Trabalhadores da CP param dia 19

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2018

Trabalhadores da Comboios de Portugal vão fazer greve para desencadear uma "negociação efetiva" sobre "um regulamento de carreiras que dignifique e valorize".

Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal vão cumprir um dia de greve em 19 de fevereiro, segundo um pré-aviso apresentado pelos sindicatos não subscritores do recente acordo de regulamento de carreiras na empresa.

De acordo com a informação disponível no ‘site’ do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), o pré-aviso abrange todos os funcionários “para o período 00h00 e as 24h00 do dia 19 de fevereiro de 2018” e esperam-se consequências em 18 e em 20 de fevereiro.

“Apesar de a greve abranger o período de dia 19, a mesma terá implicações no dia anterior e no dia seguinte, já que abrange também” funcionários que iniciem o turno no dia 18 e terminem depois das 00h00 do dia 19 de fevereiro, bem como os que iniciem no dia 19 e terminem depois das 00h00 de dia 20 de fevereiro.

A greve tem como objetivo a negociação efetiva de um regulamento de carreiras que dignifique e valorize os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal, EPE, com baixos salários, reduzindo de forma efetiva as desigualdades salariais existentes, em vez de as aumentar enormemente”, segundo o SNTSF.

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Mobilidade elétrica | Mais evolução

  • ECO + EFACEC
  • 1 Fevereiro 2018

Efacec conta com um ecossistema de mais de 40 parcerias nacionais e internacionais ativas para promover a mobilidade elétrica.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 1 Fevereiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Portugal fechou o ano passado com uma dívida superior em 1,6 mil milhões de euros em relação ao que tinha sido registado no final de 2016, revelou esta manhã o Banco de Portugal. Já passaram 365 dias desde que Paulo Macedo assumiu a liderança da CGD e encontrou os piores resultados de sempre. Agora, depois de polémicas e desafios, o banco está a caminho dos lucros.

A dívida pública voltou a cair em dezembro, pelo quarto mês consecutivo, depois de o Governo ter feito, nesse mês, um reembolso de mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Contudo, o valor ficou acima do de 2016.

12 meses, 365 dias, 8.766 horas. Foi este o tempo que passou desde que Paulo Macedo e a restante administração assumiram funções na Caixa Geral de Depósitos (CGD). Os gestores encontraram prejuízos de 1.859,5 milhões de euros. A fatura ascendeu a três mil milhões. Agora, um ano depois, o cenário é diferente.

Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, disse esta quinta-feira, no ECO Talks, que pode ser “prematuro” apertar o cerco ao mercado, sob pena de penalizar a inovação tecnológica que lhe é subjacente, concretamente no setor financeiro.

A Altice vai alienar o negócio de voz internacional — uma parte do negócio de “wholesale”, sem incluir as restantes atividades, como roaming. Esta decisão vai abranger não só a empresa como outras subsidiárias com o mesmo negócio, como é o caso da PT.

Arranca esta quinta-feira o primeiro período de candidatura do ano à medida Estágios Profissionais, que conta com uma dotação de 30 milhões de euros e prevê apoiar cerca de seis mil estágios. As empresas que queiram concorrer devem fazê-lo até às 18 horas de dia 1 de março.

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Contas de Belém passam no crivo do Tribunal de Contas

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 1 Fevereiro 2018

Tribunal recomenda a certificação anual das demonstrações orçamentais e financeiras dos órgãos de soberania de base eletiva, para efeitos de integração no perímetro de consolidação da CGE.

A conta de 2016 da Presidência da República merece “juízo favorável” por parte do Tribunal de Contas, por considerar que está refletida “de forma apropriada” a sua posição financeira. No relatório divulgado esta quinta-feira, são deixadas algumas recomendações. Uma delas é que o próximo Orçamento do Estado possa incluir normas que estabeleçam que as demonstrações orçamentais e financeiras dos órgãos de soberania de base eletiva sejam certificados anualmente pelo Tribunal, “para efeitos de integração no perímetro de consolidação da Conta Geral do Estado”.

“O Tribunal de Contas formulou um juízo favorável sobre a conta de 2016 da Presidência da República (PR), por considerar que a mesma reflete de forma apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira da PR em 31 de dezembro de 2016, o seu desempenho financeiro e a execução orçamental relativos ao ano findo naquela data”, indica a nota publicada no site do Tribunal.

No que diz respeito a remunerações e outros abonos ao pessoal, as operações examinadas “não evidenciaram a existência de erros de conformidade legal, regulamentar ou de cálculo”, adianta ainda.

