E as melhores companhias aéreas para 2019 são…

  • ECO
  • 24 Novembro 2018

Ao fim de cinco anos, a medalha de ouro de melhor companhia aérea do mundo passa de mão. Com base em 12 critérios, estas são as melhores companhias para voar.

Cada vez se viaja mais de avião. Mas, na altura de reservar um voo não são só os preços que interessam. A Airline Ratings elaborou um ranking com as melhores companhias aéreas para o próximo ano e no topo está uma companhia de Singapura, que destronou a Nova Zelândia ao fim de cinco anos. Com base em 12 critérios, foram escolhidas as dez melhores e, de fora, ficaram as nacionais e as norte-americanas.

Já foi escolhida várias vezes como a melhor companhia aérea do mundo. Ao fim de cinco anos, destronou uma companhia neozelandesa. Opera atualmente em 90 cidades espalhadas por 40 países na Ásia, Médio Oriente, Europa, América do Norte, África e Sudeste do Pacífico. Foi fundada em 1947 e tem como CEO Goh Choon Phong. Já adivinhou de qual estamos a falar? Singapore Airlines, foi esta a companhia eleita como a melhor do mundo para o próximo ano.

“Na nossa análise, a Singapore Airlines destacou-se em primeiro lugar em muitos dos nossos critérios, o que é um ótimo desempenho”, diz Geoffrey Thomas, CEO da Airline Ratings, citado em comunicado pelo Business Insider (conteúdo em inglês). “Durante anos tem sido o padrão de ouro e está está de volta à liderança principalmente pelas inovações dadas aos passageiros e aos novos modelos de aeronaves de última geração“, acrescenta.

De entre os 12 critérios usados pela Airline Ratings para construir este top 10 — idade das aeronaves, avaliações dos passageiros, classificações dos produtos, segurança, deve ter classes económica e premium, classe executiva deve oferecer camas, investimentos, eventos, relatório ambiental, ausência de problemas, lucros e inovação tecnológica –, a companhia de Singapura destacou-se, principalmente pela introdução de novas aeronaves como o Boeing 787-10 Dreamliner e o Airbus A350-900 ULR. A melhorar a pontuação estiveram ainda os interiores renovados das aeronaves e o regresso da rota entre Singapura e Nova Iorque, o voo mais longo do mundo.

Esta vitória pôs fim ao reinado de cinco anos da Air New Zeland, que caiu neste ranking para a segunda posição. Em terceiro ficou a companhia australiana Qantas. Saiba quais são as dez melhores companhias do mundo para voar.

Top 10 das melhores companhias aéreas do mundo

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Petrolífera Sonangol fica no BCP, palavra de João Lourenço

O presidente de Angola assegurou que a Sonangol vai manter-se no capital do BCP. E esclarece que "nunca nenhuma autoridade angolana disse que a Sonangol se iria retirar dos negócios em Portugal".

O presidente de Angola garantiu, este sábado, a permanência da Sonangol no capital do BCP. João Lourenço afirmou ter sido abordado, esta sexta-feira no Porto, por uma empresa, que estaria muito preocupada com a eventual saída da petrolífera angolana da sua estrutura acionista. João Lourenço revelou ter respondido que poderia ficar “descansada” e, sem nunca se manifestar sobre o nome da entidade, acabou por revelar que se tratava de um banco, ou seja, o BCP. A Sonangol detém 19,49% do capital do BCP.

O encontro entre o presidente angolano e os altos quadros do BCP poderá ter acontecido após o Fórum Económico que teve lugar na Alfândega do Porto, e onde estavam presentes para Miguel Maya e Nuno Amado, presidente executivo e chairman do banco, respetivamente.

Já sobre uma eventual saída da petrolífera estatal angolana do capital da Galp, onde detém indiretamente 15% através da Amorim Energia, João Lourenço garantiu que: “Nunca nenhuma autoridade angolana disse que a Sonangol se iria retirar dos negócios em Portugal”.

Lourenço garante que as orientações dadas à petrolífera, no quadro da privatização, é que esta deve analisar caso a caso de quais se deve retirar. O presidente de Angola diz que a Sonangol está presente em mais de 100 empresas e que a conclusão é que se deve retirar de 52 empresas”.

Questionado sobre a entrevista que deu ao Expresso, no passado sábado, o presidente de Angola esclareceu que estava a falar no geral e nunca se referiu ao caso português.

Na altura, João Lourenço afirmou: “O Executivo já anunciou que a Sonangol deve retirar-se de grande parte dos negócios e das participações em que está envolvida e que não têm muito que ver com o seu core business”. Para mais à frente adiantar: “Não temos nada contra os portugueses do grupo Amorim, antes pelo contrário, mas num casamento deve haver vontade recíproca entre o noivo e a noiva, ambos têm de estar interessados”.

Ainda na mesma entrevista, quando questionado diretamente sobre o BCP adiantou: “Não estou a dizer que vamos sair amanhã. Estou a dizer apenas que a tendência é essa…”.

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João Lourenço responde a Isabel dos Santos: “Não haverá crise em Angola”

O presidente de Angola respondeu este sábado a Isabel dos Santos, negado a existência de instabilidade no país. As declarações surgem depois da empresária ter lançado no Twitter criticas ao governo.

