Semapa substitui Sonae nas balas de prata do Haitong

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Outubro 2017

A lista de ações favoritas do banco de investimento inclui agora a Semapa. Para este, a holding está a passar por um momento de recuperação nos setores em que opera.

A Semapa é agora uma das apostas do Haitong para o quarto trimestre na Península Ibérica. A holding liderada por Pedro Queiroz Pereira entrou na lista de ações preferidas do banco de investimento, passando assim a ser uma “bala de prata” e substituindo a Sonae nesta posição.

Na nota de research divulgada esta terça-feira, o Haitong enumera como ações ibéricas preferidas para o próximo trimestre a Semapa, a Nos, os CTT e as espanholas Acciona, Ebro e Indra. Do terceiro para o quatro trimestre, o banco retirou a Sonae e a imobiliária Hispania da lista.

Como motivações para a escolha da Semapa está o “elevado desconto” face à sua subsidiária cotada, a Navigator, e a “recuperação do cimento”. “Apresentamos a Semapa como uma bala de prata visto que as ações têm registado desempenhos mais fracos que a sua maior subsidiária cotada e o negócio do cimento está finalmente a dar sinais de recuperação”, pode ler-se na nota de research.

"Apresentamos a Semapa como uma bala de prata visto que as ações têm registado desempenhos mais fracos que a sua maior subsidiária cotada e o negócio do cimento está finalmente a dar sinais de recuperação.”

Haitong

4Q 2017 Silver Bullets

Em relação à Navigator, o Haitong afirma que “o desconto implícito da holding é de 30%”, mas que a desalavancagem da holding “deverá ajudar a reduzir o desconto face às pares”. No negócio do cimento, operado pela sua subsidiária Secil, o banco considera que a atividade em Portugal “está a recuperar” e que no Brasil “está a mostrar os primeiros sinais de estabilização depois de muitos anos de recessão”.

Assim, a recomendação do banco de investimento é “comprar”, estabelecendo como preço-alvo os 19,60 euros. Com as ações da holding a negociarem, esta terça-feira, nos 16,60 euros, esta avaliação equivale a um potencial de valorização de 15,3%. Tendo isto em conta, o analista Nuno Estácio, responsável pela nota relativa à holding, considera que esta “tem espaço para registar um desempenho superior à média do mercado”.

Nos com “maior potencial” e CTT “demasiado penalizado”

A manterem o seu lugar na lista das balas de prata estão a Nos e os CTT, com o banco de investimento a esperar melhores resultados das mesmas no quarto trimestre. Os títulos da operadora liderada por Mário Vaz registaram um retorno de 1,9% no terceiro trimestre, enquanto os da distribuidora postal nacional foram os que registaram pior desempenho (-7,9%).

Ainda assim, e e relação aos CTT, os sinais de recuperação da atividade bem como a previsão de break-even do Banco CTT a apontar para 2019 levam o analista Nuno Estácio a crer que “a folha de resultados continuará confortável e desalavancada”. A recomendação continua a ser “comprar”, com o preço alvo a ser 6,50 euros (equivalente a uma valorização de 29%).

No lado da Nos, o analista Nuno Matias vê que a “reconquista” da confiança do mercado depois dos resultados operacionais sólidos do primeiro semestre” aliada ao pagamento de dividendos permite esperar “uma forte performance”. Mantendo-se a recomendação de “compra”, o preço-alvo é de 1,70 euros. Ao traduzir-se numa valorização de 32%, é a bala de prata com potencial mais alto.

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Chegaram a Portugal três novos cursos online. E vêm de uma escola espanhola

Uma das melhores escolas de negócios online de Espanha decidiu alargar o seu universo a Portugal e ao Brasil. Criou três novos programas nas áreas do marketing e das startups, lecionados em português.

Portugal continua a cativar interesse das várias partes do mundo e desta vez foi do país vizinho. A espanhola IEBS Business School decidiu alargar o seu universo ao mercado da língua portuguesa, com aulas dadas em línguas alternativas ao espanhol e ao inglês. São três novos programas, nas áreas do marketing e das startup.

A IEBS Business School foge bastante à regra e é uma escola unicamente online, ou seja, todas as aulas são dadas através do computador. Atualmente reconhecida como a Escola de Negócios da nova geração mais inovadora, decidiu alargar o seu leque de ensino a alunos de outras nacionalidades e, para isso, criou três novos programas destinados a alunos portugueses.

