Costa espera “mandato muito claro” para Centeno trabalhar no orçamento da Zona Euro

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2018

Primeiro-ministro quer "mandato muito claro" ao Eurogrupo para que discussões sobre capacidade orçamental próprio na Zona Euro possam avançar.

O primeiro-ministro, António Costa, disse esta quinta-feira esperar que o Conselho Europeu, reunido em Bruxelas, dê pela primeira vez “um mandato muito claro” ao Eurogrupo para avançar nas discussões sobre uma capacidade orçamental própria da Zona Euro focada na convergência.

À chegada à sede do Conselho Europeu para a última cimeira do ano de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, contra todas as expectativas uma vez mais marcada pelo Brexit – face às novas exigências de clarificações por parte de Londres -, Costa disse entender que, “sem desvalorizar a importância do tema”, as duas matérias mais importantes são de cariz económico, designadamente orçamental.

“Creio que os pontos essenciais deste Conselho, do ponto de vista do que se vai discutir e do que se pode decidir de útil são, primeiro, a discussão sobre quadro financeiro [da UE para 2021-2027] e, segundo, a cimeira da Zona Euro [na sexta-feira], onde vamos discutir pela primeira vez um mandato expresso para que o Eurogrupo avance para uma capacidade orçamental focada na convergência”, declarou.

António Costa frisou que, “isso, para um país que pelo segundo ano consecutivo converge pela primeira vez com a UE desde o início do século, é obviamente algo que é absolutamente decisivo”, razão pela qual Portugal voltará a defender uma capacidade orçamental própria do espaço da moeda única “que permita a convergência”.

“Claro que os fatores de estabilização são importantes, mas o grande estabilizador da Zona Euro é a convergência e a diminuição das assimetrias entre os Estados-membros. Portanto, tenho esperança que amanhã o Conselho dê um mandato muito claro ao Eurogrupo para prosseguir essa matéria”, disse, antecipando já a cimeira do euro de sexta-feira, que contará com a participação do presidente do fórum de ministros das Finanças da Zona Euro, Mário Centeno.

Quando à “primeira discussão ao nível do Conselho sobre o Quadro Financeiro Plurianual”, Costa disse ser também “da maior importância para Portugal”, avançando que reafirmará aquelas que têm sido as linhas de visão fundamentais do Governo, em defesa de “um orçamento à dimensão da ambição da Europa, que não sacrifique nem a política de coesão nem a Política Agrícola Comum, nomeadamente o segundo pilar, e que assegure boas condições de execução”.

O primeiro-ministro voltou a defender a necessidade de o orçamento da UE pós-2020 ser “aprovado tão depressa quanto possível, de forma a evitar uma descontinuidade entre quadros comunitários e permitir uma transição o mais harmoniosa possível”.

“Nós achamos que é uma boa ideia da Comissão ligar este Quadro Financeiro Plurianual também ao exercício do semestre europeu. Nós temos de dar sinergias, coerência, aos nossos diferentes instrumentos, e aí pode estar um embrião do futuro orçamento da Zona Euro”, defendeu.

Na carta-convite para a cimeira enviada na quarta-feira aos chefes de Estado e de Governo, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, propõe aos líderes europeus que se estabeleça o outono de 2019 como data indicativa para a conclusão das negociações em torno do próximo quadro financeiro plurianual da União.

A posição de Tusk contraria o desejo já manifestado pela Comissão Europeia e por vários Estados-membros, entre os quais Portugal, que defendem a importância de um acordo sobre o orçamento da UE pós-2020 antes das eleições europeias de maio de 2019.

“Vamos ter uma discussão sobre o orçamento da UE para 2021-2027 (o quadro financeiro plurianual). Ao longo dos últimos meses, o trabalho progrediu rapidamente, e proponho que apontemos para um acordo no próximo outono”, lê-se na carta dirigida por Tusk aos chefes de Estado e de Governo da UE para o Conselho Europeu, na qual os líderes discutirão a proposta orçamental colocada sobre a mesa pelo executivo comunitário, que já por diversas vezes defendeu a necessidade de um acordo antes do final da atual legislatura.

Já sobre a capacidade orçamental para a Zona Euro, as indicações deixadas por Tusk na carta-convite aos líderes europeus vai no sentido da posição defendida por António Costa.

