Ações do Sporting caem 4%. Obrigações desvalorizam 1% na estreia

No dia que em que foram admitidas para negociação no mercado, as obrigações leoninas desvalorizam 1%. Já as ações da SAD do Sporting recuam mais de 4%.

Na sessão de estreia no mercado, as obrigações emitidas pelo Sporting no último empréstimo obrigacionista desvalorizam 1%. Já as ações da SAD de Alvalade perdem mais de 4% em Lisboa.

Foram admitidas à negociação esta segunda-feira mais de 500 mil obrigações avaliadas em 5 euros cada, num total de quase 26 milhões. Mas na primeira sessão, os títulos de dívida perdem 1% do seu valor. Trocaram de mãos 34,8 mil obrigações (cerca de 0,7% do total da emissão), segundo os dados da Euronext Lisboa.

Foram mais de 4.000 investidores que participaram na emissão que o presidente do Sporting classificou de “case study”, pela rapidez com que a operação foi concretizada. Na passada sexta-feira, Frederico Varandas voltou a criticar os bancos pela sua atuação durante todo o processo, afirmando que o “verdadeiro sindicato bancário deste empréstimo obrigacionista foi o Sporting, a sua massa associativa e adepta”. “Foi um facto extraordinário que aconteceu”, disse.

Com a emissão obrigacionista, os leões pretendiam levantar 30 milhões de euros para proceder ao reembolso de outro empréstimo que atingiu esta segunda-feira a maturidade. Apesar de terem ficado aquém desse objetivo, cumpriram a condição mínima de sucesso da operação de arrecadar pelo menos 15 milhões — isto porque a SAD tinha nos seus cofres outros 15 milhões para devolver aos credores do empréstimo vencido.

Entretanto, no mercado acionistas, as ações da sociedade leonina caíram 4,11% para cotarem agora nos 0,70 euros. Foram transacionadas 500 ações.

Ações do Sporting cedem 4% na bolsa lisboeta

No plano desportivo, em fim de semana dedicado à Taça de Portugal, o Sporting deslocou ao terreno do Lusitano Vildemoinhos, em Viseu, derrotando a equipa da casa por 4-1 na quarta ronda da competição.

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Pagar impostos com bitcoins? Sim, no estado de Ohio já é possível

A nova opção de pagamento está, por agora, unicamente disponível para o setor empresarial. Após a fase de implementação, será considerada a possibilidade de abranger contribuintes individuais.

Se, por um lado, há quem não consiga encarar as criptomoedas como moedas reais, por outro, há quem esteja cada vez mais interessado em incorporá-las nas transações do dia-a-dia. É o caso do estado norte-americano de Ohio, onde pagar impostos com bitcoins é, a partir desta segunda-feira, possível, avança a Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

As empresas de Ohio podem agora pagar os seus impostos com moedas digitais, mediante a inscrição no site OhioCrypto.com. A medida abrange toda a classe de impostos, sejam eles impostos aplicáveis ao tabaco ou impostos relacionados com os trabalhadores, por exemplo.

Esta iniciativa foi promovida pelo tesoureiro do estado de Ohio, Josh Mandel. “Vejo [a bitcoin] com uma forma legítima de moeda”, disse Mandel, acrescentando que espera que em breve a medida se estenda aos outros estados.

Os pagamentos serão processados através da startup BitPay, que se encarrega da conversão de bitcoins em dólares e, posteriormente, faz com quem cheguem ao escritório de Josh Mandel. Ainda não se sabe, contudo, quantas empresas estarão interessadas em utilizar esta opção de pagamento.

O serviço, agora unicamente disponível para o setor empresarial, poderá também chegar aos contribuintes individuais. Após a etapa de implementação, essa possibilidade será estudada, contudo ainda sem data específica de começo.

A bitcoin tem, contudo, estado sob pressão nas últimas semanas. Quebrou a fasquia dos 5.000 dólares, esteve a negociar abaixo dos 4.500 dólares e elevou para cerca de um terço o valor de mercado perdido no espaço de uma semana.

