Like & Dislike: uma mentira em papel timbrado

A semana não correu bem ao Presidente da República. Colou-se excessivamente ao Governo. Na Caixa, nos juros e no défice.

Para um presidente da República é fácil e politicamente confortável colar-se a um Governo apoiado por um partido que está bem nas sondagens como é o caso do PS. Foi assim no passado, e será assim no futuro. Ainda todos se lembram como começou a “cooperação estratégica” entre José Sócrates e Cavaco Silva. E todos se lembram como terminou.

Tal como o próprio Marcelo já disse no passado, “o poder é passageiro, relativo e contingente”. E se o diabo der à costa, o país vai precisar de um Presidente suficientemente descolado do Governo para exorcizar o demónio político que anda a ser propalado por Pedro Passos Coelho. E para isso precisa manter uma relação franca e honesta com o PSD, porque Marcelo sabe que no dia que a geringonça falhar, terá de ser a direita a dar a mão a António Costa.

Ao longo da semana Marcelo Rebelo de Sousa entrou em euforia com os sucessos do Governo, e fez uma defesa acérrima e desnecessária quando as coisas correram mal a António Costa.

Percebe-se que os deputados do PSD tiveram ordem para não afrontar e conter as criticas a Marcelo Rebelo de Sousa; é politicamente suicida comprar uma guerra com um presidente com os níveis de popularidade nos píncaros. Mas os excessos de Marcelo hoje poderão ser a sua debilidade amanhã se tiver de lidar com uma situação de instabilidade política.

1. Redução do défice “é em larga medida obra deste Governo”

A semana começa com Marcelo Rebelo de Sousa a comentar os dados da OCDE. Disse que a redução do défice “é obra, há que reconhecer, do Governo anterior, mas é em larga medida obra deste Governo”. Não se percebe e era desnecessária a adjetivação da frase, porque passa a ideia de que a direita “fez qualquer coisinha”, mas que foi a esquerda a fazer realmente o que importa.

Se Marcelo Rebelo de Sousa se referia à redução do défice deste ano, a obra nem sequer é em “larga medida deste Governo”. É mesmo 100%. E com mérito, diga-se. Mas para que o PS conseguisse levar o défice de 3% para 2,3%, foi preciso que antes alguém o tivesse levado dos 11% para os 3%. Provavelmente a intenção do Presidente não foi má, mas a frase foi “em larga medida” infeliz.

2. “Tudo o que seja embaratecer a dívida mais longa nos mercados secundários é bom”

A meio da semana, Portugal foi ao mercado emitir dívida a cinco e a sete anos. Não correu particularmente bem. O país pagou um juro de 3,668% por dívida a sete anos, praticamente o dobro do que tinha aceite pagar há apenas oito meses.

E que comentário mereceu esta colocação de Marcelo Rebelo de Sousa? “Tudo o que seja embaratecer a dívida mais longa nos mercados secundários é bom”.

O presidente até parecia um técnico do IGCP a falar. Elogiou a estratégia de colocar mais dívida a sete anos no mercado primário, emitindo menos do que se espera, o que terá provocado um efeito de arrastamento nos juros a dez anos no mercado secundário. Esta tese de física quântica do mercado da dívida, além de ser questionável, pelos vistos foi sol de pouca dura. Hoje os juros estão a subir novamente. E não é por culpa do Governo, tal como a correção dos juros na quarta-feira não foi nenhuma façanha de António Costa.

3. “Não há nada assinado pelo primeiro-ministro ou pelo ministro das Finanças”

A semana termina mal para o Governo e sobretudo para Mário Centeno, que transformou uma sucessão de omissões, mal-entendidos, e meias-verdades numa grande trapalhada que leva a oposição a pedir a cabeça do ministro e a dizer que “mentiu”.

Nesta troca de acusações entre Governo e oposição, Marcelo Rebelo de Sousa achou novamente que tinha de sair em defesa de António Costa e de Mário Centeno.

Até encontrar alguma coisa assinada pelo ministro das Finanças que diga uma coisa diferente, para mim o ministro das Finanças tinha a mesma opinião do primeiro-ministro”, disse o Presidente da República.

