Portugal paga dívida de 6 mil milhões de euros aos mercados

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

O Tesouro amortizou uma linha de obrigações a 10 anos, que tinha uma taxa de juro de 4,35%, o que significa que Portugal reduz a dívida e os juros.

Portugal reembolsou uma linha de Obrigações do Tesouro no valor de 6.080 milhões de euros que foi avançada em 2007, segundo confirmou, esta segunda-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

De acordo com a página do IGCP na agência de informação financeira Bloomberg, foi amortizada uma linha de Obrigações do Tesouro a 10 anos, que tinha uma taxa de juro de 4,35%, o que significa que Portugal reduz a dívida e os juros.

Segundo o relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), Portugal prevê emitir 38.800 milhões de euros (sobretudo em Bilhetes e Obrigações do Tesouro) e amortizar cerca de 28.800 milhões (dos quais 1.500 ao FMI – Fundo Monetário Internacional), daí resultando um financiamento líquido de quase 10.000 milhões de euros.

“Em 2018, a principal fonte de financiamento líquido deverá novamente concentrar-se na emissão de dívida de médio e longo prazo em mercado, antecipando-se um contributo positivo de OT [Obrigações do Tesouro] de cerca de 8.400 milhões de euros”, lê-se no documento.

Adicionalmente, prevê-se que os Certificados de Aforro e do Tesouro mantenham o contributo positivo (financiamento líquido de 1.000 milhões de euros), ainda que “inferior ao observado nos últimos anos”, afirma o Governo.

Segundo os números mais recentes do Banco de Portugal, a dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou 1,3 mil milhões de euros em agosto, face a julho, situando-se em 250,4 mil milhões de euros. O número mais recente do rácio da dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB) aponta para uma dívida pública de 132,2% no primeiro semestre.

O Governo estima agora que, no final de 2017, o rácio da dívida pública em percentagem do PIB deverá situar-se em 126,2%, o que corresponde a uma diminuição de 3,9 pontos percentuais do PIB face ao final de 2016.

Para 2018, o executivo projeta uma redução da dívida pública em 2,8 pontos percentuais do PIB, atingindo 123,5% do PIB.

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Governo e enfermeiros chegaram a acordo

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

"Foi formalizado um acordo" entre Governo sindicatos representativos dos enfermeiros para assegurar o "futuro destes profissionais no Serviço Nacional de Saúde", anunciou o Governo.

O Ministério da Saúde chegou, esta segunda-feira, a acordo com as estruturas sindicais representantes dos enfermeiros, anunciou o Governo em comunicado.

“Após um período longo de negociações árduas com as estruturas sindicais, o Governo está em condições de anunciar que foi formalizado um acordo entre as partes com vista ao futuro destes profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, lê-se no comunicado.

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“Mercado de investimentos em Portugal está ativo”

Diogo Perestrelo, é socio da PLMJ. Os principais projectos em que prestou assessoria jurídica durante os últimos anos incluíram fusões e aquisições em diversos sectores, entre os quais, transportes

“O mercado português de M&A tem tido uma atuação que se caracteriza essencialmente por operações de M&A dito tradicional”. A análise é feita por Diogo Perestrelo, em entrevista à TTR. O advogado, sócio da PLMJ, defende que “em menor escala, também por operações de private equity. Parte significativa dessas operações decorre de uma clara estratégia de desinvestimento em ativos não essenciais ou ativos de risco, e visa consolidar as condições financeiras de instituições bancárias, fundos e empresas em geral”, explica.

Diogo Perestrelo, sócio da PLMJ, assessorou várias fusões e aquisições em diversos setores, entre os quais, transportes, infra-estruturas e energia bem como operações de private equity. Participou ainda na assessoria jurídica, desde o seu início em Portugal, de diversos Project Finance nas áreas das concessões rodoviárias, energias renováveis, águas e telecomunicações.

Diogo Perestrelo assume ainda que tem também havido operações de M&A de outra natureza, “envolvendo outro tipo de investidores, com vocação e objetivos distintos, de que é exemplo a aquisição, pelo fundo Ardian, o maior fundo de infraestruturas europeu, da Ascendi – o segundo maior grupo de concessões de autoestradas português. O que demonstra bem que o mercado português permaneceu ativo, também no contexto de investimentos com objetivos de longo prazo”.

