PIB desilude. Mas Wall Street continua a celebrar

Apesar de os números para o crescimento económico dos EUA terem desiludido, os investidores continuam otimistas. Wall Street abriu a última sessão da semana no verde.

O PIB dos EUA desiludiu, com o crescimento a abrandar inesperadamente no quarto trimestre. Mas não foi suficiente para afastar o otimismo dos investidores. As principais bolsas norte-americanas abriram a última sessão da semana em alta. Isto depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito que apoia o comércio livre, mas que tem de “ser justo e recíproco”.

Neste contexto, o Dow Jones abriu num novo recorde, subindo 0,16% para 26.435,74 pontos Já o S&P 500 valorizava 0,34% para 2.848,53 pontos e o tecnológico Nasdaq avançava 0,42% para 7.442,30 pontos.

O crescimento do produto interno bruto dos EUA abrandou inesperadamente no quarto trimestre. A economia cresceu 2,6%, de acordo com o Departamento do Comércio dos EUA. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 3,2%.

O foco dos investidores também está virado para Davos. Reiterando o mote dado por um membro da sua administração de que “América primeiro não é América sozinha”, Trump abriu as portas ao diálogo com os parceiros comerciais, principalmente os que faziam parte do Tratado Transpacífico. “Apoiamos o comércio livre, mas tem de ser justo e recíproco, porque comércio injusto prejudica toda a gente”, clarificou.

Antes deste discurso, o Presidente dos EUA afirmou à CNBC que o dólar deve valorizar ao longo da sua presidência. “O dólar vai ficar cada vez mais forte e eu quero ver um dólar forte”, disse Donald Trump. Ainda assim, a moeda norte-americana está a cair. O euro ganhava 0,18% para 1,2417 dólares.

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PME e midcaps têm mais 200 milhões para financiar investimentos e fundo de maneio

  • ECO
  • 26 Janeiro 2018

Esta nova linha disponibiliza para já 200 milhões de euros: cem milhões resultam de um empréstimo do BEI à IFD, o restante tem de ser avançado pelos intermediários financeiros da linha (os bancos).

As PME vão poder receber até 12,5 milhões de euros por projeto de investimento no âmbito da nova linha de crédito que foi assinada esta manhã entre a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e o Banco Europeu de Investimento (BEI). Está assim, finalmente, concretizado o primeiro contrato de financiamento que já tinha sido autorizado por Bruxelas em novembro de 2016.

Esta nova linha disponibiliza um total que ronda os 200 milhões de euros: cem milhões resultam de um empréstimo do BEI à IFD, o restante tem de ser avançado pelos intermediários financeiros (os bancos). De acordo com o Jornal de Negócios, esta é a primeira tranche do empréstimo. A segunda rondará 150 milhões de euros.

Esta nova linha vai financiar investimento, mas também o reforço de fundo de maneio, indústrias exportadoras inovadoras e empresas de setores tão diversos como indústria, turismo, agricultura ou silvicultura. As empresas elegíveis são PME — que podem receber até 12,5 milhões de euros –, mas também as chamadas midcaps, ou seja, empresas que têm até três mil trabalhadores. Nestes casos o limite por projeto são 25 milhões de euros.

O contrato foi assinado esta manhã no Ministério da Economia, entre o vice-presidente do BEI, Román Escolano, que está em Lisboa não só para apresentar os resultados da atividade do banco em Portugal, mas também para assinar vários contratos de investimento, e o administrador executivo da IFD, Henrique Cruz. Este contrato vem permitir que a IFD assuma finalmente o papel de banco promocional já que passa a aceder a financiamento de instituições congéneres, com taxas de juro muito vantajosas (no caso do BEI um banco que se financia com um rating AAA), deixando de estar limitada apenas aos 1,7 mil milhões de euros do Portugal 2020 atribuídos através dos programas operacionais regionais do continente.

Secretário de Estado adjunto do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, Román Escolano e administrador executivo da IFD, Henrique Cruz. (da esquerda para a direita)

Caso seja essa a estratégia, a IFD pode aceder a verbas do alemão KfW, do espanhol ICO ou do francês BPI, todos bancos de fomento e que têm ratings mais vantajosos que podem depois ser repassados à economia nacional.

