do esforço conjunto exigido em 2017 e em 2018.

Valdis Dombrovskis e Pierre Moscovici

Carta a Mário Centeno sobre o projeto de plano orçamental para 2018

Mas há mais: Mário Centeno está a projetar demasiada despesa. As projeções do Executivo português para o crescimento nominal da despesa primária líquida “excedem a taxa recomendada de 0,1%, o que aponta para um desvio de 1,1% do PIB em 2018”, continua a carta. Também em 2017 há desvios importantes, na ordem “dos 0,5% e 1% do PIB, tendo em conta o saldo estrutural e a meta de despesa, respetivamente”.

“De acordo com a análise preliminar da Comissão, isto aponta para o risco de um desvio significativo do esforço conjunto exigido em 2017 e em 2018”, conclui Bruxelas, pedindo assim “mais informação” sobre a composição detalhada do esforço estrutural de consolidação orçamental a que o Governo se propõe.

A Comissão termina a carta colocando um prazo para o recebimento das clarificações pedidas: até ao final do dia 31 de outubro, a próxima terça-feira. Bruxelas coloca-se ainda à disposição para apoiar o Executivo português neste processo.

Contactado pelo ECO, o Ministério das Finanças garante que “irá responder à Comissão Europeia e enviar a informação solicitada”.

Esta não é a primeira vez que Centeno recebe uma carta

Há precisamente um ano — a diferença é de apenas dois dias — Mário Centeno também recebeu uma carta de Valdis Dombrovskis e Pierre Moscovici de teor semelhante.

A Comissão pedia esclarecimentos sobre as medidas de consolidação orçamental que o Governo português se propunha a implementar, bem como sobre as estimativas de receitas fiscais projetadas para todos os impostos e contribuições sociais do ano corrente (2016) e do ano a que dizia respeito o projeto de plano orçamental (2017).

Tal como na carta deste ano, Bruxelas avisava para o risco de um desvio significativo face às regras europeias a que o País está comprometido.

UTAO já tinha alertado para risco de incumprimento de regras

No início desta semana, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) já tinha alertado para o risco de as medidas de consolidação do Orçamento do Estado para 2018 serem “insuficientes” para cumprir as regras de Bruxelas. Os peritos que dão apoio ao Parlamento estimam o esforço previsto pelo Executivo português num valor idêntico ao identificado agora pela Comissão: 0,44% do PIB.

A UTAO adianta ainda que para cumprir as regras definidas no Pacto de Estabilidade e Crescimento, o Executivo português precisa de encontrar medidas de consolidação que valham entre 0,6% e 0,9% do PIB. E por isso antecipam que a Comissão “convidará as autoridades nacionais a tomar as medidas adicionais no âmbito do processo orçamental para garantir que o orçamento será conforme com o Pacto de Estabilidade e Crescimento.”

(Notícia atualizada às 17h48)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp aumenta exposição ao pré-sal do Brasil

A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva comprou, através da subsidiária brasileira Petrogal Brasil, uma participação de 20% na licença de Norte de Carcará na bacia de Santos.

A Galp Energia reforçou a sua presença no pré-sal do Brasil. A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva comprou, através da subsidiária brasileira Petrogal Brasil, uma participação de 20% na licença de Norte de Carcará na bacia de Santos. Já a Statoil e a ExxonMobil, que fazem do consórcio da petrolífera, adquirem uma participação de 40% cada.

“O consórcio ofereceu um excedente em petróleo (profit oil share) de 67,12%. Compromissos adicionais incluem o pagamento de um bónus de assinatura total de 930 milhões de dólares, ou seja, 186 milhões relativos à participação da Petrogal Brasil, bem como a perfuração de um poço de exploração”, de acordo com o comunicado enviado à CMVM.

Esta aquisição, refere a Galp Energia no comunicado, está ainda sujeita “à conclusão da transação atualmente em curso entre a Statoil e a Queiroz Galvão Exploração e Produção, e à aprovação dos parceiros e das autoridades competentes“. Assim que receberem o ‘ok’, ficou definido que a Statoil será o operador. A área de Norte de Carcará é adjacente à concessão BM-S-8, onde a Petrogal Brasil detém atualmente uma participação de 14%, e o qual inclui a descoberta de petróleo Carcará, no pré-sal.

Segundo a Galp Energia, estas aquisições “refletem o interesse estratégico da Galp em expandir a sua presença nas áreas core, como seja o pré-sal brasileiro, selecionando para tal um conjunto de ativos de elevada qualidade a ser desenvolvido através de parcerias sólidas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo: “Sou muito determinado naquilo que são as linhas do mandato”

  • Lusa
  • 27 Outubro 2017

O Presidente da República defendeu esta sexta-feira que o seu mandato não muda nesta fase da vida política nacional. "Sou muito determinado naquilo que são as linhas do mandato", disse nos Açores.

Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-se esta sexta-feira como uma pessoa tranquila e um Presidente determinado quanto às linhas do mandato, defendeu que o seu papel é o mesmo nesta fase da legislatura e afirmou que não muda. “Eu não mudo”, afirmou o Presidente da República, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à Escola Básica e Integrada Gaspar Frutuoso, na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, nos Açores.

O chefe de Estado descreveu-se como uma pessoa “muito serena e tranquila”, na aparência e na realidade, e acrescentou: “Por detrás disso, sou muito determinado naquilo que são as linhas do mandato, que, aliás, correspondem àquilo que recebi dos eleitores na base do que me comprometi a fazer na campanha eleitoral. Portanto, não vai haver mudanças”.

Questionado se tem um novo papel nesta etapa da vida política nacional, respondeu: “É sempre o mesmo. O Presidente, do princípio até ao fim do mandato, tem sempre exatamente os mesmos poderes, não mudam, a Constituição é a mesma, tem a mesma leitura dos poderes, não muda”, respondeu.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que mantém “a mesma exigência” na procura de que haja “compromissos nacionais de regime, quando for possível”, de que “o Governo seja forte e governe e dure a legislatura” e que também “a oposição seja forte e constitua uma alternativa para o caso de os portugueses no momento das eleições – que decorrem ainda no mandato presidencial – quererem escolher uma outra solução de governo”.

O Presidente da República disse ainda que continua com a mesma linha “no domínio das relações internacionais” e na preocupação com “a descrispação, o diálogo social, a concertação social”, concluindo: “Foi assim, é assim, será assim. Eu não mudo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.