Trump não quer que a Fed suba os juros. Wall Street também não

A expectativa de que a Fed anuncie, na quarta-feira, uma subida das taxas de juro, está a castigar a praça norte-americana. Os três principais índices abriram, por isso, em terreno negativo.

O início da semana em Wall Street está a ser marcado pelo receio dos investidores, um sentimento que está a ser acompanhado até por Donald Trump. Isto porque a Reserva Federal norte-americana deverá anunciar, na quarta-feira, uma nova subida das taxas de juro (a quarta deste ano), o que poderá fazer desacelerar a economia.

Na abertura da sessão desta segunda-feira, o índice de referência, o S&P 500, está a recuar 0,35% para 2.590,75 pontos. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq estão no vermelho: descem 0,47% para 23.986,83 pontos e 0,35% para 6.886,46 pontos, respetivamente.

A pesar sobre as praças norte-americanas está o receio de que a Reserva Federal norte-americana suba, pela quarta vez, as taxas de juro, o que poderá ter um impacto negativo na economia. A decisão deverá ser anunciada na quarta-feira, depois da reunião de dois dias deste organismo.“A decisão da Fed de quarta-feira é um dos eventos que pode sacudir os mercados”, sublinha, deste modo, o analista Craig Erlam, citado pela Reuters.

A acompanhar este receio dos investidores, o presidente dos Estados Unidos pediu, esta segunda-feira, ao banco central norte-americano que não aumente as taxas de juro. “É incrível que com um dólar muito forte e praticamente sem inflação, com o mundo a explodir à nossa volta, Paris a arder e a China em queda, a Fed esteja sequer a considerar mais uma subida de juros”, escreveu Donald Trump, no Twitter.

O político rompeu, assim, mais uma vez a tradição de respeito pela independência da Fed, criticando as suas decisões, que têm vindo a fazer subir as taxas de juro, aumentando o custo do crédito ao consumo. De notar que essas subidas fortalecem o dólar, neutralizando as metas de redução do défice comercial do governo Trump, ao tornar mais baratas as importações e mais caras as exportações dos produtos norte-americanos.

Além disso, a confiança dos investidores está também a ser afetada pelas preocupações geradas em torno das conversações entre Pequim e Washington sobre a sua relação comercial. As duas potências decidiram suspender a guerra comercial por 90 dias, período durante o qual estão a negociar os termos das suas trocas comerciais.

“A caminho da época festiva, é expectável que o volume de negociação seja significativamente inferior, o que pode tornar as coisas bem mais interessantes, já que é provável que não seja um período tão calmo como costuma ser”, acrescenta ainda Erlam.

Também em terreno negativo, estão as ações da Johnson & Johnson, que recuam 3,48% para 128,17 dólares. Tal desempenho é explicado pela revelação de que esta empresa soube, durante décadas, de que o seu famoso pó talco continha amianto.

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Embraer e Boeing criam nova empresa de aviação comercial

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

Termos da parceria foram aprovados esta segunda-feira, cuja execução depende do governo brasileiro. Bolsonaro já se manifestou a favor do acordo.

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer e a gigante norte americana Boeing anunciaram esta segunda-feira que aprovaram os termos da parceria para criar uma nova empresa de aviação comercial, cuja execução depende de aprovação do Governo brasileiro.

“De acordo com a parceria proposta, a Boeing deterá 80% de participação na joint venture pelo valor de 4,2 mil milhões de dólares [3,7 mil milhões de euros]. A expectativa é que a parceria não terá impacto no lucro por ação da Boeing em 2020, passando a ter impacto positivo nos anos seguintes”, diz um comunicado conjunto da Embraer e da Boeing divulgado para investidores.

As duas empresas informaram que a joint venture criada para a fabricação de aviões comerciais, que deve absorver toda a operação atual da Embraer voltada para este segmento incluindo a fábrica localizada na cidade portuguesa de Évora, deve gerar sinergias anuais de cerca de 150 milhões de dólares [132,2 milhões de euros] – antes de impostos – até o terceiro ano de operação.

