General Motors passa de lucro a prejuízo em 2017

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2018

Os resultados do ano passado devem-se à reforma fiscal nos EUA e à venda da filial europeia da GM, a Opel, ao grupo liderado pelo português Carlos Tavares, a PSA. 

A General Motors (GM) comunicou esta terça-feira prejuízos de 3.864 milhões de dólares (3.130 milhões de euros) em 2017, depois de um lucro de 9.427 milhões de dólares em 2016 (7.636 milhões de euros).

Os resultados do ano passado devem-se à reforma fiscal nos EUA e à venda da filial europeia da GM, a Opel, ao grupo liderado pelo português Carlos Tavares, a PSA. No último trimestre do ano, a multinacional do setor automóvel, com sede em Detroit (EUA), registou prejuízos de 5.151 milhões de dólares (4.172 milhões de euros), contra os 1.835 milhões de dólares (1.486 milhões de euros) de lucros do mesmo período de 2016.

A GM registou no ano passado gastos de 13.500 milhões de dólares (10.935 milhões de euros), incluindo 7.300 milhões de dólares (5.913 milhões de euros) devido à reforma fiscal recentemente aprovada nos Estados Unidos e os 6.200 milhões de dólares (5.022 milhões de euros) pela venda Opel.

A GM contabilizou ainda despesas especiais para a reestruturação da GM Internacional, devido à situação da Venezuela e à denominada revisão do defeito do sistema de ignição de milhões de veículos.

 

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Estes foram os maiores crashes da bolsa de Wall Street: da Black Monday ao 11 de setembro

Nervos, medo, tensão. Wall Street voltou aos dias negros esta semana, com o Dow Jones a protagonizar um mini-crash. Mas a história da bolsa americana mostra que foi "apenas" uma ligeira correção.

Tensão, nervosismo, medo e pânico. Wall Street voltou a reviver esta segunda-feira horas de grande turbulência. O índice industrial Dow Jones registou um mini-crash ao cair mais de 6%, numa sessão de intensa pressão vendedora em todos os mercados bolsistas mundiais. Os analistas dizem que se trata de uma correção após um rally que durou meses. E até a história ajuda a relativizar este “pequeno” percalço. No passado, o mesmo Dow Jones já registou quedas de 20%.

Sim, o Dow Jones já caiu mais de 20% numa só sessão. Mais precisamente no dia 19 de outubro de 1987. Os investidores chamam-lhe a Black Monday. Também nesse dia, o sell-off começou nas bolsas asiáticas e prolongou-se para os mercados europeus e americanos e voltou a atingir a Ásia na terça-feira seguinte — a Black Tuesday.

Não houve propriamente uma causa plausível para este desfecho que haveria de levar os índices em todo o mundo a quebrar durante todo o mês. Mas os analistas consideraram na altura que fatores como algum excesso nos preços dos ativos, negociação realizada por computadores e falta de liquidez no mercado acabaram por fazer implodir as bolsas.

Os dias mais negros em Wall Street

Fonte: Wikipédia

Até 1987, o dia mais negro nas bolsas que os investidores conheciam era outro: o grande crash de Wall Street de 1929. Foi uma das derrocadas da bolsa mais devastadoras para os EUA, tendo em conta que deu início à Grande Depressão americana — depois de muitos bancos, empresas e famílias terem ido à bancarrota.

No dia 28 de outubro de 1929, o Dow Jones perdeu quase 13%. No dia seguinte voltou a afundar: -11,73%. Estes dois dias figuram no top cinco do ranking de maiores crashes em Nova Iorque.

Ao longo do século XX, as bolsas norte-americanas haveriam de registar outras quebras que deixariam qualquer investidor com o coração nas mãos. Grande parte das maiores quedas do Dow Jones aconteceram mesmo no século passado. Mas o novo milénio também tem já história suficiente para figurar no ranking das sessões mais desastrosas.

Como no dia em que Wall Street voltou a abrir após o ataque terrorista às Torres Gémeas, em Nova Iorque, no dia 11 de setembro de 2011. Quando as bolsas voltaram a abrir, no dia 17 de setembro, o Dow Jones caiu mais de 7%.