A apostar maioritariamente no mercado ibero-americano, a Escola de Negócios decidiu quebrar barreiras e apostar em Portugal e no Brasil. De entre todos os cursos que a escola tem, foram selecionados os três mais exigentes para serem adaptados para português e português do Brasil: MBA em Marketing e Digital Business, Pós-Graduação em Marketing Digital e Mídias Sociais e Pós-Graduação em Lean StartUp. Um dos aspetos positivos é que todos os cursos são certificados pela Universidade Rey Juan Carlos, oferecendo aos alunos a hipótese de obter um duplo diploma.

Oscar Fuente, diretor da IEBS, diz que “este é um passo transcendental para a IEBS porque, ao abrir a nossa metodologia inovadora para outros idiomas, estamos a dar o primeiro passo para acelerar a nossa missão como instituição educacional, que nada mais é do que oferecer uma alternativa real de qualidade ao aluno e a um preço acessível para todos“.

Os cursos são lecionados por especialistas da área – espanhóis, portugueses e brasileiros, de maneira a unir o melhor dos três mercados, têm um número limitado de alunos (25) e têm uma duração entre 400 a 900 horas. As pós-graduações têm um custo de 2.850 euros e o MBA de 5.250 euros, mas a escola tem três bolsas disponíveis às quais os alunos se podem candidatar. Iniciam a 23 de novembro deste ano e a Pós-Graduação em Lean Startup apenas em 2018. A escola já tem um website criado em português.

A IEBS Business School foi criada em 2009 e oferece aos alunos a hipótese de tirar um curso sem precisarem de frequentar a escola. Está classificada no ranking das escolas de negócios compilados pela CSIC como a 1ª escola exclusivamente online e a 9º melhor escola de negócios de Espanha.

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WE’BIZ: 16 startups vão ao Porto convencer os investidores

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

De meio milhão a cinco milhões: são as quantias que os empreendedores vão pedir aos investidores da Firstminute Capital, Caixa Capital Risc, Founders Factory e Wayra Spain.

O Porto vai receber mais uma “ronda de financiamento” WE’BIZ, onde as startups tentarão angariar de 500 mil euros a cinco milhões em investimento. Os projetos empreendedores vão desde pôr os drones a voar até prevenir fraudes financeiras.

Esta quarta-feira, a sede nacional da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), no Porto, vai receber o evento com a EIT Digital, o segundo anfitrião. Começa pela apresentação dos modelos de negócio aos investidores e termina com os conselhos dos mesmos, com a conversa “Escalar na Europa: que opções existem?”.

“As WE’BIZ Talks pretendem apoiar e acompanhar os fazedores no trajeto de crescimento global, com respostas concretas e partilhadas por players e fundadores com provas dadas no ecossistema global”, explicou o Adelino Costa Matos, presidente da ANJE, a propósito da última edição.

Entre as dezasseis startups que vão marcar presença, há de tudo. A Commuter 21 desenvolveu um serviço de transporte aéreo com drones. A Loqr acrescenta segurança às operações financeiras que se fazem via smartphone reforçando a autenticação. Outro exemplo é a Performetic, que promete detetar os sinais de fadiga e alertar para a baixa performance.

Para além destas, alinham-se a Pavnext, Stratio, Sentilant, Infinite Foundry, BGuest, Isgreen, Buzzstreets, Streambolico, Invoice Capture, Magikbee, ESolidar, Full Circle e Mub Cargo. A Pavnext já é experiente na conquista de investimento: venceu o concurso Big Smart Cities no passado mês de julho.

Atentos a estes empreendedores, estarão os investidores. Lina Wenner vem em representação da Firstminute Capital, Jordi Iserte é o gestor de investimentos da Caixa Capital Risc, Laura Delgado, a líder de business development na Founders Factory e Inês Oliveira Ribeiro, a gestora financeira da Wayra Spain e da Acceleration Crowdworking Gran Vía Open Future.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

Este dia poderá ser de vitória para a Catalunha. A Rússia e a Coreia do Norte voltaram a fazer das delas. Em França o ambiente também está agitado.

A Catalunha continua a liderar as manchetes de praticamente todo o mundo, mas a partir de hoje os títulos poderão ser mais vitoriosos. Em França o ambiente ficou mais problemático desde segunda-feira, com a função pública a pedir melhores condições salariais. A Rússia e a Coreia do Norte, como sempre, continuam envolvidas em polémicas.

Business Insider

Será hoje que a Catalunha se torna independente?

