Costa anuncia arranque do Tech Visa e mais 100 milhões para projetos tecnológicos

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Costa anunciou 100 milhões de euros do Fundo Europeu de Investimento para apoiar projetos de inovação tecnológica e o arranque do Tech Visa para atrair quadros qualificados para residirem no país.

O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira mais 100 milhões de euros do Fundo Europeu de Investimento para apoiar projetos de inovação tecnológica e o arranque do Tech Visa destinado à atração de quadros qualificados para residirem no país.

Estas duas medidas foram transmitidas por António Costa na sessão de abertura do Venture Summit, no Convento do Beato, na qual também estiveram presentes o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

Num discurso em inglês, o líder do executivo adiantou que Portugal, em breve, vai assinar o reforço do investimento ao nível da sua parceria com o Fundo Europeu de Investimento com mais 100 milhões de euros – verba que será aplicada no programa Portugal Tech, o qual já envolveu cerca de 230 milhões de euros desde a sua criação.

Segundo o Governo, desse total de 100 milhões de euros, 50 milhões de euros saem do IAPMEI e os outros 50 milhões de euros do próprio Fundo Europeu de Investimento – um programa da União Europeia que faz parte do Plano Juncker.

No mesmo discurso, António Costa adiantou que o seu Governo assina já na próxima quarta-feira a portaria para a criação do Tech Visa, que se destina a facilitar a permanência em Portugal de quadros qualificados de países extra comunitários.

De acordo com o Governo, o Tech Visa entrará em vigor a 1 de janeiro de 2019 e pretende complementar o Startup Visa, que foi criado no âmbito da estratégia de aprofundamento das relações bilaterais entre Portugal e a Índia e que se destina sobretudo a investidores que pretendam instalar startups em Portugal.

Perante uma plateia de investidores em startups, na sua breve intervenção, o primeiro-ministro traçou o percurso macroeconómico do país nos últimos três anos, desde a etapa da saída do Procedimento por Défice Excessivo da União Europeia, até à recente situação em que todas as agências de notação financeira colocam Portugal num nível de investimento.

“Com o acordo que iremos fazer com o Fundo Europeu de Investimentos, vamos reforçar a nossa aposta nas startups. Esse fundo terá também capital privado”, especificou o primeiro-ministro.

Já em declarações aos jornalistas, António Costa rejeitou que o reforço do fundo em 100 milhões de euros tenha sido uma contrapartida para a Web Summit permanecer em Portugal.

“A Web Summit é uma peça da nossa estratégia relativamente ao ecossistema das startups. O programa Portugal Startups tem várias componentes, desde a vertente da antecipação do subsídio de desemprego para se avançar com negócios, até ao pagamento de bolsas no período de encubação. Entre outros fatores, a Web Summit é uma montra internacional para as nossas próprias startups”, respondeu.

Em relação aos Tech Visa, o primeiro-ministro referiu que já foram criados os vistos especiais para investidores em startups e que agora o Governo lança, na quarta-feira, um novo visa para “perfis mais tecnológicos”.

“Queremos atrair esses quadros para Portugal. Desde março, mais de 400 pessoas já requereram a concessão deste tipo de vistos”, acrescentou António Costa.

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Uber quer retomar testes de veículos autónomos

  • Guilherme Monteiro
  • 5 Novembro 2018

Meses depois de uma morte provocada por este tipo de veículos, empresa garante agora mais medidas de segurança.

A Uber quer retomar em breve os testes de carros autónomos e já deu entrada com o pedido no Departamento de Transportes da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Oito meses depois do atropelamento de uma mulher de 49 anos, no estado norte-americano do Arizona, a empresa vem agora garantir maior segurança. Desde logo, com a presença de dois condutores de reserva. Antes, era um.

É apenas uma das medidas que consta de um relatório divulgado na passada sexta-feira, após meses de uma auditoria interna de segurança. Durante este tempo, a empresa de gestão de riscos LyClairRyan fez também uma auditoria externa.

Os analistas consideram que a empresa tem agora um longo caminho para conquistar credibilidade.

