Luís Testa será o relator da segunda comissão de inquérito à CGD

O PS prepara-se para propor novamente um deputado socialista para ser relator da segunda comissão parlamentar de inquérito. Luís Moreira Testa é o escolhido e vai a votação já esta quinta-feira.

O deputado Luís Moreira Testa vai ser indicado pelo Partido Socialista para ser o relator da nova comissão de inquérito (CPI) à atuação do Governo na nomeação e na demissão da administração de António Domingues. A votação para a designação do relator da segunda CPI à Caixa Geral de Depósitos realiza-se esta quinta-feira. O coordenador dos socialistas na CPI, João Paulo Correia, em entrevista ao ECO, manteve a posição do PS de não pedir, para já, nenhuma requerimento de documentos ou audições até o desenrolar dos trabalhos.

Na primeira comissão de inquérito à CGD — que está com os trabalhos suspensos até dia 4 de maio — o PS propôs o nome do deputado socialista Carlos Pereira para relator, tendo contado com o apoio do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português para a aprovação do nome. O mesmo deverá acontecer esta quinta-feira quando a nova comissão votar o nome de Luís Moreira Testa, dado que os partidos à esquerda juntos têm a maioria dos votos contra um nome sugerido pelo PSD e CDS. Depois da votação, caberá ao presidente da comissão, o deputado social-democrata José Aguiar Branco, dar posse a Testa.

Luís Moreira Testa será assim responsável por escrever o relatório com as conclusões dos trabalhadores da segunda comissão de inquérito à CGD, pedida de forma potestativa pelo PSD e CDS. Em entrevista ao ECO, João Paulo Correia defendeu novamente que esta comissão “foi criada pelo PSD/CDS como mais uma tentativa da direita de criar sessões de ‘porradismo político’ para preencher a agenda política por falta de agenda política propriamente dita da direita”.

Por isso, diz que o PS “fará o seu trabalho como é obrigatório face ao objeto da comissão de inquérito” mas que aguardará numa primeira fase mais desenvolvimentos da comissão. “Achamos prudente esperar pelas propostas de requerimentos por parte do PSD/CDS. Depois nós iremos avaliar tempo a tempo a necessidade de propor audições e recolher prova documental“, explica.

Contudo, deixa uma certeza: caso António Domingues volte a enviar a correspondência trocada com Mário Centeno (não inclui as SMS’s) como fez para a primeira comissão de inquérito, o PS já admite que esses documentos possam ser usados. “É evidente que se o Dr. António Domingues enviar novamente essa documentação, da forma como eu conheço, esta faz parte do objeto da segunda comissão parlamentar“, admitiu João Paulo Correia.

O coordenador do PS nas duas comissões de inquérito relacionadas com a Caixa não deixa de criticar novamente o PSD e o CDS por terem criado uma nova, ainda que reconheça que não está “destituída de legitimidade”. “Esta comissão de inquérito tem a particularidade de na sua epígrafe, no seu nome, de ter o nome de um cidadão, ex-presidente da CGD“, refere, o que “leva a acreditar que o única intuito para criar esta CPI foi mesmo ser uma comissão dos sms trocados”.

Julgo que isso é uma forma de fazer política pouco apreciada na opinião pública“, critica, argumentando que “não foi exatamente para isso que foram criadas as CPI”. As expectativas dos socialistas para esta nova comissão são, por isso, baixas. “O debate e a inquirição na CPI vai ser feita ao nível do que é que um disse ao outro e do que é que a pessoa que vai ser ouvida sabe e ouviu das conversas que um manteve com o outro”, conclui.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Em Portugal há leilão de dívida de curto prazo. Lá fora, o Eurostat atualiza a inflação (para Draghi ver) e o FMI apresenta o relatório da estabilidade financeira mundial.

Dia em cheio para os investidores. Por Lisboa, o IGCP leva à praça dois leilões de dívida de curto prazo com o objetivo de levantar até 1.250 milhões de euros. O Eurostat atualiza os números relativos à inflação em março, um dado importante para perceber até que ponto Draghi e o Banco Central Europeu (BCE) continuam com legitimidade para manter o programa de compras. Do outro lado do Atlântico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga o Relatório Global de Estabilidade Financeira e o Fiscal Monitor, da autoria de Vítor Gaspar.

