FOX LIFE | 9-1-1 2, Segundas, às 22.20

  • ECO + FOX
  • 23 Outubro 2018

Jennifer Love Hewitt, protagonista da série ‘Em Contacto’ regressa à FOX Life, substituindo Connie Britton no papel de uma operadora do serviço de emergência médica 911.

A série que conquistou o público americano e nacional, regressou à FOX Life no dia 22 de outubro com uma nova temporada.
‘9-1-1’ é uma abordagem dinâmica às vidas dos agentes de intervenção primária – polícias, paramédicos e bombeiros –pessoas que põem a sua vida em risco para salvar a dos outros. Com esta produção, os criadores Ryan Murphy, Brad Falchuck e Tim Minear recriaram o típico drama policial, explorando as experiências de alta tensão de polícias, bombeiros e paramédicos, que são colocados constantemente em situações extremas.
Na segunda temporada deste fantástico drama, os socorristas continuam a viver situações de vida e morte, com especial ênfase para um terramoto devastador que assola a cidade de Los Angeles.

Esta temporada assinala o regresso de Jennifer Love Hewitt à FOX Life. Depois de anos a protagonizar o drama ‘Em Contacto’ no papel de Melinda Gordon, a atriz entra agora no elenco fixo de ‘9-1-1’, depois da saída de Connie Britton, que interpretava Abby Clark. Angela Bassett (‘Assalto à Casa Branca’), Peter Krause (‘Sete Palmos de Terra’), Oliver Stark (‘Underworld: Guerras de Sangue’) e Ryan Guzman (‘Step Up Revolução’) são outros nomes que fazem parte do elenco.

Uma série a não perder, Segundas, às 22.20 na FOX Life.

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“Itália precisa de fazer um esforço adicional para cumprir as regras comuns”, diz Centeno

  • e Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 23 Outubro 2018

O presidente do Eurogrupo lembra que a Comissão Europeia tem mecanismos "para lidar com desvios orçamentais" que estão a ser seguidos. Eurogrupo de 5 de novembro vai discutir a questão.

Depois de a Comissão Europeia ter chumbado a proposta de Orçamento apresentada por Itália, Mário Centeno disse que o Governo italiano “precisa de fazer de um esforço adicional para cumprir com as regras comuns” da União Europeia (UE). Num comunicado divulgado na sequência desta decisão, a que o ECO teve acesso, o Presidente do Eurogrupo incitou ainda a Comissão Europeia e Itália a manterem “diálogos construtivos”.

“A decisão da Comissão Europeia de solicitar à Itália a apresentação de um projeto de plano orçamental revisto reflete a implementação das regras que sustentam o euro. Este não é um caminho nunca antes trilhado. Temos um processo para lidar com desvios orçamentais e ele está a ser seguido“, lê-se no comunicado divulgado esta tarde, enquanto Centeno discursa no Parlamento.

Esperamos que o diálogo entre Bruxelas e Itália continue nas próximas semanas“, continuou o ministro das Finanças, também presidente do Eurogrupo, acrescentando que, a 5 de novembro, “os ministros terão oportunidade de discutir esta questão no contexto de uma primeira análise do Projeto de Plano Orçamental”.

Mário Centeno incitou ambas as partes a manterem um “diálogo construtivo”, defendendo que “Itália precisa de fazer um esforço adicional para cumprir com as nossas regras comuns”. “As recentes declarações de Roma sobre uma revisão da despesa, classificando metas orçamentais como tetos máximos e mostrando disponibilidade para agir se as previsões não se concretizarem são um passo na direção certa“, concluiu.

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Tribunal do Comércio de Lisboa suspende nomeação de órgãos sociais da Pharol

  • Lusa
  • 23 Outubro 2018

Em causa estão as decisões tomadas na Assembleia Geral de 25 de maio, que deram origem a uma providência cautelar da acionista Telemar Norte Leste, detida a 100% pela brasileira Oi.

O Tribunal do Comércio de Lisboa decidiu “suspender a deliberação social de nomeação dos órgãos sociais eleitos para o triénio 2018/2020” da Pharol, adiantou a empresa em comunicado enviado, esta terça-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em causa estão as decisões tomadas na Assembleia Geral (AG) de 25 de maio de 2018, que deram origem a uma providência cautelar da acionista Telemar Norte Leste, detida a 100% pela brasileira Oi, da qual a Pharol é acionista.

