OCDE defende avaliação de professores para detetar e melhorar falhas

  • Lusa
  • 11 Junho 2018

Relatório mostra que avaliação de professores com o objetivo de detetar e melhorar as suas falhas é uma das políticas aplicadas nos países onde os alunos conseguem ter melhores resultados escolares.

A avaliação de professores com o objetivo de detetar e melhorar as suas falhas é uma das políticas aplicadas nos países onde os alunos conseguem ter melhores resultados escolares, revela um relatório da OCDE divulgado esta segunda-feira.

O estudo da OCDE – “Effective Teacher Policies” – analisou as políticas de desenvolvimento profissional dos professores para tentar descobrir quais as medidas que podem fazer a diferença.

Entre as estratégias aplicadas em 72 países e economias analisados, os investigadores encontraram três pontos comuns nas políticas dos países com melhores desempenhos.

Criar “mecanismos de avaliação de professores com um forte foco no seu desenvolvimento contínuo” é uma das medidas apontadas no estudo.

Para os jovens que se iniciam na carreira é preciso um “período obrigatório e prolongado de prática” durante a formação inicial, segundo o estudo, que defende ainda a necessidade de existir formação continua e variada ao longo da vida.

A OCDE defende ainda que os professores mais experientes podem apoiar os mais jovens “nas tarefas mais desafiadoras” e que devem existir ações “de desenvolvimento profissional sob medida”, para que os docentes tenham as habilidades necessárias para conseguir trabalhar, em especial, nas escolas mais desafiantes.

Sublinhando que os professores são a peça chave para o sucesso dos alunos, a OCDE lembra que é preciso criar condições para que consigam fazer o seu trabalho.

Numa tentativa de perceber como é que os professores podem afetar a equidade do sistema educativo, os investigadores concluíram que os docentes com mais formação e experiência devem estar “nas escolas e salas de aulas mais desafiadoras”.

No entanto, na maioria das escolas mais problemáticas estão os professores mais jovens e com menos experiência, uma situação que é preciso inverter dando incentivos aos que aceitam trabalhar com aqueles alunos.

Aumentar os salários dos docentes que dão aulas em escolas remotas ou problemáticas ou reduzir-lhes o horário de trabalho são algumas das práticas aplicadas em países como a Austrália, Inglaterra, França, Alemanha, Suécia ou Estados Unidos da América.

em Portugal não existem políticas de discriminação positiva para quem aceita estes desafios. Resultado: As escolas mais desafiantes acabam por ser aquelas que têm mais professores jovens, com menos formação e com mais contratos a termo.

A idade dos docentes é importante para o sucesso académico dos alunos, segundo o relatório que ao analisar a situação em 25 países da OCDE concluiu que nas turmas com professores com mais de 30 anos houve uma redução das taxas de reprovação.

Portugal e França são precisamente os países com as taxas de reprovação mais elevadas, apesar de terem vindo a reduzir essa percentagem, segundo dados que compararam a situação vivida em 2005 e em 2015.

Para ter bons professores é preciso atrair os melhores alunos para a profissão, mas os dados da OCDE mostram outra realidade: Apenas 4,2% dos alunos de 15 anos dos países da OCDE tinham como plano futuro ser professor, sendo que é nos países onde os salários dos docentes são mais altos que se encontram mais jovens a querer seguir aquela carreira.

Em Portugal, apenas 1,3% dos jovens que desejam prosseguir estudos no ensino superior têm como objetivo seguir a profissão de professores, ficando assim entre os 13 países com uma taxa abaixo de 1,5%, juntamente com a Letónia, Canada, Dinamarca, Albânia, Colômbia, República Dominicana, Estónia, Indonésia, Jordânia, Peru, Qatar e Emiratos Árabes Unidos.

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Claudia Santos Cruz da MLGTS na Conferência Anual do IDI

Claudia Santos Cruz, consultora da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), foi oradora na Conferência Anual do International Distribution Institute (IDI).

Claudia Santos Cruz, consultora da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), foi oradora na Conferência Anual do International Distribution Institute (IDI), que teve lugar em Florença, nos dias 8 e 9 de junho de 2018.

O IDI é uma organização reconhecida internacionalmente, tratando questões jurídicas no setor da distribuição internacional e do franqueamento.