Dívida de curto prazo sobe à praça

São dois leilões de Bilhetes do Tesouro que o IGCP realiza esta manhã. A agência liderada por Cristina Casalinho pretende levantar até 1.250 milhões de euros em títulos com prazos de três e 11 meses. Será a quarta operação de financiamento de curto prazo que a agência liderada por Cristina Casalinho realiza em 2017. Já obteve 4.250 milhões de euros nas três operações realizadas em janeiro, fevereiro e março.

A estabilidade financeira mundial

O FMI apresenta o Relatório Global de Estabilidade Financeira. O documento divulga os principais riscos que a sistema financeiro global enfrenta, numa altura em que os riscos geopolíticos e monetários dominam as atenções de todos os agentes do mercado. Adicionalmente, o fundo liderado por Christine Lagarde revela o Fiscal Monitor, da autoria do antigo ministro das Finanças português Vítor Gaspar, com os últimos desenvolvimentos sobre os défices em todo o mundo.

Inflação para Draghi ver

Está a crescer a pressão sobre Mario Draghi para retirar os estímulos monetários à economia. Um dos argumentos que tem alimentado a discussão sobre o fim do quantitative easing mais cedo do que o esperado tem a ver com a evolução dos preços. O Eurostat atualiza a taxa de inflação relativa ao mês de março. Se a taxa geral terá ficado nos 1,5%, o indicador “core”, que importa mais na análise do banco central, não deverá ter saído dos 0,7% — muito longe dos 2% da meta. Nem de propósito: Benoit Coeure, membro da comissão executiva do BCE, fala em Nova Iorque.

May fala após pedir eleições

Theresa May anunciou esta terça-feira eleições antecipadas no Reino Unido. Os britânicos voltam às urnas a 8 de junho depois de no ano passado terem decidido em referendo abandonar da União Europeia. Entretanto, a primeira-ministra vai responder às questões dos deputados na primeira ida ao Parlamento depois de ter acionado o artigo 50 que desencadeou o processo da saída britânica do projeto comunitário europeu.

O que contam Morgan Stanley e BlackRock

São duas das principais empresas norte-americanas que prestam contas ao mercado esta quarta-feira em Wall Street. O banco Morgan Stanley e a gestora de fundos BlackRock apresentam resultados relativos ao primeiro trimestre do ano. De acordo com as estimativas da Thomson Reuters, as empresas do S&P 500 deverão ter visto os lucros trimestrais subir mais de 10%. Será a primeira vez que os resultados crescem a dois dígitos desde o terceiro trimestre de 2014.

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Costa saúda “acordo histórico” no setor do calçado e destaca contratação coletiva

  • Lusa
  • 18 Abril 2017

"Acordo histórico de igualdade salarial", foi desta forma que o primeiro-ministro se referiu ao acordo alcançado no setor do calçado e que prevê igualdade salarial para homens e mulheres.

O primeiro-ministro, António Costa, saudou o “acordo histórico de igualdade salarial” alcançado hoje no setor do calçado e sublinhou a importância da contratação coletiva.

O setor do calçado assinou hoje à tarde um contrato coletivo de trabalho que garante salários iguais para homens e mulheres com as mesmas funções, disse fonte oficial da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) à Lusa.

“O calçado é um setor tradicional exemplar que tem sabido modernizar-se, promovendo mais exportações e garantindo melhores salários”, escreveu António Costa, numa mensagem publicada na rede social ‘Twitter’.

"O calçado é um setor tradicional exemplar que tem sabido modernizar-se, promovendo mais exportações e garantindo melhores salários”

António Costa

Primeiro-Ministro

O chefe de Governo aproveitou para prestar a sua homenagem a Fortunato Frederico, “que revolucionou o setor” e que agora cessa funções como presidente da APICCAPS.

Por ocasião da assinatura do acordo, Paulo Gonçalves, porta-voz da associação, caracterizou este contrato como “histórico”, porque “pela primeira vez iguala os salários entre homens e mulheres”.

“O que nós procuramos fazer, no fundo, é promover a igualdade de género. Esta era uma preocupação do setor já há algum tempo e nas últimas negociações fomos sempre promovendo esta aproximação entre os salários de homens e de mulheres e este processo termina agora”, afirmou a mesma fonte à agência Lusa, referindo que as mulheres representam cerca de 60% dos trabalhadores.

