Chinesa Tencent investe 1,8 mil milhões de dólares na Tesla

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Março 2017

A Tesla quis financiar-se para construir o novo modelo para as massas. Atraiu muitos investidores, entre eles a gigante tecnológica Tencent que investiu 1,8 mil milhões de dólares.

A tecnológica chinesa Tencent comprou 8.167.544 ações da Tesla, investindo assim cerca de 1,8 milhões de dólares no futuro da empresa de Elon Musk.

Segundo o comunicado enviado pela Tesla ao regulador, a gigante chinesa que atua em vários setores tecnológicos passa agora a deter 5% da fabricante de automóveis, uma participação que faz da Tencent a quinta maior acionista. Elon Musk continua a ser o acionista com maior posição dentro da empresa, com 21% do capital.

Num e-mail enviado às redações, a Tencent destaca que “Elon Musk é o arquétipo do empreendedorismo, da visão, ambição e execução.” A sua empresa é considerada “a pioneira global na fronteira das novas tecnologias.”

As ações da Tesla seguem a valorizar mais de 2% com esta notícia, posicionando-se nos 275,82 dólares. O fabrico para as massas do “Model 3” já tinha levado a empresa a procurar financiamento, tendo conseguido arrecadar cerca de 1,4 mil milhões de dólares. Tudo aponta para que este investimento seja canalizado para o mesmo fim.

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CGD: Com taxa abaixo de 10%, bancos tinham bónus de um milhão

O sindicato bancário que ajudou a CGD na emissão de dívida subordinada recebeu quatro milhões. Mas podia ter recebido mais. Bastava que a taxa tivesse ficado abaixo dos 10%.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi ao mercado para obter 500 milhões de euros através de títulos de dívida subordinada. Registou uma procura elevada, mas os juros também foram… elevados. Desceram face à taxa inicial, mas não tanto quanto o que a CGD, e os bancos colocadores, quereriam. Se a taxa tivesse ficado abaixo de 10% poupava nos juros ao banco de Paulo Macedo, mas dava um bónus de um milhão de euros às cinco instituições financeiras que participaram na operação.

Para colocarem a dívida do banco estatal, tal como acontece em todas as operações que envolvem os mercados financeiros, os bancos cobram uma comissão. No caso das instituição liderada por Paulo Macedo, a escolha recaiu sobre o CaixaBI, o banco de investimento da CGD, Citi, JPMorgan, Barclays e Deutsche Bank que, no seu conjunto, receberam uma comissão equivalente a 0,8% do montante total da emissão, sabe o ECO. Ou seja, quatro milhões de euros.

Esta comissão, que a CGD, contactada, não comentou, ficou em linha com o que é habitual em operações de financiamento no mercado de dívida. A título de exemplo, e tendo em conta que o Estado está neste momento a realizar uma emissão de dívida para o retalho, no caso das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), os bancos recebem uma comissão em torno de 0,75%. No entanto, nesta primeira emissão de dívida subordinada por parte de um banco português, havia um bónus de um milhão de euros. Mas os bancos não o receberam.

Se a taxa tivesse ficado abaixo do patamar de 10%, em vez de quatro milhões os bancos tinham conseguido encaixar cinco milhões de euros. Perderam o bónus… por pouco. A procura elevada levou a taxa a descer face à indicação inicial que colocava o juro que a CGD teria de pagar anualmente entre os 11% e os 11,5%, mas não o suficiente. Perante o volume de ofertas registado — as ofertas terão superado os dois mil milhões de euros –, o juro acabou por encolher, ficando ainda assim num nível elevado: 10,75%.

Nesta emissão, o banco estatal foi ao mercado para obter 500 milhões de euros através de títulos de dívida subordinada, operação realizada no âmbito do programa de recapitalização que vai levar à injeção de 2.500 milhões de euros de dinheiros públicos. Para António Costa, esta operação foi “indiscutivelmente” um “sucesso”. Uma opinião que não é partilhada pelo líder do PSD. Pedro Passos Coelho considerou que país vai pagar “um preço elevadíssimo” pela emissão obrigacionista e acusou o primeiro-ministro de querer “passar a culpa” para o anterior Governo.