Esta frase de Marcelo é infeliz e arriscada porque a pronunciou numa altura em que ainda não se conhecem todos os elementos desta história – ainda ontem o seu conselheiro Lobo Xavier avisou na SIC Notícias que ainda poderiam aparecer mais coisas.

Além disso, Marcelo toma as dores do Mário Centeno e praticamente coloca António Domingues, se calhar de uma forma muito injusta, numa espécie de degredo moral.

E quando Marcelo diz que “para mim o ministro das Finanças tinha a mesma opinião do primeiro-ministro”, está a cometer um equívoco. Tanto Mário Centeno, numa entrevista ao DN, como o gabinete do ministério das Finanças, num comunicado enviado ao Público, e as próprias palavras do seu secretário de Estado Mourinho Félix mostram que Centeno não tem (ou pelo menos não tinha) a mesma opinião de António Costa. A não ser que opinião de António Costa seja a de que os gestores da Caixa não tinham de entregar as suas declarações de rendimento e património junto do Tribunal Constitucional.

Mas para Marcelo pelos vistos a mentira ou a verdade têm de ser assinadas, timbradas e reconhecidas em notário. A semana não correu bem a Marcelo e por isso merece um “dislike”.

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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Mr. and Mrs. Love, conheça o Tinder à portuguesa

Nova plataforma de webdating quer aumentar a segurança na marcação de encontros: agora, além de poder conhecer desconhecidos, o encontro pode ser mediado por um profissional.

Mr. and Mrs Love é lançada em março de 2017.D.R.

Foi num dia de trabalho que João Simões, 32 anos, percebeu que ali, no meio das tarefas que tinha por cumprir, havia uma oportunidade de negócio. É que o engenheiro viu que, no meio das relações que nasciam na empresa onde trabalhava, a agência matrimonial Amore Nostrum, havia maneira de inovar: a lacuna entre começar a falar com um desconhecido e marcar o encontro. “Muitas pessoas, sobretudo a partir dos 40 anos, sentem-se inseguras para marcar encontros. Percebi que ali podia haver uma oportunidade“, explica João, em entrevista ao ECO.

Foi nesse momento que nasceu a ideia de criar a Mr. and Mrs. Love, uma plataforma que é mais do que apenas um site para marcar encontros e conhecer pessoas. “Com os avanços tecnológicos, de aplicações e webdating, começámos a detetar uma lacuna no mercado. Quisemos inovar introduzindo um acompanhamento profissional de psicólogos. No online não existe a possibilidade de acompanhamento, de toque humano, para evitar essa insegurança no processo de interação.” Uma espécie de Tinder com “dedo” português.

 

Da ideia à prática passaram alguns meses, muitas horas de trabalho e vários investidores portugueses, cujo número ou nome João evita revelar.

"A ideia da Mr. and Mrs. Love é conciliar o melhor dos dois mundos: a comodidade de um serviço online com a possibilidade de uma interação pessoal assistida.”

João Simões

Fundador da Mr. and Mrs. Love

O passo seguinte foi montar a estrutura: numa primeira fase, a Mr. and Mrs. Love funciona apenas como plataforma online mas a ideia é que evolua para uma aplicação. E se Portugal vai servir de mercado de teste, a ideia da equipa é que o crescimento se faça no mundo inteiro, tendo como mercados com maior potencial a Europa e o Estados Unidos.

A utilização é simples: o utilizador regista-se e fica automaticamente apto para comunicar com outros utilizadores através da plataforma. Existem dois tipos de utilizadores: os regulares (a subscrição varia entre 40 e 70 euros, dependendo da duração) e os premium (199 euros/três meses), que contam com vantagens como acesso a perfis validados pela equipa de psicólogos e a possibilidade de marcarem encontros nas várias agências que a parceira da startup, a Amore Nostrum, tem espalhadas por todo o país (Braga, Porto, Coimbra, Viseu, Leiria, Lisboa e Faro).

“Acredito que estas estratégias ajudam a tornar o webdating o mais seguro possível, permitindo às pessoas conhecerem-se com a presença de uma terceira pessoa e num sítio neutro. Além de que, os nossos utilizadores terão também acesso a uma série de conteúdos e contactos ligados à saúde, ao bem-estar, entre outros temas”, conclui João. Nos planos futuros está a consolidação do mercado nacional ainda este ano: a Mr. and Mrs. Love quer chegar aos 5.000 utilizadores até final de 2017.