 

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6 razões que permitiram a Centeno agradar à esquerda

O que permite ao ministro das Finanças agradar à esquerda? O ECO falou com politólogos e elenca as razões que ajudaram a desenhar o Orçamento do Estado para 2018.

O Governo entregou na passada sexta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2018 na Assembleia da República. Os partidos da esquerda que lhe dão apoio parlamentar já reivindicaram várias conquistas: um aumento extraordinário para as pensões, a criação de dois novos escalões de IRS e progressões mais rápidas para a função pública. Chegar a um acordo exige sempre cedências de parte a parte, mas não foi por acaso que Centeno conseguiu agradar à esquerda. Houve seis razões que deram uma ajuda.

As cedências ao BE e ao PCP vão pressionar mais a despesa em 2018 e 2019. Estima-se que as alterações do IRS resultem numa redução de 230 milhões de euros à coleta, que o custo aumento extraordinário nas pensões se fixe nos 154 milhões de euros e que as progressões aumentem 200 milhões de euros à despesa pública.

“A lógica não difere do orçamento ano passado,” diz António Costa Pinto, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Ou seja: os partidos e o Governo apresentam os seus pontos de partida e, depois das negociações, chega-se a um meio caminho.

O Governo tem mais margem de manobra.

Costa Pinto

Investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS)

Mas isso não quer dizer que este ano o período de negociações não tenha beneficiado de uma conjuntura mais favorável. “O Governo tem mais margem de manobra,” reconhece o politólogo. E com ela “tentou acomodar [as reivindicações da esquerda], numa negociação que é sempre difícil, mantendo o compromisso com as regras de Bruxelas,” argumenta Costa Pinto.

A economia está a permitir uma política de esquerda,” corrobora Paula do Espírito Santo, professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. O ciclo conjuntural está a dar a possibilidade ao Governo de aliviar a carga fiscal ou de, pelo menos, evitar que aumente, defende a politóloga.

As 6 razões que ajudaram Centeno

Quando Mário Centeno se sentou à mesa com os partidos da esquerda em outubro de 2016, o cenário estava mais cinzento. O PIB do primeiro semestre do ano tinha desiludido, de Bruxelas vinham dúvidas sobre a efetiva capacidade do Governo para cortar o défice e o entendimento à esquerda ainda não estava consolidado. Doze meses depois, a conjuntura é outra. Aqui ficam os seis motivos que ajudaram Centeno a desenhar o Orçamento de Estado.

1 – Execução orçamental pressionada vs. Meta garantida

O ministro das Finanças chegou este ano à mesa das negociações com o orçamento em vigor controlado. A execução do primeiro semestre mostrou que o Governo já cortou o dobro do défice que será necessário para cumprir a meta de 1,5% do PIB definida no Programa de Estabilidade e isso dá margem a qualquer negociação. Pelas contas do ECO, Centeno chegou à segunda metade do ano com uma margem de 980 milhões de euros nas mãos.

Um dos motivos fundamentais para a boa execução orçamental tem sido o crescimento do PIB e a redução do desemprego. Do primeiro fator vêm mais impostos, do segundo chegam mais contribuições para a Segurança Social e menos prestações sociais.

Em 2016, o cenário era completamente diferente. O exercício orçamental do primeiro semestre tinha corrido bem, mas havia a convicção de que na segunda metade do ano se fariam sentir um conjunto de efeitos que poderiam colocar em causa o cumprimento da meta. Esse era o alerta da Comissão Europeia, da Unidade Técnica de Apoio Orçamental e do Conselho das Finanças Públicas. Quando se falava de orçamento o tema era o “plano B” e a promessa feita pelo ministro das Finanças a Bruxelas de que manteria as cativações definitivamente congeladas.

Ora, o ponto de partida do ano corrente é um dos elementos fundamentais na hora de desenhar qualquer Orçamento do Estado. E, por isso, há sempre mais margem para negociar medidas com a esquerda quando os números são mais folgados.