O presidente de Angola responde este sábado a Isabel dos Santos e nega de forma firme que o país esteja à beira de uma crise política.

“Não haverá crise política em Angola“, garantiu João Lourenço, na conferência de imprensa, transmitida pela RTP3, que concedeu este sábado, momento que marca a despedida de Portugal.

Sem nunca se referir ao nome da empresária angolana, João Lourenço foi parco nas palavras: “posso garantir que não haverá instabilidade em Angola. É tudo o que tenho a dizer”.

Estas declarações de João Lourenço acontecem depois de Isabel dos Santos ter afirmado esta quarta-feira, que a “situação está a tornar-se cada vez mais tensa, com a possibilidade de se juntar à crise económica existente, uma crise política profunda”.

A empresária deu como exemplos, “a greve nacional dos médicos com 90% de adesão, a quebra do poder de compra em 170% e a fome nas famílias, apesar do petróleo em alta”.

A empresária aproveitou a rede Twitter para criticar o presidente angolano, isto no mesmo dia em que o pai, José Eduardo dos Santos, fez uma declaração garantindo que não deixou os cofres públicos vazios, e poucos dias depois de o atual presidente ter criticado a forma como foi feita a passagem da “pasta” entre os dois chefes de Estado,

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Paris. Tensão cresce entre “coletes amarelos” e polícia

  • Lusa e ECO
  • 24 Novembro 2018

Coletes amarelos estão nas ruas de Paris e há confrontos com a polícia. Protestos são contra aumento do imposto sobre combustível mas já se a pede demissão de Macron. Balanço aponta para 8 feridos.

A polícia francesa continua a tentar controlar os manifestantes nos Campos Elísios, Paris, através do lançamento de granadas de gás lacrimogéneo, canhões de água e perímetros de segurança, mas o número de manifestantes está a aumentar. O objetivo dos chamados “coletes Amarelos” é o de chegar à residência oficial do Presidente Emanuel Macron.

O balanço do Ministério do Interior dava conta de que oito pessoas ficaram feridas, incluindo dois policias, e 35 foram interpeladas nos protestos dos “coletes amarelos”. A mesma fonte referia que às 15 horas locais, em toda a França, existiam mais de 81 mil manifestantes.

Sem líder, nem orientação centralizada, os chamados “coletes amarelos” recuam e avançam consoante conseguem, dando indicações em voz alta, e reclamando da ação da polícia.

“São as forças da ordem que nos atacaram. Estamos aqui desde manhã e vimo-los a atacar mesmo pessoas mais velhas. Os “coletes amarelos” não são violentos, eles [polícia] é que nos obrigam a agir assim. Por mim, até que a polícia se acalme, vamos ficar aqui”, disse Hervé em declarações à Lusa, vindo da Bretanha com amigos para se manifestar.

Segundo este grupo de bretões, a manifestação deve dispersar-se por volta das 17 horas, ocasião em que começa o jogo do Paris Saint Germain. É esta a informação que circula entre os “coletes amarelos” presentes nos Campos Elísios, que comunicam minuto a minuto através das redes sociais como Facebook, mas também serviços de mensagens como o WhatsApp.

Se alguns manifestantes escolhem tentar falar com as forças da ordem, outros não hesitam em atirar pedras e insultar os polícias.

“Eles vivem o mesmo que nós, ganham mal e também saem à rua. Hoje estão contra nós e têm ordens de usar a força contra nós, mas nós somos muitos”, disse Oliver, parisiense de 28 anos que agitava a bandeira francesa à frente dos polícias.

A avenida mais famosa de Paris está repleta de material de construção, garrafas de vidro e invólucros de gás lacrimogéneo.

Os lojistas estão barricados dentro das lojas, espreitando de vez em quando para perceber quando a situação vai melhorar, impotentes contra o derrube de vasos e roubo de cadeiras e mesas por parte dos manifestantes.

Perto da praça da Concórdia, cerca de 20 carrinhas de polícia isolam esse perímetro, enquanto há duas barreiras móveis no centro da avenida e no topo, junto ao Arco do Triunfo, cada uma com mais 20 a 30 carrinhas da polícia, incluindo carrinhas de detenção de manifestantes e camiões com canhões de água.

Esta é uma visão que espantou Emanuel, “colete amarelo” luso-descendente, vindo do Sul de França. “Só viemos dizer que há muitos impostos, não estamos aqui parar partir isto tudo. Espero que o Governo oiça a cidade, é preciso baixar os impostos, apoiar os reformados”, disse o luso-descendente, afirmando que nunca viu “coisas assim” em França.

Os “coletes amarelos” são um movimento cívico à margem de partidos e sindicatos, criado nas redes sociais e alimentado pelo descontentamento da classe média-baixa, tendo surgido inicialmente como protestos contra o aumento dos combustíveis, mas alargando o descontentamento em relação a várias medidas do Presidente Emmanuel Macron.

Marine Le Pen nega ter apelado à violência

Entretanto, a líder do partido de extrema direita francês União Nacional, Marine Le Pen, já veio declarar que “nunca apelou a qualquer violência”, após as acusações do ministro do Interior na sequência de confrontos na manifestação dos “coletes amarelos” em Paris.

