Opacidade financeira agrava-se em Portugal. Porquê? Madeira e empresas

O secretismo financeiro de Portugal subiu 16 pontos no Índice de Sigilo Financeiro. Os problemas identificados pela Tax Justice Network estão na Madeira e nas empresas. Suíça e EUA lideram o ranking.

O segredo é a alma do negócio. E também de países como a Suíça e os Estados Unidos, pelo menos que toca à opacidade financeira. Estes são os dois países que mais contribuem para o segredo das atividades financeiras a nível mundial, segundo um estudo da Tax Justice Network. Portugal está longe dos lugares cimeiros, mas piorou 16 pontos e há culpados: a Madeira e as empresas.

Numa lista de 122 países, Portugal pouco contributo dá para o sigilo financeiro a nível mundial. Contudo, em comparação com o ano passado, o país viu a sua transparência financeira deteriorar-se: Portugal passou de uma pontuação de 39 em 2015 para 55 em 2018. “Este é um aumento significativo”, assinala George Turner, investigador do Tax Justice Network, em declarações ao ECO, destacando o caso da Madeira.

Este ranking elaborado pela Tax Justice Network refere-se a Portugal no seu todo, mas dá atenção especial à Zona Franca da Madeira uma vez que a pontuação de secretismo corresponde à jurisdição dentro do país que é mais secreta. “Em Portugal, isto significa que a pontuação do país em alguns dos indicadores de sigilo financeiro tem como base os requisitos legais existentes na Madeira“, aponta a organização independente no estudo revelado esta terça-feira.

Na parte do relatório dedicada a Portugal, dos 20 indicadores, cinco são classificados com vermelho — o pior do ranking. “Onde Portugal está bem é nos compromissos de cooperação internacional“, explica o especialista, destacando os acordos de troca de informação automática e a adoção dos padrões internacionais. O que está por fazer? “Introduzir mais transparência nas empresas, incluindo permitir o acesso público online às contas das empresas, e introduzir o registo dos bens imóveis”, exemplifica George Turner.

"[Portugal tem de] introduzir mais transparência nas empresas, incluindo permitir o acesso público online às contas das empresas, e introduzir o registo dos bens imóveis.”

George Turner

Investigador da Tax Justice Network

É na transparência exigida às empresas que residem os principais problemas. A falta de disponibilização pública da estrutura acionista, das contas e da declaração de impostos das empresas promovem o secretismo em Portugal, segundo a Tax Justice Network. Além disso, a organização aponta que a nova lei do registo do beneficiário efetivo continua a permitir ações ao portador, permitindo o anonimato dos reais donos de uma empresa.

“Por fim, a legislação da tributação dos rendimentos em Portugal, que vende vistos de residência, podem fazer do país um paraíso fiscal para alguns”, alerta George Turner, referindo-se aos vistos Gold. Por outro lado, a Tax Justice Network elogia, além dos acordos internacionais, a capacidade do fisco português, a luta contra a evasão fiscal, o nível de estatísticas disponíveis ao público, o sigilo bancário e o registo dos contratos fiduciários (trusts) e das fundações.

Suiça e EUA são os que mais contribuem para a opacidade financeira

Portugal ou a Madeira são uma agulha num palheiro uma vez que correspondem a menos de 1% do mercado global de serviços financeiros. É até, na realidade, inferior a 0,1%. Em termos de volume, a opacidade global é da responsabilidade da Suíça (5%) e dos Estados Unidos (4%). Contudo, a União Europeia não escapa: o Luxemburgo (3%) e a Alemanha (2,4%) também estão no top dez.

Contributo dos países para o sigilo financeiro

Fonte: Tax Justice Network. Valores em percentagem.

Com base em 20 indicadores, os especialistas da Tax Justice Network calculam o grau de segredo nos serviços financeiros de cada país. O sigilo é um dos fatores que facilita o crime financeiro, nomeadamente a lavagem de dinheiro, a corrupção e a evasão fiscal.

As Nações Unidas deveriam criar uma convenção mundial para acabar com o sigilo financeiro de uma vez por todas.