Anos depois, em 2008, os mercados voltaram a sucumbir ao medo, com o início da crise do subprime (crédito hipotecário de alto risco) que fez tombar o Lehman Brothers e provocou uma recessão a nível mundial. Maiores quedas desse ano: a 15 de outubro, o índice industrial tombou quase 8%; dias antes, a 9 de outubro, os mercados davam um primeiro sinal de tensão, com o Dow Jones a ceder 7,33%.

Maiores quedas do Dow Jones em pontos

Fonte: Wikipédia

Chegados aqui, a queda de ontem até que nem foi assim tão má. Ainda que, em termos de pontos, o Dow Jones tenha registado mesmo a maior queda da sua história. Foram mais de 1.000 pontos que desapareceram num ápice, numa só sessão. Mas isto acontece porque o índice industrial negoceia por estes dias acima dos 25 mil pontos.

Em 1987, por exemplo, quando caiu mais de 20%, o índice tinha perdido 500 pontos — mas na altura, transacionava apenas nos 2.300 pontos.

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YouTube vai identificar vídeos de media financiados por Governos

O YouTube vai passar a avisar quais os vídeos que foram carregados por meios de comunicação ligados aos Governos. A objetivo passa por controlar os conteúdos e evitar notícias falsas.

O YouTube vai começar a identificar vídeos que tenham sido publicados por algum órgão de comunicação financiado ou ligado a algum Governo, numa tentativa de gerir de forma mais controlada os conteúdos. A medida já está a ser implementada nos Estados Unidos, mas a empresa da Google já anunciou que, em breve, será alargada a outros países.

Nos últimos tempos foram várias as notícias que encheram os jornais sobre as famosas fake news — anúncios usados para minar criptomoedas, anúncios para influenciar as eleições norte-americanas de 2016, etc.. Face a isto, o Facebook, o Twitter e a Google decidiram unir-se para controlar de forma mais rigorosa a gestão dos conteúdos nas suas redes sociais.

“Vamos começar a avisar quais os vídeos que foram carregados por meios de comunicação que recebam algum tipo de financiamento público, total ou parcial, por parte de um Governo“, avisou na passada segunda-feira o YouTube, no blog. Essas informações vão constar abaixo do vídeo, mas acima do título do mesmo. O objetivo passa por dar a conhecer aos utilizadores “quais as fontes de conteúdos noticiosos” que optam por ver, bem como o seu contexto. Para além dessas informações, vão estar incluídos nos vídeos links diretos para os sites das empresas em questão, na Wikipédia.

O YouTube adiantou que esta característica, “de momento”, está apenas disponível nos Estados Unidos mas, nos próximos meses, será alargada aos restantes países, dado que está em processo de aperfeiçoamento e os utilizadores norte-americanos podem reportar vídeos que estejam marcados de forma indevida.

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“Créditos imediatos” vão ser uma tendência na banca

Consultora Oliver Wyman analisou as tendências da digitalização do setor financeiro e concluiu que os "créditos imediatos" vão chegar com a nova diretiva de serviços de pagamentos.

A aprovação ou rejeição automática e instantânea de créditos bancários deverá ser uma tendência na banca.Wikimedia Commons

Os créditos imediatos, “facilmente aceites ou rejeitados com base nas informações enviadas pelo utilizador”, vão ser uma tendência no setor bancário face à nova diretiva de serviços de pagamentos e num cenário de forte digitalização. A indicação é da consultora financeira Oliver Wyman numa nota divulgada esta terça-feira, um dia antes da conferência Banking Summit, em Lisboa, onde a empresa terá um especialista a apresentar tendências digitais no setor financeiro.

Os bancos portugueses “enfrentam um ambiente em rápida mudança” e “devem considerar antecipar a evolução dos atuais agregadores e gestores de finanças pessoais através de um modelo life coach“, sublinha também a consultora. “As instituições financeiras deparam-se hoje com um contexto desafiante, no qual a competição de novos players (grandes tecnológicas e fintech) representa um novo paradigma”, alerta. E diz: “O setor deve assim implementar uma nova agenda que exigirá transformações ambiciosas: ir além do processo de reestruturação, alterando o seu modelo de negócio bancário de forma a adaptar-se às novas necessidades dos seus clientes”.