2 – Desilusão no PIB vs. Crescimento económico a surpreender

No início da atual solução governativa o crescimento económico desiludiu. Logo no primeiro trimestre de 2016 o PIB cresceu apenas 1% e no segundo trimestre desacelerou para os 0,9%. Daí que, quando o Orçamento do Estado para 2017 estava a ser preparado, os números oficiais do INE pintassem uma realidade cinzenta.

Este ano o cenário é exatamente o oposto: depois da aceleração da economia no final de 2016, o primeiro semestre deste ano correu ainda melhor. Nos primeiros seis meses de 2017 o PIB cresceu 2,9%, o que dá confiança ao Governo para apontar para um crescimento anual de 2,6%, o ritmo mais elevado em 17 anos. Estas variações têm um impacto não só nos cálculos feitos cujo rácio do PIB, mas também nas receitas fiscais — ambos os efeitos facilitam o desenho do OE2018.

3 – Sanções vs. Saída do PDE

Se em outubro de 2016 ainda se respirava de alívio por Portugal ter escapado, naquele verão, às sanções comunitárias, este ano a negociação do OE2018 está a ser feita depois de uma novidade histórica: Portugal saiu do Procedimento por Défice Excessivo. Isto não quer dizer que o documento não tenha de respeitar regras da Comissão Europeia, mas o limite fundamental dos 3% para o défice está respeitado. E isto quer dizer que a pressão de Bruxelas para manter uma política de consolidação é, necessariamente, mais baixa.

No próximo ano, Portugal está obrigado a cumprir um ajustamento estrutural na ordem dos 0,6 pontos percentuais, mas há algumas válvulas de escape e a Comissão Europeia já disse que fará uso da sua margem de discricionariedade para avaliar o esforço do Executivo português. Desde logo, o défice estrutural não é um indicador observável e a sua fórmula de cálculo tem vindo a ser contestada por vários parceiros do euro.

Este cenário, de alguma confiança e benevolência na análise dos responsáveis europeus em relação a Portugal, contrasta com o que se verificava em 2016.

4 – Bruxelas com dúvidas vs. subida de rating (juros a descer)

Com a solução do Governo socialista apoiado pelas esquerdas parlamentares pouco testada, a desconfiança de Bruxelas no segundo semestre de 2016 era maior. Os acordos com as esquerdas tinham sido firmados um ano antes e o primeiro Orçamento do Executivo de António Costa (entregue em fevereiro de 2016, para o ano corrente) estava mais ou menos garantido pelos entendimentos. Mas era preciso ver se a solução funcionava para os anos seguintes, ou se o primeiro Orçamento do Estado tinha sido caso único.

Também não era claro, à data, que a economia portuguesa conseguisse afirmar a sua retoma económica, agradar às esquerdas e cumprir as regras orçamentais de Bruxelas. Este ano, o percurso feito foi já suficientemente claro para que a Standard & Poor’s tivesse subido o rating da dívida soberana portuguesa. E esse é um sinal de confiança que retira pressão sobre Centeno e que lhe permite ir mais longe nas cedências à esquerda.

5 – Sem pistas do eleitorado vs. resultados das autárquicas

Em 2016, tinha passado praticamente um ano em que a geringonça não tinha ido às urnas. Em 2017, as eleições autárquicas anteciparam em duas semanas a entrega do Orçamento do Estado. Ainda que seja uma eleição de caráter local, esta foi a primeira vez que os partidos da atual solução governativa apuraram o sentimento do eleitorado face aos resultados das suas políticas.

Ao ECO, a politóloga Paula do Espírito Santo argumenta que, “apesar de não ser observável na opinião pública, as autárquicas tiveram um efeito no jogo de negociação e cedências” do OE. A professora do ISCSP considera, por exemplo, que o mau resultado do PCP levou o partido a capitalizar a visibilidade das suas reivindicações. Já Costa Pinto considera que o efeito das autárquicas é “duvidoso”, admitindo apenas um maior movimento sindical nas ruas.

6 – Esquerda a testar solução vs. Entendimento sintonizado

As negociações durante o primeiro ano de geringonça foram intensas: primeiro com a urgência do OE2016, depois com o limar da fórmula de negociações no Orçamento para 2017. Além disso, as dúvidas sobre a duração do acordo continuavam a pairar. Quase dois anos depois de nascer, a solução governativa parece estar mais oleada.

