Lisboa em alta. Corticeira acelera com nova compra

A bolsa nacional segue a tendência europeia, num dia em que os investidores aguardam pela reunião do BCE. A Corticeira Amorim destaca-se com uma subida de mais de 1%.

Lisboa está de regresso aos ganhos. Depois da queda na última sessão, e num dia em que as atenções dos investidores estão viradas para a reunião do Banco Central Europeu (BCE), o índice português acompanha a tendência positiva das restantes bolsas europeias com a Corticeira Amorim a ser o destaque. A empresa ganha mais de 1%.

O PSI-20, que tinha perdido 0,11% na última sessão, arrancou o dia com uma valorização de 0,4% para 5.324,16 pontos. Na Europa, com a expectativa sobre o que irá dizer Mario Draghi relativamente ao programa de estímulos — se sinaliza ou não o fim das compras de dívida — a tendência é igualmente positiva.

O BCP é o título que mais contribui para o desempenho da bolsa nacional, depois de ter pressionado o PSI-20 na sessão anterior. Ganha 0,49% para 24,79 cêntimos numa sessão em que o Montepio recua 0,3%, mas mantém-se muito perto de um euro, o valor da contrapartida oferecida pela Associação Mutualista.

EDP e EDP Renováveis também animam a bolsa, assim como a Jerónimo Martins que soma 0,45% para 17,71 euros. A Sonae ganha quase 1%, já a Nos, que vai revelar as suas contas após o fecho da sessão, está a valorizar 1,08% para 5,52 euros. Segundo o CaixaBI, as receitas devem situar-se nos 381,2 milhões, ao passo que o resultado líquido poderá ficar perto dos 32,1 milhões de euros.

A destacar-se nas subidas está, no entanto, a Corticeira Amorim. A empresa comprou a produtora de rolhas francesa Etablissements Christian Bourrassé, num negócio avaliado em cerca de 50 milhões de euros e que permite à corticeira portuguesa alcançar mercados francês, espanhol, italiano e chileno. Os investidores levaram os títulos a valorizar um máximo de 1,84% para 12,365 euros.

(Notícia atualizada às 8h12 com mais informação)

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PSD avança com medidas para a banca. Trava poder do BdP

  • ECO
  • 20 Julho 2017

Os sociais-democratas não vão ficar à espera da reforma do setor financeiro prometida pelo Governo em abril. Esta quinta-feira, o partido deverá apresentar um pacote de medidas que incidirá na banca.

O PSD deverá apresentar esta quinta-feira um pacote legislativo sobre o setor da banca. O partido antecipa-se assim ao Governo que, apesar de ter anunciado uma reforma semelhante ainda em abril, ainda não foram dados passos nesse sentido. A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios (acesso condicionado).

Entre essas medidas, destaque para a redução do poder do Banco de Portugal. O PSD defende um Conselho de Resolução independente da administração de Carlos Costa que seria o único a poder decidir-se pela resolução de um banco.

Conheça as seis propostas:

  • Numa das medidas, o PSD quer proibir os bancos de atribuírem crédito a administradores não executivos do próprio banco, juntando esta nova proibição àquela que já impede as instituições de financiarem membros de órgãos de administração ou fiscalização. A ideia é alterar o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, mas também criar um novo critério de avaliação de idoneidade na atribuição de crédito, a ser analisado em certas situações: “potenciais conflitos de interesse”, refere o jornal.
  • O PSD quer impedir também que quem tenha passado pelos órgãos do Banco de Portugal possa ser contratado por instituições ligadas ao setor e que estejam ao abrigo da regulação do banco central por um período de dois anos.
  • Outra ideia é obrigar os membros do conselho de administração do regulador da banca a divulgarem as suas declarações de rendimentos, a lista de ofertas que aceitem em exercício de funções e a registarem ainda todas as reuniões que tenham com “entidades externas” — esta última medida aplicada a todos os reguladores, sublinha o Jornal de Negócios.
  • Os sociais-democratas pretendem também fortalecer o já existente Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, atribuindo-lhe mais poder de supervisão e mais autonomia. Para tal, a proposta prevê que o conselho tenha um orçamento próprio, presidência rotativa e um comité permanente para acompanhar a troca de informação entre as várias entidades.
  • O Banco de Portugal, na opinião do PSD, deveria ter também um Conselho de Resolução. Este novo órgão no interior do regulador seria o único a poder decidir-se pela resolução de um banco, não estando subordinado à administração do Banco de Portugal e vice-versa.
  • Por fim, segundo o jornal, a última das medidas do PSD vai ao encontro da conclusão da criação da União Bancária e de uma União de Mercados de Capitais. Esta ideia dos sociais-democratas é de âmbito mais europeu e deverá surgir como projeto de resolução, apelando ao Governo que abone nesse sentido junto dos players europeus.