O preço a pagar será, realmente, elevado. Por ano, a CGD pagará 53 milhões de euros em juros aos investidores que compraram estes títulos de alto risco — grande parte da operação foi colocada junto de hedge funds, essencialmente do Reino Unido. O valor a pagar por ano é alto, mas ganha ainda maior expressão quando considerado o total dos cinco anos, prazo a partir do qual a CGD pode amortizar antecipadamente estes títulos perpétuos. O custo ascende a perto de 270 milhões de euros em juros.

Este encargo é apenas referente a estes 500 milhões. Mas a CGD ainda vai ter de emitir mais dívida subordinada, ainda no âmbito desta operação de recapitalização. Paulo Macedo vai realizar mais uma operação do género no valor de 430 milhões de euros. Esta emissão terá de ser realizada até 18 meses após a primeira ida ao mercado.

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Wall Street continua a derrapar

  • ECO
  • 28 Março 2017

Na segunda sessão desta semana, a bolsa de Nova Iorque continua na senda das quedas da semana anterior. Petróleo, pelo contrário, está a subir, com o corte na produção na Líbia.

No dia em que o Presidente Donald Trump assina vários decretos que revogam ou alteram as medidas de proteção ambiental adotadas pelo seu antecessor, a bolsa de Nova Iorque abriu a descer. Com as dúvidas quanto à capacidade de Trump levar adiante as várias propostas feitas na campanha eleitoral, os investidores mantêm-se avessos a grandes apostas na bolsa. Nem o petróleo, que está a valorizar, está a puxar pelos índices.

O West Texas Intermediate (WTI) a subir mais de 1% para os 48,21 dólares e o Brent, em Londres, a crescer quase 1% para os 51,25 dólares por barril. Isto depois da Líbia, país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter travado a conduta que operava numa das suas maiores jazidas de petróleo (Bloomberg / conteúdo em inglês). A Líbia é o país do continente africano com as maiores reservas petrolíferas. O corte na conduta leva a uma redução da produção de cerca de 20%.

Entre os índices norte-americanos, a descida mais significativa é a do S&P 500, de 0,11% para os 2.339,06 pontos. O Dow Jones segue-se com uma margem muito pequena, a descer 0,10% para os 20.529,87 pontos, com a valorização do WTI devido ao corte na produção líbia ainda sem se refletir nas energéticas norte-americanas. Menor é a desvalorização do índice Nasdaq, que desce 0,06% para os 5.836,69 pontos.

Hoje a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Janet Yellen, volta a discursar. Desta vez o tema é o desenvolvimento do nível da mão-de-obra no país. Os seus colegas no Banco Central dos Estados Unidos — Ester George, Robert Kaplan e Jerome Powell — também falam esta terça-feira, depois de Yellen, sendo que os investidores vão estar atentos a qualquer indicação sobre o ritmo de subida dos juros nos EUA.

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Moedas vai apoiar dois novos projetos portugueses

Biopolis e LIS-Water são os dois projetos "teaming" selecionados para obter apoio do Horizonte 2020. Incentivo pode chegar aos 400 mil euros.

O programa de Carlos Moedas voltou a selecionar duas empresas portuguesas para receber apoios de verbas comunitárias. Em causa está um incentivo, atribuído através do instrumento “Teaming” do programa Horizonte 2020, que pode chegar a 400 mil euros para demonstrar o potencial futuro de novos centros de excelência. O objetivo último é reduzir as diferenças em termos de Investigação e Inovação entre os Estados‑membros da União Europeia.

O projeto Biopolis do Instituto de Ciências Tecnologias e Agroambiente da Universidade do Porto está a trabalhar em parceria com a Universidade de Montpellier, em França, para fomentar “um ambiente de investigação internacional e multicultural com investigadores de vários países organizados em grupos temáticos de investigação na área da biodiversidade e dos recursos genéticos”, explica o comunicado da Comissão Europeia.

Este projeto consiste num upgrade do Cibio, que já era desenvolvido na Universidade do Porto. A semana passada, o reitor Sebastião Feyo de Azevedo sublinhou o facto de a Universidade do Porto ter ganho um novo centro de excelência na área da biologia ambiental e da biodiversidade através deste projeto Biopolis. “Esta é uma afirmação de grande capacidade científica, correspondendo a um importantíssimo financiamento para a sua investigação”, disse o responsável, citado pelo Jornal de Notícias, elogiando o trabalho desenvolvido pela equipa liderada pelo professor Nuno Ferrand.