Numa entrevista citada pela Associated Press, o chefe de segurança do sistema de carros autónomos da Uber, Noah Zych, diz que o “objetivo é trabalhar para ganhar a confiança e ajudar a impulsionar a indústria”. Por isso a multinacional vai exigir maior experiência e treino técnico aos funcionários sentados ao volante dos veículos.

Entre outras precauções, a Uber quer ainda manter o sistema de carros autónomos ligado permanentemente e ativar o sistema de travagem automático de emergência.

O Departamento de Transportes da Pensilvânia tem agora até 13 de novembro para aceitar ou não o pedido da Uber. Caso seja dada luz verde, os testes vão decorrer na cidade de Pittsburgh, o centro de desenvolvimento de automóveis autónomos da Uber.

As autoridades da cidade estão em negociações de segurança com a empresa, porque querem limitar a 40km/h a velocidade em ambientes urbanos para este tipo de veículos. A justificação é simples: dar mais tempo para que veículos e motoristas de segurança reajam e possam evitar um acidente.

O objetivo da Uber é que os carros autónomos regressem ao Arizona, Califórnia e Toronto, as cidades que suspenderam a permissão dos testes depois do acidente de março passado.

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Número de processos parados nos tribunais são os mais baixos dos últimos 21 anos

As ações cíveis, os processos de insolvência e os processos pendentes nos tribunais judiciais de primeira instância continuam a descer. Estes registam os valores mais baixos desde 1996.

Os processos pendentes nos tribunais de primeira instância continuam a descer, registando em 2017 os valores mais baixos desde 1996. Os dados são do segundo semestre de 2018, que revelam ainda melhorias na taxa de resolução processual das ações cíveis e no número de processos insolvências, segundo comunicado do Ministério da Justiça (MJ).

Esta é uma tendência que começa a refletir as medidas que têm sido implementadas nos tribunais, “no sentido de aumentar a celeridade dos processos judiciais”, uma das bandeira da ministra da justiça, Francisca Van Dunem, que tem falado numa “trajetória descendente”, nos últimos anos.

“As estatísticas agora reveladas confirmam o reforço da capacidade de resposta dos tribunais, resultado do trabalho dos operadores judiciários e das diferentes medidas de otimização e inovação que têm vindo a ser implementadas”, segundo comunicado do MJ.

Os mais baixos dos últimos 21 anos

Em 2017, o número de processos pendentes nos tribunais judiciais de primeira instância confirma o decréscimo dos últimos anos: registaram-se 977.969, o valor mais baixo de processos pendentes registado desde 1996. São menos 13,5% do que em 2016.

Na justiça cível a duração média dos processos findos aumentou em cerca de um mês, de 33 meses em 2007 para 34 meses em 2017.

Já os valores de duração média de processos findos nas áreas penal, laboral e tutelar no ano de 2017, são os mais baixos dos últimos 24 anos: a justiça penal terminou este período com um valor de duração média de oito meses, e a justiça laboral e tutelar registaram um valor de 9 meses para a duração média dos processos findos.

Valor das ações executivas cíveis pendentes é o mais baixo dos últimos 15 anos

O número de ações executivas cíveis pendentes diminuiu cerca de 12,8% no segundo trimestre de 2018, face ao mesmo período do ano passado. A 30 de junho de 2018 existiam cerca de 650.000 ações executivas pendentes, registando-se assim o valor de pendência mais baixo dos últimos 15 anos.

A taxa de resolução processual neste trimestre foi de 164,2%, sendo o quinto trimestre consecutivo a registar uma taxa superior a 150%, o que significa que o nível da capacidade de resposta do sistema se tem mantido superior à procura.

 

Já o indicador disposition time, que mede em dias o tempo que seria necessário para concluir todos os processos, foi de 1.019 dias este trimestre, menos 3,2% do que o valor registado no mesmo período em 2017, e menos 48,7% face ao máximo registado, no segundo trimestre de 2010.

Número de insolvências decretadas foi o mais baixo desde 2011

Neste trimestre o número de processos de falência, insolvência e recuperação de empresas entrados, pendentes e findos continua a descer. No segundo trimestre de 2018, os processos entrados foram de 3140, os findos de 3275 e os pendentes de 1942 — onúmero de insolvências mais baixo desde 2011.