Na perspetiva da Oliver Wyman, a Diretiva de Serviços de Pagamentos, que acaba de entrar em vigor, “oferece uma ampla gama de possibilidades”, como a da criação de um “agregador e gestor de finanças pessoais”. A título de exemplo, uma ferramenta destas permitiria aos clientes a “comparação de diferentes produtos num só canal”, facilitando a “aquisição pelo utilizador”. Mas é apenas uma das sugestões.

Para a consultora, os “créditos imediatos”, as “poupanças inteligentes”, a “gestão múltipla de produtos” e os “pagamentos e transferências” mais ágeis são outras das possibilidades que a nova diretiva vai possibilitar, além do risco acrescido de abertura do negócio aos “novos players, como referido.

Desta forma, a Oliver Wyman recomenda à banca em Portugal que considere “antecipar a evolução dos atuais agregadores e gestores de finanças pessoais através de um modelo life coach“. “Por exemplo, o life coach pode ajudar o cliente a ter uma vida mais saudável, proativamente alertando sobre eventuais aumentos do consumo de cafeína e sugerindo potenciais poupanças de forma a alcançar um objetivo pessoal (por exemplo, uma viagem)”, lê-se na nota enviada à comunicação social.

Numa outra perspetiva, a consultora financeira alerta que “vários bancos têm ainda sistemas antigos e rígidos, cuja infraestrutura pode impedir o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias”. “Por este motivo, algumas empresas precisam de ‘começar do zero’, com novas estruturas completamente separadas que permitam soluções mais flexíveis”, acrescenta a empresa. E conclui: “Esta visão só pode ser implementada com elevados níveis de ambição e um plano estruturado”.

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Ainda não foi desta. Lisboa cai pela 7.ª sessão consecutiva

Há sete sessões consecutivas que o PSI-20 regista quedas. A influência do mini crash em Wall Street e depois nas bolsas asiáticas alastrou-se aos índices europeus.

Wall Street, Ásia, Europa e Lisboa. As bolsas estão pintadas de vermelho depois de um mini-crash desta segunda-feira, incluindo o PSI-20. 12 cotadas desvalorizaram no principal índice português, destacando-se o BCP, a EDP e a Galp. Depois da pior sessão em um ano, com uma perda de 1,3 mil milhões de euros, a bolsa lisboeta continua a registar quedas. Há sete sessões consecutivas que o PSI-20 está em terreno negativo, acumulando uma queda de 1,15% em 2018.

Na segunda-feira Wall Street foi atingida por um mini-crash num momento em que os investidores estão ainda a tentar perceber se a correção nos mercados foi normal após a valorização constante dos últimos meses. Os mercados foram contagiados por uma fase negra que também atingiu os índices asiáticos e europeus — o principal índice europeu, o Stoxx 50, caiu 2,46% –, onde se inclui a bolsa lisboeta que abriu a cair 2% e chegou a desvalorizar 3%.

Os mercados europeus deverão ter a abertura mais pressionada desde o rescaldo da eleição de Donald Trump em novembro de 2016“, escreviam os analistas do BPI no início desta terça-feira. Uma previsão que se tem vindo a confirmar ao longo do dia e que marcou a sessão da praça lisboeta. “Um dia depois de Wall Street ter sofrido fortes perdas, a bolsa portuguesa comportou-se de forma semelhante às demais praças europeias, já que encerrou em baixa apesar de ter recuperado face à abertura”, confirmam os analistas do BPI no seu comentário de fecho. O PSI-20 registou uma queda de 1,46% para os 5.326,25 pontos.

As cotadas mais transacionadas na sessão desta terça-feira foram também das que mais desvalorizaram. Foi o caso do BCP, da EDP e da Galp. As ações do banco desvalorizaram 2,08% para os 29,87 cêntimos por título num dia em que o setor financeiro foi penalizado nas bolsas europeias. Os títulos das energéticas também sofreram quedas semelhantes: a Galp caiu 2,11% para os 14,61 euros por ação e a EDP desvalorizou 208% para os 2,64 euros por título, depois do Haitong cortar o preço-alvo da elétrica.