“Para manter o reforço da União Económica e Monetária, proponho que demos instruções aos ministros das Finanças que trabalhem num instrumento orçamental para a Zona Euro”, escreve Tusk, referindo-se a uma das matérias sobre a qual ainda não há consenso entre os 19.

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Pimco, IBM e fundo soberano do Kuwait processam Portugal

  • ECO
  • 13 Dezembro 2018

Em causa está a decisão tomada pelo Banco de Portugal em 2015, que decidiu voltar a passar para o BES a dívida sénior que tinha passado para o Novo Banco um ano antes.

A República Portuguesa está a ser processada por vários fundos geridos pela Pimco e por outras entidades internacionais como o plano de pensões da IBM devido ao Banco Espírito Santo (BES). Em causa está uma decisão tomada pelo Banco de Portugal (BdP) sobre a dívida sénior do banco falido, que a passou para o Novo Banco mas, um ano depois, voltou a passá-la para o BES, onde a recuperação do investimento é limitada, escreve o Jornal de Negócios.

De acordo com o processo publicitado no Citius, a ação deu entrada no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa a 3 de dezembro, na qual a República Portuguesa consta como ré. Desta vez, os “lesados” são os fundos Pimco Low Duration ESG Fund, Pimco Global Bond Opportunities Fun, Kuwait Investment Authority (fundo soberano do Kuwait) e o IBM Personal Pension Plan Trust (plano de pensões da IBM). Apesar das várias tentativas do Governo português em conseguir um acordo, a ação deu entrada em tribunal.

Na base desta ação está a decisão tomada pela instituição liderada por Carlos Costa em 2014, ano de resolução do BES, quando decidiu passar títulos de dívida sénior do banco velho para o Novo Banco e, um ano depois, voltou a passar esses títulos para o BES, limitando aos titulares a capacidade de recuperar os investimentos. Nessa altura, das 52 séries de obrigações seniores existentes no Novo Banco, apenas cinco foram escolhidas, o que leva estes fundos a alegar que houve um tratamento desigual nesse processo.

De acordo com uma fonte próxima do processo, contactada pelo ECO, “os obrigacionistas séniores estão determinados em defender o seu direito a um tratamento igual ao dos demais credores nos tribunais e locais apropriados”, considerando estas passagens de obrigações “ilegais, arbitrárias e contrárias ao interesse público”.

De acordo com a mesma fonte, há ainda outro motivo para esta ação: “A lei portuguesa que transpôs a Diretiva não previu e continua a não prever de forma expressa e clara que os credores de instituições de crédito resolvidas que sejam da mesma classe devem ser tratados de forma igual, de acordo com a hierarquia prevista na lei interna de insolvência”.

Os “lesados” afirmam ainda que esta decisão de retransferência “fragiliza a confiança dos investidores” e impôs “custos e sacrifícios muito relevantes desnecessários aos contribuintes portugueses“, superior a dois milhões de euros. Para além disso, os prejuízos de 1,4 mil milhões declarados pelo Novo Banco em março deste ano e metade da injeção de capital de 800 milhões “serão cobertos pelos contribuintes portugueses através do Fundo de Resolução”.

(Notícia atualizada às 16h04 com mais informação)

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Galp quer tornar refinaria de Sines como uma das mais eficientes da Europa

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2018

Petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva prevê investir 45,2 milhões de euros na refinaria de Sines até 2023.

A Galp prevê investir 45,2 milhões de euros na refinaria de Sines até 2023, com o objetivo de a tornar numa das mais eficientes da Europa em ambiente e eficiência energética, segundo adiantou a petrolífera.

Entre 2013 e 2017 o investimento na infraestrutura atingiu os 42,5 milhões de euros, também nesta área da ecoeficiência. Ao longo de 40 anos de operação, foram investidos quatro mil milhões de euros na refinaria, de acordo com a mesma nota.

Recentemente, a infraestrutura foi alvo de uma intervenção “em que, além da manutenção programada, com intervenções em mais de 450 equipamentos, foi apetrechada com um Catalyst Cooler, que permite o tratamento de matéria-prima mais pesada, aumentando a flexibilidade do aparelho refinador”, informou a Galp.

