Costa descarta nacionalização dos CTT

O primeiro-ministro diz que é à ANACOM a quem compete avaliar uma eventual alteração do contrato de concessão do serviço disponibilizado pelos CTT.

Os recentes maus resultados apresentados pelos CTT e o anúncio de um plano de reestruturação que prevê a saída de até mil funcionários até 2020 elevaram o nível de alerta em torno da empresa, levando os deputados a confrontarem o primeiro-ministro sobre uma eventual renacionalização da empresa dos Correios. António Costa descarta essa possibilidade, remetendo para o regulador do setor uma eventual alteração do contrato de concessão deste serviço.

“Não, não é intenção do Governo nacionalizar os CTT”, começou por afirmar António Costa no debate quinzenal que decorre nesta quarta-feira na Assembleia da República, acrescentando que “sendo uma entidade pública sob concessão não havia lugar a nacionalização”. De acordo com o primeiro-ministro, “quando muito haveria lugar ao resgate da concessão“, salientando que “a questão do resgate pôr-se-á ou não nos termos do contrato e nos termos da avaliação que cabe em primeiro lugar à Anacom”.

Esta foi a resposta de António Costa quando confrontado pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que desafiou António Costa a dizer se concorda com a coordenadora do BE, Catarina Martins, que tinha acusado os acionistas privados de “pilharem” a empresa, e a esclarecer se a intenção do Governo passa por recolocar os CTT em mãos públicas.

Apesar de ter descartado essa possibilidade, o primeiro-ministro afirmou que partilha as preocupações em torno da empresa liderada por Francisco Lacerda, tendo por isso sido constituído um grupo de trabalho para avaliar a forma como está a ser executado o serviço dos CTT no dia-a-dia.

"Aquilo que conhecemos é que a ANACOM já identificou uma situação de incumprimento do contrato e aplicou a correspondente sanção. Se isso é suficiente? Duvido que seja.”

António Costa

No último relatório, a ANACOM apontou incumprimento no tempo de entrega do correio normal e forçou a uma redução do preço pago pelos consumidores no serviço postal. “Aquilo que conhecemos é que a ANACOM já identificou uma situação de incumprimento do contrato e aplicou a correspondente sanção. Se isso é suficiente? Duvido que seja”, disse ainda a esse propósito António Costa.

Relativamente à atividade exercida pelos CTT, o líder do Governo disse que o objetivo é que haja “qualidade de serviço”, salientando que esse esforço tem de ser “conjunto” e dos “próprios CTT”. Costa lembrou ainda que hoje são escritas menos cartas e mais e-mails, o que significa que a empresa terá de se reinventar.

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ECO24: Questões a que Francisco Lacerda vai ter de responder

  • Marta Santos Silva
  • 20 Dezembro 2017

Desde a quebra no dividendo a pagar aos acionistas até ao cumprimento do serviço postal universal, não faltam perguntas sobre o presente e o futuro dos CTT que precisam de resposta.

A bolsa portuguesa pode ter aprovado o plano de restruturação dos CTT, com a empresa a subir 4,61% para os 3,65 euros no dia a seguir à apresentação dessa nova estratégia, mas ainda há muito a esclarecer perante os acionistas e os consumidores. Esta quarta-feira à noite, o presidente do conselho de administração dos CTT, Francisco Lacerda, vai responder às questões do publisher do ECO, António Costa, e do editor de Economia da TVI, Vasco Rosendo, no programa ECO24. Aqui estão alguns dos temas que ainda falta esclarecer.

Porque não surgiu o plano de restruturação mais cedo?

Há um ano, o Governo já anunciara que ia deixar maioritariamente de enviar cartas aos cidadãos, passando o email a ser o meio de comunicação privilegiado. Entre esta decisão e a tendência generalizada para o envio de cada vez menos correio postal com a crescente utilização dos meios tecnológicos, não deveria ter surpreendido os CTT que os seus lucros caíssem drasticamente entre janeiro e setembro deste ano: 57% relativamente ao mesmo período do ano anterior.

Grande parte do negócio dos CTT — cerca de 70% — depende do correio postal, enquanto empresas europeias semelhantes já reduziram esse valor para estar à volta dos 50%. O plano de restruturação apresentado ontem já podia ter vindo mais cedo? O que impediu o conselho de administração de ver estas fraquezas antecipadamente e agir para prevenir tantas perdas?

Os cortes na despesa são grandes mas… E aumento de receitas?