A antiga Portugal Telecom explicou que “na referida AG, no ponto respeitante à eleição dos órgãos sociais, a Telemar Norte foi impedida de votar pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, em virtude de se encontrar numa situação de conflito de interesses, atendendo ao público e notório conflito judicial da atual administração da Oi com a Pharol, nomeadamente quanto ao exercício dos direitos societários da Pharol na Oi”, lê-se no mesmo comunicado.

A Pharol explica que, dada a situação, “nos termos do artigo 391º do Código das Sociedades Comerciais, com a suspensão, mantêm-se em funções os membros dos órgãos sociais que foram eleitos para o triénio 2016/2018”. A empresa relembra que “considerando que, na assembleia geral de 25 de maio de 2018, apenas um administrador eleito é distinto dos que já se encontravam anteriormente em funções, em termos práticos, a suspensão apenas incide sobre o único administrador que não transita do mandato anterior”.

A decisão do Tribunal do Comércio de Lisboa também não “afeta a eleição de uma administradora na AG de 07 de setembro de 2018, com a qual a Pharol visou dar cumprimento à lei da paridade”, salientou a empresa.

A sociedade conclui assim que, “sem prejuízo da tomada das medidas que se julguem adequadas para contestar o decidido, nomeadamente apresentando recurso, nove membros da administração da Pharol continuarão a assegurar a gestão e legal representação da Sociedade, sob a presidência de Luís Palha da Silva”.

Em setembro deste ano, a Pharol foi impedida de participar numa AG extraordinária da Oi.

“A Pharol informa que não esteve presente naquela assembleia pelo facto de, não obstante o seu representante devidamente mandatado ter comparecido ao local da AGE [assembleia-geral extraordinária], a Oi ter impedido a presença, na AGE, dos acionistas cujos votos se encontram suspensos por decisão tomada no âmbito do processo de Recuperação Judicial da Oi”, lê-se num comunicado enviado, na altura, à CMVM.

A empresa prometeu adotar “as medidas apropriadas com vista a preservar os seus direitos”.

A Oi está num processo de recuperação judicial desde 2016 com o objetivo de reduzir o passivo, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 13,8 mil milhões de euros).

A Pharol era a principal acionista daquela companhia, detendo 27,18% através da sua subsidiária Bratel, mas, com o Plano de Recuperação Judicial da Oi, passou a ter menos de 8% por ter optado não participar na recapitalização da operadora mediante conversão de dívida.

Esse Plano de Recuperação Judicial propõe-se, assim, a reduzir o passivo da companhia brasileira, através da conversão de 72,12% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a empresa.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Numa decisão inédita, a Comissão Europeia chumbou o Orçamento do Estado de Itália para o próximo ano. Roma tem agora três semanas para apresentar um novo plano orçamental.

A UTAO detetou uma discrepância nas novas medidas previstas para 2019 subjacentes à proposta de Orçamento que foi para o Parlamento e nos planos orçamentais que foram enviados para Bruxelas.

O PS pediu para adiar a votação do pacote do arrendamento, um requerimento rejeitado por Bloco e PCP e que levou Helena Roseta a renunciar à coordenação do grupo de trabalho da habitação.

O BPI registou um aumento dos lucros para os 530 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

As viaturas a gasóleo produzidas entre agosto de 2010 e agosto de 2017 podem apresentar problemas no circuito de refrigeração dos gases do escape.

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PREVPAP: Comissões já deram parecer favorável a 13.594 pedidos de trabalhadores

  • Lusa
  • 23 Outubro 2018

No debate de apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2019, Centeno aproveitou para reforçou que 13.594 pedidos de trabalhadores precários já receberam 'luz verde' das comissões.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, reafirmou, esta terça-feira, no parlamento que as comissões de avaliação do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários do Estado (PREVPAP) já deram parecer favorável a 13.594 pedidos de trabalhadores.

Durante a apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2019 na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, em resposta à deputada do PCP, Rita Rato, Mário Centeno recordou o último balanço do PREVPAP.

Segundo disse, de 33.478 processos analisados, 13.594 já obtiveram pareceres favoráveis das comissões de avaliação bipartida e 11.712 já foram homologados. O ministro explicou que os pareceres desfavoráveis devem-se sobretudo ao facto de os trabalhadores já terem “contratos permanentes”.