“Eu perguntei ao Governo na sexta-feira as razões pelas quais os ‘coletes amarelos’ não se podiam manifestar nos Campos Elísios. Nunca apelei, evidentemente, a qualquer tipo de violência”, afirmou Marine Le Pen, líder da União Nacional (ex-Frente Nacional).

O ministro francês do Interior atribuiu hoje responsabilidades à líder de extrema direita Marine Le Pen pelos distúrbios nas manifestações dos “coletes amarelos” na zona dos Campos Elísios, no centro de Paris, cidade onde estão cerca de 8.000 manifestantes.

O ministro do Interior francês alertou hoje para uma “mobilização da extrema direita” entre os cerca de 5.000 manifestantes nos Campos Elísios, em Paris, onde as forças de segurança lançaram hoje gás lacrimogéneo e um camião de água para tentar travar “coletes amarelos”.

Castaner atribuiu responsabilidade a Marine Le Pen pelos distúrbios, recordando que, através da rede social “Twitter”, a líder de extrema direita apelou aos manifestantes para se dirigirem aos Campos Elísios, apesar da proibição expressa de se concentrarem nessa avenida da capital francesa.

Os confrontos começaram a surgir quando alguns membros do movimento tentaram fugir pelas laterais das barricadas policiais.

O objetivo dos manifestantes é chegar ao Palácio do Eliseu, mas todas as entradas possíveis estão barricadas com redes e polícias de choque.

Movimento “coletes” amarelos promete bloquear Paris

O movimento dos “coletes amarelos”, que desde há uma semana promove protestos e marchas lentas em França contra o aumento do imposto sobre combustíveis, prometeu bloquear este sábado Paris, segundo apelos na rede social Facebook.

“O próximo encontro de massa de todo o povo francês acontecerá no sábado, 24 de novembro (…) em Paris intramuros”, lançou num vídeo Frank Buhler, um dos iniciadores do movimento e responsável do partido soberanista ‘Debout la France’ no sudoeste do país.

Na página “Frank Buhler – Blog politique – Patriosphère Infos”, o ativista apela a todos que percorram as ruas de Paris “a pé, a cavalo ou de carro”, repartindo-se por toda a cidade.

“A 24 de novembro será Paris bloqueada, a 24 de novembro será Paris cidade morta”, acrescenta Buhler num vídeo colocado no passado dia 18.

Uma outra página na mesma rede social, intitulada “Acte 2 Toute la France à Paris”, criada por Eric Drouet, apela a uma manifestação hoje na Praça da Concórdia, em Paris.

“Esperamos toda a gente, camiões, autocarros, táxis, agricultores, etc…. Toda a gente !!!!!!”, pode ler-se na página.

Os protestos dos “coletes amarelos”, numa referência aos coletes amarelos que todos os automobilistas devem ter nos automóveis para se tornarem visíveis, começaram na manhã do passado dia 17 e mobilizaram centenas de milhares de pessoas em todo o país.

Os protestos afetaram também mais de 10 mil camionistas portugueses, disse à Lusa o presidente da Associação de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias.

O Governo de Macron decretou um aumento dos impostos dos combustíveis de 7,6 cêntimos por litro para o ‘diesel’ e de 3,9 cêntimos para a gasolina e, a partir de janeiro, serão aplicadas taxas adicionais a estes produtos de 6 e de 3 cêntimos, respetivamente.

Os “coletes amarelos” têm o apoio de 74% da população francesa, segundo uma sondagem publicada na passada sexta-feira.

(notícia em atualização)

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Anacom quer garantir “respeito integral pela sua autonomia” e rever preços até 2021

  • Lusa
  • 24 Novembro 2018

A Anacom quer assegurar o "respeito integral pela sua autonomia" na relação com as operadoras de telecomunicações e admite rever os preços de acesso a condutas e postes e da TDT.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) quer, no próximo triénio, assegurar o “respeito integral pela sua autonomia” na relação com as operadoras de telecomunicações e admite rever os preços de acesso a condutas e postes e da TDT.

Em causa está o plano de atividades do regulador para o triénio 2019-2021, em consulta pública até 17 de dezembro.

Em resposta escrita enviada à agência Lusa, o presidente da Anacom salienta que “importa fortalecer e responsabilizar a regulação em Portugal, através do respeito integral pela sua autonomia, isenção e independência e da exigência de um cumprimento rigoroso da sua missão”.

Falando depois de ter sido questionado sobre como será a relação da Anacom com as empresas de telecomunicações (como a Altice, a Vodafone e a NOS) ou com a companhia de serviço postal universal (os CTT), tendo em conta atuais divergências, o responsável acrescenta que o regulador vai optar pela “partilha de informação e conhecimento com todos os interessados”, razão pela qual a proposta em consulta pública “foi precedida de reuniões com os principais operadores”.

Nos últimos tempos, a Anacom tem vindo a ser criticada por empresas como a Altice, a Vodafone e a NOS, que a acusam de falta de diálogo com o setor pelas decisões tomadas.

