Produção da Autoeuropa subiu em setembro. Cresceu 30%

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

A Autoeuropa continua a ocupar uma importante fatia do fabrico de automóveis em Portugal. A produção da fábrica de Palmela subiu 29,6% em setembro quando comparado com o período homólogo.

A produção na fábrica da Autoeuropa, em Palmela, registou uma subida de 29,6% em setembro, na comparação com igual mês de 2016, para 9.003 viaturas, e entre janeiro e setembro aumentou 6,3% (68.299), segundo a ACAP.

As estatísticas da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) indicam que a produção da fábrica de Palmela, do grupo Volkswagen, representou 60% do total nacional.

Por marcas, a Volkswagen somou 4.887 veículos fabricados em setembro (+7,4%) e a Seat 4.116 (+72,4%), todos ligeiros de passageiros.

Em agosto, os dados mostravam que a fábrica tinha produzido 6.241 automóveis, aproximadamente 18 vezes mais (+1.683,1%) do que no mesmo mês de 2016.

No mês marcado pelo início da produção do novo modelo, o T-Roc, e de uma greve a 30 de agosto, a fábrica do grupo Volkswagen produziu 6.241 ligeiros de passageiros, o que representou 72,5% do total da produção automóvel em Portugal. Em agosto de 2016 foram produzidos 350 veículos, numa altura de paragem de verão.

A fábrica estima produzir mais de 200.000 veículos Volkswagen T-Roc em 2018, quase triplicando a produção de 2016, o que levou a empresa a contratar cerca de 2.000 novos trabalhadores e a decidir a abertura de um sexto dia de produção aos sábados, solução que não agrada aos trabalhadores e que esteve na origem da primeira greve por razões laborais.

Este ano, a paragem decorreu na última semana de junho e na primeira de julho.

Os dados da indústria automóvel em setembro mostram ainda que a Peugeot Citroën produziu um total de 5.005 veículos (+5,1%), dos quais 3.520 comerciais ligeiros.

A Mitsubishi Fuso Truck Europeu produziu 1.007 (+58,3%) viaturas, entre comerciais ligeiros (369) e pesados (638), enquanto a Toyota Caetano registou 1.471 novos veículos, todos comerciais ligeiros, numa subida de 7,8%.

No total foram produzidos 15.015 veículos em Portugal no mês passado, o que mostra uma subida, na comparação com setembro de 2016, de 21,7%.

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OE2018: Fisco pode quebrar sigilo bancário

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

Em casos de suspeita de terrorismo e branqueamento de capitais, a Autoridade Tributária e Aduaneira pode aceder aos dados bancários dos envolvidos.

O Fisco deverá passar a ter acesso a informação de clientes bancários, quebrando o sigilo bancário, quando o Ministério Público ou Polícia Judiciária tenham suspeitas de operações relacionadas com terrorismo e branqueamento de capitais, segundo uma proposta orçamental preliminar.

De acordo com uma versão preliminar da proposta do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), datada de 10 de outubro, a que a Lusa teve acesso na quarta-feira ao fim do dia, é acrescentada uma nova situação em que a Autoridade Tributária e Aduaneira pode aceder a dados de clientes de bancos e outras instituições financeiras, quebrando o sigilo bancário.

Assim, é introduzida uma alínea nova ao artigo 63-B da Lei Geral Tributária (alínea i), que considera que há “fundamento da derrogação do sigilo bancário” por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira quando esta recebe “comunicação de operações suspeitas” vindas do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, da Procuradoria-Geral da República, e da Unidade de Informação Financeira, da Polícia Judiciária.

Esta quebra do sigilo bancário é permitida “no âmbito da legislação relativa à prevenção e repressão do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo”.

Ainda na lei geral tributária há uma alteração a uma obrigação declarativa dos bancos (na alínea 2 do artigo 63-A) e outras entidades financeiras que prestam serviços de pagamento, passando a ter declarar até final de março de cada ano as transferências que tiveram como destinatário “entidade localizada em país, território ou região com regime de tributação privilegiada mais favorável”, ou seja, territórios habitualmente chamados de ‘offshore’.

Até agora, os bancos têm até julho para cumprir esta obrigação declarativa, pelo que esta medida é antecipada em quatro meses.

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Novo mínimo de existência garante 1,5 IAS ou salário mínimo

  • Cristina Oliveira da Silva, Margarida Peixoto e
  • 12 Outubro 2017

Proposta preliminar do OE aumenta o mínimo de existência dos atuais 8.500 euros anuais para 1,5 IAS. Mas acrescenta que o valor não pode ser inferior ao do salário mínimo.