O segundo projeto português a ser selecionado chama-se LIS-Water (Lisbon International Centre for Water) e é coordenado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Aqui a parceria é feita com a Universidade de Cranfield, no Reino Unido, e com o Instituto de Gestão de Empresas (IAE), de Paris. Este projeto visa criar “um centro de excelência em Portugal no setor da água e atrair especialistas mundiais, nacionais e estrangeiros, centrando-se no desenvolvimento e na disseminação do conhecimento sobre políticas públicas, regulação e gestão de recursos hídricos e dos serviços de águas”, revela o mesmo comunicado.

Carlos Moedas, o comissário europeu responsável pela Investigação, Ciência e Inovação e pelo programa Horizonte 2020, congratulou-se com o facto de entre os 30 projetos selecionados haver dois portugueses. O “Teaming” é, nas palavras do comissário, “um instrumento que permite estabelecer pontes, reforçar laços, partilhar conhecimentos entre instituições de excelência e diminuir as diferenças entre os países no campo da Investigação e da Inovação. É com especial agrado que constato a presença de dois projetos portugueses financiados em áreas tão relevantes como a biodiversidade e a água”, disse.

Os projetos “Teaming”, tal como o nome indica, pressupõem o estabelecimento de parcerias entre instituições de investigação, agências, universidades e autoridades nacionais e regionais de toda a Europa. Cada iniciativa pode receber do Horizonte 2020 até 400 mil euros para, no espaço de 12 meses, tentar reunir conhecimentos e partilhar competências que reforçarão a posição competitiva das instituições envolvidas.

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Cristas favorável à venda total do Novo Banco

  • Lusa
  • 28 Março 2017

A líder do CDS-PP quer saber mais detalhes sobre a operação, mas reitera a sua posição de que o Novo Banco deve ser vendido na sua totalidade.

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, disse hoje que o partido aguarda para saber em concreto o que está a ser preparado pelo Governo para a venda do Novo Banco, reiterando ser favorável à alienação total da instituição.

“Nós aguardamos para saber em concreto o que é que está a ser preparado, o que é que está a ser decidido, seja pelo Banco de Portugal, seja pelo Governo, mas o que lhe posso dizer é que nós, de base, somos favoráveis a uma venda total do Novo Banco”, respondeu Assunção Cristas à agência Lusa quando questionada sobre a venda do Novo Banco.

À margem de uma visita à Escola Secundária Ibn Mucana, em Alcabideche, Cascais, a líder centrista disse apenas querer saber “em detalhe, exatamente qual é o projeto”, porque “até agora o que há é notícias, mas não há nenhuma comunicação por parte do próprio Governo” e, portanto, a posição de base do CDS-PP “não se alterou”.

“O CDS é defensor de um banco 100% público – chama-se Caixa Geral de Depósitos – e entende que o resto da banca não deve ter participação do próprio Estado. Essa é a nossa posição de base e é este o enquadramento com o qual nós refletiremos sobre todas as posições e neste momento nada se alterou nessa matéria para nós também termos que estar aqui a alterar uma posição”, sublinhou.

O primeiro-ministro, António Costa, revelou hoje que o Governo tem a expectativa de concluir a venda do Novo Banco até ao final desta semana.

No Funchal, na ilha da Madeira, questionado pela agência Lusa se a situação do Novo Banco estaria resolvida até ao final da semana, António Costa respondeu apenas: “Sim, é essa a expectativa que temos”.

Na segunda-feira, a coordenadora do BE, Catarina Martins, insistiu que é um “erro” vender o Novo Banco a privados, salientando que o Governo não terá o apoio do partido neste processo.

No mesmo dia, o PCP disse que não tem prevista nenhuma reunião com o Governo sobre o Novo Banco e reafirmou que a instituição deve ser integrada no setor público bancário.

A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu tambén na segunda-feira a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.

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Amazon compra a “Amazon do Médio Oriente”

  • ECO
  • 28 Março 2017

A Souq.com, conhecida como a "Amazon do Médio Oriente" tem a sua base no Dubai e já esteve avaliada em mil milhões de dólares.