A presente edição do evento teve como principal mote a gestão e o controlo da distribuição ao nível do retalho.

Claudia Santos Cruz integrou o painel de oradores do dia 9 de junho, subordinado ao tema “How to effectively protect trade secrets in court disputes”.

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Qual o jogador com mais impacto no Mundial? Há uma startup portuguesa que vai descobrir

  • Lusa
  • 11 Junho 2018

A tecnológica portuguesa lançou uma ferramenta para, com base nas interações nas redes sociais, perceber qual o jogador ou evento com maior impacto no Mundial da Rússia.

O Mundial 2018 de futebol vai gerar mais de oito mil milhões de interações nas redes sociais, estima a tecnológica portuguesa Primetag, que lançou esta segunda-feira em Londres uma ferramenta para perceber qual o jogador ou evento com maior impacto no torneio.

A estimativa é feita com base na crescente popularidade da rede social Instagram junto dos jogadores, 88% dos quais usa este meio para comunicar com os seus adeptos, que podem “gostar” ou comentar as fotografias e notas publicadas na plataforma.

Com mais de 128 milhões de seguidores, Cristiano Ronaldo supera com grande margem Neymar ou Leonel Messi, ajudando Portugal a entrar para a lista das seleções com mais reconhecimento, seguida do Brasil, Espanha, Argentina.

Tendo em conta a atividade digital relacionada com Mundial 2018, a Primetag criou uma ferramenta para medir a influência nos mais de 1,1 mil milhões de seguidores que os jogadores que vão participar no torneio possuem atualmente.

Num painel criado para este efeito, é possível perceber qual é o jogador mais popular de um certo país ou continente, bem como as mensagens que estão a gerar mais interesse ou quais as seleções mais ativas nas redes sociais.

Um contador na página contabilizou esta semana mais de 368,5 milhões de interações (gostos ou comentários) resultantes de 2.601 publicações no Instagram relacionadas com o campeonato mundial de futebol.

O internacional francês Bacary Sagna, presente no evento de lançamento em Londres, contou como os jogadores estão a usar as redes sociais para se darem a conhecer aos seus admiradores.

Através de fotografias e pequenas notas, transmitem emoções e momentos mais pessoais, como fotografias dos quartos de hotel, dos treinos ou de cenas de celebração.

“No início não dávamos grande importância, mas hoje em dia até os treinadores tiram selfies e jogadores usam telefones no campo. Querem partilhar parte da vida, é importante para manter o contacto”, justificou.

No final do evento, Manuel Albuquerque, presidente executivo da Primetag, afirma que será possível saber, por exemplo, “qual o atleta que mais cresceu [na rede social Instagram] durante o Mundial e associar isso a um evento em particular“, como foi o golo decisivo marcado por o Éder na final do Europeu 2016.

“Vamos saber se qual foi o impacto na rede social, quanto cresceu e saber se isto tem impacto também nos patrocínios dele”, referiu à agência Lusa em Londres.

A Primetag foi lançada em 2015 com o objetivo de monitorizar a influência de marcas ou influenciadores em áreas como a moda e beleza, viagens, tecnologia, jogos, desporto ou comida, trabalhando com empresas como Unilever, Procter and Gamble, Sonae, Ikea ou TAP.

No ano passado conseguiu atrair um investimento de 1,3 milhões de euros da portuguesa Parthena Investments e fechou o ano com um volume de negócios de milhão de euros.

Em 2018, a previsão é que a faturação cresça 70% para 1,7 milhões de euros graças a uma maior atividade a nível internacional para além do Brasil e Espanha.

“Portugal é excelente incubadora, mas a nível de adesão, é difícil, a decisão demora muito tempo. Em Espanha, França ou Inglaterra é mais rápido, há mais dinheiro e mais oportunidades”, afirmou o responsável.

Esta ferramenta criada para acompanhar o Mundial 2018 “é um trampolim para outros mercados“, assume Albuquerque, que referiu o interesse de equipas de futebol nacionais e estrangeiras em usarem a plataforma da Primetag.

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Rupert Stadler, CEO da Audi, é suspeito no caso Dieselgate

As autoridades alemãs realizaram buscas na casa de Stadler, bem como de um outro membro executivo da Audi, cuja identidade ainda não foi revelada.