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Governo falha avaliação aos fundos comunitários em 2016

Para 2016 estavam previstas seis avaliações ao Portugal 2020. Só foi feita uma à Iniciativa Emprego Jovem. Não foi possível lançar a tempo os concursos para escolher as equipas.

Eram seis as avaliações que estavam previstas, no ano passado, ao Portugal 2020. Só foi realizada uma, que ainda se encontra em fase de conclusão.

De acordo com o Plano Global de Avaliação do Portugal 2020 — um documento inicialmente publicado em agosto de 2015, mas entretanto revisto em janeiro deste ano — estavam previstas ser feitas em 2016, “sobretudo, avaliações de processo e de impacto de intervenções cofinanciadas no período de programação 2007-2013, em domínios que têm continuidade no PT2020. Esta opção permite antecipar algumas avaliações de impacto, nomeadamente em áreas cujos efeitos apenas se produzirão na segunda fase do PT2020”.

A lista definia que deveria ser feita uma avaliação ao impacto do QREN, o anterior quadro comunitário de apoio, ao nível das temáticas da competitividade e internacionalização, do Capital Humano e Territorial; ao processo em termos de Inclusão Social, Capital Humano e Territorial. Contudo, só a avançou a avaliação do Iniciativa Emprego Jovem, “que foi contratada e se encontra em fase de conclusão“, explicou ao ECO fonte oficial do ministério do Planeamento e Infraestruturas, que tem a tutela dos fundos comunitários.

E porquê este incumprimento? “Não foi possível concluir em 2016 os procedimentos contratuais associados ao lançamento das restantes avaliações“, explicou fonte oficial. “Esses procedimentos serão concluídos no primeiro trimestre de 2017”, altura em que se avançará com a realização dessas avaliações.

Este ajustamento de calendário já foi integrado na última revisão anual do Plano Global de Avaliação do Portugal 2020 (consulte aqui), garante o ministério. Assim, inicialmente estavam previstas fazer sete avaliações em 2017 e agora passaram a ser dez. No cômputo geral, o Plano ganhou uma avaliação adicional. Originalmente entre 2015 e 2020 deveriam ser feitas 48 avaliações, para as quais estavam previstos 4,8 milhões de euros. O orçamento associado à implementação do Plano Global de Avaliação era de 5,67 milhões de euros distribuído por várias rubricas: Realização das avaliações: 4,8 milhões; Capacitação em avaliação: 450 mil euros; Comunicação das avaliações do Plano: 135 mil euros e Aquisição de informação: 200 mil euros.

Não foi possível concluir em 2016 os procedimentos contratuais associados ao lançamento das restantes avaliações. Esses procedimentos serão concluídos no primeiro trimestre de 2017.

Fonte oficial

Ministério do Planeamento e Infraestruturas

Agora, os processos serão concentrados entre 2015 e 2019. E serão feiras 49 avaliações. Um aumento que foi não acompanhado de uma subida da dotação destinada a estes exercícios.

O plano prevê que estas avaliações sejam feitas por equipas mistas ou internas, contudo, o atual Executivo considera que esses serão “casos excecionais”, porque “por regra, as avaliações do Portugal 2020 são desenvolvidas por equipas externas escolhidas” através de concurso. É o caso, por exemplo, da avaliação ex-ante dos Instrumentos Financeiros levada a cabo pela empresa de Augusto Mateus, que comprovou a existência de falhas de mercado que justificavam a existência de um banco de fomento que veio a assumir a forma da Instituição Financeira de Desenvolvimento.

E para as oito avaliações que deverão ter lugar este ano ainda não há equipas escolhidas. “A escolha das equipas resulta da conclusão do processo de contratação pública, pelo que não estando ainda concluídos esses processos para as avaliações a realizar este ano (em vários casos onde ainda não foi publicado o concurso), consequentemente não estão selecionadas as equipas”, justifica o ministério.

