Wall Street abre no verde. Petróleo retoma ganhos

Os três principais índices norte-americanos abriram com ganhos, acompanhando a tendência dos mercados bolsistas na Europa e na Ásia. Petróleo volta a valorizar.

As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo. O vento tem soprado de feição para os mercados bolsistas na Ásia e também na Europa. Nos Estados Unidos, os três principais índices arrancaram a sessão desta terça-feira com ganhos entre 0,10 e 0,50%.

O S&P 500 abriu a valorizar 0,12%. O industrial Dow Jones avançava 0,34%. Já o tecnológico Nasdaq era o que mais ganhava, subindo 0,50%. Os índices caminham assim no sentido de corrigirem parte das perdas registadas nas últimas sessões.

No campo das matérias-primas, os preços do petróleo voltaram ao verde, após um dia de quedas na ordem dos 2%. Esta terça-feira, o contrato de WTI celebrava-se em Nova Iorque a 47,61 dólares, uma valorização de 0,51%. Em Londres, os ganhos eram menos expressivos, fixando-se ainda assim perto dos 0,37%.

Segundo a Bloomberg, os investidores parecem estar a pôr para trás das costas os vários acontecimentos penalizadores da semana passada, marcada por questões políticas nos Estados Unidos, tensões geopolíticas com a Coreia do Norte e os atentados na Europa, sobretudo em Espanha.

A semana ficará marcada pelo encontro entre Janet Yellen e Mario Draghi na sexta-feira, respetivamente os chefes da Fed e do BCE, na conferência anual Jackson Hole. A representante da Reserva Federal deverá falar de “estabilidade financeira” e estará debaixo dos holofotes, numa altura em que a persistente inflação baixa tem criado preocupação.

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Marcelo aprova mudanças no IRS para pais separados

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

Os casais divorciados ou separados já podiam partilhar as despesas com os filhos dependentes, mas esta mudança legislativa faz chegar os mesmos direitos a pais noutras circunstâncias.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o diploma que assegura o direito à declaração conjunta de despesas e rendimentos com dependentes em sede de IRS. A promulgação do diploma, que teve origem em propostas de PCP, BE e PAN, foi anunciada na página da Internet da Presidência da República.

Os deputados aprovaram em 19 de julho as alterações ao Código do IRS que alargam as situações de partilha das deduções das despesas dos filhos em regime de guarda partilhada, que até aqui só eram permitidas aos divorciados judicialmente.

Desde a reforma do IRS de 2015 que é possível que os casais divorciados ou separados judicialmente de pessoas e bens possam partilhar, na declaração anual do IRS, as despesas com os filhos dependentes, nomeadamente as de educação, saúde e outras. No entanto, esta possibilidade não ficou garantida para os casos de dissolução da união de facto, das situações em que os progenitores nunca viveram juntos ou das situações de tutela ou apadrinhamento civil, sendo a estes que as alterações recentemente aprovadas se irão aplicar.

As alterações – aprovadas em plenário por unanimidade – serão aplicadas no momento da liquidação de rendimentos auferidos em 2017, com exceção das relativas às deduções fixas por descendente e ascendente, que só serão aplicadas na liquidação do IRS relativo aos rendimentos ganhos em 2018.

Nos casos em que os acordos de regulação da guarda partilhada fixem uma partilha de despesas não igualitária, a dedução das despesas será feita proporcionalmente a essa partilha de despesas.

Os sujeitos passivos terão até 15 de fevereiro do ano seguinte àquele a que respeita o imposto para comunicar a percentagem que lhes corresponde na partilha de despesas e, nos casos em que a soma não seja 100%, o Fisco divide em partes iguais o remanescente.

Os filhos em regime de guarda partilhada não poderão simultaneamente integrar mais do que um agregado familiar. Assim, os dependentes integram o agregado a que corresponder a residência determinada na regulação das responsabilidades parentais ou, se não tiver sido determinada residência, são integrados no agregado do sujeito passivo em que tiverem domicílio fiscal no último dia no ano a que respeite o imposto a liquidar.

