Yellen não assusta Europa, EDP segura Lisboa

Presidente da Reserva Federal norte-americana admitiu subir novamente os juros em março, provocando alguma aversão em Wall Street. Mas isso não impediu que as bolsas europeias fechassem no verde.

Nem o facto de Janet Yellen, presidente da Reserva Federal norte-americana, ter admitido uma subida dos juros já em março, que provocou alguns distúrbios em Wall Street, impediu um fecho positivo nas bolsas europeias. Lisboa acompanhou este sentimento com o grupo EDP a dar força. E os juros portugueses apresentaram tendência mista no dia em que os números da economia bateram todas as expectativas.

O PSI-20, o principal índice português, somou ligeiros 0,19% para 4.605,56. Notas positivas para a EDP e EDP Renováveis: avançaram 0,61% e 1,02%, respetivamente, permitindo que o benchmark nacional encerrasse acima da linha de água. O melhor desempenho, porém, pertenceu à Caixa Económica Montepio, cujas unidades de participação dispararam 8,7%.

Com o índice de referência reduzido a 17 membros, foram 12 cotadas que apresentaram sinal mais no fecho. Do lado das perdas, pressionou sobretudo a Galp (-0,72%) e a Pharol (-1,04%). No caso da antiga SGPS, a semana tem sido de correção face aos ganhos acumulados desde o início do ano.

No mercado de dívida, na véspera de o Tesouro português leiloar até 1.250 milhões de euros em bilhetes a três e 11 meses, os juros registaram quedas nos prazos mais curtos, antecipando uma baixa nos custos de financiamento na operação desta quarta-feira. Nas maturidades mais longas, as taxas subiram — a 10 anos mantiveram-se acima dos 4% — apesar dos bons indicadores económicos divulgados esta terça-feira.

O PIB cresceu 1,4% no conjunto de 2016, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), um desempenho que superou tanto as expectativas da Comissão Europeia, como as dos economistas — que apontavam ambos para um aumento de 1,3% — como ainda a meta definida pelo Governo em outubro, que era de 1,2%.

Lá por fora, Milão avançou 0,6% e destacou-se num dia de ganhos tímidos em quase todas as bolsas do Velho Continente: o IBEX-35 de Madrid avançou 0,25%, Paris e Frankfurt ganharam 0,16% e 0,03%, respetivamente.

Destaque para as ações da PSA Peugeot Citröen. A construtora francesa, liderada pelo português Carlos Tavares, assumiu publicamente que está em conversações para comprar a marca alemã Opel, num negócio mais amplo que visa a aquisição da divisão europeia da General Motors. As ações avançaram mais de 4% para 18,7 euros.

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Depois da quebra, produção automóvel dispara em janeiro

Os construtores de automóveis a operar em Portugal produziram, no primeiro mês do ano, 12.607 novas viaturas. Um crescimento de mais de 50% após uma quebra no total de 2016.

A produção nacional de automóvel travou no ano passado, mas está a arrancar a alta velocidade este ano. Os dados da ACAP revelam que em janeiro foram produzidas 12.607 novas viaturas em Portugal. Foi um crescimento de mais de 50% que, diz a associação, revela que “o setor da construção automóvel está em retoma”.

“Os construtores de automóveis a operar em Portugal produziram, no mês passado, 12.607 novas viaturas, o que representa uma subida de 51,5% em relação ao mesmo período do ano passado, em que apenas 8.317 viaturas foram produzidas”, refere a ACAP. A produção já tinha aumentado em dezembro, mas mesmo assim, em 2016 ficou 8,6% abaixo da registada no ano anterior.

“Esta ligeira subida vem atenuar o cenário de quebra nos ritmos de produção, registada ao longo de todo o ano de 2016, e remete-nos para valores semelhantes aos de 2015”, salienta a ACAP, notando que entre os vários tipos de automóveis apenas se registou uma quebra no casos dos comerciais ligeiros. Nas restantes, praticamente duplicou.

“No mês de janeiro, por tipos de veículos automóveis, apenas se registam valores negativos (-8,2%) no fabrico de comerciais ligeiros, sendo que a produção de ligeiros de passageiros e de veículos pesados registaram um aumento de 116,5% e 86,3%, respetivamente”, salienta a ACAP. Entre os ligeiros de passageiros, a Volkswagen liderou com 4.303 automóveis fabricados, seguida pela Seat com 2.232, a Peugeot com 968 e, finalmente a Citroen com 628 veículos produzidos.