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Centro de operações para fornecedores da Google em Lisboa já funciona como “apoio”

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

A gigante tecnológica norte-americana diz que o seu centro de operações para fornecedores em Oeiras, distrito de Lisboa, abriu no verão e está a funcionar como “apoio” à sua atividade.

O centro de operações para fornecedores da Google em Oeiras, distrito de Lisboa, abriu no verão e está a funcionar como “apoio” à atividade da tecnológica norte-americana, mas a empresa recusa-se a dar informações sobre o espaço.

Como anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, em janeiro de 2018, a Google abriu no verão um novo centro de operações de fornecedores em Lisboa, totalmente dedicado a fornecedores terceiros”, informou a Google numa curta resposta escrita enviada à agência Lusa.

A empresa acrescenta que, “com esta abertura”, está a “instalar [no país] alguns dos muitos fornecedores que dão apoio às operações da Google”.

A Lusa perguntou também a data exata de arranque do centro, as suas funcionalidades, o total de colaboradores e o valor do investimento, mas não obteve qualquer resposta.

A criação deste centro de inovação gerou controvérsia, desde logo por se achar que se trataria de um call center, isto é, um centro de atendimento telefónico e não tecnológico.

Em janeiro, António Costa anunciou que a multinacional norte-americana iria instalar, a partir de junho, em Oeiras, um centro de serviços, ‘hub’ (centro) tecnológico, para a Europa, Médio Oriente e África, arrancando com cerca de 500 empregos qualificados.

Um mês depois, em fevereiro, a tecnológica assegurou que o espaço em Oeiras não seria um call center, mas sim um centro de operações com vários serviços, como financeiros, mostrando-se surpreendida com a discussão.

“Temos call centers, mas o escritório, o centro de inovação que a Google vai abrir para a Europa, Médio Oriente e África em Lisboa não é um call center”, garantiu, na altura, o diretor de Assuntos Institucionais da Google Portugal e Espanha, Francisco Ruiz Anton.

O responsável mostrou-se admirado com a polémica gerada em torno do tipo de espaço: “Surpreende-me esta discussão porque é um centro de operações da Google. Não tem sentido essa discussão”.

Em causa estava, segundo Francisco Ruiz Anton, um total de 535 postos de trabalho, para diversas áreas.

“Podem ser serviços financeiros de apoio à Google que se prestem desde aqui, como outros serviços. Falamos de todas [as vagas], depende dos serviços que prestem”, afirmou.

A estimativa era de que, “se tudo corresse bem”, este centro de inovação começasse a funcionar no final de julho, estando previsto para o parque empresarial Lagoas Park, em Oeiras.

No site do Lagoas Park não existe, contudo, qualquer referência à Google no diretório de empresas ali instaladas.

Em fevereiro, Francisco Ruiz Anton escusou-se a apontar valores de investimentos, mas sustentou que “o maior investimento” se relacionava com os empregos a criar, num tipo de centro “onde é possível crescer” na carreira.

“É uma grande notícia para este país e uma grande prova da confiança da Google”, notou.

Falando sobre os motivos que levaram a empresa a querer instalar-se em Portugal, o responsável recusou que tenha sido pelos custos laborais.

A empresa escolheu Portugal por ser “um país que está a apostar no setor tecnológico, no empreendedorismo e nas ‘startup’ [empresas com potencial de crescimento]”, adiantou.

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Qual é a probabilidade de se Elon Musk a ir a Marte? 70%, diz o CEO da Tesla

O fundador da SpaceX prevê que daqui a sete anos já seja possível fazer a viagem até Marte, com bilhetes no valor de "algumas centenas de milhares de dólares". 

Marte pode ter um novo habitante. Elon Musk quer visitar o “planeta vermelho”, e pondera até que seja uma viagem só de ida. O CEO da Tesla avalia a probabilidade de fazer a viagem em 70%.