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ERC já pode avaliar a compra da TVI pela Meo

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

O regulador dos media já foi contactado pela Autoridade da Concorrência para que se pronuncie sobre a compra da Media Capital pela dona Meo. Se a ERC der chumbo, o negócio não avança.

A ERC já recebeu o pedido de parecer do regulador da concorrência acerca da proposta de compra da dona da TVI por parte da dona da operadora Meo.

Contactada pela Lusa, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) confirmou que “recebeu, no final da tarde do dia 21 de agosto, o pedido de parecer formulado pela Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a operação de concentração, que consiste na aquisição, pela MEO – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, S.A., do controlo exclusivo do Grupo Media Capital, SGPS”.

Segundo o regulador dos media, a entidade “desenvolverá as diligências e contactos que considere relevantes para a melhor apreciação deste caso”, sendo que, “no final do processo, tornará oportunamente pública a sua posição”. O parecer da ERC sobre este negócio é vinculativo (se negativo) e o regulador dos media pode pedir um prolongamento do prazo para emitir a sua posição.

Na segunda-feira, a AdC tinha avançado que a Meo a tinha notificado da compra de 94% da Media Capital, através de uma Oferta pública de Aquisição (OPA) e da aquisição da totalidade do capital da Vertix. A operadora, do grupo Altice, anunciou em 14 de julho o lançamento de uma OPA abrangendo as ações representativas dos restantes 5,31% do capital do grupo Media Capital, dono nomeadamente da TVI.

A AdC, presidida por Margarida Matos Rosa, vai analisar se a compra de um grupo maioritariamente ativo nos setores da televisão, rádio, serviços de Internet, produção audiovisual e na distribuição musical e cinematográfica abre oportunidades para abusos de posição dominante da Atice naqueles setores.

A Altice, grupo que comprou há dois anos a PT Portugal, anunciou em julho que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação que a empresa espanhola avalia em 440 milhões de euros. Em 11 de agosto, o Conselho de Administração da Media Capital, que detém a TVI, considerou que a OPA “é oportuna e que as respetivas condições são adequadas”.

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NYT: Portugal, a máquina de lavar dinheiro angolano

  • ECO
  • 22 Agosto 2017

Na preparação das eleições presidenciais angolanas, o jornal norte-americano faz o retrato da evolução da relação estratégica entre Portugal e Angola.

De colonizador a colonizado, de dominador a máquina de lavar dinheiro. É assim que o New York Times define a evolução da relação estratégica entre Portugal e Angola, com Portugal a assumir o papel principal. Na preparação das eleições presidenciais angolanas, a decorrerem esta quarta-feira, o jornal norte-americano faz o retrato (acesso condicionado) desta relação, não deixando de fora nomes como Isabel dos Santos e Álvaro Sobrinho.

Na reportagem Portugal Dominated Angola for Centuries. Now the Roles Are Reversed, o jornal aponta dados que mostram Angola como um dos países mais corruptos do mundo e Portugal como um país “relaxado” no que diz respeito ao branqueamento de capitais. É feita depois a ligação entre ‘a fome e a vontade de comer’: “as condições dos dois países criaram uma combinação perfeita”, pode ler-se na reportagem. Condições que se estendem também à situação socioeconómica dos países, com Portugal a recuperar da crise financeira e Angola a prosperar com o dinheiro do petróleo.

"As condições dos dois países criaram uma combinação perfeita.”

The New York Times

Portugal Dominated Angola for Centuries. Now the Roles Are Reversed

Em declarações ao jornal, Ana Gomes, eurodeputada do PS, afirma que “em Angola, chamam Portugal a lavandaria” e Mira Amaral, antigo gestor do BIC e do BFA, garante que “é fácil de justificar o dinheiro” que Isabel dos Santos põe em Portugal, “porque tem várias e grandes empresas em Angola”.