A Amazon anunciou a aquisição da Souq.com, a maior retalhista online no mundo árabe, segundo a CNBC. Aquela que é conhecida por “Amazon do Médio Oriente” tem a sua sede no Dubai e na sua última ronda de financiamento chegava a valer mil milhões de dólares. O negócio representa o primeiro passo da Amazon para entrar no mercado do Médio Oriente, lar de mais de 200 milhões de pessoas.

Apesar de a companhia norte-americana não ter revelado quanto pagou para adquirir a Souq.com, o site TechCrunch cita fontes que afirmam que o negócio foi de 650 milhões de dólares (conteúdo em inglês). A Amazon já veio, contudo, dizer que espera que a aquisição esteja concluída no final deste ano.

“A Amazon e a Souq.com partilham o mesmo ADN: somos ambas conduzidas pelos consumidores, pela inovação e pelo pensamento a longo prazo”, afirmou Russ Grandinetti, vice-presidente sénior da Amazon.

A Souq.com é pioneira no comércio online no Médio Oriente, criando uma ótima experiência de consumo para os seus clientes. Queremos aprender e suportá-los com a nossa tecnologia e recursos globais. E, juntos, vamos trabalhar afincadamente para disponibilizar os melhores serviços possíveis para os milhões de clientes no Médio Oriente”, acrescentou, no mesmo comunicado da marca aos seus seguidores.

Também a Souq.com veio comentar o negócio: “Somos guiados por muitos princípios comuns à Amazon, e esta aquisição será um passo importante para desenvolvermos a nossa presença no campo do comércio online em prol dos nossos clientes na região do Médio Oriente”, afirmou Ronaldo Mouchawar, CEO e co-fundador da plataforma.

“Ao tornarmo-nos parte da família Amazon, vamos ter a possibilidade de expandir as nossas capacidades de distribuição dos produtos e de seleção dos mesmos muito mais rápida, ao mesmo tempo em que vamos tornar-nos mais uma das grandes retalhistas associadas à Amazon”, salienta.

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Costa confirma que Novo Banco deve ser vendido até ao final da semana

  • Margarida Peixoto
  • 28 Março 2017

O primeiro-ministro confirmou que o processo da venda do Novo Banco deverá ficar concluído até ao final desta semana.

O primeiro-ministro, António Costa, confirmou esta terça-feira que o Governo espera fechar o dossiê da venda do Novo Banco até ao final desta semana: “Sim, é essa a perspetiva que temos”, disse, em declarações aos jornalistas, na Madeira, transmitidas pela RTP3.

As negociações para a venda do Novo Banco têm decorrido com o Lone Star. Apesar do acordo de princípio que foi fechado com a Comissão Europeia — e que exigia que o Fundo de Resolução vendesse a totalidade do banco até agosto deste ano — está em cima da mesa a possibilidade de o Lone Star ficar apenas com 75%. Os restantes 25% continuariam na esfera pública.

Contudo, os bancos já se mostraram descontentes com a hipótese de ser o Fundo de Resolução a ficar acionista do Novo Banco, conforme noticiou esta terça-feira o Público. Por seu lado, Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, também já frisou que se for o Estado a ficar com essa participação sem qualquer direito de intervenção na gestão, então esta solução configura “o pior dos dois mundos”.

Há uma diferença entre ser o Estado ou o Fundo de Resolução a ficar com 25% do capital do Novo Banco. É certo que ambos são entidades das Administrações Públicas, mas o Fundo de Resolução é exclusivamente financiado pela banca. Se for o Fundo de Resolução a ficar com os 25%, tem de participar nos aumentos de capital. Até pode recorrer ao Estado para fazer um empréstimo para fazer esse investimento, mas são os bancos que ficam com a obrigação de, com as suas contribuições para o Fundo, pagar esse empréstimo.

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Juros menos impostos e comissões. Quanto investir nas OTRV?

Aplicar 5.000 euros pode dar-lhe prejuízo nestas OTRV. E mesmo 10.000 euros chegam para... compensar a inflação. O ECO fez as contas aos impostos e comissões. Saiba quanto investir.

O IGCP está a acenar com um prémio de 1,9% nesta emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), mas os impostos e, sobretudo, as comissões bancárias estão exigir mais (dinheiro) da parte dos investidores na hora de extrair rendimentos positivos com este empréstimo ao Estado. Pode perder dinheiro mesmo aplicando cinco mil euros. Dez mil euros? Chegam… para compensar a inflação. Quanto investir?

