Reservas dos EUA derrubam petróleo. Brent abaixo dos 80 dólares

As cotações do petróleo estão sob forte pressão nos dois lados do Atlântico. Preço do barril cai em torno de 3%, após nos EUA ter sido divulgado um aumento das reservas da matéria-prima.

O “ouro negro” está sob forte pressão. As cotações do petróleo desvalorizam em torno de 3% nos dois lados do Atlântico, depois de ter sido divulgado um aumento das reservas nos EUA na última semana. A cotação do barril de Brent segue abaixo dos 80 dólares.

O barril de Brent segue a desvalorizar 2,31%, para os 79,53 dólares, no mercado londrino. Ao mesmo tempo, o barril de crude recua 2,85%, para os 69,87 dólares, em Nova Iorque, quebrando a fasquia dos 70 dólares pela primeira vez em quase um mês (21 de setembro).

Petróleo em queda

A acentuada quebra de valor do “ouro negro” acontece depois de, nesta quarta-feira, ter sido divulgado um aumento das reservas de crude na semana passada nos EUA. Dados divulgados pela agência de energia norte-americana apontam para que na semana passada, os inventários de crude tenham crescido em 6,5 milhões de barris.

Esse valor quase que triplica as previsões dos analistas que esperavam um aumento de 2,2 milhões de barris.

“O relatório foi negativo, tendo em conta a grande subida nos inventários de crude”, afirmou John Kilduff, especialista da Again Capital Management, citado pela Reuters.

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Família Sonae sustenta bolsa. EDP avança com entrada de fundo ativista

Praça lisboeta contrariou sentimento negativo lá fora. Cotadas da família Sonae continuam a evidenciar apetite comprador após falhanço da OPV do retalho. EDP também esteve em destaque.

A bolsa portuguesa avançou pela segunda sessão consecutiva, com a família Sonae em destaque. Também as ações da EDP foram protagonistas do dia, depois de o fundo Elliot Management do investidor ativista Paul Singer ter anunciado que comprou uma posição qualificada na elétrica nacional superior a 2%.

O PSI-20, o principal índice português, somou 0,30% para 5.058,08 pontos, com dez cotadas a fechar acima da linha de água. A Sonae avançou 3,27% e a Sonae Capital ganhou 2,67%, nos melhores desempenhos do dia (juntamente com os CTT), mantendo-se atrativas para os investidores depois do falhanço da venda da unidade de retalho Sonae MC.

Outro destaque do dia: a EDP, que chegou a ganhar mais de 2% durante a manhã, mas fechou o dia em alta de 0,67% para 3,14 euros, isto depois de ter comunicado ao mercado que o fundo Elliot Management passou a deter quase 2,3% do capital da elétrica, num investimento avaliado em 260 milhões de euros.

EDP avança após a entrada do fundo abutre

Entre as grandes cotadas, também a Galp e Jerónimo Martins tiveram um dia positivo, com ganhos entre 0,2% e 0,4%. E as ações do BCP ganharam 0,21% depois de a Moody’s ter melhorado o rating do banco.

A travar maiores ganhos em Lisboa esteve a papeleira Altri (-3,29%) e a Semapa (-2,22%). A Navigator disse na segunda-feira que a passagem do furacão Leslie por Portugal vai obrigar à paragem da sua fábrica na Figueira da Foz durante uma semana.

Lá por fora, grande parte dos principais índices fechou no vermelho. Em Milão, o FTSE-Mib caiu 1,31% e registou a maior queda no Velho Continente, perante notícias de que a Comissão Europeia vai rejeitar a proposta orçamental submetida pelo Governo no início desta semana. Em Paris e Frankfurt, as quedas foram de 0,5%. O índice de referência europeu Stoxx 600 perdeu 0,44%.

(Notícia atualizada às 16h53)

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Chefe do Estado-Maior do Exército apresenta demissão

O Chefe do Estado-Maior do Exército apresentou a demissão esta manhã. A decisão da exoneração cabe agora ao Governo. Rovisco Duarte invoca razões pessoais.

Dois dias depois da tomada de posse do novo ministro da Defesa, o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) demite-se. Segundo foi avançado pela TVI 24 e confirmado pela nota publicada no site da Presidência da República, o general Rovisco Duarte apresentou, esta quarta-feira de manhã, o pedido de demissão ao Presidente da República, que entretanto já remeteu o pedido para o Governo. Será agora ao Executivo que caberá propor a exoneração.