Questionado sobre aumentos salariais na administração pública, Mário Centeno voltou a sublinhar que “já há uma valorização muito significativa no Orçamento do Estado e ela deve ser reconhecida” acrescentando que a valorização salarial “tem muitas facetas” e que o tema está em negociação com os sindicatos.

“Foi muito clara a prioridade que demos”, respondeu Mário Centeno, adiantando as medidas já tomadas como o fim dos cortes salariais ou o descongelamento de carreiras.

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Bruxelas chumba orçamento italiano. As explicações em 11 respostas

  • ECO
  • 23 Outubro 2018

Depois de ter chumbado a proposta do Orçamento para o próximo ano de Itália, a Comissão Europeia reuniu, num conjunto de perguntas e respostas, os principais desvios que encontra no documento.

A Comissão Europeia já se pronunciou relativamente à recente decisão de chumbar a proposta de orçamento de Itália. Reuniu, num conjunto de perguntas e respostas, os principais desvios que encontra no documento, bem como aquelas que são as suas recomendações para o executivo de Giuseppe Conte.

Qual é a opinião da Comissão Europeia sobre o Orçamento de Estado Italiano?

A Comissão avaliou o orçamento italiano como não estando em linha com as recomendações enviadas ao Governo italiano, pelo conselho Europeu, em julho deste ano. O orçamento do Estado italiano prevê uma deterioração do saldo estrutural para 2019 em 0,8% do PIB, em contraste com a recomendação do Conselho, que apontava para uma melhoria estrutural de 0,6% do PIB. Assim, a Comissão considera que há um desvio significativo na proposta do Governo italiano, que está aquém do ajustamento recomendado para o objetivo orçamental de médio prazo.

Bruxelas diz ainda que a expansão orçamental prevista par ao governo italiano coloca em causa a redução do ainda elevado peso da dívida face ao PIB, rumo ao objetivo acordado pelos Estados-membros (limite de 60% do PIB). “Elevada dívida mantém-se como uma grande vulnerabilidade para a economia”, alerta a Comissão Europeia.

É salientado ainda que a proposta orçamental italiana não está em linha com o compromisso assumido por Itália no seu Programa de Estabilidade, em abril deste ano. Itália tinha traçado como objetivo um défice de 0,8% do PIB para 2019, valor bastante aquém face aos 2.4% previstos na proposta de orçamento agora apresentado pelo Governo.

Quais foram as recomendações do Conselho Europeu ao governo italiano?

O Programa de Estabilidade, acordado a 13 de julho de 2018, compromete o executivo de Conte a atingir uma taxa de crescimento da despesa pública primária líquida que não exceda 0,1% do PIB, o que se traduz num ajustamento estrutural anual de 0,6% da riqueza gerada no país. Esta recomendação foi relembrada pelo Conselho em junho de 2018.

Porque é que o cenário macroeconómico é problemático?

Um dos requisitos europeus para a validação de qualquer orçamento de Estado prende-se com a preparação e aprovação por parte de uma entidade independente. Tal não aconteceu em Itália. O organismo independente encarregue por monitorizar as projeções macroeconómicas contidas no cenário previsto no orçamento de 2019 não fez essa validação. “As projeções macroeconómicas apresentadas estão completamente fora dos valores aceitáveis, tendo em conta a informação atualmente disponível“, justifica aquele organismo.

Esta decisão reflete a perspetiva do governo italiano?

A Comissão Europeu consultou Itália através de uma carta enviada no dia 18 de outubro de 2018, na qual pediu informação complementar ao Governo de Roma relativamente ao orçamento de Estado apresentado. Esta decisão reflete as observações enviadas pelo governo Italiano no dia 22 de outubro, em resposta a esse pedido.

A Comissão espera que Itália mude as suas prioridades orçamentais?

“Itália, tal como todos os outros Estados-membros, tem o direito de escolher as suas prioridades orçamentais”, diz a Comissão Europeia, acrescentando que é o seu papel avaliar se Itália cumpre com os compromissos orçamentais que orientam os restantes Estados-membros da União Europeia (UE).

O que distingue o caso italiano dos restantes? Porque não foi pedida a revisão orçamental a outros Estados-Membros?

Por parte da UE, havia a recomendação de que o Governo italiano alcançasse uma melhoria do saldo estrutural equivalente a 0,6% do PIB. No entanto, Itália planeia uma deterioração equivalente a 0.8% da riqueza.

