Contas de Isabel dos Santos na Sonangol serão auditadas pela KPMG. Serviço custará 15 milhões de euros

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

As contas da Sonangol no período em que Isabel dos Santos foi presidente executiva vão ser auditadas pela KPMG, num contrato que custará 15 milhões de euros à petrolífera estatal angolana.

A petrolífera angolana Sonangol vai gastar 15,4 milhões de euros com a auditoria às contas do grupo, que serão garantidas pela KPMG, depois de preterida a consultora escolhida pela anterior administração, de Isabel dos Santos, cujas contas também serão analisadas.

De acordo com um despacho assinado pelo Presidente da República, João Lourenço, de 6 de fevereiro e ao qual a Lusa teve acesso, o negócio, autorizado no documento, é justificado “por força” da identificação de uma “situação superveniente de conflito de interesse”, o que obrigou a Sonangol a “cancelar a adjudicação do contrato de prestação de serviços de auditoria ao auditor que inicialmente estava previsto para a contratação”.

O mesmo despacho refere que existe a “necessidade urgente” de se contratar um novo auditor para o grupo, autorizando assim a adoção de um procedimento de contratação simplificada “pelo critério material”, visando especificamente os serviços de auditoria às demonstrações financeiras individuais e consolidadas, da Sonangol e subsidiárias, para os exercícios económicos de 2017, 2018 e 2019.

“Bem como para a realização de um diagnóstico financeiro às contas da empresa, referentes ao período entre 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2017”, lê-se no documento, que autoriza a contratação da KPGM pela administração da Sonangol, por 19,1 milhões de dólares (15,4 milhões de euros).

Isabel dos Santos foi presidente do conselho de administração da Sonangol entre junho de 2016 e novembro de 2017, até ser exonerada pelo novo Presidente da República, João Lourenço, que colocou Carlos Saturnino na liderança da petrolífera.

PwC não foi escolhida por alegado “conflito de interesses”

A Sonangol clarificou em dezembro que declinou assinar o contrato com a consultora PwC, para auditoria externa da petrolífera estatal angolana, o qual tinha sido anunciado a 1 de novembro por Isabel do Santos, alegando “conflito de interesses”. A Sonangol referiu na altura que aquela empresa “tinha já sido contratada como consultora do processo de transformação”, em 2016, pelo que “a adjudicação do mesmo à PwC, conformou um quadro de conflito de interesses”.

A petrolífera insistiu que a contratação da PwC para prestação de serviços de auditoria às demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Sonangol E.P. e das suas subsidiárias, a vigorar até 2019, anunciada pela administração de Isabel dos Santos a 1 de novembro, não foi orientada pelo chefe de Estado, João Lourenço, no cargo desde 26 de setembro. “A impelir a petrolífera nacional concorreu igualmente a observância à Lei de Base do Setor Empresarial Público, a qual determina que o perfil do auditor para a Sonangol tem que ser definido pelo titular do poder executivo”, acrescentou.

A administração da Sonangol afirmou ainda que “analisados os pressupostos que rodearam a contratação”, concluiu-se “ter havido uma alteração substancial das circunstâncias que determinaram a realização do concurso para a aquisição dos serviços de auditoria e a consequente adjudicação do contrato”.

Na ocasião, a 1 de novembro, a administração de Isabel dos Santos afirmou que o processo de escolha “salvaguardou o cumprimento de todos os trâmites legalmente previstos” e incluiu “etapas adicionais de interação direta entre as partes, no sentido de reforçar a transparência, equidade e aplicação dos princípios éticos” que regem a atividade da empresa.

A PwC já tinha auditado as contas da Sonangol em 2016, validando-as, mas “com reservas”, nomeadamente na natureza e circunstância das “transações de diversas naturezas” que a petrolífera mantém com o Estado angolano, sobre a recuperabilidade de investimentos realizados anteriormente e também pela alteração da política contabilística do grupo.

O resultado líquido consolidado da Sonangol em 2016 foi de 13.282 milhões de kwanzas (70,5 milhões de euros), uma quebra de 72% face ao exercício de 2015, “como resultado de uma diminuição nos resultados financeiros e nos resultados de filiais e associadas”, reconhece a petrolífera, no seu relatório e contas.