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Paióis vão fechar em definitivo por falta de condições

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

Dificuldades logísticas de garantir a segurança determinou a decisão de fechar em definitivo os Paióis Nacionais de Tancos.

O ministro da Defesa confirmou que vai fechar definitivamente os Paióis Nacionais de Tancos devido às dificuldades logísticas de garantir a segurança e acusou o CDS-PP de tentar instrumentalizar politicamente o caso.

Em entrevista à RTP3, Azeredo Lopes esclareceu que o processo de averiguações aberto pelo Regimento de Engenharia 1 do Exército – o que tinha a responsabilidade pela segurança dos paióis na altura do furto – poderá determinar “eventuais responsabilidades disciplinares”.

O material militar que está atualmente nos PNT será transferido para as instalações militares de Santa Margarida, Santarém, e eventualmente para os paióis da Força Aérea e da Marinha, estes últimos, em Alcochete, com condições de segurança que obedecem aos padrões NATO, disse.

Quanto aos Paióis de Tancos, serão definitivamente encerrados pelas “dificuldades logísticas de garantir a segurança dos equipamentos”.

O ministro reiterou que “não sabia” da existência de qualquer risco de segurança nas instalações de Tancos e acusou o CDS-PP de procurar “instrumentalizar as Forças Armadas” ao pedir a demissão não só do ministro mas do chefe do Estado Maior do Exército.

Para Azeredo Lopes, “numa análise de boa-fé”, começa a ser “mais discutível a aceitação política desta exigência [a demissão do ministro da Defesa} a partir do momento em que o ministro demonstra que não sabia, não podia saber e que não tinha conhecimento prévio” de riscos de segurança nas instalações de Tancos.

“Havia um problema geral quanto a proteção e videovigilância”, disse.

O Exército divulgou no passado dia 29 de junho o furto de material de guerra dos paióis de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, com um valor estimado em 34.400 euros. Parte desse material estava obsoleto e indicado para abate desde 2012, disse Azeredo Lopes.

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Tem um drone? Vai ter de o registar e ter seguro

  • Lusa
  • 20 Julho 2017

A proposta de diploma do Governo, enviada a entidades do setor aeronáutico, obriga os proprietários de drones com peso igual ou superior a 250 gramas a registo e seguro.

O registo de drones, que implicará o pagamento de taxas administrativas, e a contratualização de um seguro de responsabilidade civil, vão ser obrigatórios, de acordo com a proposta de decreto-lei, a que a Lusa teve acesso.

A proposta de diploma do Governo, enviada a entidades do setor aeronáutico, obriga os proprietários das aeronaves pilotadas remotamente (vulgarmente designadas ‘drones’) com peso igual ou superior a 250 gramas – mesmo que de construção amadora – a registarem os aparelhos junto da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

“Para o efeito, cria-se um código de identificação a atribuir, obrigatoriamente, a todas as aeronaves às quais o presente diploma se aplica, cujo registo se materializa através da introdução de dados de identificação, quer do proprietário, quer da aeronave, numa base de dados gerida pela ANAC, de modo a permitir a eficácia do controlo e supervisão desta Autoridade, quer sobre os respetivos proprietários, quer sobre os respetivos operadores”, indica o documento.

O regulador da aviação civil irá atribuir um código de identificação, constituído pelas letras ‘PT’, seguidas do número correspondente ao ano do registo e de um número sequencial atribuído automaticamente por uma aplicação informática a disponibilizar pela ANAC, e na qual deve ser efetuado o registo.

O código de identificação gerado é único e deve ser afixado no aparelho.

Os proprietários estão obrigados ao registo dos ‘drones’ “no prazo de 10 dias úteis” após a compra ou após a conclusão da construção do aparelho, no caso de se tratar de equipamentos construídos de forma amadora.

Quem já tiver um ‘drone’ à data da entrada em vigor do decreto-lei, tem “um prazo máximo de um mês” para fazer o registo na referida aplicação informática.

O registo, válido por um período de três anos, findo o qual deve ser renovado, implica o pagamento de taxas cobradas pela ANAC, que constituem “receitas próprias” do regulador nacional da aviação, estando ainda por definir os valores em causa.

Outra das medidas previstas é a obrigatoriedade da contratualização de um seguro de responsabilidade civil para eventuais danos causados a terceiros pelos drones.

O diploma fixa ainda que os menores de 16 anos “não podem operar” ‘drones’ com peso igual ou superior a 250 gramas, “exceto se acompanhados por quem exerce o poder paternal e cumpridas as condições previstas” no diploma relativas ao registo e ao seguro de responsabilidade civil.

O decreto-lei tipifica também as contraordenações do regime sancionatório aplicável à operação dos ‘drones’ e atualiza os montantes das coimas a cobrar aos proprietários singulares, que passam a ser ligeiramente superiores.

As contraordenações leves vão desde os 151,05 euros aos 302,09 euros, em caso de negligência, e dos 302,09 euros aos 1006,99 euros, se houver dolo.