O plano de restruturação inclui planos para poupar até 45 milhões de euros a partir de 2020, cortando nos custos. No entanto, onde estão as medidas para aumentar as receitas? Os analistas do CaixaBI, por exemplo, escreveram uma nota aos clientes na qual assinalavam que “o mercado iria apreciar mais medidas de incremento de receitas”.

Numa altura em que a queda dos lucros no serviço de correio postal parece certa, os CTT terão de apostar mais nos seus outros serviços: as encomendas e os serviços de expresso, com base no crescente volume de compras online que precisam de ser expedidas, um mercado que os CTT esperam vir a crescer; e o Banco CTT. Mas o Banco nunca deu lucro desde que foi fundado.

O Banco Postal é para manter, mesmo sem dar lucro?

O Banco dos CTT, fundado em março de 2016, sempre deu prejuízo. Qual é o caminho daqui para a frente para este negócio? Por um lado, nos resultados muito negativos dos CTT, o Banco CTT foi uma nota positiva: aumentou os depósitos em 197%, para 540,4 milhões, enquanto as receitas se fixaram em 5,3 milhões.

As receitas do Banco CTT ficaram abaixo do objetivo que a empresa tinha definido nos primeiros três trimestres de 2017.Paula Nunes / ECO

Qual é o caminho para o Banco CTT daqui para a frente? A instituição ainda não dá lucros e pesa nas contas. No ano passado, o banco reportou prejuízos de 21,4 milhões de euros, superiores aos 5,9 milhões que tinha registado em 2015, apesar de o número de clientes estar a aumentar. São sobretudo os gastos operacionais que estão a penalizar o banco (passaram de 7 milhões em 2015 para 26 milhões em 2016), o que se justifica com a abertura de novos balcões.

Como vão garantir o cumprimento do serviço público com cortes?

O serviço postal dos CTT pode ser o maior peso morto nas suas contas, devido à quebra no envio de cartas, mas a empresa é obrigada a cumprir o serviço postal universal. O ECO preparou um guia para perceber ao certo o que é o serviço postal universal, que os CTT são acusados de não prestarem adequadamente — uma auditoria da PwC mostrou que em cada mil cartas, 2,3 não chegavam ao destino dentro de 15 dias. A Anacom decidiu penalizar os CTT, obrigando-os a cortar o preço do correio em 0,03 pontos percentuais em 2018.

Com os cortes que se anteveem no serviço dos correios, com despedimentos, assim como o ajustamento do serviço de balcões para maior poupança, o que pode levar a encerramentos, é preciso saber como é que os CTT pretendem melhorar o cumprimento do serviço postal universal, cujo contrato de concessão, que data de 2000, termina a 2020.

Existe o risco de os CTT perderem a concessão do serviço postal universal?

O Governo criou na semana passada um “programa de trabalho” para avaliar o serviço prestado pelos CTT, no sentido de decidir que ações de “melhoria contínua” poderão ser tomadas. Também foi aprovado, posteriormente, o projeto de resolução do Partido Socialista de fazer um grupo de trabalho para o mesmo efeito.

António Costa já descartou uma nova nacionalização dos CTT, no debate quinzenal desta quarta-feira, perante pressões dos partidos de esquerda como o Bloco e o PCP. “Não, não é intenção do Governo nacionalizar os CTT”, começou por afirmar António Costa, acrescentando que “sendo uma entidade pública sob concessão não havia lugar a nacionalização” mas sim, “quando muito, haveria lugar ao resgate da concessão”.

Como pode ser afetada a relação com os acionistas com mais cortes nos dividendos?

O dividendo aos acionistas relativo ao exercício de 2017 vai ser 20% inferior ao prometido inicialmente: os CTT vão pagar apenas 38 cêntimos de dividendo, um corte significativo relativamente aos 48% iniciais. Mas não é apenas isso. No seguimento da apresentação do plano de restruturação, deverão vir aí novos cortes.

“Durante o período de investimento do plano de transformação operacional (2018-2019), o Conselho de Administração tenciona propor que a empresa implemente uma política de dividendos alinhada com o seu resultado líquido, reforçada com a utilização de reservas distribuíveis”, lê-se no comunicado da empresa liderada por Francisco Lacerda ao mercado. O mercado tem reagido bem ao plano de restruturação, mas como será a relação com os acionistas se o dividendo continuar de facto a cair?

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ANTRAL dá prazo ao Governo e ameaça com novas ações de luta dos taxistas

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

"Pedimos ao senhor ministro da Administração Interna para fazer cumprir as decisões dos tribunais", disse Florêncio de Almeida que prometeu novas ações de protesto.