O acordo, oficializado hoje publicamente no Porto, prevê ainda um aumento médio dos salários de 3,8%.

No setor, as exportações aumentaram 60% desde 2009, período em que foram criados cerca de sete mil postos de trabalho, graças a uma “concertação efetiva entre o patronato e os sindicatos”.

“Houve paz social e criação e distribuição de riqueza”, concluiu o porta-voz da APICCAPS, que quer ver o setor como um “caso de estudo ao nível das melhores práticas sociais”, depois de ser apontado como um “exemplo de competitividade”.

O setor exporta 95% da produção para 152 países, segundo a aquela associação.

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O que esperar do novo iPhone, em sete pontos

Este ano, a Apple deverá lançar três iPhones. Dois deverão manter o design atual, enquanto o terceiro será completamente remodelado e melhorado. Ponto a ponto, descubra qual vai ser o sabor da maçã.

Ano após ano, a história repete-se: a Apple lança um novo iPhone cujos atributos já foram revelados pela imprensa. Tim Cook, líder da marca, sabe bem o quanto custa guardar o sigilo perante uma vasta rede de fornecedores e, sobretudo, face a jornalistas como Mark Gurman, da Bloomberg. Gurman é conhecido pelas suas fontes em Cupertino, onde a marca está sedeada. E as informações que publica sobre os novos iPhones, além de específicas, costumam estar certas.

Esta terça-feira, Mark Gurman publicou mais uma série delas e atualizou outras, levantando o véu àquilo que será o próximo iPhone, a ser lançado este outono. Abaixo, o ECO resume o que já se sabe em sete pontos:

  • Três iPhones: É quase certo que a Apple vai pôr no mercado, três modelos do iPhone, o que será uma estreia. Dois dos modelos são mais básicos e surgem como atualização e melhoria aos atuais iPhone 7 e 7 Plus. Porém, deverá ainda lançar um terceiro modelo premium para assinalar os dez anos do lançamento do produto. É sobre este que incidem as novidades.
  • Novos atributos: A versão premium do novo iPhone terá um novo design, bem como um novo tipo de ecrã com materiais como vidro curvo e aço inoxidável. Deverá ainda ter câmaras com qualidade superior. Todos os modelos virão com o iOS 11, a nova versão do sistema operativo que a Apple deverá lançar este verão na WWDC, a habitual conferência e programadores.
  • Sem margens: O ecrã da versão avançada do novo iPhone deverá ocupar quase a totalidade da parte frontal do telemóvel, algo semelhante ao que a Samsung fez no novo Galaxy S8. O ecrã deverá ser ligeiramente maior do que o do iPhone 7 Plus, mas sem aumentar o tamanho do aparelho. A Apple também está a tentar pôr o botão principal no ecrã para poupar espaço, algo que a Samsung também já fez.
  • Ecrã OLED: Uma fonte disse a Mark Gurman que a Apple já encomendou 100 milhões de ecrãs OLED à unidade de fabrico de ecrãs da Samsung (negócio é negócio, concorrência é outra coisa). Deverão ser usados na versão comemorativa do iPhone e será a primeira vez que a Apple integra esta tecnologia no iPhone. Traduz-se em melhor qualidade de imagem, com cores brilhantes, mas mais naturais. Os restantes dois iPhones deverão ainda ter ecrãs LCD.
  • Vários protótipos: Não é possível garantir como será o desenho do novo iPhone, tendo em conta que a Apple ainda está a testar diversas alternativas. Há modelos mais arrojados do que outros, com ecrãs mais ou menos curvos. Outro pormenor é que a Apple está a tentar pôr o sensor de impressões digitais debaixo do ecrã, um autêntico desafio que ainda não foi superado por nenhuma outra marca. Não é certo que o vá conseguir.
  • Melhores câmaras: A Apple tem planos para melhorar a qualidade das câmaras do iPhone, bem como incluir câmaras superiores na versão premium. É praticamente certo que esta última vai incluir duas câmaras traseiras, como o iPhone 7 Plus. Poderão, no entanto, estar posicionadas na vertical ao invés de na horizontal, resultando em fotografias com mais qualidade.
  • Melhor processador: É possível que a marca esteja a trabalhar num novo processador, mais rápido, para os três modelos de iPhone que deverá lançar no outono. São esperadas, igualmente, melhorias significativas ao nível da gestão de recursos dos telemóveis, permitindo à Apple manter a mesma capacidade de bateria, alargando, o mesmo tempo o ciclo de carga.
A Apple estará a testar uma dupla câmara na vertical, ao contrário do que acontece no iPhone 7 Plus.Pixabay