O Presidente da República recebeu hoje uma carta do General Francisco José Rovisco Duarte, que, invocando razões pessoais, pede a resignação do cargo do Chefe de Estado-Maior do Exército”, lê-se na nota referida. “A carta foi transmitida ao Governo, a quem compete, nos termos constitucionais e da Lei orgânica das Forças Armadas, propor ao Presidente da República a exoneração de chefias militares, ouvido o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas”, acrescenta o mesmo comunicado.

Esta saída acontece pouco depois de o presidente do PS ter dito que esperava que também haja “consequências” do caso Tancos “do ponto de vista das Forças Armadas”. Em declarações à TSF, Carlos César disse que a saída de Azeredo Lopes da pasta da Defesa deu “um novo fôlego”, mas não é suficiente, apontando mesmo a eventual saída de Rovisco Duarte, o que acabou por se confirmar.

O caso do roubo das armas de Tancos tem colocado o CEME (cujo mandato terminava em abril) debaixo de fogo. Recorde-se que Azeredo Lopes saiu do Ministério da Defesa fragilizado pelo alegado “encobrimento” do esquema criado em torno da recuperação as armas furtadas em Tancos, no ano passado.

Rovisco Duarte diz ao Exército que “circunstâncias políticas” exigiram demissão

O general Rovisco Duarte justificou perante o Exército o pedido de demissão do cargo de Chefe do Estado-Maior do ramo afirmando que “circunstâncias políticas assim o exigiram”, disseram à Lusa fontes militares. Segundo fontes militares contactadas pela Lusa, o general comunicou “por escrito”, através da rede interna do Exército, que apresentou ao Presidente da República a sua carta de resignação.

“Circunstâncias políticas assim o exigiram”, justificou Rovisco Duarte, que foi escolhido pelo anterior ministro da Defesa, Azeredo Lopes, para substituir Carlos Jerónimo que se demitiu na sequência da polémica que envolveu a direção do Colégio Militar, a propósito de uma alegada discriminação em função da orientação sexual.

O mandato de Frederico Rovisco Duarte, que terminaria em abril do próximo ano, estava sob contestação desde o furto de material militar dos paióis de Tancos, divulgado em 29 de junho do ano passado, desde logo, internamente, quando decidiu exonerar, e depois renomear, cinco coronéis no âmbito da investigação interna ao furto. Aquela decisão motivou a demissão de dois generais do Exército, Antunes Calçada e António Menezes.

Costa considera “normal” pedido de demissão de Rovisco Duarte por “motivos pessoais”

O primeiro-ministro, António Costa, disse em Bruxelas que o general Rovisco Duarte justificou o seu pedido de demissão do cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército com “motivos pessoais”, considerando “normal” o processo da sua exoneração.

“O senhor Presidente da República entregou hoje ao Governo uma carta que lhe foi entregue pelo general Rovisco Duarte, pedindo a sua demissão por motivos pessoais e, portanto, está agora a decorrer o processo normal tendo em vista a sua exoneração e a designação do novo Chefe do Estado-Maior do Exército”, declarou António Costa, à entrada para o Conselho Europeu, em Bruxelas.

Questionado sobre se foram “circunstâncias políticas” que motivaram o pedido de demissão de Rovisco Duarte, António Costa remeteu para a carta que lhe foi entregue por Marcelo Rebelo de Sousa, argumentando que é “nessa base” que o Governo trabalha. “É um processo normal que o senhor general saia”, concluiu.

(Notícia atualizada às 19h09 com mais informação)

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Carlos Alexandre vai ser alvo de inquérito disciplinar por levantar dúvidas sobre sorteio do processo Marquês

Em causa as dúvidas sobre a transparência do sorteio informático que colocou nas mãos de Ivo Rosa a responsabilidade pela instrução criminal da Operação Marquês.

O juiz Carlos Alexandre vai ser alvo de um inquérito disciplinar, segundo apurou o ECO. Em causa as dúvidas levantadas pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal sobre a transparência do sorteio informático que colocou nas mãos de Ivo Rosa a responsabilidade pela instrução criminal da Operação Marquês. Em entrevista à RTP, que passa hoje à noite, Carlos Alexandre diz que “há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor” de acordo com o número de processos atribuídos a cada juiz.

Deste modo, questionado sobre se a distribuição de processos consecutivos a um determinado juiz pode colocar em causa a aleatoriedade do sorteio, Alexandre responde: “Sim, pode alterar-se significativamente”.