A ANTRAL – Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros dá um prazo ao Governo para fazer cumprir a lei, na sequência da decisão europeia de considerar a Uber uma empresa de transportes, e prometeu novas ações de protesto.

Segundo Florêncio de Almeida, a decisão do Tribunal Europeu de Justiça diz que as plataformas eletrónicas como a Uber “não podem trabalhar e só poderão trabalhar se cumprirem com a regulamentação dos táxis, o que não é possível”. “Não pode haver qualquer lei que venha enquadrar estas plataformas dentro do transporte de passageiros ligeiros”, sustentou o presidente da ANTRAL, numa conferência de imprensa em Lisboa.

Florêncio de Almeida anunciou que a associação reforçou o pedido à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) para “fazer parar de imediato” o serviço prestado pelas plataformas eletrónicas a operar em Portugal, a Uber e Cabify. “Pedimos ao senhor ministro da Administração Interna para fazer cumprir as decisões dos tribunais. Se isto não vier a existir nos próximos dias nós iremos fazer, com toda a certeza, grandes campanhas públicas para que estas decisões sejam cumpridas”, avisou.

Pedimos ao senhor ministro da Administração Interna para fazer cumprir as decisões dos tribunais. Se isto não vier a existir nos próximos dias nós iremos fazer, com toda a certeza, grandes campanhas públicas para que estas decisões sejam cumpridas.

Florêncio de Almeida

Presidente da ANTRAL

O presidente da ANTRAL escusou-se a revelar o tipo de ações, porque serão os órgãos sociais da associação a decidir, mas acrescentou que se o ministro Eduardo Cabrita não receber a associação no prazo de uma semana os taxistas voltarão aos protestos “no princípio do ano”.

A associação pediu ainda à comissão parlamentar de Economia para que promova uma audição do presidente da AMT para esclarecer por que motivo, no âmbito das suas competências, não atua para travar as plataformas eletrónicas. “Não somos contra as novas tecnologias, somos é contra as ilegalidades que essas plataformas praticam”, frisou Florência de Almeida, advogando que todas as entidades cumpram com a regulamentação do setor.

Para o presidente da ANTRAL, o ministro do Ambiente deixou de ser reconhecido pelo setor do táxi, apesar de possuir a tutela dos transportes, e defendeu que a regulamentação dos transportes de passageiros ligeiros, em Portugal, deverá passar pelas câmaras municipais.

Também a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) pediu hoje um “encontro urgente” com o ministro da Administração Interna, no seguimento de uma reunião que refere ter sido pedida há mais de dois meses para cumprimento integral da Lei 35/2016. “Na gravidade da situação presente, a FPT considera que o grau de tolerância para o diálogo deve terminar no final do ano, dando origem a um protesto-vigília, à porta do Ministério da Administração Interna, em data a agendar”, refere a federação em comunicado.

A lei 35/2016, que entrou em vigor em novembro, regulamenta o acesso à atividade e ao mercado dos transportes em táxi e reforça as “medidas dissuasoras de atividade ilegal” no setor. A lei reforçou as coimas pelo exercício ilegal de transporte de táxi. Pelo exercício da atividade sem o alvará, as coimas passaram a ser entre 2.000 e 4.500 euros (pessoa singular) e entre 5.000 e 15.000 (pessoa coletiva).

Segundo uma decisão hoje conhecida, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), em Bruxelas, considera que o serviço de intermediação Uber é parte integrante de um serviço global cujo elemento principal é um serviço de transporte e que, por isso, não corresponde à qualificação de “serviço da sociedade da informação”, mas sim a um “serviço no âmbito dos transportes”. Em consequência, cabe aos Estados-membros “regularem as condições de prestação destes serviços sempre que se respeitem as normas gerais do Tratado de Funcionamento da União Europeia”, acrescenta o tribunal, chamado a pronunciar-se após uma denúncia dos taxistas da cidade espanhola de Barcelona por alegada concorrência desleal da Uber.

A proposta de lei do Governo para regulamentar a atividade de transporte de passageiros em veículos descaracterizados foi discutida na Assembleia da República a 17 de março. O diploma não foi votado no plenário e baixou à comissão de Economia, Obras Públicas e Inovação para debate na especialidade.

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Proprietários têm de solicitar à Câmara de Lisboa pagamento de juros da Taxa de Proteção Civil

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

"As pessoas têm de solicitar e fundamentar" os juros do "prejuízo causado", para poderem ser reembolsados com valor que pagaram de Taxa Municipal de Proteção Civil desde 2015, acrescido de juros.