O Tribunal de Contas aponta apenas que “não foi cumprida a cláusula contratual relativa às condições de pagamento” do aluguer do Palácio da Cidadela, em Cascais, “apesar de se encontrarem cobrados os valores” a ele respeitantes.

Depois das conclusões, o relatório do Tribunal presidido por Vítor Caldeira deixa recomendações. Algumas dirigem-se à Assembleia da República e ao Governo, “com expresso assentimento por parte do Senhor Presidente da República”. É o caso da inclusão de normas no Orçamento do Estado para 2019 que estabeleçam que “as demonstrações orçamentais e financeiras dos órgãos de soberania de base eletiva sejam anualmente objeto de certificação pelo Tribunal, até 30 de junho do ano imediatamente seguinte, para efeitos de integração no perímetro de consolidação da Conta Geral do Estado”.

E enquanto não entrar completamente em vigor a Lei de Enquadramento Orçamental e o decreto-lei que aprova o Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas, compete ao Tribunal de Contas “emitir, anualmente, um parecer sobre a conta do respetivo órgão de soberania, até 30 de junho do ano imediatamente seguinte”, avança ainda a recomendação no âmbito do próximo Orçamento do Estado.

Em ambos os casos — certificação ou parecer — “o Tribunal formulará um juízo sobre se as respetivas contas refletem de forma adequada e apropriada a execução orçamental, a posição financeira e, bem assim, se as transações subjacentes se acham legais, regulares e conformes aos princípios da economia, eficácia e eficiência”, continua.

Ao Conselho Administrativo da Presidência, ficou a recomendação de prosseguir com a melhoria do sistema de controlo interno, “particularmente através da elaboração de normas e procedimentos escritos e sistematizados para a área dos bens culturais”. Da mesma forma, o Tribunal defende que sejam continuados “os trabalhos de agregação num inventário único dos bens” da Presidência, “incluindo os de natureza cultural, bem como a verificação e conferência dos emprestados” a Belém. Recomendou ainda a adequação dos procedimentos aquisitivos ao estabelecido no Código de Contratos Públicos.

No relatório, o Tribunal descarta “desconformidades” nas despesas dos Gabinetes dos ex-Presidentes da República, que atingiram 1,2 milhões de euros. Os ex-Presidentes da República têm direito a automóvel do Estado, com condutor e combustível, apoio de um assessor e um secretário da sua confiança, ajudas de custo, e gabinete de trabalho, “mantendo-se quanto a este as situações existentes, nomeadamente a locação, cedência de imóveis do Estado a título gratuita ou contra o pagamento de despesas de condomínio”, diz o relatório.

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Tripulantes de cabine da TAP suspendem greve

  • ECO e Lusa
  • 1 Fevereiro 2018

Tripulantes de cabine da TAP já não vão parar no período das férias de Carnaval, (9, 10 e 11 de fevereiro). Decisão foi tomada na sequência de várias reuniões do sindicato com a transportadora.

Os tripulantes de cabine da TAP acabam de anunciar que a greve prevista para o período das férias de Carnaval (9, 10 e 11 de fevereiro) já não vai acontecer. O recuo foi decidido esta quinta-feira, na assembleia-geral do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). Em declarações à Lusa, fonte oficial da associação considerou a escolha “um voto de confiança à nova administração”.

Os profissionais associados deste sindicato tinham escolhido manter a paralisação, na assembleia-geral de segunda-feira, depois do ex-presidente executivo da transportadora (Fernando Pinto) ter enviado uma carta, no domingo. Nessa altura, a greve manteve-se porque a posição da TAP ficou “muito muito aquém das medidas que os tripulantes de cabine consideram razoáveis”, adiantou o SNPVAC.

Esta quinta-feira, após várias reuniões entre os responsáveis do sindicato e a TAP, os tripulantes decidiram desconvocar a paralisação.

O pessoal de cabine da TAP anunciou, no dia 19 de janeiro, uma greve entre 9 e 11 de fevereiro e paralisações parciais em março, por estarem esgotadas “todas as possibilidades” para um consenso com o Governo e com a companhia sobre o contrato coletivo de trabalho.

Esta quarta-feira, o nome de Antonoaldo Neves foi aprovado pela unanimidade dos acionistas da transportadora como novo presidente executivo da TAP, tendo-se confessado, à saída da reunião, confiante no poder do “processo de diálogo” no sentido da resolução desta situação. Segundo relata o Diário de Notícias, o gestor deu, por isso, ao SNPVA a garantia de que está disposto a rever a suspensão do Acordo de Empresa, isto é, está disponível para prolongar o acordo por mais 36 meses.