Quanto às contraordenações graves, vão desde 251,75 euros até aos 503,49 euros, em caso de negligência, e coima mínima de 503,49 euros e máxima de 1510,48 euros, em caso de dolo.

As contraordenações muito graves são punidas com 1.006, 99 euros e 2.517, 46 euros, em caso de negligência, e de 2.013,97 euros e 4.027,94 euros, em caso de dolo.

O regulamento da ANAC, em vigor desde janeiro deste ano, proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem dos aeroportos.

Desde o início do ano, houve o registo de, pelo menos, 16 incidentes com ‘drones’, reportados pela aviação civil, envolvendo estes aparelhos, que violam o regulamento e aparecem na vizinhança, nos corredores aéreos de aproximação aos aeroportos ou na fase final de aterragem.

No final de junho, o presidente da ANAC, Luís Ribeiro, anunciou no parlamento a intenção de propor ao Governo, até final de julho, um projeto legislativo sobre os ‘drones’, realçando que “é preciso tomar medidas adicionais” devido ao aumento de ocorrências com ‘drones’.

As entidades do setor têm agora até sexta-feira, dia 21, para dar sugestões sobre a proposta de projeto-lei, que visa reforçar as regras de utilização destes equipamentos e a respetiva fiscalização.

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A montanha de dívida criou um problema de quatro biliões ao BCE

Responsáveis do banco central tentam descalçar a bota sem assustar investidores. Mario Draghi fala hoje aos jornalistas após reunião do Conselho de Governadores. Retirada dos estímulos em foco.

Uma montanha de dívida criou um problema de mais de quatro biliões de euros ao Banco Central Europeu (BCE). O banco central esteve a comprar obrigações dos governos da Zona Euro de forma mais intensa nos últimos dois anos, uma política pouco convencional e que visava dar força à retoma económico. Mario Draghi prepara agora a retirada deste programa. Mas os investidores não querem ouvir falar disso — tal como ficou comprovado com as declarações do presidente do BCE em Sintra.

O BCE volta esta quinta-feira a centrar as atenções dos mercados. Não se esperam grandes surpresas naquilo que está atualmente em cima da mesa. Mas, nos bastidores da sede do BCE em Frankfurt, há já uma equipa técnica do banco central que está agora a preparar planos alternativos para colocar em prática assim que o programa de compra de ativos públicos chegar ao seu fim. Decisões que só serão conhecidas depois do verão, provavelmente na reunião de setembro, segundo adiantaram várias fontes à Bloomberg.

Para já, o assunto do tapering é tabu no seio do Conselho de Governadores do BCE. Mesmo o facto de o staff do BCE estar a estudar alternativas não significa que mudanças na política de estímulos estejam iminentes, disseram as mesmas fontes. E a preocupação neste momento é manter a comunicação e linguagem para não assustar os investidores, tal como aconteceu quando a mensagem de Draghi transmitida em Sintra foi mal interpretada pelos investidores e levou a um agravamento acentuado dos juros da dívida na região.

BCE tem mais de quatro biliões de euros em dívida pública da Zona Euro

Banco Central Europeu

“Esperamos que Draghi reitere a sua mensagem sobre a política, mesmo que aproveite apenas a oportunidade para anunciar o que pretende fazer em setembro”, refere Franck Dixmier, da Allianz Global Investors, numa nota ao investidores a que o ECO teve acesso. “Partilhamos a visão de consenso que o tapering deve começar no início do próximo ano, com uma primeira subida nos juros dos depósitos a partir daí. Absolutamente, Mario Draghi deverá enfatizar três palavras: gradual, lento e cauteloso”, frisou Dixmier.

Atualmente, o BCE tem mais de quatro biliões de euros em títulos de dívida dos governos da região. Está previsto até final do ano que a autoridade continue a engordar o seu balanço a um ritmo mensal de 60 mil milhões de euros.

Embora o crescimento económico e o emprego na Zona Euro continuem a melhorar, aquilo que continua a preocupar os responsáveis do banco central é sobretudo a inflação. Os preços desaceleraram em junho para uma taxa de 1,3%, afastando-se do objetivo de médio prazo de uma taxa de inflação perto, mas abaixo de 2%.

"Partilhamos a visão de consenso que o tapering deve começar no início do próximo ano, com uma primeira subida nos juros dos depósitos a partir daí. Absolutamente, Mário Draghi deverá enfatizar três palavras: gradual, lento e cauteloso.”

Franck Dixmier

Allianz Global Investors

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Por cá, o foco está virado para os resultados da Nos. Mas também para a evolução das aplicações dos produtos de poupança do Estado. Lá fora, destaque para a reunião de política monetária do BCE.