Em primeiro lugar, a Comissão pede uma melhoria orçamental salientando que, face à dimensão da dívida italiana e a recuperação económica em curso, este é o momento certo para ajustar e reconstruir “almofadas fiscais” a nível nacional. O impacto líquido em termos de subida do défice está na ordem dos 1,2%. “Em orçamentos que ficaram aquém do que era pedido pelo conselho, a comissão salienta a inexistência de situações de expansão orçamental quando aquilo que era pedido era contenção”, lê-se no documento.

Em segundo lugar, o intervalo entre a deterioração orçamental prevista por Itália e as recomendações do Conselho é na ordem dos 1,4%. A Comissão considera tal um fosso “sem precedentes” desde a introdução em 2013 do mecanismo de estabilidade orçamental europeu.

E relativamente à dívida pública?

O rácio da dívida pública italiana encontrava-se a 131,2% do PIB em 2017, o que colocava Itália no segundo lugar mais elevado na UE, em termos relativos e um dos maiores do mundo. Tal representava, em média, 37,000€ por habitante. O elevado stock da dívida pública coloca dificuldades a Itália no caso de choques macroeconómicos, representando um fardo intergeracional que pesa nos padrões de vida dos italianos.

O facto dos custos do serviço da dívida pública absorverem uma fatia substancial dos recursos públicos em Itália face ao que acontece no resto da zona euro tem consequências na despesa produtiva do país. Os encargos italianos com juros foram, em 2017, de cerca de 65,5 mil milhões de euros, ou o equivalente a 3,8% do PIB.

Sem que sejam utilizadas políticas orçamentais prudentes, o efeito de uma dívida pública elevada pode ser amplificado, nomeadamente no contexto dos mercados e no impacto nos juros da dívida soberana, o que penaliza tanto a fatura dos juros pagos pelo país, bem como em termos dos custos de financiamento para a economia real.

Que circunstâncias económicas levaram à decisão da Comissão?

A economia italiana apresenta um crescimento económico e nível de produtividade fracos, em comparação com as médias da UE, e também demonstra um nível de empregabilidade reduzido, o que tem consequências a nível social. Para que o crescimento económico ocorra, terá que haver uma aposta em reformas estratégicas, impulsionando o potencial do país.

No entanto, as medidas incluídas no orçamento de estado italiano para 2019 indicam um recuo em relação àquilo que tem sido alcançado pelo país e também um retrocesso em relação às metas específicas constantes das recomendações de julho, enviadas pelo Conselho Europeu ao Governo italiano.

De que forma tem Itália beneficiado de flexibilidade em relação às metas do Programa de Estabilidade?

Itália tem-se destacado como a principal beneficiária do plano de flexibilização do Programa de Estabilidade e Crescimento, tendo recebido nos últimos anos cerca de 30 mil milhões de euros (1,8% do PIB), entre 2015 e 2018.

De que outras formas tem a UE apoiado Itália?

Itália é também o segundo maior beneficiário do Plano Juncker, um Plano de Investimento Europeu iniciado em 2014, tendo com isso recebido cerca de 8,9 mil milhões de euros da UE, que se espera poderão gerar cerca de 50 mil milhões de retorno em termos de novos investimentos.

Itália é igualmente o segundo maior destinatário dos fundos estruturais da UE, tendo recebido, desde 2014, cerca de 44,7 mil milhões de euros desse programa de financiamento.

Quais são os próximos passos?

Segundo as regras constantes no regulamento nº 473/773, art.7, nº 2, o Governo italiano dispõe agora de três semanas para apresentar a revisão orçamental. A comissão irá avaliar essa proposta e emitirá o seu parecer no fim de novembro.

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BPI com lucros de 530 milhões. Atividade em Portugal puxa pelos resultados

Portugal contou para 60% dos lucros do BPI. Já a atividade internacional com o BFA (detém cerca de 49%) e o BCI deu um contributo de 204,6 milhões de euros.

O BPI registou um aumento dos lucros para os 529,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, beneficiando da venda de ativos e da melhoria da atividade bancária em Portugal, que permitiram melhorar os resultados face aos aos lucros de 23 milhões de euros registados há um ano.

Só no negócio doméstico, o banco dos espanhóis do CaixaBank obteve um lucro de 324,4 milhões de euros entre janeiro e setembro, dos quais 164,2 milhões dizem respeito a resultados recorrentes, ou seja, sem impacto de eventos ocasionais como foram a venda de parte do capital do angolano BFA em 2017, a venda da participação na Viacer, dona da cerveja Super Bock (gerou um ganho de 60 milhões), e a venda das subsidiárias BPI Gestão de Ativos e BPI GIF (ganho de 62 milhões).