Já no que toca ao serviço postal universal, os CTT têm vindo a contestar os novos indicadores de serviço impostos pelo regulador, tendo em outubro recorrido à arbitragem para solicitar a “invalidade” desses objetivos, com um impacto estimado em 24 milhões de euros.

Na resposta enviada à Lusa, João Cadete de Matos aponta que, no plano 2019-2021, está também “previsto serem analisados e eventualmente revistos os preços do acesso a condutas (oferta de referência de acesso a condutas – ORAC) e os preços pela utilização dos postes (oferta de referência de acesso a postes – ORAP)”, mas não precisa.

A ORAP tem dado que falar pelo recente litígio entre as operadoras de telecomunicações Meo e Vodafone relativamente às intervenções efetuadas por esta última nos postos da primeira, com a Altice a reportar que, a partir de agosto de 2017, a Vodafone deixou de lhe apresentar os pedidos de acesso aos postes e de pagar os preços tabelados para o efeito.

Em agosto, a Anacom deu razão à Meo, considerando que “não há fundamento” para a Vodafone ter deixado “unilateralmente” de pagar os valores referentes à ocupação dos postes, num total acumulado que deverá rondar um milhão de euros, mas já em setembro o regulador suspendeu a execução da decisão após a Vodafone ter recorrido da deliberação, esperando-se agora uma decisão final.

No plano de atividades para o próximo triénio, está também em cima da mesa a revisão dos “preços dos circuitos CAM, que ligam o continente às regiões autónomas dos Açores e da Madeira, e que fazem a ligação ‘interilhas’” e dos “preços da TDT [Televisão Digital Terrestre], que os operadores de televisão pagam ao operador da plataforma”, adiantou João Cadete de Matos à Lusa.

O documento, disponível para consulta no ‘site’ da Anacom, estipula ainda medidas como a atualização da lei referente a “sistemas de partilha de […] infraestruturas de telecomunicações” e o desenvolvimento de “ações necessárias à introdução do 5G [quinta geração móvel] em Portugal, nomeadamente as relacionadas com a atribuição da faixa dos 700 MHz” e outras.

Já depois de problemas verificados nas infraestruturas pela tempestade Leslie, em outubro deste ano, e pelos incêndios de 2017, a Anacom quer, nos próximos três anos, “promover a implementação de medidas de proteção e resiliência das infraestruturas de comunicações eletrónicas, nomeadamente em situações de eventos extremos ou catástrofes”, bem como, “contribuir, em colaboração com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), para a definição das politicas de emergência das redes”, adianta o plano.

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PS quer fisco a investigar perdões fiscais

  • ECO
  • 24 Novembro 2018

Os socialistas estão inclinados a aprovar a medida do BE que prevê a passagem dos formulários das três amnistias fiscais do Banco de Portugal e do setor financeiro para a AT.

Os deputados socialistas estão inclinados a aprovar a proposta do Bloco de Esquerda que dá ao Fisco poder para investigar amnistias fiscais. A intenção dos socialistas é que a partir do próximo ano os formulários das três amnistias fiscais passem das mãos do Banco de Portugal e do setor financeiro para a Autoridade Tributária (AT), escreve o Expresso na edição deste sábado.

Em causa estão as três amnistias fiscais que Portugal efetuou em 2005, 2010 e 2012 e que permitiram “apagar” cerca de seis mil milhões de euros que estavam ilegalmente no exterior, sobretudo na Suíça.

A proposta do BE relativa aos RERT- Regimes Excecionais de Regularização Tributária, permitiu a legalização do dinheiro escondido no estrangeiro com uma amnistia dos crimes fiscais associados, a troco do pagamento de uma taxa deverá assim ser aprovada na próxima semana.

Fernando Rocha Andrade, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, já tinha apontado o dedo ao problema numa das suas últimas intervenções na parlamento. Na altura, o governante fez inclusive um espécie de mea culpa sobre as responsabilidades do Partido Socialista nesta matéria, uma vez que duas das amnistias foram lançadas na governação de José Sócrates. Rocha Andrade dizia que no caso de a AT detetar alguém com 10 milhões ocultos no estrangeiro não tem forma de saber se esse montante é um valor regularizado através do RERT ou se são outros 10 milhões quaisquer.

A medida de Catarina Martins faz parte das quase mil propostas de alteração ao Orçamento de Estado para 2019 e que deixaram alarmados quer o ministro das Finanças, quer Marcelo Rebelo de Sousa.

 

 

 

 

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“O país não reconhece a importância do 25 de novembro”

A Iniciativa Liberal vai promover este domingo no Porto uma "festa da liberdade", para celebrar o 25 de novembro. Carlos Guimarães Pinto afirma ao ECO que a data não é devidamente reconhecida.

A Iniciativa Liberal vai promover este domingo, no Porto, um encontro para “celebrar a liberdade e a democracia”. O objetivo é assinalar os 43 anos do 25 de novembro, que o partido liderado pelo economista Carlos Guimarães Pinto classifica de festa de liberdade. Vai ser no Jardim da Cordoaria, a partir das 15 horas.