Também a Jerónimo Martins não escapou ao vermelho, apesar de ter visto o seu preço-alvo melhorado por parte da Kepler Cheuvreux, dos 14,45 para os 15 euros. As ações perderam 1,79%, para os 16,46 euros.

Das 18 cotadas, apenas seis valorizaram nesta sessão. “Mas nem todos os títulos do PSI20 fecharam em baixa”, apontam os analistas do BPI. Foi o caso dos CTT — cujas ações têm estado com bastante turbulência nos últimos meses — que subiram 1,35% para os 3,45 euros por título.

(Notícia atualizada às 17h04)

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MC&A debate inovação no no Practice & Sector Leader Meeting

Pedro Gonçalves Paes, sócio da MC&A, irá participar na Practice & Sector Leader Meeting 2018, em representação da sociedade de advogados portuguesa associada da Dentons, no dia 8 de fevereiro.

Pedro Gonçalves Paes, sócio da MC&A, irá participar na Practice & Sector Leader Meeting 2018, em representação da sociedade de advogados portuguesa associada da Dentons, que organiza este evento marcado para o próximo dia 8 de Fevereiro, em Frankfurt, na Alemanha. Em debate estará o tema “The Innovation Imperative – transforming the delivery of legal services”, centrado na importância da inovação associada à prestação de serviços jurídicos. O evento será antecedido, no dia 7, pelo encontro de membros da associação Nextlaw Referral Network, patrocinado pela Dentons, onde a MC&A representa Portugal, Angola e Moçambique.

No Practice & Sector Leader Meeting 2018 estarão presentes os advogados líderes de prática e de sector que integram a rede internacional de escritórios de advocacia da Dentons, presentes em todo o mundo. A MC&A, representada por Pedro Gonçalves Paes, tem-se destacado na assessoria jurídica a operações de investimento internacionais nos países lusófonos, com destaque para os setores de energia, recursos naturais, infra-estruturas, banca e finanças.

«A inovação está atualmente presente em todas as profissões, e inevitavelmente chegou também ao mundo jurídico para “espevitar” uma classe tão conservadora e tradicional como é a advocacia», entende Pedro Paes. Para o sócio da MC&A «faz todo o sentido abordar esta temática, pois ainda que haja, como há em todas as profissões, aqueles que têm feito tudo da mesma maneira há décadas, que odeiam a mudança, outros há, como nós na MC&A, que querem tirar partido da inovação e de todos os benefícios que esta poderá trazer à profissão, seja na interacção com os clientes, seja na realização de tarefas próprias da actividade.

"A inovação está atualmente presente em todas as profissões, e inevitavelmente chegou também ao mundo jurídico para “espevitar” uma classe tão conservadora e tradicional como é a advocacia”

Pedro Gonçalves Paes, sócio da MC&A

O objectivo aqui é melhorar os serviços que prestamos, tirando daí maior rentabilidade e melhores condições para desenvolvermos o nosso trabalho».

Fundada e liderada por Vítor Marques da Cruz, a MC&A é uma sociedade de advogados especializada em Direito Bancário, Mercado de Capitais e em Direito da Energia, essencialmente vocacionada para o acompanhamento de negócios internacionais, em especial nos países de língua oficial portuguesa (PALOP). Sob a marca MC Valois Miranda integra, juntamente com a sociedade de advogados brasileira SVMFA, uma aliança para prestar assessoria jurídica a empresas de diversos segmentos e a cerca de 500 clientes, dos quais mais de 10% estão entre as 500 maiores empresas do mundo.

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Bancos pedem “pausa na regulação para absorver a montanha já produzida”

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos assegura ainda que "os bancos não subestimam a dimensão das mudanças" no plano tecnológico.

Fernando Faria de Oliveira apela a uma “pausa na legislação e na regulação” para que os bancos possam “absorver a montanha já produzida”. O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) volta ainda a apelar à aceleração dos projetos europeus do Mercado Único de Capitais e da União Bancária.