Alex Cobham

CEO da Tax Justice Network

“Se queremos acabar com a evasão fiscal, a corrupção, a fraude e a lavagem de dinheiro dos principais centros financeiros do mundo temos de limpar as suas ações”, alerta Alex Cobham, o CEO da organização, assinalando que, “dado que os centros não o querem fazer de forma voluntária, as Nações Unidas deveriam criar uma convenção mundial para acabar com o sigilo financeiro de uma vez por todas”.

Pontuação dos países no secretismo financeiro

Fonte: Tax Justice Network. Em pontos.

Os EUA são uma “tendência preocupante”. O nível de secretismo da economia norte-americana tem vindo a crescer, mas “desta vez a subida no ranking é ditada por um enorme aumento da percentagem dos serviços financeiros em offshore” que os Estados Unidos têm. “Os EUA continuam a ser uma jurisdição de secretismo uma vez que rejeitam fazer parte das iniciativas internacionais de partilha de informação fiscal”, aponta a Tax Justice Network.

Se o índice de 2015 dava boas razões para acreditar no futuro com os países a atuarem após uma dura crise financeira, a organização conclui agora que o progresso está a ser mais lento face ao esperado. “Dez anos depois da crise financeira, todos os países ainda têm um longo caminho a percorrer para melhorar o seu desempenho na transparência fiscal“, assinala a organização. E o problema, no fim, passa também pelo impacto deste secretismo nos direitos humanos.

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Sindicato desiste da greve na Autoeuropa para não prejudicar negociações

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2018

Sindicato mais representativo na Europa suspendeu greve aprovada em plenário para não prejudicar processo negocial em curso. Operários esperam chegar a um acordo. Caso contrário, admitem fazer greve.

O coordenador do SITESUL, sindicato mais representativo na Autoeuropa, afirmou, esta terça-feira, que não foi emitido o pré-aviso de greve para 2 e 3 de fevereiro na fábrica de Palmela “para não prejudicar as negociações em curso com a administração.

“Não emitimos nenhum pré-aviso de greve porque está em curso um processo negocial. Esperamos que seja possível chegar-se a um acordo“, disse o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, Eduardo Florindo. Mas “se não houver entendimento entre as partes, admitimos a possibilidade de serem adotadas algumas formas de luta. E não excluímos a possibilidade de uma greve”, acrescentou.

Os trabalhadores da Autoeuropa tinham aprovado em plenário a realização de uma greve, a 2 e 3 de fevereiro, em protesto contra o novo horário com trabalho obrigatório ao sábado, mas os sindicatos decidiram esperar pelo fim das negociações em curso entre as duas partes.

Para a próxima quinta-feira estão marcadas novas reuniões plenárias em que a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa deverá fazer um ponto de situação sobre as negociações do caderno reivindicativo.

A administração e Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa não revelam eventuais progressos nas reuniões que têm realizado quase todos os dias, mas, segundo o SITESUL, os trabalhadores reclamam um aumento salarial de 6,5% (para os próximos dois anos) e a administração da empresa propõe um aumento de 3% em 2018 e de 2% em 2019.

Com o novo horário transitório em vigor desde segunda-feira, os trabalhadores da Autoeuropa cumprem no próximo fim de semana o primeiro sábado com trabalho obrigatório, um dos principais motivos do conflito laboral que se arrasta desde agosto do ano passado na fábrica de automóveis de Palmela.

No passado mês de dezembro, após a rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores, mas que foram rejeitados pela maioria dos funcionários, a Autoeuropa anunciou um novo modelo de trabalho de 17 turnos semanais, assegurando que o novo horário cumpria a legislação em vigor e garantia a produção a dois turnos aos sábados.

Apesar das garantias dadas pela empresa de que vai pagar os sábados com um acréscimo de 100% em relação ao valor pago por um dia normal de trabalho, a Comissão de Trabalhadores e o sindicato mais representativo na empresa, o SITESUL, alegam que a Autoeuropa pretende pagar os sábados como um dia normal de trabalho e que isso será demonstrado nos recibos de vencimento de fevereiro.

Para mais tarde fica a discussão sobre o horário de laboração contínua, que será implementado na Autoeuropa a partir do mês de agosto.