A próxima avaliação a ser contratada deve ser a “Avaliação do contributo dos FEEI para as dinâmicas de transferência e valorização de conhecimento”, avançou o ministério de Pedro Marques. Para este exercício estão previstos 80 mil euros que sairão do Programa Operacional de Assistência Técnica.

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Literacia: Portugueses pouco aprenderam com a crise

Estudo mostra que portugueses não aprenderam muito com a crise financeira e tentam compensar essa falta de conhecimento com aconselhamento profissional quando chega a hora de tomar decisões.

Um estudo sobre literacia financeira coloca Portugal em penúltimo lugar na Europa e mostra que os europeus pouco aprenderam no que toca a conhecimentos financeiros cerca de dez anos depois da crise do subprime nos EUA.

Portugal ocupa a nona posição, atrás da Itália e à frente da França, em termos de literacia e risco, de acordo com o relatório encomendado pela seguradora Allianz. Cerca de 45% dos inquiridos portugueses respondeu a todas as questões básicas de literacia financeira e 11% respondeu corretamente às questões sobre o risco. E apenas 7% dos participantes em Portugal foi capaz de responder corretamente a todas as cinco questões básicas sobre literacia financeira e risco.

“À semelhança dos demais países inquiridos, Portugal evidencia espaço significativo para melhorias”, aponta o estudo “When will the Penny Drop: Money, financial literacy and risk in the digital age”. “Pouco mais de uma década após a crise financeira global demonstrar a importância da literacia financeira, os europeus continuam a revelar poucas melhorias nos seus conhecimentos financeiros e na capacidade de tomar decisões financeiras inteligentes”, salienta ainda.

"À semelhança dos demais países inquiridos, Portugal evidencia espaço significativo para melhorias. Pouco mais de uma década após a crise financeira global demonstrar a importância da literacia financeira, os europeus continuam a revelar poucas melhorias nos seus conhecimentos financeiros e na capacidade de tomar decisões financeiras inteligentes.”

Allianz

Sobre conceitos relacionados com o risco, os resultados foram ainda mais reveladores da falta de sabedoria dos europeus. Em média, menos de metade dos inquiridos respondeu a essas questões de forma correta. E o menos compreendido foi o conceito da diversificação do risco.

Em Portugal, menos de um em cada cinco inquiridos conseguiu identificar o produto financeiro mais adequado num cenário real assente em diversificação de risco, face à dia europeia de 28%.

Apesar do menor conhecimento em Portugal, os portugueses consideram o aconselhamento profissional útil na hora de tomar de decisões financeiras.

As conclusões do estudo foram realizadas com base em 1.000 entrevistas nos seguintes países: Áustria, Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Holanda, Portugal, Reino Unido e Suíça.

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Combustíveis vão subir. Gasolina mais que o gasóleo

Mais uma semana, mais uma subida dos preços dos combustíveis. A valorização do petróleo vai fazer aumentar os valores de venda nos postos de abastecimento nacionais, sendo mais notória na gasolina.

Os preços dos combustíveis vão voltar a subir no arranque da próxima semana. Tal como tem acontecido nas últimas, a valorização dos preços do petróleo nos mercados internacionais trará agravamentos nos preços de ambos os produtos. Contudo, essa evolução será mais sentida no caso da gasolina.

Tanto a gasolina como o gasóleo ficaram mais caros esta semana, num período em que o petróleo avançou. A cotação média semanal, que é a considerada na atualização dos preços semana após semana, aumentou em 0,55% no caso do diesel, mas subiu 1,7% na gasolina, de acordo com os cálculos do ECO, com base em dados da Bloomberg.

Assim, a gasolina tem margem para aumentar um cêntimo por litro no arranque da próxima semana, enquanto os condutores de automóveis a gasóleo, que são a larga maioria em Portugal, deverão sentir um agravamento em torno de meio cêntimo por litro. Assim, a gasolina poderá passar da fasquia dos 1,50 euros, em termos médios.

Os preços dos combustíveis prosseguem, assim, a tendência que já se regista desde o final do ano passado. Estes aumentos consecutivos dos preços têm puxado pela inflação. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a variação homólogo do índice de preços no consumidor (IPC) ascendeu a 1,3% no mês de janeiro, puxado pelos combustíveis. Atingiu o nível mais elevado desde o último mês de 2012.