Assim, a refinaria vai produzir “mais energia, que irá ser utilizada internamente, contribuindo para a diminuição da pegada carbónica”, adiantou a petrolífera.

A Galp detalhou que estas operações duraram 54 dias, envolveram mais de 2.000 pessoas e “uma centena de empresas, das quais 60 portuguesas, envolvendo um investimento global de 58 milhões de euros”, referiu a Galp. Uma parte deste investimento, que a empresa não detalhou, está incluída no investimento planeado até 2023.

O presidente executivo da Galp, Carlos Gomes da Silva, salientou, citado na mesma nota, que esta “é uma instalação central” na estratégia do grupo e que tem merecido toda a atenção “em termos de eficiência energética, em tecnologia de ponta e em equipamentos”.

A refinaria de Sines é a maior exportadora nacional, recordou a Galp, “colocando cerca de 45% da sua produção nos mercados internacionais”. A infraestrutura emprega diretamente 527 trabalhadores e mobiliza outras 500 pessoas de outras empresas, gerando também 2.500 empregos indiretos.

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Quase dois terços das obras nos metros do Porto e Lisboa são pagas pelo Estado

As obras de expansão dos dois metros estarão concluídas em 2023. O Orçamento do Estado paga 63% das obras e o restante é financiado por fundos comunitários.

O Governo aprovou esta quinta-feira a autorização para as despesas com as obras de expansão dos metros do Porto e de Lisboa. No conjunto, este investimento está avaliado em 517 milhões de euros, dos quais 63% são financiados pelo Orçamento do Estado, com a restante fatia a ser paga por fundos comunitários.

De acordo com um comunicado do Ministério do Ambiente e da Transição Energética, que tem a tutela dos transportes públicos, as obras do Metro do Porto custam 307 milhões de euros, dos quais 107 milhões são fundos europeus. Já as obras do Metro de Lisboa estão avaliadas em 210 milhões de euros, dos quais 83 milhões resultam de fundos comunitários.

Nos dois casos, as obras começam no primeiro semestre de 2019 e terminam em 2023.

Em Lisboa será construído um “novo troço de dois quilómetros entre o Rato e o Cais do Sodré, com a construção de duas novas estações (Estrela e Santos). A empreitada inclui ainda a remodelação das instalações do Cais do Sodré e intervenções nos viadutos do Campo Grande, de forma a ligar as atuais linhas Verde e Amarela”, revela o comunicado do ministério tutelado por João Matos Fernandes.

Já no Porto, está prevista “a construção de uma nova linha (Linha Rosa) entre a Casa da Música e São Bento, numa extensão de 2,8 quilómetros e com quatro novas estações subterrâneas (Casa da Música, Galiza, Hospital de Santo António e São Bento)”, acrescenta o comunicado.

“A empreitada contempla também a expansão da Linha Amarela, entre Santo Ovídeo e Vila d’Este, com um troço de 3,2 quilómetros e três novas estações (Manuel Leão, Hospital Santos Silva e Vila d’Este), bem como a construção de um Parque de Material e Oficina, em Vila D’Este”, explica ainda o ministério.

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Expectativa de tréguas na guerra comercial anima Wall Street

Os desenvolvimentos positivos nas relações comerciais entre a China e os Estados Unidos animam os investidores. Os ganhos do setor tecnológico impulsionam as bolsas dos EUA.

Com o avançar das conversações entre os Estados Unidos e a China, os investidores mostram-se otimistas relativamente às tréguas comerciais. Wall Street está em alta, impulsionado principalmente pelos títulos do setor tecnológico.

A China já anunciou que iria diminuir as tarifas sobre os veículos importados dos EUA, e também que as compras de soja e outras culturas vão aumentar. Entretanto, a primeira grande encomenda desde o encontro dos dois líderes já foi feita, de cerca de 1,5 milhões de toneladas de soja.

Perante estes desenvolvimentos, o tecnológico Nasdaq abriu a sessão a subir 0,54% para os 7.136,73 pontos, e o S&P 500 arrancou a somar 0,41% para os 2.661,81 pontos. Também o industrial Dow Jones avança 0,29% para os 24.598,30 pontos.