A Autoeuropa deverá atingir este ano uma produção de 240.00 automóveis, a grande maioria do novo modelo T-Roc, veículo que o grupo alemão Volkswagen pretende construir apenas na fábrica de automóveis de Palmela e que está a ter muito boa aceitação no mercado.

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PLMJ reforça equipa de TMT

  • ADVOCATUS
  • 30 Janeiro 2018

A PLMJ expande a equipa de Tecnologias de Informação, Media e Telecomunicações (TMT) e integra Jorge Silva Martins como associado coordenador, juntamente com Maria Abreu Ferreira e Susana Farinhas.

A PLMJ expande a equipa de Tecnologias de Informação, Media e Telecomunicações (TMT) e integra Jorge Silva Martins como associado coordenador, juntamente com Maria Abreu Ferreira e Susana Farinhas. A equipa, liderada pelo sócio Daniel Reis, conta agora com 12 advogados especializados na assessoria jurídica a empresas, operadores e investidores nesta área.

As várias especialidades dos advogados da equipa de TMT vão da regulação das Comunicações Eletrónicas, da Televisão e da Comunicação Social à aquisição e licenciamento de Software, passando pelo Comércio Eletrónico, Direitos de Autor, Proteção de Dados, contratos de Outsourcing de sistemas de informação, e Assinaturas Eletrónicas.

O novo associado coordenador da PLMJ, Jorge Silva Martins, tem centrado a sua atividade nas áreas da Tecnologia e das Telecomunicações, tendo ainda experiência em Direito da Internet e Direito do Comércio Eletrónico. Nesse âmbito, presta aconselhamento regular, entre outras, em matérias relacionadas com proteção de dados pessoais, privacidade, propriedade intelectual, pagamentos e defesa do consumidor.

"O setor da tecnologia está a crescer de forma exponencial e a nossa capacidade de resposta tem de acompanhar essa tendência. A contratação do Jorge e de dois novos elementos para a equipa reflete a aposta da PLMJ neste setor e consolida o crescimento da área de prática de TMT, que beneficiará da sua experiência, qualidade e conhecimento do mercado da tecnologia.”

Daniel Reis

Segundo Daniel Reis, sócio coordenador da área, o setor da tecnologia “está a crescer de forma exponencial” e a capacidade de resposta da PLMJ “tem de acompanhar essa tendência”. “A contratação do Jorge e de dois novos elementos para a equipa reflete a aposta da PLMJ neste setor e consolida o crescimento da área de prática de TMT, que beneficiará da sua experiência, qualidade e conhecimento do mercado da tecnologia”, conta à Advocatus.

"É com grande motivação e sentido de compromisso que regresso à PLMJ, com vontade de partilhar com todos a experiência que entretanto adquiri na área de TMT e fazer parte de uma sociedade de advogados que é visionária e líder nesta área.”

Jorge Silva Martins

Jorge Silva Martins diz regressar à PLMJ “com grande motivação e sentido de compromisso” e “com vontade de partilhar com todos a sua experiência na área de TMT”.

A PLMJ integra ainda uma associada e uma estagiária na equipa de TMT:

  • Maria Abreu Ferreira, associada e licenciada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa do Porto (UCP) e com mestrado em Direito da Empresa e dos Negócios pela mesma Universidade;
  • Susana de Almeida Farinhas, estagiária, licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da UCP e com mestrado em Direito em International and European Law, pela Tilburg University, na Holanda.

A equipa de TMT da PLMJ lidera os rankings e diretórios internacionais, como é o caso da Chambers and Partners e do The Legal 500.

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Lucros do BPI afundaram de 313 milhões para 10 milhões em 2017

A penalizar os resultados do banco liderado por Pablo Forero estiveram o programa de rescisões e a venda de 2% do capital do BFA.

O BPI obteve lucros de 10,2 milhões no ano passado, o que representa uma quebra de 96,7% em relação aos 313,2 milhões de euros que tinha registado em 2016, o seu melhor resultado de sempre, num ano em que a instituição financeira ainda contou com o contributo do Banco de Fomento Angola (BFA). O resultado ficou também muito aquém das estimativas dos analistas, que antecipavam que o banco alcançasse lucros de 70,5 milhões de euros em 2017.