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Millennials: O mini-crash visto pela geração que nunca assistiu a um

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Os jovens nascidos entre os anos 80 e os anos 90 do século passado estão agora a dar os primeiros passos nos pisos de negociação num cenário que está a mudar. Estão preparados?

Com as bolsas mundiais a estenderem as suas perdas desde o fim da semana passado, os analistas e os investidores começam a preparar-se para assistir novamente a um cenário de crash bolsista. Outros, têm de se preparar para algo que nunca viram. Falamos dos millennials.

Os jovens nascidos entre os anos 80 e os anos 90 do século passado estão agora a dar os primeiros passos nos pisos de negociação num cenário que está a mudar. Estes viveram, até agora, numa era em que os índices atingiram recordes, os estímulos dos bancos centrais alimentavam os mercados e que até foram criados ativos inovadores.

Mas com estes estímulos a terminarem e as taxas de juro a descolarem do zero, os traders mais antigos estão preocupados com a capacidade de resiliência e a preparação dos mais novos para um possível grande desafio. Numa análise da agência Bloomberg, Paul McNamara, gestor de equipas na GAM, em Londres, afirma a necessidade de preparação dos novos profissionais.

"Não trabalhei numa era diferente desta, mas quem diz que estamos a voltar à era antiga?”

Ben Kumar

Gestor de ativos de 28 anos

“Os traders têm de estar naquela fase em que estão a olhar para o ecrã pelos seus próprios dedos para valorizarem verdadeiramente o risco-recompensa nesta indústria”, considera McNamara. “Não só ser capaz de ver as coisas a correrem mal, mas correrem ainda mais mal do que alguma vez imaginou ser possível.” É por isto que o gestor tem pensado duas vezes aquando das contratações.

Ainda assim, McNamara parece ser uma exceção. Um estudo citado pela agência, feito por entre os traders da City, aponta para cerca de metade dos questionados tenham nove anos ou menos de experiência.

“Temos noção que os juniores que contratámos e treinámos não têm a experiência de trabalhar em condições normais nos mercados”, justificou Christian Hille, da Deutsche Asset Managment. “Eles próprios estão preocupados com o que acontece a partir de agora. O que acontece quando os estímulos sejam retirados”. Hille afirma assim que tenta pôr as coisas em perspetiva para os membros mais novos, para assim os ir preparando.

Millennials não querem ser subestimados

Ainda que estejam a ser alvos de muitas dúvidas, os traders mais novos não querem ser subestimados. “Sinto-me preparado para uma próxima recessão”, defende-se Victor Massue, um gestor de fundos luxemburguês de 28 anos. “A humilhação é um dos valores mais importantes nas finanças, faz com que não tenhamos um ego inflacionado. Os mercados são arriscados, os novos investidores têm de saber que o objetivo do jogo não é ganhar dinheiro, no princípio é tentar não perder e sobreviver.”

Para além de se sentirem preparados, os traders garantem que nada acontecerá como no passado, sendo que estamos numa nova era. “Encontrem-me alguém que tenha trabalhado na era da inflação a 15% e falarei com ele acerca de bitcoin e internet”, aponta Ben Kumar, gestor da Seven Investment Managment, 29 anos. “Não trabalhei numa era diferente desta, mas quem diz que estamos a voltar à era antiga?”

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Contratos até três meses continuam a pesar 3,2% em Portugal

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 9 Fevereiro 2018

Dados do Eurostat indicam que, na UE, 2,3% dos empregados contavam em 2016 com um contrato de trabalho que não excedia três meses. Em Portugal, o valor era 3,2%, o mesmo que em 2015.

O número de trabalhadores com contratos até três meses manteve-se estável em 2016. Em Portugal, abrangia 3,2% dos empregados, acima da média comunitária, indicam os dados do Eurostat destacados esta sexta-feira.

Na União Europeia, o peso deste tipo de contratação era de 2,3%, “mantendo-se relativamente estável nos últimos dez anos”. Variou entre 2% em 2009 e 2,3% em 2016, indica ainda o gabinete europeu de estatística.