O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, vai comparecer esta terça-feira no parlamento catalão para uma sessão onde serão analisados os resultados e os efeitos deste referendo. Contudo, poderá resultar na declaração formal e unilateral da tão aguardada independência. Na véspera desta sessão parlamentar, nem o primeiro-ministro Mariano Rajoy nem Puigdemont mostraram sinais de eventuais negociações, visto que o presidente regional disse que iria declarar a independência em breve, mas nunca especificou uma data. As autoridades já instalaram um perímetro de segurança na zona. Leia a notícia completa no Business Insider [acesso gratuito, conteúdo em inglês]

Le Monde

Função pública paralisa França com uma greve

Pela primeira vez em dez anos, todos os sindicatos dos serviços públicos franceses estão em greve esta terça-feira, em protesto contra o congelamento salarial e as condições de trabalho. Os oito maiores sindicatos franceses apelaram aos 5,4 milhões de funcionários públicos para participarem nas 130 marchas de protesto espalhados por todo o país. A mobilização será mais sentida nas escolas, nos hospitais e no setor dos transportes. “Os funcionários públicos sentem que são considerados apenas um peso orçamental e não uma mais-valia para o país”, disse Laurent Berger, chefe da CFDT, o maior sindicato do país. Leia a notícia completa no Le Monde [acesso gratuito, conteúdo em francês]

El País

Espanha apoia Dijsselbloem a completar o mandato até janeiro

O presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem, permanecerá nesse cargo até finais de janeiro, ou seja, tudo indica que vai completar o seu mandato. Isto tudo graças ao “apoio unânime” que recebeu dos membros da Zona Euro, de acordo com o próprio Dijsselbloem apesar de, provavelmente, até afinal de outubro já haver um novo ministro das Finanças holandês em funções. Madrid criticou severamente o presidente do Eurogrupo, depois de este ter pronunciado a frase: “Você não pode gastar todo o seu dinheiro com álcool e mulheres e depois pedir ajuda” e pediram a sua demissão. Mas, no fim, nem Portugal nem Espanha se opuseram à continuação do seu mandato. Leia a notícia completa no El País [acesso livre, conteúdo em espanhol]

The Washington Post

Rússia usou anúncios na Internet para influenciar eleições norte-americanas de 2016

A Google descobriu provas que mostram que a Rússia, na altura das eleições norte-americanas de 2016, usou dezenas de milhares de dólares para criar anúncios em várias plataformas, com o objetivo de interferir nessas eleições. Sites como o Google, Youtube, Facebook e Gmail, foram usados como canais de propaganda desses anúncios e o Facebook já confirmou que cerca de dez milhões dos seus utilizadores nos EUA viram pelo menos um dos mais de três mil anúncios de caráter político. No total, a empresa estima que tenham sido criadas 470 contas, num investimento de mais de cem mil dólares. Leia a notícia completa no The Washington Post [acesso livre, conteúdo em inglês]

Financial Times

Coreia do Norte pirateou sistema informático da Coreia do Sul

A capital da Coreia do Sul, Seul, avançou esta terça-feira a notícia de que o regime de Kim Jong-un invadiu os sistemas informáticos do país em setembro do ano passado e teve acesso a planos de guerra e documentos militares operacionais. Segundo os mesmos, os hackers norte-coreanos roubaram o mais recente projeto para uma possível guerra contra o regime de Pyongyang. Mais recentemente, a empresa de tecnologia FireEye disse que os hackers da Coreia do Norte estariam a tentar roubar o bitcoin das trocas sul-coreanas para evitar sanções internacionais mais pesadas. Leia a notícia completa no Financial Times [acesso condicionado, conteúdo em inglês]

Bloomberg

Rival chinês da Airbnb valoriza mais de 1,5 mil milhões de dólares

O Tujia.com, a maior empresa de aluguer de automóveis da China, avançou esta terça-feira que arrecadou mais de 300 milhões de dólares (256 milhões de euros) de investidores, valorizando mais de 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros). A empresa tem tentado aproveitar o aumento crescente da procura dos turistas chineses por este negócio de viagens independentes. O principal rival do Tujia.com na China é o Airbnb, que tem estado a reforçar a sua presença e a procurar atrair mais jovens. O ano passado, foi avaliado em 30 mil milhões de dólares (25,6 mil milhões de euros). Leia a notícia completa na Bloomberg [acesso condicionado, conteúdo em inglês]

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Relatório da comissão de inquérito iliba Centeno no caso dos SMS

Domingues entendeu uma coisa, Centeno outra. O "erro de perceção mútuo" levou à demissão do primeiro. E nunca houve acordo para isentar o gestor de declarar rendimentos, conclui a comissão dos SMS.

“Em momento algum houve qualquer acordo para a alteração do Regime Jurídico do Controlo Público da Riqueza dos Titulares de Cargos Políticos, podendo haver meras referências ocasionais sobre essa matéria”. Leia-se: não houve, entre Mário Centeno e António Domingues, qualquer acordo para isentar o antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e restantes administradores de apresentarem as respetivas declarações de património e de rendimentos ao Tribunal Constitucional. António Domingues fez uma leitura diferente da correspondência trocada com o ministro das Finanças e os “pressupostos que julgava por adquiridos” acabaram por levar à sua demissão.