São menos 18,8% face ao segundo trimestre de 2017, e menos 13,5% do que o segundo trimestre de 2007. Já a duração média dos processos findos no segundo trimestre de 2018 manteve-se face ao segundo trimestre do ano passado — em cerca de dois meses.

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Tancos. Costa repudia tentativa de envolvimento das Forças Armadas em jogos de poder

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

"É absolutamente lamentável a tentativa de partidarização e o jogo político em torno das nossas Forças Armadas", disse o primeiro-ministro, no quadro do polémico caso de Tancos.

O primeiro-ministro afirmou-se, esta segunda-feira, em “total convergência” com o Presidente da República no repúdio sobre tentativas de partidarização e de envolvimento das Forças Armadas “em jogos de poder” na sequência do caso de Tancos.

No domingo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que não será tolerado o uso da instituição militar para “jogos de poder”, num discurso na cerimónia que assinalou os cem anos do armistício da I Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918.

“Essas palavras, uma vez mais, reafirmam a total convergência entre o Governo e o Presidente da República sobre essa matéria. É absolutamente lamentável a tentativa de partidarização e o jogo político em torno das nossas Forças Armadas“, reagiu o líder do executivo.

António Costa declarou ainda que se trata “de um caso lamentável que compete às autoridades judiciárias investigar” e que compete ao poder político “respeitar e confiar nas autoridades para que levam até ao final todas as suas investigações”.

Nesse sentido, o primeiro-ministro disse desejar uma conclusão rápida das investigações ao caso de Tancos e advertiu que ninguém compreenderia se, no final, o processo terminasse sem se esclarecer o crime.

António Costa assumiu esta posição sobre o caso do roubo de armas em Tancos, perante os jornalistas, após ter presidido à sessão de abertura da Venture Summit, no Convento do Beato, em Lisboa.

O primeiro-ministro começou por salientar “a confiança” no poder judicial e, em concreto, na Polícia Judiciária, a entidade a quem está a cargo a investigação, deixando depois uma mensagem: “Esperamos que tão depressa quanto possível faça a investigação que aguardamos”.

Para o primeiro-ministro, “não é possível procurar-se criar uma névoa política sobre aquilo que é a atividade das autoridades judiciárias”. Mas, neste ponto, António Costa foi mais longe, criticando “teorias conspirativas bastante absurdas, como procurando ver qualquer confrontação entre o Presidente da República e o Governo sobre esta matéria, quando, quer um, quer outro, têm tido uma posição absolutamente convergente desde o primeiro dia”.

Antes das referências ao poder judicial, o líder do executivo procurou centrar qual a missão do Governo após ter sido conhecido o roubo de armamento na base de Tancos.

Pela parte do Governo, de acordo com António Costa, assim que houve conhecimento de falhas de segurança na Base de Tancos, o anterior ministro da Defesa, Azeredo Lopes, “ordenou a aquisição de equipamento que não tinha sido anteriormente instalado”.

“Após o assalto [em Tancos], foi feita uma verificação em todos os paióis e realizada pelas Forças Armadas uma operação de grande risco, mas que foi muito bem-sucedida, no sentido de se proceder à transferência integral de todo o material para novos paióis. É isso que compete ao poder político”, acentuou oi líder do executivo.

(Notícia atualizada às 12h02).

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CTT juntam-se ao AliExpress para o Black Friday da China

Os utilizadores portugueses vão ter acesso exclusivo a uma plataforma cheia de produtos com descontos e promoções. As encomendas serão entregues pelos CTT e a China Post.

A empresa dos correios portuguesa aliou-se ao AliExpress naquele que é conhecido como o Festival das Compras, uma espécie de Black Friday na China. Com esta parceria, os clientes nacionais têm acesso a uma plataforma exclusiva, acessível através do site dos CTT, beneficiando de descontos extra.