“Dada a gravidade das declarações prestadas foi determinado, por despacho hoje proferido pelo Vice-Presidente do Conselho Superior da Magistratura, Conselheiro Mário Belo Morgado, a abertura de inquérito, para cabal esclarecimento de todas as questões suscitadas pela entrevista em causa que sejam suscetíveis de relevar no âmbito das competências do CSM”, esclareceu o comunicado do órgão que fiscaliza os magistrados judiciais.

Em causa está o sorteio informático realizado a 28 de setembro que acabou por escolher por escolher Ivo Rosa para a fase de instrução criminal da Operação Marquês. Deveria ter sido Carlos Alexandre a presidir a distribuição, mas o juiz decidiu colocar folgas e, portanto, não esteve presente. E acabou por ser assistido apenas por jornalistas e pelo magistrado Ivo Rosa.

O CSM vai ainda analisar de que forma funciona o sistema informático que distribui, em princípio de forma aleatória, os processos judiciais pelos vários juízes existentes em cada tribunal. Também irá tentar perceber se houve alguma anomalia na distribuição de processos no Tribunal Central de Instrução Criminal.

“No decurso do dia de hoje, a RTP tem transmitido extratos de uma entrevista concedida pelo Senhor Juiz Dr. Carlos Alexandre, os quais estão a ser interpretados em diversos órgãos de Comunicação Social como reportados a determinado processo concreto e dirigidos a pôr em causa o respetivo ato de distribuição no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). De acordo com todos os elementos técnicos disponíveis, a distribuição eletrónica de processos é sempre aleatória, não equilibrando diariamente, nem em qualquer outro período temporal susceptível de ser conhecido antecipadamente, os processos distribuídos a cada juiz”, diz a mesma nota do CSM.

O juiz Ivo Rosa era a escolha mais esperada entre os arguidos deste megaprocesso, depois de Carlos Alexandre ter estado à frente da fase de inquérito, e por Ivo Rosa ser conhecido por dar algum “travão” às teses defendidas pelos procuradores do Ministério Público.

“Calhou-me a mim”, disse o juiz, que deixou a sala do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) onde foi feito o sorteio, assim que o resultado foi revelado, à frente de uma dúzia de jornalistas e apenas uma advogada.

O processo de seleção do juiz teve por base um sorteio — feito por via eletrónica — e o resultado foi um de dois cenários possíveis, dado que Ivo Rosa só divide o TCIC com o juiz Carlos Alexandre.

Recorde-se que a Operação Marquês tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, que está acusado de 31 crimes. O inquérito deste processo resultou na acusação de 28 arguidos — 19 pessoas (entre as quais o ex-ministro Armando Vara e o banqueiro Ricardo Salgado) e nove empresas — e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes económico e financeiros.

Esta nova fase de instrução é uma fase processual, meramente facultativa. Na prática consiste numa espécie de “pré-julgamento”, isto é, visa confirmar ou não os indícios recolhidos na fase de investigação e pode ser requerida pelos arguidos como forma de tentar impedir que cheguem a julgamento. Poderá, por isso, resultar no fim do processo, caso Ivo Rosa decida dar razão às defesas e não seguir para a próxima fase.

Perante este cenário, o juiz Ivo Rosa ficará agora em exclusividade para a instrução de dois processos no Tribunal Central de Instrução Criminal que tem em mãos, que vigorará até que sejam proferidas as respetivas decisões instrutórias.

Ainda segundo o Conselho Superior da Magistratura, enquanto durar o regime de exclusividade, Ivo Rosa será substituído, no serviço remanescente, pela juíza Ana Peres.

Dos 28 arguidos houve 13 a pedirem a abertura desta fase, entre eles José Sócrates, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Hélder Bataglia e Carlos Santos Silva.

Apenas Ricardo Salgado não requereu seguir para instrução. Os advogados do ex-banqueiro defenderam que o arguido “não pretende sujeitar-se ao risco de se submeter a este cenário”.

Sobre ter calhado a Ivo Rosa esta fase, o advogado de Sócrates João Araújo disse ao ECO que “o resultado não importa, mas finalmente no processo há um juiz legal e não um escolhido pelo Ministério Público. Não gostaria que fosse o Carlos Alexandre porque não é um juiz imparcial“, rematou.

“Não tenho qualquer comentário, a não ser a manifestação do respeito pelo trabalho dos senhores magistrados, em geral, e do senhor magistrado em causa, em particular, tendo testemunhado ao longo dos anos a sua isenção, o seu saber e empenho, à semelhança, aliás, de outros com quem tenho trabalhado e que igualmente considero” referiu Rui Patrício, advogado de de Hélder Bataglia, sobre a escolha de Ivo Rosa, ao ECO.