Ainda não há data para o lançamento dos novos aparelhos e todas estas informações, apesar de provenientes de fontes seguras, podem sofrer alterações até ao outono. Este é um lançamento de especial importância para a Apple, agora que a rival Samsung renasceu depois do fiasco do Galaxy Note 7.

Além disso, a Apple costuma renovar o design do iPhone de dois em dois anos, mas o do iPhone 7 mantém-se igual há três. A edição comemorativa dos dez anos do produto tem sido apontada como a justificação, pelo que o ritmo com que decorrerem as vendas deste novo aparelho — que deverá chegar ao mercado mais tarde do que o habitual — é um ponto crítico para os resultados da marca. Recorde-se que as vendas do iPhone representam dois terços das receitas da empresa.

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Europa caiu e Wall Street foi atrás

Risco político continua a retirar fulgor às bolsas. Esta terça-feira, o Reino Unido anunciou eleições antecipadas e fez tombar índices europeus. Do outro lado do Atlântico, Wall Street acompanhou.

Ao risco geopolítico com o agravamento das tensões entre EUA e Coreia do Norte, juntou-se o risco político após o anúncio de eleições antecipadas no Reino Unido com a primeira-ministra Theresa May a justificar essa antecipação com a legitimidade que pretende ter nas negociações para a saída da União Europeia. Os mercados europeus não gostaram. Londres caiu mais de 2%. Do outro lado do Atlântico, o cenário não foi muito melhor.

Em Wall Street, o sentimento dos investidores piorou quando foram conhecidos os resultados do Goldman Sachs abaixo do esperado. As ações do banco caíram 4,72% para 215,59 dólares, o nível mais baixo desde novembro do ano passado.

Em termos gerais, os principais índices norte-americanos encerraram em terreno negativo. O S&P 500, que serve de referência para investidores em todo o mundo, caiu 0,29% para 2.342,18 pontos. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones perderam 0,55% e 0,12%, respetivamente.

No plano empresarial, destaque ainda para a Johnson & Johnson, cujos títulos caíram mais de 3% depois de reportar receitas trimestrais que defraudaram as projeções do mercado.

Goldman Sachs e Johnson & Johnson “são empresas que costumam ter melhores desempenhos nos resultados e o facto de ter falhado as estimativas talvez não seja um bom indicador”, referiu Tim Ghriskey, da Solaris Asset Management, citado pela Reuters. “Há algum nervosismo no mercado com a economia, com o problemas geopolíticos e com a incerteza geral”, adiantou ainda.

Um sinal deste nervosismo vem do mercado do ouro, onde a onça valorizou 0,48% para 1.290,84 dólares, a cotação mais elevada desde novembro do ano passado, perante o movimento em direção aos ativos de refúgio que tem marcado as últimas sessões.

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No jantar de Trump e Xi Jinping, Ivanka engordou a carteira

  • Juliana Nogueira Santos
  • 18 Abril 2017

No dia em que Ivanka Trump jantou com Xi Jinping, a sua empresa obteve aprovação para registar três marcas em território chinês. Coincidência ou conflito de interesses? Não se sabe.

Ivanka Trump ganhou recentemente um lugar na Casa Branca, tendo sido contratada pelo próprio presidente, o seu pai, para o cargo de assessora. Assim, e como ditam as suas funções, marcou presença num jantar executivo entre o presidente dos Estados Unidos e o presidente chinês Xi Jinping. No mesmo dia, o governo chinês aprovou três registos de marca da empresa de Ivanka. Coincidência? Não se sabe.

Segundo a Associated Press (AP), o governo chinês aprovou provisoriamente três novas marcas registadas — uma de joalharia, outra de malas e outra de serviços de spa — que concedem o direito de exclusividade destas chancelas à empresa detida pela filha mais velha do presidente dos Estados Unidos.