São várias as promoções, cupões de desconto e vales que já estão à distância de um click e vão estar até aos dias 11 e 12 de novembro. Com a união dos CTT ao AliExpress — pertencente ao Grupo Alibaba –, os utilizadores portugueses que realizem compras na plataforma vão ter acesso a descontos exclusivos, anunciou a empresa dos correios em comunicado.

O acesso a esta plataforma exclusiva deverá ser feito através do site dos CTT e os clientes portugueses terão ainda disponíveis os serviços de envio ePacket e China Post Registered Mail para receberem pela empresa nacional as suas encomendas, lê-se no comunicado.

“Esta parceria mostra bem a importância crescente do e-commerce em Portugal e o papel dos CTT na liderança e desenvolvimento deste ecossistema. A associação a um gigante de comércio eletrónico como o AliExpress permite às duas empresas dar a conhecer, de forma coordenada, as capacidades no âmbito das vendas na internet para todo o mundo, do lado da AliExpress, e das entregas à escala de todo o território nacional, do lado dos CTT“, diz Alberto Pimenta, diretor de e-commerce da empresa dos correios.

O Festival “Double Eleven” acontece desde 2009 e tem o seu ponto alto no chamado “Dia dos Solteiros”, semelhante ao “Black Friday”, em que os produtos à venda na plataformas apresentam descontos muito competitivos. O AliExpress conta atualmente com mais de 100 milhões de utilizadores e, só no ano passado, contou com mais de 17 milhões de compradores durante o Festival das Compras.

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Fizemos bem em nacionalizar o BPN há dez anos? O Não de Cadilhe e o Sim de Teixeira dos Santos

Foi há dez anos que o BPN foi nacionalizado. Teixeira dos Santos continua a defender decisão que já custou 3,6 mil milhões aos contribuintes. Miguel Cadilhe, presidente do banco, lamenta "erro".

Teixeira dos Santos mantém decisão de nacionalizar BPN 10 anos depois. Miguel Cadilhe nem por isso.Fotomontagem Lídia Leão

Quando Miguel Cadilhe soube que o Governo tinha decidido nacionalizar o Banco Português de Negócios (BPN), no dia 2 de novembro de 2008, o então presidente do banco ia a caminho de Ponte da Barca para uma visita ao cemitério que não tinha podido fazer no dia anterior. Recebeu o telefonema de Lisboa para se reunir de emergência com o ministro das Finanças Teixeira dos Santos, fez marcha atrás e voltou imediatamente para a capital. “A reunião serviu apenas para me comunicar a deliberação do Conselho de Ministros de nacionalizar o BPN”, confidencia Miguel Cadilhe ao ECO.

Uma década depois daquela que foi a primeira nacionalização após o PREC, em 1975, ainda hoje os dois antigos ministros têm visões completamente diferentes quanto a essa decisão de colocar o BPN na esfera do Estado (através da incorporação do banco na Caixa Geral de Depósitos), e às implicações que trouxe para o bolso dos portugueses.

O BPN continua a custar muito dinheiro aos contribuintes. Até 2016, o Estado já havia gastado mais de 3,6 mil milhões de euros com a instituição (o equivalente ao atual valor de mercado do BCP, o maior banco privado português), de acordo com os últimos cálculos do Tribunal de Contas. Mas a fatura para os cofres públicos está longe de ficar fechada.

O Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, acompanhado pelo Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, durante a conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros extraordinário ter decidido propor a nacionalização do BPN, 02 de novembro de 2008, Lisboa.Inácio Rosa/Lusa 2 novembro 2008

Debilitado? Sim. Too big to fail? Não

Foi no dia 5 de novembro de 2008, completam-se hoje precisamente dez anos, que a Assembleia da República aprovou a nacionalização do BPN, pedida poucos dias antes pelo Executivo de José Sócrates.

O jornal Público do dia 3 de novembro de 2008 dava um contexto pormenorizado do que se tinha passado dia anterior e dos motivos que levaram à tomada da decisão: “Foi numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros que a decisão foi tomada, depois de terem falhado as negociações com os quatro maiores bancos portugueses, que se recusaram, no entanto, a encontrar uma solução para a instituição. Práticas de ‘legalidade duvidosa’ de anteriores administrações conduziram o banco a uma situação que a crise financeira mundial acabou por agravar. Neste quadro, a atual administração, liderada por Miguel Cadilhe, não conseguiu completar o plano de recuperação que tinha delineado. O ministro das Finanças diz que todos os depósitos dos clientes do banco estão garantidos“.