Feitas as contas, Portugal contou para 60% dos lucros do BPI. Já a atividade internacional com o BFA (detém cerca de 49%) e o BCI deu um contributo de 204,6 milhões de euros.

A margem financeira (os juros recebidos dos empréstimos menos os juros pagos nos depósitos) aumentou mais de 9% para 315 milhões de euros e Pablo Forero associa esta evolução ao “bom trabalho” que o banco está a realizar num contexto de juros historicamente baixos. E as receitas com comissões subiram 5,6% para 201,5 milhões de euros.

O banco destaca a “dinâmica comercial” que deu um impulso aos depósitos de clientes, que aumentaram em 1.343 milhões de euros para 20.711 milhões de euros no final de setembro. Também o crédito a clientes observou um aumento de 5,4% para 23.422 milhões de euros, com o BPI a salientar o financiamento às empresas. Em Portugal, assinala a subida de 12% do crédito às empresas para 7.887 milhões de euros. Diz que está a ganhar quota de mercado.

Em conferência de imprensa, Pablo Forero não revelou se o BPI vai pagar dividendos, dizendo que essa decisão cabe à assembleia geral de acionistas. “Não vamos especular sobre a questão dos dividendos. Estamos preocupados em reforçar os capitais do banco”, afirmou o presidente do banco que fechou o mês de setembro com um rácio de capital de CET1 de 13,1% e total de 14,8%. O banco fala em “sólida capitalização”.

Em relação ao malparado, o BPI diz que tem a “carteira de crédito de melhor qualidade em Portugal”, com um nível de ativos não performantes (NPE) de 3,8%. Forero adiantou aos jornalistas que o banco está a ultimar a venda de um conjunto de créditos problemáticos no valor de 200 milhões de euros.

Chumbo a Itália? “Não foi uma surpresa”

Em setembro, o BPI detinha uma carteira de dívida italiana no valor de 680 milhões de euros, sendo a terceira mais representativa apenas ultrapassada pela dívida espanhola (1.000 milhões) e portuguesa (1.700 milhões). Tudo títulos a atingirem a maturidade dentro de três anos.

Itália tem estado sob pressão dos investidores perante o conflito entre Bruxelas e Roma, que culminou esta terça-feira no chumbo do Orçamento do Estado para 2019. Mas Pablo Forero desvaloriza a exposição do banco ao mercado italiano.

“Sabíamos o que ia acontecer a partir do momento em que o Governo apresentou um orçamento que não está de acordo com as recomendações europeias. Não podemos dizer que isto foi uma surpresa“, considerou o presidente do BPI.

Declarou mesmo que estamos no “início de uma fase de disciplina financeira na União Europeia”.

Mudanças em Angola “são boas notícias”

Em Angola, o BPI está a tentar vender parte do capital que ainda detém no BFA, mas o processo que pode levar o banco angolano para a bolsa não registou “novidades”, adiantou ainda Pablo Forero. “Continuamos a tentar resolver. (…) A equipa está totalmente focada em fazer negócio num contexto de mudanças”, disse.

O que está a acontecer [em Angola] são boas notícias para o BFA“, assinalou ainda, destacando a nova taxa de câmbio do kwanza (“é positiva para Angola ter finanças equilibradas”) e ainda a ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional.

(Notícia atualizada às 18h19)

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Chumbo de Bruxelas ao orçamento de Itália afunda bolsas. Lisboa toca mínimos de 2017

Num dia que já era marcado por tensões na Ásia, pelo clima de tensão com a Arábia Saudita, o chumbo do orçamento italiano por Bruxelas foi a gota de água. Ditou fortes quedas nas bolsas da Europa.

Depois das fortes quedas nos mercados asiáticos, as bolsas europeias afundaram. Depois de Bruxelas chumbar a proposta de orçamento apresentada pelo Governo italiano, a tendência negativa acentuou-se, com os principais índices a registarem quedas de mais de 1%. Lisboa não escapou, recuando para mínimos de ano e meio.

A rejeição de Bruxelas foi anunciado por Valdis Dombrovskis, depois de o Governo italiano se ter recusado a alterar os planos orçamentais tal como a Comissão tinha pedido. Agora, Itália tem um prazo máximo de três semanas para fornecer um novo plano de Orçamento para 2019.