Esta é a principal conclusão do relatório final da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à Atuação do XXI Governo Constitucional no que se relaciona com a Nomeação e a Demissão da Administração do Dr. António Domingues, que ficou conhecida como a comissão dos SMS. O documento, a que o ECO teve acesso, vai ser discutido e votado pelos deputados desta comissão no dia 17 de outubro, de acordo com a informação publicada no site da Assembleia da República.

"Os depoimentos foram esclarecedores o bastante para que fosse possível indagar o que havia a indagar, esclarecer o que havia a esclarecer, não havendo qualquer óbice de outra natureza que impossibilitasse a retirada de conclusões.”

Relatório da Comissão de Inquérito à Demissão de António Domingues

Ao fim de pouco mais de 100 páginas, o relator desta comissão, o deputado socialista Luís Testa, conclui que “os depoimentos foram esclarecedores o bastante para que fosse possível indagar o que havia a indagar, esclarecer o que havia a esclarecer, não havendo qualquer óbice de outra natureza que impossibilitasse a retirada de conclusões”. Isto apesar de, ao mesmo tempo, reconhecer que houve vários casos de recusa de envio de documentos. As recusas mais marcantes foram as Mário Centeno em enviar o conteúdo das SMS trocadas com António Domingues, que poderiam revelar o compromisso (ou não) da isenção de entrega das declarações ao Constitucional.

A lista de razões para a recusa de entrega de documentos à comissão é longa. “Houve casos de recusa de envio de alguns documentos, sustentada na invocação do segredo profissional, do segredo bancário e do segredo de supervisão, que constituem modalidades de segredo profissional, ou, ainda, segredo de negócio”, começa por referir o relatório, para, logo de seguida, acrescentar:

“As entidades requeridas fundamentaram também o não envio da documentação solicitada na não inclusão dos documentos no objeto da comissão, na não autoria dos documentos solicitados, no facto de os elementos solicitados não terem por destinatária a Caixa Geral de Depósitos, a circunstância de o Banco Central Europeu ter noticiado a Caixa Geral de Depósitos para não disponibilizar quaisquer elementos relativos à correspondência trocada sem a sua prévia autorização casuística, a não disponibilidade dos elementos solicitados, a inexistência da documentação e o facto de os documentos solicitados se encontrarem sob a responsabilidade legal do Banco Central Europeu”.

"A CPIAGNDAD, em 21 de abril de 2017, insistiu junto da Caixa Geral de Depósitos, do Ministério das Finanças e do Banco de Portugal no sentido de lhe serem facultados os documentos requeridos, manifestando a sua disponibilidade para diligenciar meios alternativos de acesso aos mesmos. No entanto, as entidades persistiram na recusa de envio de alguns dos documentos solicitados.”

Relatório da comissão de inquérito à demissão de António Domingues

O relatório acaba por reconhecer que a comissão “insistiu junto da Caixa Geral de Depósitos, do Ministério das Finanças e do Banco de Portugal no sentido de lhe serem facultados os documentos requerido”, mas estas entidades “persistiram na recusa”.

O erro de perceção mútuo

A história começa no início do ano passado, quando o Governo convida António Domingues para presidir o conselho de administração da CGD. Em agosto desse ano, Domingues assume a liderança do banco público. É antes disso que começa a saga que acabou por levar à constituição desta comissão: Domingues, Centeno e Ricardo Mourinho Félix começam a trocar correspondência em abril de 2016, e é nessas correspondências que o antigo banqueiro faz uma série de exigências — entre as quais a isenção do Estatuto do Gestor Público –, que, no seu entender, foram aceites, como o próprio admitiu depois, quando foi ouvido na comissão de inquérito.

"Todas as condições foram expostas e apresentadas ao Governo e, no meu juízo, foram aceites. Escrevi a nota porque tinha consciência de que estava a propor alterações fundamentais ao modelo e quis que ficasse escrito para que não houvesse dúvidas.”

António Domingues

Antigo presidente da CGD

Entretanto, em junho de 2016, o Governo aprova as alterações ao Estatuto do Gestor Público que viriam satisfazer as exigências de António Domingues. O decreto-lei veio isentar os gestores do banco público dos tetos salariais impostos aos restantes gestores públicos, mas não fazia referência à obrigatoriedade de declaração de rendimentos e património, que está prevista noutra lei que não o Estatuto do Gestor Público. Essa obrigação consta do Regime Jurídico do Controlo Público da Riqueza dos Titulares de Cargos Políticos, de 1983.