Os proprietários de imóveis que pagaram a Taxa Municipal de Proteção Civil terão de solicitar à Câmara Municipal de Lisboa o reembolso dos juros de indemnização e fundamentar “o prejuízo causado”, explicou o vereador das Finanças.

À margem da reunião pública do executivo municipal, de maioria socialista, João Paulo Saraiva disse aos jornalistas que “as pessoas têm de solicitar e fundamentar” os juros do “prejuízo causado”, para poderem ser ressarcidos do valor que pagaram de Taxa Municipal de Proteção Civil desde 2015, acrescido de juros.

A Câmara não pode fazer de outra maneira, porque é isso que manda a lei“, salientou o responsável. João Paulo Saraiva considerou que “alguns se calhar nem o vão fazer”, mas “se o valor passar os 58 milhões [cobrados e que o presidente da Câmara Municipal anunciou que seriam devolvidos], o município está em condições de resolver isso”. “O impacto é grande, mas está acautelado“, acrescentou o vereador, elencando que o município irá “consumir metade da reserva de contingência” prevista para 2018.

Desta forma, o autarca salientou que “não vão ficar investimentos por fazer” na sequência de o Tribunal Constitucional ter chumbado a Taxa Municipal de Proteção Civil, uma vez que já estavam “acautelados 100 milhões de euros” na reserva de contingência.

Ainda assim, João Saraiva admitiu que os 22 milhões de euros de receitas com esta taxa, previstos no orçamento municipal para o próximo ano, “terão impacto na receita estrutural da Câmara de Lisboa” e, por isso, será necessário estudar “em várias frentes” outras formas de angariar o dinheiro, medidas que poderão entrar em vigor “em 2019 ou depois”.

Quanto à cobrança, “do ponto de vista técnico e jurídico, o procedimento está bastante afinado”, precisou o vereador das Finanças, acrescentando que na quinta-feira irá realizar-se a primeira “reunião para clarificar o processo”, mas o objetivo é arrancar “em janeiro” com o processo.

A câmara vai então criar um ‘site’ e uma aplicação móvel para as pessoas poderem transmitir ao município os seus dados, nomeadamente o IBAN, para o município poder “transferir o dinheiro”. Estarão também disponíveis “o máximo possível de espaços físicos” para o mesmo efeito, e o os serviços irão “notificar toda a gente para casa”, através do envio de uma carta, afirmou o vereador.

Questionado sobre quando será possível começar a devolver o dinheiro aos proprietários, o responsável explicou que irá depender da data em que as plataformas estarão disponíveis, mas pretende que o processo seja “muitíssimo rápido”.

Na reunião, os vereadores do PS chumbaram, com a abstenção do BE, uma moção do CDS-PP para que os valores fossem devolvidos aos munícipes “no prazo de 30 dias”. Durante o encontro, os socialistas e o vereador bloquista não deixaram passar também uma moção do PSD no sentido de ser dispensada “qualquer manifestação prévia” por parte dos proprietários.

Na discussão do assunto, a vereadora social-democrata Teresa Leal Coelho advogou que o executivo “deve um pedido de desculpa” por ter cobrado a taxa indevidamente, opinião partilhada por João Gonçalves Pereira (CDS-PP), para quem “não se justifica nem este balcão [de atendimento], nem a missiva” que será enviada, devendo o valor cobrado “ser transferido” ou enviado “por cheque”. Em resposta, o presidente da Câmara apontou que o município “não tem os dados das pessoas” e por isso necessita de as notificar.

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Direção da Raríssimas suspende Paula Brito e Costa por “ilícito laboral”

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

Perante os indícios que poderão constituir, entre outros, um ilícito laboral, a direção da Raríssimas decidiu instaurar um procedimento prévio de inquérito para investigar Paula Brito e Costa.

A direção da Raríssimas determinou esta quarta-feira a “suspensão preventiva por 30 dias”, com efeitos imediatos, de Paula Brito e Costa, do cargo de diretora-geral da associação, por indícios de “ilícito laboral”.

A decisão foi avançada pela vogal da direção, Marta Balula, numa declaração aos jornalistas sem direito a perguntas, efetuada à porta da Casa dos Marcos, onde Paula Brito e Costa — ex-presidente da Raríssimas, tendo apresentado em 14 de dezembro a demissão desse cargo que acumulava — esteve hoje até pouco depois das 17h00.