O ECO estabeleceu quatro cenários de investimento em função do montante investido: 1.000 euros, 5.000 euros, 10.000 euros e 16.600 euros. Os cálculos apresentados têm como base o simulador da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para cinco bancos: Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, BPI, Novo Banco e Santander Totta. Nota importante: à taxa da emissão de 1,9% deve ser somada a Euribor a seis meses, que não foi tida em conta nestas simulações.

Se tiver de ser, que seja com força

Como diz a música dos Deolinda, “o que tem de ser tem muita força”. Isto para dizer que, se estiver a pensar aplicar 1.000 euros — o montante mínimo exigido para investir nas OTRV (o máximo é de um milhão de euros) –, isso pode ser manifestamente insuficiente para extrair rentabilidades positivas do investimento.

Os encargos decorrentes de comissões (sobretudo relacionados com as chamadas comissões de custódia) bancárias e impostos atiram as rentabilidades para terreno negativo em qualquer dos bancos em análise. Ou seja, no final da aplicação a cinco anos, ficará sempre a perder dinheiro com o investimento realizado, entre 140 euros (BCP) e 250 euros (Novo Banco).

Mas o cenário muda no caso de já possuir uma conta de negociação. Dado que já teria de assumir encargos com as comissões de registo e depósito com outros títulos financeiros que tem em carteira, este custo surge diluído com uma aplicação de mil euros em OTRV, permitindo-lhe alcançar um retorno líquido positivo. Um retorno que será mais atrativo na CGD e BCP (mais de 50 euros) do que Santander Totta e Novo Banco ainda assim (menos de 10 euros).

Cenário 1: Investimento de 1.000 euros

Fonte: CMVM; Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) em %.

Mesmo 5.000 euros podem não render

Não há dúvidas de que são sobretudo as comissões de custódia que desempenham um papel determinante na hora de avaliar se vale a pena ou não (e a partir de que montante) um investimento nesta nova emissão do IGCP. Tira melhor partido desta emissão de OTRV quem já possuir uma conta de negociação junto do intermediário financeiro.

Quem não possui, terá de realizar um esforço maior para chegar a terreno positivo. E, neste caso, uma aplicação de 5.000 euros bastaria para obter uma rentabilidade positiva. Mas, dos cinco bancos selecionados, esse montante pode também não ser suficiente. Veja-se o caso do Novo Banco: no final de cinco anos, o retorno em juros seria negativo em 2,65 euros, considerando já todos os custos (custódia e impostos incluídos). Nos restantes intermediários financeiros analisados, BCP e BPI conseguem ser mais atrativos para investimentos neste montante: mais de 100 euros.

Já tem conta de negociação? Terá mais a ganhar se for cliente da CGD. O banco estatal dá um ganho de 310 euros em juros com um investimento de 5.000 euros, de acordo com o simulador da CMVM. A Taxa Interna de Rentabilidade, que deve solicitar ao intermediário antes de investir, chega, neste caso, aos 1,246%.

Cenário 2: Investimento de 5.000 euros

Fonte: CMVM; Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) em %.

Dez mil euros dão para 600 euros. Cuidado com a inflação

Naturalmente, quanto mais elevado o montante do investimento, maior o retorno (e exposição ao risco) consegue extrair. Para uma aplicação de dez mil euros, como se apresenta no terceiro cenário, o retorno com juros pode chegar superar mesmo os 600 euros nos cinco anos de investimento — casos do BPI e CGD, numa situação em que o aforrador não tem comissões com custódia.

Estes dois bancos apresentam taxas de rentabilidade acima de 1,2%. São melhores do que nos cenários anteriores, mas não chegam, porém, para compensar o efeito de erosão que a inflação — os preços deverão subir 1,5% este ano e acelerar nos próximos anos. No entanto, também a taxa das OTRV pode subir, basta que a Euribor a seis meses acelere.

Para o investidor que vai iniciar uma conta de negociação através desta emissão, BPI e BCP assumem-se como intermediários que melhores taxas de rentabilidade conseguem apresentar. Descontando todos os custos (impostos, subscrição, reembolso, pagamento de cupão e custódia), 10 mil euros investidos em OTRV pagam-lhe 418,88 euros e 400,98 euros ao longo dos cinco anos previstos no prazo do investimento, respetivamente.