“Após concluída a transação, a joint venture da aviação comercial será liderada por uma equipa de executivos sediada no Brasil, incluindo um presidente e CEO. A Boeing terá o controlo operacional e de gestão da nova empresa”, acrescentou o comunicado.

Além disso, a Embraer terá poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil.

O acordo foi divulgado uma semana depois de o Tribunal Regional Federal da 3ª região (TRF3) do Brasil ter revogado uma decisão provisória que impedia a negociação.

A Embraer foi privatizada no ano de 1994, mas o Governo brasileiro detém uma ação especial chamada “golden share” que permite vetar quaisquer negócios firmados pela empresa.

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, já manifestou-se publicamente a favor do acordo que vem sido discutido há meses pelas duas empresas.

Se as autoridades do poder executivo do Brasil aprovarem o acordo ele será submetido aos acionistas e as autoridades regulatórias, “bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo”, destacou o comunicado.

“A Boeing e a Embraer possuem um relacionamento estreito graças a mais de duas décadas de colaboração. O respeito mútuo e o valor que enxergamos nesta parceria só aumentou desde que iniciamos discussões conjuntas no começo deste ano”, disse Dennis Muilenburg, presidente, chairman e CEO da Boeing.

“Estamos confiantes que esta parceria será de grande valor para o Brasil e para a indústria aeroespacial brasileira como um todo. Esta aliança fortalecerá ambas as empresas no mercado global e está alinhada à nossa estratégia de crescimento sustentável de longo prazo”, acrescentou Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer.

As empresas informaram também que chegaram a um acordo sobre os termos de uma segunda joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião militar KC-390.

A parceria proposta indica que a Embraer poderá deter 51% de participação desta joint venture e a Boeing os 49% restantes. Esta transação também está sujeita à aprovação do Governo brasileiro.

A expectativa da Embraer e da Boeing é de que a negociação destes acordos, se seguirem o cronograma previsto, deve ser concluída até o final de 2019.

A Embraer mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca.

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Remessas atingem recorde. São sinal de “confiança” no país, diz Santos Silva

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

Augusto Santos Silva destacou hoje que o aumento das remessas revela mais confiança no país e vincou que desde o princípio do século Portugal já recebeu 50 mil milhões dos emigrantes.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, destacou esta segunda-feira que o aumento das remessas revela mais confiança no país e vincou que desde o princípio do século Portugal já recebeu 50 mil milhões dos emigrantes.

“Há um sentido positivo do aumento do valor das remessas pelo que ele significa de confiança no país, na economia e nas instituições bancárias”, vincou o governante durante a apresentação do Relatório da Emigração, que decorreu hoje no Palácio das Necessidades, em Lisboa.

“O primeiro elemento a salientar é que também se vê na série das remessas os mesmos sinais na série das saídas, ao maior dinamismo da economia portuguesa corresponde a maior confiança e maior propensão para transferir poupanças para Portugal”, acrescentou Santos Silva.

O segundo elemento, acrescentou o chefe da diplomacia, “é o significado das remessas, que sendo poupanças transferidas para Portugal, são uma parte importantíssima da formação de capital de que o país dispõe e tanto precisa”.

Na apresentação do Relatório da Emigração 2017, o ministro dos Negócios Estrangeiros salientou ainda que, “olhando para todo o século XXI, de 2000 a 2017, o conjunto de capital formado em Portugal por via das remessas atingiu cerca de 50 mil milhões de euros, o que o torna um dos processos de capital em Portugal mais dinâmicos e vivos e centrais”.

As remessas dos emigrantes no ano passado ultrapassaram pela primeira vez os 3,5 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 6,3% face aos valores de 2016, segundo o Relatório da Imigração, hoje divulgado.

De acordo com os dados do documento, Portugal recebeu no ano passado 3.554,8 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 6,3% face aos 3.343,2 milhões recebidos no ano anterior, sendo que dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) foram enviados 254,14 milhões de euros, representando uma subida de 17,3% face aos 216,6 milhões enviados em 2016.