Recorde-se que a Comissão Europeia deu luz verde para a IFD alargar as suas competências, de modo a poder obter financiamento junto de instituições multilaterais ou emitir dívida para ajudar a financiar a economia nacional, em novembro de 2016. Mas as alterações aos estatutos da IFD para financiar mid-caps e conceder empréstimos através de instrumentos intermediados (on-lending arrangement) só foram publicas em Diário da República em Agosto de 2017. A assinatura do primeiro contrato com o BEI surge agora, em janeiro de 2018.

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Da Google à Amazon, tecnológicas estão a rumar a Portugal. Porquê?

A Google é a próxima gigante tecnológica a chegar a Portugal. A Amazon pode estar a caminho. Já cá estão empresas como a Uber, Daimler, Zalando ou Huawei. Porque estão a escolher Portugal?

A Google é mais recente gigante a dizer que vai instalar um hub digital em território nacional, neste caso em Oeiras, mas não está sozinha. Daimler e Uber já aceleraram até Lisboa e segue-se a Zalando ainda este ano. Euronext, Vestas e Fujitsu escolheram o norte do país e a Amazon poderá estar igualmente a caminho. Conheça as multinacionais que elegeram Portugal como o melhor local para desenvolver a sua tecnologia ou instalar serviços e os argumentos.

O Parque Empresarial Lagoas Park, em Oeiras, será a nova morada de um centro tecnológico da Google em Lisboa. O centro de serviços da gigante americana vai ter espaço para 500 novos trabalhadores, a maioria engenheiros, segundo o Governo, que terão como missão servir os fornecedores. “Havia vários países a disputar este investimento da Google. A gigante tecnológica americana escolheu Portugal“, revelou o primeiro-ministro, António Costa, em Davos, na Suíça, no âmbito do Fórum Económico Mundial.

Paddy Cosgrave, o CEO do Web Summit, diz saber de alguns rumores e já veio afirmar: “a Google é só a primeira de outras conhecidas gigantes tecnológicas que vão abrir grandes escritórios em Lisboa”. Bastaram dois dias para se saber que a Amazon está a negociar um espaço no Porto. Espera-se o anúncio oficial ainda no primeiro trimestre deste ano.

Entre as promessas de investimento, há já uma grande confirmação para 2018. A alemã Zalando vem a Lisboa abrir o terceiro centro tecnológico internacional. A plataforma de moda online líder na Europa vai começar por uma comitiva de 50 trabalhadores, mas prevê que este número venha a alargar. Engenheiros especializados em software frontend e backend, product management e design têm as portas abertas.

Fernando Medina e António Costa com Paddy Cosgrave, o fundador do Web Summit, que se tornou a bandeira da tecnologia e do empreendedorismo em Portugal.Web Summit 6 Novembro, 2017

Porquê Portugal?

Quais foram as razões apontadas pela Zalando para escolher terras lusas? Para além dos profissionais, o “ecossistema de startups fervilhante”. Segundo o responsável de parcerias e inovação da marca, as startups são as “melhores aliadas”.

O economista César das Neves, professor na Universidade Católica de Lisboa, acredita que a boa imagem do país, que tem florescido nos últimos tempos, tanto ao nível turístico como de estabilidade económica, tem sido chave para sinalizar Portugal como a opção certa. A isto, acresce a boa localização e o clima. “Somos a Califórnia da Europa“, ilustra o professor, relembrando a preferência que as grandes empresas tecnológicas têm tido por este Estado americano até agora.

“Há umas que estão a crescer, outras a aterrar” diz Paulo Soeiro Carvalho, o diretor-geral de Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa ao ECO. Para além dos chamarizes apontados pela Zalando, o autarca destaca ao ECO a facilidade que as empresas têm em encontrar escritórios em Lisboa: “a cidade oferece espaços a preços competitivos e de qualidade”, assegura, embora reconheça que a oferta começa a estar limitada. Assegura que arranjar novas soluções é uma das prioridades do município.

A Zalando é a plataforma de moda online líder na Europa. Lisboa foi a opção escolhida por esta empresa alemã para abrir o terceiro centro tecnológico internacional.

“Uma das opções para acolher estas grandes empresas numa primeira fase são os espaços de cowork, relata o autarca, e avança como exemplo a Mercedes, que, para já trabalha nestas condições e depois passará ao hub criativo do Beato. A fabricante automóvel germânica já está à procura de 100 developers para trabalharem na Mercedes Benz.io Portugal, o recente hub digital da Mercedes em Lisboa.