Antonoaldo Neves também já se mostrou satisfeito com a retirada do pré-aviso de greve dos tripulantes de cabine, que considerou “um voto de confiança”. “A TAP pode assim cumprir com todos aqueles que confiaram na companhia para fazerem as suas viagens e preservar a sua, nossa, imagem, contribuindo para fortalecer o futuro de todos nós”, afirmou o presidente executivo da companhia num e-mail enviado aos trabalhadores, ao qual a Lusa teve acesso.

“Quero, portanto, reconhecer este gesto dos tripulantes de cabine como um voto de confiança, a mesma que deposito em todos vós”, acrescentou Antonoaldo Neves.

(notícia atualizada às 18h57 com reação do presidente executivo da TAP)

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JLL regista resultados recorde em Portugal pelo terceiro ano consecutivo

  • ECO + JLL
  • 1 Fevereiro 2018

Fruto da implementação da estratégia de expansão iniciada em 2015, a consultora imobiliária voltou ter o seu melhor ano de sempre em 2017.

A consultora imobiliária JLL atingiu, em 2017, resultados recorde no nosso país, com um crescimento de 60% no volume de negócios face ao ano anterior. Neste ano, a atividade agregada das áreas transacionais (casos dos serviços prestados no âmbito das transações de investimento, de escritórios, retalho, habitação, hotelaria e urban development) mais que duplicou (+106%), e também as linhas de negócio não transacionais (ou seja, aquelas cuja prestação de serviços não envolve uma participação direta numa transação (por exemplo, consultoria, avaliações, arquitetura ou gestão de imóveis) registaram um crescimento sólido, aumentando cerca de 28% em termos agregados.

Foi um ano em que quase duplicámos o crescimento médio anual dos últimos dois anos”, sublinha Pedro Lancastre, Diretor Geral da JLL Portugal, acrescentando que “crescemos a dois dígitos de forma transversal a todas as áreas de negócio, com algumas até a registarem subidas a três dígitos. Isto a par da consolidação da nossa quota de mercado”. O responsável da JLL evidencia, por isso, o contributo da empresa “para o dinamismo do mercado”, já que “só na atividade transacional de investimento, de ocupação de escritórios e venda de habitação premium, atingimos quotas de 30% a 45% do total negociado pelo setor em 2017”.

Este é o terceiro ano consecutivo em que a JLL regista resultados recorde em Portugal, consolidando aquele “que é um dos seus melhores momentos de sempre”, no percurso de 20 anos que tem no mercado nacional. Tal é fruto da estratégia de expansão da consultora, que lançou em 2015 duas novas áreas de negócio (residencial e hotelaria) e reforçou as áreas de negócio já consolidadas, além de ter apostado no crescimento por via de aquisições. Em 2015, integrou a Novo Interior, para reforçar o negócio da Tétris, braço de arquitetura e construção; e adquiriu a Cobertura, referência na comercialização de habitação premium e que lhe permitiu expandir-se de forma muito expressiva no mercado residencial, onde entretanto tem vindo a apostar na abertura de lojas selecionadas em Lisboa, Cascais e, no último ano, também no Porto. “Estas aquisições, a par da expansão orgânica da empresa, foram cruciais para que o negócio ganhasse o ritmo dos três últimos anos”, comenta Pedro Lancastre.

2017 foi um ano espetacular para o mercado imobiliário em Portugal. Já não estamos a falar de um percurso de recuperação, mas sim de expansão.

Pedro Lancastre

Diretor-geral da JLL Portugal

O crescimento neste período foi igualmente acompanhado pelo reforço dos recursos humanos, com a empresa a integrar hoje mais de 250 colaboradores, ou seja, mais 56% do que a equipa de 160 pessoas com que terminou 2015 e que apresentava já um aumento de 50% face ao ano anterior.

Abordagem 360º ao mercado

Parte da estratégia passou também pela capacidade exclusiva em prestar um serviço 360o no imobiliário em Portugal, abrangendo todos os segmentos de mercado (habitação, escritórios, retalho e hotelaria) em todas as fases do ciclo imobiliário. Em resultado deste processo de expansão, a JLL disponibiliza atualmente soluções através de 11 áreas de negócio, prestando serviços de agência, investimento, corporate solutions, desenvolvimento urbano, consultoria estratégica & research, avaliações, gestão de imóveis, gestão de projetos e arquitetura & construção de interiores.