Ivanka Trump afastou-se de todas as posições de gestão que ocupava na sua empresa, Ivanka Trump Marks, no principio deste ano para poder ser conselheira informal do seu pai na Casa Branca. Ainda assim, esta continua a ser a dona legal da empresa, facto que levanta suspeitas de conflito de interesses.

Em comunicado, a advogada da família, Jamie Gorelick, afirmou que a empresária “não vai pesar na estratégia empresarial, assuntos de marketing ou termos de acordo comerciais” da sua empresa. Esta afirmou também que Ivanka tem apenas autoridade para ordenar que negócios que possam criar conflitos de interesse, ou que pelo menos o aparentem, sejam terminados.

Nos Estados Unidos, a lei proíbe os funcionários federais de se envolverem em assuntos governamentais que afetem os seus interesses financeiros, ou o dos seus cônjuges. Recorde-se também que o marido de Ivanka, Jared Kushner, é um funcionário oficial da Casa Branca.

Neste momento, a Ivanka Trump Marks tem 16 marcas registadas na China e 32 pendentes para aprovação. Estas oferecem produtos e serviços na área da beleza e dos cuidados pessoais. Contactado pela AP, o Gabinete de Marcas Registadas chinês não prestou qualquer comentário.

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Fundos comunitários permitiram investir 50 milhões nos bombeiros

  • Lusa
  • 18 Abril 2017

O Ministério da Administração Interna revelou que foram realizados investimentos de 50 milhões de euros, sendo que 45 vieram de fundos comunitários.

O Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou hoje que houve um investimento global de 50 milhões de euros nos bombeiros, com uma comparticipação comunitária de 45 milhões.

O MAI refere que o setor passou de quatro candidaturas a fundos aprovadas, em avisos de 2015, para 140 candidaturas aprovadas, nos avisos de 2016 e que, através do aviso que foi lançado em 2016, foram aprovadas 68 candidaturas, sobretudo para a ampliação e remodelação de quartéis de bombeiros, com um investimento global de 29 milhões de euros.

Segundo um comunicado do MAI, no aviso para aquisição de viaturas para combate a incêndios florestais, também aberto em 2016, foram aprovadas 69 candidaturas, correspondendo a um investimento global de 10 milhões de euros e a uma comparticipação de 7,5 milhões de euros.

“Estão a ser também aplicados cerca de cinco milhões de euros de fundos comunitários na construção de Comandos Distritais de Operações de Socorro e de Bases de Apoio Logístico, bem como na construção de instalações e na aquisição de viaturas para o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR e para a Força Especial de Bombeiros da Autoridade Nacional da Proteção Civil(ANPC).

A estas comparticipações, sublinha o MAI, acrescem cerca de sete milhões de euros no âmbito da criação de redes da floresta contra incêndios.

Por outro lado, a execução dos projetos até dezembro de 2017 permitirá, ainda de acordo com o MAI, uma majoração de 10% no montante da comparticipação comunitária.

Em maio do ano passado, o MAI havia anunciado dois concursos, no valor de 12 milhões de euros, para renovação e construção de quartéis de bombeiros e aquisição de veículos.

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Produção da EDP Renováveis cresce no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 18 Abril 2017

A empresa liderada por Manso Neto, que está a ser alvo de OPA da EDP, aumentou a produção de energia limpa nos primeiros três meses do ano.

A EDP Renováveis aumentou a produção de energia limpa em 2% nos primeiros três meses deste ano face ao mesmo período de 2016, para um total de 7,7 terawatt hora (TWh), segundo os dados operacionais hoje libertados pela empresa.

No relatório de produção e capacidade do primeiro trimestre do ano, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP Renováveis (EDPR) explicou que “o aumento da produção beneficia das adições de capacidade durante os últimos 12 meses (+702 megawatt) que compensou o menor recurso eólico vs [‘versus’] as excecionais condições eólicas registadas no primeiro trimestre de 2016”.

Entre janeiro e março, as operações da EDPR na Europa e na América do Norte geraram 44% e 54% do total da produção, respetivamente.

Na Europa, a geração recuou 11% face ao período homólogo de 2016 para 3,4 TWh, “com a comparação anual impactada pelo excecional recurso eólico no primeiro trimestre de 2016 na Europa”, que compara com “um recurso eólico normalizado no primeiro trimestre de 2017”, realçou a energética.