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Governo contra fim da caducidade na contratação coletiva defendida por PCP, BE e PEV

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2017

"Olhamos o princípio da caducidade como um instrumento para evitar a cristalização das relações laborais como se tinha transformado durante décadas", afirmou o ministro Vieira da Silva.

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social vincou hoje que o Governo do PS é contra o fim da caducidade da contratação coletiva como defendem PCP, BE e PEV, num debate parlamentar requerido pelos comunistas.

Vieira da Silva esclareceu ainda que “o único acordo de concertação social que existe entre o Governo e os parceiros — empregadores e sindicatos que quiseram subscrever — é o celebrado em 22 de dezembro de 2016”, insistindo que “não há mais nenhum acordo escondido ou não escondido”.

“É muito claro: produzir reflexão, tendo em vista um consenso para melhoria das condições do mercado de trabalho”, frisou.

Nesse acordo “estão identificadas as prioridades: a melhoria e renovação da contratação coletiva e o combate à precariedade e à extrema segmentação do mercado de trabalho. Foi por isso que os parceiros sociais aceitaram o compromisso de, durante 18 meses, não ser ativado o princípio da caducidade”, continuou o responsável da tutela, o qual sublinhou ainda que o Executivo é contra a reversão do princípio da caducidade.

Segundo Vieira da Silva, “nunca houve a mais pequena dúvida”, pois “faz parte da história da intervenção do PS nas relações laborais”.

Olhamos o princípio da caducidade como um instrumento para evitar a cristalização das relações laborais como se tinha transformado durante décadas. Não o olhamos como uma arma para destruir a negociação coletiva que, a cada momento, pode ser utilizada para impedir a negociação”, afirmou.

A contratação coletiva é o processo negocial entre empregadores e representantes dos trabalhadores (sindicatos), podendo tomar a forma de acordo de empresa (de grande dimensão), acordo coletivo de trabalho (várias empresas e sindicatos) e o contrato coletivo de trabalho (entre um ou vários sindicatos de um setor e uma empresa).

Por norma, ficam estipuladas condições melhores às do Código Geral do Trabalho, como uma remuneração mínima por profissão, os períodos de trabalho diário ou semanal, as condições dos turnos, as compensações por trabalho suplementar, prémios, fundos de pensões, seguros, direitos e deveres das partes e maneiras de dirimir conflitos, entre outros.

Os deputados comunistas António Filipe e Rita Rato referiram “a velha máxima do direito, segundo a qual ‘entre o forte e o fraco, é a liberdade que oprime e a lei que liberta”, argumentando que “não foi a troika“, mas antes o Código do Trabalho de Bagão Félix, num Governo PSD/CDS, que introduziu o princípio da caducidade e retirou o princípio do melhor tratamento ao trabalhador”.

Valorizar a contratação coletiva exige a reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador e o fim da caducidade na lei. Esta é uma exigência da democracia e uma condição de desenvolvimento do país”, afirmou Rita Rato.

A deputada socialista Wanda Guimarães zelou pelo restabelecimento do “clima de respeito e valorização do espaço negocial entre organizações patronais e sindicais, que a direita não respeitou durante quatro anos”, recordando que se trata da “defesa e concretização dos direitos dos trabalhadores cruzados com os interesses das empresas” e que, em 2008, havia 1,9 milhões de pessoas abrangidas pela contratação coletiva e, em 2013, não chegavam a 243 mil (12%).

O ministro do setor, Vieira da Silva, afirmou “crer na negociação coletiva” e mostrou-se disponível “para a promover, mas também para alterar a legislação necessária”.

Na oposição, PSD e CDS-PP lamentaram a tentativa de reversão das “reformas elogiadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)” e protagonizadas por governos apoiados por sociais-democratas e democratas-cristãos.

“O PCP ignora assim os compromissos assumidos pelo PS com a ‘troika’ e do Governo PSD/CDS, em diálogo com parceiros sociais. Ignora assim aquilo que é dito pelo seu Governo, aquele que apoia e aquilo que é feito por esse Governo, ou seja, nada. Não deitem fora, não deitem para o lixo o que foi feito no passado e que tem beneficiado os trabalhadores”, disse Clara Marques Mendes, apontando os números positivos em termos de emprego nos últimos anos.

O deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro condenou os comunistas por falarem “muito em contratação coletiva, em diálogo social”, mas recordou que a sua central sindical (CGTP) nunca assumiu um acordo de concertação social.

“Será isto mais um número de televisão? Será para fingir que é oposição ao Governo que apoia? A palavra reverter é o mantra da geringonça”, concluiu.

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Torre Eiffel à prova de bala por 20 milhões de euros

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Fevereiro 2017

Para prevenir potenciais ataques terroristas, o monumento parisiense vai ser protegido por uma parede de vidro de 2,5 metros. A fatura vai ser de 20 milhões.

A Torre Eiffel vai ser rodeada por uma parede de vidro à prova de bala com 2,5 metros. A construção faz parte das medidas de prevenção de terrorismo anunciadas pela cidade de Paris. Esta vai permitir deter não só disparos, mas também veículos que possam entrar naquela zona e vai custar 20 milhões de euros.

“A ameaça de terror continua alta em Paris e os sítios mais vulneráveis, começando com a Torre Eiffel, têm de ser alvo de medidas de segurança especiais”, afirmou o vice-presidente da Câmara de Paris, Jean-François Martins. O local recebe seis milhões de pessoas por ano.

Já existem grades nos sítios onde vão ser erguidas as paredes, mas estas são demasiado deselegantes. O vice-presidente afirmou que as novas paredes vão ser desenhadas de maneira a que se passem mais despercebidas, misturando-se com a paisagem envolvente.

Ainda assim, muitos deputados já expressaram o seu receio de estas paredes se tornarem “um forte” e assustarem os turistas. Tudo em nome da segurança.

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Mersch: BCE não pode continuar com juros baixos

  • ECO
  • 10 Fevereiro 2017

Yves Mersch veio repetir a sua oposição à atual política de compra de dívida do BCE, mas Mario Draghi continua a não lhe dar ouvidos.

Yves Mersch, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu, reforçou a sua posição contrária às políticas de Mario Draghi, presidente do BCE. “Durante quanto tempo poderemos continuar a falar de taxas ainda mais baixas como uma opção da política monetária?”, questionou, indo contra aquilo que Draghi tem defendido.

“Considerando a importância da credibilidade para um banco central, não deve continuar a adiar-se as medidas graduais necessárias à nossa estratégia comunicacional”, afirmou esta sexta-feira em Alveshole, na Alemanha, mostrando-se favorável à redução dos valores mensais de compras de ativos por parte do BCE.

“Os ajustes ao nosso programa de compra de ativos vão ser implementados como foi anunciado em dezembro, porque, em primeiro lugar, contribui significativamente para a recuperação da economia e a estabilização dos preços, e segundo, porque as políticas monetárias têm de ser fortalecidas em tempos de maior incerteza, como garantia de estabilidade e confiança por ser credível”, notou.

Já no final de novembro do último ano, Mersch tinha mostrado a sua apreensão quanto à duração do programa de obrigações em voga: “A dimensão do programa de compras significa que irá levar algum tempo, mas um compromisso permanente de compra de obrigações, por exemplo, seria um incentivo errado para o financiamento dos governos.”

Mas Mario Draghi não está de acordo e pretende manter a política atual, apesar de as críticas não virem só de Mersch. Com a inflação a subir rapidamente, em especial devido à subida dos preços dos combustíveis, opiniões mais conservadoras estão a levantar-se a favor de que o BCE recue na sua política facilitista atual. Uma mudança que Draghi recusa.

A inflação chegou aos 1,8% no último mês, atingindo o limite pretendido pelo BCE — abaixo dos 2% — mas é provável que torne a cair quando os preços do petróleo tornarem a baixar.

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Popular prepara venda do negócio em Portugal

O Banco Popular de Portugal faz parte de uma lista de ativos que o banco espanhol pondera alienar, tendo como objetivo evitar a necessidade de avançar com um aumento de capital, avança o Cinco Dias.

O Banco Popular poderá estar de saída de Portugal. A unidade de negócio nacional do banco espanhol faz parte de um conjunto de ativos que o novo presidente do Popular pondera alienar, segundo avança o Cinco Dias (acesso gratuito). A medida tem como objetivo evitar a necessidade de avançar para um aumento de capital.