A penalizar os resultados do banco liderado por Pablo Forero estiveram as rescisões e a venda do BFA, segundo a informação enviada, esta terça-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O programa de rescisões e de reformas antecipadas voluntárias teve um custo de 78 milhões de euros no ano passado. Por outro lado, a venda de 2% do capital do BFA à Unitel teve um impacto negativo de 320 milhões para as contas do BPI.

Sem contar com estes eventos extraordinários, o BPI teria alcançado um lucro de 191 milhões de euros na atividade em Portugal e de 208 milhões em Angola. Estes são os “melhores resultados dos últimos 10 anos em Portugal”, refere o BPI, em comunicado. Contabilizados estes efeitos extraordinários, o lucro em Portugal ficou-se pelos 122 milhões, enquanto em Angola o banco registou prejuízos de 111 milhões.

Em termos consolidados, a margem financeira do BPI reduziu-se ligeiramente, de 410 milhões para 407 milhões de euros em 2017, um ano em que os custos aumentaram em 13%, para 563 milhões, e em que o produto bancário registou uma quebra de 10%, para 664 milhões de euros. A compensar este agravamento esteve a evolução positiva das comissões, que totalizaram 297 milhões de euros, um aumento de 8,7%.

O crédito concedido a empresas aumentou em 411 milhões de euros, para uma carteira total de 6.863 milhões, elevando a quota de mercado do BPI de 7,7% para 8,3%. Ao mesmo tempo, o crédito a particulares aumentou em 17%, totalizando em 2017 os 12.280 milhões de euros. Já as imparidades reduziram-se para 25,2 milhões de euros, o que corresponde a 0,11% da carteira de crédito.

O banco registou ainda uma evolução positiva dos requisitos prudenciais exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE). A 31 de dezembro de 2017, o BPI tinha um rácio de common equity tier 1 (CET1) de 13,2% numa base de “phasing in” (ou seja, com base nas regras aplicáveis em 2017), e de 12,3% com as regras totalmente implementadas, cumprindo os mínimos exigidos.

Notícia atualizada às 17h29 com mais informação.

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Queda do BCP impressionou e pressionou PSI-20

Ações do banco liderado por Nuno Amado impressionaram com uma queda de 2% a meio da sessão. Fecharam o dia a recuar 1,5%, num desempenho que levou a bolsa abaixo pela segunda sessão.

O BCP chegou a impressionar com uma queda superior de 2% a meio da sessão desta terça-feira, mas foi aligeirando as perdas ao longo da tarde para fechar o dia a recuar mais de 1%, num desempenho que pressionou a bolsa de Lisboa pela segunda sessão consecutiva.

O PSI-20, o principal índice português, perdeu esta terça-feira 0,66% para 5.692,4 pontos, com a grande maioria das cotadas a encerrar abaixo da linha de água. O banco liderado por Nuno Amado esteve em destaque pela negativa: as ações caíram 1,52% para 0,3245 euros. Mas mais 12 cotadas deixaram a praça portuguesa sob pressão, caso da Galp e da EDP, dois dos pesos pesados nacionais e que se apresentaram em baixa de 1,01% e 1,58%, respetivamente.

A travar maiores quedas em Lisboa esteve sobretudo o setor do retalho, onde a Jerónimo Martins subiu 0,26% para 17,38 euros e a Sonae ganhou 1,25% para 1,291 euros. “A Sonae contrariou a queda do PSI-20. Ontem, o BPI aumentou o preço-alvo da Sonae e ela poderá estar ainda a reagir a esse cenário positivo“, referiu o analista José Novo, da Orey iTrade, citado pela agência Reuters.

Lá por fora, o sentimento também foi negativo esta sexta-feira, com os analistas a justificarem a maior aversão ao risco da parte dos investidores com a fraca temporada de resultados em Wall Street, onde o índice industrial Dow Jones está a ceder 1,23% e o S&P 500 está a recuar 0,83%.