Falar de Angola é falar de Isabel dos Santos

Os negócios da filha do presidente angolano em Portugal não são deixados de lado. O New York Times sinaliza a variedade de áreas em que está envolvida: “A filha mais velha do presidente de Angola, Ms. dos Santos, 44, tem comprado posições ou controlado os diamantes, os telemóveis, a banca e outras indústrias angolanas ao longo dos anos”, escreve o jornal. E ainda que em Portugal, Isabel dos Santos passe a imagem de selfmade woman, em Angola isto não é assim.

“Em Angola, a história dos ovos [que Isabel dos Santos tinha começado a vender ovos aos 6 anos] alimentou escárnio e ira”, continua. A presidência da Sonangol, a presença em eventos mundiais e as constantes campanhas de marketing de imagem também são focadas nesta peça.

Por fim, a ligação entre Portugal e Angola é feita através do “respeito” que em Portugal, “alguns angolanos encontraram”, e “perderam”. É assim referida a passagem de Álvaro Sobrinho pelo BESA, que culminou na investigação por apropriação indevida de fundos e gestão danosa.

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Greve do SEF: ANA recomenda chegar ao aeroporto quatro horas antes do voo

Reino Unido, Bulgária, Croácia, Ilhas Faroé, Irlanda, Roménia, Rússia, Turquia, Ucrânia e todos os países fora da Europa são os destinos que serão afetados pela greve do SEF

A greve de dois dias convocada pelos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para 24 e 25 de agosto, vai deixar o Aeroporto da Portela com um terço dos inspetores que habitualmente estão destacados para fazer o controlo neste aeroporto. As já longas filas para passar a fronteira deverão crescer e a ANA Aeroportos pede, por isso, que os passageiros que tenham de passar pelo controlo de passaportes cheguem ao aeroporto com quatro horas de antecedência.

Considerando o “elevado tráfego que se regista nos aeroportos nesta altura do ano, é previsível que os procedimentos de controlo de passaportes prestados pelo SEF sofram atrasos, os quais afetarão os passageiros”, avisa a gestora dos aeroportos nacionais.

Reino Unido, Bulgária, Croácia, Ilhas Faroé, Irlanda, Roménia, Rússia, Turquia, Ucrânia e todos os países fora da Europa são os destinos que serão afetados pela greve do SEF. Quem tiver “voos para os referidos destinos no período abrangido pela greve”, deverá chegar “ao aeroporto com, pelo menos, quatro horas de antecedência em relação à hora do seu voo”, aconselha a ANA.

Em caso de dúvida, acrescenta a empresa, os passageiros deverão contactar as suas companhias aéreas.

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CP transporta mais passageiros. Prejuízos encolhem

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

A CP continua no vermelho, mas conseguiu diminuir os prejuízos no primeiro semestre. A empresa também transportou mais passageiros: 60 milhões no total.

A CP reduziu o prejuízo para 57,9 milhões de euros no primeiro semestre, face a igual período de 2016, com uma melhoria de 22%, tendo transportado 60 milhões de passageiros, mais 6,9%, anunciou hoje o grupo.

No relatório e contas dos primeiros seis meses deste ano, o grupo CP – Comboios de Portugal explica que, para este desempenho, contribuiu “fundamentalmente” a melhoria do resultado operacional em 8,3 milhões de euros (para 18,8 milhões de euros negativos), ou seja, mais 31% do que no mesmo período do ano passado, e do resultado financeiro, com mais 12%.

Entre janeiro e junho, a CP transportou 60,2 milhões de passageiros, 4,8% acima do previsto, um crescimento que diz ser transversal a todos os serviços e todos os títulos.