Mais exportações

Os números de janeiro “ilustram, uma vez mais, o peso que as exportações representam para o setor automóvel já que 96,2% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, o que, note-se, contribui de forma significativa para a economia nacional”, refere a ACAP, acrescentando que a Europa é o principal destino.

“A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em Portugal – totalizando 80,4% – com Espanha (17,1%) e Alemanha (15,9%) no topo da lista. Em termos geográficos o mercado asiático, encabeçado pela China (14,2%), mantém o segundo lugar nas exportações de automóveis ‘made in Portugal’”, conclui.

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Startups britânicas temem o Brexit. As gigantes, nem por isso

Angariação de capital, contratação de funcionários não-britânicos e desafios do acesso ao mercado europeu. São algumas das preocupações de empreendedores que aguardam o Brexit com muita ansiedade.

As gigantes tecnológicas parecem confiantes num Reino Unido pós-Brexit, mas muitos responsáveis por startups entram agora em estado de ansiedade. É uma conclusão que, de acordo com a Bloomberg, faz parte de um estudo da unidade londrina do Silicon Valley Bank, divulgado esta terça-feira. O banco de investimento, com sede na Califórnia, inquiriu 940 executivos britânicos e de outras nacionalidades. E descobriu que os empreendedores já se estão a preparar para os desafios da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Os principais receios prendem-se com a angariação de capital, contratação de funcionários de nacionalidades que não a britânica e desafios do acesso ao mercado europeu, escreve a agência, com base no inquérito. Além disso, menos de metade acredita que este ano vá ser melhor do que 2016 e mais de um quinto das startups tecnológicas britânicas prevê abrir escritórios em países da União Europeia. Uma em cada dez está a considerar mudar-se para território continental europeu.

Contudo, as gigantes tecnológicas não parecem partilhar dos mesmos receios, na medida em que tanto a Snap Inc. como a Apple e o SoftBank escolheram Londres como o polo para desencadear novas operações. O regime regulatório favorável e o panorama de empreendedorismo vibrante da capital do Reino Unido deverá permitir que o país se mantenha como o maior hub tecnológico da Europa por mais algum tempo, explicou à agência o responsável pelo banco que conduziu o estudo, Phil Cox.

"Não estou a dizer que vai ser mais fácil, mas estas companhias são bastante disruptivas e irão encontrar uma forma de empregar as pessoas certas e de vender os produtos e serviços além fronteiras.”

Phil Cox

Presidente do Sillicon Valley Bank

A saída do Reino Unido da UE deverá ser desencadeada já em março e os dados relativos a 2016 evidenciam uma queda de 34% nos investimentos de capital de risco em startups tecnológicas do setor financeiro (fintech) no país. Em contrapartida, as homólogas alemãs angariaram 35% mais capital do que as britânicas nos primeiros três trimestres de 2016, um fenómeno que se registou pela primeira vez.

O chamado hard brexit, que significa um desvinculo total de Bruxelas, foi o estilo escolhido pela primeira-ministra Theresa May para materializar o referendo que deu vitória ao “Sair” no referendo público do ano passado. E à agência Bloomberg, Jennifer Arcuri, fundadora da startup britânica Hacker House, deu voz ao sentimento de muitos empreendedores neste momento: “Sair do mercado único vai brutalizar a nossa cultura de startup. Gerir uma startup já é difícil que chegue, nós não precisamos de mais este fardo.”

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Centeno convenceu alguém? Nem por isso

Mário Centeno falou em "erro de perceção". Convenceu António Costa, que reiterou a sua confiança no ministro das Finanças. Mas não Marcelo Rebelo de Sousa. E a oposição também não.

“Nunca neguei que houvesse acordo” com António Domingues relativamente às alterações ao Estatuto de Gestor Público (EGP), disse Mário Centeno. “Só que não envolvia a eliminação da entrega nas declarações”, acrescentou, mas admitiu que pode ter havido um “erro de perceção” do ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Um erro que António Costa compreendeu, mas não convenceu praticamente mais ninguém. Da esquerda à direita, as explicações deixaram a desejar.

“Admito que possa não ter afastado da perceção” de António Domingues a ideia de que o acordo poderia cobrir de alguma forma a eliminação do dever de entrega de rendimentos, explicou Centeno na declaração pública que fez relativamente à polémica gerada em torno das declarações da anterior administração da CGD. “Estive sempre de boa-fé e conduzi este processo no melhor interesse de Portugal”, diz Mário Centeno, acrescentando que o seu “lugar está à disposição desde o dia em que iniciei funções”.