João Medeiros, advogado de Diogo Ferreira, e Francisco Proença de Carvalho, advogado de Ricardo Salgado, não quiseram comentar o resultado. Já a advogada de Carlos Santos Silva, Paula Lourenço, afirmou que fica “satisfeita por não ser o mesmo juiz que fez o acompanhamento de toda a fase de inquérito”. Tiago Rodrigues Basto, advogado de Armando Vara, declarou que “a questão não era que tinha de ser o juiz Ivo Rosa. Não podia era ser Carlos Alexandre. Agora temos um juiz que vai aferir o que se passou e se há algum problema para a validade dos atos praticados por Carlos Alexandre”.

O juiz madeirense é conhecido por ser reservado, mas polémico, já que é habitual recusar as diligências dos procuradores nas suas decisões, o que lhe tem valido vários recursos e a fama de “persona non grata” entre o Ministério Público. Exemplo mais recente disso foi com o caso dos CMEC, da EDP, em que Ivo Rosa não autorizou buscas ao ex-ministro da economia Manuel Pinho e invalidou a sua constituição como arguido.

Muitos dos seus julgamentos acabaram em absolvições nas Varas Criminais, dado que o juiz costuma decidir com base na existência ou não de uma prova direta, isto é, uma prova considerada categórica ou científica, mais típica em casos de homicídio, e difícil de obter em crimes económicos, onde a prova é, regra geral, de natureza circunstancial.

Entre as decisões mais polémicas estão a do caso do “gangue do multibanco”, em que Ivo Rosa absolveu 11 dos 12 arguidos envolvidos, por não existir, precisamente, nenhuma prova direta. Entre vários crimes, os suspeitos estavam acusados de associação criminosa, roubos e furtos qualificados por assaltarem caixas automáticas. Apenas um membro foi condenado, mas por tráfico de droga.

A decisão foi recorrida e os juízes da Relação de Lisboa anularam a decisão da primeira instância e mandaram repetir o julgamento com outro coletivo, entendendo que foi “com um misto de incompreensão e perplexidade” que tentaram entender as absolvições. Quanto à apreciação da prova consideraram ter mesmo havido um “erro grosseiro e ostensivo”. Em abril de 2012, no segundo julgamento, foram condenados oito dos 12 elementos do grupo, cinco dos quais a penas de prisão efetivas.

As posições de Ivo Rosa já lhe valeram várias participações de procuradores ao Conselho Superior de Magistratura, além de vários recursos para a Relação de Lisboa, muito dos quais alteraram as suas decisões.

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Instituto Português de Corporate Governance celebra 15 anos

  • ECO + IPCG
  • 17 Outubro 2018

Dia 25 de outubro, o IPCG realiza conferência comemorativa com o tema: Corporate Governance: criação de valor para a sociedade.

O IPCG – Instituto Português de Corporate Governance celebra este ano o seu 15.º aniversário. Como associação de direito privado, o IPCG tem por missão promover a difusão das boas práticas do governo societário contribuindo, desta forma, para a melhoria da eficiência económica dos mercados, do crescimento sustentável e da estabilidade financeira.

O ano de 2018 fica marcado pela concretização de um objetivo central à atividade do IPCG, a implementação, em Portugal, de um código de governo societário fundado no princípio da autorregulação.

Para assinalar o aniversário e destacar o papel que lhe cabe desempenhar no cumprimento dos objetivos traçados, o IPCG organiza, no próximo dia 25 de outubro de 2018, no CCB – Centro Cultural de Belém, em Lisboa, uma conferência subordinada ao tema “Corporate Governance: criação de valor para a sociedade”.

Programa e inscrições aqui.

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Tancos leva ministro a sair. César espera que também haja consequências nas Forças Armadas

  • ECO
  • 17 Outubro 2018

Carlos César considera que, depois da saída de Azeredo Lopes, é esperado que as "consequências" também cheguem às Forças Armadas.

A demissão do ministro da Defesa “traz um novo fôlego e uma nova autoridade”, mas o caso Tancos não pode ficar por aí. Quem o diz é o presidente dos socialistas, que espera que também haja “consequências do ponto de vista das Forças Armadas”. Neste sentido, em declarações à TSF, Carlos César indica mesmo a eventual saído do Chefe do Estado-Maior do Exército.