Os serviços urbanos de Lisboa lideraram, com 40,9 milhões de passageiros (mais 8,1%), seguindo-se os serviços urbanos do Porto, com 10,8 milhões (mais 5,3%), enquanto o longo curso contribuiu com três milhões de clientes (6,4%). Os proveitos de tráfego cresceram 8%, para 118,6 milhões de euros, com o longo curso a registar 50 milhões de euros (mais 8%).

A empresa de transporte ferroviário detida pelo Estado refere vendas e serviços prestados de 136,4 milhões de euros, mais 6%, enquanto o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e de apreciações) recorrente da atividade do grupo era de 6,6 milhões de euros, melhorando em relação ao ano anterior.

O documento aponta ainda o aumento dos gastos com pessoal (sem indemnizações), “decorrente designadamente da reversão total da redução remuneratória temporária” e do aumento do efetivo do grupo. No final do primeiro semestre, a CP tinha 2.696 funcionários, mais 50 do que no mesmo período de 2016, resultado do recrutamento realizado durante o ano passado, ainda que compensado por “um número significativo de saídas por reforma e por revogação do contrato de trabalho por mútuo acordo”, segundo o relatório.

A dívida remunerada da CP era, em 30 de junho, de 3 mil milhões de euros, com uma redução de 17,7 milhões em relação ao final de 2016, “em consequência fundamentalmente da amortização de empréstimos BEI” (Banco Europeu de Investimentos).

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Banco britânico alvo de investigação. Ações afundam 75%

  • Rita Atalaia
  • 22 Agosto 2017

O Provident Financial está a tocar mínimos históricos. O banco britânico está a afundar depois de ter revelado que está a ser investigado, mas também que registará prejuízos. O CEO está de saída.

O Provident Financial não está a ter um dia fácil: as ações afundam 75%. Uma queda aparatosa provocada por uma investigação dos reguladores à unidade de crédito de uma das divisões da instituição financeira, no dia em que o banco britânico alertou os investidores de que vai ter prejuízo no total do ano. O CEO demitiu-se.

Os títulos estão a recuar 73% para 477 pences de libra. Mas já chegaram a tocar as 426 pences de libra. Isto depois de o próprio banco ter revelado que está a ser investigado pela Financial Conduct Authority. Em causa está a unidade de cartões de crédito do Vanquis Bank, uma divisão do Provident Financial. Segundo o banco, o regulador exigiu, em abril de 2016, que parasse de oferecer determinados planos de pagamento. Um produto que gera cerca de 70 milhões de libras em receitas por ano.

Ações do Provident Financial já afundaram 75%

“Considerando que a investigação do regulador tem o potencial de ter impacto na empresa, os investidores entendem que devia ter sido revelada quando o banco tomou conhecimento dela”, refere o analista da RBC Capital Markets Peter Lenardos à Bloomberg. “As ações não são um bom investimento até que haja uma maior clareza sobre este caso, o que pode não acontecer até ao próximo ano”, explica.

Ao mesmo tempo, o banco alertou que vai registar prejuízos este ano, não vai pagar dividendos e que o CEO está de partida. “O Provident pode precisar de fazer um aumento de capital para sobreviver”, refere o analista da Shore Capital Gary Greenwood, que suspendeu a recomendação de “comprar” que atribuía aos títulos.

“Isto é, sem margem de dúvida, um desastre”, salienta. “O desempenho futuro dos resultados vai depender da capacidade da administração de salvar esta situação, o que é altamente improvável. Prevemos mais saídas de responsáveis.”

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Voltar para o mercado regulado de energia? Marcelo dá luz verde

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

O Presidente da República promulgou o diploma que consagra a livre opção dos consumidores domésticos de eletricidade pelo regime de tarifas reguladas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o diploma que consagra a livre opção dos consumidores domésticos de eletricidade pelo regime de tarifas reguladas. A promulgação do diploma, que teve origem numa proposta de lei do PCP, foi anunciada na página da Internet da Presidência da República.