Para o empresário, “têm havido recentemente vários avanços” científicos que tornam a viagem até Marte viável, explica numa entrevista, citado pelo Business Insider (acesso livre/conteúdo em inglês). As previsões de Musk apontam para que daqui a sete anos se possa comprar um bilhete para ir até o planeta, no valor de “algumas centenas de milhares de dólares”.

O fundador da SpaceX, uma empresa de sistemas aeroespaciais e de serviços de transporte espacial, já tinha expressado a ideia de que Marte poderia ser um plano B para o caso de a Terra ficar inabitável, mas rejeita a ideia de que as viagens espaciais são uma “escapatória” para os ricos.

Relembrando os riscos da viagem, o multimilionário aponta que “a probabilidade de morrer em Marte é muito mais alta do que na Terra”. Mesmo que se aterre no planeta em segurança, é preciso construir as bases para a habitação, e as condições são duras, acrescenta, comparando o empreendimento ao desafio de escalar o Monte Evereste.

A SpaceX lançou um foguete em direção a Marte em fevereiro, e perspetiva realizar voos de teste interplanetários no próximo ano, com o objetivo de assegurar a sobrevivência da espécie humana.

A agência espacial norte-americana NASA vai avançar com uma auditoria de segurança ao ambiente de trabalho na empresa, que contratou para transportar astronautas até à Estação Espacial Internacional. Esta decisão surgiu no seguimento da presença de Musk num programa onde fumou marijuana e bebeu álcool ao vivo.

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O que Israel tem e nós não? Audácia ou חֻצְפָּה

Ecossistema de startups tem crescido no país mas continua longe do primeiro da lista mundial: a atitude de Israel perante o risco é exemplar. E, Portugal tem muito a aprender com o país da chutzpah.

Em audácia, temos muitos que aprender com Israel: o chutzpah dos israelitas domina o ranking. Nessa categoria, Portugal está em 80.º lugar.

Arranque-se com a definição. “Quando um empreendedor israelita tem uma ideia de negócio, ele começa-a nessa semana“. A justificação vem inscrita no Start-up Nation, livro publicado em novembro de 2009, assinado por Dan Senor e Saul Singer e que retrata o ecossistema empreendedor que Israel tem construído desde os anos 90. A palavra, חֻצְפָּה ou Chutzpah, significa “audácia”, a energia empreendedora que, independentemente dos obstáculos no caminho, conduz à execução (mesmo que, nem sempre, seja o caminho do sucesso).

De acordo com o relatório de 2018 dos países mais competitivos do mundo, publicado pelo World Economic Forum, na categoria de “business dynamism” [dinamismo nos negócios] — na qual os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar — Portugal ocupa o 27.º posto. No entanto, considerando uma das subcategorias avaliadas, “attitudes toward entrepreneurial risk” (atitude face ao risco no empreendedorismo, avaliadas numa escala de 1 a 7 pontos), Portugal está muito longe de outro país: Israel. Neste item, os empreendedores portugueses contam com 3,8 pontos em sete, o que confere ao nosso país o lugar 80.º na classificação, entre os 140 países considerados. Quanto ao primeiro lugar da lista, os israelitas asseguram 6 pontos graças ao seu chutzpah. E algo mais.

“Israel tem um ecossistema muito dinâmico. E, se queremos que o PIB cresça, não podemos deixar nenhuma parte de fora”, garante Ran Natanzon, diretor de Inovação no Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, referindo-se ao sistema que junta mais de 7.700 empresas em todo o país. “Estamos a tentar exportar o que fazemos para o mundo. Vimos de um ecossistema muito local mas pensado para ser global. E acredito que os grandes projetos visionários precisam de estar em determinada localização para terem esta visão”, explica, sublinhando que, “no fim do dia, há algo com a comunidade e não só com as infraestruturas”.