Resultados empresariais, uma reunião de política monetária e dados económicos. Os investidores têm a agenda desta quinta-feira bastante preenchida. Por cá, vão estar atentos aos resultados da Nos, que apresenta as contas após o fecho do mercado. Mas também à evolução das aplicações dos produtos de poupança do Estado. No entanto, o grande destaque vai para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu: apesar de não estarem previstas alterações, os investidores vão procurar pistas sobre o rumo dos juros. No calendário económico, destaque para a confiança dos consumidores na Zona Euro.

Resultados da Nos não devem trazer novidades

Com a época de resultados a ganhar velocidade, esta quinta-feira é a vez de a Nos apresentar os resultados referentes ao segundo trimestre do ano. Os analistas do CaixaBI estimam que “os resultados não vão trazer nenhuma novidade em relação aos trimestres anteriores, com a Nos a manter uma sólida performance a nível operacional num ambiente de forte concorrência”. Os analistas projetam um aumento dos custos operacionais, nomeadamente a nível dos conteúdos desportivos. Segundo o CaixaBI, as receitas devem situar-se nos 381,2 milhões, ao passo que o resultado líquido poderá ficar perto dos 32,1 milhões de euros.

Lá fora… olhos virados para a Microsoft

Os resultados estão a chamar a atenção dos investidores, tanto no mercado nacional como internacional. Do outro lado do Atlântico, o foco está virado para as contas da Microsoft referentes ao quatro trimestre fiscal. Segundo analistas consultados pela Bloomberg, as receitas devem crescer 7% para 24,3 mil milhões de dólares, animadas pelos produtos ligados à cloud. Mas o foco estará virado para as previsões para os custos operacionais para 2018. Os investidores devem procurar saber mais sobre este assunto devido a recentes rumores sobre uma reestruturação da unidade de vendas.

BCE em reunião. Não há alterações à vista

Os responsáveis do Banco Central Europeu (BCE) voltam a reunir-se para discutirem o rumo da política. Apesar de os investidores não preverem alterações esta quinta-feira nem até 2019, vão continuar à procura de pistas. Na última reunião, os membros consideraram retirar o sinal de “aumentar ao programa de compra de dívida se necessário”. Foi só uma discussão sobre deixar de sinalizar um aumento, mas os investidores começam a ver o fim do programa. E esperam que esta posição seja reforçada quando Mario Draghi falar numa conferência de imprensa após a reunião, apesar de dever continua a insistir na ideia de que é preciso manter paciência e persistência para que as suas políticas tenham os efeitos desejados.

Como está a confiança na Zona Euro?

A confiança dos consumidores na Zona Euro deve manter-se perto de máximos de vários anos em julho. Uma leitura semelhante à do mês anterior. Segundo a Bloomberg, as famílias estão a beneficiar da melhoria das condições no mercado laboral — um efeito positivo que parece estar a compensar a inflação relativamente mais elevada na região desde o início do ano. Isto deve continuar a apoiar o consumo das famílias. Nos EUA, os investidores vão ficar a conhecer os números para os pedidos de subsídio de desemprego — um barómetro da robustez da economia.

Certificados

O boletim estatístico do Banco de Portugal deverá confirmar a tendência crescente dos valores aplicados em produtos de poupança do Estado, em junho, com os certificados do Tesouro a ditarem essa evolução. Tudo graças à remuneração atrativa que estes produtos oferecem quando comparados com os da concorrência, sobretudo dos tradicionais depósitos a prazo dos bancos. Em sentido contrário devem seguir as aplicações em certificados de aforro que, em março, perderam a liderança nas aplicações em produtos de poupança do Estado para os certificados do Tesouro.

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Entre dar e receber, como evitam as empresas um Galpgate?

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Julho 2017

Um trabalhador de uma empresa, banco, consultora ou de um escritório de advogados pode receber uma prenda? E pode oferecer prendas ou viagens? As regras das empresas para evitar casos como o Galpgate.

Se um dos seus parceiros de negócio lhe oferecesse uma esferográfica Montblanc, cujo preço começa nos 300 euros, acompanhada por um convite para discutir um impasse à mesa de um restaurante, aceitaria? Se trabalhasse na maioria das empresas, bancos, consultoras ou escritórios de advogados do nosso país, o mais provável era ter de recusar a proposta por esta colidir com os valores de conduta do seu empregador.

Depois da exoneração dos três secretários de Estado — Rocha Andrade (Assuntos Fiscais), João Vasconcelos (Indústria) e Jorge Costa (Internacionalização) –, que aceitaram os convites da Galp para assistir aos jogos da Seleção Nacional no Euro 2016, o ECO tentou perceber se este caso poderia ter-se passado com colaboradores de empresas tão diferentes quanto a Sonae, o Novo Banco ou a sociedade de advogados Vieira de Almeida. Ainda que não se saiba o valor concreto desta oferta, a empresa mais ‘generosa’ que o ECO encontrou só permite que os seus trabalhadores recebam prendas até ao valor de 250 euros. Outras estabelecem nos seus Códigos de Ética e Conduta o limite monetário num valor “aceitável”.