“O volume de remessas originários dos PALOP conheceu no ano passado 17,2%, a primeira subida desde 2013, devido ao aumento das remessas provenientes de Angola (19%) e Cabo Verde (29%)”, lê-se no relatório, que realça que “96,6% do total procedente dos PALOP é oriundo de Angola, que subiu para o quinto lugar dos países emissores de remessas para Portugal, ultrapassando a Alemanha, não obstante a crise económica no país que impôs restrições à saída de divisas”.

No ano passado, “as transferências financeiras provenientes da emigração portuguesa (remessas) no exterior representam 1,8% do respetivo PIB nacional, o maior valor de sempre, sendo a primeira vez que é ultrapassada a barreira dos 3.500 milhões de euros (o pico anterior tinha sido verificado no ano 2000, com 3.458 milhões”), acrescenta-se no documento.

De acordo com o relatório, cerca de 90 mil portugueses emigraram em 2017, menos 10 mil do que em 2016, com o Reino Unido a manter-se o principal destino.

No documento, que compila dados relativos a 2017, nos países onde estão disponíveis, refere-se que “a emigração portuguesa continua numa tendência de descida sustentada” fortemente relacionada com “a retoma da economia portuguesa, sobretudo no plano da criação de emprego”, e “descida do desemprego”, com a “revitalização do mercado de trabalho”.

Esta tendência, segundo o relatório, elaborado pelo Observatório da Emigração, explica-se ainda pela “redução da atração de países de destino como o Reino Unido, devido ao efeito ‘Brexit’, e Angola, devido à crise económica desencadeada com a desvalorização dos preços do petróleo”.

A descida regista-se desde 2013, quando atingiu o pico de 120 mil, o máximo deste século, passando para 115 mil em 2014, 110 mil em 2015 e 100 mil em 2016.

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Alterar composição do Conselho Superior do MP é “grave violação”, diz a PGR

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

Qualquer mudança nesse sentido representaria também uma "radical alteração dos pressupostos que determinaram" a aceitação que fez do cargo de procuradora-geral da República.

A procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, afirmou que qualquer alteração à composição do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) seria uma “grave violação do princípio da autonomia”.

Discursando em Coimbra, Lucília Gago aproveitou o momento para “deixar claro que qualquer alteração relativa à composição do Conselho Superior do Ministério Público que afete o seu atual desenho legal — designadamente apontando para uma maioria de membros não magistrados — tem associada grave violação do princípio da autonomia”.

Lucília Gago salientou ainda que qualquer mudança nesse sentido representaria também uma “radical alteração dos pressupostos que determinaram” a aceitação que fez do cargo de procuradora-geral da República.

"Qualquer alteração relativa à composição do Conselho Superior do Ministério Público que afete o seu atual desenho legal – designadamente apontando para uma maioria de membros não magistrados – tem associada grave violação do princípio da autonomia.”

Luícilia Gago

PGR

A PGR falava durante a tomada de posse da nova procuradora-geral distrital de Coimbra, Maria José Bandeira, que sucede a Euclides Dâmaso.

Na cerimónia, Lucília Gago realçou que o Ministério Público, face às atribuições e aos desafios correntes, se vê confrontado com uma necessidade de uma cada vez maior congregação de esforços.

“Só uma total e firme determinação na defesa das matrizes incontornáveis da magistratura do Ministério Público permitirá a sedimentação de um percurso de afirmação, sendo essencial e urgente realizar-se uma maior modernização, numa lógica libertadora e de progresso“, afirmou.

Na quinta-feira, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), António Ventinhas, justificou a marcação de uma greve em fevereiro com a alegada intenção do PS e PSD de alteração da composição do CSMP.

Segundo Ventinhas, com aquela alteração, ficando em maioria os membros designados pelo poder político, o que está em causa é o “controlo do Ministério Público e da investigação criminal”, designadamente o combate à corrupção e à restante criminalidade económico-financeira.