Faria de Oliveira falava no Banking Summit, conferência que decorre esta terça e quarta-feira, em Lisboa, e que aborda o impacto da evolução tecnológica sobre o setor da banca. A abrir a conferência, o presidente da APB elencou desafios como “ajustamentos na cultura das instituições, na qualificação dos trabalhadores, na inovação tecnológico-financeira, operacional e relacional”. A juntar a estes, os bancos têm de ter presentes algumas prioridades de curto e médio prazo: “a recuperação da rentabilidade, o cumprimento do enquadramento regulatório e de supervisão, a redução adequada dos [non-performing loans], a minimização dos custos de resolução“.

Neste cenário de pressão sobre os bancos, Faria de Oliveira pede um alívio regulatório. “Consideramos que é importante haver uma pausa na legislação e na regulação para absorver a montanha já produzida, avaliar a sua eficácia, proceder às revisões que a aperfeiçoem e permitir concentrar no negócio”, apontou. Ao mesmo tempo, reforçou, “são igualmente da maior importância os desenvolvimentos do projeto europeu de realização do Mercado Único de Capitais, a par da União Bancária, ainda por completar”.

"É importante haver uma pausa na legislação e na regulação para absorver a montanha já produzida, avaliar a sua eficácia, proceder às revisões que a aperfeiçoem e permitir concentrar no negócio.”

Fernando Faria de Oliveira

Presidente da APB

O presidente da APB voltou a falar da concorrência das fintech, assegurando que há espaço para todos. “A competição entre os incumbentes e os outros é saudável para o mercado e deve ser incentivada. Mas neste novo ecossistema, deverá imperar principalmente o espírito colaborativo, as parcerias entre incumbentes e novos players, nomeadamente as startups fintechs, originando soluções win-win, em benefício último dos clientes”.

Sobre a revolução tecnológica, Faria de Oliveira garante que “os bancos não subestimam a dimensão das mudanças”. “A inovação faz parte do ADN dos bancos, os investimentos efetuados no passado em IT e a modernização da banca portuguesa nos canais de distribuição demonstram-no inequivocamente”.

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EY tem 200 novas vagas para “mestres”

Para além de estudantes das áreas Financeiras e de Gestão, a EY está a identificar perfis de alunos de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemáticas.

Para quem já tem o mestrado e quer que os próximos passos sejam em consultoria, a EY acaba de abrir 200 novas vagas — e não são só para os que se tenham formado em Gestão ou Economia. A empresa fecha assim um ciclo de 1.000 contratações que começou há quatro anos.

Para além de estudantes das áreas Financeiras e de Gestão, a EY está a identificar perfis de alunos de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemáticas. Segundo a empresa, o objetivo é “robustecer a sua oferta na área de Digital Transformation”. No último ano, 19% dos recém-mestrados contratados pela EY vieram precisamente destas áreas.

Os estudantes selecionados integram a EY com um vínculo efetivo, e são envolvidos, desde o primeiro dia, num vasto plano de formação, tanto teórica como on job, explica Margarida Dias, diretora da Talent Team da EY Portugal, no comunicado enviado às redações.

O processo de recrutamento chama-se New EYers — e o objetivo é identificar os melhores talentos das universidades.

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EUA: Défice da balança comercial sobe a valores de 2008

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Fevereiro 2018

A diferença entre importações e exportações aumentou 5,3% em dezembro para os 53,1 mil milhões de dólares, um valor que já não se registava desde outubro de 2008.

O défice da balança comercial dos Estados Unidos agravou-se naquele que foi o primeiro ano de presidência de Donald Trump, atingindo os valores registados aquando da recessão económica, em 2008. A melhoria deste indicador tem sido uma das maiores bandeiras do seu mandato.

A diferença entre importações e exportações aumentou 5,3% em dezembro para os 53,1 mil milhões de dólares, um valor que já não se registava desde outubro de 2008. Estes dados fazem com que o ano de 2017 feche com um balanço negativo de 566 mil milhões de dólares.

Evolução do défice comercial anual (valores em milhões de dólares)

Fonte: Commerce Department

Assim, os Estados Unidos registaram um volume de exportações de 2,33 biliões de dólares — um crescimento de 5,5% face a 2016 –, enquanto as importações ficaram nos 2,9 biliões de dólares — mais 6,7% que em 2016. O défice anual é também o mais elevado desde 2008.