Assim, e observando-se uma transversalidade na proibição de serem aceites convites que possam levantar suspeitas de suborno ou corrupção, quais são as regras concretas e os limites que as empresas definiram para que casos como o Galpgate sejam prevenidos?

Retalhistas impõem limites, energéticas e telecom não

As duas principais retalhistas portuguesas, a Sonae e a Jerónimo Martins, definem o teto máximo do valor das ofertas que os colaboradores podem aceitar nos 100 euros. Ainda assim, a Sonae estabelece como exceção a essa regra ofertas ou pagamentos de bens e serviços que sejam atribuídos no âmbito da função exercida pelo colaborador e no interesse da empresa, quer estes se tratem de “viagens, refeições, alojamentos ou espetáculos”.

Em termos da regulação das ofertas, enquanto a Jerónimo Martins não especifica as condições em que os seus colaboradores podem oferecer algum bem ou serviço a um parceiro, a Sonae estabelece que, sempre que os colaboradores o quiserem fazer, este tem de estar relacionado com a sua atividade, corresponder “aos usos ou às práticas do setor” e “ser previamente aprovada pelo respetivo superior hierárquico”.

Por outro lado, a EDP, a PT e a Galp deixam os limites à responsabilidade das chefias, com alguns detalhes a separá-las. No caso da PT, “as ofertas recebidas de terceiros podem ser admitidas” e “as ofertas a terceiros podem ser admitidas” sendo que, em caso de dúvida da legitimidade da dita oferta, a decisão recai sobre as hierarquias. Para a EDP, os colaboradores têm de se comprometer a “recusar receber e a não efetuar ofertas que possam ser consideradas como tentativa de influência”, com o mesmo processo a decorrer em caso de dúvida.

A petrolífera Galp, que está no centro da polémica das viagens, só define regras para a entrega de ofertas, não controlando a aceitação. Qualquer pagamento efetuado a entidades públicas ou privadas tem de ser acompanhado pelo registo detalhado do destinatário, objetivo, natureza e fundamentação jurídica. Para além disso, o ato de oferecer algo “deve ser precedido de uma rigorosa análise de adequação”, como se pode ler no código da empresa.

Afirmam-se como linhas intransponíveis em todas estas empresas, todas e quaisquer ofertas que possam ser entendidas como obtenção de vantagens ilegítimas, corrupção e suborno, quer na forma ativa, quer na forma passiva, bem como contribuições para entidades — no caso da Galp — ou partidos políticos — no caso das restantes.

Nos bancos vence o “razoável” e o “aceitável”

Cem euros separam as regras do Millennium BCP e as do Novo Banco, com o primeiro banco a estabelecer a barreira de valor das ofertas passíveis de serem aceites nos 150 euros e o segundo nos 250 euros. O BCP inclui esta regra num artigo do seu Código de Conduta denominado “Liberalidades”, afirmando que, em caso de dúvida, a proposta deve ser remetida para a Comissão de Auditoria.

O Novo Banco começa por definir que, em todas as empresas pertencentes ao grupo, é “proibido aceitar qualquer tipo de remuneração ou comissão”, “presentes, convites, favores ou benefícios semelhantes”, abrindo-se uma exceção para objetos de “escasso valor” e “situações festivas”.

Menos concretos são os Códigos de Conduta de outras instituições do setor, como é o caso da Caixa Geral de Depósitos, do Santander Totta e do BPI, regendo-se estes por um limite considerado “aceitável” ou definido internamente.

O banco público define que os seus colaboradores “não devem aceitar ou solicitar quaisquer vantagens”, incluindo-se nesta categoria “empréstimos, prendas ou outros benefícios ou favores”. No mesmo artigo são apontadas três exceções: “Ofertas de valor meramente simbólico conforme os usos sociais”, “objetos e brindes promocionais de escasso valor” e “convites que não excedam os limites considerados aceitáveis pelos usos sociais”.

As regras do Santander Totta são bastante semelhantes às da CGD, tanto nas proibições como nas exceções. Muda apenas o adjetivo que caracteriza o valor dos convites e das “atenções ocasionais” que têm de cumprir os “limites razoáveis”. Não há, nestas duas instituições, qualquer definição do que considerado “aceitável” e “razoável” para as mesmas.

No caso do BPI, os colaboradores estão proibidos de “oferecer, solicitar, receber ou aceitar de clientes, de fornecedores ou de terceiros quaisquer ofertas, recompensas ou benefícios”, a não ser que estejam relacionados com a sua atividade, que tenham sido autorizados para tal ou que não excedam “o valor definido por normativo interno”.

Na banca de investimento está tudo definido

Para ilustrar o panorama de atuação na banca de investimento, o ECO selecionou uma instituição nacional e uma internacional. No primeiro caso inclui-se o Caixa BI, que define uma atuação muito restrita, e no segundo o Citigroup, que permite algumas exceções. O CaixaBI define que os seus colaboradores “estão adstritos ao dever de não aceitar ou solicitar quaisquer vantagens”, com esta categoria a incluir “empréstimos, prendas ou outros benefícios ou favores”, não havendo qualquer exceção ou alínea secundária.