Cenário 3: Investimento de 10.000 euros

Fonte: CMVM; Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) em %.

O cenário ótimo

Num quarto cenário, assumimos um investimento de 16.600 euros, que foi a aplicação média de um investidor na última operação do género, em novembro do ano passado.

Na teoria de um mercado racional, onde as decisões dos investidores são otimizadas em função do lucro e risco, pode ser um cenário a considerar. Aliás, apenas neste cenário quatro, e considerando o “fardo” das comissões de custódia, é que encontramos as taxas de rentabilidade capazes de superar a subida dos preços.

Vai estrear-se neste tipo de investimentos? BPI, BCP e CGD podem ser a melhor solução para abrir uma conta negociação que albergue estes títulos de dívida do Estado. Ao fim de cinco anos, terá um ganho de mais de 800 euros.

Já tem conta aberta num destes intermediários? Será presenteado com retornos mais elevados se for cliente do BPI ou CGD, pagando juros na casa dos 1.050 euros em cinco anos.

Cenário 4: Investimento de 16.600 euros

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Crise da Uber: mesmo após acidente, vão voltar os testes com carros autónomos

  • ECO
  • 28 Março 2017

Depois de um acidente rodoviário com um Volvo que operava em sistema de piloto-automático, que suspendeu os testes com veículos autónomos durante o fim de semana, a Uber vai retomá-los esta semana.

É só a mais recente polémica no rol das várias que têm manchado a imagem da empresa norte-americana. Desta feita, foi um acidente, durante um teste, com um carro que operava em sistema de piloto automático, este fim de semana em Temple, no Arizona. Apesar de fontes da polícia local terem afirmado que o carro Uber não foi o responsável pelo sinistro, a marca ainda decidiu suspender os testes. Mas agora vai retomá-los.

O carro em questão, um SUV da marca Volvo, ter-se-á desviado da sua rota e ficado virado de lado durante o teste. Terá batido contra outra viatura, que ficou com mossas laterais e com os vidros das janelas partidos, mas nenhum dos condutores ficou ferido.

Um porta-voz da Polícia de Temple defendeu ao site Business Insider (conteúdo em inglês) que o carro da Uber não foi responsável pelo acidente e que foi a outra viatura a responsável, por estar a incorrer numa contraordenação.

Ainda assim, a Uber decidiu suspender os testes com veículos autónomos em Pittsburgh, São Francisco e Arizona durante o fim de semana.

Nenhum passageiro é levado em sistema de piloto automático

A Uber não tem levado nenhuns passageiros a nenhum destino em carros autónomos em São Francisco. Os dois veículos da companhia que estão em circulação nessa zona servem apenas para planeamento de mapas e percursos e são conduzidos por funcionários da empresa.

Em meados de dezembro do ano passado, a Uber tentou avançar com uma segunda frota de carros autónomos, do modelo Volvo XC90 SUV, mas não conseguiu obter a licença antes da data prevista para o lançamento, o que levou o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia a retirar os registos dos outros 16 veículos autónomos que já estavam em circulação.

Já em Pittsburgh, os passageiros têm estado a ser levados em veículos do modelo Ford Fusion com tecnologia autónoma desde setembro do ano passado. E os veículos que foram proibidos na Califórnia foram levados para o Arizona na parte de trás de uma das carrinhas automáticas da Uber, afirma o Business Insider (conteúdo em inglês).

Esses carros tinham estado em testes durante a semana anterior à mudança e um deles tinha sido apanhado a ultrapassar um semáforo vermelho num cruzamento perigoso em pleno teste. Na altura, um porta-voz da companhia veio defender que o incidente fora motivado por “falha humana”, mas os trabalhadores da empresa defenderam-se ao The New York Times e afirmaram que o carro estava a circular em sistema de piloto automático.

Agora, depois do acidente mais recente, e da paragem com os testes, a Uber vai retomá-los esta semana.

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CGD: Advogados de Domingues vão ser ouvidos na nova comissão

O Bloco de Esquerda quer ouvir a sociedade de advogados Campos Ferreira, Sá Carneiro e Associados. Foi esta firma, paga pela CGD, que assessorou Domingues nas negociações com o Governo.