O sucesso de Israel como país de empreendedores, explica Natanzon, está relacionado com cinco “dimensões” essenciais ligadas entre si: Exército, Academia, Governo, multinacionais e capitais de risco. Foi a partir da harmonização das cinco que se foi construindo um ecossistema eficiente e, acima de tudo, sem medo de falhar.

“Em Israel, a inovação está em todo o lado”, explica. “Há centros de empreendedorismo em todas as universidades e as câmaras municipais criaram também os seus próprios organismos de promoção e aceleração de ideias para as cidades. (…) O empreendedorismo faz parte da cultura e não acho que o Governo prejudique o processo. Tem até uma boa atitude face ao empreendedorismo, que deve passar por ser um atenuador dos falhanços do mercado. O primeiro fundo de capital de risco foi criado pelo Governo em 1991″, esclarece o responsável.

Só em high tech, Israel tem, de acordo com dados do Ministério, cerca de 6.000 startups. O foco das startups vai para áreas como a internet virada ao consumidor, segurança, gaming, mobile tech e apps e adTech. No ecossistema, só em 2017, houve exits [startups vendidas ou que abriram capital] no valor de 23 mil milhões de dólares. Mas Israel não é só empresas dentro do território: em 2015, era o segundo país (depois dos Estados Unidos) com mais empresas no Nasdaq, índice da bolsa nova-iorquina (75), logo a seguir à China (91).

Ran Natanzon, diretor de Inovação no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.D.R.

De falhanço em falhanço

Winston Churchill definiu o sucesso como a capacidade de passar de falhanço em falhanço sem perder o entusiasmo. E, talvez seja esse um dos segredos do ecossistema israelita e a base sólida para os empreendedores de Israel encararem os obstáculos como “parte do caminho”. “Lidar com falhanço parte muitas vezes da maneira como os outros olham para nós mas, também, da maneira como nos vemos”, diz João Graça, cofundador da portuguesa Unbabel, n’O livro dos fazedores. Já Miguel Santo Amaro, cofundador da Uniplaces, acrescenta: “Falhar em Portugal é completamente diferente de falhar num mercado um pouco mais aberto ao falhanço. E então o contexto onde falhas também é importante, a perceção do mercado, ou seja, das outras empresas”.

Culturalmente, o falhanço é considerado uma coisa a evitar, também e sobretudo nos negócios. Para desmistificar o “peso” de falhar, começaram a surgir recentemente em Portugal iniciativas com esse objetivo. Das Fuckup Nights, iniciativa internacional que entretanto chegou a Portugal, ao Incinerator, uma ideia da incubadora Founders Founders, no Porto, têm sido vários os projetos relacionados com este processo de normalização do falhanço. “Quanto mais madura estiver a comunidade, com mais projetos e mais tentativas, mais casos teremos de projetos que não funcionaram ou que se transformaram”, explicavam os organizadores no lançamento do evento, em junho deste ano.

Mas, consideram os empreendedores, há ainda muito a fazer. “Um dos desafios de Portugal é, às vezes, estarmos demasiado confortáveis na situação em que estamos. O custo de vida é relativamente baixo — ainda que as coisas estejam a mudar — e os negócios tendem a focar-se apenas no mercado nacional durante um ano. Mas não, não se trata disso: trata-se de ter, por exemplo, 30 mil euros e pensar: o que é que posso fazer? Como se fosse uma prova de três meses. E essa seria um ponto de partida muito melhor face a investidores interessados numa fase pre-seed. Era uma oportunidade interessante de fomentar o ecossistema com essa dinâmica de tentar, falhar, tentar outra vez. E se, em três meses, eu tenho de criar uma coisa mais rápida, isso cria-me mais pressão para ter sucesso logo de início. E não perder tempo”, diz o CEO da Hole19.