Deste lado do Atlântico, as perdas situaram entre os 0,9% e os 1,4% em Frankfurt, Paris e Milão.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Paulo Macedo: “Perspetivas de rentabilidade continuam extremamente nocivas”

  • Margarida Peixoto
  • 30 Janeiro 2018

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos reconheceu que as perspetivas do setor bancário no que toca à rentabilidade continuam a ser "extremamente nocivas".

“Continua a haver um conjunto de perspetivas em termos de rentabilidade que continua a ser extremamente nocivo”, disse Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos. O responsável falava na 2ª Conferência na Caixa – A crise financeira e a economia portuguesa: aprendemos as lições?

Paulo Macedo, que falava na abertura da conferência, sublinhou que as atuais taxas de juro “não ajudam”, e lembrou que conduzem a “juros negativos” nos créditos à habitação e às pequenas e médias empresas. Este é um dos fatores que ajuda a explicar que neste momento “a banca não gere rentabilidade para pagar o custo do capital”, argumentou Paulo Macedo.

A somar, na sequência da crise as exigências de capital tornaram-se maiores. E se é certo que, por um lado, a forte subida dos capitais dos bancos ao longo de 2017 — para a qual contribuíram a recapitalização da CGD, o BCP e o Novo Banco, lembrou o responsável — ajuda a fortalecer o sistema, também é verdade que torna mais exigente a tarefa de gerar rentabilidade suficiente para remunerar aquele capital.

 

“Os capitais são muitíssimo mais altos, mas isto contribui para este problema [de rentabilidade]”, notou Paulo Macedo. “Se tenho capitais é ótimo, mas a minha rentabilidade para remunerar estes capitais continua a ser baixa“, concretizou.

A Caixa vai revelar os resultados de 2017 a 2 de fevereiro, depois do fecho dos mercados. Nos primeiros nove meses do ano passado o banco reduziu os prejuízos para 47 milhões de euros, um resultado que levou Paulo Macedo a apontar para lucros em 2018.

O presidente da Caixa recuperou as várias razões identificadas nos dois livros de análise da crise financeira que estão em debate na conferência — “A crise bancária em Portugal”, de Tiago Cardão-Pito e Diogo Baptista, e “As 10 questões do colapso – Portugal: a provável derrocada financeira de 2016-2017”, de João César das Neves — mas fez questão de sublinhar uma área que é comum aos dois livros: os problemas relacionados com a governance dos bancos.

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Novo Banco responde à CGD. Diz que aprova crédito para a casa em apenas 24 horas

Depois da "decisão rápida" do banco do Estado, o Novo Banco garante resposta em 24 horas úteis nos pedidos de crédito à habitação. Rapidez é o novo campo de batalha depois da "guerra" dos spreads.

A guerra entre os bancos na concessão de crédito à habitação tem um novo episódio. Depois dos spreads, chega a vez de apostar em força na rapidez. Poucas semanas depois de a Caixa Geral de Depósitos ter surpreendido com o lançamento de uma campanha em que garantia uma “solução rápida”, agora é a vez de o Novo Banco responder com a promessa de uma aprovação de crédito da casa em apenas 24 horas.

Não se trata de dar um primeiro passo no processo de contratualização de um empréstimos para a compra de casa. No site do Novo Banco, no lançamento desta campanha de crédito à habitação do banco liderado por António Ramalho, está explícito que este curto espaço de tempo é, segundo a instituição, o necessário para aprovação efetiva do financiamento.

“Em apenas 24h úteis, respondemos ao seu pedido de aprovação de crédito habitação” pode ler-se na simulação realizada no site da instituição. O ECO questionou o banco sobre se as 24 horas significam de um dia para o outro, ou se equivalem a três ou quatro dias úteis (os balcões estão abertos seis horas e meia por dia). Fonte oficial do banco confirmou que a resposta é dada até ao dia seguinte. A única exceção é, por exemplo, quando de trata de uma sexta-feira. Nesse caso, a resposta será dada na segunda-feira seguinte.