Já no sábado, a ex-PGR Joana Marques Vidal também defendeu que “será de manter” a atual composição do CSMP, em nome da independência dos tribunais.

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Comissão Europeia multa Guess em 40 milhões de euros

Após uma investigação que decorre há mais de um ano, a marca de roupa acusada de praticar "acordos anticoncorrenciais", bloqueando as vendas entre os vários Estados-membros.

Uma das marcas mais luxuosas do mundo foi multada pela Comissão Europeia, na sequência de uma investigação que já decorre desde o ano passado. À Guess foi aplicada uma coima final de 39,8 milhões de euros por esta ter bloqueado de forma ilegal as vendas entre os vários países da Europa, nomeadamente por ter limitado o comércio online a certos Estados-membros. Como a marca de roupa cooperou no processo, a multa inicial de cerca de 80 milhões foi reduzida para metade.

A investigação às práticas da marca de roupa arrancou em junho do ano passado, na sequência de um inquérito sobre as práticas de venda online além-fronteiras de 1.900 empresas. Relativamente à marca norte-americana fundada por Victor Herrero, a Comissão Europeia concluiu que os acordos de distribuição da Guess impediam os retalhistas autorizados de usar a marca e as marcas registadas para fins de publicidade online e também de definir o preço dos produtos de forma independente, lê-se no anúncio da Comissão.

Além disso, os retalhistas precisavam ainda de uma autorização específica da Guess para poderem vender online, enquanto os critérios para se obter essa aprovação não se baseavam em nenhum critério de qualidade específico. Os produtos da Guess também não podiam ser vendidos a consumidores fora das zonas autorizadas.

“Os acordos de distribuição tentaram impedir os consumidores da União Europeia (UE) de realizar compras noutros Estados-membros, bloqueando os retalhistas de publicitar e vendar além-fronteiras. Isto permitiu à empresa manter preços de retalho artificialmente elevados, em particular nos países da Europa central e oriental. Sancionamos hoje a Guess por este comportamento“, disse a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, em comunicado (conteúdo em inglês).

A Comissão Europeia concluiu que, nos países da Europa central e oriental — Bulgária, Croácia, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia –, os preços de retalho são, em média, cinco a 10% mais elevados do que na Europa ocidental.

Contudo, devido à cooperação da Guess no processo, ao reconhecer os factos e as infrações, a multa foi reduzida para metade, sendo que o valor inicial era de cerca de 80 milhões de euros. No mês passado, de acordo com a Reuters (conteúdo em inglês), a marca de roupa já tinha estimado que o valor da multa se situasse entre os 37 a 40,6 milhões de euros, afirmando que já tinha procedido a várias mudanças nas práticas de negócio.

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Emprego no turismo cresce ao triplo do ritmo do resto da economia

Do total da população empregada em Portugal, mais de 9% está no setor do turismo. Na área da hotelaria, o peso do emprego por conta própria é cada vez maior, o que se explica com o alojamento local.

O turismo continua a ganhar peso sobre a economia nacional. Não só o valor gerado pela atividade turística representa uma fatia cada vez maior do valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelo conjunto da economia, como este é também dos setores que cria mais emprego. Quase um em cada dez trabalhadores portugueses estão em atividades ligadas ao turismo e há cada vez mais trabalhadores por conta própria na área da hotelaria, sobretudo graças ao alojamento local. As contas são do Instituto Nacional de Estatística (INE), que publica, esta segunda-feira, a Conta Satélite do Turismo, com dados finais relativos a 2016 e algumas estimativas relativas a 2017.

No ano de 2016, um total de 488.003 pessoas estavam empregadas nas atividades características do turismo, o equivalente a 9,3% do total de postos de trabalho em toda a economia nacional nesse ano. Este número representa também um aumento de 7% em relação aos empregos existentes no setor do turismo em 2015; no resto da economia, o número de postos de trabalho aumentou em 2,28% de 2015 para 2016. Considerando apenas os trabalhadores a tempo completo, o turismo empregava 416.817 pessoas em 2016, o equivalente a 9,4% da população empregada em Portugal.