Sem complexos, Guimarães Pinto responde ao ECO, por escrito, que a celebração do 25 de novembro tem por objetivo celebrar uma data que é “negligenciada nas narrativas oficiais”. O país, definitivamente, não reconhece de forma devida esta data. E não a reconhece porque convém manter a narrativa política de que no período 1974-75 nos livramos apenas de uma ditadura”. Rejeita a ideia de necessidade de um novo 25 de novembro em Portugal — “seria fácil hiperbolizar a situação atual” –, mas acrescenta que, por exemplo nas áreas económicas, o país perdeu liberdade.

Porque é que decidiram celebrar o 25 de novembro?

A decisão de celebrar o 25 de novembro, tomada pela anterior direção e que eu apoiei entusiasticamente, foi tomada como forma de agradecer a todos aqueles que lutaram pela liberdade e democracia e cujo papel é, injustamente, negligenciado nas narrativas oficiais. É importante também passar estas mensagens aos mais jovens que estão já suficientemente afastados dos acontecimentos para aceitarem de forma acrítica as narrativas oficiais.

O país não reconhece a importância da data?

O país, definitivamente, não reconhece de forma devida a importância esta data. E não a reconhece porque convém manter a narrativa política de que no período 1974-75 nos livramos apenas de uma ditadura. Em nome dos equilíbrios de regime que se instituíram no período pós-revolucionário, convém contar a história de que todos os revolucionários desejavam apenas a democracia. Isso, como o período a seguir ao 25 de abril comprovou, não é verdade. Uma parte dos revolucionários queria substituir uma ditadura por outra. Felizmente falharam, mas os equilíbrios políticos que se seguiram fizeram com que se esconda que tentaram.

Tendo em conta a avaliação que fazem do país, é necessário outro 25 de novembro?

Não. Seria muito fácil hiperbolizar a situação atual, mas a verdade é que, com todas as suas falhas de representatividade e de equilíbrio, temos uma democracia plural e a funcionar. Mas esta celebração também serve para mostrar que nem a liberdade nem a democracia são dados adquiridos. É uma luta constante e é muito fácil ir perdendo liberdades aos poucos. Na vertente económica, por exemplo, fomos perdendo liberdades. Ao ponto de alguns países que tiveram efetivamente uma ditadura comunista durante 40 anos terem, 30 anos depois de se livrarem desse regime, ultrapassado Portugal nos principais indicadores económicos. Ou seja, nós não tivemos uma ditadura comunista, mas fomos tendo comunismo diluído que nos fez perder liberdade económica de forma gradual, levando-nos ao mesmo ponto dos países que tiveram que levar com o comunismo durante mais de 40 anos. Não precisamos de um 25 de novembro, mas precisamos de uma luta gradual para recuperar liberdades perdidas e continuar atentos para que não se percam mais.

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Empresários angolanos já veem “luz ao fundo do túnel” e garantem que novo ciclo económico arrancou

Empresas angolanas estão em sintonia com o Governo de João Lourenço. Defendem que é preciso diversificar investimentos e apostar forte na agricultura. Lourenço diz que portugueses "são bem-vindos".

Sintonia. Esta é a palavra que melhor retrata as relações entre o Governo de Angola e os empresários angolanos. O novo ciclo económico de que fala João Lourenço, assente no combate à corrupção e à diversificação da economia tem boa aceitação das empresas angolanas, pelo menos a avaliar pelo leque de gestores presentes no Fórum Económico Portugal-Angola que esta sexta-feira, teve lugar na Alfândega do Porto, no âmbito da visita oficial de dois dias do Presidente angolano a Portugal.

António Soares, presidente da holding Sodosa, não tem dúvidas de que “há hoje na economia angolana um novo alento, que se estende às empresas e a todo o país”. O desafio do Presidente angolano em “apostar na produção nacional é certeiro, gerador de emprego e de equilíbrio da balança comercial”.

O grupo Sodosa está presente em três importantes áreas de negócio: distribuição e retalho, agro-indústria, construção e transportes. No total fatura, só em Angola, 160 milhões de euros, a que se juntam mais 38 milhões de euros da atividade em Portugal, onde detém uma empresa ligada à exportação de bens para Angola.

Para António Soares os “portugueses têm de ir para Angola de forma diferente, uma vez que até agora estavam sobretudo no setor da construção ou através da presença de mão-de-obra”.

António Soares, presidente do grupo angolano que fatura 160 milhões de euros.

Portugal, acrescenta, poderá ter um importante papel na parte da produção. É aliás, na parte da produção agro-alimentar que o grupo liderada por António Soares investiu, nos últimos três anos, sete milhões de euros.

“A agricultura é a aposta que temos de fazer”, justifica. De resto, o empresário que é concorrente de Isabel dos Santos na área da distribuição, está confiante no futuro do país e da sua empresa. “A expectativa é faturar, no próximo ano, 220 milhões de euros com a faturação em Portugal a atingir os 60 milhões de euros”.

