Efacec ainda pode dispensar 249 colaboradores. Mas não tem “nenhum plano”

A Efacec esclareceu que pediu o alargamento do estatuto de reestruturação para permitir a "eventual utilização" das 249 quotas de rescisão existentes. Mas garantiu que não tem em curso "nenhum plano".

Ângelo Ramalho, presidente executivo do grupo Efacec.Paula Nunes / ECO

A Efacec emitiu uma nota de esclarecimento onde indica que “não tem atualmente em curso nenhum plano de rescisões”, mas que ainda tem 249 quotas de rescisão que pode usar até dezembro de 2018. A informação surge como resposta à notícia avançada esta quinta-feira, dando conta que a empresa voltou a pedir ao Governo o estatuto de “empresa em reestruturação” para, alegadamente, dispensar até 409 trabalhadores.

Contactado pelo ECO, Ângelo Ramalho acrescentou que o pedido de alargamento do estatuto visa apenas dar margem de manobra na eventualidade de ser necessário. “A Efacec não vai fazer nenhum plano de reestruturação ao longo de 2017. Com os dados que hoje tenho na mão também não é necessário em 2018, porque a Efacec está a crescer”, sublinhou.

“À data de dezembro de 2016, a Efacec celebrou 175 rescisões por mútuo acordo, do total de 424 autorizadas”, indica agora a empresa, que inverteu os 20 milhões de euros de prejuízos registados em 2015 para lucros ainda não conhecidos em 2016. E confirma o pedido da extensão desse estatuto de reestruturação para as unidades de energia e engenharia até ao final de 2018, o que permitirá a “eventual utilização” das 249 quotas de rescisão ainda existentes.

A empresa considera que, apesar dos resultados positivos, “existe ainda um caminho a percorrer de adequação das competências e perfis das nossas pessoas às necessidades do mercado”. “A Efacec encontra-se no caminho do crescimento com sustentabilidade”, acrescenta a nota.

A Efacec não vai fazer nenhum plano de reestruturação ao longo de 2017. Com os dados que hoje tenho na mão também não é necessário em 2018.

Ângelo Ramalho

Presidente executivo da Efacec

O comunicado vai um pouco mais longe e recorda o período de “situação financeira crítica” atravessado no final de 2013, que levou a Efacec Energia e Efacec Engenharia a solicitarem, pela primeira vez, o dito estatuto ao Governo. “O grupo encontrava-se, em final de 2013, numa situação financeira crítica, com prejuízos anuais de 90 milhões de euros e necessitando de medidas excecionais de reforço de capitais próprios para evitar uma situação de falência técnica”, lembra.

Mediante a lei, cada empresa poderia rescindir até 80 contratos por mútuo acordo. No entanto, face à dimensão do problema, a secretaria de Estado do Emprego autorizou, por despacho de 29 de abril, o alargamento dessas quotas até 132 na Efacec Energia e 292 na Efacec Engenharia. Como referido, do total de 424 possíveis, foram rescindidos 175 contratos. Em contrapartida, no decorrer de 2016, a firma contratou uma centena de novos colaboradores.

Aí, a empresa recorda também como só a entrada de um novo investidor em outubro de 2015 (Isabel dos Santos) permitiu implementar o plano de reestruturação aprovado. “Assim que iniciou funções, a prioridade da nova Administração foi assegurar a sustentabilidade do grupo, recuperar a credibilidade junto de instituições financeiras e fornecedores e reafirmar a Efacec enquanto empresa e marca de referência”, lê-se na nota.

A empresa conclui, referindo que as rescisões arrancaram em dezembro de 2015 e que o plano de reestruturação começou a ser posto em prática logo no primeiro trimestre de 2016. As rescisões incidiram principalmente sobre “colaboradores em final de carreira e abrangendo todos os níveis funcionais e hierárquicos do grupo”.

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Swaps: processos nos tribunais estão formalmente fechados

  • Margarida Peixoto
  • 4 Maio 2017

As empresas públicas e o Santander já encerraram formalmente os processos judiciais em curso, por causa dos swaps tóxicos. A perda potencial para os cofres públicos é de 1,1 mil milhões de euros.