Ao mesmo tempo, o peso do emprego por conta própria tem vindo a aumentar na área de hotelaria, contrariando a tendência que é verificada na restauração e no conjunto da economia. O trabalho não remunerado (designação que o INE dá neste estudo ao trabalho por conta própria) no setor da hotelaria aumentou de 11% do total de trabalhadores na hotelaria, em 2014, para 14% em 2015 e para 17,7% em 2016. No conjunto do setor turístico, a proporção de trabalhadores por conta própria manteve-se praticamente inalterada neste período, estando agora nos 19,8%. O mesmo acontece no conjunto da economia nacional, onde o trabalho por conta própria representa cerca de 21% do total.

Esta evolução na hotelaria “poderá ser parcialmente explicada pelo crescimento do alojamento local”, justifica o INE.

A remuneração média também está a aumentar e o setor do turismo oferece até uma remuneração média, por trabalhador, superior em 3,6% à média do conjunto da economia. Contudo, esta não é uma tendência transversal a todas as áreas do turismo. “Face à economia nacional, a remuneração média por trabalhador foi mais elevada nos serviços auxiliares aos transportes e nos transportes de passageiros; em oposição, as atividades onde a remuneração média foi mais baixa foram os restaurantes e similares, os hotéis e similares e os serviços culturais“, detalha o INE. A restauração e a hotelaria são, precisamente, as duas áreas do setor do turismo que mais empregam, respondendo por quase 65% do total de postos de trabalho do turismo.

Gastos de turistas valem 13,7% do PIB

No relatório divulgado esta segunda-feira, o INE estima que, no ano passado, os gastos de turistas em território nacional tenham ultrapassado os 26,7 mil milhões de euros, o que representa 13,7% do produto interno bruto (PIB) desse ano.

O peso dos gastos dos turistas sobre o PIB nacional tem vindo a aumentar consecutivamente desde 2014, quando a proporção era de 11,9% da economia, como pode ver-se no gráfico em baixo.

Já o valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelo turismo no ano passado terá alcançado os 12,6 mil milhões de euros, um aumento de 13,6% em relação a 2016 que faz com que o turismo represente 7,5% do VAB gerado pelo conjunto da economia nacional nesse ano.

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Macron organiza reunião sobre concertação nacional face a “coletes amarelos”

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

O chefe de Estado anulou a deslocação que tinha previsto a Biarritz, para o lançamento da presidência francesa do G7, para reunir no Eliseu com os ministros e atores económicos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, vai reunir na terça-feira no Eliseu ministros e atores económicos para organizar a concertação nacional anunciada no âmbito das medidas ligadas à crise dos “coletes amarelos”, anunciou esta segunda-feira a presidência.

Devido a isso, o chefe de Estado anulou a deslocação que tinha previsto a Biarritz para o lançamento da presidência francesa do G7 e será substituído por Jean-Yves Le Drian, ministro dos Negócios Estrangeiros, precisou o Eliseu.

Biarritz acolhe a cimeira do G7 de 24 a 26 de agosto e Macron deveria apresentar as prioridades diplomáticas da França para 2019 a uma centena de embaixadores colocados em Paris.

As modalidades da realização da “grande concertação nacional” devem ser conhecidas esta semana. O debate, previsto para decorrer até 1 de março, deve apoiar-se nos presidentes de câmara e abordar quatro grandes temas: transição ecológica, fiscalidade, organização do Estado e democracia e cidadania, no qual se inclui a imigração.

O movimento dos “coletes amarelos” convocado por cidadãos nas redes sociais, começou por ser um protesto contra o aumento dos combustíveis em França, transformando-se, à medida que aumentou a adesão popular, num movimento de contestação social contra o custo de vida.

Desde 17 de novembro, e ao longo de cinco sábados consecutivos, muitos milhares de manifestantes invadiram as ruas, com alguma violência, incendiando viaturas e contentores do lixo, arrombando e pilhando lojas por todo o país e entrando em confronto direto com as forças policiais, o que causou centenas de feridos e milhares de detenções.