Peso dos contratos até três meses

Fonte: Eurostat

Croácia é o país com o valor mais elevado (8,4%), seguindo-se França (4,8%), Espanha (4,7%), Polónia e Eslovénia (4,5%). No extremo oposto está a Roménia (0,2%).

Portugal é o décimo país com valor mais elevado. A taxa em 2016 — 3,2% — é a mesma de 2015 mas fica acima dos 3,1% registados em 2014. Em 2012 e 2013, os contratos até três meses pesavam 3,5%.

O tema da precariedade tem ganho dimensão no debate público, com o Governo a defender como prioridade o combate à segmentação do mercado de trabalho.

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Guterres e Canotilho fora do conselho de administração da Gulbenkian

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Os dois membros do conselho de administração vão ser substituídos por Graça Andresen Guimarães e António M. Feijó.

António Guterres e Joaquim Gomes Canotilho deixam esta sexta-feira de fazer parte do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo substituídos por Graça Andresen Guimarães e António M. Feijó.

A notícia foi avançada pelo Expresso (acesso pago), que dá conta da saída dos dois administrador não executivos, sendo Emílio Rui Vilar o único membro da administração que permanecerá na fundação. Em declarações ao jornal, uma fonte oficial da Gulbenkian adiantou que estas substituições se devem à “rotatividade normal dos cargos”. António Guterres terá abandonado o cargo devido à sua entrada para a ONU e Joaquim Gomes Canotilho por ter terminado o seu mandato.

“O conselho de administração plenário votou e escolheu outras pessoas”, disse o gabinete de imprensa da fundação ao Expresso, acrescentando que “não há lugares eternos”. A nova administradora Graça Andresen é atualmente conselheira principal do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, tendo sido embaixadora de Portugal em Cabo Verde até 2011. Por sua vez, António M. Feijó é professor, escreveu alguns livros e é atualmente presidente do conselho geral independente da RTP.

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BE propõe alargar conta de SMB e travar comissões no crédito

O Bloco apresentou dois projetos que visam reforçar os direitos dos clientes bancários. Um quer flexibilizar o acesso e alargar os Serviços Mínimos. Ooutro pede o fim de comissões no crédito.

O Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República dois projetos de lei que têm como objetivo reforçar os direitos dos clientes bancários. Um dos projetos tem como alvo os Serviços Mínimos Bancários (SMB), onde é pedida a flexibilização do acesso e uma maior abrangência desse tipo de contas. O partido quer também acabar com duas comissões associadas ao crédito e impedir os bancos de alterar unilateralmente as condições dos contratos.

O âmbito da proposta foi explica pela deputada Mariana Mortágua esta sexta-feira no Parlamento. Os SMB voltam a ser um dos alvos das propostas dos bloquistas, que pretendem que todas as pessoas possam ter uma conta com esta natureza. Mas com um requisito: tem de ser em nome individual. Ou seja, as pessoas que têm contas em co-titularidade passariam a poder também ter serviços mínimos bancários.

Nesta proposta é reivindicado ainda o alargamento dos serviços prestados por estas contas. Nomeadamente, permitir que os cartões de débito possam realizar todo o tipo de operações que são feitas por cartões de outras contas, mas também a possibilidade de realizar transferências ilimitadas, seja ao balcão ou através do multibanco, tanto para contas do próprio banco como para contas domiciliadas noutras instituições financeiras. “Quem tiver esta conta passa a ter cartão de débito e poder fazer todo o tipo de operações que entender“, explicou a deputada, frisando que tal poderá ser feito “sem qualquer custo associado“.

Outro dos objetivos deste projeto é garantir, colocando em lei, que a falha da obrigatoriedade de os bancos divulgarem os SMB seja alvo de “coimas agravadas” e que o Banco de Portugal passe a divulgar os bancos incumpridores.

O segundo projeto de lei do BE tem como objetivo travar algumas comissões no crédito habitação e ao consumo. Mais em específico acabar com a comissão de processamento da prestação mensal dos créditos, bem como com a comissão cobrada pelos bancos nas declarações de liquidação dos créditos. Mariana Mortágua lembra que esta comissão facilmente pode atingir 150 euros.