Perante este chumbo inédito, o índice de referência italiano registou uma descida de 0,7%, desvalorização menos expressiva do que a apresentada por outras praças do Velho Continente, apesar da subida dos juros da dívida a dez anos para os 3,55%. O saldo menos negativo explica-se pelo facto de muitos investidores já terem antecipado a decisão de Bruxelas.

O Stoxx 600, o índice que agrega as principais cotadas da Europa, encerrou a perder 1,49% para 354.39 pontos, sendo que tanto Paris como Frankfurt, mas também Lisboa, acabaram por apresentar descidas ainda mais acentuadas. Enquanto o CAC 40 cedeu 1,53%, já o DAX perdeu mais de 2%. Lisboa fechou a sessão a cair 1,72%. O PSI-20 recuou pela terceira sessão consecutiva.

A maioria das cotadas do índice de referência português terminou a sessão em terreno vermelho, com destaque para a Galp Energia, que derrapou 3,86%, num dia de quedas acentuadas nos preços do petróleo. Mota-Engil e Altri registaram quedas superiores a 4%, já a F. Ramada liderou as descidas ao afundar 8,02% para os 8,60 euros.

Das dezoito cotadas do PSI-20, apenas duas terminaram em terreno verde, a retalhista Jerónimo Martins, que subiu 1,33% para os 11,465 euros, e a Sonae Capital. A dona do Pingo Doce, apesar da valorização de mais de 1%, acabou por não impedir uma descida acentuada do PSI-20.

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Até que ponto o Brexit afeta(rá) o Direito?

Concorrência, tecido empresarial e fisco são só algumas das áreas em que o Brexit mexerá. Juristas tentam antecipar cenário de possíveis impactos para evitar o caos legal.

De um casamento atribulado a um divórcio custoso, a saída do Reino Unido da União Europeia está em fase de negociações e fechar um acordo parece ainda incerto, mas o seu impacto já se começa a sentir em várias áreas jurídicas. Será tudo uma questão de mudança de legislação? Até que ponto? Especialistas em direito da UE explicam.

Depois de Bruxelas e Reino Unido terem acordado um período de transição até dezembro de 2020, as negociações têm-se intensificado de parte a parte, com Michel Barnier a admitir recentemente ter de o estender até mais um ano. Sem, no entanto, existir resultado à vista, têm até 29 de março de 2019 para chegar a um possível acordo de saída. Faltam cerca de sete meses e o seu desfecho será decisivo para perceber o impacto que terá na economia, nas empresas e também em áreas diversas do Direito, que já começam a sentir algumas das dificuldades jurídicas que estão prestes a enfrentar.

Atendendo ao extenso âmbito de aplicação do Direito da União Europeia, serão muito poucas as áreas jurídicas não afetadas pelo Brexit”, comenta Joaquim Vieira Peres, sócio da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados. “Até áreas onde os Estados-Membros da UE mantiveram uma competência legislativa exclusiva, como os impostos diretos, são fortemente influenciadas e constrangidas por normas transversais de direito da UE, como por exemplo a proibição de discriminação em razão da nacionalidade ou da residência, ou as regras de auxílios de Estado”.

Concorrência

Em algumas áreas estas implicações vão depender, em grande medida, do acordo alcançado entre a União e o Reino Unido, “que vai ditar a sua futura relação e que até agora permanece rodeado de grande incerteza”, admite o jurista. Noutras o impacto já consegue ser expectável, como o direito da concorrência. Mas até que nível?

Inês Sequeira Mendes, sócia da Abreu Advogados, fala de várias questões na área que “são sensíveis e complexas”. O direito da concorrência europeu tem a sua base nos artigos 101 e 102 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), e ainda numa série de outros instrumentos europeus. A estes soma-se o facto de que “cada Estado-Membro tem o seu próprio regime interno de concorrência, alinhado com o regime europeu e tendo sempre de ser interpretado à luz das decisões dos tribunais europeus, com o objetivo de promover um mercado único com regras comuns e transversais a todos”, explica a advogada.

Com o Brexit, à partida deixarão de se aplicar todas estas regras comuns aos demais Estados-Membros, deixando também a Comissão Europeia e os tribunais europeus de ter jurisdição sobre o Reino Unido, e as questões que surjam passarão a ter de ser dirigidas pelas autoridades e tribunais do país ou outras que venham a ser definidas.