No setor tecnológico, a Apple sobe 0,85% para os 170,53 dólares, depois de anunciar um investimento de mil milhões de dólares num novo campus no Texas. Também a Amazon avança 0,93% para os 1.678,96 dólares, bem como a Alphabet, que soma 0,73% para os 1.081,54 dólares. Este setor tem sido dos mais castigados perante os receios em torno da guerra comercial.

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PSD avança com novas regras para evitar falsas presenças

  • ECO
  • 13 Dezembro 2018

O líder da bancada parlamentar do PSD anunciou que o partido vai rever as regras internas para evitar polémicas como as de falso registo de presenças e de votações fantasma.

Fernando Negrão anunciou esta quinta-feira que o grupo parlamentar do PSD vai rever as normas internas em janeiro, sobre o exercício da função de deputado. O objetivo é, através de um aumento do “rigor e exigência”, responder às polémicas em que o partido se viu envolvido sobre falsas presenças de deputados e votações fantasma.

A informação está a ser avançada pela TSF e pela SIC e resulta de declarações feitas pelo líder parlamentar da bancada à saída da reunião semanal do grupo parlamentar.

O novo regulamento interna deverá incluir sanções. “Os atropelos à falta de rigor e falta de transparência têm de ser objeto de sanção”, defendeu citado pela TSF, admitindo que esta pode passar pela suspensão ou renúncia, acrescenta a rádio da Global Notícias.

José Silvano tinha presença registada em dois plenários, apesar de estar fora do Parlamento. A deputada do PSD Emília Cerqueira assumiu que “inadvertidamente” tinha marcado presença ao colega de partido.

Na votação do Orçamento do Estado para 2019, a deputada laranja Maria Mercês Borges votou pelo parlamentar Feliciano Barreiras Duarte. A deputada acabou por se demitir das funções que exercia em representação da bancada. Ambas continuam como deputadas.

O líder parlamentar explicou que agora serão recolhidos contributos junto dos deputados sobre como melhorar as regras internas e em janeiro será marcada uma nova reunião para fixar o novo regulamento interno.

O atual regulamento do grupo parlamentar já determina que, nas faltas injustificadas, sejam feitas advertências no caso das primeiras e estipula que, “a partir da sexta falta a reuniões do plenário ou da segunda falta a votações, a direção solicitará formalmente ao deputado a suspensão ou renúncia ao seu mandato”, sem especificar se se refere à sessão legislativa ou legislatura.

(Notícia atualizada às 14h48 com mais informação)

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Futebol português foi o quarto mais gastador em intermediários em 2018

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2018

Clubes portugueses gastaram neste ano o equivalente de 38 milhões de euros em intermediários

Portugal foi em 2018 o quarto país em todo o mundo que mais dinheiro gastou com a utilização de intermediários na transferência de futebolistas, revelou a FIFA, num estudo publicado esta quinta-feira no site oficial.

Segundo a publicação anual do organismo, os clubes portugueses gastaram neste ano o equivalente de 38 milhões de euros em intermediários, 24,7 milhões de euros na contratação de novos jogadores e 13,5 milhões em vendas para outros clubes.

Neste ‘campeonato’, a Inglaterra lidera com alguma vantagem, tendo desembolsado 136,8 milhões de euros, seguida da Itália, que gastou 116,5 milhões de euros, e da Alemanha, que apresenta um valor bem mais baixo de ingleses e italianos, com 49,2 milhões de euros.

Os clubes portugueses gastaram mais do que os espanhóis, que ficaram pelos 33,6 milhões de euros, e franceses, que desembolsaram 29 milhões. O Brasil, no sétimo lugar, é o primeiro país não europeu que aparece na lista, com 13,3 milhões de euros.

Em contratações, a Inglaterra também encabeça a lista, com 114,9 milhões de eurosgastos, enquanto a França surge na frente em vendas, com 22 milhões de euros, com Portugal a aparecer no quinto posto em ambas as categorias.

De acordo com a FIFA, em 2018, foram gastos em todo o mundo o equivalente a 481,6 milhões de euros na utilização de intermediários em transferências, com 96% desse valor a pertencer a clubes que integram a UEFA. Em 2017, o valor tinha-se ficado por 392,8 milhões.