No que respeita à comissão cobrada pelo processamento da prestação mensal do crédito à habitação, Mariana Mortágua diz que “não faz qualquer sentido” cobrar esse valor, lembrando que tal não tem um serviço associado, mas que é um valor que os bancos insistem em cobrar.

Este segundo projeto também pretende impedir os bancos de alterarem de forma unilateral as condições dos contratos de crédito: especificamente spreads e taxas. “São alterações muito precisas, mas que dizem muito a muita gente e a muitos contratos de crédito“, diz a deputada relativamente a este projeto de lei em específico.

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Afinal, Schulz não vai ser o novo ministro alemão dos Negócios Estrangeiros

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Martin Schulz anunciou, esta sexta-feira, que afinal não ocupará o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros no novo Governo de coligação alemão.

Depois de se ter demitido da liderança do partido social-democrata, Martin Schulz anunciou, esta sexta-feira, que afinal não ocupará o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros no novo Governo de coligação alemão. A notícia foi avançada pelo Der Spiegel.

“Renuncio ao cargo no Governo federal e espero que isso acabe com os debates pessoais no SPD”, avançou o antigo presidente do Parlamento Europeu, na sua conta do Twitter. Martin Schulz deixou ainda uma nota aos muitos que têm contestado a sua posição: “Todos fazemos política para as pessoas deste país”.

Na quarta-feira, os conservadores de Merkel chegaram a um acordo com os social-democratas para romper o impasse dos últimos quatro meses e formar um novo Governo de “grande coligação”. Apesar do sucesso das negociações — o CDU fez concessões significativas ao SPD, entregando-lhe pastas tão relevantes como a das Finanças e a dos Negócios Estrangeiros — a impopularidade de Schulz não se viu diminuída, levando o político a demitir-se primeiro da liderança do partido e agora ao cargo ministerial que lhe fora atribuído.

Segundo o mesmo jornal, a renúncia de Schulz terá tido origem em dois receios: primeiro, que a aversão à sua liderança levasse os membros do SPD a chumbar o pacto governativo (que está a ser referendado) e segundo, que o debate interno se sobrepusesse ao debate governativo.

Recorde-se que até Olaf Scholz, jurista apontado para a pasta das Finanças, no novo Governo alemão, não se tem poupada a críticas a Martin Schulz, desde o desastre eleitoral de setembro: o SPD não conquistava tão poucos votos desde a II Guerra Mundial. Scholz chegou mesmo a pedir “mais ousadia na política”.

Os resultados “inconclusivos” das eleições de setembro colocaram Angela Merkel numa posição debilitada. Depois da aliança com os Verdes e com o FDP ter caído por terra, a chanceler viu-se obrigada a recorrer ao apoio do SPD para forjar uma “grande coligação”, o que acabou por acontecer esta semana.

(Notícia atualizada às 14:21)

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CR7 vai ter hotel em Madrid com marca Pestana

Com 160 quartos, um rooftop bar e um restaurante, a reabilitação do edifício do número 29, na Gran Via em Madrid, o terceiro hotel da rede Pestana CR7 deverá começar as obras em breve.

O novo Pestana CR7 já tem localização fechada. Será numa das principais avenidas de Madrid, bem no centro da capital espanhola: no número 29 da Gran Via, onde hoje se localiza a livraria espanhola Casa Del Libro (que, depois do hotel, continuará a manter-se no piso térreo do edifício).

Num esclarecimento enviado às redações, fonte da marca Pestana CR7 afirma que “a joint-venture entre o Pestana Hotel Group e Cristiano Ronaldo confirma a celebração de um contrato de arrendamento de longo prazo, com o Grupo Calpense, detido pela família proprietária, desde a sua construção, do imóvel localizado na Gran Vía nº29″.

De acordo com o mesmo comunicado, o novo Pestana CR7 Lifestyle Hotel vai contar com “160 quatros, rooftop bar e restaurante”. “Com a licença de construção recentemente emitida, prevê-se que a obra tenha início muito em breve”, adianta ainda o comunicado.