Miguel acrescenta: “Se eu puder não falhar na minha vida, não falho. Se eu pudesse escolher, eu preferia não falhar. Às vezes as pessoas falam do falhanço e acham tudo hipócrita: se eu conseguir não falhar, eu vou ter sempre sucesso. E eu acho que vamos sempre querer isso. Agora, acho que é a forma como tu lidas quando falhas que é extremamente importante. E provavelmente, a única coisa boa de falhar e que é mesmo muito importante é tu aprenderes para não voltares a repetir, para ser sempre o último falhanço, que nunca é“.

O que eles têm e nós não?

Portugal podia ser um país mais competitivo? Podia. Como? Se imitasse os melhores. Seríamos os primeiros se tivéssemos a percentagem de utilizadores de Internet da Islândia, um serviço de saúde igual a Espanha, uma oferta de comboios idêntica à da Suíça, o sistema judicial da Finlândia ou uma tolerância ao risco das startups semelhante a Israel. E há mais, muito mais.

Para assinalar os dois anos do ECO, olhamos para Portugal no futuro. Estamos a publicar uma série de artigos, durante três semanas, em que procuramos saber o que o país pode fazer, nas mais diversas áreas, para igualar os melhores do mundo.

Segundo o World Economic Forum, Portugal está em 34.º no ranking da competitividade de 2018. Vamos “visitar” os mais competitivos do mundo, nas mais diversas áreas, e tentar perceber “O que eles têm e nós não?”. Clique aqui para ver todos os artigos da série.

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Revista de imprensa internacional

Theresa May quer um debate televisivo com o líder do partido trabalhista. Já nas empresas, a Nissan quer rever a aliança com a Renault e as empresas de Ohio podem agora pagar impostos com bitcoin.

Se, por um lado, o Brexit continua na ordem do dia, por outro, a Nissan também traz mais novidades, depois da prisão e posterior demissão de Carlos Ghosn. No estado de Ohio, a novidade está relacionada com as moedas digitais. A partir de hoje, as empresas já podem pagar impostos com bitcoin. Já o CEO da Tesla está a considerar seriamente ir viver para o planeta Marte.

Business Insider

Theresa May prepara debate televisivo com Jeremy Corbyn sobre o Brexit

A primeira-ministra britânica está a planear uma última tentativa de salvar o acordo da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). De acordo com a publicação norte-americana, Theresa May estará a preparar um debate televisivo com Jeremy Corbyn, o líder do partido trabalhista. O objetivo é conquistar estes eleitores para apoiarem o acordo. A duas semanas da votação na Câmara dos Comuns, marcada para 11 de dezembro, May embarca numa campanha para “vender” o acordo do Brexit aos eleitores e ao próprio Parlamento.

Leia a notícia completa em Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês).

El Economista

Nissan quer rever aliança com Renault

Hiroto Saikawa, diretor executivo da Nissan, terá mostrado o seu interesse em rever a atual aliança da fabricante de automóveis japonesa com a francesa Renault. Saikawa considera que a aliança “não é entre iguais”. A posição da Nissan terá sido anunciada num encontro com os trabalhadores, segundo avança a agência de notícia japonesa Kyodo, que cita fontes da construtora automóvel, uma semana depois da detenção e demissão de Carlos Ghosn, o presidente da Nissan e da Renault, por fraude fiscal.

Leia a notícia completa em El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Tech Crunch

Ohio é o primeiro estado onde pagar impostos com bitcoins é possível

A partir desta segunda-feira, as empresas em Ohio já podem optar por pagar os seus impostos em bitcoins. A iniciativa foi promovida por Josh Mandel, o tesoureiro do estado norte-americano. “Vejo [a bitcoin] com uma forma legítima de moeda”, disse Mandel, acrescentando que espera que a medida se estenda aos outros estados. Esta opção está disponível para todas as empresas de Ohio que queiram pagar toda a classe de imposto com moedas digitais — desde impostos aplicáveis ao tabaco até impostos relacionados com os trabalhadores –, mediante a inscrição no site OhioCrypto.com.