A declaração lida por Marta Balula refere que “considerando que a presença da ex-presidente no local de trabalho pode ser suscetível de perturbar as averiguações do procedimento de inquérito, foi decidido, nos termos do número 2 do artigo 354 do Código de Trabalho, proceder à suspensão preventiva por 30 dias, com efeitos imediatos” de Paula Brito e Costa.

Considerando que a presença da ex-presidente no local de trabalho pode ser suscetível de perturbar as averiguações do procedimento de inquérito, foi decidido, nos termos do número 2 do artigo 354 do Código de Trabalho, proceder à suspensão preventiva por 30 dias, com efeitos imediatos.

Comunicado

Tendo em consideração os indícios que recentemente se tornaram públicos e que poderão constituir, entre outros, um ilícito laboral, a direção da Raríssimas deliberou instaurar um procedimento prévio de inquérito para investigar a alegada violação dos deveres de sigilo, de obediência e de lealdade para com o empregador por parte de Paula Cristina de Brito Cardoso e Costa”, diz ainda o texto.

Paula Brito e Costa saiu hoje da Casa dos Marcos pelas 17h15, onde pela manhã se apresentou para trabalhar, motivando protestos dos funcionários. A até agora diretora-geral da Raríssimas saiu a conduzir uma viatura e tinha ao lado o marido, que escondeu completamente a cara com o capuz de um casaco.

Os trabalhadores que hoje se concentraram à porta da Casa dos Marcos em protesto pela presença da ex-presidente, e agora diretora-geral suspensa de funções, estiveram reunidos com uma comissão nomeada pela restante direção da Raríssimas. Em causa estão as condições financeiras a instituição depois da demissão de Paula Brito e Costa do cargo de presidente cujas contas bancárias ainda estão inacessíveis, facto que, segundo dizem, prejudica a gestão financeira.

Uma investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais. O caso já provocou a demissão do secretário de Estado da saúde Manuel Delgado, que em 2013 e 2014 foi consultor da Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

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Mais de 70 mil militantes vão poder votar entre Rio e Santana

As diretas para escolher o sucessor de Pedro Passos Coelho ocorrem a 13 de janeiro. Estão registados 70.385 militantes ativos com quotas pagas. O universo eleitoral não difere dos anos anteriores.

O PSD informou esta quarta-feira que estão registados 70.385 militantes ativos com quotas pagas. É na zona do Porto que estão concentrados mais militantes social-democratas com a situação regularizada. As diretas realizam-se a 13 de janeiro, sendo disputadas entre Rui Rio, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Pedro Santana Lopes, ex-Provedor da Santa Casa da Misericórdia e ex-primeiro-ministro.

“A menos de um mês das eleições diretas, os militantes do PSD demonstram estar mobilizados para a eleição do novo presidente do partido”, diz o PSD em comunicado. Porto, Lisboa, Braga e Aveiro são os locais onde se concentram mais militantes ativos. Eis a distribuição pelas várias cidades do país:

  • Aveiro: 7683
  • Beja: 358
  • Braga: 7830
  • Bragança: 1625
  • Castelo Branco: 815
  • Coimbra: 2972
  • Évora: 641
  • Faro: 1931
  • Guarda: 2017
  • Leiria: 3376
  • Lisboa AM: 10 765
  • Lisboa AO: 509
  • Portalegre: 600
  • Porto: 13 132
  • Santarém: 2209
  • Setúbal: 1209
  • Viana do Castelo: 2425
  • Vila Real: 2991
  • Viseu: 1769
  • Açores: 1031
  • Madeira: 2684
  • Europa: 459
  • Fora da Europa: 1354

Após escolhido o líder, o partido irá realizar um congresso entre 16 e 18 de fevereiro no Centro de Congressos de Lisboa, em Belém, o qual terá um total de 960 delegados.

O fecho dos dos cadernos eleitorais ocorreu a 15 de dezembro. Segundo a Lusa, o universo eleitoral de eleições diretas anteriores — onde existiu disputa entre candidatos — foi de 63 mil, em 2007, e 78 mil, em 2010.

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Congresso aprovou em definitivo reforma fiscal de Trump

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

Depois das mudanças introduzidas e da aprovação no Senado (51 votos a favor e 48 contra), a Câmara dos Representantes voltou hoje a votar favoravelmente a reforma fiscal, a aplicar a partir de 2018.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou esta quarta-feira, definitivamente, a reforma fiscal da Administração de Donald Trump, depois de um erro de procedimento ter obrigado na terça-feira a realizar uma modificação de última hora antes da aprovação no Senado.