Deixou o lugar à disposição, mas ainda decorria a conferência de imprensa já o primeiro-ministro saia em sua defesa. António Costa foi o primeiro a reagir aos esclarecimentos de Centeno, mas também o único, até agora (ainda não foi possível obter uma reação por parte do Partido Socialista), a ficar convencido com os argumentos utilizados pelo ministro das Finanças. Restam dúvidas à esquerda, ainda que os discursos sejam moderados, mas especialmente à direita. E ao Presidente da República também.

António Costa vê “grande valia” em Centeno

O Governo foi o primeiro a vir dar o seu apoio a Mário Centeno, logo após as declarações do ministro das Finanças a propósito das polémicas em torno da CGD. Enquanto o “erro de perceção” continua a causar perplexidade, António Costa aceitou as explicações de Centeno relativamente a todo este processo, ficando sem dúvidas quanto à “boa-fé” na forma como conduziu a alteração ao EGP, revisão essa vital para a tomada de posse da administração de António Domingues.

“Esclarecida a lisura da atuação do Governo, nada justifica pôr em causa a estabilidade governativa e a continuidade da sua politica, para o que o contributo do professor Mário Centeno continua a ser de grande valia“, disse António Costa. Essa mesma valia foi transmitida pelo primeiro-ministro ao Presidente da República que, fora de horas, veio validar a continuidade de Centeno no Executivo, mas sem ficar muito convencido sobre a atuação do ministro das Finanças.

Centeno fica, mas só pela “estabilidade financeira”

Num comunicado publicado no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa revelou que “recebeu, a pedido do senhor primeiro-ministro, o senhor ministro das Finanças que lhe deu conhecimento prévio da comunicação que iria fazer ao país”. Diz que foi confirmado no encontro com o ministro das Finanças a “posição do Governo quanto ao facto de a alteração do Estatuto do Gestor Público não revogar nem alterar o diploma de 1983”, mas o Presidente não ficou inteiramente convencido. Mas salvou Centeno.

O primeiro-ministro comunicou “manter a sua confiança” em Centeno, situação que levou o Presidente da República a “aceitar tal posição, atendendo ao estrito interesse nacional, em termos de estabilidade financeira”. Ou seja, no sentido de evitar turbulência nos mercados que poderia castigar o país, penalizando a banca, o Presidente deixou Centeno ficar no cargo. Mas pelos vistos só por causa dos mercados.

PSD ataca. Quer SMS de Centeno

Marcelo Rebelo de Sousa limitou-se a dizer… o que o primeiro-ministro lhe disse. E Passos? Também não ficou satisfeito com as explicações de Centeno. Para o líder do PSD, “mais valia dizer abertamente que o Governo esteve empenhado em criar um regime feito à medida das exigências que um conjunto de administradores colocaram ao Governo, que, de resto, não se importou de aprovar um Decreto-lei que foi feito num escritório de advogados”.

O PSD anunciou mesmo que vai requerer a António Domingues a transcrição das mensagens escritas que trocou com o ministro das Finanças, para clarificar a “extensão da mentira de Mário Centeno”, mas também o envolvimento do primeiro-ministro. Uma mentira, segundo o principal partido da oposição que abalou o Centeno, mas também o Governo. É óbvia a “enorme fragilidade em que o ministro das Finanças se encontra“, disse Passos Coelho.

Erros de perceção? CDS quer saber se foram (mesmo) erros

O PSD atacou. E o CDS também não ficou para trás. O deputado João Almeida quer mais esclarecimentos do ministro das Finanças, duvidando da veracidade das declarações de Mário Centeno. Disse, em conferência de imprensa, que é “importante saber se estes erros de perceção efetivamente existiram ou se não existiram”. Ou seja, se foram erros ou foi algo premeditado.

O CDS quer saber se em todo este processo da CGD houve “mais do que erros de perceção. O país já percebeu que até chegarmos ao erros de perceção passamos um longo caminho que começou com certezas absolutas”, referiu João Almeida, para quem Centeno não tem já grandes condições de se manter no cargo de ministro das Finanças. A “degradação das condições que o ministro das Finanças tem para o exercício do mandato. É mau para o Governo e é mau para o país. Porque nenhum país deve ter um ministro das Finanças fragilizado e essa responsabilidade é do próprio e de quem reitera a confiança”, disse.

