Pharol tomba 7% após exigência de 750 milhões da ESI. Bolsa está em queda
À Pharol foram pedidos 750 milhões de euros pela Espírito Santo Internacional e as ações da empresa cedem mais de 7% em Lisboa. PSI-20 começa o dia mal disposto.
A bolsa colocou um ponto final ao pior ciclo em três semanas na última sessão, mas volta a cair esta quarta-feira num dia negativo lá fora. A maioria das cotadas nacionais está em queda no arranque lisboeta, mas há uma mais saliente entre todas: as ações da Pharol cedem mais de 7% após a Espírito Santo Internacional ter exigido a devolução de 750 milhões de euros.
O PSI-20, o principal índice português, perde 0,57% para 5.238,88 pontos, depois de ontem ter sido a única praça na Europa a fechar no verde.
Apenas seis ações resistem no verde. Ibersol, Jerómino Martins, REN, Nos e Sonae Capital os ganhos não excedem os 1%.
Na família EDP, há subidas de 0,47% na EDP. Um desempenho positivo que surge depois de a elétrica nacional ter ido ontem ao mercado financiar-se em 500 milhões de euros em dívida a dez anos, numa operação bem recebida pelos investidores devido ao baixo juro que pagou. “Aplaudimos o facto de a EDP estar a conseguir refinanciar a sua dívida, tomando partido das condições favoráveis do mercado (tanto no spread como na taxa)”, referem os analistas do Haitong.
Mas o sentimento dominante nas primeiras horas de negociação em Lisboa é negativo. Destacam-se as ações da Pharol. Embora a antiga PT Portugal não tenha grande peso no rumo dos acontecimentos na praça, os títulos cedem 7,38% para 0,339 euros, depois de a ESI, a casa mãe do Grupo Espírito Santo (GES), que colapsou em 2014 juntamente com as restantes empresas do grupo, ter exigido 750 milhões de euros à Pharol. Esse pedido já foi contestado.
As ações da Pharol encontram-se sob pressão. Mais de três milhões de papéis já rodaram de mãos em menos de duas horas de negociação em Lisboa, metade do que a Pharol costuma transacionar em média por dia.
Entre os pesos pesados da bolsa portuguesa, o banco BCP cede 1,47% para 0,2474 euros, depois de na segunda-feira ter apresentado lucros de 133 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Galp e Jerónimo Martins estão em baixa de 1,18% e 0,03%, respetivamente.
A Sonae cai 0,51% para 0,971 euros, no dia em que reporta contas trimestrais. Terá obtido lucros acima dos 60 milhões no terceiro trimestre, segundo o BPI Research.
Lá por fora, Milão e Madrid lideram as quedas, seguindo em baixa de 0,8%. O DAX-30 de Frankfurt cai 0,76%. E o Cac-40 perde 0,21%.
(Notícia atualizada às 9h51)
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