O mercado tem “reagido cada vez melhor a esta proposta”, sendo cada vez mais os casos em que “trabalhamos um imóvel de forma integrada por vários Departamentos”, esclarece Pedro Lancastre.

Os resultados estão à vista, com um crescimento transversal a todos os negócios, especialmente vincado neste último ano. Só o departamento de Capital Markets da JLL mais do que triplicou a sua atividade em 2017, assessorando transações no total de €511 milhões (vs. 146 milhões de euros assessorados em 2016); e também o negócio Residencial mais do que duplicou, com um crescimento de 157% e um valor médio de venda de 630.000 eurps por casa e unidades vendidas junto de compradores oriundos de 50 países. Nos Escritórios, só em Lisboa, a JLL foi responsável pela colocação de 48.380 m2, num total de 126 operações (em exclusivo ou co-exclusivo) incluindo algumas das principais sedes da banca e advogados que se mudaram este ano. No Retalho, colocou 36.614 metros quadrados, concluindo 98 operações e esteve envolvida na comercialização do maior centro comercial a abrir portas em Portugal nos últimos anos, o MAR Shopping Algarve. E quanto Urban Development assessorou a transação de €150 milhões de imóveis para desenvolvimento de reabilitação ou construção nova em Lisboa e no Porto. O negócio de Hotéis & Hospitality, focado no segmento hoteleiro e turístico, registou um ano dinâmico, aumentando a atividade em cerca de 27%.

"A aquisição da Novo Interior e a da Cobertura, a par da expansão orgânica da empresa, foram cruciais para que o negócio ganhasse o ritmo dos três últimos anos.”

Pedro Lancastre

Diretor-geral da JLL Portugal

Nas chamadas áreas não transacionais, a Tétris registou o seu melhor ano de sempre, com um crescimento de 20% face a 2016 e a execução de mais de 100 obras de escritórios e de retalho, entre as quais a inovadora loja de high luxury JNcQoi, na avenida da Liberdade. O departamento de Gestão de Imóveis gere 51 projetos no total de com 650.000 metros quadrados, com esta carteira a crescer 25% face a 2016, enquanto que, nas Avaliações apresentou um crescimento de mais de 20%, avaliando mais de 10 mil milhões de euros de ativos imobiliários. A Consultoria Estratégia & Research impulsionou o negócio em 42% e continua a inovar nos estudos desenvolvidos, abordando segmentos alternativos com elevado potencial de crescimento como é o caso das residências universitárias. Na área de Project Development Services o crescimento foi de 50%, estando a consultora a apoiar o desenvolvimento de 23 projetos que correspondem a investimentos superiores a 100 milhões de euros.

Mercado também contribui

Foi realmente um ano “excecional para a empresa”, para o qual o momento inigualável do mercado também contribuiu. “2017 foi um ano espetacular para o mercado imobiliário em Portugal e em que se atingiram volumes históricos”, diz Pedro Lancastre, para quem “já não estamos a falar de um percurso de recuperação, mas sim de expansão” em que “ o crescimento é sustentado e sustentável, porque as fontes de procura são hoje muito mais diversificadas e o posicionamento de Portugal na captação de capital internacional não é conjuntural”.

De acordo com os dados apurados pela consultora para 2017, o investimento em imobiliário comercial em Portugal cresceu 50% e atingiu um volume de aproximadamente €1.900 milhões. A atividade compara com os €1.254 milhões transacionados em 2016 e projeta o ano de 2017 para um patamar nunca atingido em Portugal. Nos mercados de habitação, escritórios, retalho e hotelaria, 2017 foi igualmente ano de forte crescimento nas transações e de um aumento evidente de preços e rendas. Tudo isto envolto num contexto económico favorável e que “surpreendeu pela positiva, numa altura em que as agências de notação reviram em alta o rating da dívida portuguesa. A conjugação destes fatores impulsionou o crescimento económico, a confiança internacional, o financiamento e o investimento”, diz ainda Pedro Lancastre.

E tudo leva a crer que o bom momento continue, uma vez que “o interesse internacional por Portugal, enquanto destino para investir, morar, trabalhar ou visitar, vai manter-se muito forte, ao mesmo tempo que os portugueses também estão mais ativos”. Num cenário em que se verifica “uma abrangência geográfica cada vez maior, alargando a mercados secundários além de Lisboa, Porto, Algarve”, diz o diretor geral da JLL Portugal.

20 anos de liderança para manter

Relativamente à empresa, “em paralelo ao excelente momento de mercado, antevemos um 2018 de muito trabalho e pretendemos manter a posição de liderança no mercado imobiliário português alcançada nestes 20 anos, refere Pedro Lancastre.