Leia a notícia completa em Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

Engadget

Elon Musk diz que há uma alta probabilidade de se mudar para Marte

O CEO da fabricante de automóveis Tesla está a considerar seriamente ir viver para outro planeta, já que “têm havido recentemente vários avanços” que o tornam possível, revelou numa entrevista. A probabilidade apontada por Elon Musk de tal acontecer é de 70%. O empresário rejeita ainda a ideia de que as viagens espaciais para Marte sejam apenas uma “escapatória” para os ricos.

Leia a notícia completa em Engadget (acesso livre, conteúdo em inglês).

El Economista

Vendas da Black Friday nos EUA superam as estimativas

A esperada sexta-feira negra, dia em que milhões de pessoas nos Estados Unidos da América (EUA) aproveitam os descontos para começar as compras de Natal, encerrou com um total de vendas de 6.200 milhões de dólares, um valor que superou as previsões, que apontavam para os 5.900 milhões de dólares. O número representa, ainda, um crescimento de 23,6% face ao ano anterior, de acordo com os dados da Adobe Digital Insights.

Leia a notícia completa em El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Primeiro dia de votações termina com várias maiorias negativas

Esta segunda-feira acontece o primeiro dos últimos três dias de debate e votação do Orçamento do Estado para o próximo ano.

Ouvidos os ministros de António Costa e apresentadas as propostas de alteração pelas bancadas parlamentares, arranca esta segunda-feira o debate e a votação na especialidade do Orçamento do Estado para o próximo ano. A votação final global do plano de Mário Centeno para 2019 está marcada para quinta-feira.

Acompanhe aqui em direto o debate.

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Juros da dívida italiana caem para mínimos de dois meses com possível revisão do défice. Bolsas em alta

O primeiro-ministro italiano mostrou abertura para dialogar com a União Europeia, de forma a evitar sanções. Os mercados estão a reagir positivamente.

Os juros da dívida italiana caíram cerca de 30 pontos base, atingindo mínimos de dois meses, depois de o primeiro-ministro mostrar abertura para baixar a meta do défice.

A meta do défice pode descer até aos 2%, segundo indicaram fontes do Governo à agência Reuters. O primeiro-ministro italiano disse estar confiante que o diálogo com Bruxelas vai evitar sanções contra o país por razões orçamentais. A Comissão Europeia tinha dado na semana passada o primeiro passo para sancionar a Itália pelo desvio “particularmente grave” das regras europeias inscrito na sua proposta orçamental para 2019.

A descida dos juros está a contagiar as outras praças europeias. O Stoxx 600, índice que agrega as principais cotadas europeias, soma 1,17%. Itália está em alta, com o índice de referência a valorizar 2,90%. Por cá, o PSI-20 está pintado de verde, e já sobe mais de 1%. Os juros da dívida italiana a dez anos aliviam 18 pontos base para os 3,234%.

A mudança de posição do Governo italiano motivou alguma surpresa. Um analista, citado pela Reuters, indica que não compreende porque é que Itália está a ceder agora, já que “as reações no spread não foram muito expressivas depois de o orçamento permanecer inalterado”.

O chumbo da Comissão Europeia ao Orçamento do Estado de Itália para o próximo ano foi uma decisão inédita. A proposta previa um défice de 2,4% do PIB para 2019. O Governo italiano irá agora reunir para discutir os próximos passos.

(Notícia atualizada às 10h15)

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Presidente da República avisa que Portugal precisa de “acordos alargados” para ser sustentável

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

A sustentabilidade dos sistemas sociais, económicos e políticos estáveis depende de "consensos" difíceis de alcançar numa democracia jovem, indica o Presidente da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse no domingo que Portugal precisa de “acordos alargados” para que os sistemas sociais, económicos e políticos possam ser sustentáveis.