A pesar mais na balança estiveram as importações de automóveis, computadores, telemóveis e outros bens de consumo, principalmente com origem chinesa. Aliás, o défice comercial em relação à China atingiu máximos históricos de 375 mil milhões de dólares. As importação provenientes do México também avançaram significativamente.

“A balança comercial deteriorou-se em dezembro, com o crescimento das importações continuou a exceder o das exportações”, apontam Yelena Shulyatyeva e Carl Riccadonna, analistas da Bloomberg. “Neste mês, este aumento terá resultado da pressa dos retalhistas receberem produtos antes do final do ano, temendo as taxas de importação em 2018″, referindo-se à entrada em vigor do novo plano fiscal, que castiga as empresas estrangeiras.

É evidente que os esforços feitos pela administração atual para equilibrar a balança ainda não surtiram quaisquer efeitos nos números, com muitos a afirmarem ainda que o aumento do poder de compra tem levado os norte-americanos a comprar mais produtos importados.

Assim, a conversações em torno dos acordos comerciais vão continuar neste ano de 2018, com o NAFTA e o Tratado Transpacífico a continuarem no centro das atenções. Trump já considerou que está disponível para negociar, desde que consiga um acordo justo para o seu país.

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Promoção da juíza da Operação Lex suspensa

Conselho Superior da Magistratura ratificou a suspensão de Rui Rangel e Fátima Galante. A juíza viu também a sua promoção ao Supremo Tribunal suspensa.

O Conselho Superior da Magistratura – órgão que fiscaliza disciplinarmente os magistrados judiciais – confirmou a suspensão de Rui Rangel e Fátima Galante, os juízes suspeitos na Operação Lex. E suspendeu ainda a promoção da juíza desembargadora ao Supremo Tribunal de Justiça.

“O CSM decidiu ratificar os despachos do senhor vice-presidente do Conselho Superior da
Magistratura, conselheiro Mário Belo Morgado, do dia 2 de fevereiro último a determinar a suspensão preventiva de funções dos Exmos senhores juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante”, diz o comunicado.

O CSM decidiu ainda suspender a promoção ao STJ da juíza desembargadora Fátima
Galante nos termos do artigo 108.º do Estatuto dos Magistrados Judiciais, segundo o qual “durante a pendência de processo criminal ou disciplinar o magistrado é graduado para promoção ou acesso, mas estes suspendem-se quanto a ele, reservando-se a respetiva vaga até decisão final”.

O CSM considera que o facto dos dois juízes estarem indiciados pelos “crimes de corrupção/recebimento indevido de vantagens, de branqueamento, de tráfico de influência e de fraude fiscal” revela uma “muito grave, dolosa e reiterada violação” dos seus “deveres profissionais”.

A decisão do Conselho já tinha sido tornada pública na sexta-feira com efeito imediato, “por imperativo de relevante interesse público”, ainda que só tenha sido submetida ao plenário do CSM hoje, para ser ratificada.

No comunicado enviado às redações, o CSM considerou ainda que esta violação dos deveres profissionais “a que se encontram adstritos os magistrados judiciais” é “suscetível de se repercutir na sua vida pública de forma incompatível com a credibilidade, prestígio e dignidade indispensáveis ao respetivo exercício funcional” dos juízes.

A decisão do CSM surge depois depois desta instituição ter recebido a resposta solicitada ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal de Justiça sobre a investigação da Operação Lex. A certidão do inquérito criminal chegou na sexta-feira e levou à decisão imediata de suspensão dos dois juízes desembargadores.

 

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Brexit: Governo britânico esclarece imigrantes portugueses

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2018

A iniciativa segue-se a outras semelhantes, feitas com as comunidades polaca e lituana.

Uma delegação de representantes do governo britânico vai oferecer uma sessão pública de esclarecimento aos imigrantes portugueses sobre o Brexit na embaixada de Portugal no Reino Unido, em Londres, na quinta-feira.

A sessão, proposta pelo próprio governo da primeira-ministra Theresa May, pretende esclarecer questões sobre o estatuto dos cidadãos portugueses no Reino Unido após a saída do país da UE, com uma parte aberta a questões dos participantes.

Além de Robin Walker, adjunto do ministro para o Brexit, David Davis, estarão presentes a embaixadora britânica em Portugal, Kirsty Hayes, e funcionários de diferentes ministérios com conhecimento técnico para responder a perguntas mais específicas.