O novo mínimo de existência vai contemplar uma dupla garantia. Este limiar vai corresponder a 1,5 Indexantes dos Apoios Sociais mas também não poderá ficar abaixo do salário mínimo. A medida está prevista numa versão preliminar do Orçamento do Estado para 2018, a que o ECO teve acesso.

O documento começa por alterar o valor do mínimo de existência: a norma em vigor garante hoje que ninguém fica com um rendimento disponível inferior a de 8.500 euros anuais, mas o montante vai avançar para 1,5 IAS. Em 2017, 1,5 IAS aproxima-se de 8.848 euros anuais mas será mais alto em 2018, por força de atualização do Indexante, devendo aproximar-se dos 9.000 euros.

Mas a mesma proposta, ainda sujeita a mudanças, acrescenta também que o valor de rendimento líquido de imposto “não pode ser inferior ao valor anual da retribuição mínima mensal”. Para já, esta garantia não terá impacto, já que 1,5 IAS é mais elevado do que um salário mínimo. Em 2018, o salário mínimo deverá crescer para 580 euros mensais e, em 2019, para 600 euros (a avaliar pelo programa de Governo), enquanto 1,5 IAS corresponde hoje a 631.98 euros.

Trabalho independente incluído

Há ainda outra alteração na versão preliminar. Além de trabalho dependente e pensões, também há um conjunto de atividades independentes que passam a estar protegidas do mínimo de subsistência. De fora fica a categoria “outras atividades exclusivamente de prestação de serviços”, o corresponde ao código 15.

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Dijsselbloem sai do Eurogrupo, mas vai trabalhar com Regling

O ministro das Finanças holandês a prazo vai continuar a presidir ao Eurogrupo até janeiro. Contudo, já tem outro cargo à vista: Dijsselbloem vai trabalhar para o Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Quase sete meses depois, há uma solução governativa na Holanda, que deixa de fora o partido de Jeroen Dijsselbloem. O ainda ministro das Finanças holandês abandonará o cargo em breve, mas continuará a ser o presidente do Eurogrupo até janeiro. Depois disso, o polémico Dijsselbloem já tem um novo lugar à sua espera: Klaus Regling convidou-o para ser conselheiro do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

“O Mecanismo Europeu de Estabilidade nomeou Jeroen Dijsselbloem como conselheiro estratégico do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)”, anunciou em comunicado o MEE. O holandês dará início às suas novas funções após sair do Executivo holandês, mas até janeiro — enquanto for presidente do Eurogrupo — os seus serviços serão enquanto consultor externo.

Ainda assim, Dijsselbloem terá direito a um escritório e a “ajuda logística” durante o período de transição. E será remunerado pelo cargo. Contudo, segundo Regling, o contrato será realizado por um “tempo limitado”.

Jeroen Dijsselbloem tem sido uma personalidade chave tanto na política feita na zona euro como no nosso desenvolvimento do mecanismo permanente de prevenção de crises durante os últimos cinco anos“, argumentou Klaus Regling, o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Foi em março deste ano que se reforçaram as vozes críticas a Dijsselbloem. Em causa estavam as declarações feitas ao jornal Frankfurter Zeitung onde afirmou, referindo-se aos países do Sul da Europa, que “não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda”. Da esquerda à direita, na Europa, o presidente do Eurogrupo foi criticado e foram várias as entidades que pediram a demissão do holandês.

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EUA saem da UNESCO. Acusam a instituição de ser anti-israelita

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

Os Estados Unidos anunciaram que o país vai deixar de ser membro da UNESCO, acusando a entidade de ser anti-israelita. Diretora-geral lamenta a decisão.

Os Estados Unidos anunciaram esta quinta-feira que se retiram da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), acusando a instituição de ser anti-israelita.

Os EUA conservam um estatuto de observador, acrescentou o Departamento de Estado, em vez da sua representação na agência da ONU sediada em Paris.

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, já reagiu, dizendo “lamentar profundamente” a decisão norte-americana de se retirar da organização.

“A universalidade é essencial à missão da UNESCO para construir a paz e a segurança internacionais face ao ódio e à violência, pela defesa dos direitos humanos e da dignidade humana”, disse Bokova em comunicado.

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Sair da UE sem acordo comercial custará 11,5 mil libras a cada britânico

  • Juliana Nogueira Santos
  • 12 Outubro 2017

Segundo os analistas do Rabobank, um hard brexit significará uma desaceleração do PIB de 18%. Em números absolutos, é um golpe de 400 mil milhões de libras.