A reforma fiscal, que proporcionará uma descida de impostos como não se regista há 31 anos, constituiu “uma vitória histórica para os norte-americanos”, regozijou-se Donald Trump, que felicitou os membros do seu partido, os Republicanos, que chegaram já a ter divergências com o Presidente dos Estados Unidos. Esta foi a primeira vitória de Donald Trump numa grande reforma, onze meses depois de ter chegado à Presidência dos Estados Unidos.

Depois das mudanças introduzidas e da aprovação no Senado (51 votos a favor e 48 contra), a Câmara dos Representantes voltou hoje a votar favoravelmente a reforma fiscal, a aplicar a partir de 2018.

De acordo com analistas políticos, a reforma fiscal dará aos republicanos, no poder, um forte argumento para pedir aos eleitores que renovem a sua confiança nas eleições gerais e intercalares de novembro próximo.

Trump, que viu chumbar em setembro a revogação a reforma de sistema de saúde conhecida como Obamacare, celebrará hoje, na Casa Branca, a aprovação da legislação fiscal, em companhia da maioria dos representantes do Partido Republicano eleitos.

Por enquanto, os norte-americanos estão céticos: dois terços acreditam que as reduções de impostos beneficiarão os ricos mais do que a classe média, de acordo com uma pesquisa da estação de televisão CNN, um argumento que os democratas utilizaram na discussão da reforma. “As pessoas vão mudar de opinião”, assegurou o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, enquanto o líder da oposição no Senado, Chuck Shumer, sustentou que “a lei fiscal dos Republicanos não é mais que confirmar que o Partido Republicano é o partido dos ricos e das empresas”.

A partir de fevereiro, as deduções na fonte descerão nas folhas de salário e as famílias pagarão 1.600 dólares de imposto (1.346 euros) no próximo ano e a taxa para as empresas desce de 35% para 21%, de acordo com o departamento norte-americano de política fiscal.

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Orçamento do Estado já chegou a Belém. Presidente vai analisá-lo na quinta-feira

  • ECO
  • 20 Dezembro 2017

Diploma do Orçamento do Estado já chegou a Belém e o Presidente vai analisá-lo na quinta-feira.

O Orçamento do Estado para 2018 chegou ao Palácio de Belém para promulgação esta quarta-feira ao fim da tarde e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai analisar o diploma durante o dia de quinta-feira.

“O Orçamento do Estado chegou a Belém hoje às 18:05 e será apreciado pelo Presidente da República durante o dia de amanhã [quinta-feira]”, disse à agência Lusa fonte da Presidência da República.

O Orçamento do Estado para 2018 foi aprovado em votação final global na Assembleia da República no dia 27 de novembro, com votos a favor de PS, BE, PCP, PEV e PAN e votos contra de PSD e CDS-PP, tendo seguido para redação final no dia 13 deste mês.

Horas antes, Marcelo Rebelo de Sousa tinha sido questionado à saída de uma missa pelas vítimas dos incêndios no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa sobre a promulgação e informou que o diploma ainda não tinha chegado.

Está assim cumprido o calendário previsto pelo próprio Chefe de Estado que, no domingo, disse julgar estar em condições de decidir sobre a promulgação do Orçamento do Estado para 2018 entre quarta e quinta-feira desta semana. Marcelo reconheceu que este Orçamento é mais complexo do que os anteriores apresentados pelo Governo minoritário socialista, mas como tem na sua posse “há dez dias o texto praticamente final” garantiu que já tinha visto “praticamente tudo”.

Apesar dessa complexidade, o primeiro-ministro, António Costa, disse que não tem expectativa de que seja levantado qualquer problema de constitucionalidade com o Orçamento do Estado para 2018.

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Marcelo aguarda que Anacom se pronuncie sobre cumprimento do contrato pelos CTT

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

"Vamos ver o que é que a autoridade reguladora diz quanto à forma de gestão por privados de um serviço público -- porque se trata de um serviço público", disse Marcelo.

O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que compete à entidade reguladora do setor, a Anacom, verificar o cumprimento do contrato de serviço público por parte dos CTT e que aguarda que esta se pronuncie.

“Vamos ver o que é que a autoridade reguladora diz quanto à forma de gestão por privados de um serviço público — porque se trata de um serviço público”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas.