Se Centeno fez algo de errado, PCP será “crítico”

Se à direita são duras as críticas às explicações de Mário Centeno, à esquerda, nos partidos que suportam o Governo de António Costa, também há algumas reticências relativamente à atuação do ministro das Finanças. O PCP também não ficou convencido. E a prova é que, em comunicado, o partido liderado por Jerónimo de Sousa, diz que “a ter existido uma outra atitude do Ministro das Finanças ela confronta-se com a posição e a crítica do PCP“.

Os comunistas recordam, nesse mesmo documento, que sempre se pronunciaram “pela exigência da apresentação de declaração de rendimentos por António Domingues, ex-presidente da CGD”.

Centeno? Não houve “nenhum facto novo”

Mais comedido que o PCP, o Bloco de Esquerda defendeu que não houve “nenhum facto novo” sobre a CGD, um dossiê que, lamentou, vem sendo “mal gerido”. Apesar da crítica, a coordenadora do BE, Catarina Martins, alinhou com a posição de Mário Centeno, mas também de António costa, salientando que “foi derrotada qualquer visão” de fuga à “transparência” pelos gestores do banco público, recusando fazer qualquer avaliação sobre as condições, ou não, para a manutenção de Centeno na pasta das Finanças.

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Fernando Pinto reafirma necessidade de se criar alternativa ao aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2017

Presidente da TAP sublinhou hoje a necessidade de criar uma alternativa à Portela para garantir que a companhia aérea continua a crescer.

O presidente da TAP, Fernando Pinto, reafirmou hoje a necessidade de uma alternativa ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, por se estar a esgotar a capacidade das ‘slots’ e para garantir que a companhia aérea continuará a crescer.

À margem de uma conferência do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), em Lisboa, Fernando Pinto lembrou que a operação da TAP cresceu 26% em janeiro numa comparação homóloga, “mas é impossível manter um ritmo próximo deste nos próximos um a dois anos, por isso, efetivamente, tem de se ter uma solução”.

“Estamos a chegar a 99% da utilização das ‘slots’ [autorização para aterragem e descolagem] e assim fica muito difícil o crescimento”, acrescentou ainda o presidente da TAP.

Está previsto para esta quarta-feira a assinatura de um memorando entre a Ana – Aeroportos de Portugal, gerida pela VINCI Airports, e o Governo, no qual “se comprometem a estudar aprofundadamente a solução Montijo para aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado”, em Lisboa, segundo a empresa.

Fernando Pinto sublinhou a necessidade de “espaço para crescer”, assim como de maior conforto para os passageiros, exemplificando com a falta de ligação direta entre a placa e o terminal para passageiros em trânsito.

Na véspera da assinatura do memorando de entendimento, Fernando Pinto indicou que a TAP apenas utilizará essa alternativa (Montijo) “em casos fora da normalidade”.

Questionado sobre a hipótese de uso, em simultâneo, por civis e militares, o responsável respondeu “simpatizar com a ideia”, mas notou ser uma hipótese que tem de ser discutida, “respeitando obviamente as necessidades de todas as áreas”.

Acerca do estudo das características ambientais da zona do Montijo, Fernando Pinto notou que, se “houver problemas, têm que se ver alternativas “.

“Até podem ser no mesmo aeroporto, mas temos que criar determinadas alternativas para respeitar a natureza”, disse.

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Assunção Cristas no ECO Talks

A presidente do CDS-PP é a convidada do próximo ECO Talks, a realizar no dia 16 de fevereiro, a partir das 09h00 no Hotel Pestana Palace, em Lisboa.

O ECO vai promover um ECO Talks no dia 16 de fevereiro, quinta-feira, a partir das 09h00 no Pestana Palace em Lisboa. E convidou a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, para responder a todas as perguntas.

Na semana em que o ministro das Finanças foi obrigado a dar uma conferência de Imprensa para (tentar) explicar os contornos do acordo com António Domingues para a CGD, e sob pressão por causa do comunicado do Presidente da República, vamos questionar Assunção Cristas sobre o que devem ser as saídas para este momento político. Cristas é também a candidata do partido à Câmara de Lisboa e, por isso, as autárquicas serão um dos temas em debate.

O ECO Talks é um novo formato de discussão, uma oportunidade para o ECO e para os nossos leitores confrontarem os decisores económicos, políticos e financeiros sobre os temas que estão a marcar a agenda e a atualidade. Será sempre transmitido em streaming, aqui no site do ECO, e na nossa página no Facebook. E com a participação dos nossos seguidores nas redes sociais. Se tiver interesse em assistir ao ECO Talks ao vivo, envie um pedido de registo para [email protected].