Na opinião da politóloga Paula do Espírito Santo, “a estratégia do acordo das esquerdas está mais madura” e, por isso, tem demonstrado uma maior “durabilidade, consistência e longevidade”. Acresce que a oposição ao Governo esta e continuará mais adormecida, prevê Costa Pinto. O politólogo considera que as eleições internas do PSD vão “diminuir a capacidade de criticar e de sugerir vias alternativas”.

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Lufthansa apresenta carta-oferta para estabelecer uma nova Alitalia

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

O grupo alemão não tem interesse em toda a companhia aérea italiana, mas apenas com partes da rede de tráfego global e dos negócios europeu e doméstico.

O grupo Luthansa anunciou, esta segunda-feira, ter apresentado uma “carta-oferta”, expressando o seu interesse em estabelecer uma “NewAlitalia” (nova Alitalia), numa referência às condições da sua oferta de compra da companhia aérea italiana.

“A Lufthansa optou por não fazer uma oferta para toda a companhia aérea, mas referiu interesse em somente partes da rede de tráfego global e no negócio europeu e ponto-a-ponto doméstico”, informou o grupo alemão, em comunicado. A oferta inclui um conceito para uma Alitalia restruturada com um “modelo de negócio especializado (“NewAlitalia”), que poderá desenvolver perspetivas económicas a longo prazo”, acrescentou.

A oferta da Lufthansa, adianta a imprensa italiana, ronda os 500 milhões de euros. O diário italiano Corriere della Sera tinha avançado que a oferta de compra da Lufthansa incidiria sobre os aviões e as autorizações para que a falida Alitalia pudesse voar.

De fora ficaria a sua base de operações, sendo que também se propõe despedir metade dos 12.000 trabalhadores da transportadora aérea italiana. Segundo o Corriere della Sera, o Governo italiano considerou a oferta “demasiado brutal” ao nível do corte de pessoal.

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ERC ainda não decidiu sobre a TVI/Altice. Prazo acaba hoje

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

A ERC reuniu para analisar a compra da Media Capital pela Altice, mas ainda não tomou uma decisão sobre o que fazer com o negócio. O prazo para deliberar sobre o tema termina esta terça-feira.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) voltou a reunir-se esta segunda-feira para debater a compra da Media Capital pela Altice e decidiu prolongar a discussão para esta terça-feira, não tendo chegado a uma decisão, informou fonte oficial. “Informo que o Conselho Regulador [da ERC] decidiu continuar hoje, a reunião sobre a operação de concentração Meo-Altice/Media Capital”, disse à agência Lusa a mesma fonte, sem adiantar mais pormenores.

Ao início da tarde, o regulador voltou a reunir-se para debater o assunto, depois de duas reuniões sem consenso na semana passada. Também na semana passada, na terça-feira, a ERC pediu mais cinco dias úteis à Autoridade da Concorrência para se pronunciar sobre o negócio. A passada terça-feira era a data indicativa para a ERC dar um parecer sobre a operação, mas agora espera-se que a decisão do regulador se conheça até terça-feira desta semana.

No final de agosto, contactada pela Lusa, fonte oficial da Autoridade da Concorrência indicou que, após o parecer da ERC, existem dois cenários, dependendo se o regulador dos ‘media’ se pronuncia de forma negativa ou favorável ao negócio. Caso o parecer seja negativo, a operação não se poderá realizar.

No entanto, se o parecer não for negativo, a Autoridade da Concorrência continuará a sua instrução e ao fim de 30 dias úteis (contados da data da notificação e descontadas as interrupções que suspendem o prazo legal) poderá pronunciar-se de três formas: que a operação não se encontra abrangida pelo procedimento de controlo de concentrações; não se opor à concentração; ou dar início a uma investigação aprofundada. Neste último caso, a Autoridade da Concorrência dispõe de um prazo máximo de 90 dias úteis para adotar uma decisão final.

Em 11 de agosto, o Conselho de Administração da Media Capital, que detém a TVI, considerou que a operação “é oportuna e que as respetivas condições são adequadas”. A Altice anunciou em 14 de julho, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.