As tensões à volta do escândalo Dieselgate da Volkswagen continuam, e arrastam cada vez mais nomes. Desta vez foi o CEO da Audi, Rupert Stadler, e um outro membro do conselho de administração, que foram incluídos no caso. As autoridades alemãs realizaram buscas às casas de ambos, que estão agora acusados de fraude e falsificação de documentos.

De acordo com a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês), o CEO e um outro executivo, cuja identidade não foi revelada, foram implicados no processo através de vários engenheiros. As autoridades de Munique realizaram, esta segunda-feira, buscas nas casas de ambos, tendo depois emitido um comunicado com essas informações.

Rupert Stadler, CEO da AudiITU Pictures/Flickr

Os dois executivos juntam-se, assim, a uma lista com 20 nomes. Ainda de acordo com o jornal Bild (conteúdo em alemão), o ex-CEO do Grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, vai comparecer em tribunal como testemunha, embora haja quem acredite que possa tornar-se suspeito muito facilmente.

Foi em setembro de 2015 que as autoridades norte-americanas revelaram que a marca alemã tinha manipulado o dispositivo das emissões poluentes em veículos a diesel, tendo a empresa mais tarde admitido a fraude. O caso envolveu 11 milhões de carros vendidos em todo o mundo, o que valeu à marca um prejuízo de 25 mil milhões de euros entre 2015 e 2016. Em multas, acordos e outras despesas, a Volkswagen já perdeu mais de 25 mil milhões de euros, diz a Bloomberg.

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Tensão no G7 contagia bolsas. Investidores cautelosos

  • Rita Atalaia
  • 11 Junho 2018

As principais bolsas norte-americanas abriram logo acima da linha de água, numa sessão marcada pela cautela dos investidores. Isto depois de Trump ter retirado o apoio ao comunicado final do G7.

A Alemanha acusou Donald Trump de “destruir” uma grande parte da confiança entre os Estados Unidos e a Europa, ao retirar, com um tweet, o apoio ao acordo final da cimeira de G7. Esta tensão entre os vários países acabou por contagiar as bolsas, com os investidores a manterem-se cautelosos no arranque da semana. As principais praças norte-americanas abriram logo acima da linha de água.

Neste contexto, o Dow Jones abriu em alta ligeira de 0,07% para 25.334,67 pontos, enquanto o S&P 500 está a subir 0,07% para 2.781,30 pontos. Já o índice tecnológico Nasdaq está a avançar 0,09% para 7.652,59 pontos, numa reação à posição dos EUA na cimeira que decorreu este fim de semana.

“Trump não se importa com as convenções. Por isso, cria uma imprevisibilidade que os mercados não gostam”, afirma Maris Ogg, presidente daTower Bridge Advisors, à CNBC. “A política normalmente não tem impacto no mercado a curto prazo. Mas há a possibilidade” de isso acontecer esta semana, acrescenta.

Foi no sábado que o presidente dos EUA, Donald Trump, se dissociou do comunicado final da cimeira do G7, chamando ao primeiro-ministro do Canadá, país anfitrião da reunião, “muito desonesto e fraco” por este ter classificado como insultuosas as tarifas americanas.

“Face às falsas declarações de Justin [Trudeau, primeiro-ministro do Canadá] na sua conferência de imprensa e ao facto de o Canadá estar a impor enormes taxas sobre os nossos agricultores, trabalhadores e empresas americanas, pedi aos nossos representantes americanos que retirassem o apoio ao comunicado enquanto consideramos taxar os automóveis que estão a inundar o mercado americano”, escreveu Trump, na rede social Twitter.

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CEO da Galp está confiante no papel de Moçambique no mercado global do gás

Gomes da Silva acredita que, na próxima década, será Moçambique a dar resposta ao aumento da procura por gás natural provocada pelo forte crescimento do consumo chinês.

Os próximos dez anos serão “a década de Moçambique”. Quem o diz é o líder executivo da Galp, Carlos Gomes da Silva, que acredita que esse país africano deverá assumir um papel estratégico no mercado global do gás natural. Apesar de confiante, em entrevista ao Financial Times, o CEO deixa um aviso: Moçambique tem de evitar ser engolido pelos custos de produção tal como aconteceu com projetos australianos semelhantes.