João Lourenço: Sejam “bem-vindos a Angola”

Sejam “bem-vindos a Angola”. As palavras parecem fazer eco com o discurso de João Lourenço que, durante a sua intervenção no Fórum Económico, voltou a frisar os eixos de crescimento desenhados pelo seu Governo para o período de 2018-2022. Agricultura e pescas, indústria, turismo e construção são as prioridades. João Lourenço, que terminou a sua intervenção virado para os empresários nacionais, garantiu-lhes que “são bem-vindos a Angola” e acabou também por dizer que é bom ter 5.600 empresas a exportar para Angola, mas que essa dinâmica é preocupante. E desafiou a plateia onde sobressaíam alguns nomes sonantes da economia nacional, como Paulo Macedo (CGD), Nuno Amado e Miguel Maya (BCP), António Mexia (EDP), Teixeira dos Santos (EuroBic), Mário Ferreira (Douro Azul), António Mota (Mota-Engil), António Portela (Bial), entre tantos outros, a produzirem em Angola o produto final.

No fundo defende o Presidente angolano é importante que seja transferida parte das capacidades e das competências portuguesas para Angola, com ganhos para os dois países. Uma ideia também defendida por António Costa que considera que a diversificação da economia angolana é um “convite direto às pequenas e médias empresas portuguesas”. O primeiro-ministro, que classificou João Lourenço como um grande amigo e um grande parceiro, convidou mesmo as empresas nacionais ligadas à agricultura e ao setor da metalomecânica a olharem para Angola.

Alexandre Portugal, presidente da Socinger

De resto, Alexandre Portugal, presidente do grupo Socinger, detentor dos hotéis Skyna, enaltece também o esforço de João Lourenço em mudar o paradigma económico de Angola. Longe vão os tempos do “monoproduto [petróleo]”, adianta e frisa que “é importante diversificar a economia”, sendo que, “nesse cenário, o setor do turismo pode ter um papel fundamental”. “Deve apostar-se também nas novas tecnologias, uma área muito importante quando em causa está a transparência em termos económicos”, acrescenta.

A Socinger, que fatura dez milhões de euros, detinha até há um mês o hotel Skyna em Lisboa, que foi vendido a um grupo espanhol. Alexandre Portugal defende que o “turismo é transversal a toda a economia e é uma importante âncora de desenvolvimento”.

Entre o leque de empresários ouvidos pelo ECO, está Marco Cohen dos Santos, presidente do Ecomarpe. “Uma luz ao fundo do túnel”, é desta forma que o gestor do grupo que tem interesses nas pescas, congelação, restauração e hotelaria, e prestação de serviços aduaneiros, se refere ao atual momento vivido por Angola. Vive-se hoje em Angola, salienta, “um ambiente de negócios mais abrangente e a prova é que eu sou de Benguela e estou aqui, algo que era impensável há uns tempos atrás”.

AIPEX atraiu 13 projetos de investimento português

À margem da conferência, Licínio Contreiras, o presidente da Agência de Apoio ao Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX, congénere da AICEP em Angola) adiantou ao ECO que tem sido muito abordado pelos empresários portugueses. O gestor fez questão de referir que desde junho, altura em que entrou em vigor a nova lei de investimento em Angola, já captaram 13 projetos num total de 3,5 milhões de euros. Estes projetos resultam sobretudo de empresas ligadas ao setor agrícola.

Apesar de satisfeito, o presidente a AIPEX admite que são números curtos mas “o intervalo temporal é também pequeno”. E tal como o Chefe de Estado põe a tónica da captação do investimento na agricultura e na indústria transformadora, para “diminuirmos as nossas exportações”.

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Propostas do BE e PCP no Orçamento pesam três mil milhões no défice

Na reta final do debate do OE, o Governo sobe a parada e revela contas às propostas de alteração dos partidos. Executivo destaca surpresa com PSD: "É o segundo partido com mais impacto no défice".

As propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2019 apresentadas pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP têm um impacto no défice de três mil milhões de euros, revelou ao ECO fonte do Governo. A três dias do início do debate na especialidade, o Executivo começa a revelar as contas que fez ao custo das medidas propostas pelos partidos. A “surpresa” negativa chegou do PSD.

O número global foi avançado pelo primeiro-ministro numa longa conferência de imprensa de balanço de três anos da tomada de posse que decorreu no Porto, no final da tarde de sexta-feira. Se o conjunto das propostas fosse aprovado, provocaria um desvio orçamental de 5,7 mil milhões de euros, que António Costa considerou “uma catástrofe orçamental”.

Ao ECO fonte governamental explicou que este valor é já líquido de sobreposições, ou seja, sempre que o Governo encontrou propostas iguais de partidos diferentes só contou com o impacto da medida uma vez.

Apesar do valor, e do elevado número de propostas de alteração — que este ano assume um valor recorde próximo de mil –, o Governo continua a trabalhar com a “expectativa otimista de que o impacto das propostas aprovadas fique por dezenas de milhões de euros”, à imagem do que acontece em anos anteriores, avançou a mesma fonte do Executivo.

No entanto, as medidas que têm “risco de aprovação” valem cerca de mil milhões de euros, avança, explicando que aqui se incluem os professores e a parte fiscal.

O prazo final de apresentação de propostas de alteração pelos partidos foi a 16 de novembro. Nenhum divulgou o impacto do seu pacote de propostas. No Governo, a última semana foi passada a fazer contas, depois de Mário Centeno ter pedido aos deputados que não tivessem “comportamentos miópicos”.