Este é o primeiro centro de fornecimento de serviços digitais e de soluções globais de software da Daimler, a empresa-mãe da Mercedes, a nível mundial. O foco da marca vai estar no marketing, vendas e serviços. Só existem mais dois centros da Daimler na Europa, um em Estugarda e outro em Berlim, ambos na Alemanha.

Para além da Mercedes, também a Uber decidiu dirigir-se a Portugal, “prego a fundo”. Pouco antes da fabricante alemã, a empresa de transportes norte-americana considerou Lisboa a localização ideal para dar apoio a toda a Europa. Países como Espanha e França terão em Portugal “a principal fonte de conhecimento de utilizadores e motoristas em toda a região europeia”, essencial para “melhorar os seus serviços, políticas e processos internos”, explicou a marca em comunicado.

A Uber preferiu Lisboa a Cairo, Cracóvia, Paris e Limerick.

Para isso, a Uber conta com a ajuda dos 250 colaboradores que quis contratar até ao final do ano passado. Neste caso, Lisboa levou a melhor em relação ao Cairo (Egito), Cracóvia (Polónia), Limerick (Irlanda) e Paris (França).

De Lisboa para o Porto, Braga e Sintra

Mas não é só a capital que põe Portugal no mapa das tecnológicas. A tecnologia que faz mexer os mercados da Euronext foi realocada de Belfast, na Irlanda, para o Porto em março. Portugal tornou-se assim o segundo maior empregador da plataforma, com lugar para 140 colaboradores — França está à frente com 200. Os argumentos a favor? A mão-de-obra — sempre, pela qualidade e valor — o facto de Portugal ser um dos países da Euronext e a influência da Interbolsa, que já tinha escolhido a mesma cidade, comentou o presidente.

A Vestas é a empresa dinamarquesa de energia eólica que quer investir até dez milhões no Porto para fazer girar as suas hélices.

E o vento também levou a Vestas a investir no Porto. A empresa de energia eólica dinamarquesa decidiu fixar na cidade Invicta um centro de investigação, inovação e design para a construção de aerogeradores. São de cinco a dez milhões os euros que vão voar para a cidade até 2020 e criar “algumas centenas” de postos de trabalho, avançou o Diário de Notícias.

Braga tem o centro de competências da japonesa Fujitsu, inaugurado em 2016. No norte, este centro dá emprego a mais de 200 pessoas que, a partir dali, trabalham para empresas de vários setores em mais de 150 países — e prestam assim suporte a 350 mil utilizadores. A Fujitsu é a empresa nipónica que mais colaboradores tem em Portugal, com mais 1.200 ao serviço em Lisboa.

A CGI está em Sintra desde 2017… e nas nuvens. O Cloud Innovation Center é o local de onde vão sair soluções e serviços para toda a Europa, das mãos de 80 engenheiros. Este não é o único centro da CGI no país, mas o primeiro nesta área. “É o segundo centro mais importante da CGI a nível global”, comentou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, durante a inauguração.

Costa foi à China buscar a Huawei

A Huawei foi uma das novidades que Costa trouxe de uma visita à China. Assinou uma parceria estratégica com a Nos em 2016, com quem chegou a Lisboa de mãos dadas para desenvolver novas soluções “nas áreas de redes e tecnologia”. Juntas, combinaram desenvolver infraestruturas de comunicações, data centers, vídeo e soluções empresariais a partir do país mais ocidental da Europa.

O número de funcionários do Centro de Suporte da Microsoft em Lisboa disparou nos últimos quatro anos.

Já a Microsoft, há muito tempo que viu potencial na capital portuguesa. Há 20 anos que cá construiu o centro de suporte que dá apoio a toda a Europa, Médio Oriente e África. Mas foi nos últimos quatro anos que se viu o grande salto: cresceu mais de 800%, dos 50 para os 350 funcionários, aponta fonte oficial ao ECO. “Só é possível porque o talento existe aqui”, sublinha a empresa. A Microsoft investe cerca de 33 milhões por ano só neste centro.

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Mexia defende que inovação da eletrificação não pode esbarrar em burocracia

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2018

Desburocratização deve ser aplicada em outras áreas, como já se assistiu "nas questões das casas, nas questões das escolas, tudo o que tem a ver com inovação", diz o presidente executivo da EDP

O presidente executivo da EDP, António Mexia, defendeu que a “inovação da eletrificação não pode esbarrar em nenhuma burocracia” e disse que no seu novo mandato quer continuar a “trazer o futuro para o presente”.