Em outubro de 2016, pouco depois de António Domingues assumir o cargo de presidente da CGD, o comentador Marques Mendes levanta a questão: os administradores da CGD não vão entregar ao Tribunal Constitucional as respetivas declarações de rendimentos e de património? Três semanas depois, a 15 de novembro, António Domingues envia nova carta a Centeno, a quem expressa a sua “surpresa” relativamente a essa questão: “Foi, desde logo, com grande surpresa que vimos serem suscitadas dúvidas sobre as implicações da exclusão dos membros do Conselho de Administração da CGD do Estatuto do Gestor Público, concretamente sobre a possível necessidade de envio de tais declarações ao Tribunal Constitucional”, referia a carta a que o ECO teve acesso.

Essa não obrigação de entregar as declarações “foi uma das condições acordadas para aceitar o desafio de liderar a gestão da CGD”, acrescentava Domingues. Foi esse o “erro de perceção mútuo”, como Mário Centeno veio a descrevê-lo quando foi ouvido na comissão de inquérito.

E é também isso que conclui o relatório desta comissão: uma parte entendeu uma coisa, outra entendeu coisa diferente. “Não é por não se aplicar o Estatuto do Gestor Público a uma subclasse de gestores públicos que estes ficam exonerados das restantes obrigações a que estão sujeitos — nomeadamente as constantes da lei n.º 4/83, de 2 de abril — já que não afastadas a nenhuma classe ou subclasse de gestores públicos”, conclui o relator.

"Em momento algum houve qualquer acordo para a alteração do regime jurídico do controlo público da riqueza dos titulares de cargos políticos, podendo haver meras referências ocasionais sobre essa matéria.”

Relatório da comissão de inquérito à demissão de António Domingues

Ao mesmo tempo, conclui que esse regime de exceção nunca foi acordado com Domingues. “Das audições foi ainda possível concluir que em momento algum houve qualquer acordo para a alteração do regime jurídico do controlo público da riqueza dos titulares de cargos políticos, podendo haver meras referências ocasionais sobre essa matéria”.

Admitem-se apenas interpretações diferentes sobre este assunto. “O que é possível admitir é que possa ter sido suscitado o convencimento de que a alteração do Estatuto do Gestor Público, nos termos em que foi feita, poderia exonerar de restantes obrigações os gestores públicos em causa, o que, como já se demonstrou, não exonera”.

"A saída do Dr. António Domingues deriva, não de qualquer aspeto relacionado com a administração da CGD, mas sim de questões de relação com o acionista, construídas com base em pressupostos que o próprio julgava por adquiridos.”

Relatório da comissão de inquérito à demissão de Domingues

Assim, e por fim, a demissão de António Domingues só teve um culpado: o próprio, que percebeu mal ao que ia. “A saída do Dr. António Domingues, como facilmente se constata, deriva, não de qualquer aspeto relacionado com a administração da Caixa Geral de Depósitos, uma vez que todos os objetivos a que se propunha haviam sido alcançados, mas sim de questões de relação com o acionista, construídas com base em pressupostos que o próprio julgava por adquiridos, face ao entendimento que fazia do alcance da alteração do Estatuto do Gestor Público”, conclui o relatório.

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Governo adia novo regime de recibos verdes para 2019

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

O regime está prometido desde 2015 e estava previsto para 2018. A sua "complexidade" e a necessidade de entrar em vigor "sem constrangimento" fez com que fosse adiado para janeiro de 2019.

O novo regime contributivo dos trabalhadores independentes, que iria ser apresentado em 2018, foi adiado pelo Governo para o início de 2019. A medida estava prometida desde 2015, mas um documento enviado pela secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, ao Bloco de Esquerda mostra que esta promessa vai demorar mais tempo a cumprir.

No documento, citado pelo Público, são apontadas alguns dos desenvolvimentos relativos à arquitetura do novo regime, mas deixa claro que esta só vai estar completamente construída em janeiro de 2019. A demora é justificadas com a “extrema complexidade associada à operacionalização do novo regime e à necessidade não só de assegurar a respetiva entrada em vigor sem constrangimento e sem problemas, mas também de promover um período alargado de divulgação e clarificação do novo regime”.

O Bloco de Esquerda, que tem vindo a defender a rápida consolidação das alterações ao regime, não aceita o adiamento da entrada em vigor das novas regras e mantém a mesma data, mesmo que seja necessário um período de adaptação. Em declarações ao diário, José Soeiro, responsável do Bloco pela área de Segurança Social espera ainda que este assunto fique encerrado antes da votação final para o Orçamento do Estado, para que este tenha “em conta o impacto do novo regime”.