Na América do Norte, a produção da EDPR aumentou em 13%, totalizando 4,2 TWh, “refletindo o crescimento da capacidade instalada e o superior fator de utilização relativo a estes novos projetos”, informou a companhia.

Já no Brasil, a produção aumentou para 147 gigawatt (GWh) “como consequência das adições de capacidade com um recurso eólico mais forte”, justificou a EDPR.

Nos primeiros três meses do ano, a EDPR atingiu um fator de utilização de 36%, “refletindo um recurso eólico normalizado” e “as adições de capacidade com superiores fatores de utilização”, revelou a empresa, acrescentando que a comparação anual é “impactada pelo excecional recurso eólico registado no primeiro trimestre de 2016”.

Em março, a EDPR geria um portefólio de 10,4 GW em 11 países, dos quais 5,3 GW na Europa (2,4 GW em Espanha, 1,5 GW no RdE [resto da Europa] e 1,3 GW em Portugal), 5,0 GW na América do Norte e os restantes 0,2 GW no Brasil.

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13 funcionários da Autoridade Tributária acusados de corrupção

  • Lusa
  • 18 Abril 2017

O Ministério Público acusou 45 arguidos, 13 deles funcionários da Autoridade Tributária, por corrupção, falsidade informática, abuso de poder, tráfico de influência e fraude fiscal.

O Ministério Público (MP) acusou 45 arguidos, 13 deles funcionários da Autoridade Tributária, por corrupção, falsidade informática, acesso ilegítimo, abuso de poder, tráfico de influência, fraude fiscal, falsas declarações e detenção de arma proibida, informou hoje o MP.

Segundo adianta a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), entre os arguidos estão ainda técnicos oficiais de contas, contabilistas, advogados, gestores de empresas, empresários e uma pessoa coletiva, tendo o MP pedido uma indemnização civil em representação do Estado Português no valor de 57.465 euros.

De acordo com a acusação, ficou indiciado que, entre o segundo semestre de 2011 e 17 abril de 2016, os arguidos funcionários da AT, a troco de dinheiro e de bens patrimoniais e não patrimoniais, praticarem atos que beneficiaram particulares junto da administração fiscal.

Em causa está o fornecimento de informação fiscal, bancária ou patrimonial de terceiro, consultoria e aconselhamento fiscal, eliminação de dívidas, cessações de atividade de contribuintes em sede de IVA e IRC com efeitos retroativos (com subsequente extinção de processos de execução fiscal e de contraordenação) e emissão de certidões de não dívida de sociedades que não correspondiam à realidade.

A acusação indica ainda que os funcionários da AT agora acusados introduziram no sistema informático da Autoridade Tributária dados forjados que geraram dados fiscais que não correspondiam à realidade, em benefício dos seus titulares, repartindo, depois, entre si as contrapartidas recebida dos “clientes” consoante o grau de intervenção do funcionário.

“Para tal, os funcionários da AT acederam a dados pessoais de contribuintes contidos em sistema informático de uso exclusivo da AT e cobertos por segredos, violando as responsabilidades e deveres funcionais a que se encontravam vinculados pelo exercício de funções públicas, sempre visando obter para si e para terceiros benefício económico indevido à custa da defraudação da Fazenda Nacional”, sustenta a acusação do MP.

Os 45 arguidos encontram-se sujeitos às medidas de coação de termo de identidade e residência (TIR) e proibição de contactos, estando um deles em prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

O MP requereu a aplicação da pena acessória de proibição do exercício de função aos arguidos funcionários da AT e que fossem declaradas perdidas a favor do Estado as vantagens auferidas pelos mesmos pela prática dos crimes imputados.

O inquérito foi dirigido pela 9ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária.

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Trambolhão londrino faz escorregar a Europa

O anúncio inesperado de eleições antecipadas no Reino Unido ditou fortes perdas às bolsas europeias, com a praça londrina a ser a mais penalizada. O PSI-20 acompanhou ao sofrer perdas de quase 1%.

A bolsa nacional retomou a negociação após a pausa da Páscoa com um sentimento amargo. O PSI-20 terminou esta terça-feira a perder perto de 1%, com a maioria dos títulos que o compõem no vermelho. O índice bolsista nacional acompanhou as perdas registadas na Europa, num dia em que trambolhão da bolsa de Londres ditou o sentimento nos mercados acionistas europeus. Tudo por culpa da primeira-ministra britânica, Teresa May, que marcou eleições antecipadas para junho deste ano e lançou a incerteza no mercado.