Criada em 1997, a JLL assinalou em 2017 duas décadas de atividade no nosso país, durante as quais alcançou uma posição de liderança no mercado imobiliário português e contribuiu de forma decisiva para a profissionalização do setor. Começou a sua atividade ligada sobretudo ao mercado de shoppings e passados dez anos tinha já expandido para o segmento de escritórios, com serviços de agência, investimento, gestão de imóveis, corporate solutions, avaliações, arquitetura & construção e ainda research. Atualmente, como 11 áreas de negócio e soluções integrados para todos os segmentos de mercado em qualquer fase da vida de um imóvel, a JLL pretende “consolidar conquistar mais negócio quer nas áreas não transacionais quer nas áreas de investimento e ocupação. O mercado está em excelente forma e a JLL também, o que nos motiva para os próximos 20 anos”, termina Pedro Lancastre.

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Soft Landing: Chegar ao Porto sem aterragens de emergência

Para acelerar o processo de instalação de empresas na cidade do Porto, Liliana Castro criou uma plataforma que facilita contactos e apoia na procura de espaços, divulgação e eventos para a comunidade.

Soft Landing Porto foi lançada a 1 de fevereiro de 2018 para acelerar dinâmicas do ecossistema empreendedor local.D.R.

Com a Amazon, a Uber, a Google e a Euronext a anunciarem novidades em solo nacional, Liliana Castro decidiu criar uma plataforma que facilite a vinda das próximas empresas para o Porto. Esta quinta-feira divulgou o lançamento da plataforma Soft Landing Porto, fundada para isso mesmo.

Criada para ajudar as empresas que querem fixar-se no Porto a pensar, planear e mudar-se para a cidade, a Soft Landing Porto é uma plataforma online que coloca os interessados em contacto com serviços que passam por apoio a nível legal e de contabilidade, “com apoio a todo processo de criação de empresa, passando também pela procura por espaço de trabalho e depois de instalados, apoio na divulgação, acesso a recursos humanos e eventos para a comunidade”, explica Liliana Castro, fundadora do projeto, por email.

“Com Portugal e o Porto nas bocas do mundo, e com grandes e pequenas empresas cada vez mais interessadas em se mudarem e expandirem para Portugal, senti que também eu podia dar o meu contributo. A ideia surgiu devido ao elevado número de tecnológicas internacionais a mudarem-se para o país. A realidade é que a Amazon, a Uber, a Google, a Euronext, e outras, que tanto têm dado que falar, acabam por ter a Aicep e as Invest (Porto, Braga, Lisboa, etc.) a apoiar. São empresas muito grandes e as cidades — e o país — têm as estruturas preparadas para dar esse apoio. O Soft Landing Porto surge como uma solução para as mais pequenas – de startups a comunidades internacionais de empreendedores”, explica a empreendedora, que antes fundou por exemplo a rede Portuguese Women in Tech.

Ainda que haja projetos internacionais do mesmo género — e inclusivamente o programa Launch in Lisbon, criado pela Startup Lisboa — Liliana inspirou-se mais na oportunidade do que propriamente noutro projeto-espelho.

“O objetivo e ambição passam por conseguir ser um facilitador na atração de mais empresas para a cidade do Porto, que trarão consigo mais recursos, experiências e conhecimento, abrindo também portas para mais oportunidades de emprego. A título pessoal, tenho sempre interesse em conhecer novos profissionais e em ajuda-los a evoluir — este projeto permite também este lado mais humano e de networking”, explica Liliana Castro, ao ECO.

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Totta: Novas regras do BdP para o crédito são “positivas”

O presidente do Santander Totta afirma que os novos limites impostos pelo BdP na concessão de crédito são "positivos", mostrando que as autoridades "estão atentas".

O presidente do Santander Totta afirma que os novos limites, recomendados pelo Banco de Portugal no caso de alguns dos critérios usados na avaliação de solvabilidade dos clientes, são “positivos”. Para António Vieira Monteiro, esta recomendação mostra que as autoridades estão a acompanhar a evolução do crédito.

“As novas regras são positivas porque mostram que as autoridades estão atentas”, refere Vieira Monteiro à margem da apresentação dos resultados banco para 2017, quando revelou um aumento dos lucros atribuído à evolução positiva das contas ao crescimento orgânico, mas também à redução dos custos.

"As novas regras são positivas porque mostram que as autoridades estão atentas.”