À margem do warm up da Summit Mobi Lisbon, a decorrer na sede da EDP, em Lisboa, o responsável sublinhou que a desburocratização deve ser aplicada em outras áreas e que, como já se assistiu “nas questões das casas, nas questões das escolas, tudo o que tem a ver com inovação, obviamente causa receios”.

“Temos pessoas que querem bloquear, que querem criar barreiras porque, obviamente, ao criar oportunidades de negócio também é disruptivo para quem já está“, acrescentou António Mexia, que garantiu que a EDP não tem medo “daquilo que é a concorrência, a disrupção”, encarando a inovação como “uma oportunidade e não como um problema”.

Para Mexia, a mobilidade elétrica em Portugal “poderia ser desburocratizada, deve ser desburocratizada para ser mais eficaz”.

O responsável recorreu ainda ao exemplo da Uber, uma plataforma digital de aluguer de carros com motorista, que “faz propositadamente para estar sempre no limite daquilo que é a burocracia, porque salta por cima dela para ir à procura da satisfação das pessoas”.

“Muitas vezes tem que se estar no limite de forçar essa alteração das regras de jogo, sob pena de as pessoas não terem aquilo que querem. As pessoas é que têm que ter aquilo que querem”, argumentou.

 

Questionado sobre o desejo de ver o seu quinto mandato à frente da EDP marcado pela mobilidade elétrica, Mexia respondeu que desde que chegou à empresa que quer “contribuir para colocar o futuro no presente e estar sempre associado aquilo que são as mudanças radicais da nossa sociedade que melhoram a qualidade de vida das pessoas”.

Sobre processo de pagamento na rede de carregamentos rápidos de veículos elétricos, António Mexia lembrou a decisão da EDP em oferecer carregamentos.

“Tudo aquilo que tem a ver com coisas que não dependem de nós gostaríamos que fossem simplificadas, mas essas questões não dependem de nós, o que depende de nós, está feito”, sublinhou.

O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Gomes Mendes, afirmou que o processo de pagamento está na “fase final dos testes”.

Recordando ser um processo que envolve comercializadores, operadores de pontos de carregamento e a entidade gestora da rede, a MOBI.E, “que precisa de fazer as compensações” para que diferentes operadores e comercializadores “possam servir os mesmos pontos e os mesmos clientes”.

“Esses testes têm alguma complexidade, que estão na fase final e muito em breve teremos notícias sobre isso”, disse.

O Ministério do Ambiente informou à Lusa, em 6 dezembro de 2017, que os pagamentos nos postos de carregamento rápidos (PCR) de viaturas elétricas “só deverão ter execução em 2018”, atualizando a informação de outubro, que dava conta de que a cobrança não aconteceria antes do final de 2017.

A informação segue-se à que tinha sido avançada em 13 de outubro pela tutela sobre um calendário, que inicialmente referia o final do primeiro semestre de 2017.

Em outubro foi dito que os trabalhos continuavam “a decorrer para garantir as condições necessárias para assegurar uma transição eficiente”.

Em meados de julho, em comunicado, a entidade gestora da rede informou que os pagamentos iriam começar depois do verão.

Como justificação, a MOBI.E referiu ter “conhecimento de que muitos utilizadores pretenderiam ter mais tempo para avaliar a adesão a um CEME (Operador detentor de registo de Comercialização de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica), sobretudo no período estival em que muitos portugueses estão de férias”.

Também os CEME “manifestaram a vantagem de dispor de mais tempo para melhorarem as condições de acesso e as opções tarifárias que pretendem oferecer”.

Em 8 de julho, a MOBI.E tinha agendado para o final desse mês o início do pagamento nos postos de carregamento rápidos (PCR) e informado que as tarifas seriam reveladas a partir de dia 17 do mesmo mês. Os PCR possibilitam um carregamento de 80% da bateria em 20 a 30 minutos.

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Empresários vão investir mais em 2018. Mas perspetivas de vendas pioram

O investimento empresarial deverá continuar a aumentar em 2018. Mas com a economia a abrandar, o investimento também vai desacelerar. O principal fator negativo tem a ver com as perspetivas de vendas.

O investimento empresarial deverá ter aumentado 5,5% em 2017. Em 2018, os empresários querem continuar a investir, mas preveem uma desaceleração para 3,7% num ano em que o próprio Governo estima um abrandamento da economia. Serão as empresas com mais de 500 postos de trabalho a investir mais este ano, mas as perspetivas de vendas dos empresários estão em queda.