No dia 10, Macron anunciou quatro medidas para aumentar o poder de compra dos assalariados e pensionistas de rendimentos baixos e médios, com destaque para o aumento de 100 euros do salário mínimo.

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, admitiu que o Governo não “ouviu suficientemente os franceses” e “cometeu erros” na gestão da crise dos “coletes amarelos” numa entrevista ao jornal Les Echos.

Philippe disse que as medidas para acalmar os protestos vão custar dez mil milhões de euros aos cofres públicos em 2019 e farão crescer o défice até 3,2% do produto interno bruto (PIB).

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Cerca de 90 mil portugueses emigraram em 2017

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2018

Foram menos dez mil, o número de portugueses que escolheram sair do país no ano passado. O Reino Unido continuou a ser o principal destino de emigração, mostra o Relatório de Emigração.

Cerca de 90 mil portugueses emigraram em 2017, menos 10 mil do que em 2016, com o Reino Unido a manter-se o principal destino, segundo o Relatório de Emigração divulgado esta segunda-feira.

De acordo com o documento, que compila dados relativos a 2017, nos países onde estão disponíveis, “a emigração portuguesa continua numa tendência de descida sustentada” fortemente relacionada com “a retoma da economia portuguesa, sobretudo no plano da criação de emprego”, e “descida do desemprego”, com a “revitalização do mercado de trabalho”.

Esta tendência, segundo o relatório, elaborado pelo Observatório da Emigração, explica-se ainda pela “redução da atração de países de destino como o Reino Unido, devido ao efeito Brexit, e Angola, devido à crise económica desencadeada com a desvalorização dos preços do petróleo”.

A descida regista-se desde 2013, quando atingiu o pico de 120 mil, o máximo deste século, passando para 115 mil em 2014, 110 mil em 2015 e 100 mil em 2016.

Apesar da queda acentuada de 26% relativamente a 2016 (30.543), o Reino Unido continua a ser o principal destino dos portugueses, com 22.622 entradas em 2017, “a uma muito grande distância dos outros destinos mais relevantes”.

Entre as maiores descidas, está também Angola, com uma queda de 24% entre 2016 e 2017 (de 3.908 para 2.962), mas ainda assim apenas metade da descida registada em 2016 face ao ano anterior (quando passou de 6.715 para 3.908).

A descida no número da entrada de portugueses registou-se ainda na Suíça (-8,6%), pelo quarto ano consecutivo, passando de 10.123 em 2016 para 9.257 em 2017, bem como para a Austrália e a Noruega, embora os valores absolutos sejam muito mais baixos.

Segundo o Observatório, devido a alterações e correções nas estatísticas alemãs e francesas, “é neste momento difícil medir com rigor a evolução recente da emigração para dois dos principais destinos da emigração portuguesa, que no entanto deverá estar em franca redução no caso francês”.

Depois do Reino Unido, os principais destinos da emigração portuguesa são a Alemanha, França, Suíça e Espanha. Fora da Europa, os principais países de destino da emigração portuguesa integram o espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola (3 mil, em 2017), Moçambique (mil, em 2016) e Brasil (mil em 2015).

Em relação à tendência da imigração nos países de destino, os cidadãos nacionais continuaram a representar em 2017 uma parte importante das novas entradas no Luxemburgo (14%), em Macau (6,5%) e na Suíça (6,3%).

“Em 2017, os portugueses foram a segunda nacionalidade mais representada entre os novos emigrantes entrados no Luxemburgo, a quarta na Suíça e em França (valores de 2016), e a sétima no Reino Unido”, refere-se no documento.

De acordo com estimativas das Nações Unidas relativas a 2017, Portugal continua a ser, em termos acumulados, o país da União Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente (considerando apenas os países com mais de um milhão de habitantes), com 2,3 milhões de emigrantes nascidos em Portugal, o que equivale a 22% da população a viver emigrada, sendo o 27.º país do mundo com mais emigrantes.