Em 19 de setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações – Anacom divulgou o seu parecer sobre a operação de concentração, considerando que a compra da Media Capital pela Altice não deverá ter lugar “nos termos em que foi proposta, pois “é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva” em vários mercados. O parecer da Anacom não é vinculativo.

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Incêndios: Meia centena de estações Siresp foram afetadas pelas chamas e estão em “modo local”

A líder da PT avançou que os incêndios provocaram problemas em "cerca de 50" estações do Siresp. Estão a operar em "modo local", isoladas da restante rede de comunicações do Estado.

Cláudia Goya, presidente executiva da PT/MeoPaula Nunes / ECO

Meia centena de estações do Siresp estarão a atuar em “modo local” por causa dos incêndios que lavram desde domingo em Portugal continental, o que significa que estão a operar de forma isolada, cada uma por si, fora da rede de emergências do Estado. Em causa estão os danos provocados na rede pelas chamas, nomeadamente a destruição das linhas de fibra ótica que ligam estas estações umas às outras. A informação foi avançada pela Altice num encontro com jornalistas esta segunda-feira. É a PT, participada do grupo franco-israelita, que faz a gestão da rede.

Cláudia Goya confessou que, nesta altura, existirão “cerca de 50 sites que estão a funcionar em modo local” — isto é, permitem as comunicações apenas a terminais ligados à mesma torre, impossibilitando as comunicações com a totalidade da rede e, consequentemente, dificultando as comunicações aos agentes no terreno. Este é um problema que tem valido críticas severas à PT/Meo, incluindo do primeiro-ministro, António Costa. Em causa está o facto de a PT usar linhas de fibra ótica em postes, que acabam por arder nos incêndios.

Sobre a hipótese que está a ser estudada de usar condutas para passar esses cabos de forma subterrânea, a líder da Meo disse: “Temos um grupo de trabalho no sentido de analisar essas alternativas relativamente a enterrar os cabos. É algo no qual estamos a trabalhar ativamente.”

Fogo danificou 3% da infraestrutura

Os incêndios que lavram em Portugal desde domingo já provocaram danos em “cerca de 150” postos de telecomunicações da Meo no país, aproximadamente 3% do total. Destes, três deles “arderam na totalidade”, nas localidades de Santa Comba Dão e Arganil. O último balanço da Proteção Civil dá conta de pelo menos 35 mortos e sete desaparecidos.

Cláudia Goya, presidente executiva da PT/Meo, disse que as chamas afetaram infraestruturas da operadora “em nove distritos”, seis deles “em situação crítica”. “Temos cerca de 150 sites que foram afetados, 3% daquilo que é o nosso número total de sites, avançou a gestora.

As chamas têm vindo a provocar falhas nas comunicações em vários concelhos do país e, por isso, a Altice decidiu deslocar para vários pontos do país 17 unidades móveis para “assegurar as comunicações”. “Duas encontram-se em trânsito para a zona centro”, acrescentou Cláudia Goya, a meio da tarde desta segunda-feira.

[A Altice] assume o compromisso total de modo a poder recuperar da forma mais célere possível, e à medida que as condições o forem permitindo, todas as infraestruturas de comunicação.

Cláudia Goya

Presidente executiva da PT/Meo

Algumas frentes da crítica apontam o dedo à Meo, acusando-a de não ser capaz de garantir as comunicações nestas situações mais extremas, alegadamente ao contrário do que acontece com as operadoras concorrentes. Críticas que a Meo rejeita com veemência. “Existem condições difíceis a nível nacional que afetam todos os operadores. É um impacto que deriva, obviamente, da extensão dos incêndios”, recordou Alexandre Fonseca, chefe de tecnologia da PT.

Nem Armando Pereira, o cofundador do grupo Altice, ficou alheio a esta questão e disse, com ironia: “Os nossos sites ardem e os dos outros não. Não sei porquê. Devem ser feitos de maneira diferente.” E explicou: “Ardem porque houve fogo”, sublinhando que “não é verdade” que as outras operadoras concorrentes, nomeadamente a Nos e a Vodafone, não estejam a sofrer do mesmo tipo de problemas.

Antes, já Cláudia Goya tinha deixado “uma palavra de solidariedade, de conforto e também de força a todos os portugueses e a todas as famílias afetadas pelos incêndios”. “[A Altice] assume o compromisso total de modo a poder recuperar da forma mais célere possível, e à medida que as condições o forem permitindo, todas as infraestruturas de comunicação”, afirmou.