Por sua vez, o Código de Conduta do Citigroup define as regras quando a oferta cai ou sai das mãos dos colaboradores: “Em geral, não pode aceitar presentes ou quaisquer conveniências de valor”, pode ler-se no documento. Esta proibição é extensível aos familiares mais próximos e a todas as ofertas em numerário. Ainda assim, há exceções quando se tratam de ofertas de valor inferior a 100 euros, ofertas “baseadas em relações pessoais” e convites para refeições e entretenimento que não interfiram com a atividade do banco.

Contudo, quando a oferta sai das mãos dos colaboradores do banco de investimento, as regras são mais restritas. Apenas pessoas autorizadas podem oferecer prendas e entretenimento “apropriado”, sendo que todos os movimentos neste âmbito — entrada e saída de prendas — têm de ser reportados.

Consultoras têm um radar

Por entre as quatro grandes consultoras a operar em Portugal, a única que define um teto monetário aos presentes que podem ser recebidos é a EY. Assim, e regulando-se por aquele que é o Código Global da empresa — uma prática genérica no setor –, a unidade portuguesa da consultora “não aceita pagamentos ou itens de valor” se estes “possam ser vistos como influenciadores de conclusões ou de recomendações”. Para as que são consideradas ofertas inócuas, existe o teto de aceitação no valor de 100 euros.

A PwC Portugal também se rege pelo Código Global da empresa, que dita que “não solicitamos, aceitamos, oferecemos, prometemos ou pagamos subornos, incluindo pagamentos de facilitação — diretamente ou através de terceiros.” Incluem-se na categoria de subornos “qualquer coisa de valor”, como “viagens, acomodação, entretenimento, oportunidades de emprego ou prendas.” No caso de qualquer dúvida, o código remete para os departamentos de Recursos Humanos ou para a aplicação de uma estratégia apelidada de RADAR — “Recognise, Assess, Decide, Agree, Report” ou em português “Reconhecer, Avaliar, Decidir, Acordar, Reportar”.

No documento “Princípios Globais de Conduta Profissional” da Deloitte, todos os compromissos são reportados para o Código Global da consultora, pelo que é estipulado que os colaboradores desta não oferecem, aceitam ou solicitam presentes, entretenimento ou cortesias que possam comprometer o princípio de objetividade. Em declarações ao ECO, a consultora confirmou esta prática, “em sintonia com a visão partilhada da Deloitte”.

No caso da KPMG, o Código de Conduta global aponta apenas para a proibição de “suborno e corrupção”. Contactada pelo ECO, a unidade portuguesa desta consultora não avançou se existem normas específicas para o nosso país.

E a conduta dos advogados?

No setor da advocacia, as regras não são definidas apenas nos corredores das sociedades e dos escritórios. As empresas seguem as normas deontológicas da profissão estabelecidas pela Ordem dos Advogados e as regras mais específicas no campo da anticorrupção.

Com fundações nestas, a Vieira de Almeida reiterou ao ECO que os seus advogados e restantes colaboradores são aconselhados a absterem-se “de fazer, por si ou em representação de clientes ou terceiros, ofertas de bens ou vantagens de qualquer tipo, ou de prometer fazê-lo, com a intenção de persuadir outra pessoa a adotar uma conduta ou a tomar uma decisão que favoreça a nossa atividade ou a atividade do nosso cliente.”

Contactadas pelo ECO, algumas sociedades não se dispuseram a partilhar o código de conduta, enquanto outras não responderam ao pedido até à publicação deste artigo.

Estado também estabelece limite

A primeira consequência direta do Galpgate, como já é chamado no campo mediático o caso dos bilhetes para o Euro 2016, foi a constituição de um Código de Conduta para os membros do Governo. Este dita que os mesmos se comprometem a rejeitar ofertas que excedam os 150 euros, a não ser que essa rejeição signifique “quebrar o respeito devido por um Estado estrangeiro”. Trata-se, para o Executivo, de um “instrumento de autorregulação” ética.

Os ministros devem ainda comunicar ao primeiro-ministro quando se detetem “o risco potencial de conflito” de interesses ou sempre que confrontados com um. A proposta também está a ser analisada para uma potencial aplicação aos deputados do Parlamento, a entrar em vigor após o verão.

Nota: Os Códigos de Ética e Conduta referidos — excetuando-se os das sociedades de advogados — foram consultados online, tendo sido analisadas as versões que as empresas disponibilizam nas suas páginas oficiais.

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Reforma da floresta continua incompleta. PCP chumba banco de terras. Governo desdramatiza

Banco de terras e o fundo de mobilização de terras foi o diploma da reforma da floresta chumbado pela direita e pelo PCP que considera estar em causa "o esbulho dos pequenos proprietários rurais".