As empresas públicas e o Banco Santander Totta já encerraram formalmente os processos judiciais que estavam em curso sobre os swaps tóxicos, comunicou esta quinta-feira, o Ministério das Finanças. A decisão foi tomada no âmbito do acordo fechado a 12 de abril, quando o Estado português se comprometeu a honrar até à maturidade swaps com perdas potenciais avaliadas em 1,1 mil milhões de euros. Em contrapartida, o Santander aceitou emprestar 2,3 mil milhões de euros ao Estado, com desconto nos juros.

“Uma vez concluídos os termos do acordo, os advogados das empresas públicas de transportes encerraram ontem, dia 3, os processos judiciais a correr termos no Supremo Tribunal de Londres“, lê-se na nota de imprensa, enviada às redações. “No âmbito do mesmo acordo, o Banco Santander Totta desistiu de uma ação com pedido de indemnização instaurada nos tribunais portugueses, em 2013, contra o Estado Português e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, E.P.E. (IGCP)”, adianta a mesma fonte.

“O acordo agora alcançado permite resolver mais uma situação herdada por este Governo”, nota o ministério liderado por Mário Centeno. “Estão assim formalmente encerrados os referidos processos judiciais, concluindo-se mais um importante passo no prosseguimento do trabalho desenvolvido por este Governo na melhoria da imagem da República Portuguesa”, frisa.

Em causa estão contratos de swap considerados tóxicos e com perdas potenciais estimadas em 1,1 mil milhões de euros. A este valor, somam-se cerca de 500 milhões de euros de custos com o pagamento de fluxos de juros passados e parte das despesas judiciais. Tal como o ECO já contou, três destes contratos que vão continuar a ser honrados pelas empresas públicas já estão a pagar juros acima de 100%.

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Hoje é Dia Internacional do Star Wars. Mas porquê?

  • ECO
  • 4 Maio 2017

Celebra-se hoje o Dia Internacional do Star Wars. Há 40 anos que é assim. E a explicação tem a ver com a... vitória nas eleições britânicas de Margaret Thatcher.

Foi há quase 40 anos que se comemorou pela primeira vez o Dia Internacional de Star Wars. Esse dia é hoje, 4 de maio. Mas porquê? A explicação pode surpreendê-lo. A “culpa” é de um jornal que deu “força” a Margaret Thatcher.

Foi em 1979, a 4 de maio, que o diário britânico London Evening News, aquando da vitória nas eleições de Margaret Thatcher, publicou uma referência parabenizando a primeira ministra do Reino Unido. Lia-se, à data, no jornal: “May the 4th Be With You, Maggie“.

A referência é em tudo semelhante ao “May the Force Be With You (“Que a força esteja contigo), uma frase usada diversas vezes durante todos os filmes da saga realizada por George Lucas, que tem desde o lançamento do primeiro filme até à atualidade inúmeros seguidores fieis.

De forma a comemorar este dia, algumas pessoas disfarçam-se das personagens do filme, existem eventos sobre a saga e lançamentos de produtos, por todo o mundo. Este ano será lançado um jogo desenvolvido pela empresa espanhola Genera Games, para telemóveis, intitulado “Star Wars: Puzzle Droids“, que é protagonizado pelo droide BB-8, um robot, da última trilogia dos filmes da Star Wars.

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Pedro Norton é novo administrador executivo da Fundação Gulbenkian

  • Lusa
  • 4 Maio 2017

Pedro Norton vai integrar o Conselho da Fundação Calouste Gulbenkian a partir de maio, ao lado de Teresa Gouveia, Martin Essayan, José Neves Adelino e Guilherme d'Oliveira Martins.

O gestor Pedro Norton, de 49 anos, é o novo administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, anunciou a instituição esta quinta-feira. A decisão foi tomada, por unanimidade, no primeiro Conselho de Administração plenário presidido por Isabel Mota, que tomou posse na quarta-feira como presidente do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian, sucedendo a Artur Santos Silva.