O Chefe de Estado, que falava à saída de uma missa pelas vítimas dos incêndios no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, começou por lembrar que “a decisão de entregar a privados um serviço público foi do Governo anterior [PSD/CDS-PP], durante a presidência anterior” de Cavaco Silva.

Em seguida, salientou que essa privatização foi feita “com um contrato com determinado regime de direitos e deveres”.

O Presidente da República acrescentou que “compete nomeadamente à autoridade reguladora” do setor, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), “verificar se esse contrato está a ser ou não cumprido e se será ou não cumprido no futuro”.

Questionado sobre a promulgação do Orçamento do Estado para 2018, Marcelo Rebelo de Sousa disse que o diploma “ainda não chegou” ao Palácio de Belém.

A administração dos CTT – Correios de Portugal, empresa que emprega 6.700 pessoas, divulgou na terça-feira um plano de reestruturação que prevê uma redução de cerca de 1000 trabalhadores ao longo de três anos, justificada com a queda do tráfego do correio. Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT adiantaram que estão previstas reduções entre 15% e 25% das remunerações fixas dos membros executivos e não executivos da administração da empresa.

Através de uma nota à imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações acusou hoje a administração dos CTT de tentar intimidar os trabalhadores ao anunciar a redução de cerca de 800 postos de trabalho em vésperas de uma greve de dois dias.

Os trabalhadores dos CTT vão estar em greve na quinta e na sexta-feira por melhores condições de trabalho e pela salvaguarda dos postos de trabalho. Segundo o sindicato dos correios, o pessoal foi sendo reduzido de tal forma que a qualidade do serviço está posta em causa.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 20 Dezembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Esta tarde, António Costa disse que ainda não havia uma decisão sobre a Santa Casa no Montepio. O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente considerou também que a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia confirma a interpretação feita pelo Governo português.

António Costa disse, no último debate quinzenal do ano, que até hoje a auditoria não foi concluída e que ainda não foi tomada uma decisão.

O Tribunal de Justiça da União Europeia considerou, esta quarta-feira, que a Uber deve ser regulada como um serviço de transporte e não como uma empresa na área da sociedade de informação.

Depois da polémica à volta do abandono por parte da TAP de rotas importantes para a cidade do Porto, como Milão, por exemplo, a companhia aérea voltou esta terça-feira a anunciar que vai começar a voar para quatro novos destinos a partir do Porto.

O Governo já tinha dito que os primeiros concursos para entrar nos quadros públicos deveriam ser abertos logo a partir de janeiro. Porém, esta quarta-feira, o ministro das Finanças, Mário Centeno, não se comprometeu com nenhuma data e acabou por remeter a abertura dos primeiros concursos para depois de fevereiro.

Os bancos em alguns países da União Europeia (UE) podem ter dificuldades em vender no mercado interno dívida de alto risco, que servirá para absorver perdas potenciais — como a que foi emitida pela CGD. Terão, por isso, que procurar novos investidores noutros países, de acordo com um estudo do Banco Central Europeu (BCE).

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Ministério Público pede redução de coimas a Salgado e Amílcar Pires

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

Para a procuradora Edite Palma, Amílcar Pires deve ser condenado ao pagamento de uma coima de 300.000 euros, suspensa em dois terços. No caso de Ricardo Salgado, a redução de 4 para 3,5 milhões.

O Ministério Público pediu esta quarta-feira a redução das coimas aplicadas em 2016 pelo Banco de Portugal ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, de 4 para 3,5 milhões de euros e ao ex-administrador Amílcar Pires de 600.000 para 300.000 euros.

Nas alegações finais do julgamento dos pedidos de impugnação das contraordenações aplicadas pelo BdP, em agosto de 2016, nomeadamente por comercialização de títulos de dívida da Espírito Santo Internacional junto de clientes do BES, a procuradora do Ministério Público entendeu não ter ficado provado que Amílcar Pires atuou com dolo, mas sim de forma negligente, e considerou alguns atenuantes para uma redução da coima aplicada a Ricardo Salgado.

Para a procuradora Edite Palma, Amílcar Pires deve ser condenado ao pagamento de uma coima de 300.000 euros, suspensa em dois terços e deve ser revogada a sanção acessória de inibição do exercício de cargos dirigentes no setor financeiro e bancário durante três anos, mantendo a obrigação de publicitar a eventual condenação.

No caso de Ricardo Salgado, a redução de 4 para 3,5 milhões de euros é acompanhada do pedido de uma suspensão em um terço, mantendo-se a sanção acessória de inibição do exercício de cargos no setor durante 10 anos e de publicitação.