A Galp está presente nesse país através de uma participação de 10% na Coral Sul. “Estamos a trabalhar para otimizar e para ver se conseguimos ser mais competitivos”, salienta Gomes da Silva sobre esse projeto, que também é participado pela italiana Eni e pela sul-coreana Kogas.

O responsável explica ainda que, apesar da Coral Sul estar numa “boa posição”, é preciso assegurar que beneficia de uma boa execução, já que enfrenta como competidores os gigantes norte-africano, norte-americano e, é claro, do Médio Oriente. Por isso, Gomes da Silva defende que, mais do que cumprir um calendário a qualquer custo, o projeto quer manter os preços baixos da produção. A produção de gás natural liquefeito da Coral Sul deverá arrancar em 2022.

Gomes da Silva está confiante no contributo de Moçambique para o mercado global de gás natural.Paula Nunes / ECO

Moçambique saciará necessidades chinesas

Na próxima década, o forte crescimento das economias emergentes e do consumo chinês de gás natural deverão deixar, no mercado internacional, um vazio que os atuais produtores não serão capazes de saciar. Moçambique poderá vir a preencher essa procura, adianta Gomes da Silva.

“Haverá uma falha no mercado global de gás natural e o nosso projeto encaixa bem com essa lacuna”, afirma o gestor. A Coral Sul está entre os novos projetos da Galp, que permitiram à energética ser uma das melhores empresas do setor, a nível europeu.

No primeiro trimestre deste ano, a gigante portuguesa viu os seus lucros subirem 74% para 135 milhões de euros, sobretudo impulsionados pelos seus projetos brasileiros. Até março, a produção média de petróleo da Galp aumentou 18% e fixou-se acima dos 100 mil barris.

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À procura de casa? Santa Casa tem 12 apartamentos para jovens com rendas a partir de 400 euros

O processo funciona através de candidaturas, que arrancam dia 18 de junho. Até lá, os interessados podem marcar uma visita aos imóveis durante esta semana.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) colocou 12 imóveis disponíveis para arrendamento jovem. Com rendas entre os 400 euros e os 966 euros, o objetivo é “criar condições para o acesso de jovens ao arrendamento de frações habitacionais a preços acessíveis, tendo em conta as condições de mercado”, lê-se no site da instituição. As candidaturas arrancam a 18 de junho.

São dois prédios, localizados nas freguesias da Misericórdia e Santa Maria Maior, em Lisboa. Ambos com três andares, os imóveis contemplam desde T0 a T3, com rendas a arrancar nos 400 euros, no caso de um T1 com 51 metros quadrados. E, em contrapartida, podem chegar aos 900 euros mensais, no caso de um T3 com 122 metros quadrados.

Apartamento T1 na Travessa da Boa Hora,Freguesia Misericórdia, tem uma renda de 670 euros. É um RC com 85 metros quadrados, com um terraço quase do mesmo tamanho.

O acesso aos imóveis é feito através de candidaturas, que arrancam a 18 de junho, às 9h00. Mas, antes dessa parte, os interessados devem agendar uma visita, através do email [email protected], que podem ser realizadas nos dias 11, 12, 14 e 15 de junho, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

As propostas de arrendamento terão de ser enviadas para o mesmo email, devendo os interessados indicar a fração a que se candidatam, bem como anexar todos os documentos requeridos no Manual de Procedimentos para a SCML aceitar a proposta como válida.

Os critérios gerais de acesso são a “idade, a situação laboral e/ou académica e as condições contratuais de arrendamento, isto é, o desconto a aplicar na renda e prazo de duração do contrato”. As candidaturas são posteriormente selecionadas por ordem de receção.

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Cidadãos lesados por leilão de rendas ponderam apresentar queixa contra Câmara de Lisboa

  • Lusa
  • 11 Junho 2018

Cidadãos constituíram informalmente a associação "Os lesados de Medina" e ponderam apresentar queixa contra o município.

Os cidadãos que concorreram ao leilão da empresa municipal Lisboa Ocidental SRU e se sentem prejudicados porque ganharam, mas não lhes chegou a ser atribuída a habitação, constituíram uma associação informal e ponderam apresentar queixa contra o município.