Foram três os diplomas aprovados esta quarta-feira pelo Parlamento no âmbito da reforma da floresta. Mas para este pacote legislativo ficar concluído faltam ainda dois. O PCP foi intransigente e recusou dar o seu voto a favor da criação do banco de terras e de um fundo de mobilização de terras e a discussão do diploma referente à atribuição de benefícios fiscais às Entidades de Gestão Florestal foi adiada para a próxima Sessão Legislativa.

Os comunistas já tinham deixado o alerta a meio da tarde. “O BE aliou-se ao PSD e ao CDS-PP garantindo a aprovação de medidas que permitem a privatização de terras do Estado, que permitem a concentração da propriedade nos proprietários que já têm propriedades de maior dimensão, que permitem o esbulho dos pequenos proprietários rurais em nome dessa concentração agrícola”, defendeu o líder parlamentar comunista, João Oliveira. Uma posição que mantiveram até ao fim.

O acordo entre o Executivo e o Bloco de Esquerda, que se traduziu num recuo do Governo de modo a aceitar uma redução das áreas dedicadas à plantação de eucalipto — valeu a aprovação esta noite de três diplomas: a revisão do Regime Jurídico das Ações de Arborização e de Rearborização, a criação do Sistema de Informação Cadastral Simplificada e a revisão do Decreto-Lei que estrutura o Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios, segundo refere o comunicado do Ministério da Agricultura enviado às redações.

Mas no que diz respeita ao banco de terras e ao fundo de mobilização de terras foi a vez do PCP se unir à direita para chumbar a medida. O deputado do PSD, Nuno Serra, congratulou-se com a manutenção da atual lei de bolsas de terras e o chumbo da proposta do Governo. “Para nós é um dia bastante triste para o setor da floresta e esperamos que, nas propostas que ainda estão para ser votadas, os benefícios fiscais, se possa ainda incentivar a um maior rendimento da floresta”, disse aos jornalistas, citado pela Lusa. O deputado social-democrata assinalou que “dentro do mau cenário”, manteve-se a lei da bolsa de terras, que considerou “muito mais equilibrada e mais justa do que o banco de terras que o Governo propôs e que foi chumbado pelo PCP, PSD e pelo CDS”.

Nuno Serra referiu ainda que “o Governo mostrou que, afinal, não havia consenso parlamentar”, mas também “não havia consenso com o setor porque, das 46 audições poucas ou nenhumas se reviam nas propostas” apresentadas pelo executivo.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, no mesmo comunicado, congratula-se com a aprovação dos diplomas votados em plenário, esta sexta-feira. Para Capoulas Santos “estão criadas as condições para dar continuidade ao processo de Reforma da Floresta, para cujo sucesso será essencial a mobilização dos produtores florestais, das respetivas organizações e das autarquias locais”.

Governo desdramatiza chumbo do banco de terras

O Governo desdramatizou esta quinta-feira as consequências políticas do chumbo no Parlamento do diploma para a criação do banco de terras no âmbito da reforma da floresta, adiantando que irá concentrar-se no cadastro simplificado nos concelhos piloto.

Esta posição foi assumida pela ministra da Presidência, no final do Conselho de Ministros. Maria Manuel Leitão Marques começou por desdramatizar do ponto de vista político as consequências da dificuldade de consensos com os parceiros da maioria governamental no parlamento (Bloco de Esquerda, PCP, e “Os Verdes”), alegando que foram aprovados dez de um total de 12 diplomas em matéria de reforma da floresta.

“Em relação aos dois diplomas que não foram aprovados, um, relativamente aos incentivos, foi adiado – e esperemos que seja aprovado em outubro, já que nada indica o seu contrário. O diploma que não recolheu a maioria, o do banco de terras, o Governo vai concentrar-se no cadastro simplificado, que permitirá identificar as terras sem dono conhecido nos concelhos que são municípios piloto”, respondeu Maria Manuel Leitão Marques.

Artigo atualizado às 14h00 de dia 20

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Oi aprova aumento de capital de 2,2 mil milhões de euros

  • ECO
  • 19 Julho 2017

O conselho de administração confirmou a aprovação de um aumento de capital de oito mil milhões de reais, informou a empresa ao mercado. Ou seja, o equivalente a 2,2 mil milhões de euros.

O conselho de administração da Oi deu o seu aval para um aumento de capital de oito mil milhões de reais (cerca de 2,2 mil milhões de euros), ao abrigo do plano de recuperação da empresa que se encontra em processo de recuperação judicial.

“Vamos buscar o aumento de capital porque fortalece o balanço da companhia e permite um novo ciclo de investimento e expansão para a Oi vinculado ao plano de recuperação judicial, dando perspetiva de retorno para acionistas e credores da empresa”, declarou a empresa liderada por Marco Schroeder, em comunicado ao mercado citado pela Valor Econômico.