O mandatário do Banco de Portugal João Raposo não acompanhou o pedido de Edite Palma, reafirmando que a decisão sancionatória do supervisor “é justa”. João Raposo lamentou que a defesa no processo que corre desde março no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, se tenha centrado na “diabolização do supervisor”, na “mistificação da realidade”, no “branqueamento de responsabilidades” e na “tentativa de desacreditação de vozes incómodas”.

Salgado: Filha na Suíça assegura rendimento da família

Na parte da manhã, a juíza Anabela Campos quis ainda esclarecer a situação económica atual dos arguidos, com ambos a alegarem que perderam praticamente todo o património no processo de resolução do BES.

Ricardo Salgado afirmou que os rendimentos da família são assegurados por uma filha que vive na Suíça, pois mesmo as contas bancárias que possuía nesse país, onde viveu, foram arrestadas, além de ter perdido o milhão de euros que havia investido no aumento de capital do banco e as “duas ou três centenas de milhares de euros” que tinha depositados no BES e que passaram para o ‘banco mau’, lembrando ainda que tem parte significativa da sua pensão arrestada.

Por decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal, no âmbito de um outro processo, Ricardo Salgado passou a auferir, desde outubro, de uma pensão líquida de 1.627 euros, já que foram arrestados 23 mil dos cerca de 24.700 euros que recebia mensalmente.

Igualmente questionado sobre os seus rendimentos atuais, Amílcar Morais Pires lembrou que está impedido de exercer cargos e funções em instituições financeiras e de crédito, situação agravada pelos “danos reputacionais” trazidos pelo processo e que têm dificultado encontrar trabalho mesmo na área não financeira.

Afirmando ter perdido para o BES em liquidação, em agosto de 2014, o valor da indemnização que recebeu (cerca de 500.000 euros depois de extraído o valor pago em impostos) e ainda poupanças da ordem dos 800.000 euros, Amílcar Pires afirmou estar a “delapidar” património, já que o rendimento que este gera não é suficiente para as despesas familiares.

Notícia atualizada às 20:20.

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Operadoras de telecomunicações mantêm preços em 2018. A exceção é a Meo

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2017

No próximo ano, Vodafone, Nowo, NOS mantêm os preços. A Meo é a única a abrir uma exceção e diz que vai alterar “alguns tarifários móveis pós-pagos”.

As operadores de telecomunicações Vodafone, Nowo, NOS vão manter no próximo ano os preços cobrados, assim como a Meo, que não altera os valores para os serviços fixos, mas atualiza “alguns tarifários móveis pós-pagos”, informaram hoje estas empresas.

Em resposta escrita enviada à agência Lusa, a Altice/PT informa que, “a partir de 1 de fevereiro de 2018, apenas alguns tarifários móveis pós-pagos serão atualizados, sendo que não há qualquer alteração de preços de serviços fixos Meo – TV, internet e telefone fixo, convergentes e não convergentes”.

Por seu lado, a Vodafone indica que, “à data, não está prevista qualquer atualização de preços” no próximo ano, assim como a Nowo (antiga Cabovisão), que também não estima qualquer mudança. Mais precisa, a NOS assegura à Lusa que “não vai efetuar aumentos” em 2018.

Na resposta enviada à Lusa, a Altice/PT dá ainda conta de que, a partir de janeiro do próximo ano, “existirá um aumento de ‘plafond’ para os clientes pós-pagos, que passarão a ter o dobro dos minutos e dos SMS inerentes ao seu tarifário” para serem usados a nível nacional ou em ‘roaming’.

Esta operadora assinala que, este ano, “não houve qualquer atualização de preços Meo, apesar do efeito acumulado de sensivelmente 3% de aumento de inflação entre 2017 e 2018”. Também neste ano, a alteração das tarifas de roaming na União Europeia “não se fez sentir” nos preços da companhia, adianta.

Tal como a Meo, a Vodafone e a Nos não aumentaram, em 2017, os preços cobrados. Já a Nowo, “optou por apenas aumentar os preços em janeiro [deste ano], numa média total de 5%”, mas que variou “consoante a tipologia do serviço subscrito”, explicou à Lusa em dezembro do ano passado o presidente executivo desta operadora, Miguel Veiga Martins.

O responsável justificou o acréscimo com o facto de a operadora “querer manter a qualidade dos serviços que disponibiliza aos seus clientes, mas também para respeitar o acordo de partilha de direitos televisivos do futebol, celebrado em julho [de 2016], com outras operadoras”.

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