Mas “a nacionalização não foi decidida de um dia para o outro”, conta Teixeira dos Santos ao ECO. “O BPN estava a ser acompanhado desde meados desse ano pelo Banco de Portugal, que todos os meses reportava informação ao Governo. O banco já tinha recorrido a financiamento de emergência e linhas concedidas pela banca, mas estava muito debilitado e com problemas de liquidez para honrar os seus compromissos do dia-a-dia“, recorda.

Edição do jornal Público no dia 3 de novembro de 2008. Manchete: bancos privados não quiseram salvar BPN e o Governo optou pela nacionalização.

“Não foi a dimensão do banco que justificou esse tipo de intervenção porque o BPN não era propriamente um daqueles bancos too big to fail. Era mais o ambiente que se vivia após a falência do Lehman Brothers. Podia ser uma fagulha que, num ambiente carregado de combustível, podia provocar um incêndio de proporções maiores“, argumenta ainda.

Para Cadilhe, que ocupava do cargo de presidente do BPN há apenas cinco meses, substituindo Abdool Karim Vakil (que saltou do Banco Efisa para a liderança do BPN após a saída de José Oliveira e Costa, por motivos de saúde, em fevereiro desse ano), foi o próprio Governo quem acabou por “provocar um alarme social” em torno da situação do banco, provocando uma “sangria de depósitos e uma sangria de liquidez”.

Ainda hoje aquele que viria a ser o último presidente do BPN considera que o banco foi nacionalizado por razões “insondáveis”, por “opção política”, como teve oportunidade de dizer no Parlamento na comissão que ficou de apurar as responsabilidades pela falência da instituição.

"Não foi a dimensão do BPN que justificou esse tipo de intervenção porque não era propriamente um daqueles bancos too big to fail. Era mais o ambiente que se vivia após a falência do Lehman Brothers.”

Teixeira dos Santos

Antigo ministro das Finanças

Bancarrota do Lehman Borthers? Perigo de contaminação dos problemas para outros bancos nacionais? “O BPN representava 2% do sistema bancário português. Falar em risco sistémico a propósito do BPN é querer um pretexto para aquilo que não deveria ter sido feito. Foi um erro, ponto final”, diz o antigo ministro de Cavaco Silva.

Com os custos finais da nacionalização ainda longe de estarem fechados, Teixeira dos Santos acredita que se evitou ainda maiores prejuízos para o Estado. Miguel Cadilhe nem por isso.

Após a nacionalização, o Governo ainda tentou vender o banco logo em 2010, com as avaliações a apontarem para um encaixe de 180 milhões de euros. Sem interessados na altura, a parte boa do BPN acabaria por vendida só em 2011, já com a troika em Lisboa, e por apenas 40 milhões ao BIC, hoje em dia liderado por Teixeira dos Santos.

"O BPN representava 2% do sistema bancário português. Falar em risco sistémico a propósito do BPN é querer um pretexto para aquilo que não deveria ter sido feito. Foi um erro, ponto final.”

Miguel Cadilhe

Antigo presidente do BPN

“Foi muito difícil vender o banco porque vivemos aquele período de crise financeira, de muita instabilidade. Não era uma conjuntura fácil”, recorda o antigo governante.

Estes 40 milhões de euros foram apenas uma pequena parte do que foi possível recuperar até ao momento. O que sobra do BPN estão em três veículos criados com o intuito de maximizar as vendas de ativos que faltam vender: a Parvalorem gere os créditos problemáticos do antigo banco; a Parups tem à sua responsabilidade os imóveis, obras de arte e outros ativos do BPN; e a Participadas gere as participações do BPN noutras empresas e fundos, como o Banco Efisa.