Esta é, segundo o banco, uma resposta à crescente pressão que se faz sentir no mercado imobiliário nacional. “Vai ao encontro da urgência a que o atual mercado imobiliário obriga os bancos”, refere a instituição. “Respondemos antes que a casa voe” é o mote do Novo Banco numa altura em que ter ou não o crédito na mão pode significar fazer um bom negócio ou perder o imóvel.

"A resposta rápida ao pedido de crédito é, hoje em dia, um fator decisivo para que o cliente não perca a casa que escolheu. Por isso, respondemos em 24 horas.”

Novo Banco

“A resposta rápida ao pedido de crédito é, hoje em dia, um fator decisivo para que o cliente não perca a casa que escolheu. Por isso, respondemos em 24 horas”, remata o Novo Banco que, assim, responde à CGD. O banco estatal entrou recentemente na “guerra” pelo crédito, não pelo spread, mas com a diferenciação pela “decisão rápida”. A CGD tem o spread mínimo mais elevado num universo de dez bancos que concedem crédito à habitação em Portugal: 1,75%, contra os 1,5% do Novo Banco e os 1,15%, o mais baixo, do Bankinter.

Na nova oferta de crédito à habitação “Caixa Casa Fast”, a CGD diz ser possível assegurar a respetiva contratação em até 15 dias úteis, o intervalo de tempo entre a simulação e a tomada de decisão. O Novo Banco está a prometer um prazo ainda mais curto para assegurar a contratação de crédito à habitação.

São duas das maiores instituições financeiras a atacarem o crédito para a casa com o mote da rapidez, mas não as únicas. Quando se iniciou na comercialização de crédito à habitação há um ano, o Banco CTT prometeu “agilidade” no processo até à contratação. Agilidade que é possível através da utilização da app Casa BCTT, a partir da qual é possível acompanhar todas as etapas do processo até à contratação do financiamento para a casa.

A maior agressividade nas campanhas de captação de clientes surge num contexto de forte crescimento da concessão de crédito à habitação e em que os bancos lutam pela conquista da fatia mais “gorda” desse crédito. Nos primeiros 11 meses de 2017, os bancos disponibilizaram 7.441 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa. Um aumento de 44%, em termos homólogos, que já faz de 2017 um recorde da década.

Rapidez não é, contudo, uma expressão que combine bem quando está em causa um compromisso financeiro que assume valores muito elevados e prolongado no tempo, como acontece com o crédito à habitação. “O que receámos e estamos a ver é, apesar de não estarmos num nível idêntico ao que foi antes da crise, a repetição de algumas das práticas na banca, como a política agressiva na concessão de crédito”, disse recentemente Nuno Rico da Deco Proteste, ao ECO.

(Notícia atualizada com esclarecimento do Novo Banco sobre o que são consideradas 24 horas úteis)

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Dois antigos secretários de Estado de Sócrates acusados de peculato

  • ECO
  • 30 Janeiro 2018

Dois antigos secretários de Estado dos Governos de José Sócrates foram constituídos arguidos, num processo que envolve uso indevido de cartões de crédito.

Dois antigos secretários de Estado dos Governos de José Sócrates foram constituídos arguidos, num processo que envolve o uso indevido de cartões de crédito. A revista Sábado adianta que os alvos das acusações de peculato são José Magalhães (ex-secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária) e José Conde Rodrigues (ex-secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna).

Segundo avançou, esta terça-feira, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), no seu site, o Ministério Público procedeu ao arquivamento parcial da denúncia — apresentada, em 2012, pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses — e requereu o julgamento, em tribunal coletivo, dos dois arguidos.

“No essencial ficou suficientemente indiciado que os arguidos, que exerceram funções de Secretários de Estado do Governo em causa, utilizaram os cartões de crédito que lhes foram atribuídos para fins públicos em benefício próprio, adquirindo bens para uso pessoal“, explica a nota. De acordo com a PGDL, terão sido comprados livros e revistas, que “não se enquadravam no âmbito funcional ou de serviço” e que portanto representaram uso indevido dos fundos públicos.

Os arguidos encontram-se agora sujeitos às “medidas de coação de termo de identidade e residência”, tendo o Ministério Público ainda deduzido um “pedido de indemnização civil em representação do Estado Português”.