“Nós estamos aqui porque queremos uma resposta nos próximos 15 dias por parte da Câmara”, disse aos jornalistas Rita Castaño, uma das pessoas que venceu este leilão, mas ainda não teve direito à habitação que licitou.

Os vencedores deste leilão a quem não foi entregue a casa juntaram-se e entregaram hoje nos Paços do Concelho uma carta endereçada ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS).

Os cidadãos pedem uma “resposta séria, uma resposta válida” porque “não é o que tem acontecido”, uma vez que “cada resposta que dá é uma trapalhice maior” e, caso essa resposta não chegue no prazo indicado, os cidadãos vão “fazer queixa junto da Provedoria [de Justiça]”, salientou Rita Castaño.

A carta, onde reivindicam o seu “direito à habitação” foi entregue em nome “das famílias que serão prejudicadas pela possível anulação do ‘polémico’ leilão de rendas da SRU e que investiram tempo, dinheiro e expectativas no procedimento de arrendamento”.

Para ganharem força nas suas reivindicações, estes cidadãos constituíram informalmente a associação “Os lesados de Medina”.

Em causa está o leilão de rendas para oito habitações organizado pela empresa municipal Lisboa Ocidental SRU no início deste ano e que está envolto em polémicas.

Na quinta-feira, os vereadores aprovaram uma proposta dos vereadores do Urbanismo, Manuel Salgado, e das Finanças, João Paulo Saraiva, no sentido de “reiterar as orientações transmitidas à Lisboa Ocidental SRU” relativamente ao leilão, “diligenciando para que o concurso seja anulado”.

O documento aponta também que deve ser “aplicável a estes e a futuros arrendamentos o regime da renda convencionada, devendo as mesmas orientações ser implementadas por aquela empresa”.

A proposta conta que, a 22 de maio, foram dadas indicações para anular o procedimento, mas ainda assim foi permitido o arrendamento a três cidadãos em “risco real e iminente de perda de habitação própria”, através da “aplicação da renda mínima prevista no procedimento e observando, com as devidas adaptações, as normas do Programa de Rendas Convencionadas”.

No mesmo dia foi ordenada a “abertura de novo procedimento para o arrendamento das frações remanescentes, no âmbito do Programa das Rendas Convencionadas, em articulação com a vereadora da Habitação”, Paula Marques.

Estas medidas foram ordenadas pelo vereador Manuel Salgado, através de despacho.

“Tendo ganho um concurso, não faz sentido isto acontecer”, considerou Rita Castaño, considerando que a decisão foi “injusta para todos os concorrentes deste concurso, que foram à volta de 120”.

Por isso, a munícipe apelou a todos os concorrentes que se juntem à associação, por forma a terem “mais gente e mais peso” para conseguirem, “de uma forma mais formal, chegar mais longe”.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A EDP reagiu à OPA da China Three Gorges. Mais uma vez, a administração da elétrica considerou o valor oferecido pelos chineses de baixo. Em bolsa, os investidores concordam, continuando a atribuir uma cotação superior aos títulos. Ainda no mercado de capitais, as atenções estão viradas para as moedas virtuais que estão a afundar, isto no dia em que os combustíveis também estão em destaque. Os preços baixaram, mas a diferença face a Espanha continua a ser avultada.

A China Three Gorges ofereceu 3,26 euros por cada ação. A EDP reagiu, de imediato, dizendo que era um preço baixo. E, agora, apesar de reconhecer o mérito da operação, reitera a crítica. Conheça os argumentos.

O ministro das Finanças defende que “os governos europeus não podem dormir sobre os louros”. Perante Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, o presidente do Eurogrupo alertou que “a tentação para a complacência é grande numa altura em que a economia cresce”.

A Bitcoin afundou mais de 11%, no rescaldo de um ciberataque a uma bolsa sul-coreana. Juntamente com as investigações de manipulação dos preços, as moedas virtuais estão a perder milhares de milhões.

No primeiro mês de funcionamento, a ferramenta da Segurança Social que permite estimar a idade de reforma e o valor da pensão futura registou mais de um milhão de simulações, diz o Ministério do Trabalho.

Segundo dados da Comissão Europeia, na semana de 4 de junho, o preço do gasóleo era em média 14 cêntimos por litro mais alto em Portugal, mas na gasolina 95 dispara para 25 cêntimos por litro.