“Ainda que o regime de concorrência do Reino Unido esteja bastante desenvolvido e atualmente alinhado com o regime europeu, terá necessariamente divergências com aquele, desde logo por não ter na sua base o princípio da criação de um mercado único, do qual não fará parte. Tudo isto implicará a implementação de novos regimes legais e a consequente adaptação das empresas aos mesmos, alguma duplicação de procedimentos e incerteza quanto aos respetivos desfechos”, acrescenta a jurista.

O direito da concorrência terá, por isso, um impacto significativo nas empresas com atividade na UE e no Reino Unido, “dado o risco de coimas potencialmente pesadas em casos de violação das suas regras”, continua Joaquim Peres Vieira.

Muitas das questões fiscais poderão ser resolvidas ou, pelo menos, atenuadas pelo acordo a que se chegue, sendo atualmente avançadas diversas soluções, como é exemplo uma cláusula de ‘nação mais favorecida’.

João Maricoto Monteiro e Pedro Fonseca Pires

Advogados da SRS

Uma vez fora dos regulamentos europeus, já não será suficiente que estas empresas obtenham autorizações da Comissão Europeia, para uma concentração, por exemplo. Ao invés, “dependendo das regras da concorrência em vigor no Reino Unido após o Brexit, estas empresas poderão ter de obter autorizações adicionais das autoridades da concorrência do país e/ou ajustar as suas atividades comerciais locais a quaisquer regras concorrenciais divergentes”.

Empresas

Além da concorrência, as empresas terão de se preocupar com o impacto que o acordo de saída, ou a sua ausência, terá na sua atividade. Por exemplo, num cenário de não-acordo, de que maneira ficarão em jogo as empresas europeias no Reino Unido e as britânicas na União Europeia?

“No caso de um hard-Brexit, liberdades como a livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas deixariam de se aplicar nas relações entre ambos. Em termos jurídicos, a relação da UE com o Reino Unido tornar-se-ia numa relação comercial “normal” com um país terceiro que seria governada pelas regras comerciais da OMC, que são muito menos abrangentes e eficazes”, explica o advogado da MLGTS.

Por exemplo, “não eliminam, mas apenas regulam a imposição de deveres alfandegários sobre a importação de bens, abrangem uma parcela muito limitada do comércio de serviços (por exemplo, de transporte ou financeiros) e não abrangem a livre circulação de pessoas de todo. Em caso de violação de regras da OMC por um Estado-Membro, estas regras não podem ser invocadas por empresas perante tribunais nacionais desse Estado-Membro e apesar de estabelecerem o acesso não discriminatório ao mercado, não harmonizam as legislações nacionais entre os Estados que são membros da OMC”.

Lídia Leão / ECO

Portanto, um hard-Brexit “vai tornar muito mais dispendioso para as empresas da UE comercializarem os seus produtos no Reino Unido e para as empresas do Reino Unido comercializarem os seus produtos na UE. Poderão, por isso, ter de vender a preços mais elevados, e perder quota de mercado, no respetivo mercado de exportação. Dependendo do quão fortes as empresas da UE são no mercado britânico relevante (e vice-versa), o Brexit poderá também, pelo menos temporariamente, levar a uma redução da concorrência e ao aumento do nível de preços em certos mercados, o que é muito preocupante”, conclui o advogado.

Direito Fiscal

Em matéria de tributação, as implicações que o Brexit trará vão sempre depender do acordo final e dos seus termos, mas uma vez
fora das normas e da jurisdição da União e respetivo tribunal, “a diferenciação da tributação dos sujeitos não residentes face aos residentes poderá ser uma realidade, além de que podem surgir eventuais “barreiras fiscais” ao exercício de atividades económicas no Reino Unido por não residentes”, explicam João Maricoto Monteiro e Pedro Fonseca Pires da SRS Advogados.

Tem sido uma enorme preocupação das autoridades europeias e também do Reino Unido assegurar a manutenção dos direitos adquiridos aos cidadãos que possam ser diretamente afetados pelo Brexit.

Inês Sequeira Mendes

Advogada da Abreu Advogados

No que diz respeito à tributação direta, “passando a aplicar-se nas relações entre empresas dos Estados-Membros e do Reino Unido as normas internas de cada país, poderão surgir entraves, por via da tributação, às reorganizações societárias, ou pelo agravamentos de tributação, nomeadamente através de retenções na fonte dos rendimentos”.