Pedro Norton foi diretor executivo do Grupo Impresa, onde acompanhou o nascimento da SIC Notícias e a reestruturação do semanário Expresso. “Além das competências de Pedro Norton enquanto gestor, o Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian destaca as suas qualidades pessoais e profissionais demonstradas nos vários momentos da sua carreira”, assinala o comunicado da Gulbenkian.

Pedro Norton passa assim a integrar o Conselho da Fundação Calouste Gulbenkian a partir de maio, ao lado de Teresa Gouveia, Martin Essayan, José Neves Adelino e Guilherme d’Oliveira Martins.

De acordo com o comunicado da Gulbenkian, o conselho deliberou também um limite de dois mandatos consecutivos, de cinco anos cada, para os administradores executivos, regra a que já obedecia o presidente da Fundação Gulbenkian, e agora é extensível aos seus administradores.

Na cerimónia da tomada de posse, na quarta-feira, Isabel Mota, 65 anos, primeira mulher a liderar a FCG, disse: “Importa compreender que há novos desafios e, mantendo-se fiel às suas finalidades estatutárias, a Fundação tem de ousar trilhar caminhos novos, como, aliás, sempre o fez no passado”.

A tomada de posse da nova presidente encheu o auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, com convidados como os ex-chefes de Estado Aníbal Cavaco Silva e Jorge Sampaio, o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e o filósofo Eduardo Lourenço, entre centenas de funcionários da instituição.

“Para mim, este é também o principal desígnio da Fundação – a mais relevante instituição filantrópica portuguesa -, antecipar o futuro e apostar na inovação, ajudando a preparar os cidadãos de amanhã”, sublinhou Isabel Mota, que, na intervenção, reafirmou os três compromissos que assumiu no final do ano passado, quando o seu nome foi anunciado.

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Touro prestes a atacar bolsa de Lisboa

O touro está prestes a atacar Lisboa. O PSI-20 disparou hoje mais de 1,5% e já acumula um ganho de quase 20% desde que tocou mínimos de seis meses em novembro do ano passado.

Na teoria, é este o cenário que define se determinado ativo está em terreno de bull market, em que há um ambiente de otimismo e confiança dos investidores. E é algo que a bolsa nacional tem vindo a registar ao longo das últimas semanas.

Na sessão desta quinta-feira contribuíram vários fatores. Desde logo o desempenho de pesos pesados como o Banco Comercial Português, Jerónimo Martins e Galp. Por outro lado o risco de Portugal continua em queda. No plano internacional, os sinais de que Emanuel Macron está mais perto do Eliseu deram força tanto à bolsa de Lisboa com aos pares europeus.

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CTT compram empresa portuguesa de distribuição porta a porta

Os CTT adquiriram a "Transporta - Transporte Porta a Porta", uma empresa portuguesa da Barraqueiro que gerou 3,2 milhões de euros no primeiro trimestre. Montante da compra não foi revelado.

Os CTT CTT 0,00% anunciaram esta quinta-feira a aquisição da totalidade do capital da empresa portuguesa “Transporta – Transportes Porta a Porta”, uma firma do Grupo Barraqueiro e “a maior empresa de distribuição porta a porta” no país, segundo a mesma. Num comunicado aos mercados, os correios dão conta da conclusão da operação, que já mereceu luz verde por parte da Autoridade da Concorrência.

A empresa postal não revela o montante pago por esta sociedade, “que oferece soluções de logística integrada e atua no mercado de distribuição e transporte de mercadorias em Portugal”. No entanto, indica que a compra se enquadra “na estratégia de expansão e diversificação dos CTT”. A nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) refere ainda que, entre janeiro e março deste ano, a Transporta “obteve 3,2 milhões de euros de rendimentos operacionais”, e que a compra vai agregar valor para os clientes.

A Transporta detém e opera uma rede nacional de transporte fracionado de mercadorias sob a marca “Go>Express”. De acordo com o site da transportadora, detém “cerca de 210 viaturas, oito plataformas de distribuição, dois representantes, duas plataformas de cross-docking e aproximadamente 250 colaboradores”, no continente, nos Açores e na Madeira. “Disponibilizamos a clientes e parceiros uma ampla linha de serviços de distribuição, bem como o desenvolvimento de formatos altamente especializados suprindo qualquer necessidade”, lê-se no mesmo site.