Agência do Banco Português de Negócios, Porto.José Coelho/Lusa 19 janeiro, 2011

BPN tem custo “maior do que na altura seria razoável esperar”

De ano para ano, os veículos criados para ficarem com o BPN continuam a consumir despesa que vem diretamente do Orçamento de Estado: prevê-se mais de 600 milhões de euros este ano e outros 550 milhões no próximo. Isto para lá das garantias concedidas pelo Estado à Parvalorem (1.994,83 milhões de euros) e à Parups (307,17 milhões) que, sendo executadas, vão castigar ainda mais os bolsos dos contribuintes.

Saldo das receitas e despesas orçamentais relativas ao BPN

Fonte: Tribunal de Contas

Com a fatura nos 3.600 milhões em 2016, Teixeira dos Santos reconhece que “o BPN acabou por impor um custo aos contribuintes maior do que na altura seria razoável esperar”, sendo que na altura da nacionalização se esperava recuperar grande parte do valor do banco.

“Mesmo assim, atentos aos riscos que havia, estou convencido que evitamos uma crise financeira que se poderia estender para lá do BPN e impor um custo superior àquele que estamos a suportar com o banco”, frisa.

Cadilhe contrapõe. Em vez de se ter nacionalizado o banco há dez anos, “o Governo poderia ter apostado no nosso plano e nós assumíamos a responsabilidade”, diz. “De certeza que o Estado não gastaria mais do que veio a gastar, pelo contrário“.

“Mas é claro que com a nacionalização do banco não houve depositante que quisesse deixar lá o dinheiro. Não há nenhum banco que resista“, sublinha.

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Sintra. Alojamento local em debate na Ordem dos Advogados

Conferência sobre Alojamento Local decorre amanhã, no Palácio da Justiça de Sintra, às 17.00

A delegação de Sintra do Conselho Regional de Lisboa organiza uma conferência que decorre, amanhã dia 6, no Palácio da Justiça de Sintra, às 17.00.

Em causa o Alojamento Local. ” O alojamento local em contexto de condomínio”, “O enquadramento fiscal do alojamento local” serão os temas em debate com as intervenções das advogadas Vera Foz e Teresa Valente.

A abertura e encerramento estarão a cargo do vice-presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados, João Massano e Sandra Franco Fernandes, presidente da Delegação de Sintra da OA.

Esta conferência surge no momento em que há 13 milhões de turistas – um terço dos que visitaram Portugal no ano passado – que optaram pelo Alojamento Local e em que existem no país mais de 70 mil estabelecimentos deste género e registam um crescimento superior ao registado no setor turístico, de acordo com os dados da Associação do Alojamento Local em Portugal.

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Bank Millennium cai. BCP sobe quase 1% com compra de banco na Polónia

As ações do BCP antecipam o potencial positivo sobre os lucros da aquisição do Euro Bank pelo seu braço na Polónia. Já o Bank Millennium diz que não vai pagar dividendos em resultado dessa compra.

O que é bom para uns nem sempre o é para outros. O rumo seguido pelas ações do BCP e do Bank Millennium após fechada a compra do Société Générale na Polónia é ilustrativo disso mesmo. Enquanto as do banco liderado por Miguel Maya aceleram perto de 1%, as do seu braço na Polónia recuam 1%.

Em comunicado enviado à CMVM, a instituição liderada por Miguel Maya revelou esta segunda-feira que, através do Bank Millennium, adquiriu a instituição polaca do banco francês — o Euro Bank — num negócio feito integralmente em dinheiro. O valor da operação ascendeu a 428 milhões de euros.

BCP avança em bolsa

Este negócio não é uma surpresa, tendo já tido sido noticiado por várias vezes. Mas, segundo os cálculos do BPI deverá trazer um impacto positivo sobre os lucros da instituição financeira liderada por Miguel Maya na ordem dos 5%. “A nossa estimativa é que, com esta compra, os lucros por ação do BCP sejam de cerca de 4% a 5% a médio prazo”, diz o banco na análise à compra anunciada pelo BCP.

Por essa razão não é de estranhar que as ações do BCP estejam a valorizar na bolsa portuguesa, recuperando face às perdas de 1% registadas no arranque da sessão. O título soma neste momento 0,7% para os 24,45 cêntimos por ação.