Os números da fatura da saída da União Europeia para o Governo britânico já eram conhecidos, agora a fatura de um hard Brexit é passada a cada cidadão. De acordo com uma análise do Rabobank, abandonar a união sem um acordo comercial significa um golpe de 18% no crescimento do PIB em 2030. Em números absolutos, é um golpe de 400 mil milhões de libras, 11,5 mil por cada britânico.

Para os analistas, os obstáculos comerciais, o baixo investimento, a perda de serviços financeiros e o decréscimo da imigração serão os principais fatores para a desaceleração do PIB. “Desviámo-nos fortemente das primeiras análises no que diz respeito à abordagem e às premissas e encontrámos custos bem mais altos”, afirmam os analistas responsáveis pelo estudo.

"Desviámo-nos fortemente das primeiras análises no que diz respeito à abordagem e às premissas e encontrámos custos bem mais altos.”

Analistas do Rabobank

E ainda que o Reino Unido consiga assinar acordo com a União Europeia, o panorama não ficará muito mais positivo. O Rabobank prevê que o país entre numa recessão de dois anos e uma redução de 1,1% do PIB. A visão do banco vai ao encontro daquela que é a visão de tantos outros economistas, que preveem que esta separação traga muitas consequências nefastas para o país.

O Reino Unido tem até março de 2019 para conseguir acordar a saída com os países da União Europeia, pelo que Theresa May já pediu um período de transição de dois anos, para o país se conseguir adaptar. Por agora, as negociações estão paradas, com o presidente da Comissão Europeia a afirmar que “é preciso um milagre” para estas progredirem.

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Época de resultados leva Wall Street a abrir em queda

Os resultados da JP Morgan e do Citigroup superaram as expectativas dos investidores. Ainda assim, Wall Street abriu em queda.

Wall Street cai depois de sucessivos recordes. Ao início da sessão desta quinta-feira, os três principais índices estavam a desvalorizar. A influenciar os investidores está a indicação de que a Fed sobe a taxa de juro em dezembro, mas também os últimos resultados divulgados pelas cotadas norte-americanas.

O Dow Jones está a cair 0,08% para os 22.854,57 pontos. Já o Nasdaq está a desvalorizar 0,09% para os 6.597,64 pontos e o S&P 500 desliza 0,13% para os 2.551,86 pontos. A contribuir para a incerteza está a recente notícia de que os Estados Unidos vão abandonar a UNESCO, a entidade da ONU para a educação, cultura e ciência — um sinal de que a política internacional da Casa Branca continua a fazer estragos.

A época de resultados deu o pontapé de saída esta quarta-feira com a Blackrock. Esta quinta-feira foi a vez do Citigroup e da JP Morgan. Depois de divulgarem contas que superaram as expectativas dos investidores, as ações das duas cotadas reagiram de forma diferente: as do Citigroup subiram 0,56% e as da JP Morgan desvalorizaram 0,52%.

Os mercados estão ainda a digerir as minutas da última reunião da Reserva Federal. “A maior parte dos participantes pensam que outro aumento na taxa de juro no final deste ano provavelmente será justificado caso a perspetiva de médio prazo [da economia] permaneça praticamente inalterada”, lia-se nas minutas da Fed divulgadas na quarta-feira. Já o debate sobre o porquê de a inflação estar baixa continua em aberto.

Mas as notícias relativas à Fed não se ficaram por aqui. O Politico revelou que o atual responsável pelas finanças dos EUA está a pressionar Donald Trump para que escolha Jerome Powell para substituir Janet Yellen na liderança da Reserva Federal. Esta escolha seria, segundo a Reuters, uma opção bem vista pelos mercados.

Na sexta-feira é a vez do Wells Fargo e do Bank of America divulgarem os resultados do terceiro trimestre.

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OE2018: Governo incentiva sócios a capitalizar empresas

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

De acordo com uma versão preliminar do Orçamento de Estado, os sócios poderão declarar até 20% no IRS do aumento de capital que façam nas empresas.

O Governo deverá criar um incentivo à capitalização de empresas, agora dirigido aos sócios, permitindo que deduzam em sede de IRS até 20% do aumento de capital feito em empresas que precisem de capitalização, segundo uma proposta preliminar de Orçamento.

De acordo com uma versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), com data de 10 de outubro que poderá sofrer alterações e a que a Lusa teve acesso na quarta-feira ao final da tarde, este novo benefício fiscal vai permitir que os sócios deduzam, na sua declaração de rendimentos singulares, até 20% do aumento de capital que façam nas empresas quando elas têm necessidade de capitalização.

O fiscalista da Deloitte, Renato Carreira, explicou à Lusa que, atualmente, já há incentivos à capitalização das empresas, “mas na ótica da empresa”, permitindo às sociedades que “poupem impostos se os acionistas fizerem aumentos de capital” em empresas que tenham metade do capital social perdido, tal como estabelecido no Código das Sociedades Comerciais.