Estes dados constam do inquérito de conjuntura ao investimento cujos resultados foram divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Em 2017, foram as indústrias transformadoras e as atividades administrativas a puxar pelo investimento empresarial. Já este ano prevê-se que as atividades financeiras e de seguros tenham o maior contributo.

Em 2018 as empresas vão investir principalmente em equipamentos e, em menor grau, em construções. “Relativamente às expectativas de criação de emprego resultante do investimento realizado ou a realizar, a maioria das secções apresentou saldos de respostas extremas positivos”, assinala o INE, referindo que o comércio por grosso e a retalho, a reparação de veículos, as atividades de informação e de comunicação e as indústria extrativas são as que mais deverão contratar.

Fonte: INE

E com que dinheiro é que as empresas vão investir? A maior parte (mais de 60%) vai recorrer ao autofinanciamento. Mas o peso do financiamento próprio vai descer em 2018. “É de assinalar o aumento observado entre 2017 e 2018 no recurso a empréstimos do Estado (0,6 p.p.) e a fundos provenientes da União Europeia (0,4 p.p.)”, lê-se no destaque do INE. O crédito bancário é a segunda principal fonte de financiamento (peso de 20%).

O número de empresas que tem limitações ao investimento continua praticamente inalterado. No entanto, o principal fator limitativo ao investimento vai aumentar o seu peso. Em causa está o aumento da deterioração das perspetivas de vendas para este ano. Além disso, é a incerteza à volta da rentabilidade dos investimentos e da capacidade de autofinanciamento que mais constringe as empresas.

Contudo, é preciso realçar que a percentagem de empresas que refere a realização de investimentos ou a intenção de investir está em queda: 88,5% em 2016, 80,2% em 2017 e 77,2% em 2018.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 26 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A Amazon poderá entrar no mercado português já neste primeiro trimestre, segundo o Jornal de Negócios. Em entrevista ao ECO24, o presidente do Conselho Económico e Social, Correia de Campos, critica o que se está a fazer na ADSE.

A Amazon estará a preparar um investimento em Portugal, passando a operar também no mercado português. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que cita “fonte próxima do processo”.

“A ADSE tem muitos erros no seu desenho”. A frase é de Correia de Campos em entrevista ao ECO24. O ex-ministro socialista considera que baixar preços sem falar com os prestadores não resulta. Porquê? Os prestadores mudaram: em vez de serem médicos particulares passaram a ser hospitais privados.

A Fidelidade pôs a placa de “vende-se” em 277 imóveis… e já tem uma short list de quatro potenciais compradores. São três fundos estrangeiros e um português que vão agora ter acesso a informação detalhada sobre as carteiras para, depois, apresentarem ofertas vinculativas, sabe o ECO.

Os preços das casas não param de aumentar em Portugal. A tendência é transversal às diferentes zonas do país, mas começa a ser mais notória na periferia dos dois principais centros urbanos do país — Lisboa e Porto — e mais intensa sobretudo nos concelhos limítrofes da capital.

Há 650 famílias a viver em casas do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) que foram levadas a tribunal por falta de pagamento de rendas. O instituto quer a resolução destes contratos.

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Portugal falha na Segurança e Saúde no Trabalho

  • ADVOCATUS
  • 26 Janeiro 2018

Em causa está a análise do Comité para os direitos sociais do Conselho da Europa sobre a Carta Social Europeia, que avalia Portugal com estando em falta nestes pontos. A APSEI lança alerta.

A APSEI, Associação Portuguesa de Segurança, está preocupada com a análise do Comité para os direitos sociais do Conselho da Europa sobre a Carta Social Europeia. No relatório, Portugal foi avaliado estando em incumprimento em vários pontos, incluindo na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

O relatório revela que Portugal não tem adotado medidas suficientes para diminuir os acidentes no trabalho e que a fiscalização não é realizada de forma eficiente por falta de meios da ACT. A APSEI considera de “extrema importância” relembrar que a SST “constitui um investimento seguro na produtividade das empresas”.

“De acordo com várias análises feitas pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde, há inúmeras vantagens para a estabilidade financeira de uma empresa se esta apostar na segurança e saúde dos seus trabalhadores”, alerta Maria João Conde, secretária-geral da APSEI.