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A receita de Regling para Portugal

O responsável pelo MEE defendeu, em Lisboa, que Portugal deve aproveitar a conjuntura atual para baixar a dívida pública através do controlo da despesa.

O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) defendeu esta segunda-feira que o Governo português deve aproveitar o bom momento para reduzir a dívida, através do controlo da despesa pública. Ao mesmo tempo que fez o aviso, Klaus Regling deixou a receita para Portugal, ao identificar o conjunto de desafios que o país ainda tem pela frente.

“Portugal é um dos exemplos claros da abordagem bem-sucedida da Europa na resposta à crise do euro”, disse o responsável do MEE em Lisboa, numa conferência organizada pelo jornal Público sobre “O futuro do Mecanismo Europeu de Estabilidade”. Apesar disso, o país tem “ainda desafios pela frente”, apontou.

“O elevado nível de dívida pública do país torna-o vulnerável, e o Governo deve usar o ambiente atual favorável para reduzir a dívida através do controlo da despesa pública. Escusado será dizer que, uma vez que o ciclo vire, será mais difícil resolver estes problemas.” Ou seja, a ideia é que a dívida pública baixe de uma forma sustentável e não com a ajuda do crescimento económico.

É, por isso, que Regling se socorre das reformas sugeridas pela Comissão Europeia como receita para Portugal. “As perspetivas para os próximos anos são menos otimistas, já que o crescimento económico deverá voltar ao seu potencial. Assim, Portugal deve manter o espírito reformista”.

Numa conferência que teve o ministro das Finanças, Mário Centeno, a fazer o encerramento e seguindo o guião deixado por Bruxelas, o responsável do MEE deixou então as soluções:

  • Melhorar as qualificações da população ativa adulta, incluindo a literacia digital;
  • Tornar a cobrança de impostos e o controlo da despesa mais efetivo;
  • Tornar o sistema de pensões mais sustentável;
  • Melhorar o desempenho das empresas públicas;
  • Reformar o sistema judiciário;
  • Dar atenção aos bancos menos rentáveis e aos elevados níveis de crédito malparado nos balanços dos bancos.

O responsável pelo MEE defendeu ainda a resposta da Europa à crise e destacou o atual momento que a economia europeia vive. “Como resultado, a economia europeia está agora bem.” Mas também no bloco europeu existem riscos no horizonte.

Regling argumentou que “a nível europeu devíamos usar o momento favorável para resolver as fragilidades na arquitetura na união monetária“, primeiro completando a união bancária e segundo desenvolvendo uma abordagem no MEE um mecanismo de resolução de crises mais abrangente. Quanto a instrumentos orçamentais, Regling admite que há menos consenso.

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OPA à EDP: CTG diz que vai continuar a discutir detalhes da oferta com a empresa

  • Lusa
  • 11 Junho 2018

O vice-presidente executivo da China Three Gorges já reagiu à recusa da EDP em aceitar a OPA. Diz que a CTG vai continuar a debater os detalhes da oferta com a elétrica.

A China Three Gorges (CTG) afirmou esta segunda-feira que vai continuar a debater os detalhes da OPA sobre a EDP com esta empresa, depois de a elétrica portuguesa ter considerado que a oferta tem “mérito”, mas o modelo de implementação “não é claro”.

Vamos discutir nos próximos meses com a EDP”, disse à Lusa o vice-presidente executivo da China Three Gorges (CTG) International, Wu Shengliang, em reação ao relatório ao mercado divulgado na sexta-feira pela EDP.

O Conselho Executivo da elétrica portuguesa, liderado por António Mexia, considerou que “há mérito nas intenções estratégicas” da CTG, que “dependem do seu modelo de implementação, o qual não é claro nesta fase“, pedindo clarificação.

A mesma nota acrescenta que a EDP não dispõe de “elementos suficientemente claros sobre quanto tempo a CTG Europe pretende preservar a identidade portuguesa da EDP e a sua qualidade de sociedade cotada em Lisboa, do modelo societário previsto que garantiria autonomia do centro de decisão e como é que este modelo proporcionaria proteção adequada aos acionistas minoritários, nomeadamente na eventualidade de conflitos de interesse decorrentes da contribuição de ativos”.