A firma de advogados Sá Carneiro vai ser ouvida na nova comissão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Foi esta sociedade que assessorou António Domingues nas negociações com o Governo às alterações do Estatuto de Gestor Público e, pensava-se na altura, para que os gestores não fossem obrigados a entregar a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional. À nova audição vão também dois repetentes: Mário Centeno e António Domingues. De fora, ficam os SMS trocados entre Mário Centeno e o ex-presidente da CGD.

Já há nomes para nova comissão à CGD. Desta vez, para analisarem o compromisso feito entre o ministro das Finanças e António Domingues para libertar os gestores do banco público da entrega da declaração de rendimentos ao TC. Da parte do Bloco de Esquerda, há uma novidade. Os bloquistas querem ouvir Francisco Sá Carneiro, da firma de advogados Campos Ferreira, Sá Carneiro e Associados, sabe o ECO.

Esta foi a sociedade de advogados que negociou com o Governo as alterações ao Estatuto do Gestor Público, em nome de António Domingues. Alterações que acabaram com os tetos salariais no banco público, além de permitirem, pensava-se na altura, que os gestores não entregassem ao Tribunal Constitucional as respetivas declarações de rendimentos e de património. E que foram pagas pela CGD e não pelo gestor.

Para além desta audição, os bloquistas querem ouvir o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix. Mas também Elsa Roncon, ex-diretora geral do Tesouro e das Finanças, e a consultora McKinsey. Há também dois repetentes: António Domingues e Mário Centeno. Ainda à esquerda, o PCP já fez saber, através da agência Lusa, que não vai pedir audições nem documentos. Ao ECO, o deputado João Paulo Correia, coordenador do grupo parlamentar do PS nesta CPI, referiu que, para já, também não vão fazer nenhum requerimento, mas não excluem que o venham a fazer no futuro.

À direita, PSD e CDS fizeram os requerimentos em conjunto, tanto de audições como de documentos a ser pedidos. Os partidos da oposição também querem ouvir Domingues, Mourinho Félix e Mário Centeno, mas há um novo nome: o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Este segundo inquérito foi pedido pelos social-democratas e pelos centristas de forma potestativa. Ou seja, obrigatória. Isto enquanto ainda decorre a primeira comissão parlamentar de inquérito, mas esta sobre gestão do banco estatal desde o ano 2000 e os motivos na origem da necessidade de recapitalização do banco público. Uma comissão que sofreu outro revés: os trabalhos foram interrompidos até dia 4 de maio.

Que documentos vão ser pedidos?

Em termos de documentos, o Bloco pede as atas das reuniões do conselho de administração presidido por Domingues. O PCP e o PS não vão pedir, para já, nenhum documento. Da parte do PSD e do CDS, a lista é longa, mas não inclui um dos pedidos mais polémicos: os SMS trocadas entre Centeno e Domingues.

No requerimento, os dois partidos da posição pedem “toda a documentação trocada entre o Ministério das Finanças ou qualquer membro dos respetivos gabinetes governamentais e a administração liderada por António Domingues, relacionada com os factos que conduziram à sua demissão ou de qualquer membro da sua administração”.

Para além disto, PSD e CDS querem ainda ver a “listagem com identificação do valor de todos os serviços de assessoria externa pagos, ou cujo pagamento foi deliberado, pela CGD em 2016”. Isto depois de o ECO ter avançado que foi a CGD que pagou os advogados que assessoraram Domingues nas negociações com o Governo. Mas também querem ver todos os documentos relacionados com a alteração do Estatuto de Gestor Público, nomeadamente “as suas implicações” e “o alcance dos objetivos pretendidos e da conexão dessas alterações com a contratação da equipa de António Domingues”.

O PSD e CDS querem também ter acesso aos relatórios “à apreciação da idoneidade dos membros da equipa liderada por António Domingues, bem como a resposta dada pelo Banco de Portugal com a indicação cronológica de todo o processo”.

(Notícia atualizada às 13h08 com declarações do PS)

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Direita europeia pede formalmente a demissão de Dijsselbloem

Em causa estão as declarações de Dijsselbloem sobre os países do Sul da Europa, nomeadamente sobre Portugal. "A Jeroen Dijsselbloem só lhe resta resignar", diz o eurodeputado José Manuel Fernandes.