Para além de não concordar com a data, o Bloco de Esquerda mostra também alguma apreensão no facto de esta proposta não incluir alguns dos compromissos assumidos anteriormente, nomeadamente a revisão das isenções à taxa contributiva dos trabalhadores e a abolição das restrições no acesso ao subsídio de desemprego por parte dos trabalhadores a recibos verdes.

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Lisboa resiste às perdas das energéticas e segue a valorizar

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Outubro 2017

O BCP e a Jerónimo Martins conseguem manter o PSI-20 iluminado, num dia em que as energéticas seguem com pouca luz.

As energéticas iniciaram a sessão desta terça-feira com pouca luz, mas os dois pesos pesados do PSI-20 conseguiram acender uma vela e manter o índice iluminado. Os avanços do BCP e da Jerónimo Martins conseguiram travar as perdas das empresas do grupo EDP, da Galp Energia e da REN, levando o principal índice bolsista a registar ganhos de 0,04%

A puxar pelo índice nacional está o BCP que, ainda que tenha iniciado o dia a desvalorizar, avança 0,28% para 24,86 cêntimos, e a Jerónimo Martins, que avança 0,31% para 16,40 euros. Destaque também para Semapa que, depois de ter entrado para a lista das balas de prata do Haitong, segue a valorizar 0,31%.

No outro prato da balança estão as energéticas, com a EDP a liderar as perdas. A elétrica, que estará perto de mudar de liderança, desvaloriza 0,50% para 2,99 euros, negociando em mínimos de agosto. A EDP Renováveis segue o mesmo caminho, perdendo 0,07% para 7,10 euros, bem como a Galp Energia que cai 0,13% para 15,06 euros e a REN que perde 0,04% para 2,73 euros.

A bolsa nacional contraria assim o sentimento das restantes praças europeias, que seguem a registar perdas. Depois de ter recuperado 0,50% na sessão anterior, o espanhol IBEX-35 voltou às quedas, perdendo 0,45%. O alemão DAX perde 0,10% enquanto o italiano CAC 40 desliza 0,12%. O Stoxx 60 perde 0,03%.

(Artigo atualizado às 8h30 com mais informação)

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Pensões aumentam pelo menos dez euros

  • ECO
  • 10 Outubro 2017

A proposta do PCP, que já foi aceite pelo Governo, dá um aumento mínimo de dez euros às pensões. Fonte governamental avisa, no entanto, que esta subida pode não chegar a todos.

O PCP conseguiu uma garantia do Governo quanto à sua proposta: os pensionistas irão ver aumentos de pelo menos dez euros. Quem tem pensões mais baixas terá direito a um aumento percentual maior. Mas esta subida poderá não ser para todos.

João Oliveira, o líder parlamentar do PCP, afirmou ao Negócios: “O Governo já admitiu o aumento mínimo de 10 euros para todos os pensionistas”.

Os dez euros são um valor mínimo, que forçará a atualização da lei de forma a garantir este valor. Dependendo da inflação que se verifique no final do ano, que pode ser de 1,2% ou 1,3%, o patamar dos 10 euros deverá ser aplicado a pensões até 588 euros ou 555 euros por mês. No entanto, fonte governamental já disse ao jornal que ainda não está decidido se o limite de 10 euros se aplicará a todos os reformados com pensões até àqueles valores. O critério a utilizar ainda está em estudo.

António Costa anunciou na última quarta-feira no Parlamento que o crescimento económico permitirá um aumento real de todas as pensões até 842,60 euros. Mas para que isto aconteça, o PIB tem de crescer 2,44% no terceiro trimestre, de acordo com o cenário do Governo.

Para uma inflação de 1,2%, as pensões até 842,60 euros (2IAS) beneficiariam de um aumento de 1,7%. Entre os 2 e 6 IAS, a atualização respeitará o nível da inflação (1,2%) e a partir de 6 IAS, descontam-se 0,25 pontos percentuais à inflação, colocando o aumento nos 0,95%.

Contactada pelo ECO, fonte oficial do gabinete do Ministro do Trabalho, afirmou que “o Governo não finalizou a proposta orçamental, incluindo a política de pensões”.

(notícia atualizada às 13:00)

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Mais de mil operacionais combatem quatro fogos em Coimbra e Viseu

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

Mais de mil operacionais combatiam hoje de madrugada quatro fogos de grande dimensão nos distritos de Coimbra e Viseu, de acordo com a Proteção Civil.

Mais de mil operacionais combatiam esta terça-feira de madrugada quatro fogos de grande dimensão nos distritos de Coimbra e Viseu, de acordo com a Proteção Civil.

Segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas 04:15, o incêndio que deflagrou na noite de sexta-feira na localidade de Castanheira, na freguesia de Fajão e Vidual, no concelho de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, continuava a mobilizar o maior número de meios: 625 homens, apoiados por 188 viaturas, no combate a uma frente.

O fogo, que levou a ativar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil da Pampilhosa da Serra e Arganil, causou ainda o corte de vias, nomeadamente da EN 344, EM 508, EM 544, EM 547 e EM 14-0, de acordo com o portal da ANPC.

Pela mesma hora estavam ativos mais três outros incêndios qualificados como ocorrências importantes pela Proteção Civil, todos no distrito de Viseu.

O fogo no concelho de Nelas mobilizava 175 operacionais e 47 veículos, enquanto o incêndio em São Pedro do Sul era combatido por 139 homens, apoiados por 41 meios terrestres.

Já em Castro Daire estavam no terreno 116 operacionais e 16 viaturas no combate ao fogo que levou ao corte da EN 225 entre Ester e Cabril, segundo a Proteção Civil.

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Jogadores vão ter fundo de pensões e querem receitas de TV e apostas a financiar

O Fundo de pensões para os jogadores de futebol em Portugal vai mesmo avançar e conta com apoio da Federação e dos atletas olímpicos. Sindicato quer que TV e apostas online também ajudem a financiar.

Sindicato quer maior proteção financeira dos jogadores de futebol que já penduraram as chuteiras.DR

O fundo de pensões dos futebolistas vai mesmo avançar pela mão do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF). E é intenção de Joaquim Evangelista ter, além das contribuições dos jogadores, as receitas televisivas dos clubes e as apostas online a contribuir para este fundo de pensões que visa proteger os atletas após o fim de carreira, revelou este responsável ao ECO.

“Além das contribuições dos próprios jogadores, o sindicato pretende que sejam afetados ao fundo de pensões verbas de outra natureza, nomeadamente relativas aos direitos de transmissão televisiva, às apostas online ou a outras ações comerciais, proposta que conta com o apoio da Federação Portuguesa de Futebol”, declarou Evangelista.

Com a criação deste fundo de pensões, o SJPF quer sensibilizar os jogadores para o sentido de poupança durante a vida ativa, de forma a garantir maior proteção financeira aos atletas em situações de fim e transição de carreira, invalidez ou lesão ou desemprego.

"Além das contribuições dos próprios jogadores, o sindicato pretende que sejam afetados ao fundo de pensões verbas de outra natureza, nomeadamente relativas aos direitos de transmissão televisiva, às apostas online ou a outras ações comerciais, proposta que conta com o apoio da Federação Portuguesa de Futebol.”

Joaquim Evangelista

Presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol

Estima-se que sete em dez jogadores observam dificuldades económicas assim que penduram as chuteiras, segundo dados apresentados pelo sindicato. Na Premier League, a liga mais rica do mundo, três em cada cinco jogadores enfrentam a situação de bancarrota depois de pendurar as botas, de acordo com um estudo da XPPro. “Portugal não foge a este cenário”, contextualiza Joaquim Evangelista.

O presidente do SJPF conta que alguns clubes receberam com agrado esta ideia e até já se disponibilizaram a deduzir essa contribuição para o fundo diretamente a partir do salário do jogador. Próximo passo: falar com o presidente da Liga de Clubes, Pedro Proença.

Fundo avança mesmo

Para já, o SJPF lança o fundo de pensões ao abrigo da lei em vigor. Ainda assim, pretende ver aprovada pelo Governo uma proposta de alteração legislativa para incentivar a participação dos jogadores de futebol.

De acordo com o projeto a que o ECO teve acesso, o reembolso dos valores acumulados neste sistema complementar de segurança social pode começar a ser recebido pelo atleta a partir dos 35 anos, desde que tenha finalizado a sua carreira desportiva, ou se encontre em situação de desemprego prolongado ou lesão incapacitante. As verbas podem ser reembolsadas de uma só vez ou de forma faseada.

"À semelhança do que acontece nos demais países europeus, atenta à natureza da profissão, de desgaste rápido e curta duração, entendemos que os praticantes com estas características devem estar protegidos.”

Joaquim Evangelista

Presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol

Por outro lado, a proposta implica uma alteração legislativa ao artigo 27 do Código IRS, como a possibilidade de antecipação para os 35 anos, em vez dos atuais 55 anos, do acesso às prestações que são devidas ao atleta a título de reforma. Outra alteração prende-se com a possibilidade de as contribuições dos jogadores para este fundo de pensões passarem a poder ser deduzidas até 50% ao rendimento bruto em vez de na totalidade.