Num artigo explicativo, a marca refere ainda que é “uma fusão de várias empresas” e que a Transporta se tornou “na maior empresa de transportes fracionados do país, quando se juntou ao Grupo Barraqueiro”. “Sendo a maior empresa de distribuição de porta a porta em Portugal, sempre operou em setores chave da economia nacional. Por exemplo, no setor automóvel, servindo cerca de 700 concessionários e mais de 20 marcas diariamente”, surge indicado.

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Retrato do trabalhador com salário mínimo. São 612,5 mil

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Maio 2017

Governo apresentou aos parceiros sociais o quarto relatório de acompanhamento do aumento do salário mínimo.

Mulher, entre 35 e 44 anos, com ensino básico, a trabalhar numa microempresa. É este o perfil do trabalhador a receber salário mínimo, de acordo com os dados apresentados esta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho aos parceiros sociais.

Os dados resultam de um primeiro exercício de caracterização e reportam a outubro de 2016, abrangendo apenas trabalhadores por conta de outrem — que correspondiam a cerca de 85% do total de trabalhadores com salário mínimo na altura.

Desde logo, é possível perceber que são sobretudo as mulheres (58,2%) que recebem remuneração mínima mensal garantida (RMMG), apesar de, no conjunto do emprego, a maioria dos trabalhadores serem do sexo masculino.

Olhando já para o escalão etário, “não são observáveis diferenças muito pronunciadas entre o escalão de remuneração equivalente à RMMG e o total dos trabalhadores com remunerações declaradas, exceto no caso dos trabalhadores jovens (com menos de 25 anos), que se encontram sobre-representados no escalão da RMMG (11,3%) face ao seu peso no total (8,0%)”, diz o relatório.

“Pelo contrário, o peso dos trabalhadores com idades entre os 35 e os 44 anos é mais baixo no escalão da RMMG (27%) do que no total da distribuição (30,9%)”. Ainda assim, é neste escalão que se encontra a maior fatia dos trabalhadores a receber salário mínimo.

Predominam ainda as baixas qualificações. Neste caso, só foram considerados os trabalhadores com habilitações literárias conhecidas, ou seja, três quartos da amostra. Aqui, “71,6% dos trabalhadores abrangidos pela RMMG têm habilitações ao nível do Ensino Básico (muito acima dos 53% observados na distribuição global), e só 3,8% são diplomados (abaixo dos 19,7% observados no total)”.

Por fim, o relatório aponta para uma maior predominância do salário mínimo nas empresas de menor dimensão: mais de dois terços dos trabalhadores com salário mínimo “estão concentrados nas micro (40,6%) e pequenas empresas (26,6%)”. Mas olhando para o total de trabalhadores com remunerações declaradas, apenas “21,2% do emprego está nas microempresas” e “24,9% está nas pequenas empresas”, diz o relatório.

19,5% recebem salário mínimo em dezembro

Em dezembro do ano passado, o salário mínimo (ainda de 530 euros) abrangia 19,5% dos trabalhadores, de acordo com as declarações de remunerações à Segurança Social, que englobam trabalhadores dependentes e membros de órgãos estatutários (como gerentes). Em causa estavam 612,5 mil pessoas, “o que representa uma diminuição de 6,8% face ao pico observado no mês de agosto (657,1 mil)”, avança o documento.

Em 2016, 36% dos 963 mil contratos de trabalho iniciados contavam com uma remuneração base igual ao salário mínimo, “o que representa um aumento de 5,2 p.p. face à proporção observada em 2015 — um aumento idêntico ao observado entre 2014 (25,6%) e 2015 (30,8%)”, acrescenta. O documento indica ainda que terminaram 638 mil contratos naquele ano, mas a informação baseia-se no Fundo de Compensação do Trabalho, que abrange apenas contratos iniciados a partir de outubro de 2013.