O Partido Popular Europeu (PPE) pediu formalmente, esta terça-feira, a demissão de Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo. Paulo Rangel, eurodeputado do PSD, é um dos subscritores da carta enviada ao ministro das Finanças holandês. Em causa estão as declarações de Dijsselbloem sobre os países do Sul, nomeadamente sobre Portugal.

“Esta posição conjunta que subscrevi desde a primeira hora tem uma relevância política que só pode ter como consequência um pedido de formal de desculpas e a apresentação da demissão do presidente do Eurogrupo”, afirma Paulo Rangel em nota de imprensa, referindo que “perante a gravidade das declarações de caráter ofensivo e discriminatório não pode haver contemplações”. Além de pedir a demissão, a família política europeia do PSD e CDS exige um pedido de desculpas.

José Manuel Fernandes, coordenador do grupo PPE para a comissão dos orçamentos, diz que a “Jeroen Dijsselbloem só lhe resta resignar”. “O presidente do Eurogrupo tem de ser credível e capaz de unir”, defende o eurodeputado do PSD, referindo que “a atitude maniqueísta de Dijsselbloem divide e desagrega”.

Segundo a nota de imprensa do grupo parlamentar do Parlamento Europeu, a iniciativa da carta partiu do vice-presidente, o espanhol Esteban Gonzalez Pons, e foi subscrito por todos os eurodeputados do grupo europeu do PSD e por um vasto grupo de deputados de várias delegações. O presidente do grupo do PPE, o alemão da CSU, Manfred Weber, assinou a carta esta manhã em Bruxelas.

A carta dirigida a Dijsselbloem classifica os comentários de “ofensivos” e “sexistas” para as mulheres. “As suas declarações atacam um dos mais importantes valores que sustentam a União Europeia: a igualdade”, escreve o Partido Popular Europeu, referindo que respeitar esses valores “deveria ser a primeira obrigação de um líder europeu”. “Atacar um certo grupo de países como tem feito é atacar cada um dos Estados-membros“, ataca a direita europeia.

Jeroen Dijsselbloem faz parte do grupo socialista do Parlamento Europeu. O presidente do S&D, Gianni Pitella, também já pediu a substituição do ministro das Finanças holandês, do Partido Trabalhista da Holanda, que faz parte do seu grupo parlamentar. Contudo, em reação aos pedidos de demissão, Dijsselbloem avisou não ter a “intenção” de se demitir.

(Notícia atualizada às 13h02 com conteúdo da carta do PPE)

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Uber vai sair da Dinamarca

  • Juliana Nogueira Santos
  • 28 Março 2017

Nova lei que impõe videovigilância, taxímetros e sensores nos bancos a todos os veículos de transporte leva a tecnológica a parar as operações em território dinamarquês.

A tecnológica Uber irá parar as suas operações na Dinamarca no próximo mês, segundo avança o diário dinamarquês The Copenhagen Post. A empresa anunciou a decisão esta manhã numa conferência de imprensa, depois de terem sido aprovadas novas regras para os taxistas.

A partir de agora, todos os táxis têm de ter videovigilância, taxímetros e sensores nos bancos. Tais imposições levaram a empresa a tomar a decisão de deixar de prestar serviços e bloquear o acesso à aplicação no dia 18 de abril.

“Esperámos até ao fim quer a nova lei se expandisse de forma a permitir que os carros que já estão na estrada continuassem a ser usados”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa. “Mas a lei, como está atualmente, proíbe que os motoristas usem os seus carros e impõe exigências obsoletas como taxímetros caros e sensores nos bancos – funções que um smartphone desempenha facilmente.”

A empresa tem passado por dias difíceis, tanto a nível da regulação nos países onde está presente — como é o caso de Portugal, onde os partidos não se entendem acerca deste assunto –, tanto a nível administrativo, com a demissão do número dois da empresa, Jeff Jones.

A Uber contava com mais de 2.000 motoristas e 300.000 passageiros em território dinamarquês. Ainda assim, a empresa vai manter cerca de 50 especialistas na cidade de Aarhus como parte da equipa global de desenvolvimento tecnológico.

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