Sobre a remodelação realizada no seio do Executivo, o socialista diz que foi uma “opção” de António Cosa, que entendeu que a “substituição desses titulares” seria vantajosa para determinadas áreas.

“Tratando-se de áreas onde não se observou um impedimento de nenhum dos seus titulares, trata-se de uma opção do primeiro-ministro de avaliação do desenvolvimento da atividade governativa nessas áreas e o seu entendimento é que elas ganhariam um novo fôlego com a substituição desses titulares”, sublinhou César.

Além disso, o presidente do PS notou que “as remodelações neste momento demonstram que somos todos Costa”.

Por outro lado, também à TSF, o social-democrata Luís Montenegro salientou que estas alterações são “um ato de confissão de falhanço político”, que resulta de uma “crise governativa”. O parlamentar defendeu ainda que a remodelação é apenas “uma mudança de cosmética, uma mudança de caras” que não trará qualquer “alteração substantiva”.

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Netflix dispara em Wall Street, mas não é suficiente para animar as bolsas

No dia em que a Netflix revelou ter quase sete milhões de subscritores, a deceção dos investidores com os resultados da IBM e as expectativas perante a divulgação das atas da Fed falaram mais alto.

As bolsas norte-americanas abriram a registar uma ligeira queda depois de, na terça-feira, Wall Street ter recuperado das sessões anteriores. No dia em que a Netflix superou todas as expectativas ao arrecadar quase sete milhões de subscritores, a deceção dos investidores com os resultados da International Business Machines (IBM) e as expectativas antes da divulgação das atas da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) falaram mais alto.

Neste contexto, o S&P 500 abriu a recuar 0,1%, para 2.807,76 pontos, em linha com o industrial Dow Jones, que está a desvalorizar 0,57%, para 25.659,28 pontos. Já o tecnológico Nasdaq é a estrela desta sessão, a avançar 0,17%, para 7.658,546 pontos.

A pressionar as principais praças de Wall Street estão os resultados trimestrais da IBM, que apresentou uma quebra das receitas superior ao que os analistas estimavam. Com os investidores desanimados, a tecnológica abriu a sessão a afundar 7,38% para 134,43 dólares.

Além disso, os investidores esperam a divulgação, ainda na tarde desta quarta-feira, das atas relativas à reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos que foi realizada em setembro e que resultou no terceiro aumento dos juros decretado em 2018.

Destaque para a Netflix, que está a avançar 7,05%, no dia em que anunciou ter arrecadado sete milhões de subscritores no terceiro trimestre, em comparação com os 5,07 milhões previstos pelos analistas e os cinco milhões previstos pela própria empresa.

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Rui Rio considera proposta de Orçamento eleitoralista e enganadora

  • Lusa
  • 17 Outubro 2018

"Este é um orçamento que não aposta no futuro, aposta no presente, e em 2019 apostar no presente significa apostar nas eleições", diz Rui Rio.

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou, esta quarta-feira, que a proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) apresentada pelo Governo é eleitoralista e enganadora, mas escusou-se a adiantar o sentido de voto dos deputados sociais-democratas.

“Este orçamento, ainda não tive oportunidade de o ver com todo o detalhe (…), mas o principal já se consegue ver: este é um orçamento que não aposta no futuro, aposta no presente, e em 2019 apostar no presente significa apostar nas eleições. E, portanto, todas as folgas que há é para distribuir, e isto tem uma marca ideológica, do PS, e particularmente do Bloco de Esquerda e do PCP”, declarou Rio.

O líder do PSD falava aos jornalistas em Bruxelas à margem de uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE).

Rui Rio reagiu, esta quarta-feira, pela primeira vez à proposta de OE2019 apresentada na segunda-feira, perto da meia-noite, pelo Governo de António Costa, tendo considerado que há “um bodo aos eleitores”, mas também “há uma mistura de medidas que não são com o Governo está a dizer, que pretende enganar os eleitores”.

Rio escusou-se a revelar se o PSD votará contra este orçamento na votação na Assembleia da República, apontando que essa será uma decisão a ser tomada pelo partido em sede da comissão política nacional, que se reunirá na próxima semana, mas observou que “este orçamento vai na linha dos outros, para pior um bocado”.