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EUA: menos pessoal não significa menos presença nas Lajes

  • Lusa
  • 4 Maio 2017

Norte-americanos vão investir nove milhões de dólares em projetos de modernização nas Lajes, apesar de diminuírem o número de pessoal na base.

A encarregada de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, Herro Mustafa, garantiu esta quinta-feira que os militares norte-americanos não vão sair nem diminuir a sua presença na Base Aérea das Lajes, nos Açores.

“Em absoluto, não! Não estamos a pensar em sair nem em diminuir a nossa presença na [Base das] Lajes. Em absoluto! Anunciámos recentemente que iríamos fazer um investimento de nove milhões de dólares em projetos de modernização nas Lajes. Continuamos a pensar em formas de renovar, mesmo diminuindo o número de pessoal, no interior da base”, disse a diplomata norte-americana aos jornalistas no final de um almoço organizado pela Câmara do Comércio Americana em Portugal.

Não estamos a pensar em sair nem em diminuir a nossa presença na [Base das] Lajes. Em absoluto!

Herro Mustafa

Encarregada de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa

Herro Mustafa também referiu que os Estados Unidos estão a trabalhar com o Governo Regional dos Açores e com o Governo português para “expandir a colaboração na região” em projetos no exterior da base.

“Já estive três vezes nos Açores, em ilhas diferentes, encontrei-me com os vossos ministros e discutimos formas de melhorar a nossa colaboração. Temos uma lista de projetos sobre os quais concordámos em trabalhar em conjunto“, disse a responsável.

Herro Mustafa é ministra Conselheira da Embaixada Americana em Lisboa desde julho de 2016, tendo assumido o cargo de Encarregada de Negócios em janeiro deste ano.

Em janeiro de 2015 os EUA anunciaram que iriam proceder a uma redução gradual dos trabalhadores portugueses na base das Lajes, de 900 para 400 pessoas e que os civis e militares norte-americanos iriam passar de 650 para 165.

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Bancos dizem que “não é exequível” mudar a Euribor

A European Money Markets Institute (EMMI) já deu o seu parecer sobre as alterações à fórmula de cálculo da taxa que serve de base às prestações dos créditos. Diz que "não é exequível" mudar.

A Euribor vai mudar? Não, de acordo com os bancos. A European Money Markets Institute (EMMI), responsável pela taxa que serve de base às prestações dos créditos, diz que alterar a fórmula de cálculo para um modelo baseado nas transações efetivamente realizadas entre os bancos “não é exequível”, por agora. Vai ser desenvolvido um modelo híbrido que responda às atuais condições do mercado enquanto é feita a reforma da taxa.

“A análise da EMMI concluiu que nas atuais condições de mercado não será exequível evoluir a atual metodologia de cálculo da taxa para uma metodologia totalmente baseada em transações”, refere o comunicado. “Esta conclusão foi corroborada pela análise levada a cabo pelo regulador do mercado de capitais belga, o Belgian Financial Services and Markets Authority (FSMA)”, remata.

"A análise da EMMI concluiu que nas atuais condições de mercado não será exequível evoluir a atual metodologia de cálculo da taxa para uma metodologia totalmente baseada em transações”

Comunicado da EMMI

A definição dos valores diários da Euribor resulta, atualmente, da comunicação por um conjunto de bancos da Zona Euro da taxa a que estão disponíveis para concederem empréstimos a outros bancos em diferentes prazos (desde semanas a vários meses). Com a taxa em terreno negativo, e depois de vários escândalos de manipulação de juros, foi aventada a possibilidade de ser revista a fórmula de cálculo.

A conclusão é de que por agora não será possível fazer essa transição, mas há o compromisso de que deverá fazer-se no futuro. “A EMMI já implementou uma reforma robusta ao quadro regulatório da Euribor. Mantemos o compromisso para a reforma da taxa, passando a baseá-la em transações reais”, mas vai demorar. E a ideia é criar, primeiro, um modelo híbrido.

“Durante os próximos meses iremos focar-nos em desenvolver uma metodologia híbrida, capaz de se ajustar às atuais condições de mercado”, diz Guido Ravoet, secretário-geral da EMMI. A Euribor, acrescenta, continuará a ser baseada nos contributos dos bancos enquanto esse modelo estiver a ser desenvolvido.