A Itália é o país que mais utilizou intermediários na contratação de novos jogadores, num total de 45,1% das 175 efetuadas, seguida da Inglaterra, com 38,6% das 251 aquisições, numa lista em que Portugal não aparece nos 10 primeiros.

Em vendas, o futebol luso aparece no quinto posto, com 13,6% das 34 transações de jogadores a terem a intervenção de um intermediário. A Croácia lidera esta lista, com 22% das 20 efetuadas.

A FIFA monitoriza o papel dos intermediários em transferências desde 2013, tendo sido pagos desde esse ano o equivalente a 1,88 mil milhões de euros em comissões.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

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BCE revê PIB em baixa. Promete continuar a comprar dívida após subir juros

O presidente da instituição, Mario Draghi, apresentou os primeiros pormenores da próxima fase da política monetária europeia esta quinta-feira, após o Conselho de Governadores.

O Banco Central Europeu (BCE) irá manter os estímulos à Zona Euro através de uma política de reinvestimentos dos juros recebidos pela dívida que detém e do montante dos títulos que atingem as maturidades. Esta estratégia irá manter-se até depois da primeira subida das taxas de juros de referência, que estão atualmente em mínimos históricos, segundo anunciou Mario Draghi esta quinta-feira.

“As compras líquidas no âmbito do programa de compra de ativos (APP) irão terminar em dezembro de 2018. Simultaneamente, estamos a reforçar a nossa forward guidance sobre reinvestimentos. Assim, pretendemos continuar a reinvestir, por completo, os principais pagamentos de ativos, adquiridos no APP, que atinjam as maturidades, por um longo período de tempo, depois da data em que começarmos a subir a taxa de juro de referência do BCE e, em qualquer caso, enquanto for necessário manter condições de liquidez favoráveis e um amplo nível de acomodação monetária”, afirmou Draghi.

Na última reunião do BCE este ano, Mario Draghi deu os primeiros pormenores sobre o curso da política monetária da Zona Euro, em 2019. O banco central vai comprar dívida a um ritmo mensal de 15 mil milhões de euros apenas até ao final do mês.

No início do próximo ano, começará a uma nova fase. Explicou que as taxas de juro diretoras vão continuar nos níveis atuais, pelo menos, até durante o verão de 2019: a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento em 0%, a taxa de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez em 0,25% e a taxa de juro à facilidade permanente de depósito em -0,40%.

Assim, o reinvestimento dos montantes dos títulos que atingem o prazo (que em 2019 será 212 mil milhões de euros) irão acontecer, pelo menos, até depois dessa data. “A política monetária continua muito acomodatícia”, garantiu Draghi.

Além da subida dos juros de referência e dos reinvestimentos, os mercados têm apontado para a possibilidade de o BCE lançar uma nova ronda de empréstimos de longo-prazo aos bancos (LTRO). Questionado sobre essa hipótese, Draghi respondeu que “foi debatido [pelos membros do Conselho de Governadores], mas não em pormenor”. Outros instrumentos não entraram no debate dos governadores, segundo o presidente do BCE.

Aumento dos riscos levam a revisão do PIB

O programa de Quantitative Easing (QE) — iniciado em março de 2015 — levou a um aumento da folha de balanço do BCE em 2,6 biliões de euros, mas Draghi está confiante nos efeitos. “O QE foi o único condutor desta recuperação [económica, após a crise] porque não houve quaisquer estímulos orçamentais”, defendeu.

Sobre o impacto negativo das políticas monetárias (nomeadamente as baixas taxas de juro) na banca, o italiano prefere olhar para o lado positivo. “Estamos a acompanhar o impacto na rentabilidade da banca e quão extenso é. Claro que há efeitos negativos, mas são suplantados pelos benefícios”, afirmou.

Apesar do otimismo sobre a recuperação da economia, a desaceleração está ao virar da esquina e o BCE está mais pessimista sobre o ritmo a que irá chegar. Draghi reviu em baixa as projeções de crescimento em 0,1 pontos percentuais para 1,9%, este ano, e 1,7%, no próximo. Para 2020, o BCE manteve a estimativa de expansão económica de 1,7% e apresentou pela primeira vez uma projeção de crescimento de 1,5%, em 2021.