“Precisamos de ter sistemas sociais, económicos e políticos e estáveis, e isso é um problema. Precisamos de acordo e acordos alargados, acordos políticos nessas matérias ou não teremos essa sustentabilidade. E precisamos dela agora, precisamos para o futuro”, defendeu.

No discurso de encerramento do jantar comemorativo do 30.º aniversário da Porto Business School, o chefe de Estado sublinhou que esta sustentabilidade depende de “consensos” difíceis de alcançar numa democracia jovem.

“Ou os temos ou não temos. Se não os temos, temos que os construir. É difícil porque não nos podemos esquecer que somos uma democracia muito jovem. Menos de 44 anos de democracia, é muito curto, ainda não é uma tradição, uma cultura cívica, estamos a construí-la todos os dias, todas as semanas, todos os meses e num mundo difícil. À nossa volta há também crises em outros sistemas económicos, sociais e políticos”, afirmou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa é esse o caso do Reino Unido que vai sair da União Europeia e é também o caso da União Europeia que, explicou, “tem como desafio tomar grande decisões sobre o futuro comum, de preferência antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu”.

Para além disso, acrescentou, há democracias clássicas em crise por conta da revolução digital e movimentos inorgânicos à margem dos partidos clássicos, o que “está a tornar-se um problema”. “Isto gera imprevisibilidade, maior do que nunca, e nós temos que ter previsibilidade e construí-la também em Portugal”, sustentou.

Segundo o Presidente da República, Portugal precisa de uma economia forte para ser forte no mundo, e para isso, acredita, é necessário investir na qualificação.

“Nós precisamos de ser mais e para ser melhores precisamos de pessoas mais qualificadas. Precisamos de melhor educação, mais coesão social, uma sociedade civil forte, melhores condições para o investimento privado, menos custos de contexto, de outra forma não teremos investimento privado no setor exportador. Nós precisamos desse setor, é um setor vital para a economia e nós precisamos de uma economia forte para sermos fortes no mundo”, sublinhou.

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Morreu o realizador do filme “O Último Tango em Paris”

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

O responsável por filmes como “O Último Tango em Paris” e o “Último Imperador” faleceu aos 77 anos devido a doença prolongada.

O realizador italiano Bernardo Bertolucci, responsável por filmes como “O Último Tango em Paris” e o “Último Imperador”, faleceu em Roma, aos 77 anos, devido a doença prolongada, informaram esta segunda-feira os meios de comunicação italianos.

Poeta, produtor, guionista e cineasta, Bertolucci era considerado “o grande maestro” do cinema italiano por ter realizado obras-primas como “O Último Imperador”, com o qual ganhou um Óscar.

O jornal italiano La Repubblica (acesso livre, conteúdo em italiano) descreve o cineasta como uma “estrela do cinema internacional”, que era “tão italiano quanto internacional”.

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Santa Casa teve contrato para pôr 170 milhões no Montepio. Mas o negócio caiu

  • ECO
  • 26 Novembro 2018

O documento preliminar incluía data, preço e pormenores do negócios, mas acabou por não ser viável porque, com os desentendimentos políticos, a operação não chegou a acontecer.

Chegou a estar pronto um esboço do contrato de compra de ações do Montepio pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), datado de dezembro do ano passado, no valor de 170 milhões de euros. Era suposto que a Santa Casa ficasse com 9,18% da Caixa Económica Montepio Geral, mas isso nunca aconteceu.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso condicionado), o documento preliminar incluía data, preço e pormenores, mas acabou por não ser viável porque, com os desentendimentos políticos, o negócio caiu.

Nessa versão preliminar e confidencial a que o Negócios teve acesso, faltavam ainda as assinaturas, tanto da mutualista presidida por António Tomás Correia — identificada por vendedora –, como da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa — anunciada como compradora. Tal significa que o documento, ainda que trabalhado, estava sujeito a alterações.

O provedor da SCML, Edmundo Martinho, terá dito que “uma das condições que estava colocada em cima da mesa desde o início era que a Misericórdia de Lisboa, a entrar, não entrasse sozinha”.