De acordo com o texto aprovado em 19 de julho, com os votos a favor do PS, BE, PCP, PEV e PAN e a oposição do PSD e do CDS-PP, “os clientes com contratos em regime de preço livre podem optar por um regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas, para o fornecimento de eletricidade aos clientes finais de baixa tensão normal, durante o período de tempo em que aquele regime vigore”, referindo que “não é permitido aplicar qualquer fator de agravamento”.

Para tal, o membro do Governo responsável pela área da energia tem que aprovar, por portaria, no prazo de 60 dias após a entrada em vigor do diploma, o regime equiparado ao das tarifas transitórias ou reguladas”.

Quando apresentou a proposta, o deputado do PCP Bruno Dias afirmou que ao longo dos últimos anos, com o processo de liberalização do mercado da eletricidade, verificou-se que as “tarifas aumentaram de forma explícita, com aumentos anuais e com lucros milionários para os grupos económicos e o prejuízo para os consumidores e para pequenas empresas”.

“É consagrada essa opção de liberdade para os consumidores, a livre opção dos consumidores domésticos de eletricidade pelo regime das tarifas reguladas”, explicou, concretizando que a proposta prevê, por um lado, que quem optou pelo mercado liberalizado possa regressar à tarifa regulada e que os novos consumidores possam escolher o mercado regulado.

O objetivo da iniciativa é acabar com a “situação de vulnerabilidade de tantas pessoas que estão colocadas à mercê deste mercado que de mercado competitivo e favorável para as famílias e para os consumidores não tem nada”, acrescentou.

De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o mercado livre de eletricidade em Portugal alcançou um número acumulado de cerca de 4,85 milhões de clientes em maio, um crescimento de 6,8% face a igual mês em 2016. No mesmo mês, o consumo dos clientes no mercado livre representava em maio cerca de 92,4% do consumo total registado em Portugal continental.

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Incêndios: municípios afetados pedem ajuda de 17,2 milhões de euros

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

Os sete municípios afetados pelos incêndios que começaram em junho apresentaram candidaturas para recuperação de infraestruturas municipais no valor global de 17,2 milhões de euros.

As autarquias de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã apresentaram candidaturas para recuperação de infraestruturas municipais, no valor global de 17,2 milhões de euros, informou o gabinete do ministro Adjunto, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

No final de julho, foram abertos os concursos para a reposição das infraestruturas básicas afetadas pelas chamas, com uma linha de apoio de 14 milhões de euros, sendo que as obras vão ser financiadas a 85% por fundos comunitários. Contudo, o valor requerido pelo conjunto dos municípios ultrapassa em 3,2 milhões de euros o valor da linha de apoio. As candidaturas distribuem-se da seguinte forma:

  • Pedrógão Grande: 4,8 milhões de euros (cinco candidaturas)
  • Castanheira de Pera 3,06 milhões de euros (oito candidaturas )
  • Figueiró dos Vinhos 3 milhões de euros (seis candidaturas)
  • Góis 2,13 milhões de euros (cinco candidaturas)
  • Sertã 1,99 milhões de euros (seis candidaturas)
  • Pampilhosa da Serra 1,88 milhões de euros (três candidaturas)
  • Penela 412 mil euros (seis candidaturas).

De acordo com a nota enviada pelo gabinete do ministro Adjunto, a avaliação da elegibilidade das candidaturas a fundos europeus bem como ao Fundo de Emergência Municipal (que deve assegurar a contrapartida nacional) está a cargo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). A 12 de julho, por resolução do Conselho de Ministros, o Governo decidiu “permitir a concessão de auxílios financeiros aos municípios afetados através do FEM [Fundo de Emergência Municipal] sem o requisito da declaração de calamidade pública“.