"Se os trabalhadores tiverem boas condições de trabalho, sentem-se mais seguros e realizados na sua atividade profissional e, logo, o número de ausências por doença profissional reduz-se, os acidentes de trabalho diminuem, é possível manter no ativo colaboradores mais velhos, o que se reflete em mais produtividade. E estes são apenas alguns exemplos do impacto das boas práticas do sistema SST.”

Maria João Conde, secretária-geral da APSEI

Segundo esclarece a porta-voz da APSEI, “se os trabalhadores tiverem boas condições de trabalho, sentem-se mais seguros e realizados na sua atividade profissional e, logo, o número de ausências por doença profissional reduz-se, os acidentes de trabalho diminuem, é possível manter no ativo colaboradores mais velhos, o que se reflete em mais produtividade. E estes são apenas alguns exemplos do impacto das boas práticas do sistema SST”.

A falta de fiscalização e a reserva dos decisores quanto ao custo de implementação reforçam a não aplicação de medidas de SST. “Contudo isto não passa de um mito. Muitas vezes trata-se de um investimento irrisório que rapidamente é recuperado pelo aumento de produtividade”, explica Maria João Conde.
Entre as alterações/atividades sugeridas pelos técnicos de SST, face à evidência dos riscos, existem soluções de fácil aplicação e que refletem um impacto visível para os trabalhadores. Entre os quais se salienta:

Em ambiente de escritório

  • Avaliação ergonómica no posto de trabalho (ajuste da cadeira, da altura do monitor, etc.);
  • Alteração da posição de secretárias para colocação dos trabalhadores junto à luz natural;
  • Afastamento das impressoras da secretária de trabalho de forma a reduzir o ruído incomodativo.

Em ambiente de fábrica (quando aplicável)

  • Manutenção regular das máquinas e equipamentos de trabalho. Garantir que tudo está em perfeito funcionamento e com as proteções adequadas pode prevenir vários acidentes;
  • Disponibilização e substituição, quando necessário, dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que a avaliação de riscos (feita pelo técnico de SST) evidenciou como necessários para a redução do nível de risco;
  • Disponibilização de cacifo para guardar os pertences pessoais e EPI.

A APSEI nasceu em 2005 e agrega mais de 530 associados, empresas e profissionais que trabalham na área da Prevenção e Segurança. A associação reúne os maiores especialistas de Segurança contra Incêndio do país.

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Câmara do Porto admite contactos com a Amazon

  • ECO
  • 26 Janeiro 2018

Os contactos entre a Câmara e a Amazon terão sido estabelecidos no sentido de proceder à eventual abertura de um espaço na cidade.

A Amazon poderá instalar-se no Porto. A Câmara da cidade Invicta assume que já existiram contactos com a gigante tecnológica no sentido de uma eventual abertura de um espaço na cidade, avança o Jornal de Notícias.

Apesar de fonte oficial da Câmara Municipal do Porto confirmar que já foram estabelecidos contactos com a empresa americana, não foram adiantados quaisquer pormenores.

As declarações da Câmara surgem pouco depois de o Jornal de Negócios ter avançado a notícia de que a gigante tecnológica estaria a negociar um espaço no Porto, na zona nobre da Boavista. A empresa recusou comentar, mas a mesma fonte que revelou que a decisão, a acontecer, poderá ser oficializada ainda durante o primeiro trimestre de 2018.

A concretizar-se a entrada da Amazon em Portugal, os analistas do CaixaBank BPI já lançaram os primeiros alertas: a empresa americana é uma ameaça para os restantes operadores do mercado do retalho eletrónico. Uma das cotadas portuguesas que pode vir a ser afetada é a Sonae, que tem registado um forte crescimento nesta frente.

A empresa liderada pelo multimilionário Jeff Bezos conta já com operações em Espanha e tem vindo a expandir-se a grande velocidade. Para já, os portugueses podem fazer compras na versão espanhola, mas não existe uma oferta direcionada ao mercado nacional. Em 2017, chegaram a Portugal m dos seus principais produtos tecnológicos: as colunas inteligentes Echo, Echo Dot e Echo Plus, equipadas com a assistente virtual Alexa.

A possível vinda da Amazon para Portugal surge dias depois de o primeiro-ministro português, António Costa, ter anunciado a abertura de um centro tecnológico da Google em Oeiras, que irá criar 500 postos de trabalho na cidade.

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Moedas digitais? “Está a ser preparada uma resposta”, diz o BCE

  • ECO
  • 26 Janeiro 2018

"Eu esperaria que a discussão dos G20, em Buenos Aires, no próximo março, se centrasse muito nestes assuntos", diz Benoit Coeuré, membro do BCE, em Davos.