A nota da PGDL reforça também que nalguns casos não foi possível concluir “se houve, ou não, uma correta utilização dos dinheiros públicos, tendo os autos sido arquivados, em grande parte, por falta de indícios suficientes da prática de ilícito criminal”. Que fatores justificaram este cenário? “A ausência de regras escritas, claras e uniformes sobre a despesa”, “casos em que não está identificado o número do cartão e o respetivo titular”, “facto de nenhum dos plafonds mensais dos cartões de crédito em causa ou do Fundo de Maneio propriamente dito dos gabinetes ter sido ultrapassado”, “as justificações prestadas” e “a ausência de prova que as contrarie ou as esclareça devidamente”.

A investigação teve como objeto os membros dos gabinetes ministeriais e das secretarias-gerais do XVIII Governo Constitucional pelo uso de cartões de crédito e pelo “pagamento de despesas de representação através do Fundo de Maneio dos Ministérios”. Foi requerido “aos diversos ministérios a remessa da identificação de todos os cartões de crédito e respetivos titulares membros dos gabinetes ministeriais, desde o ano de 2007 até 2013, assim como os respetivos extratos de movimentação” e a “documentação de suporte justificativa da despesa designadamente, faturas, extratos bancários, boletins de itinerário, documentos relativos a ajudas de custo, etc.”.

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MLGTS apoia renovação de Mourinho e Otamendi

  • ADVOCATUS
  • 30 Janeiro 2018

Carlos Osório de Castro e Paulo Rendeiro, membros da equipa de Direito do Desporto da MLGTS, assessoraram a renovação do treinador português José Mourinho com o Manchester United.

Carlos Osório de Castro e Paulo Rendeiro, membros da equipa de Direito do Desporto da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), assessoraram a renovação do treinador português José Mourinho com o clube inglês Manchester United.

O novo vínculo do técnico português é válido até 2020, ficando o Manchester United com cláusula de opção por mais um ano.

Paulo Rendeiro teve também intervenção na renovação do internacional argentino Nicolás Otamendi com o Manchester City. O novo contrato do central argentino é válido até 30 de junho de 2022.

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Tax Conference 2018 da CMS em Londres prepara gestores de fundos

Tax Conference 2018 da CMS em Londres prepara gestores de fundos e investidores para o Brexit. Do escritório de Portugal, estará presente o associado sénior Nuno Santos.

Na próxima quinta-feira, dia 1 de Fevereiro, mais de 250 pessoas juntam-se em Londres para a Tax Conference 2018 da CMS, que conta com a presença dos responsáveis dos maiores fundos de investimento do mundo. Do escritório de Portugal, estará presente o associado sénior Nuno Santos.

Este ano, a Conferência dedica especial atenção ao Brexit, numa altura em que as negociações entre o Reino Unido e a União Europeia se encontram já em fase avançada.

O foco da conferência estará nos desenvolvimentos dos aspetos fiscais relativos ao Brexit, que terão um impacto relevante nas empresas e no património individual. O objetivo é dar aos gestores de fundos e aos investidores um guia prático para “sobreviver” ao Brexit.

O tratamento fiscal a aplicar aos cidadãos britânicos que estejam a preparar a saída do Reino Unido, as matérias do anonimato e informação privilegiada, bem como a relação com paraísos fiscais são algumas das questões a serem analisadas e que têm especial relevância para Portugal, um dos destinos no topo das preferências dos cidadãos britânicos, designadamente atendendo ao nosso regime fiscal aplicável a residentes não habituais.

O painel de oradores conta com nomes ao mais alto nível de instituições como o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, o UBS e a INREV – Association for Investors in Non-Listed Real Estate Vehicles.

 

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Clubes portugueses faturam 568,7 milhões de euros em transferências internacionais em 2017

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2018

A Inglaterra foi quem contribuiu mais para o excedente luso, tendo gastado 264,6 milhões de euros em contratações de jogadores oriundos de Portugal.

Os clubes portugueses de futebol registaram um saldo positivo de 707,5 milhões de dólares (568,7 milhões de euros ao câmbio atual), em transferências internacionais realizadas em 2017, indica um relatório divulgado esta terça-feira pela FIFA.