De acordo com a publicação espanhola, o Banco Popular pretende vender a filial norte-americana TotalBank, bem como a banca privada e outros ativos, onde se inclui a unidade de negócio lusa. A notícia surge depois de já este ano, o Banco Popular de Portugal ter deixado de ser um banco de direito português para passar a ser uma sucursal do banco espanhol, uma medida que teve como objetivo reduzir custos. Já em novembro o banco espanhol anunciou a intenção de dispensar 295 trabalhadores e encerrar 47 agências em Portugal, como parte de um plano de reestruturação que engloba 2.592 empregados e 300 agências de todo o grupo. O Banco Popular está em Portugal desde o ano 2000.

A intenção de alienar ativos surge poucos dias depois de o Banco Popular ter apresentado o pior resultado da sua história, com os prejuízos a ascenderem ao valor recorde de 3.485 milhões de euros em 2016. Um resultado que se deveu ao esforço extraordinário na constituição de provisões para limpar o balanço do banco, numa altura em que o malparado no Popular suscita preocupação.

A frágil situação do banco espanhol, liderado por Emilio Saracho, tem aumentado a pressão por parte dos bancos de investimento para que o Banco Popular avance para um aumento de capital na ordem dos três mil milhões de euros. Contudo a estratégia do recém-nomeado presidente do Banco Popular passará pela via da alienação de ativos agora conhecidos.

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Caldeira Cabral: “Janeiro foi um bom mês em termos de exportações”

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, garantiu esta sexta-feira que existem indicadores que apontam para que janeiro tenha sido "um bom mês em termos de exportações".

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, garantiu esta sexta-feira que, para Portugal, “janeiro foi um bom mês em termos de exportações”. “O crescimento das exportações em novembro e em dezembro do ano passado, mas já em todo o segundo semestre do ano passado, demonstram sinais muito positivos que se continuam a verificar, por exemplo, em janeiro deste ano”, indicou, à margem do 11º Encontro COTEC Europa, a decorrer em Madrid.

Declarações que surgem depois de o Instituto Nacional de Estatística ter divulgado esta quinta-feira que as exportações de bens aumentaram 0,9% no ano passado, uma desaceleração face ao crescimento de 3,7% que tinha sido registado em 2015. O valor ficou também aquém do das importações, que cresceram 1,2%, o que também corresponde a uma desaceleração face aos 2,2% que tinham crescido em 2015. Os dados mostram que este foi o pior crescimento das exportações portuguesas de bens desde 2009, ano em que contraíram 18,4%.

Questionado sobre a viabilidade de acelerar o crescimento económico, Caldeira Cabral disse ser “possível crescer mais”. “O crescimento já subiu para 1,6% no terceiro trimestre. Tivemos um dos maiores crescimentos em cadeia da União Europeia e no quarto trimestre, os números são muito promissores e demonstram que está a continuar a haver uma aceleração do crescimento ao longo de 2016 que queremos que se prolongue por 2017″, avançou.

Recorde-se que o próprio Presidente da República, na sua primeira grande entrevista após um ano de mandato, admitiu que Portugal iria superar a meta de crescimento fixada pelo Executivo em 1,2%. O crescimento, o ano passado poderá ter ficado em 1,3 ou 1,4%, porque tudo aponta para que, no quarto trimestre de 2016, a tendência de aceleração da economia se consolide.

No quarto trimestre, os números são muito promissores e demonstram que está a continuar a haver uma aceleração do crescimento ao longo de 2016.

Manuel Caldeira Cabral

Ministro da Economa

Acerca da saída do Reino Unido da União Europeia, o ministro da Economia salientou que “as empresas portuguesas têm relações há muito tempo com o Reino Unido e vão continuar a tê-las”, adaptando-se às “novas circunstâncias”. “As empresas estão atentas, estão a preparar planos de contingência como também no Governo estamos a trabalhar nesse sentido, mas há muito por definir e é um trabalho que tem de ser feito entre o Reino Unido e a União Europeia”, concluiu.