O primeiro ECO Talks realizou-se no passado dia 5 de dezembro e o convidado foi Pedro Passos Coelho. Vieira da Silva e Rui Moreira foram também convidados destes encontros.

Sem periodicidade definida, os ECO Talks vão realizar-se sempre que o interesse público o justificar.

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Reserva Federal pode subir juros já em março

A líder da Fed, Janet Yellen, disse esta terça-feira que é "imprudente" esperar demasiado tempo para subir os juros se o mercado laboral e a inflação continuar a evoluir dentro das expectativas.

Janet Yellen disse esta terça-feira que é “imprudente” esperar demasiado tempo para subir os juros face ao contínuo crescimento e subida da inflação. A líder da Reserva Federal norte-americana falava perante o Senado para apresentar o relatório semestral de política monetária.

“Nas próximas reuniões, o comité vai avaliar até que ponto o emprego e a inflação continuam a evoluir em linha com as expectativas e, no caso disso, ajustamentos às taxas de referência serão apropriados”, disse Yellen, citada pela Bloomberg.

Depois das declarações, as obrigações do tesouro norte-americanas a dez anos dispararam e as bolsas do lado de lá do Atlântico afastaram-se dos máximos históricos que vinham a ser alcançados há já três sessões consecutivas. Assim, os investidores começam a ver como possível uma subida das taxas de juro já em março, se a economia continuar a evoluir ao sabor das expectativas do banco central.

As yields associadas às treasuries a dez anos subiam mais de cinco pontos base para 2.4896, depois de mínimos de dois meses. Em Wall Street, o índice de referência S&P 500 agravou as perdas, seguindo a cair 0,21% para 2.323,33. Desde a última subida dos juros em dezembro que a Fed já tinha sinalizado que iria apertar a política monetária. O mercado antecipava três subidas este ano e outras três no decorrer de 2018.

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Malparado em mínimos de quatro anos nas famílias

No final do ano passado, os bancos detinham 4,5 mil milhões de euros em crédito vencido das famílias, o que corresponde a 3,87% do crédito a este segmento. É o nível mais baixo desde janeiro de 2013.

O crédito de cobrança duvidosa mantém o percurso descendente, tendo mesmo atingido mínimos de quase quatro anos entre as famílias. Dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal indicam que, no final do ano passado, o montante do crédito vencido nas mãos das famílias portuguesas recuou pela primeira vez desde o final de 2013 abaixo da fasquia dos 4%, para se fixar nos 3,87%. Ou seja, a proporção mais baixa desde janeiro de 2013.

Em dezembro, o crédito vencido das famílias fixou-se em 4.534 milhões de euros, 232 milhões aquém dos 4.766 milhões de euros que se tinham registado no mês anterior. Trata-se do montante de malparado neste segmento mais baixo desde agosto de 2011, que se registou num mês em que o montante total do crédito às famílias também recuou para o patamar mais baixo desde fevereiro de 2007, ao fixar-se nos 117,6 milhões de euros.

De salientar que no final do ano é habitual os bancos fazerem ajustes às suas carteiras de crédito, expurgando por vezes malparado existente. Este facto poderá ser um dos fatores a justificar a diminuição do crédito de cobrança duvidosa das famílias nas mãos dos bancos no final do ano passado.

A quebra do malparado foi transversal à generalidade dos segmentos de crédito às famílias. No caso do crédito à habitação o crédito vencido baixou, em dezembro, para 2,46% do total de financiamento com este fim, para se fixar em 2.331 milhões de euros. No consumo baixou para 6,17% do total de crédito com essa finalidade, o que corresponde ao nível mais baixo desde maio de 2009. Na categoria de outros fins, o malparado baixou para 15,42%.

Nas empresas também foi notório um decréscimo dos níveis do crédito em cobrança duvidosa. Em dezembro, este fixou-se em 15,7% (12,1 mil milhões de euros) do total do crédito ao segmento empresarial, que ascendia cerca de 77 mil milhões de euros.

A quebra do crédito vencido, tanto nas famílias como nas empresas, acontece numa altura em que o tema do malparado tem sido muito falado. Nomeadamente a possibilidade da criação de um mecanismo que permita agregar os créditos neste tipo de circunstâncias nas mãos dos bancos portugueses.