Depois dos hotéis da marca Pestana CR7 em Lisboa e no Funchal, Madrid é a primeira capital estrangeira a receber a marca, que reflete uma parceria entre o internacional português e a marca de hotelaria nacional.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Na segunda fase do Programa Capitalizar, o Governo vai fazer mudanças no ‘banco de fomento’, com novas funções e integração de organismos. As exportações nunca pesaram tanto no PIB como no ano passado. Boas notícias para os condutores, os preços dos combustíveis vão baixar. Os juros dos depósitos dos portugueses bateram mínimos em dezembro. Lisboa volta às quedas, refletindo o desempenho de Wall Street e das bolsas asiáticas.

O Governo vai relançar o programa Capitalizar com o objetivo de lhe dar “uma nova dinâmica”. A reestruturação vai assentar em três áreas distintas: qualificação, ciência e inovação e ainda investimento.

As exportações de bens atingiram os 55 mil milhões de euros em 2017, atingindo o maior peso no PIB pelo menos dos últimos 17 anos: 28,6% do PIB. No entanto, as importações cresceram ainda mais, 12,5%, e agravaram o défice comercial.

Os preços dos combustíveis vão voltar a baixar a partir de segunda-feira, depois de uma semana de quedas nos mercados internacionais. O gasóleo deverá baixar 1,5 cêntimos e a gasolina dois cêntimos.

Os juros dos novos depósitos disponibilizados pela banca nacional pagaram, em média, 0,19% no mês de dezembro, um novo mínimo histórico. A média da zona euro foi o dobro: 0,37%.

O PSI-20 perdeu 1% e foi o índice mais penalizado na Europa. ​Um reflexo dos maus resultados de Wall Street ​qu​e ​também se estenderam às bolsas asiáticas. A pesar em Lisboa estiveram os títulos do BCP e das energéticas.

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Portugal volta aos mercados na próxima quarta-feira

O IGCP vai realizar dois leilões de obrigações do Tesouro a cinco e a dez anos.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai realizar na próxima quarta-feira, dia 14 de fevereiro, dois novos leilões de dívida. Em causa estarão duas emissões de Obrigações do Tesouro a cinco e a dez anos onde o IGCP pretende colocar um montante até aos 1,25 mil milhões de euros. A emissão acontece às 10h30.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 14 de fevereiro pelas 10h30 horas dois leilões das OT com maturidade em 17 de outubro de 2022 e 17 de outubro de 2028, com um montante indicativo global entre 1000 milhões de euros e 1250 milhões de euros”, anunciou esta sexta-feira a entidade liderada por Cristina Casalinho.

No início do ano, o IGCP fez uma emissão sindicada que cobriu um quinto das necessidades de financiamento da República para o ano de 2018. Com a ajuda dos bancos, o Estado colocou 4.000 milhões de euros em Obrigações do Tesouro. A agência que gere a dívida pública tem aproveitado a queda dos juros portugueses nos mercados para emitir dívida.

Nessa altura a procura foi forte e, por isso, a taxa final desceu: “Taxa de referência de 2,05%, a taxa mais baixa nestas aplicações nos últimos anos”, disse na altura o Ministério das Finanças. A procura atingiu os 17,1 mil milhões de euros, quatro vezes mais do que a Portugal queria.

Recentemente, os juros portugueses estiveram de novo abaixo de 2% após o acordo realizado entre Angela Merkel e Martin Schulz. O novo Governo da Alemanha levou os juros das obrigações da periferia da zona euro a cair.

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Web Summit chega a Loulé. Vai ser o tema do Carnaval

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Fevereiro 2018

Para além do desfile, o Baile de Gala vai reunir os foliões no Palácio do NERA, que vai vestir a roupa de Panteão Nacional para os receber. A ideia é recriar o tão falado jantar de encerramento.

A febre do Web Summit já chegou aos foliões. A edição deste ano do Carnaval de Loulé, um dos carnavais mais antigos do país, tem como tema a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo, que nos últimos anos tem tomado de assalto a cidade de Lisboa.