Quando questionada, a Santa Casa remeteu a responsabilidade do “esboço” para a Morais Leitão. “Importa clarificar que não se trata de um contrato de compra e venda, mas sim de um draft de trabalho co-redigido pela MLGTS [Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados], no âmbito das suas competências de assessoria jurídica à Santa Casa e com base na informação que, à época, era pública”. Já do lado do Montepio, não houve resposta às tentativas de contacto.

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Aspirações dos portugueses excedem capacidade da economia, diz Carlos Costa

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Para o governador do Banco de Portugal, o que separa a economia portuguesa das economias avançadas é a produtividade de cada hora trabalhada e não o número de horas.

O governador do Banco de Portugal afirmou no domingo que as aspirações de bem-estar e equidade dos portugueses excedem a capacidade de produção da economia, defendendo que só com mais crescimento se pode evitar viver com “aspirações limitadas”.

“É claro para todos que as aspirações de bem-estar individual e de equidade coletiva da sociedade portuguesa excedem hoje a capacidade de produção da economia. Nós temos aspirações para as quais não temos capacidade de produção disponível e tal desalinhamento só pode ser colmatado com mais e melhor crescimento económico, caso contrário viveremos sempre com aspirações limitadas pela nossa própria incapacidade de gerar o rendimento que as permite satisfazer”, defendeu Carlos Costa.

Segundo aquele responsável, sabe-se hoje que o que separa a economia portuguesa do pelotão da frente das economias avançadas é a produtividade de cada hora trabalhada e não o número de horas que cada pessoa trabalha em Portugal, assim como, a qualificação dos recursos humanos, incluindo a qualificação de gestores.

De acordo com Carlos Costa, que falava no jantar de comemoração do 30.º aniversário da Porto Business School, no Porto, há estudos que demonstram que cerca de 30% das diferenças das empresas dos diferentes países são explicadas pelas variações na qualidade, robustez e eficiência dos modelos de gestão.

Apesar do número de recursos humanos com competências superiores ter aumentado, segundo o governador do Banco de Portugal, “permanecem, contudo, hiatos significativos em relação às médias europeias, pelo que é necessário continuar a melhorar a educação formal dos trabalhadores, em particular os trabalhadores mais idosos que têm tipicamente menos qualificações”.

“Se isso não acontecer, teremos uma desclassificação progressiva deste tipo de trabalhadores, com prejuízo para os próprios e com prejuízo para a economia no seu todo, e com sobrecarga, naturalmente, do estado social que os tem que incluir sob pena de criar uma sociedade menos coesa”, explicou.

Ainda assim, a promoção da qualificação dos recursos humanos não pode resumir-se a um aumento do número de anos de escolaridade da população, defendeu, já que, sublinha “se as competências acumuladas não se adequarem ao que o mercado procura, gerar-se-á descontentamento social, desperdício de recursos e prejuízo para as finanças públicas”.

“O que estamos a gerar, fundamentalmente, é uma situação de insatisfação que irá desembocar numa pressão sobre o orçamento, ou sobre a sociedade e, naturalmente, numa saída de trabalhadores para outras economias, acrescentou.

Para Carlos Costa, o problema da economia portuguesa “é que está assente em duas pernas, uma transacionável, outra não transacionável”, e tendencialmente a do não transacionável tende a tornar-se mais longa, afirmou.

A aposta no setor transacionável é, por isso, sustentou, uma condição indispensável para o crescimento sustentado da atividade económica do nosso país e uma condição indispensável para garantir um desenvolvimento com crescimento económico continuado, bem como a criação de emprego.

O governador do Banco de Portugal explicou ainda que a grande diferença do modelo de ajustamento que Portugal adotou, por exemplo, em relação à Grécia, resulta do comportamento das exportações, que evitou “um ajustamento mais doloroso” e um “crescimento mais demorado”.

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