O partido que representa um custo maior para as contas públicas é o CDS. O conjunto das medidas foi avaliado como tendo um impacto de 2,6 mil milhões de euros, avançou a mesma fonte ao ECO. Mas este número não surpreendeu o Executivo que tem destacado que as propostas do partido de Cristas para o OE2018 já eram de 1,4 mil milhões de euros.

“O PSD é o segundo partido com mais impacto no défice”, disse fonte do Executivo. “Andámos à procura da neutralidade que o PSD diz ter nas propostas e não encontrámos“, acrescenta a mesma fonte. No conjunto, as propostas do partido de Rui Rio custam “cerca de 1,8 mil milhões de euros”, avança, explicando que a estratégia do PSD revela “taticismo, desespero e total contradição”. A descida do ISP reduz a receita em 427 milhões de euros e a descida da receita do IRC custa 367 milhões, exemplifica.

Apesar das negociações entre o Governo e os parceiros que o sustentam no Parlamento, o pacote de propostas dos partidos também apresenta um impacto elevado. São, segundo as contas do Executivo, 1,7 mil milhões de euros do PCP e 1,3 mil milhões de euros do Bloco de Esquerda. Juntos são três mil milhões de euros.

As medidas do PS têm um impacto estimado no défice que não chega a 30 milhões, adianta a mesma fonte, acrescentando que as propostas resultam de algumas medidas já acordadas.

O somatório do impacto do pacote de medidas de cada partido não é igual ao valor global avançado pelo primeiro-ministro, porque este último desconta as repetições de medidas. Quando se olha partido a partido, o valor é bruto porque é analisado o impacto individual das propostas de cada partido.

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TAP garante que investimentos na operação já subiram pontualidade e satisfação de clientes

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

"A pontualidade da TAP aumentou 17 pontos percentuais desde setembro até hoje", passando de 50,6% para 67,7%, indica o responsável pelas vendas e ‘marketing’.

A TAP tem como um dos principais objetivos melhorar a pontualidade e, para isso, tem investido “significativamente” já “com resultados à vista” quer nos horários quer na satisfação global dos clientes, afirma o responsável pelas vendas e ‘marketing’.

“A pontualidade da TAP aumentou 17 pontos percentuais desde setembro até hoje”, passando de 50,6% para 67,7%, segundo dados internos, do sistema da companhia.

Esta semana [a pontualidade] rondou, consistentemente, os 90%“, acrescentou Abílio Martins à Lusa, à margem do 44.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre em Ponta Delgada, Açores.

Na quinta-feira, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, considerou à Lusa que, “neste momento, a TAP à cabeça tem uma ‘performance’ de pontualidade muito, muito desagradável”, situação que tem causado “grandes dificuldades às agências de viagens”.

“Melhorar a pontualidade da TAP é um dos principais objetivos da companhia. Por isso, estamos a investir significativamente para melhorá-la, já com resultados à vista. No último ano, e enquanto não são feitas reformas no aeroporto de Lisboa, implementámos um conjunto de medidas, em várias áreas de atuação, que vão desde a infraestrutura, aos sistemas, processos e aumento de contratações”, afirma Abílio Martins à Lusa.

O responsável enumerou assim algumas dessas medidas. Por exemplo, pela primeira vez na história da TAP, desde o verão, existem dois aviões de reserva, um no médio curso e um no longo curso.

Foi ainda criado o “novo espaço de Operações, o ‘IOCC – integrated Operations Control Center’, que concentra as principais áreas operacionais: o Centro de Controlo de Operações (CCO), o Centro de Controlo de Manutenção (CCM), o Centro de Coordenação de Passageiros (CCP), Escalas de Tripulações, Despacho Operacional e a Portugália, para facilitar a interação e comunicação entre os colaboradores da área, “criando maior sinergia e possibilidade de resolução de problemas de forma mais rápida e eficaz”.

Em termos de tripulações, só este ano, a TAP contratou mais de 340 pilotos e 600 tripulantes de cabine, sendo que, entre abril e outubro, “a TAP recuperou de 3,6% de voos cancelados, por motivos imputáveis à companhia, para 0,7%”.

Abílio Martins acrescenta que estas medidas permitiram diminuir, em cerca de 60%, os atrasos por falta de tripulação e acabar com os cancelamentos de voos devido ao mesmo motivo.

Foram ainda criadas novas equipas para a gestão de cada voo e reforçadas “as equipas de ‘handling’ [que dão apoio a passageiros e bagagens em escala] dedicadas e os equipamentos de apoio”.

“Há um ano, nasceu também uma nova profissão TAP, os ‘Red Caps’. Os ‘Turnaround Coordinators’ (TRC) chegaram para reforçar a equipa do ‘hub’ de Lisboa, com o objetivo de garantir a segurança, pontualidade e qualidade de serviço. Hoje, são 35 os colaboradores TAP que desempenham exclusivamente funções de ‘Turnaround Coordinators’. O objetivo é atingir os 50 TRC até ao final de 2018. Uma aposta da TAP para melhorar a pontualidade e o serviço ao cliente”, refere.