As criptomoedas chegaram a Davos. No Fórum Económico Mundial, onde se juntam centenas de políticos de topo e líderes de organizações governamentais a milhares de empresários, Benoit Coeuré, membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), garantiu que as moedas digitais estão na agenda internacional e deverão ser discutidas no encontro dos G20, que terá lugar na Argentina, em março.

A comunidade internacional está a preparar uma resposta para este assunto [o das criptomoedas] e eu esperaria que a discussão dos G20, em Buenos Aires no próximo março, se centrasse muito nestes assuntos” afirmou Benoit Coeuré, citado pela Reuters.

Esta não foi a primeira referência às criptomoedas em Davos. Christine Lagarde, a responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou para o problema de consumo de energia que as moedas virtuais impõem. “Apontamos para que, em 2018, se o sistema continuar assim, irá consumir tanta energia como a Argentina”, disse a líder do FMI.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, também se mostrou preocupada com a proliferação destas moedas e afirmou que há um risco grande de as mesmas serem usadas para fins criminosos, o que leva os Governos a terem de as vigiar de uma forma “muito séria”.

Recentemente, fora do encontro do Fórum Económico Mundial, Bruxelas declarou-se “vigilante” em relação às criptomoedas e solicitou aos Estados-membros que transpusessem as regras criadas em dezembro “o mais rapidamente possível”. O receio da Comissão Europeia é que as criptomoedas se tornem “o símbolo do comportamento ilegal”, disse o vice-presidente para o euro e o diálogo social, Valdis Dombrovskis, após o encontro dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin).

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Membro do BCE: “A última coisa que o mundo precisa é uma guerra cambial”

Está em curso uma guerra pela desvalorização da moeda? Se não está, parece. E isso é a "última coisa que o mundo precisa", disse esta sexta-feira um membro do BCE. Euro continua a valorizar.

Se não está em curso uma guerra cambial, parece. E isso é a última coisa que o mundo precisa, alertou esta sexta-feira o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Benoit Coeuré, depois de Donald Trump, Mario Draghi e Steven Mnuchin terem avolumado nos últimos dias a polémica em torno da desvalorização do dólar para reforçar a competitividade da economia norte-americana.

“A última coisa que o mundo precisa hoje é uma guerra cambial”, afirmou Coeuré durante um painel no Fórum Económico Mundial, que termina hoje em Davos, na Suíça, citado pela agência Reuters. “Vivemos num mundo de taxas de câmbio flutuantes, vivemos num mundo onde as taxas de câmbio não devem ser direcionadas para fins competitivos”, acrescentou o responsável.

O euro está em máximos de três anos contra a divisa norte-americana. Aprecia esta sexta-feira 0,44% para 1,2447 dólares, depois de uma guerra de palavras que parece não ter fim à vista. Como começou?

Primeiro foi o secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, dizer que os EUA veem com bons olhos uma desvalorização da nota verde porque isso ajuda a fortalecer as exportações das empresas dos país. Estas declarações levaram a moeda única a protagonizar um rally interessante nas últimas semanas até atingir um nível que causa já apreensão em Frankfurt.

No BCE, a autoridade monetária do euro, os membros do Conselho de Governadores manifestaram receios em relação à excessiva valorização da moeda comunitária na última reunião. Foi Mario Draghi, presidente do BCE, quem revelou esse desconforto esta quinta-feira, aproveitando a conferência de imprensa para se atirar a Mnuchin.

Euro continua a impressionar

Fonte: Reuters

“Nós vamos abster-nos de desvalorizações competitivas e não vamos direcionar as nossas taxas de câmbio para fins competitivos. Reafirmamos o nosso empenho em comunicar claramente as posições políticas, evitar políticas orientadas para o exterior e preservar a estabilidade financeira global”, disse Draghi, lembrando aquilo que foi acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro sobre políticas cambiais.

Draghi frisou ainda que parte da valorização da moeda única é natural pois evidencia a recuperação da região. Mas outra parte da recente volatilidade do euro foi causada “por outra pessoa que utilizou linguagem… que não reflete os termos de referência que tinha sido acordados”.

Já depois de Draghi ter abordado o assunto, também o Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou ao tema. Fê-lo a partir de Davos e disse que Mnuchin foi mal interpretado. Para Trump, “o dólar vai ficar cada vez mais forte”. “Eu quero ver um dólar forte. A nossa economia está a tornar-se forte de novo e forte de outras maneiras”, disse.