Este código determina que, quando “metade do capital social se encontra perdido, ou havendo em qualquer momento fundadas razões para admitir que essa perda se verifica”, deve ser convocada “de imediato” a assembleia-geral para deliberar uma de três opções: a dissolução da sociedade, a redução do capital social para montante não inferior ao capital próprio da sociedade ou a realização pelos sócios de entradas para reforço da cobertura do capital.

Atualmente, através do regime da remuneração convencional do capital social, inscrito no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), no apuramento do lucro tributável, as empresas podem deduzir anualmente 7% do montante das entradas de capital realizadas até dois milhões de euros, sendo esta dedução aplicável durante seis anos.

Este novo incentivo inscrito nesta versão preliminar da proposta orçamental deverá permitir que “o sujeito passivo de IRS que realize entradas de capital em dinheiro a favor de uma sociedade na qual detenha uma participação social” e que tenha metade do capital social perdido deduza “até 20% dessas entradas ao montante bruto dos lucros colocados à disposição por essa sociedade ou, no caso de alienação dessa participação, ao saldo apurado entre as mais-valias e menos-valias”.

Tal como já acontece para as empresas no regime da remuneração convencional do capital social, também os sócios poderão usufruir desta dedução em sede de IRS no próprio ano em que façam o reforço de capital e “nos cinco anos seguintes”.

Renato Carreira afirmou que, na prática, isto vai permitir que “os sujeitos passivos de IRS que façam aumentos de capital na empresa que tenha perdido mais de metade do capital social possam abater 20% desse aumento de capital aos rendimentos futuros que daí advenham, sejam dividendos ou mais-valias”.

Considerando que “o alcance do benefício é discutível” porque se a empresa está a ser capitalizada é porque está em situação de perda, pelo que “a expectativa de, ao capitalizá-la num ano, ela venha a gerar logo dividendos ou mais-valias não será imediata”, o fiscalista da Deloitte entende que “é sempre positivo” criar incentivos à capitalização das empresas.

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Capacidade de financiamento da economia reduz-se para 1,5%

  • Lusa
  • 12 Outubro 2017

No ano acabado no terceiro trimestre, a capacidade de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 1,5% do PIB, uma redução ligeira face ao registado no primeiro trimestre.

A capacidade de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano acabado no terceiro trimestre, uma redução ligeira face aos 1,6% registados no primeiro trimestre, segundo o Banco de Portugal.

A entidade diz que o resultado reflete a poupança das empresas financeiras — nomeadamente bancos e seguradoras, de 2,4% — e dos particulares — de 1,4%–, o que foi “mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das administrações públicas e das sociedades não financeiras [empresas]”, de 1,4% e 0,8%, respetivamente.

O Banco de Portugal diz ainda que, no final do segundo trimestre, a economia portuguesa tinha uma posição financeira líquida negativa face ao resto do mundo de de 105,1% do PIB, ainda assim melhor do que os negativos 107,7%” do PIB de final do segundo trimestre de 2016.

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IRS: Estudantes deslocados até 25 anos podem descontar 200 euros em rendas

Os estudantes que estejam deslocados passam a poder descontar no IRS rendas com a habitação até 200 euros por ano. Limite global sobe 100 euros nestes casos.

As despesas com rendas de casa dos estudantes até 25 anos que estejam deslocados das famílias passam a contar para as deduções do IRS. A novidade consta de uma versão preliminar do Orçamento do Estado para 2018, a que o ECO teve acesso.

De acordo com este documento, cuja versão final só será entregue esta sexta-feira pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, ao Parlamento, passam a ser dedutíveis como despesas de educação e formação “rendas de imóveis ou partes de imóveis”. Ou seja, os estudantes que estejam a arrendar, por exemplo, apenas um quarto, também podem deduzir essas despesas no IRS.

Contudo, o limite anual previsto para este tipo de deduções é de apenas 200 euros. Ainda assim, o limite global para deduzir despesas de educação sobe dos atuais 800 euros para 900 euros, caso a diferença seja devida a este tipo de despesas.

“É dedutível a título de rendas um valor máximo de 200 euros anuais, sendo o limite global de 800 euros aumentado em 100 euros quando a diferença seja relativa a rendas,” lê-se no documento.

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BPI: BCP vale mais. É uma “história de recuperação de resultados”

  • Rita Atalaia
  • 12 Outubro 2017

O BPI acredita que as ações do BCP estão subvalorizadas face aos pares ibéricos e da Europa. Vê um potencial de valorização de 35%. Para o banco, o BCP é uma "história de recuperação de resultados".