Segundo a mesma fonte, reforçou-se a tendência de concentração da emigração na Europa, ao mesmo tempo que se verificou uma “acentuada perda de importância relativa dos países americanos como destino alternativo” e um aumento da proporção de emigrantes estabelecidos em África, que, no entanto, é ainda minoritária.

Assim, a percentagem de portugueses a viver na Europa passou de 53% em 1990 para 66% em 2017, de acordo os dados da ONU citados no relatório.

Em termos globais, a França continua a ser o país onde vivem mais emigrantes nascidos em Portugal (615 mil em 2014 – último ano com dados oficiais), seguindo-se a Suíça (220 mil em 2017), os EUA (148 mil em 2014), o Canadá (143 mil em 2016), o Reino Unido (139 mil, em 2017), o Brasil (138 mil, em 2010), a Alemanha (123 mil, em 2017) e a Espanha (100 mil, em 2016).

Em 2017, entre os novos emigrantes, os portugueses foram a segunda nacionalidade mais representada no Luxemburgo, a quarta na Suíça, e a sétima no Reino Unido. No que respeita ao Brasil, mesmo só representando 3,5% do número total de entradas de estrangeiros, os portugueses foram a décima nacionalidade mais representada entre os novos imigrantes em 2015.

A tendência da emigração, de acordo com estimativas do Observatório, será de se manter a redução, embora a um ritmo mais lento do que a subida registada nos anos mais agudos da crise económica em Portugal e deverá estabilizar num valor superior ao registado antes da crise.

Segundo o documento, a população emigrada continua envelhecida e a ser “maioritariamente composta por ativos pouco qualificados, quando caracterizada em termos globais, já que existem diferenças significativas por país”.

Apesar desta tendência, verifica-se também “um crescimento significativo da proporção dos mais qualificados” com a percentagem de portugueses emigrados com formação superior a residir nos países da OCDE praticamente duplicar, passando de 6% para 11%, entre 2001 e 2011.

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Google vai investir mil milhões num novo campus em Nova Iorque

A empresa da Alphabet quer reforçar a presença em Nova Iorque e, para isso, prepara-se para investir mil milhões de dólares num novo campus na cidade.

Nova Iorque está em alta para as gigantes tecnológicas. Depois da Amazon, é a vez da Google investir mais de mil milhões de dólares na construção de um novo campus na cidade, terra que a viu nascer. O Google Hudson Square vai ter mais de 150 mil metros quadrados e deverá estar pronto dentro de dois anos, duplicando o número de trabalhadores que a empresa tem atualmente.

“Hoje estamos a dar o próximo passo no nosso compromisso com a nossa presença em Nova Iorque, investindo mais de mil milhões de dólares [884 milhões de euros] para construir um novo campus, o Google Hudson Square”, anunciou a empresa no seu blog. Com mais de 158 mil metros quadrados, o novo campus, que deverá estar pronto em 2020, vai ser a localização principal da Google, duplicando para 14 mil o número de funcionários.

No mesmo post, a empresa recorda o momento em que aterrou em Nova Iorque, “há quase duas décadas”, onde instalou o primeiro escritório na Califórnia e, atualmente, emprega mais de 7.000 funcionários. “Nova Iorque continua a ser uma grande fonte de talentos diversificados e de nível internacional. Foi isso que levou a Google à cidade em 2000 e é isso que nos mantém aqui“.

“O nosso investimento em Nova Iorque é uma grande parte do nosso compromisso de crescer e investir nas instalações, nos escritórios e nos funcionários nos Estados Unidos. Na verdade, estamos a crescer mais rapidamente fora da área da baía de São Francisco do que dentro dela, e este ano abrimos novos escritórios e centros de dados em locais como Detroit, Boulder, Los Angeles, Tennessee e Alabama. E, à medida que continuamos a crescer em todo o país, esperamos continuar ligados a Nova Iorque durante muitos anos“.