“À semelhança do que acontece nos demais países europeus, atenta à natureza da profissão, de desgaste rápido e curta duração, entendemos que os praticantes com estas características devem estar protegidos”, explica Evangelista. “Infelizmente, não tem havido condições, nomeadamente económicas, que permitam esta discussão. Mas o apoio da Federação Portuguesa de Futebol, político e financeiro, é fundamental para a concretização desde objetivo”, disse ainda.

"Infelizmente, não tem havido condições, nomeadamente económicas, que permitam esta discussão. Mas o apoio da Federação Portuguesa de Futebol, político e financeiro, é fundamental para a concretização desde objetivo.”

Joaquim Evangelista

Presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol

O protocolo com a Federação Portuguesa de Futebol já foi assinado, seguindo-se agora a apresentação da proposta legislativa junto do Governo, grupos parlamentares, clubes de futebol e associações. Mas o fundo não está circunscrito ao futebol: a proposta do SJPF admite a adesão de outros praticantes de desportos de desgaste rápido, como é o caso de alguns atletas olímpicos.

Sindicato apresenta proposta para criação de um regime complementar de segurança social.SJPF

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5 coisas que vão marcar o dia

O grande destaque do dia vai para a Catalunha, que quer oficializar a independência num discurso de Puigdemont. Mas outros assuntos fazem mexer a política internacional e os mercados.

Terça-feira traz importantes decisões de Espanha: o presidente da Catalunha pode declarar independência, de forma unilateral. A política internacional concentra-se ainda no Luxemburgo, com a reunião dos ministros das finanças da zona euro. FMI e Banco Mundial cruzam-se em Washington para discutir temáticas como a desigualdade. Entre as fronteiras nacionais, o Banco de Portugal avalia a evolução do crédito e depósitos em agosto e o INE lança vários indicadores, com destaque para as estatísticas do comércio internacional.

Catalunha declara a independência

Puigemont, o presidente do governo catalão, deverá declarar a independência da Catalunha esta terça-feira, pelas 18 horas. Este anúncio, à revelia de Madrid, justifica-se, segundo Puigemont, pela vontade manifestada nas urnas, com 90% dos votantes a favor da cisão com Espanha. Puigemont apoia-se na lei do referendo, que aponta para a declaração de independência como o passo lógico que se segue à validação popular.

FMI e Banco Mundial juntos falam de desigualdade

Christine Lagarde, a diretora do FMI, e Jim Yong Kim, o presidente do Banco Mundial, vão ser os anfitriões da reunião anual entre as duas instituições. Este ano, as discussões centram-se em torno dos temas “Com quanta desigualdade conseguimos viver?” e “Colheitas futuras: Quem vai cultivar os alimentos de amanhã?”. O evento prolonga-se até ao dia 15 de outubro.

Ecofin: ministros das finanças recebem o guião para a economia digital

Após o encontro dos ministros do Eurogrupo no Luxemburgo, que marcou o arranque da semana, terá lugar esta terça-feira, pelas 9h00, a reunião informal de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin). Portugal vai ser representado por Ricardo Mourinho Félix, o secretário de Estado das Finanças. A Comissão Europeia vai apresentar a estratégia para a tributação da economia digital, questão na qual o Governo se assume “muito ativo”.

Défice comercial: recuperação ou acentuação?

O INE revela esta terça-feira a evolução das importações e exportações em agosto. Em julho, o défice comercial agravou-se, com as importações a crescerem quase o triplo das exportações. O défice da balança comercial de bens situou-se em 1.057 milhões de euros em julho de 2017, o que representa um aumento de 446 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016.

E o malparado, vai bem?

O Banco de Portugal publica as últimas estatísticas de instituições financeiras monetárias, relativas a agosto, que permitirão conhecer a evolução dos depósitos e do crédito em Portugal. Estes números são lançados numa altura em que a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco e o BCP inauguram uma plataforma para a gestão conjunta do crédito malparado, através da qual pretendem encolher para um terço o tempo médio de reestruturação destes créditos, reduzindo-o para seis meses.

 

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Diretas no PSD marcadas para 13 de janeiro e Congresso em fevereiro

  • Lusa
  • 9 Outubro 2017

O Conselho Nacional do PSD aprovou a realização de eleições diretas para escolher o presidente do partido a 13 de janeiro e o Congresso a 16, 17 e 18 de fevereiro.

O Conselho Nacional do PSD aprovou hoje a realização de eleições diretas para escolher o presidente do partido a 13 de janeiro e o Congresso a 16, 17 e 18 de fevereiro.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, no final do Conselho Nacional do partido, segundo o qual a proposta foi aprovada “por esmagadora maioria”.

Em cima da mesa, estava outra proposta que previa diretas a 09 de dezembro e congresso em janeiro.

 

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