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Inspira Law: sócia da PLMJ distinguida

  • ADVOCATUS
  • 26 Janeiro 2018

Serena Cabrita Neto, sócia da área fiscal da PLMJ, foi distinguida no âmbito do Inspira Law – Women Lawyers Leading Change, pela Iberian Lawyer, e cuja entrega de prémios decorreu esta semana.

Serena Cabrita Neto, sócia da área fiscal da PLMJ, está entre as 50 advogadas da Península Ibérica distinguidas pela Iberian Lawyer, que lançou a iniciativa “Inspira Law – Women Lawyers Leading Change” para premiar a liderança feminina no setor jurídico em Portugal e Espanha.

Estas 50 advogadas (onde se incluem 10 portuguesas) foram distinguidas entre 500 profissionais identificadas e foram votadas pelos seus pares e clientes.

Para além destes prémios, esta iniciativa pretende dar a conhecer e a colocar em contacto profissionais no campo jurídico, nomeadamente as profissionais integradas em escritórios de advogados, in house lawyers e estudantes de Direito, para um debate relativo à profissão de advogada.

"Acima de tudo, esta distinção serve de pretexto para intensificar o debate dentro das instituições quanto àqueles que são os maiores desafios da profissão para as mulheres, encontrando soluções com vista à efetiva criação de ambientes propícios à ascensão de mais mulheres aos lugares de liderança.”

Serena Cabrita Neto

Para Serena Cabrita Neto “acima de tudo, esta distinção serve de pretexto para intensificar o debate dentro das instituições quanto àqueles que são os maiores desafios da profissão para as mulheres, encontrando soluções com vista à efetiva criação de ambientes propícios à ascensão de mais mulheres aos lugares de liderança.”

Sócia de PLMJ desde 2012, Serena Cabrita Neto tem marcado um percurso sólido na área da advocacia como especialista em Direito Fiscal e também como professora universitária. Nomeada pelo diretório americano Best Lawyers como uma das melhores fiscalistas portuguesas e reconhecida no ranking International Tax Review como “Women in Tax Leaders” e “Tax Controversy Leaders”, lidera a equipa de contencioso fiscal onde gere anualmente processos das mais reputadas empresas nacionais e multinacionais em Portugal.

Autora de diversas obras e artigos científicos, em 2017 publicou em coautoria a obra “Contencioso Tributário”, que aprofunda as matérias relacionadas com as garantias dos contribuintes, o processo tributário e a arbitragem fiscal.

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Ministro da Saúde: Fim da ADSE é “disparate” e intenção dos privados é “tática negocial”

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2018

"Alguns agentes, incompreensivelmente, procuram fazer a negociação pelos jornais. Não é correto, não faz sentido, mas é um direito que lhes assiste", sublinhou o ministro da Saúde.

O ministro da Saúde classificou esta sexta-feira de “disparate” um eventual fim da ADSE e disse que a hipótese de os hospitais privados atenderem os beneficiários nas mesmas condições, mas fora da convenção, não passa de uma “tática negocial”.

Não vamos ser tremendistas, nem comentar tática negocial”, disse Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas, à margem das XXI Jornadas de Infecciologia que decorrem em Lisboa. O ministro falava a propósito da nova tabela de preços com que a ADSE pretende pagar os serviços prestados pelos prestadores convencionados, a qual os privados já consideraram “incomportável”.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, revelou que estas unidades de saúde estão a estudar uma forma de os beneficiários da ADSE continuarem a ter acesso aos serviços, nas mesmas condições, mas sem ser através do subsistema de saúde dos funcionários públicos.

Segundo Óscar Gaspar, “pode haver soluções que permitam, ainda que não no regime convencionado, que os mesmos beneficiários tenham acesso à rede”. “Estamos a procurar soluções que permitem que os beneficiários da ADSE continuem a poder ter acesso, nas mesmas condições, aos nossos hospitais”, sublinhou.

Confrontado com esta ideia, o ministro disse não encontrar razões para comentar: “Francamente, parece-me que se trata de tática negocial. Só poderemos avaliar o que acontece no final de fevereiro e ver o que está em cima da mesa em termos de negociação”, disse. “Alguns agentes, incompreensivelmente, procuram fazer a negociação pelos jornais. Não é correto, não faz sentido, mas é um direito que lhes assiste”, adiantou.

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