Já o Bank Millennium como comprador do Euro Bank, negócio em que teve de desembolsar o equivalente a 428 milhões de euros, não verifica o mesmo entusiasmo na bolsa. As suas ações estão a deslizar 0,9%, para os 8,77 zlotys, na bolsa de Varsóvia.

É que, no seguimento desse investimento, o banco polaco anunciou que não pretende distribuir dividendos pelos seus acionistas no próximo ano. “Devido a essa transação, não vamos pagar o dividendo de 2018”, disse Fernando Bicho, CFO do Bank Millennium. “É demasiado cedo para dizer quando seremos capazes de pagar dividendos”, acrescentou o mesmo responsável, citado pela Reuters.

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Irão desafia sanções aplicadas pelos Estados Unidos. Continuará a vender petroléo

No dia em que os EUA aplicam o segundo pacote sancionatório contra o Irão, Hassan Rouhani promete desafiar Trump e continuar a vender "ouro negro". O Irão está preparado "para resistir", diz.

No dia em que entra em vigor o segundo pacote sancionatório dos Estados Unidos contra o Irão, Hassan Rouhani garante que irá desafiar Donald Trump e continuar a vender petróleo. De acordo com a Reuters, o Presidente iraniano condena a “guerra económica” que, diz, tem sido levada a cabo por Washington de modo a enfraquecer a influência do seu país no médio oriente.

Depois das sanções aplicadas em agosto sobre o comércio de divisas, metais e automóveis, os Estados Unidos voltam à carga esta segunda-feira. Desta vez, os alvos da Casa Branca são os setores iranianos do petróleo e do gás. Tudo isto porque os norte-americanos consideram que o Irão tem desrespeitado o acordo nuclear, o que os iranianos negam.

Em resposta a este novo pacote sancionatório, Hassan Rouhani já considerou que o principal alvo dos Estados é o “povo iraniano”. “Hoje o nosso inimigo [os Estados Unidos] está a fazer mira à nossa economia. O principal alvo das sanções é o nosso povo“, sublinhou o Presidente do Irão. “A América queria pôr a zeros as vendas de petróleo do Irão, mas vamos continuar a vender, de modo a quebrar as sanções”, deixou claro o político.

Além disso, na opinião do líder iraniano, as sanções são “ilegais e injustas”. De facto, Rouhani considera que Washington está em causa uma “guerra económica”, mas avisa que o Irão está “preparado para resistir a qualquer pressão”.

Preço do petróleo acelera

De notar que também a União Europeia está contra a aplicação deste novo pacote sancionatório. “A União Europeia não aprova [as sanções]”, disse o comissário Pierre Moscovici.

Por outro lado, China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Turquia (grande importadores de petróleo iraniano) estão temporariamente fora das sanções aplicadas a partir desta segunda-feira, de modo a que o preço do “ouro negro” se mantenha estável.

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Web Summit lança fundo de 50 milhões de dólares. Quer investir em startups

Chama-se Amaranthine e tem como objetivo apoiar as startups nos restantes 362 dias do ano, explica Paddy Cosgrave, fundador do Web Summit.

Já não é só a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo. Três anos depois de “aterrar” em Portugal, o Web Summit quer começar a investir em startups em cujos negócios acreditam. Em entrevista ao Financial Times [acesso condicionado], o fundador do evento, Paddy Cosgrave, anunciou que a organização vai lançar o fundo Amaranthine de 50 milhões de dólares (cerca de 44 milhões de euros) para poder continuar a ajudar algumas das mais prometedoras participantes no evento. Os documentos para a criação do fundo foram entregues ao regulador norte-americano, o SEC, em maio deste ano.

“Nós ajudamos algumas empresas de uma forma forte durante três dias. Mas, o que acontece nos outros 362 dias?”, questiona Paddy Cosgrave, justificando a decisão. Este ano, mais de 2.000 startups e cerca de 1.500 investidores participam no evento que arranca esta segunda-feira ao fim da tarde, em Lisboa.