A iniciativa segue-se a outras semelhantes, feitas nomeadamente com as comunidades polaca, que possui cerca de um milhão de nacionais no país e cerca de 30 mil empresas no Reino Unido, e lituana.

Em dezembro de 2017, o Reino Unido e os outros 27 países chegaram a um entendimento que prevê a proteção dos direitos atuais dos cidadãos europeus após a saída do Reino Unido da UE, em março de 2019.

Este regime garante direitos semelhantes aos dos cidadãos britânicos, como o de permanecer no país e de trabalhar sem necessidade de vistos de autorização, e abrange a garantia de acesso às pensões de reforma ou outros serviços sociais. Os direitos serão garantidos para os europeus que já residam no país e que se registem como “residente permanente” [settled status] ou de “residente temporário” [pre-settled status].

Em janeiro, o Home Office, equivalente ao Ministério da Administração Interna, incluiu no seu portal na Internet informação em português sobre o “Estatuto dos cidadãos da UE no Reino Unido” em português. A versão original em inglês também foi traduzida para alemão, espanhol, francês, italiano, polaco, romeno e lituano.

Nesta página, explica que será aplicado em breve um sistema que simplificará o atual processo de pedido de residência permanente, e refere que os interessados “não necessitam de fazer nada, por enquanto”.

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Alemanha: Patrões e trabalhadores fecham acordo que dá aumento de 4,3% e jornadas mais curtas

  • Margarida Peixoto
  • 6 Fevereiro 2018

O IG Metall, um dos sindicatos mais representativos na Alemanha, chegou a acordo com a confederação patronal Suedwestmetall depois de uma guerra dura. Salários vão subir e horários serão mais curtos.

Acordo fechado: os trabalhadores terão direito a um aumento 4,3% a partir de abril e poderão fazer semanas de trabalho mais curtas, de 28 horas, se tiverem, por exemplo, filhos menores. A guerra entre o IG Metall, o maior sindicato metalomecânico na Alemanha e que marca o ritmo da evolução salarial da indústria, e o Suedwestmetall, a confederação patronal do setor, chegou ao fim esta terça-feira.

O acordo aplica-se diretamente a cerca de 500 mil trabalhadores, mas deverá servir de bitola para as rondas negociais que serão iniciadas por outros sindicatos do setor, adianta a Reuters. O entendimento chegou depois de dias de greve que terão custado às empresas do setor — a agência de notícias cita a Daimler, BMW e Airbus — cerca de 200 milhões de euros.

Os contornos do acordo, válido para os próximos 27 meses, são complexos, mas a Reuters dá conta do fundamental:

  • Aumentos salariais de 4,3% (o sindicato partiu para as negociações com uma reivindicação de 6% de aumento) em abril;
  • Em termos anualizados, o aumento será de 3,5%;
  • Direito a reduzir a semana de trabalho das 35 horas para 28 horas no caso de trabalhadores com filhos menores, doentes ou idosos a cargo, durante um período de até dois anos;
  • As empresas ganharam a opção de contratar mais trabalhadores disponíveis para trabalhar 40 horas semanais, de forma a terem elemento de flexibilidade que lhes permitam responder a acréscimos de procura;
  • Prémio de 100 euros em abril;
  • A partir de 2019, prémio anual de 400, bem como um pagamento equivalente a 27,5% do seu salário;
  • Para alguns trabalhadores, haverá a opção de escolher menos horas de trabalho, em vez dos prémios anuais.

Economistas antecipam subida do consumo e da inflação

Perante o acordo, Frederik Ducrozet, um economista ouvido pela Reuters, antecipa que os salários da economia alemã deverão aumentar em torno de 4% nos próximos dois anos. Este pode ser um passo fundamental para estimular tanto o consumo interno na Alemanha, como a inflação — dois objetivos que têm vindo a ser sublinhados como fundamentais para estabelecer o equilíbrio macroeconómico na zona euro.

A concretizar-se o aquecimento do mercado doméstico alemão deverá ajudar o Banco Central Europeu na retirada progressiva dos estímulos ao mercado.

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