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Mercedes recolhe 400 mil veículos no Reino Unido devido aos airbags

  • ECO e Lusa
  • 16 Outubro 2017

A Mercedes vai recolher 400 mil veículos no Reino Unido por alegados problemas nos airbags. Empresa diz que problema técnico pode levar a uma descarga elétrica que ativa inadvertidamente o airbag.

O construtor automóvel Mercedes-Benz, propriedade da alemã Daimler, anunciou esta segunda-feira que 400.000 veículos vão ser chamados às oficinas no Reino Unido por problemas nos airbags.

A decisão afeta os modelos Classes A, B, C, E e ainda CLA, GLA e GLC, abrangendo viaturas vendidas entre novembro de 2011 e julho de 2017, segundo um porta-voz da Mercedes. O porta-voz indicou que o problema não está ligado ao escândalo do fabricante japonês Takata, que levou recentemente à recolha de 100 milhões de airbags em todo o mundo.

A Mercedes explicou ter verificado que, em circunstâncias pouco frequentes, um problema técnico pode levar a uma descarga elétrica que ativa inadvertidamente o airbag. O grupo precisou que se a luz do airbag acender, os proprietários do veículo devem contactar a Mercedes ou o seu concessionário. Indicou também que vai contactar os clientes que têm veículos abrangidos pela recolha.

A reparação demora uma hora e não terá custos para o cliente, indicou a mesma fonte.

Daimler relembra que há mais de um milhão de veículos com problemas

A fabricante alemã de automóveis Daimler, principal fabricante da Mercedes, avançou esta segunda-feira que existem mais de um milhão de veículos com estes problemas, espalhados pelas várias partes do mundo.

Segundo a Daimler, este problema nos airbags abrange 495 mil veículos nos Estados Unidos, 400 mil no Reino Unido, 76 mil no Canadá e algumas centenas de milhares na Alemanha, segundo informações vindas de funcionários da empresa.

Um porta-voz da Mercedes nos Estados Unidos disse que houve “um conjunto de casos em que os motoristas sofreram pequenos hematomas ou feridas” devido aos problemas nos airbags. Até agora não houve qualquer registo de mortes.

 

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Todos os dias, 150 empresas deixam a Catalunha. Já lá vão quase 600

  • Lusa
  • 16 Outubro 2017

A fuga de empresas para fora da Catalunha continua a marcar a atualidade da economia regional. Até à passada quinta-feira tinham saído 581 empresas com sede na comunidade

Cerca de 150 empresas da Catalunha mudam diariamente a sua sede para fora da região, destacando-se pequenas e médias empresas (PME), seguindo o exemplo de grandes grupos bancários como Sabadell e CaixaBank.

Segundo o Luis Suárez, do Colégio de Registradores de Cataluña, entidade espanhola responsável pelo registo de empresas, a mudança de sedes para fora da Catalunha começou a aumentar a partir de 07 de outubro, depois de o banco Sabadell e o grupo Caixabank (dono do português Banco BPI) terem aprovado a mudança do seu domicílio social.

Desde 10 de outubro, quando o presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, deixou em suspenso uma declaração de independência, as mudanças de sede para fora da Catalunha ocorrem a um ritmo de “umas 150 por dia”.

Até à passada quinta-feira, tinham sido 581 as empresas com sede na Catalunha que tinham deixado a comunidade autónoma, segundo a mesma fonte.

“Primeiro foram as grandes entidades financeiras, depois as empresas energéticas e as mais emblemáticas, e agora são as pequenas e medias empresas”, disse Suárez.

Suárez estima que, se a incerteza em torno do que acontecerá à Catalunha durar apenas algumas semanas, a “recuperação será relativamente rápida”, mas que caso se prolongue a “recessão é certa”.

Também as operações de compra e venda de imóveis estão a ser afetadas pela ‘questão catalã’, com os investidores a adiarem decisões de investimento.

O Governo regional da Catalunha (a Generalitat) realizou em 1 de outubro último um referendo de autodeterminação.