Cartaz do Carnaval de Loulé 2018.DR

De 11 a 13 de fevereiro, os foliões do sota-vento algarvio vão parodiar o evento de Paddy Cosgrave neste que é apelidado de “Carnaval Summit de Loulé”. Serão 14 carros alegóricos a percorrer as ruas da cidade, num ano em que o corso vai ser realizados nos três dias seguidos.

Assim, todos os carros terão de ser alusivos à tecnologia, com toda a decoração do recinto a combinar com o tema. A organização fala da criação de “um mundo virtual” no sambódromo. Ainda assim, os foliões também poderão cumprir a tradição e apostar na sátira social, com muitas das personalidades nacionais e internacionais a estarem “presentes”: Cristiano Ronaldo, Vladimir Putin, Angela Merkel ou Mário Centeno.

Para além do desfile, o Baile de Gala, a decorrer na noite de segunda-feira, dia 12, vai reunir os foliões no Palácio do NERA, que vai vestir a roupa de Panteão Nacional para os receber. A organização quer assim recriar o tão falado jantar de encerramento do Web Summit, que juntou umas centenas no mítico monumento nacional.

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Ups! A Amazon vai ter um serviço próprio de entrega de encomendas ?

Robôs a operar num armazém da Amazon na Califórnia.David Paul Morris/Bloomberg

A Amazon prepara-se para lançar um novo serviço de transporte de encomendas, uma decisão que poderá pôr a gigante tecnológica em concorrência direta com transportadoras como a FedEx e a UPS. O novo serviço chamar-se-á Shipping with Amazon (SWA), através do qual a empresa recolhe encomendas junto das empresas e transporta-as diretamente até aos consumidores, avançou o The Wall Street Journal [acesso pago], citando “fontes familiarizadas com o assunto”.

O novo serviço deverá ser anunciado nas próximas semanas e, para já, estará disponível em Los Angeles, nos Estados Unidos, depois de ter sido testado em Londres, Reino Unido. Os alvos iniciais serão os comerciantes que vendem bens através da plataforma da Amazon, mas estará na calha uma expansão a outras empresas. Até ao final do ano, a empresa deverá também alargar o serviço a mais cidades no país, aponta o mesmo jornal. As mesmas fontes referem que os preços praticados pela Amazon serão mais baixos do que os praticados pela FedEx e pela UPS mas ainda não há mais dados em concreto.

Embora numa primeira fase o serviço ainda conte com a rede destas empresas para funcionar, a Amazon passará, desde logo, a ter o controlo sobre o método das entregas. Desta forma, poderá passar a operar em concorrência direta com estas conhecidas companhias de transporte de encomendas, numa altura em que Jeff Bezos tem vindo a expandir os serviços fornecidos pela multinacional às mais distintas áreas.

Não só a empresa comprou recentemente a cadeia de hipermercados Whole Foods, entrando diretamente no setor do retalho e comércio de alimentos em geral, como concorre diretamente com grandes tecnológicas como a Apple e a Google, através da venda das colunas inteligentes Echo, equipadas com a assistente virtual Alexa. Porém, são apenas alguns exemplos.

Com o serviço SWA, Jeff Bezos pretende que a Amazon seja também uma transportadora. Num cenário mais extremo, a empresa poderia passar a transportar as próprias encomendas aos clientes, deixando de estar dependente de transportadoras que geram receitas significativas através das parcerias com a multinacional. Ainda assim, este lançamento acaba por não ser surpresa: a Amazon já faz uma pequena parte das suas entregas em pelo menos 37 cidades norte-americanas, escreve o The Wall Street Journal.

Ganhar uma escala mais global será um desafio para a Amazon, na medida em que a UPS e a FedEx precisaram de vários anos e milhares de milhões de dólares de investimento para construir as redes de entregas globais com que contam nos dias de hoje.