As equipas portuguesas foram as que lucraram mais com aquele tipo de transferências, num valor que representa mais de o triplo do que foi obtido pelo segundo país com melhor resultado, o Brasil, que ‘encaixou’ o equivalente a 182,3 milhões de euros.

O futebol mundial gastou um recorde absoluto de 6,37 mil milhões de euros no mercado de transferências em 2017, o que representa um aumento de 32,7% relativamente ao ano anterior, num total de 15.624 transações, também um novo máximo.

Portugal surge no segundo lugar da lista dos países que mais receberam por transferências internacionais de jogadores, com um total de 645,4 milhões de euros, apenas superado pela Espanha, cujos clubes receberam 675,5 milhões de euros.

Em contrapartida, as equipas nacionais gastaram significativamente menos em contratações de futebolistas a atuar em outro país, num total de 77 milhões de euros, ocupando o 11.º lugar da tabela que é liderada pela Inglaterra, com 1,32 mil milhões de euros.

A Inglaterra foi, precisamente, quem contribuiu mais para o superavit luso, tendo gastado 264,6 milhões de euros em contratações de jogadores oriundos de Portugal, o quarto país com maior número de atletas transferidos (537) e o terceiro a nível de contratações (580), numa lista liderada pelo Brasil em ambas as vertentes.

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Cisco diz que Portugal está finalmente a mostrar o seu potencial

Sofia Tenreiro, líder da Cisco Portugal, reagiu à notícia de que terá uma vizinha nova em Oeiras, a Google: "Ficamos contentes por mais empresas fazerem aquilo que já fazemos há dez anos."

Sofia Tenreiro é diretora-geral da Cisco Portugal.Paula Nunes / ECO 21 Setembro, 2017

A Cisco Portugal vai ter uma vizinha nova este ano: a Google vai ter um pólo tecnológico no Lagoas Park, em Oeiras. Em reação à notícia, a diretora-geral da multinacional, Sofia Tenreiro, afirmou: “Ficamos contentes por mais empresas fazerem aquilo que já fazemos há dez anos.” A líder da Cisco no mercado nacional recordou há mais de uma década, “a Cisco escolheu Portugal para investir num centro de operações” onde tem, atualmente, entre 350 a 400 “pessoas qualificadas”, indicou. A Microsoft Portugal também já tinha deixado um recado semelhante.

“Ficamos felizes por Portugal estar num momento fantástico. Finalmente estamos a mostrar o potencial de Portugal”, disse, ao ECO, Sofia Tenreiro, à margem de uma conferência da Cisco em Barcelona, justificando assim a vinda de empresas tecnológicas para Portugal, como a Google e também a hipótese de a Amazon instalar-se no Porto, onde terá operações relacionadas com o serviço de cloud.

Temos tido várias conversações internas [para expandir a Cisco em Portugal]. No fundo, tem tudo a ver com a performance do país.

Sofia Tenreiro

Diretora-geral da Cisco Portugal

Como o ECO revelou em exclusivo esta terça-feira, está em cima da mesa a hipótese de a Cisco expandir operações em Portugal. Edwin Paalvast, presidente da Cisco na Europa, Médio Oriente, África e Rússia, não descartou essa hipótese, embora sem entrar em detalhes, dizendo apenas que isso “depende” dos resultados que a empresa vir a apresentar. “Depende de quão bom for o nosso negócio”, disse ao ECO esta segunda-feira, à margem do mesmo evento em Barcelona.

Confrontada com a possibilidade de uma expansão em Portugal, Sofia Tenreiro admitiu a existência de “conversações internas”. “Os portugueses têm um espírito conquistador e queremos sempre mais. Temos conseguido conquistar mais equipas diferentes para Portugal. E a nossa ambição é trazer mais. Temos tido várias conversações internas, como o Edwin [Palvaast] referiu e, no fundo, tem tudo a ver com a performance do país e com a capacidade que temos em Portugal de implementar projetos inovadores”, afirmou.

O ECO viajou para Barcelona a convite da Cisco Portugal.

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