O BPI retomou a cobertura das ações do BCP… e está otimista. O banco de investimento considera que a instituição financeira liderada por Nuno Amado está muito subvalorizada em relação aos pares, atribuindo-lhe uma avaliação que confere um potencial de subida de 35%. É que apesar de ainda haver dúvidas em torno da exposição a ativos tóxicos e dos créditos na Polónia, o BPI salienta que o BCP deverá ser uma “história de recuperação dos resultados”.

As ações do BCP estão a negociar nos 24,51 cêntimos, mas o BPI acredita que este não é o valor justo. Numa nota de research em que retoma a cobertura dos títulos, o banco atribui-lhe um preço-alvo de 33 cêntimos para 2018. Ou seja, uma valorização de 35% em relação ao preço atual das ações, o que justifica a recomendação de “comprar”. A média das avaliações dos analistas consultados pela Bloomberg é de 26 cêntimos.

Ações do BCP estão a negociar nos 24,51 cêntimos

Apesar de ainda existirem dúvidas em torno da “evolução dos NPE [exposição ao crédito malparado], da cobertura [destes créditos] e a incerteza em relação aos créditos em moeda polaca”, o BPI diz que o BCP está a “negociar com um desconto entre 28% e 53% face aos pares ibéricos e à média do setor europeu”. Para além disso, “os riscos associados à cobertura [dos empréstimos em incumprimento] parecem estar incorporados”, os “receios em torno do capital aliviaram e o anúncio dos requisitos do SREP 2018 pode ser um catalisador de relevo”, de acordo com a nota obtida pelo ECO.

"O BCP deve tornar-se numa história de recuperação dos resultados (…) suportada pela melhoria da margem financeira.”

BPI

O banco está “a caminho de alcançar os objetivos de redução do NPE” e deve, por isso, tornar-se “numa história de recuperação dos resultados”, suportada pelo aumento da margem financeira.

Os bancos portugueses estão a fazer um esforço para reduzir o peso do malparado, que continua a penalizar a sua rentabilidade. Para além dos planos apresentados por cada instituição financeira, será ainda criada uma plataforma para ajudar a resolver estes créditos.

Como avançou o ECO, a Plataforma de Gestão de Créditos Bancários vai ser criada muito em breve. CGD, BCP e Novo Banco já assinaram o memorando de entendimento para colocar este mecanismo que quer solucionar os créditos em incumprimento em funcionamento, algo que deverá acontecer até ao final deste ano. A expectativa, sabe o ECO, é de encolher para um terço o tempo médio de reestruturação destes créditos, reduzindo-o para seis meses. Devem começar a ver-se resultados no final do primeiro trimestre de 2018.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Pharol sobe 12% com reestruturação da Oi

A aprovação de um novo plano de recuperação para a operadora Oi está, mais uma vez, a alimentar a Pharol na bolsa. A antiga holding da PT está a valorizar cerca de 12% esta quinta-feira.

As ações da Pharol estão esta quinta-feira a subir quase 12%, beneficiando da notícia de que a administração da operadora brasileira Oi aprovou um novo plano de recuperação judicial que prevê um aumento de capital multimilionário.

Perto das 13h15, os títulos da antiga holding da Portugal Telecom avançavam 11,96% para 46,8 cêntimos, com mais de 20,3 milhões de ações transacionadas, cerca de quatro vezes mais do que a liquidez média diária dos últimos 12 meses. As ações chegaram a somar mais de 16% para 48,5 cêntimos.

A Oi já confirmou aos mercados que foram aprovadas alterações ao plano de reestruturação, mudanças essas que já foram submetidas para aprovação da Justiça e que deverão ser votadas pelos credores a 23 de outubro. Esta terça-feira, a Bloomberg avançou que esse novo plano prevê um aumento de capital de nove mil milhões de reais, cerca de 2,4 mil milhões de euros, assim como a conversão de obrigações em ações. Contas feitas, os credores da operadora, que se encontra numa séria situação financeira, poderão ficar com até 40% da companhia.

Já esta quinta-feira, a Oi comunicou aos mercados que a empresa esteve reunida com obrigacionistas no início da semana para discutir esse plano de reestruturação e apresentou alguns pormenores sobre a sua situação financeira — entre eles, que os gastos de capital no segundo semestre deverão ser superiores aos do primeiro, segundo a Bloomberg. A Oi apresentou ainda um relatório da EY com projeções financeiras sobre a empresa. A Pharol é a maior acionista da Oi, com 27% do capital, aproximadamente.

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