A empresa explica ainda que, “com as diretrizes aprovadas pelo conselho de administração da Oi, a diretoria-executiva da Oi buscará junto aos credores o apoio necessário para viabilizar a aprovação do plano de RJ na assembleia prevista para setembro”.

Segundo apurou a publicação brasileira, citando fontes próximas da operação, este aumento de capital será dividido em duas ou três parcelas ao longo de um período de até três anos, chamando a atenção para o facto de, apesar de as respetivas linhas gerais terem sido aprovadas, ainda podem sofrer alterações em função das negociações com os credores.

De salientar que o processo de recuperação judicial da Oi é o maior na história do Brasil, envolvendo 55.080 credores e uma dívida de 63,95 mil milhões de reais (cerca de 18 mil milhões de euros).

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Wall Street fecha com novos recordes. Tecnológicas e energéticas apoiam

Os ganhos dos títulos das tecnológicas e das energéticas ajudaram o Nasdaq e o S&P 500 e o Dow Jones a terminarem a sessão em novos máximos de sempre.

As ações norte-americanas terminaram a sessão em alta, com os ganhos dos títulos das tecnológicas a levarem os índices Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones para novos máximos de sempre.

O índice tecnológico Nasdaq subiu 0,64%, para terminar nos 6.385,04 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,54%, para os 2.473,83 pontos. No mesmo sentido terminou ainda o Dow Jones, com um ganho de 0,31%, para os 21.640,75 pontos.

O Nasdaq brilhou com mais força graças ao disparo da Vertex. As ações valorizaram 21%, depois de a farmacêutica ter reportado resultados prometedores relativamente ao seu tratamento para a fibrose quística.

Menos positivas foram as contas trimestrais da IBM que acabaram por condicionar o rumo das suas ações e do Dow Jones. Os títulos da empresa recuaram mais de 4%, depois de as suas receitas trimestrais terem ficado abaixo das estimativas.

Os resultados empresariais têm sido um dos principais focos dos investidores norte-americanos, numa altura em que os analistas estimam que no segundo trimestre os lucros das cotadas do S&P 500 tenham crescido 8,7% face ao mesmo período do ano passado, segundo a Reuters.

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Justiça brasileira congela contas bancárias de Lula da Silva

  • Lusa
  • 19 Julho 2017

O juiz federal brasileiro Sérgio Moro revelou hoje que as contas bancárias pertencentes ao ex-presidente Lula da Silva foram congeladas no seguimento da sua condenação por acusações de corrupção.

O juiz federal brasileiro Sérgio Moro revelou hoje que as contas bancárias pertencentes ao ex-presidente Lula da Silva foram congeladas no seguimento da sua condenação por acusações de corrupção.

Em causa estão ativos no valor de 600.000 reais (165.000 euros) espalhados em quatro contas bancárias distintas, segundo a informação divulgada por Moro.

Sérgio Moro é o mesmo juiz que a 12 de julho passado condenou Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas a defesa do antigo chefe de Estado do Brasil já indicou que irá recorrer da decisão, permitindo que o político fique em liberdade até ser conhecida a decisão do recurso.

Um porta-voz de Lula da Silva confirmou à agência de notícias Associated Press (AP) que os ativos foram bloqueados pelo Banco Central do Brasil, escusando-se a fazer mais comentários.

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Impresa alarga prazo de subscrição da emissão de dívida

Trata-se da segunda vez que o grupo que detém a SIC estende o prazo de uma emissão de 35 milhões de euros em obrigações, cujo objetivo é angariar financiamento para investir na expansão da sede.

A Impresa decidiu alargar novamente o prazo de subscrição da sua emissão de dívida até ao próximo dia 21 de julho. Trata-se da segunda vez que o grupo que detém a SIC procura financiar-se em 35 milhões de euros, estende o prazo limite para que os investidores qualificados, a quem se destina essa operação, possam aderir.

“A Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. informa que, no âmbito da oferta de subscrição de obrigações divulgada no passado dia 3 de julho, foi hoje decidido o alargamento do período de oferta de subscrição de obrigações, passando a data de fim do período de oferta da data de hoje, dia 19 de julho de 2017, para dia 21 de julho de 2017”, informa a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Este anúncio surge após um primeiro comunicado de 14 de julho que estendia até ao dia de hoje o período para subscrição desta emissão. Este prazo é estendido agora por mais dois dias, sem que seja referida qualquer revisão do montante inicialmente previsto angariar.

Em causa estão obrigações a cinco anos (que passa a ter uma data de reembolso a 27 de julho de 2022) e que apresentam uma taxa de juro variável igual à Euribor a seis meses mais um prémio de risco (spread) de 4,6%.

O objetivo é aplicar o valor angariado nesta emissão no aumento da maturidade média da dívida da Impresa e investir na expansão do seu edifício sede.

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