A TAP investiu ainda “em muitas melhorias ao nível do atendimento ao cliente”, por exemplo, com o lançamento de uma área exclusiva para passageiros que viajam sem bagagem de mão, desde o início de julho – pleno pico do verão –, procedimentos “criados para facilitar todo o processo e melhorar os índices de pontualidade, com vista a aumentar a satisfação do cliente”.

“Conseguimos também, através da alteração de processos, diminuir o índice de malas extraviadas em dois terços, sendo agora um valor residual relativamente ao total de bagagem transportada”, afirmou.

Foi “também introduzido um novo serviço de bagagem, o ‘Follow-My-Bag’, que notifica o cliente caso a sua bagagem não tenha sido embarcada, podendo preencher de imediato o registo de perda de bagagem através de e-mail ou SMS”, exemplifica.

Em resultado destas medidas, segundo o mesmo, “as avaliações NPS (‘Net Promoter Score’, que mede a satisfação do cliente), relativas ao processo de embarque subiram 7,2 pontos desde junho até meados de setembro”.

Com a introdução de novas refeições em classe económica do médio curso, em 28 de outubro, a TAP “aumentou a satisfação do cliente em mais 40 pontos, segundo as avaliações NPS. Ou seja, passou de um valor negativo para um valor muito positivo”, sublinha. O tempo de espera para atendimento no Contact Center da TAP caiu de sete para dois minutos.

E com estas medidas, sublinha, “o índice global de satisfação dos clientes aumentou [até novembro de 2018] cerca de 40% face ao ano anterior”. Em 15 de novembro, o presidente executivo (CEO) da TAP, Antonoaldo Neves, disse, em Vila Nova de Gaia, que os atrasos na companhia este ano custaram mais 40 milhões de euros do que em 2017.

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Número de casos suspeitos de sarampo sobe para 24

  • Lusa
  • 23 Novembro 2018

Dos casos confirmados, 13 são adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável, e dois são crianças. Os surtos terão origem em casos de doença importados de países europeus.

O número de casos suspeitos de sarampo na região de Lisboa e Vale do Tejo subiu para 24, de acordo com o balanço atualizado da Direção-Geral de Saúde (DGS), divulgado esta sexta-feira em comunicado.

“Dos casos reportados, 15 foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, oito encontram-se em investigação e um teve resultado negativo para sarampo. Dos casos confirmados, 13 são adultos, um dos quais se encontra internado e clinicamente estável, e dois são crianças”, lê-se no comunicado, que refere que o último balanço reporta às 17:00 de hoje.

Estes casos, segundo a DGS, “configuram a existência de dois surtos distintos, ambos com origem em casos de doença importados de países europeus”.

De acordo com a DGS, “está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, que inclui a investigação laboratorial de todos os casos” e a evolução dos surtos está a ser acompanhada em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, como previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo.

A DGS recorda, no comunicado, que o sarampo “é uma das doenças infecciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas”, apelando para a vacinação, lembrando que a doença, apesar de poder surgir em pessoas vacinadas, dará, nesses casos, origem a um “quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso”.

Em casos de suspeita da doença, a DGS apela para que se evite o contacto com outros e que se ligue para a linha SNS 24 (808 242 424).

“O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea. Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois de a pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal”, explica a DGS.

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Em sessão de baixa liquidez, petróleo leva Wall Street para terreno negativo

Matéria-prima caiu abaixo dos 60 dólares pela primeira vez em um ano. Bolsas norte-americanas fecharam mais cedo esta sexta-feira graças ao feriado do Thanksgiving.

As principais bolsas norte-americanas fecharam esta sexta-feira em queda, numa sessão mais curta graças ao Thanksgiving que se celebrou esta quinta-feira. Num dia de menor liquidez, Wall Street foi penalizado pela queda do preço do petróleo, que negoceia em mínimos de um mês.

O industrial Dow Jones caiu 0,73% para 24.285,95 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuou 0,48% para 6.938,98 pontos. O índice financeiro S&P 500 perdeu 0,66% para 2.632,56 pontos e acumula já uma perda de 10% face aos máximos tocados no fecho de 20 de setembro.

O setor da energia foi o mais castigado, com as gigantes petrolíferas Exxon Mobil e Chevron a desvalorizarem 2,64% e 3,39%, respetivamente. O índice sectorial S&P Energy Index deslizou 0,17% e acumula uma queda superior a 16,5% desde o início de mês passado, o que poderá levar a que outubro e novembro sejam os piores dois meses desde setembro de 2011.

O preço do petróleo está tocar mínimos de um ano e regista uma queda acentuada que poderá levar novembro a registar a maior queda mensal desde o final de 2014. O tombo está a ser causado por preocupações de uma enchente de oferta. O Brent negociado em Londres cai 6,43% para 51,12 dólares por barril, enquanto o crude WTI de Nova Iorque desvaloriza 5,24% para 59,32 dólares por barril.

No mercado cambial, a divisa norte-americana aprecia-se 0,67% contra a par europeia, para 1,1330 dólares. A yield das Treasuries a 10 anos cedeu 1,46 pontos para 3,0481%.

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