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Juiz Carlos Alexandre com dúvidas sobre sorteio do processo Marquês

  • ECO
  • 17 Outubro 2018

O juiz Carlos Alexandre tem dúvidas sobre a transparência do sorteio informático que colocou nas mãos de Ivo Rosa o Processo Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

O juiz Carlos Alexandre tem dúvidas sobre a transparência do sorteio informático que colocou nas mãos de Ivo Rosa a responsabilidade pela instrução criminal da Operação Marquês. Em declarações à RTP, Alexandre diz que “há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor” de acordo com o número de processos atribuídos a cada juiz.

Em 33 anos de carreira, nunca tinha faltado. Mas no dia do sorteio que decidiria qual o magistrado que ficaria encarregue da fase de instrução do processo da Operação Marquês que envolve o primeiro-ministro, Carlos Alexandre não foi trabalhar.

“Há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor consoante o número de processos que existem entre mais do que um juiz”, defende o juiz. Em causa estará ainda a distribuição do processo, que não terá sido alegadamente todo distribuído ao juiz Ivo Rosa. “Foi apenas distribuída uma parte do processo”, defendeu o magistrado, sem nunca se referir em concreto ao processo em causa.

 

Neste sentido, entre o final de agosto e 10 de setembro, foram atribuídos três processos seguidos a Carlos Alexandre (sendo que apenas um desses processos terá sido distribuído de forma normal, de acordo com o juiz). Além disso, o juiz Ivo Rosa declarou-se incompetente num dos processos que tinha em mãos, diminuindo a diferença de processos entre ambos os magistrados, isto é, Rosa ficou apenas com mais um processo do que Alexandre, atenuando a diferença original de cinco processos.

Deste modo, questionado sobre se a distribuição de processos consecutivos a um determinado juiz pode colocar em causa a aleatoriedade do sorteio, Alexandre responde: “Sim, pode alterar-se significativamente”.

Em causa está o sorteio informático realizado a 28 de setembro que acabou por escolher por escolher Ivo Rosa para a instrução criminal da Operação Marquês. Deveria ter sido Carlos Alexandre a presidir a distribuição, mas o juiz decidiu pedir folgas e, portanto, não esteve presente.

Em declarações à estação de televisão pública, Carlos Alexandre sublinha ainda que o Tribunal de competência territorial alargada poderá vir a ser extinto muito em breve.

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Moody’s melhora rating dos Açores e Madeira

  • Lusa
  • 17 Outubro 2018

A agência de notação financeira melhorou os ratings atribuídos aos Açores, de "Ba2" para "Ba1", e à Madeira, de "B1" para "Ba3".

A agência de notação financeira Moody’s melhorou os ratings atribuídos aos Açores, de “Ba2” para “Ba1”, e à Madeira, de “B1” para “Ba3”, e reviu em baixa a perspetiva para ambas as regiões autónomas de positiva para estável.

Numa nota de análise divulgada na terça-feira à noite, a Moody’s justifica a subida de rating com a redução do “risco sistémico” associada ao “fortalecimento do perfil da dívida soberana de Portugal” (já traduzido numa melhoria do rating do país de “Baa3” para “Ba1”, na última sexta-feira) e à consolidação orçamental e do crescimento económico do país, que “contribuiu para fortalecer o perfil de crédito das duas regiões autónomas”. Adicionalmente, a agência de notação aponta a “elevada probabilidade da atribuição de apoios por parte do Governo central às duas regiões autónomas”.

Quanto à deterioração, de positiva para estável, da perspetiva para os Açores e para a Madeira, a Moody’s diz que traduz a expectativa de que os dois governos regionais “vão beneficiar de receitas fiscais mais elevadas e de transferências adicionais por parte do Governo central à medida que o desempenho da economia portuguesa for melhorando”, assim como a perspetiva de que o saldo da dívida de ambas as regiões “continuará a manter-se muito alto”. Por outro lado, a perspetiva estável fica em linha com o rating de Portugal, revisto em alta pela agência na passada sexta-feira para “Baa3′” com perspetiva estável.

Para a Moody’s, a melhoria do ratingde Portugal “reflete-se também a nível regional, dada a forte correlação entre os riscos de crédito” das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e o Governo central, “refletido em ligações macroeconómicas, fatores institucionais e condições dos mercados financeiros”. Nota ainda que a base de receitas de ambas as regiões “vai aumentar à medida que as perspetivas económicas do país se traduzirem gradualmente em receitas fiscais partilhadas mais altas e num aumento das transferências estatais para os respetivos governos regionais”, o que suportará o esforço de melhoria dos défices e dos resultados orçamentais das duas regiões.