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Bolsa dispara para máximos de 2015

Juros ao fundo, ações em alta. A bolsa portuguesa encerrou com a cotação mais elevada desde a última sessão de 2015. Ajudaram BCP, EDP e Jerónimo Martins.

Bolsa em máximos de fecho desde a última sessão de 2015. Juros em mínimos desde meados de novembro do ano passado. Esta quinta-feira foi um dia positivo para os investidores que estão expostos aos ativos portugueses. Lá por fora, também os principais mercados acionistas europeus encerraram o dia numa toada muito favorável.

O PSI-20, o principal índice português, avançou 1,76% para 5.235,50 pontos. Negoceia no nível mais elevado desde o dia 31 de dezembro de 2015, há quase ano e meio. Desde o início do ano a praça lisboeta já acumula um ganho de mais de 10%. Há vários fatores que estão a contribuir para este movimento.

Desde logo o desempenho das cotadas que compõem o índice. Na sessão desta quinta-feira destacaram-se sobretudo BCP (+5,26%), EDP (2,72%) e Jerónimo Martins (1,78%), pesos pesados que deram força ao benchmark nacional ao longo de todo o dia. No caso da elétrica nacional, António Mexia considerou esta quarta-feira que está otimista em relação à Oferta Pública de Aquisição (OPA) que lançou sobre a sua subsidiária da EDP Renováveis. Já o banco liderado por Nuno Amado beneficiou sobretudo com a queda do risco soberano.

EDP ganha luz

A taxa de juro associada à dívida portuguesa a dez anos cede cerca de quatro pontos base, mantendo-se em tendência de queda desde meados de março. Negoceia atualmente nos 3,34%, o nível mais baixo desde novembro do ano passado. Esta é outra das razões que tem suportado as valorizações do PSI-20 nas últimas semanas. O Financial Times notou esta manhã que as obrigações nacionais estão de volta ao radar dos investidores.

Outros destaques positivos: a Corticeira Amorim somou mais de 4,8% e a Nos valorizou cerca de 2,2%. E a Mota-Engil fechou com um ganho de 2,15%, beneficiando do dividendo que vai distribuir pelos acionistas.

Do lado negativo, a Pharol continua as suas oscilações extremas. Caiu hoje mais de 6% depois das valorizações expressivas na terça e na quarta-feira.

No plano europeu, Lisboa acompanhou os ganhos dos principais pares. O FTSE Mib de Milão destacou-se em alta de 1,91%, mas outras praças como a de Paris e de Madrid avançaram mais de 1%.

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Portugal, Espanha, Itália e França enviam carta conjunta à Comissão

  • Margarida Peixoto
  • 4 Maio 2017

Os ministros das Finanças escreveram a Dombrovskis e Moscovici a alertar para as consequências da crise no crescimento potencial das economias que lideram. Comissão diz ao ECO que vai responder.

Os ministros das Finanças de Portugal, Espanha, Itália e França escreveram uma carta conjunta ao vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, e ao comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, alertando-os para os efeitos de longo prazo da crise no crescimento potencial das suas economias. A informação, avançada pela Bloomberg, foi confirmada pela Comissão Europeia ao ECO. Bruxelas garante que responderá “no devido tempo”.

“Confirmamos a receção de uma carta desses quatro ministros das Finanças. Estamos a analisá-la e responderemos no devido tempo”, respondeu fonte oficial da Comissão, ao ECO.

Na missiva, os governantes dos quatro países do sul da Europa — dos mais castigados pela crise económica e financeira — frisam que as consequências da recessão económica e as incertezas globais “podem conduzir a a efeitos prejudiciais e de longo prazo no crescimento potencial.”

"No que diz respeito à política orçamental, as orientações mantêm-se sustentadas em indicadores não observados, em relação aos quais as discussões metodológicas estão em curso.”