Segundo a Generalitat, nessa consulta popular, considerada ilegal pelo Estado espanhol, o “sim” à independência teve 90% dos votos dos 43% dos eleitores que foram votar, tendo aqueles que não concordam com a independência da região boicotado a ida às urnas.

Puigdemont suspendeu na passada terça-feira a independência da Catalunha depois de ter feito uma declaração ambígua no parlamento da região.

O Governo espanhol decidiu hoje dar uma “última oportunidade”, até as 10:00 (09:00 de Lisboa) de quinta-feira, ao executivo catalão para esclarecer se declarou a independência unilateral da Catalunha antes de ativar o artigo 155 da Constituição espanhola e “repor a legalidade” na comunidade autónoma da Catalunha.

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ERSE provoca rombo de 430 milhões à EDP e REN

  • ECO
  • 16 Outubro 2017

Proposta que a ERSE entregou ao Governo fez a bolsa nacional encerrar no vermelho, influenciada pelas perdas da EDP e da REN. Elétricas registaram perdas de 433,5 milhões no seu valor de mercado.

A EDP e a REN estiveram sob intensa pressão de mercado esta segunda-feira, depois de a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos ter regulamentado na passada sexta-feira que o preço da eletricidade vai cair no início do próximo ano. No total, as elétricas tiveram um rombo de 433,5 milhões de euros no seu valor de mercado e acabaram por arrastar a bolsa para o vermelho.

As ações da elétrica nacional perderam 3,51% na sessão desta segunda-feira, para 2,99 euros. Com isto, a EDP viu a sua capitalização bolsista emagrecer 387,6 milhões de euros, para 10,96 mil milhões. Em relação à REN, com a queda de 2,58% para 2,68 euros, o seu valor de mercado reduziu-se em 45,9 milhões de euros, para um total de 1,4 mil milhões.

Esta proposta entregue ao Governo pode prejudicar as duas empresas portuguesas, que viram as suas recomendações e preços-alvo serem cortados pelo Haitong e pelo Morgan Stanley. Os analistas defendem que estas alterações à regulação foram “mais duras” do que o previsto. O regulador propôs que os preços baixem 0,2% a partir de 1 de janeiro de 2018, sendo esta a primeira redução de preços em 18 anos. Esta redução terá, contudo, um efeito prático muito pouco percetível para os consumidores.

“Reduzimos a recomendação da EDP para neutral (face a comprar), uma vez que as alterações na regulação em Portugal, tanto a nível da distribuição como da geração de eletricidade, foram significativamente mais duras do que prevíamos”, escreveram os analistas do Haitong. “A nossa perspetiva é de que o corte de tarifas proposto em Portugal é pior do que o nosso cenário base para a EDP e ligeiramente pior para a REN”, diz o Morgan Stanley.

No caso da REN, a avaliação desceu para 2,80 euros, quando antes era de 3,05 euros. E a recomendação também foi reduzida para neutral, face a comprar. Isto “no seguimento do anúncio de uma proposta que acabou por se revelar pior do que o esperado em termos de regulação da eletricidade para o período entre 2018 e 2020″, dizem os analistas.

A acompanhar este cenário, o índice nacional PSI-20 caiu 0,10%, para os 5.452,53 pontos. Um total de 11 cotadas fechou abaixo da linha de água, com destaque ainda para a Semapa, cujos títulos perderam 1,73% para os 16,72 euros. A impedir maiores quedas em Lisboa esteve, sobretudo, o BCP. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado fecharam a valorizar 2,35% para os 0,25 euros.

A bolsa nacional acompanhou a tendência registada nas restantes praças europeias, que também fecharam a desvalorizar. O espanhol IBEX-35 encerrou esta sessão a cair 0,75% e o britânico FTSE perdeu 0,11% para os 391,36 pontos. Em continente americano, o principal índice, S&P 500 segue no verde, a subir 0,10% para os 2.555,76 pontos.

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Fábrica da PSA em Mangualde encerrada devido aos incêndios

A empresa está em "contacto permanente" com a Proteção Civil para decidir quando haverá condições para retomar a produção.

A fábrica da PSA em Mangualde está encerrada esta segunda-feira, devido aos incêndios que lavram nessa zona. O fogo não chegou às instalações da fábrica que produz os carros Peugeot e Citröen, mas muitos colaboradores estão a combater os incêndios.