“Por outro lado, embora os níveis de dívida regionais devem continuar a aumentar nos próximos dois a três anos, a Moody’s acredita que o rácio líquido direto e indireto da dívida sobre o rendimento operacional das duas regiões deverá diminuir, à medida que a economia de Portugal continue a melhorar”, acrescenta.

No caso dos Açores, a agência de notação refere que a melhoria do rating de “Ba2” para “Ba1” “reflete as expectativas de que o elevado nível de dívida líquida direta e indireta vai diminuir em 2018 para cerca de 205% das receitas operacionais, face aos 215% de 2017”, na sequência do expectável aumento dos rendimentos operacionais. Adicionalmente, diz acreditar que o saldo bruto operacional dos Açores vai subir em 2018 e nos anos seguintes, ajudando a região a reduzir o seu défice de financiamento de -7% do rendimento operacional de 2017.

No caso da Madeira, a revisão em alta do rating para “Ba3” reflete “a forte ligação com o Governo de Portugal, já que 86% da dívida da Madeira é através do Governo de Portugal ou por ele garantida”, pelo que a região beneficia da melhoria da credibilidade do país. Isto apesar da “constante e intrínseca fraqueza de crédito da Madeira, traduzida na avaliação de crédito de “caa2’”, acrescenta.

Segundo a Moody’s, em 2017 a região apresentou “uma performance operacional bruta negativa de -12%, um significativo défice de -25% das receitas operacionais e uma muito elevada métrica de dívida de 431% do rendimento operacional no final de 2017”. Contudo, nota, a região “continua a trabalhar com o Governo central num plano a longo prazo para reduzir os elevados níveis de dívida de 108% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 e do défice comercial”, sendo certo que “a dívida regional é insustentável sem o apoio do Governo central”.

Apesar de os níveis da dívida comercial da Madeira continuarem “muito altos”, a Moody’s “reconhece os esforços que a região tem feito para reduzir o défice comercial acumulado para os 547 milhões de euros registados no final de 2017, face aos perto de três mil milhões de euros de 2012. Para o final deste ano a perspetiva é que o défice comercial se situe em torno dos 300 milhões de euros.

No futuro, a Moody’s faz depender uma eventual revisão em alta dos ratings dos Açores e da Madeira de melhorias nas respetivas performances fiscal e financeira e de um fortalecimento do perfil de crédito de Portugal, que se traduza numa subida do ‘rating’ do país e consequente redução do risco sistémico para as regiões autónomas. Pelo contrário, uma degradação do rating de Portugal, indicativa de um possível enfraquecimento do apoio do Governo central às regiões autónomas ou de uma deterioração dos respetivos desempenhos fiscais, poderá motivar uma revisão em baixa dos ratings dos Açores e da Madeira.

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OE mantém a mesma “obsessão com a receita”, diz o ACP

  • Lusa
  • 17 Outubro 2018

O Automóvel Club de Portugal critica o “aumento encapotado de imposto em sede de IUC (Imposto Único de Circulação) comparativamente ao ISV (Imposto sobre Veículos)”.

O Automóvel Club de Portugal (ACP) considera que a proposta de Orçamento de Estado para 2019 “é uma mão cheia de ilusões e outra de mais impostos” e criticou a “obsessão com a receita”.

“É uma mão cheia de ilusões e outra de mais impostos”, segundo o ACP, que criticou nomeadamente o “aumento encapotado de imposto em sede de IUC (Imposto Único de Circulação) comparativamente ao ISV (Imposto sobre Veículos)”.

Em causa está o regime transitório de redução percentual a aplicar às emissões de CO2 (dióxido de carbono) e acerca do qual que a associação questiona: “não se entende o porquê de as reduções serem inferiores no IUC face ao ISV, sendo estas uma compensação para a neutralidade fiscal na compra”.

O ACP deixou ainda uma lista de dúvidas como a duração do período transitório, se o “regime de IUC não foi repensado para albergar três fórmulas de cálculo de imposto”, o que traduzirá, a partir de 2020, uma “nova reformulação” ou um assumir da “desigualdade fiscal em função do método de homologação de viaturas”.

A carga fiscal sobre o parque a gasóleo através do adicional ao IUC mereceu também críticas do ACP, que encontrou aqui a “obsessão pela receita rápida, dado que a esmagadora maioria das viaturas em circulação são movidas a gasóleo”.