Ministros das Finanças de Portugal, Espanha, Itália e França

Carta conjunta para Valdis Dombrovskis e Pierre Moscovici

O português Mário Centeno, o espanhol Luis de Guindos, o italiano Carlo Padoan e o francês Michel Sapin notam que “no que diz respeito à política orçamental, as orientações mantêm-se sustentadas em indicadores não observados, em relação aos quais as discussões metodológicas estão em curso”. Sublinham “incertezas substanciais quanto às estimativas usadas no âmbito da vigilância orçamental, nomeadamente no que diz respeito ao crescimento potencial, ao output gap e à velocidade a que está a ser fechado”.

Por isso, pedem à Comissão que “tenha em linha de conta” estas questões metodológicas “nos planos de trabalho para os próximos meses e que leve em consideração a atual conjuntura económica” na sua avaliação das políticas orçamentais dos Estados-membros.

Em causa estão os conceitos de saldo estrutural e de PIB potencial, dois elementos chave para a condução das políticas orçamentais na União Europeia. Tal como o ECO já contou, o governo português tem contestado a forma de cálculo destes indicadores. É que desta avaliação dependem as recomendações da Comissão Europeia e o grau de restritividade da política orçamental. Depois dos anos negros do resgate da troika, em que Portugal aplicou uma dose alargada políticas de austeridade, o Executivo socialista prometeu virar a página e encontrar consensos com o BE, PCP e Verdes para subir os rendimentos às famílias.

Para a próxima semana, a Comissão Europeia tem prevista a publicação das Previsões Económicas de primavera. Este documento será fundamental para avaliar a sustentabilidade da consolidação orçamental obtida pelos países no ano passado e para projetar o andamento das finanças públicas em 2017 e 2018. Portugal cortou o défice para 2% do PIB, conforme confirmou o Eurostat, e Pierre Moscovici já disse que o país deverá sair rapidamente do Procedimento por Défices Excessivos. Mas, para isso, é preciso que os peritos europeus considerem que a consolidação obtida é duradoura.

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Supercarros aceleram resultados da Ferrari

Ações da Ferrari disparam 4% depois da marca de luxo ter apresentado indicadores de rentabilidade pouco comuns no setor e que compara com Apple e a icónica Hermes.

As ações da Ferrari disparam esta quinta-feira em Wall Street depois dos bons resultados apresentados pela fabricante de automóveis de luxo, com os LaFerrari Aperta que custam 2,1 milhões de dólares.

A fabricante italiana entrou no radar dos investidores após ter revelado indicadores de rentabilidade que só muitas poucas marcas conseguem alcançar atualmente. A Ferrari registou uma subida do lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA ajustado) para 29,5% no primeiro trimestre do ano. Isto compara com a margem de lucro da Apple de 31,6% e da icónica marca de luxo Hermes de 36,5%.

Em bolsa, os títulos da marca de automóveis de luxo carregam no acelerador com um disparo de 4,16% para 79,18 dólares.

Ferrari acelera em bolsa

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

“Estas margens de lucro mostra como a Ferrari pesca no mesmo mercado de marcas de luxo”, referiu Massimo Vecchio, analista da Mediobanca, citado pela Bloomberg. “Simplesmente usa os seus carros como isco”, comentou ainda.

"Estas margens de lucro mostra como a Ferrari pesca no mesmo mercado de marcas de luxo. Simplesmente usa os seus carros como isco.”

Massimo Vecchio

Analista da Mediobanca

As vendas da Ferrari de modelos de topo equipados com os motores V12 disparam 50% nos três primeiros meses do ano, impulsionados pelo LaFerrari Aperta, cujas unidades esgotaram mesmo antes da sua estreia pública oficial, mas também pelo GTC4Lusso de 300 mil dólares e do F12tdf de 380 mil dólares.

Contas feitas, as receitas do Cavallino rampante aumentaram 22% para 821 milhões de euros. O EBITDA ajustado aumentou 36% 242 milhões de euros. Em 2017, o EBITDA ajustado deverá crescer para mais de 950 milhões de euros.

Para impulsionar este crescimento, a Ferrari revelou em março o seu novo 812 Superfast, o carro mais rápido da história da marca italiana.

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