A Google junta-se, assim, ao leque de empresas que tem vindo a reforçar a presença em certos mercados, nomeadamente através da construção de novas sedes. Na semana passada, a Apple anunciou que vai investir mil milhões de dólares na construção de uma nova sede em Austin, no Texas. Ao todo, o campus terá mais de 500 mil metros quadrados e irá receber, inicialmente, 500 mil funcionários.

Também a Amazon entrou por este caminho, lançando um concurso para selecionar a cidade onde instalará a próxima sede. Nova Iorque e Virgínia foram as escolhidas para construir os novos campus.

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Antigo edifício dos CTT vai ser transformado no maior hostel do país

A empresa liderada por Francisco Lacerda concluiu a venda de um edifício na Rua da Palma à Clink Hostels, que pretende transformá-lo num hostel.

A antiga estação de correios dos CTT, situada na Rua da Palma, vai ganhar uma nova vida. O imóvel com 4.500 metros quadrados foi vendido no início do mês à Clink Hostels e vai transformar-se no maior hostel do país. Com esta venda, a empresa dos correios obteve uma mais-valia antes de impostos de 8,5 milhões de euros.

O edifício situados nos números 236, 237 e 238 da Rua da Palma, que liga o Intendente ao Martim Moniz, foi vendido no dia 5 de dezembro à Clink Hostels por um total de 10,3 milhões de euros, anunciaram na altura os CTT, em comunicado.

Numa altura em que o turismo na capital é cada vez mais intenso, este imóvel vai transformar-se no maior hostel do país, dado que a Clink Hostels está focada em criar uma “cadeia de hostels divertidos, sociais e criativos no coração de algumas das cidades mais excitantes da Europa”.

A empresa “oferece aos jovens viajantes alojamento acessível no centro da cidade e em edifícios únicos”, tais como um tribunal vitoriano, uma associação de estudantes em Londres ou um antigo laboratório em Amesterdão. Com esta compra, os viajantes poderão pernoitar num antigo prédio de correios, numa das capitais mais visitadas atualmente pelos turistas.

“Lisboa é um dos destinos mais badalados do mundo e mal podemos esperar para a Clink esteja presente”, diz Niall O’Hanlon, diretor de aquisições da Clink Hostels, citado em comunicado. “Acreditamos que a Clink será uma ótima opção de alojamento nesta cidade vibrante e uma adição valiosa para a oferta de alojamento para jovens na cidade”.

A venda do edifício foi assessorada pela Worx e, da parte de Alberto Henriques, da consultora, “Lisboa é neste momento um dos destinos turísticos mais procurados do mundo, sendo normal a procura por parte operadores e investidores hoteleiros por ativos desta natureza”.

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Garrigues assessora Grefusa na compra da Frutorra

A sociedade assessorou a empresa espanhola na compra de 70% do capital da portuguesa Frutorra, que opera na importação, transformação e distribuição de aperitivos, frutos e legumes secos.

A Garrigues assessorou a empresa espanhola Grefusa no processo de aquisição de 70% do capital da portuguesa Frutorra, numa transação que foi eleita pela Transactional Track Record como a “Transação do Mês de novembro de 2018”.

Fundada em 1988 e sediada em Degracias, na região de Coimbra, a Frutorra opera na importação, transformação e distribuição de aperitivos, frutos e legumes secos, sendo atualmente um dos principais players no mercado português.

A Grefusa é uma empresa espanhola, fundada em 1929 e sediada em Alzira, na região de Valência, que opera no mesmo ramo de atividade que a Frutorra e que, com esta transação, alarga a sua capacidade no mercado externo.

A equipa da Garrigues envolvida nesta transação foi liderada pela sócia Susana Pimenta de Sousa e pelo associado principal Pedro Lemos Carvalho, tendo contado ainda com a participação do counsel Luís Pinto Monteiro, do sócio Francisco Soler Caballero e do associado principal Enrique Colomer Selva (ambos do escritório da Garrigues em Valência), bem como com uma equipa multidisciplinar de advogados que esteve envolvida no processo de due diligence e de implementação da transação.

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