O ECO viajou para Espanha a convite da COTEC Portugal

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Centeno tem a “confiança” do Governo, o resto são “tricas”

  • Margarida Peixoto
  • 10 Fevereiro 2017

O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira que mantém "toda a confiança" no ministro das Finanças. Louvou o trabalho de Mário Centeno e acusou a direita de se ocupar com "tricas".

“O ministro das Finanças tem toda a minha confiança e aliás a admiração do país pela forma notável como tem sabido pilotar a viragem da página da austeridade, devolvendo rendimentos, aumentando salários e diminuindo a carga fiscal e conseguindo o feito do menor défice da democracia”, disse esta sexta-feira António Costa.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas, em Vila Real. Nas declarações prestadas, transmitidas pela RTP3, António Costa defende Mário Centeno e acusa o PSD e o CDS de perderem tempo com “tricas”, enquanto o Executivo se concentra em “resolver os problemas do país”.

“Paulo Rangel, o PSD e o CDS dedicam-se às tricas, nós dedicamo-nos a resolver os problemas do país”, defendeu António Costa. “Não vou perder tempo a dedicar-me a tricas”, garantiu.

A estratégia do primeiro-ministro na defesa de Centeno é clara: Costa não comentou diretamente as acusações de que o governante tem sido alvo — a direita acusa-o de mentir ao Parlamento na polémica da Caixa e já se pede a sua demissão — e preferiu sublinhar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido.

O ministro “tem feito um excelente trabalho relativamente a um grande desafio adiado pelo anterior Governo e que tem que ver com o sistema financeiro”, frisou Costa, argumentando que “uma após a outra, cada instituição financeira tem conseguido uma boa solução”. O chefe do Governo lembrou os desenvolvimentos no BPI, no BCP e na Caixa Geral de depósitos, com a autorização conseguida junto da Comissão Europeia para avançar com a recapitalização pública.

E continuou: a Caixa “tem hoje uma administração que cumpre a lei e as regras da transparência e que está concentrada na execução do plano de negócios”.

Perante a insistência dos jornalistas, Costa acabou por atacar a oposição de direita. “O PSD e o CDS não têm nada a dizer ao país e ao Governo e aos portugueses”, atirou, defendendo que os dois partidos não colaboraram para a discussão do aumento do salário mínimo nem para a redução do Pagamento Especial por Conta para as empresas.

E até aproveitou a deixa de Manuela Ferreira Leite que, no seu habitual espaço de comentário na TVI24, considerou a polémica sobre o convite feito a António Domingues para liderar a Caixa como uma “trica entre duas pessoas”.

“Ontem Manuela Ferreira Leite dizia que eram pequenas tricas. Não podemos perder tempo com tricas”, disse António Costa. “O essencial é ter uma Caixa forte”, defendeu, recentrando a questão nos resultados da política do Governo. “É isso que interessa às pessoas e é com isso que as pessoas estão preocupadas”, assegurou. “O que as pessoas veem no ministro das Finanças é um referencial de confiança”, somou.

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Bitcoin desvaloriza com suspensão de levantamentos na China

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Fevereiro 2017

Duas empresas de troca de bitcoin suspenderam os levantamentos devido a uma operação anti-corrupção. A moeda reagiu negativamente, chegando a cair 2%.

Depois de ter batido recordes de devido à instabilidade política, a bitcoin começou a abrandar. O motivo foi a suspensão de levantamentos por parte de duas das maiores plataformas de negociação chinesas, a OkCoin e a Huobi. Em declarações, as empresas afirmaram que a suspensão vai continuar em vigor enquanto a operação anticorrupção que está a decorrer no país não terminar.

Esta operação foi espoletada em janeiro, com o surgimento da ideia de que a moeda poderia estar a ser utilizada para lavagem de dinheiro e manipulação cambial. Espera-se que o banco central chinês endureça as regras e que todas as empresas passem a funcionar segundo manda a lei.

O crescimento exponencial da moeda deveu-se principalmente aos investidores chineses que encontraram na bitcoin uma maneira de se protegerem de uma depreciação forte do yuan. Ao deixar de ser útil, a moeda virtual começou a desvalorizar mais de 2% em relação ao dólar, posicionando-se agora nos 997,36 dólares.

Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)

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