António Vieira Monteiro

Presidente do Santander Totta

O Banco de Portugal está preocupado com a evolução da concessão de crédito às famílias e decidiu, assim, recomendar aos bancos a imposição de limites a alguns dos critérios usados na avaliação de solvabilidade dos clientes.

Em causa estão três medidas preventivas da iniciativa do regulador a aplicar nos novos contratos de crédito. Em concreto, a criação de limites para o rácio entre o montante do financiamento face ao valor do imóvel que serve de garantia (LTV), o estabelecimento de um teto máximo para o rácio entre os encargos com créditos e o rendimento familiar, bem como uma limitação à maturidade dos empréstimos.

A recomendação do Banco de Portugal irá abranger a concessão de novos créditos à habitação, créditos com garantia hipotecária ou equivalente e créditos ao consumo que sejam celebrados a partir de julho deste ano.

“Esta medida macroprudencial é aplicável aos contratos celebrados a partir de 1 de julho de 2018 e abrange todas as instituições de crédito e sociedades financeiras, com sede ou sucursal em território nacional, autorizadas a conceder este tipo de crédito em Portugal”, especifica a entidade liderada por Carlos Costa a propósito destas novas medidas, em comunicado.

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Uber lança serviço de partilha de bicicletas elétricas

A Uber lança, na próxima semana, o novo serviço de partilha de bicicletas elétricas na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Terá o custo de dois dólares por minuto.

Depois de ter conquistado o mercado com as viagens de automóvel, a Uber anunciou esta quinta-feira o lançamento de um novo serviço de partilha de bicicletas elétricas. Este nova modalidade da empresa acontece após uma parceria com a empresa JUMP Bikes e vai estar em funcionamento a partir da próxima semana nas ruas de São Francisco, nos Estados Unidos.

A ideia já tinha sido lançada na China, no mês passado, pela empresa Didi Chuxing, semelhante à Uber, no entanto, a plataforma norte-americana lança agora o serviço nas ruas dos Estados Unidos. O conceito tem o nome de Uber Bike by JUMP, e permite aos utilizadores reservar uma bicicleta elétrica através da aplicação, distribuídas pela cidade e “estacionadas” em locais próprios. Após fazer a reserva, o utilizador recebe um PIN enviado pela empresa para o telemóvel, o que permitirá desbloquear a bicicleta. Depois basta dirigir-se ao local e, a partir daí, usufruir do serviço.

A utilização da bicicleta tem um custo de dois dólares (1,60 euros) por minuto, de acordo com a revista Quartz, e como o serviço está ainda numa fase inicial, existem apenas 250 bicicletas elétricas disponíveis na cidade. Assim, os utilizadores têm de se registar na plataforma, onde ficarão em lista de espera e, posteriormente, acabarão por receber um convite. “Terminada a viagem, o utilizador pode bloquear a bicicleta em qualquer um dos bicicletários públicos mostrados no mapa da aplicação”, disse a empresa.

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Samsung já produz chips para minar criptomoeda

  • Juliana Nogueira Santos
  • 1 Fevereiro 2018

A gigante tecnológica assumiu que o seu futuro passa pela produção de ASICs, os chips utilizados pelos mineiros de criptomoedas.

A Samsung já deu o passo em frente no equipamento para gerar moedas virtuais. Na apresentação dos resultados do último trimestre do ano, a sul-coreana deixou uma pista para aquele que vai ser o futuro da produção e que já passa pelos chips para minar criptomoeda.

“No primeiro trimestre, prevemos que os nossos resultados subam com o impulso dos processos de produção para os smartphones e a crescente procura por chips de mineração de criptomoedas“, pode ler-se no comunicado.

Ao TechCrunch, fontes oficiais da marca confirmaram que esta está “atualmente comprometida em produzir chips de mineração de criptomoeda. No entanto, não podemos divulgar mais detalhes em relação as nossos clientes”.

A maioria destes chips, os ASICS’s — em português, circuitos integrados de aplicação específica — são atualmente produzidos pela chinesa Bitmain, que também controla 30% da mineração feita no mundo através de duas “quintas”.

No mesmo relatório, a tecnológica afirmou ter fechado o último trimestre do ano com receitas de 61 mil milhões de dólares, o que se traduz num aumento de 24% face ao mesmo período de 2016.

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Vieira Monteiro: “Comissões estão num nível razoável. Não devemos mexer”

Numa altura em que os aumentos das comissões marcam a atualidade, o presidente do Totta afirma que o nível das comissões do banco é razoável. "Não me parece que venha a haver alterações", refere.