O tema foi abordado ainda esta semana numa entrevista ao ECO concedida pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nunes santos. “Há várias soluções que estão a ser estudadas e pensadas [para resolver o problema do crédito malparado], também com o Banco de Portugal e o Governo. Esperemos que, a breve prazo, possamos ter uma resposta para um problema que é um constrangimento à concessão de crédito, ao nosso sistema bancário, às nossas empresas”, disse na ocasião o responsável do governo.

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Governo prevê subscrição do capital da TAP por trabalhadores nas “próximas semanas”

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2017

Secretário de Estado das Infraestruturas informou que deverão ser divulgadas “nas próximas semanas” as condições para a subscrição de 5% do capital da TAP pelos trabalhadores.

“Peço a atenção aos interessados porque nas próximas semanas serão divulgados termos e condições precisos para esta oferta”, informou o governante, na sessão de encerramento do 1.º congresso da I Conferência do SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, em Lisboa.

A subscrição poderá acontecer, dado que existe “final à vista” do processo de negociação com os bancos sobre o passivo financeiro da companhia aérea nacional.

“Muito em breve estaremos em condições de encerrar o processo de adaptação do passivo financeiro da TAP. Tem sido um trabalho difícil, moroso, com os bancos credores, mas que tem já um final à vista”, precisou o secretário de Estado.

Em causa estão os 5% de ações destinadas a todos os trabalhadores do grupo TAP, como prevê o acordo formalizado em fevereiro de 2016.

Cumprindo uma promessa eleitoral do Governo socialista, foi determinado que a posição do Estado no capital da TAP aumentou de 39% para 50%, enquanto os privados da Atlantic Gateway irão controlar 45%. Mas a percentagem do consórcio poderá chegar aos 50%, em função da adesão dos trabalhadores da TAP à operação de venda de 5% que lhes está destinada.

“Sabemos de antemão que, pelas reuniões que temos mantido com os diversos sindicatos, a oferta reúne um significativo interesse dos trabalhadores”, comentou o secretário de Estado, informando que a “expectativa e o desejo” do Governo são de que a “oferta seja subscrita na integralidade e que seja um sucesso”.

“Estamos confiantes de que com a reconfiguração acionista da TAP, esta será uma companhia de futuro e de sucesso juntando no mesmo voo Estado, privados e trabalhadores”, resumiu.

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Wall Street (e o mundo) à espera de Yellen

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Fevereiro 2017

Os índices de referência abriram na linha de água, com os investidores à espera das conclusões do discurso de Janet Yellen no Senado.

Depois da euforia de Trump, a calmaria antes da Fed. O plano “fenomenal” de redução fiscal animou os investidores, com os índices de referência a atingirem valores recorde. Hoje o mercado está mais cauteloso à espera do discurso que a responsável pela Reserva Federal vai levar aos senadores.

Assim, os índices de referência abriram na linha de água, com o S&P 500 a desvalorizar 0,09% para os 2.326,12 pontos, o tecnológico Nasdaq a acompanhar, com uma desvalorização de 0,13% para os 5.756,506 e o Dow Jones, que continua a negociar acima dos 20.000 pontos, mas a cair 0,19% para os 20.373,22 pontos.

É esperado que a Reserva Federal dê pistas em relação à direção das taxas de juro e às perspetivas económicas dos responsáveis do banco central dos EUA, que poderão melhorar. “O mundo ouve aquilo que Yellen diz e o seu discurso tem potencial para trazer um confronto com a realidade interessante”, afirma Andre Bakhos, analista na Janlyn Capital.

Janet Yellen vai falar hoje perante o Senado às 15h e falará amanhã na Casa dos Representantes, à mesma hora.

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Residentes fora da UE: novas regras para isenção do IVA

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 14 Fevereiro 2017

O Governo atualizou o valor dos bens isentos de IVA se comprados por cidadãos com residência habitual fora da UE. Vendedores também vão ter novo regime de comunicações eletrónicas.

Os produtos comprados em Portugal por estrangeiros residentes fora da UE só estarão isentos de IVA se o valor mencionado na fatura, líquido de imposto, for superior a 75 euros. O montante atualizado entra em vigor em julho e foi publicado esta terça-feira em Diário da República. O decreto-lei em causa também cria um sistema de comunicações eletrónicas específico, embora prevendo aqui um regime transitório.