Em comunicado enviado às redações, a PSA justifica que, uma vez que há várias estradas cortadas, os trabalhadores e as peças necessárias à produção não têm como chegar à fábrica. Além disso, vários colaboradores estão “a combater os incêndios para proteger os seus bens”. Há ainda questões de segurança: “a presença de fumo e partículas em suspensão resultantes dos incêndios não asseguram as condições de saúde dos trabalhadores da empresa”, refere a PSA.

A empresa assegura ainda que “não há nenhum incêndio nas imediações da fábrica” mas, para respeitar “as condições de trabalho” e salvaguardar “a segurança de todos os trabalhadores”, a direção decidiu não arrancar com o turno da tarde, que começaria às 15h00, depois de já ter suspendido o da manhã.

A PSA adianta ainda que está em “contacto permanente” com a Proteção Civil de Mangualde para “decidir quando estão reunidas as condições para ser retomada a produção”.

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Recibos verdes: Governo admite clarificação da proposta na especialidade

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 16 Outubro 2017

As novas regras do regime simplificado só têm impacto para cerca de 10% dos trabalhadores com recibos verdes, diz fonte oficial do Ministério das Finanças.

O Governo vai alterar as regras do regime simplificado de IRS mas a redação da proposta está a gerar dúvidas, com fiscalistas a alertar para um potencial aumento de impostos. Ao ECO, fonte oficial das Finanças admite que a redação seja alterada em sede de especialidade, para que fique mais clara. E adianta ainda que só 10% dos cerca de um milhão de trabalhadores independentes abrangidos por este regime serão afetados pelas novas regras.

No regime simplificado, o imposto incide, no caso dos recibos verdes, sobre 75% do rendimentos, sendo os restantes 25% assumidos como despesas (as percentagens variam para outros casos). Mas com a proposta do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), o Executivo pretende agora garantir que, aplicado o respetivo coeficiente, “não pode resultar um rendimento tributável menor do que seria obtido”:

  • Pela dedução de 4.104 euros ou, se inferior,
  • Pela dedução ao rendimento bruto de um conjunto de despesas relacionadas com a atividade, onde constam prestações de serviços e aquisições de bens, encargos com imóveis, despesas com remunerações e importações.

O que quer isto dizer? Fonte oficial do Ministério das Finanças já tinha afirmado que, com esta mudança, só seria necessário apresentar faturas que cobrissem a diferença entre os 4.104 euros e 25% do rendimento bruto. Por exemplo: num rendimento de 20.000 euros, 5.000 (25%) são hoje considerados despesa — com as novas regras, será necessário apresentar faturas que cubram a diferença entre 4.104 e 5.000 euros para poder beneficiar deste último valor, referia fonte oficial.

Mas a interpretação não é uniforme. Fiscalistas contactados pelo ECO entendem que a proposta, tal como está redigida, só considera como dedução o valor das faturas apresentadas pelo contribuinte: uma dedução de 5.000 euros exigiria então 5.000 euros de despesas. Só se a mesma pessoa apresentasse um valor abaixo de 4.104 euros seria considerado este valor.

Questionado sobre esta diferença de entendimento, fonte oficial do Ministério das Finanças admite que a proposta possa ser melhorada em sede de especialidade. A bola está agora do lado dos deputados.

As mudanças que se avizinham não têm impacto, porém, nas contas de todos os contribuintes do regime simplificado. Contando já com as mudanças previstas nas tabelas de IRS, as novas regras só têm efeito em rendimentos acima de 1.600 euros, avançou no domingo a mesma fonte.

E hoje são conhecidos novos dados: dos poucos mais de um milhão de contribuintes no regime simplificado (600 mil agregados), só 929,2 mil (cerca de 90%) têm rendimentos superiores a 1.368 euros — este é o valor de rendimentos a partir do qual as novas regras teriam impacto sem as restantes mudanças que estão previstas no OE a nível fiscal; com as mudanças, os abrangidos poderão ser menos, avança a mesma fonte. Serão então estes contribuintes que terão de apresentar despesas para garantir uma dedução entre 4.104 euros e 25% do rendimento.

(notícia atualizada)

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