No mês passado, foi notícia que a Amazon estará a preparar uma entrada em Portugal, encontrando-se a negociar um espaço numa zona nobre da cidade do Porto. A intenção deverá ser a de trazer para o país alguns dos serviços de computação na cloud, outro dos principais negócios da companhia. A notícia chegou depois de também a Google ter anunciado um investimento em Oeiras, onde vai passar a ter mais de 500 funcionários num espaço no Lagoas Park.

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Gasolineiras aplaudem fatura detalhada. Pode pressionar o Governo a baixar o imposto

  • Lusa e ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Os revendedores de combustíveis estão a favor da fatura detalhada, pois pode pressionar o Governo a baixar o imposto sobre estes produtos. Os projetos do PS e CDS baixaram à especialidade.

Os revendedores de combustíveis aplaudem a introdução da fatura detalhada, considerando que fará “sobressair a elevada carga” fiscal no setor e “levar o Governo a rever a taxa do ISP”, mas alertam para os riscos do “excesso de informação”. Estas declarações surgem no mesmo dia em que o Parlamento votou os vários projetos de lei apresentados sobre a matéria: o do PS e do CDS baixaram à especialidade de onde deverá emergir um texto comum que terá condições para passar em plenário e ver a luz do dia.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (Anarec) afirmou que a faturação detalhada nos combustíveis líquidos “contribui beneficamente para o melhor esclarecimento dos consumidores relativamente à estrutura dos preços”, permitindo que estes tenham “uma melhor consciencialização sobre o peso elevadíssimo que o ISP [Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos] tem nos preços finais de venda ao público”.

“Mais, consideramos que a fatura detalhada nos combustíveis líquidos, com a discriminação dos valores que são imputados ao consumidor final a título de ISP, entre outros, ao fazer sobressair a elevada carga deste imposto, vai criar pressão sobre os preços da gasolina e do gasóleo, tendo forçosamente que levar o Governo a rever a taxa do ISP, diminuindo-a, ainda que gradualmente”, acrescentou Francisco Albuquerque.

Salientando que a carga fiscal sobre os combustíveis em Portugal “é uma das maiores da Europa, o que penaliza seriamente as empresas, as pessoas e a economia nacional”, a Anarec acredita que a implementação desta medida “vai contribuir para uma maior transparência fiscal e uma informação mais pormenorizada ao consumidor”, sensibilizando-o “para a carga elevadíssima que o ISP tem no preço final que paga quando vai abastecer a sua viatura”.

Apesar de ver “com agrado” a medida, que recorda ter já proposto no ano passado, a associação diz, contudo, recear “que as propostas ora apresentadas pequem pelo excesso de informação que visam ver refletida nas faturas”. De acordo com Francisco Albuquerque, “com tantos itens discriminados” há o risco de ser perder “o intuito principal de promover o esclarecimento ao consumidor, de uma forma transparente e objetiva”. Por outro lado, a adaptação necessária às novas regras “poder vir a acarretar custos consideráveis às empresas”, pelo que o modelo final deveria ser a opção por uma faturação detalhada que “verse sobre os combustíveis líquidos, com a discriminação do ISP”.

Após o debate de quinta-feira em sessão plenária de três propostas de projeto de lei (PS, CDS-PP e PAN) e de um projeto de resolução do PSD, deverá ser aprovado esta sexta-feira um novo pacote legislativo com vista à obrigatoriedade de divulgação de informação detalhada por parte das gasolineiras e empresas de gás engarrafado nas faturas dos consumidores finais, discriminando taxas, impostos, quantidade e preço da incorporação de biocombustíveis.

Em declarações ao Jornal de Negócios, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) pediu tempo ao Governo para as bombas de gasolina se poderem adaptar às novas regras propostas pelos vários partidos para as faturas. “Uma alteração dessas a nível de sistemas informáticos, depois de se saber o que é que se pretende, precisa no mínimo de seis a nove meses. Nunca menos de seis meses porque são muitos sistemas, não há um único sistema de faturação”, alertou António Comprido.

Segundo o líder da associação, é preciso “não esquecer que nalgumas das empresas que operam em Portugal os sistemas de informação estão a funcionar em regime de outsourcing em centros partilhados a nível europeu ou mundial”, motivo pelo qual “essas alterações precisam de tempo para serem feitas”.

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