António Vieira Monteiro afirma que as comissões do Banco Santander Totta estão num nível “razoável”. Neste contexto, o presidente da instituição financeira diz que não devem avançar com mais alterações neste âmbito. Mas relembra que é o mercado que vai determinar se o banco volta a mexer nas comissões. Este indicador aumentou no ano passado, quando a entidade revelou um aumento dos lucros, uma evolução positiva atribuída ao crescimento orgânico e à redução dos custos.

“O nosso nível de comissões é razoável”, afirma Vieira Monteiro depois de o banco ter apresentado as contas relativas ao ano passado. Segundo o Santander Totta, as comissões aumentaram 8,3% em relação a dezembro de 2016, para 331,1 milhões, “traduzindo a maior fidelização e transacionalidade dos clientes”.

"O nosso nível de comissões é razoável.”

António Vieira Monteiro

Presidente do Santander Totta

Neste contexto, o presidente do Totta diz que o banco não deve voltar a mexer nas comissões. “Não me parece que venha a haver uma alteração”, salienta. Mas relembra que isto vai depender das condições do mercado. “É a evolução do mercado que vai marcar a nossa política nesta área”, refere, numa altura em que a CGD volta a estar no centro das atenções devido às alterações no seu preçário, nomeadamente à cobrança de comissões nas cadernetas.

O Santander Totta fechou o último ano com lucros de 436,3 milhões de euros. É um crescimento de mais de 10% no ano em que adquiriu o Popular, operação que lhe permite afirmar que é o maior banco privado em Portugal. A instituição liderada por Vieira Monteiro atribuiu a evolução positiva das contas ao crescimento orgânico, mas também à redução dos custos.

Este crescimento dos resultados verificou-se num ano marcado pela conclusão “do processo de aquisição e de fusão simplificada por incorporação do Banco Popular Portugal no Banco Santander Totta”, refere o banco em comunicado. “Com esta aquisição, o Santander Totta torna-se no maior banco privado no que se refere ao crédito da atividade doméstica, ocupando a segunda posição no ranking dos depósitos”.

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Banco de Portugal aperta regras. Cria três limites para travar facilitismo na concessão de crédito

O regulador recomenda à banca que imponha três tipos de limites na concessão de crédito à habitação e ao consumo para prevenir riscos. LTV, taxa de esforço e maturidades dos empréstimos são o alvo.

O Banco de Portugal está preocupado com a evolução da concessão de crédito às famílias e decidiu, assim, recomendar aos bancos a imposição de limites a alguns dos critérios usados na avaliação de solvabilidade dos clientes. Em causa estão três medidas preventivas da iniciativa do regulador a aplicar nos novos contratos de crédito. Em concreto, a criação de limites para o rácio entre o montante do financiamento face ao valor do imóvel que serve de garantia (LTV), o estabelecimento de um teto máximo para o rácio entre os encargos com créditos e o rendimento familiar, bem como uma limitação à maturidade dos empréstimos.

A recomendação do Banco de Portugal irá abranger a concessão de novos créditos à habitação, créditos com garantia hipotecária ou equivalente e créditos ao consumo que sejam celebrados a partir de julho deste ano. “Esta medida macroprudencial é aplicável aos contratos celebrados a partir de 1 de julho de 2018 e abrange todas as instituições de crédito e sociedades financeiras, com sede ou sucursal em território nacional, autorizadas a conceder este tipo de crédito em Portugal”, especifica a entidade liderada por Carlos Costa a propósito destas novas medidas, em comunicado.

Esta iniciativa surge no seguimento de um alerta já dado pelo Banco de Portugal em que revelava preocupação face à evolução da concessão de crédito. No início de dezembro, a instituição liderada por Carlos Costa deu conta disso no Relatório de Estabilidade Financeira, referindo estar a ponderar apertar os critérios de avaliação por parte dos bancos na concessão de crédito, perante os riscos que essa situação poderia acarretar para o sistema financeiro português.

“É fundamental que as instituições financeiras continuem a avaliar adequadamente e de forma prospetiva a capacidade de crédito dos mutuários, evitando a assunção de riscos excessivos nos novos fluxos de crédito, nomeadamente no crédito à habitação”, dizia o Banco de Portugal nessa ocasião. “A este propósito, o Banco de Portugal pondera adotar medidas com vista ao reforço da avaliação, pelas instituições de crédito, da capacidade creditícia dos mutuários particulares“, complementava assim o regulador do sistema financeiro português.