O QE foi o único condutor desta recuperação [económica, após a crise] porque não houve quaisquer estímulos orçamentais.

Mario Draghi

Presidente do BCE

Os riscos para a economia europeia mantêm-se “amplamente equilibrados”, mas Draghi apontou para incertezas relacionadas com fatores geopolíticos, a ameaça do protecionismo e vulnerabilidades tanto nos mercados emergentes como nos mercados financeiros.

Em sentido contrário, reviu em ligeira alta as projeções para a inflação este ano. O BCE antecipa uma subida dos preços de 1,8% em 2018 (mais 0,1 pontos percentuais que as anteriores projeções), 1,6% em 2019 (menos 0,1 pontos percentuais que as anteriores projeções) e 1,8% no ano seguinte.

Questionado sobre o timing da diminuição dos estímulos e se poderia confrontar-se com uma nova crise, Mario Draghi desvalorizou a questão. “Estamos sempre preocupados, mas temos instrumentos para enfrentar uma possível contingência“, disse, sublinhando que “o QE [que nunca tinha sido utilizado antes na Zona Euro] entrou de forma permanente no conjunto de instrumentos que o BCE tem à disposição e que com potencial de ser usado”.

(Notícia atualizada às 14h40)

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Eleven Sports inglesa em risco. E em Portugal?

A Eleven Sports em Inglaterra está em risco de fechar. Em Portugal, uma fonte da companhia afirma que não se esperam ondas de choque.

As operações da Eleven Sports em Inglaterra poderão estar em risco de fechar, face ao alegado reduzido número de subscritores do serviço e ao acumular de prejuízos pela empresa. A notícia foi conhecida esta quarta-feira à noite pela imprensa internacional. A companhia assume a “hostilidade” do mercado britânico face a novos players e sublinha que está em discussões com os parceiros para reestruturar os atuais contratos de direitos de transmissão da La Liga e da Serie A. E em Portugal?

Em Portugal, a Eleven Sports, liderada por Jorge Pavão Sousa, só tem acordo fechado com a Nowo, que há meses tenta negociar os direitos dos canais da empresa britânica com a Meo, Nos e Vodafone, sem sucesso. Logo, sem receitas expressivas, precisamente o problema que explica a situação de risco de falência em Inglaterra. Em causa, em Portugal, estão os direitos de transmissão da Liga dos Campeões. Do outro lado da barricada está a Sport TV, líder de mercado e que, apesar de ter perdido a Liga dos Campeões, mantém o mais relevante dos trunfos, a Liga Nos.

Oficialmente, após a publicação desta notícia, a Eleven Sports portuguesa reagiu, indicando que “todas as operações” são “independentes nos diversos mercados”. “Como tal, a Eleven Sports Portugal mantém a sua atividade em pleno [em Portugal] sem quaisquer efeitos diretos das notícias tornadas públicas sobre a operação no Reino Unido”, indica fonte oficial.

“Temos um portefólio de referência entre as diversas subsidiárias do grupo, e com contratos plurianuais, pelo que a aposta no mercado português continua a ser estratégica para o grupo”, conclui a mesma fonte. Ainda assim, o ECO sabe que a notícia das dificuldades no Reino Unido está a gerar desconforto em Portugal.

Em Inglaterra, a Eleven Sports adquiriu direitos de futebol como a La Liga e a Serie A, na esperança de chegar a acordos para que os seus canais fossem incluídos na plataforma da Sky, da Virgin ou da BT. No entanto, as negociações falharam e os jogos de futebol têm sido transmitidos pela internet.

(Notícia atualizada às 16h42 com reação oficial da Eleven Sports Portugal)

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BCE mantém juros em mínimos históricos. Estímulos acabam mesmo este ano

O Conselho de Governadores liderado por Mario Draghi reuniu-se esta quinta-feira pela última vez este ano. Em 2019, irá começar uma nova fase da política monetária europeia.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve esta quinta-feira os juros de referência na Zona Euro inalterados, em mínimos históricos. No fim do Conselho de Governadores, a instituição liderada por Mario Draghi reafirmou ainda que os estímulos monetários terminam no fim do ano e que irá seguir-se uma política de reinvestimentos.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento continua em 0%, enquanto as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão em 0,25% e -0,40%, respetivamente.

O Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras do BCE se mantenham nos níveis atuais, pelo menos, até durante o verão de 2019 e, em qualquer caso, enquanto for necessário para assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo”, afirmou o banco central, em comunicado, após o Conselho de Governadores.

No que respeita às medidas de política monetária não convencionais, o Conselho do BCE continuará a efetuar aquisições líquidas de ativos a ritmo mensal de 15 mil milhões de euros até ao final de dezembro. No início do próximo ano, começará a uma nova fase para a política monetária europeu, na qual a instituição liderada por Mario Draghi continuará a comprar dívida, através do reinvestimento dos juros e montantes dos títulos que atingem as maturidades.

O Conselho de Governadores irá reforçar a forward guidance sobre os reinvestimentos. Dessa forma, o Conselho de Governadores tenciona continuar a reinvestir, de forma completa, os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no âmbito do APP durante um período prolongado após o termo das aquisições líquidas de ativos e, em qualquer caso, enquanto for necessário para manter condições de liquidez favoráveis e um nível amplo de acomodação monetária”, acrescentou.

Mario Draghi poderá dar mais pormenores sobre a política de reinvestimentos na conferência de imprensa que se segue, às 13h30. Para já, o banco central afirmou que irá continuar a usar a chave de capital como indicador para as aquisições.

A chave de capital indica a proporção de dívida de cada país que o BCE poderá comprar consoante a parte respetiva dos Estados Membros no total da população e do Produto Interno Bruto (PIB) da União Europeia. Esta foi revista no início do mês, sendo que o BCE terá menor margem para comprar dívida portuguesa, a partir de 2019. A partir de janeiro, o limite de dívida que o BCE pode comprar no total do programa é 1,6367%, em comparação com os atuais 1,7434%.

Portugal está assim entre os 12 países que veem o rácio cair. Neste grupo incluem-se outros países periféricos como Espanha, Itália ou Grécia. Em sentido contrário, 16 Estados-membros têm aumentos, como Alemanha ou França.

(Notícia atualizada às 12h50)

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Parlamento britânico votará acordo do Brexit em janeiro

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2018

Depois de ter sido adiada por May, a votação ao acordo do Brexit vai realizar-se depois de 7 de janeiro, e antes do prazo limite de 21 de janeiro.

O Parlamento britânico votará em janeiro o acordo do ‘Brexit’, que foi negociado entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), após o adiamento da votação marcada para esta semana, anunciou esta quinta-feira o Governo britânico.

A votação será realizada após a retomada parlamentar, prevista para 7 de janeiro, e antes do prazo limite de 21 de janeiro, previamente definido pelo executivo.

Vários deputados exigiram que este acordo fosse votado na próxima semana – antes da pausa parlamentar para a época de festas, que começa a 21 de dezembro -, mas a votação não consta da agenda publicada no Twitter pela responsável das relações do Governo com o Parlamento, Andrea Leadsom.

Perante a perspetiva de um grave fracasso, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou na segunda-feira o adiamento da votação do acordo, agendado para a terça-feira na Câmara dos Comuns. Theresa May havia prometido aos deputados que a votação ocorreria antes do dia 21 de janeiro.

A primeira-ministra – que resistiu na quarta-feira a um voto de censura do seu partido Conservador – falará na próxima segunda-feira diante da Câmara dos Comuns, depois de participar numa cimeira europeia na quinta e sexta-feira, durante a qual tentará angariar garantias dos líderes europeus para “o acordo Brexit ser capaz de satisfazer o Parlamento britânico”.

Em particular, pretende assegurar que a solução de salvaguarda para a Irlanda do Norte, conhecida por ‘backstop’, é uma medida temporária. Esta disposição prevê, como último recurso, manter o Reino Unido numa união aduaneira com a UE para evitar o regresso de uma fronteira dura na ilha da Irlanda.

O líder da oposição britânica, o trabalhista Jeremy Corbyn, defendeu esta quarta-feira que Theresa May deveria submeter o seu acordo à aprovação do parlamento na próxima semana.

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