Os apoios a que os municípios concorreram destinam-se “à recuperação das infraestruturas e equipamentos das autarquias que sejam considerados essenciais à vida das populações, nomeadamente nos domínios do abastecimento de água, estradas municipais e arruamentos urbanos, sinalética e segurança rodoviária ou equipamentos municipais de lazer e turismo”, explica a nota de imprensa.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos. Só foram extintos uma semana depois. Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 imóveis, dos quais mais de 200 eram casas de primeira habitação.

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Certificados de aforro perdem dinheiro há nove meses

Em sentido contrário aos certificados de aforro, portugueses continuaram a apostar nos certificados do Tesouro em julho, isto apesar da concorrência das OTRV naquele mês.

Os certificados de aforro perdem dinheiro há nove meses consecutivos, numa evolução que é explicada pela baixa remuneração que este produto tradicional de poupança oferece face, por exemplo, aos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que continuaram a atrair as poupanças das famílias portugueses em julho. E isto apesar da concorrência das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), cuja emissão no passado mês permitiu ao Estado arrecadar 1.200 milhões de euros.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, o saldo dos certificados de aforro caiu 0,44% (-54 milhões de euros) em julho para um total de 12,18 mil milhões de euros, mantendo a tendência de queda que vem já desde outubro do ano passado. Em sentido contrário, o montante aplicado em CTPM engordou mais de 2% (ou 290 milhões de euros) no passado mês, totalizando agora os 13,69 mil milhões de euros.

Certificados do Tesouro continua em alta

Fonte: Banco de Portugal

Contas feitas, o Estado conseguiu captar 231 milhões de euros com estes certificados de poupança em julho, mesmo depois de o IGCP ter lançado uma nova linha de OTRV, cuja subscrição esteve disponível na segunda quinzena e permitiu arrecadar 1.200 milhões de euros.

Na prática, os aforradores continuaram a ser seduzidos pela remuneração dos CTPM que, só no primeiro ano de aplicação, garante uma taxa bruta de 1,25% — nos quatro anos seguintes a remuneração sobe gradualmente para atingir um valor médio de 2,25%, em termos brutos, nos cinco anos de aplicação. Isto contra os 1,6% oferecidos pelas OTRV (acrescido da Euribor a seis meses), quando os certificados de Aforro ofecerem menos de 1%.

Segundo o Boletim Mensal divulgado esta terça-feira pelo banco central, o saldo dos certificados de Aforro e CTPM fixou-se nos 25,87 mil milhões de euros. Aumenta quase 7% desde o início do ano, graças aos CTPM.

(Notícia atualizada às 12h48)

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Fundo soberano norueguês ganha 22 mil milhões com as ações

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

O maior fundo soberano do mundo continua a... ficar maior. Obteve retorno de 202.000 milhões de coroas (21.681 milhões de euros) no segundo trimestre à boleia da escalada das ações.

O Fundo de Pensões Global do Estado norueguês, que investe sobretudo em gás e petróleo, obteve um retorno de 202.000 milhões de coroas (21.681 milhões de euros) no segundo trimestre. Um desempenho expressivo que ficou a dever-se, essencialmente, à forte aposta nas ações.

Aquele que é considerado o maior fundo soberano do mundo alcançou um rendimento dos investimentos de 2,6%, graças ao bom resultado das aplicações em ações, com uma rentabilidade média de 3,4%, revelou em comunicado o banco público Norges Bank Investment Management (NBIM), instituição financeira encarregada da sua gestão.

“O rendimento do fundo foi de 6,5% nos primeiros dois primeiros trimestres do ano, o que equivale a um retorno de 499.000 milhões de coroas (53.560 milhões de euros)”, salientou. Trata-se do “melhor resultado” semestral registado na história do fundo, disse em comunicado Trond Grande, vice-presidente do NBIM.

O gestor congratulou-se com o resultado, mas advertiu que não é previsível que o fundo volte a alcançar uma rentabilidade semelhante no futuro.