"Recomendação procura garantir com esta medida que as instituições de crédito e as sociedades financeiras não assumem riscos excessivos na concessão de novo crédito e que os mutuários têm acesso a financiamento sustentável.”

Banco de Portugal

Agora, o Banco de Portugal vem concretizar e justificar a iniciativa, com o “contexto propício à redução adicional do grau de restritividade dos critérios de concessão de crédito, caracterizado por taxas de juro em níveis historicamente baixos, recuperação económica e subida nos preços do imobiliário”, acrescentando que “procura garantir com esta medida que as instituições de crédito e as sociedades financeiras não assumem riscos excessivos na concessão de novo crédito e que os mutuários têm acesso a financiamento sustentável”, refere em comunicado.

Esclarece ainda que “a medida é adotada pelo Banco de Portugal sob a forma de Recomendação, tendo por base o princípio de ‘cumprimento ou explicação'”, e que “as instituições visadas deverão respeitar os limites aplicados; caso contrário, terão de justificar. O Banco de Portugal avaliará a adequação das justificações apresentadas pelas instituições.

Três novos limites no crédito às famílias

De modo a prevenir eventuais riscos futuros que possam vir a ter um efeito não só sobre os consumidores e os bancos e alastrar à economia em geral, o regulador decidiu recomendar a aplicação de três tipos de limites aos critérios exigidos para dar crédito às famílias

  • LTV limitados a 90%

A primeira medida tem como alvo o rácio entre o montante do empréstimo e o valor do imóvel dado em garantia (LTV), com a imposição de limites diferenciados consoante o crédito à habitação em causa. No que respeita ao crédito à habitação própria e permanente, o limite para este indicador é de 90%. No caso dos créditos com outras finalidades que não habitação própria e permanente, o teto é de 80%, enquanto nos créditos para aquisição de imóveis detidos pelas instituições e para contratos de locação financeira imobiliária, o limite é de 100%.

  • Taxa de esforço até 50%

A taxa de esforço associada ao contrato de crédito é outro dos alvos da imposição de limites. Será de 50%, para o rácio entre o montante da prestação mensal calculada com todos os empréstimos do mutuário e o seu rendimento (DSTI – debt service-to-income). Mas há exceções, com limites mais altos. Até 20% do montante total de créditos concedidos por cada instituição, em cada ano, pode ser concedido a mutuários com DSTI até 60%. Até 5% do montante total de créditos concedidos por cada instituição, em cada ano, pode ainda ultrapassar os limites previstos ao DSTI.

Para o cálculo do DSTI, as prestações mensais do novo contrato de crédito devem ser calculadas assumindo que são constantes ao longo do período de vigência do contrato. Mas no caso de contratos a taxa de juro variável e mista, deve ser considerado o impacto de um aumento da taxa de juro. No cálculo dessa taxa de esforço deve ainda ser contabilizada uma redução do rendimento do cliente quando o mutuário tenha mais de 70 anos de idade, exceto se, no momento da avaliação da solvabilidade, este já esteja reformado.

  • Maturidades dos créditos da casa baixam para 30 anos

O terceiro limite tem como alvo a maturidade original dos empréstimos. No caso do crédito à habitação, o objetivo é que essa maturidade passe dos 33 anos, em média, que acontecia nos novos empréstimos para a compra de casa, em 2016, para 30 anos. Para já é aplicado um teto de 40 anos nos novos contratos de crédito à habitação e crédito com garantia hipotecária ou equivalente, e convergência gradual para uma maturidade média de 30 anos até final de 2022. Já no crédito ao consumo, o limite é de 10 anos para a maturidade nos novos contratos.

O objetivo do Banco de Portugal é que os limites aplicáveis para o LTV, o DSTI e a maturidade sejam observados em simultâneo. A medida macroprudencial estabelece ainda que os contratos de crédito devem ter pagamentos regulares de juros e capital.

A entidade liderada por Carlos Costa frisa que esses limites que serão aplicados aos novos créditos concedidos a partir do início do segundo semestre deste ano correspondem correspondem a valores máximos e, como tal, “não substituem a obrigatoriedade de as instituições aferirem a adequação dos valores dos diferentes indicadores e outros critérios utilizados na avaliação da solvabilidade de cada mutuário”.

A implementação deste conjunto de medidas, que surgem como recomendação e não como obrigatoriedade no âmbito da política macroprudencial do regulador, serão contudo monitorizadas pelo Banco de Portugal de modo a perceber se estão a ser seguidas. Esta monitorização será feita “no mínimo, uma vez por ano”.

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