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Atlantia interessada na espanhola Abertis

A empresa italiana, controlada pela família Benetton, demonstrou interesse numa fusão com a Abertis, confirmou esta última. A avançar, será o retomar de uma ideia com mais de dez anos.

A gigante italiana das infraestruturas, Atlantia, está interessada numa fusão com a Abertis, a sua homóloga espanhola. A informação foi confirmada esta terça-feira pela Abertis, num comunicado submetido aos mercados após uma notícia da Bloomberg no mesmo sentido.

Ainda não está nada decidido e as conversações encontram-se numa fase muito preliminar. Pode nem sequer haver negócio. No entanto, a avançar, criará uma companhia de infraestruturas maior ainda do que a francesa Vinci, com uma receita anual combinada na ordem dos dez mil milhões de dólares. Segundo a agência, a Atlantia, controlada pela família Benetton, estará a ponderar uma oferta em dinheiro e ações.

Com uma capitalização bolsista de 20 mil milhões de euros, a Atlantia detém a concessionária de autoestradas Autostrade per L’Italia (equivalente à Brisa em Portugal) e dois aeroportos em Roma. Sedeada em Barcelona, a Abertis é avaliada em 15 mil milhões de euros. Face a esta notícia, as ações da primeira encolheram 3,33%, para 23,20 euros. As da segunda avançaram 6,61%, para 16,30 euros.

Esta não é a primeira vez que a Atlantia tenta comprar a Abertis. Há mais de dez anos, o negócio esteve prestes a ser fechado, mas acabou por cair com a oposição do governo italiano. A empresa italiana tem planos para expandir operações fora de Itália, mais propriamente no segmento das autoestradas e dos aeroportos.

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Swaps: Parlamento exige ver detalhes do acordo com o Santander

  • Margarida Peixoto
  • 18 Abril 2017

O PCP apresentou um requerimento para que a Comissão de Orçamento e Finanças peça toda a informação que levou ao acordo entre o Governo e o Santander. Foi aprovado por unanimidade.

Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram esta terça-feira, por unanimidade, um requerimento do PCP que visa aceder a toda a documentação sobre o acordo que o Governo fechou com o Santander, sobre os swaps tóxicos que foram comprados pelas empresas públicas. Este requerimento abrange ainda toda a documentação sobre este processo jurídico, desde que ele teve início, em 2013.

O pedido deverá ser enviado para o Ministério das Finanças e visa clarificar as condições do acordo fechado entre o Executivo de António Costa e o banco Santander Totta. Em causa estão nove contratos com perdas potenciais avaliadas em 1,1 mil milhões de euros e pagamentos em atraso de aproximadamente 500 milhões de euros.

No âmbito deste acordo, o Governo desistiu do recurso ao Supremo Tribunal inglês — que visava alterar duas sentenças favoráveis ao banco sobre a validade dos contratos — e o banco deixou cair o processo que tinha nos tribunais portugueses, com vista a obrigar o Estado a cumprir os contratos.

As duas partes concordaram em cumprir os contratos até à sua maturidade, aceitando o Santander financiar o Estado português em 2,6 mil milhões de euros com uma taxa de juro mais reduzida face àquela que o Estado consegue no mercado. Este desconto rondará os 500 milhões de euros, ao longo de 15 anos.

Tal como o ECO já contou, neste pacote de derivados financeiros estão pelo menos três contratos que já estão a pagar juros acima de 100%. Um deles — o pior swap alguma vez comprado por uma empresa pública — está com juro de 106% e poderá aproximar-se dos 200% na data da sua maturidade.

O PSD já tinha pedido uma audição ao ministro das Finanças para pedir esclarecimentos sobre o acordo fechado com o Santander, e as condições do financiamento ao Estado aprovado neste âmbito. Contudo, o PS pediu para adiar a votação deste requerimento para a próxima reunião. Paulo Sá, deputado do PCP, manifestou-se favorável à audição do ministro Mário Centeno, defendendo apenas que deverá decorrer depois de ter chegado toda a documentação que será agora pedida.

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