O dinheiro do fundo, que será gerido por um ex-gestor do Golmdan Sachs e por um dos fundadores do evento, vai ter em conta os dados recolhidos sobre as startups que mais atenção recolhem dos investidores durante os dias do evento.

Criado em Dublin em 2010 e, com apenas poucas centenas de assistentes nessa época, o evento mudou-se para Lisboa em 2016 e, este ano, prevê reunir mais de 70 mil pessoas em Lisboa, que deverão ficar por Lisboa pelo menos até quinta-feira, 8 de novembro e último dia do evento.

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Alegações finais da Operação Fizz marcadas para dia 30

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

O ex-procurador do Ministério Público e arguido no processo Operação Fizz regressaram hoje ao tribunal para prestar declarações, a seu pedido, após alterações não substanciais dos factos.

O ex-procurador do Ministério Público e arguido no processo Operação Fizz Orlando Figueira regressou hoje ao tribunal para prestar declarações, a seu pedido, após alterações não substanciais dos factos propostas pelos juízes.

O Ministério Público e os advogados do julgamento operação Fizz vão novamente alegar no dia 30, após o arguido Orlando Figueira e testemunhas por si arroladas deporem. O arguido prestou declarações, a seu pedido, explicando que sempre quis liquidar o empréstimo de 130 mil euros do Banco Privado Atlântico, mas que aguardou pelo “acerto de contas” com o presidente do banco.

No passado dia 8 de outubro, dia em que estava marcada a leitura do acórdão do processo, o juiz propôs alterações não substâncias dos factos, relativamente ao crime de branqueamento de capitais, que pende sobre os três arguidos: Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires.

O ex-procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que está pronunciado por corrupção passiva para ato ilícito e branqueamento de capitais decidiu prestar novas declarações ao tribunal e arrolou cinco testemunhas, Diogo Cunha, Samuel Lucas, Manuel Ferreira da Costa e Augusto Ramiro Batista.

Orlando Figueira vai prestar declarações da parte da manhã, estando previsto para a tarde serem ouvidas as cinco testemunhas por si arroladas. O Ministério Público (MP) pediu a condenação de Orlando Figueira por corrupção passiva para ato ilícito e branqueamento de capitais, mas com uma pena de prisão não superior a cinco anos e suspensa na execução.

Quanto ao advogado Paulo Amaral Blanco, o MP considera que deve ser condenado por corrupção ativa, mas também com pena suspensa. Para Armindo Pires, a procuradora pediu aos juízes que decidam de acordo com o melhor critério, considerando, contudo, não haver factos que comprovem que o arguido cometeu o crime de corrupção.

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Primeiro iPhone com acesso à rede 5G deve chegar em 2020

A Intel está a trabalhar no equipamento necessário para o protótipo do iPhone com 5G. Os primeiros dispositivos Android deverão sair já no próximo ano.

A corrida para o 5G já começou, e a Apple tem uma meta em vista. O primeiro iPhone com acesso a esta rede deve chegar em 2020, e vai ser equipado com processadores da Intel.

A fabricante de chips já estará a trabalhar no equipamento para a Apple, que vai ser usado para o protótipo do iPhone, avança a Fast Company (acesso livre/conteúdo em inglês). A empresa tem encontrado algumas dificuldades relacionados com o sobreaquecimento das peças, e a resolução desses problemas é um dos fatores que atrasa o lançamento.

A marca da maçã não será das pioneiras neste campo, já que os primeiros dispositivos Android que suportam esta rede devem ser apresentados num congresso no próximo ano, onde costumam ser conhecidas novidades do setor. A Huawei e a Xiaomi estão entre os fabricantes que devem lançar dispositivos, com processadores 5G da Qualcomm.

A empresa liderada por Tim Cook também terá tido conversações com outras empresas como a MediaTek, mas a Intel será mesmo a escolhida, de acordo com as fontes contactadas pela publicação.

As empresas norte-americanas de telecomunicações já anunciaram estar a preparar-se para o lançamento da próxima rede, e o presidente Donald Trump publicou um memorando no mês passado a expressar a vontade de ser líder na implementação da rede 5G.

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