Entre os méritos reconhecidos na proposta anunciada no passado dia 11 de maio, António Mexia refere a intenção da CTG de “aportar os ativos detidos pela China Three Gorges Corporation na EDP, através de subsidiárias, no Brasil e na União Europeia”, a possibilidade de expansão para o mercado eólico ‘offshore’ (no mar) chinês, o reforço do perfil de crédito da EDP e a intenção de manter uma política de dividendos estável.

“Os méritos das intenções acima descritas dependem do seu modelo de implementação, o qual não é claro nesta fase”, lê-se no relatório.

Em 11 de maio passado, a CTG anunciou a intenção de lançar uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, cujo pedido foi registado junto do regulador, sem alterações ao preço oferecido inicialmente.

O preço oferecido pela CTG é a principal razão pela qual a administração da EDP recomenda aos acionistas que não aceitem esta oferta, por não refletir adequadamente o valor da elétrica, pois o prémio implícito na oferta é baixo, considerando a prática pelas empresas europeias do setor.

“O prémio implícito no preço oferecido encontra-se significativamente abaixo do que é a prática em transações em dinheiro no setor europeu das ‘utilities’, no mercado ibérico e mais genericamente no mercado europeu, em casos em que o oferente adquire controlo”, refere, realçando que está abaixo do oferecido em 2011, quando a CTG adquiriu 21,35% da elétrica.

Esta tomada de posição foi aprovada em reunião do Conselho de Administração Executivo da EDP realizada na quinta-feira, por unanimidade dos membros, e recebeu, na sexta-feira, parecer favorável do Conselho Geral e de Supervisão, órgão liderado por Luís Amado.

Também o Conselho de Administração da EDP Renováveis, liderado por Manso Neto, recomendou aos acionistas “não aceitar o preço da oferta” da CTG, por não traduzir o valor da empresa, e considerou que “o calendário proposto subjacente à oferta poderá não corresponder aos melhores interesses dos acionistas da EDP Renováveis e deveria ser clarificado”.

A CTG, que já detém 23,27% do capital social da EDP, pretende manter a empresa com sede em Portugal e cotada na bolsa de Lisboa.

Caso a OPA sobre a EDP tenha sucesso, a CTG avançará com uma oferta pública obrigatória sobre 100% do capital social da EDP Renováveis (EDPR) a 7,33 euros por ação.

A EDP controla 82,6% do capital social da EDPR, que tem a sua sede em Madrid.

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Ministro das Infraestruturas lamenta “greve repetida” na CP mas Governo não vai ceder

  • Lusa
  • 11 Junho 2018

O ministro das infraestruturas diz que nas reivindicações dos trabalhadores da CP está em causa uma alteração de um regulamento que o Governo não alterou e não está a pensar alterar. Logo, não cede.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, lamentou esta segunda-feira “os impactos” de uma “greve repetida” na CP (Comboios de Portugal) mas apontou que o Governo não vai ceder às reivindicações dos trabalhadores.

“A greve é um direito completamente legítimo dos trabalhadores, contudo o que está aqui em causa é a alteração de um regulamento que o Governo não alterou e não está a pensar alterar“, disse Pedro Marques.

O governante, que falava à margem de uma visita às obras de requalificação da estação General Torres, concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, apontou que o “regulamento português é semelhante em toda a Europa, excetuando um país de leste”, estando em curso “há décadas”.

Em causa está um protesto dos ferroviários que criticam a circulação de comboios com um só agente.

A CP já alertou que a greve marcada para esta terça e quarta-feira vai afetar a circulação de comboios e suprimir algumas ligações.

Pedro Marques disse que acatar as reivindicações poderia significar “o pagamento de milhões e milhões de euros de indemnizações às concessionárias que têm a concessão de alguns troços de rede” e disse que a CP, “apesar das regras regulamentares funciona com dois agentes”.

Este tipo de greve repetida penaliza muito as populações. Apenas posso lamentar os impactos da greve nas populações, mas é um direito legítimo dos sindicatos fazerem greve”, concluiu o ministro que rumou de seguida a Espinho, distrito de Aveiro, onde esta manhã faz o lançamento da empreitada de modernização do troço Espinho/Gaia, investimento integrado na obra de requalificação da Linha do Norte.

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