Em 20 de junho, o fundo tinha sob gestão 861 mil milhões de euros. A parte investida em ações correspondeu a 65% do total, enquanto 32,4% foi aplicado em obrigações e a restante parcela (2,5%) no setor imobiliário. Em Portugal, o Norges Bank tem participações, nomeadamente, no capital da Semapa, EDP e BCP.

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BE: subida do PIB não pode ser apropriada “por uns poucos”

  • Lusa
  • 22 Agosto 2017

A líder do Bloco de Esquerda disse esta terça-feira que o Orçamento do Estado para 2018 deve assegurar que o crescimento da economia não seja apropriado "por uns poucos".

A coordenadora do BE defendeu esta terça-feira que o próximo Orçamento do Estado será o momento para “colocar o crescimento da economia a favor de quem trabalha” e disse esperar do Governo mais verbas para o alívio fiscal.

No final de uma visita ao Museu da Carris, em Lisboa, na qual esteve acompanhada pelo candidato do BE à Câmara da capital, Ricardo Robles, Catarina Martins foi questionada sobre as negociações do próximo Orçamento, na véspera de uma reunião do partido com o Governo.

Lembrando que as “linhas vermelhas” do BE são públicas – passando pela recuperação de rendimentos, não aumento de impostos de bens essenciais e melhoria dos serviços públicos -, a coordenadora do BE salientou a exigência que “o país tem sobre a atual solução governativa”, sobretudo por parte dos que continuam desempregados ou com salários e pensões baixas, apesar do crescimento da economia.

“O Orçamento do Estado é o momento essencial para colocar o crescimento da economia a favor de quem trabalha, de quem trabalhou e de quem quer trabalhar para não permitirmos que o crescimento economia seja a apropriação de riqueza por uns poucos“, defendeu.

Questionada se houve avanços por parte do Governo sobre a verba destinada a aumentar a progressividade dos escalões de IRS – inicialmente foi inscrito um valor de 200 milhões de euros no Programa de Estabilidade (PE) -, Catarina Martins mostrou-se otimista.

“O Governo já compreendeu que aquele valor que tinha colocado no PE inicialmente não corresponde à necessidade de maior alivio e justiça fiscal, julgo que o Governo já evoluiu dessa posição inicial e que é preciso ir mais longe”, disse. “Quanto ao mais, as negociações fazem-se à mesa”, repetiu, por várias vezes, a líder bloquista.

Entre as linhas vermelhas do Bloco, salientou, conta-se o investimento nos serviços públicos, em áreas como a saúde e a educação mas não só. “Temos de fazer uma aposta no investimento do país – lembro que por falta de verba ainda agora houve projetos sobre a prevenção na área da floresta que não foram para a frente”, lamentou.

“Tivemos conhecimento que projetos que cumpriam todos os requisitos sobre prevenção de incêndios, uma parte deles não foi financiados porque não houve disponibilidade financeira do Estado”, lamentou Catarina Martins, defendendo que “o financiamento tem de chegar a esses projetos”. “O Governo já veio dizer que vai agir, aguardamos que o faça o mais rapidamente possível”, disse.

Sobre o início mais tardio do que o inicialmente previsto para as negociações do OE, Catarina Martins assegurou que, embora o partido tivesse considerado preferível começar o trabalho mais cedo, o BE tem “feito o trabalho de formiguinha”. “Com mais ou menos tempo a exigência do BE mantém-se”, assegurou.

Além do aumento da progressividade dos escalões do IRS, o BE elege também como prioridade para o próximo OE o descongelamento das carreiras dos funcionários públicos e quer ver resolvida, antes do Orçamento, o direito à reforma por inteiro aos 60 anos de quem “começou a trabalhar ainda criança”. “O último compromisso do Governo era que a 1 de outubro isso estaria resolvido para quem começou a trabalhar aos 14 anos, a lei ainda não foi publicada e o BE quer isso resolvido antes do Orçamento do Estado”, frisou.

(Atualizado às 12h19 com mais informação)

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