Atualmente, estão isentos de IVA, neste caso, os bens que excedem 49,88 euros (sem imposto), explica ao ECO a fiscalista Catarina Matos, da EY. Se a norma agora publicada significa, por um lado, que há produtos que vão deixar de estar abrangidos pela isenção, também há que ter em conta, por outro lado, que o valor atual já tem décadas, diz, por seu turno, Afonso Arnaldo, da Deloitte. Se este montante tivesse sido atualizado à taxa de inflação, seria “muito mais elevado”, refere o fiscalista.

A isenção de IVA aplica-se apenas quando estão em causa compras feitas para fins privados, por pessoas que não têm residência habitual na União Europeia. E estas devem transportar os bens para fora da União na sua bagagem pessoal até ao fim do terceiro mês seguinte, continua o decreto-lei.

Além dos bens de valor inferior a 75 euros, também estão excluídas as “transmissões de bens de equipamento ou abastecimento de barcos desportivos e de recreio, de aviões de turismo ou de qualquer outro meio de transporte de uso privativo”.

Com o diploma agora publicado, os vendedores destes produtos devem comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), “por via eletrónica e em tempo real”, um conjunto de elementos, nomeadamente a identificação do viajante, a quantidade e o montante dos bens e o valor do imposto aplicável se não existisse isenção. O decreto-lei estabelece, porém, uma norma transitória, dispensando esta nova forma de comunicação nas transmissões de bens realizadas até ao final do ano, aplicando-se os procedimentos previstos atualmente. No entanto, a redação do diploma levanta algumas dúvidas quanto à entrada em vigor desta norma.

O vendedor pode exigir, a título de caução, o valor correspondente ao imposto que seria pago se não existisse isenção, mas fica obrigado a cancelar o instrumento, ou a devolver o montante — “podendo neste caso deduzir apenas os eventuais custos incorridos com a devolução” — nos 15 dias após a comunicação ou a receção dos documentos previstos no decreto-lei. Quando a restituição de montantes retidos a título de caução não é feita diretamente pelo vendedor, este também terá de comunicar, no novo regime, o número de identificação fiscal da entidade que faz a restituição.

Com a certificação de saída dos bens, a AT deve comunicar ao vendedor, também por via eletrónica, “que estão reunidas as condições de verificação da isenção”. Quando a certificação de saída de bens da União Europeia for feita por outro Estado-membro, o comprador ou um terceiro por conta do vendedor “devolve a este os exemplares dos documentos relevantes, devidamente visados para efeitos de confirmação da isenção” — e o vendedor deve comunicar à AT que recebeu os documentos.

Se o vendedor não tiver consigo a prova de saída dos bens da UE passados 150 dias da transmissão, deve liquidar o imposto “até ao fim do período declarativo seguinte àquele em que terminou o referido prazo”, avança ainda o diploma.

O preâmbulo de decreto-lei explica que é criado um sistema eletrónico que permite “uma maior celeridade no procedimento de verificação dos pressupostos da isenção, assim como a recolha de informação relevante para a definição de critérios de risco com vista à prevenção e controlo da fraude”. Acrescenta ainda que “o crescimento do turismo em Portugal justifica a adoção de procedimentos simplificados que facilitem a mencionada isenção de imposto sobre o valor acrescentado aos viajantes, promovendo as aquisições de bens em Portugal por parte daqueles turistas, sem reduzir o controlo sobre as referidas operações, através da adequada verificação eletrónica e excecionalmente controlos manuais”.

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Quinta das Lágrimas. Do século XIV ao XXI numa história de amor

Amores de Pedro e Inês voltaram a renovar-se na Quinta das Lágrimas: o hotel sofreu obras de remodelação. Agora, até tem um fotógrafo residente para eternizar os amores dos amantes que por lá passam.

Fontes dos Amores e das Lágrimas ficam no jardim da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, que podem ser explorados por hóspedes do hotel e por visitantes.D.R.

Lágrimas são a água e o nome amores. As palavras escritas por Camões, n’Os Lusíadas, são repetidas muitas vezes pela guia Cláudia Vale, de cada vez que, com visitantes, vai ao Jardim da Quinta das Lágrimas. O documento mais antigo em que a Quinta com o mesmo nome é referida data de 1326. E é nesse ano que, entre lendas populares e a verdadeira versão dos factos, se começa a fazer a história.