A outra face da moeda do “fator de correção” em sede de ISV é o “aumento brutal do imposto de selo no crédito ao consumo, da ordem dos 60%”. “Ou seja, apesar da ilusão, quem quer comprar carro vai pagar mais”, garantiu a associação, que notou ainda que o adicional ao Imposto sobre Produtos Petrolíferos continua inalterado.

O documento entregue na segunda-feira “mantém na gaveta o incentivo ao abate de viaturas em fim de vida”, enquanto continuam incentivos para os veículos elétricos que são “inócuos” e há um “carregar no imposto sobre o parque automóvel das empresas”, acrescentou a associação.

Além da “obsessão com a receita”, há uma “medida eleitoralista”, considerou ainda a associação, ao notar os 83 milhões de euros para financiar a redução dos passes dos transportes públicos, mas sem se conhecerem os “investimentos nesses transportes ou numa rede integrada e eficiente nas áreas metropolitanas”.

“Com esta proposta de Orçamento, todos os contribuintes vão pagar a redução do preço dos passes para continuarem a ser mal servidos”, conclui o ACP.

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Os ministros que ganham (e os que perdem) com este Orçamento do Estado

O ECO analisou quais os ministérios que vão ter mais margem orçamental em 2019, e quais os ministros que vão ter menos dinheiro para trabalhar no próximo ano. Saiba quem ganha e quem perde com o OE.

Quem ganha mais com o Orçamento do Estado? E quem perde? A análise da despesa total consolidada por cada ministério permite perceber quem vai ter mais dinheiro para trabalhar no próximo ano, assim como quem viu o orçamento encolher.

Comparando os valores para 2019, inscritos na documentação entregue por Mário Centeno no Parlamento, com as dotações orçamentais inscritas no documento deste ano, há três ministérios em que a aposta vai ser mais forte: Finanças, Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e o do Planeamento e Infraestruturas.

É o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, liderado por Vieira da Silva, o que tem maior dotação orçamental no próximo ano. No Orçamento do Estado, está inscrita uma despesa total consolidada de 20.966,3 milhões de euros. Segue-se o Ministério das Finanças, com uma dotação de 17.816,5 milhões de euros. E, em terceiro, o Ministério da Saúde, da recém-empossada ministra Marta Temido, que tem orçamentada uma despesa total consolidada de 11.013,3 milhões de euros.

Despesa total consolidada por área de governação

Fonte: Relatório do Orçamento do Estado 2019Ana Raquel Damas

As variações percentuais dos vários ministérios permitem apurar em que setor Centeno carregou a fundo no acelerador da despesa. E o ministério que mais ganha face ao ano passado, em termos percentuais, é o… Ministério da Cultura, uma promessa já feita, aliás, pelo primeiro-ministro. ” acultura vai ter o maior Orçamento de semprtes”, disse António Costa no seu discurso sobre o Estado da Nação, em julho. A nova ministra, Graça Fonseca, tem uma despesa orçamentada superior em 79,9% face a 2018, com 127,9 milhões de euros para gerir.

Mário Centeno também vai canalizar mais verbas para o ministério do Planeamento e Infraestruturas, tutelado pelo ministro Pedro Marques, que terá um acréscimo de 37,5% no orçamento face ao ano corrente, para 5.014,4 milhões de euros — um reforço obrigarório para garantir a componente nacional dos projetos financiados por fundos comunitários — e canaliza também mais verbas para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, encabeçado pelo ministro Manuel Heitor, que vê o orçamento crescer 18,6% face a 2018, para 2.764,1 milhões de euros. Manuel Heitor também tinha a promessa feita pelo Chefe do Executivo: “as verbas para a investigação vão atingir 1,5% do PIB”.

Mas é na pasta das Finanças, do próprio ministro Centeno, que se concentra o maior aumento da despesa total consolidada comparativamente com o ano atual. O Ministério das Finanças vê o orçamento ministerial crescer 2.594,5 milhões de euros face a 2018, para 17.816,5 milhões de euros em 2019.

Do lado de quem perde, a pasta da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural é a que perde maior dotação orçamental em 2018. O ministério liderado por Luís Capoulas Santos vê a despesa total consolidada recuar 8% em 2019, na ordem dos 108,9 milhões de euros, para 1.256,5 milhões de euros.

É seguido pelo Ministério da Administração Interna, gerido pelo ministro Eduardo Cabrita, que perde 2,7% de margem, ou 60,7 milhões de euros, para 2.188,7 milhões de euros de despesa total consolidada. São os únicos dois ministérios em que a despesa orçamentada para o próximo ano é inferior à do ano atual.

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