D. Pedro foi o precursor das sms“, conta Cláudia. “Usava o canal para levar água de duas nascentes para o Convento de Santa Clara, mandado construir pela Rainha Santa Isabel, para mandar barquinhos de madeira que funcionavam como convites para que Inês de Castro o visitasse nos jardins da Quinta das Lágrimas”, detalha a guia. A essa fonte chamaram “dos Amores”, por ter presenciado a história de amor entre Pedro e Inês. Ao lado desta, poucos metros à frente, Camões chamou a outra a Fonte das Lágrimas. E, entre elas mas não só, há árvores oferecidas por Duques e outros ilustres visitantes que, ao longo dos anos, foram conhecendo a Quinta.

Algumas das árvores dos jardins da Quinta das Lágrimas foram oferecidas por ilustres visitantes que passaram pela quinta ao longo dos séculos.Ana Rute Fotografia

Um deles foi, em 1813, o Duque de Wellington que, a convite do seu ajudante de campo, António Osório Cabral de Castro, dono da Quinta e antepassado dos atuais proprietários: na altura plantaram-se nos jardins da Quinta duas wellingtonias, sequoias gigantes, e mandou-se erguer uma lápide com a estrofe d’Os Lusíadas que situa a história do amor de Pedro e Inês naquela quinta.

O jardim está aberto a todos os visitantes. A entrada para não hóspedes custa 2,5 euros.Ana Rute Fotografia

O restaurante mais pequeno do mundo

Ainda que a quinta pertença, desde 1730, à mesma família, só em 1995 o espaço foi convertido em hotel. Em 2016, deram-se início a obras de remodelação: o projeto ficou a cargo da Brodway Malyan. O Hotel mantém a ala do Palácio com decoração à altura do tempo das princesas e dos reis: nessa parte do hotel existem salas de estar com quadros emoldurados a dourado, uma capela e uma biblioteca que guarda uma escada secreta para o primeiro andar, apenas acessível se conhecido o segredo.

Em 2004 é desenhado e inaugurado o edifício Acqua, um projeto do arquiteto Gonçalo Byrne, que integra uma nova ala de quartos, um centro de reuniões e banquetes e o spa do hotel.

Depois de 1,5 milhões de investimento na remodelação do hotel, foram recuperados alguns dos quartos e zonas públicas. O azul tornou-se o tom predominante nos quartos por ser o tom da realeza e para, de alguma forma, uniformizar a decoração em todas as alas do hotel. E os tapetes, também, em tons de azul, são inspirados nas árvores centenárias dos jardins da Quinta. “Todas estas alterações ajudaram a tornar o espaço do hotel mais uniforme, de maneira a que, apesar dos diferentes ambientes, os hóspedes tenham a perceção de que estão no mesmo espaço“, explica o diretor do hotel, Alberto Gradim.

“Os quartos e as salas foram redecorados, criámos um gastro-bar e um restaurante onde apenas entram poucas pessoas”, conta Miguel Júdice, CEO do Grupo Lágrimas. Além disso é possível reservar jantares no jardim, à luz das velas, e até agendar uma sessão fotográfica com a fotógrafa residente, Ana Rute. Os jardins da Quinta das Lágrimas estão também disponíveis para eventos como casamentos. Já os restaurantes estão a cargo do chef Vítor Dias que, depois da saída de Albano Lourenço assumiu os comandos da cozinha da Quinta. As receitas, à base de produtos frescos, contam com ervas da horta dos jardins e mudam quatro vezes por ano. O pão, como o do pequeno-almoço, é em forma de coração.

A remodelação do hotel introduziu outra novidade na dinâmica da Quinta. É que, além dos restaurantes Arcadas e Pedro e Inês, o hotel passa a ter outro restaurante no piso térreo: o mais pequeno do mundo, para “permitir experiências gastronómicas românticas a dois” ou para pequenos grupos.

Alberto Gradim, diretor do Hotel Quinta das LágrimasD.R.

No entanto, as obras não foram apenas ao nível da estrutura e decoração do edifício: o Hotel da Quinta das Lágrimas, do grupo Lágrimas, conta desde o início do ano com um novo diretor. Depois da passagem pelo Hotel Palace do Bussaco, Vila Galé Coimbra e Tivoli Coimbra, entre outros, Alberto Gradim assume a direção do hotel dos amores.

Mais amor por favor

E porque o amor de Pedro e Inês não é o único alguma vez vivido na Quinta das Lágrimas, o hotel organiza anualmente o Congresso do Amor. Este ano, a 18 de fevereiro, a quinta de Coimbra recebe convidados como a cantora e autora Adriana Calcanhoto, o escritor Pedro Chagas Freitas ou o cantor lusodescendente Pierre Aderne, entre muitas outras propostas de workshops, música e leituras em volta do tema do amor.

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