Já relativamente à saída da União Aduaneira, “as maiores preocupações são quanto à aplicação de taxas e direitos aduaneiros aos produtos trocados”. Tendo em conta a integração económica que existe atualmente, “a adaptação a uma nova realidade, mais burocrática e onerosa, poderá revelar-se um desincentivador do comércio. Muitas destas questões poderão ser resolvidas ou, pelo menos, atenuadas pelo acordo a que se chegue, sendo atualmente avançadas diversas soluções, como é exemplo uma cláusula de ‘nação mais favorecida’”.

O Brexit deverá, contudo, salvaguardar uma situação transitória para atenuar o impacto tributário deste processo. “Ou, no limite, uma extensão de algumas regras tributárias da União ao Reino Unido, como acontece com a Suíça”, clarificam os advogados, especialistas em direito fiscal.

Direitos dos cidadãos

Quanto aos direitos dos cidadãos, estes ficam assegurados, para já, até ao fim do período de transição, que está definido que termine no dia 31 de dezembro de 2020, embora possa agora vir a ser alargado. Depois disso, tudo dependerá da existência ou não de um acordo. Para já, é certo que tem havido “uma enorme preocupação das autoridades europeias e também do Reino Unido em assegurar a manutenção dos direitos adquiridos aos cidadãos que possam ser diretamente afetados pelo Brexit”, quer dos cidadãos ingleses a residir noutros Estados-Membros quer dos cidadãos europeus a residir no Reino Unido.

O presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker e a primeira-ministra britânica Theresa May.European Union, 2017

“As bases deste entendimento têm já sido bastante divulgadas para um cenário de acordo quanto ao Brexit”, explica Inês Sequeira Mendes. Num cenário de acordo, direitos como a proteção dos direitos e liberdades fundamentais, a proibição de discriminação em razão da nacionalidade ficam garantidos, bem como a liberdade de entrada, saída, movimento, e de trabalho e do acesso a cuidados de saúde e benefícios de segurança social. Tanto para cidadãos da UE que residam no Reino Unido como para cidadãos do Reino Unido que residam na UE.

No entanto, segundo explica Joaquim Peres Vieira, se as duas partes não conseguirem chegar a acordo a tempo de permitir a sua ratificação e entrada em vigor a 29 de março de 2019, poderá não haver qualquer período de transição sequer. “Em tal caso, os cidadãos e empresas da UE perderiam os seus direitos e privilégios europeus no Reino Unido, e os cidadãos e empresas britânicas na UE perderiam os seus, nesse mesmo dia, pois as normas da UE simplesmente deixariam de ser aplicáveis ao/e dentro do Reino Unido”, continua o advogado.

Para o jurista, a evolução das negociações nos últimos meses entre a UE e o Governo Britânico tem tido alguns sinais positivos, que, “no entanto, são dificultados por uma grande turbulência na política interna britânica quanto aos termos do Brexit”, remata.

Se tudo correr bem, espera-se que um acordo entre Bruxelas e May feche agora em outubro, estando previsto um encontro posterior em novembro, para concluir eventuais pontos. Até lá, advogados e funcionários judiciais em toda a União procuram prevenir-se para todos os cenários possíveis.

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Itália responde à Comissão Europeia: “Orçamento foi feito para os italianos, não para Bruxelas”

Itália diz que não recebeu o chumbo com surpresa. Vai responder a Bruxelas no prazo de três semanas, mas reitera que a única forma de reduzir o endividamento é impulsionar o crescimento.

Depois de a Comissão Europeia ter chumbado a proposta do Orçamento italiano, Itália recebeu esse chumbo sem surpresa. “O Orçamento foi feito para os italianos, não para Bruxelas”, disse o vice primeiro-ministro, Luigi Di Maio, acrescentando que vai responder a Bruxelas no prazo estabelecido de três semanas. No entanto, reitera que a única forma de reduzir o endividamento é impulsionando o crescimento, avança a Reuters.

“É o primeiro Orçamento italiano que não agrada à UE. Não me admiro: é o primeiro Orçamento italiano escrito em Roma e não em Bruxelas!“, escreveu Di Maio na sua conta do Twitter.

Mas, o vice primeiro-ministro continuou, no Facebook: “Com os danos que tinham sido causados pelos anteriores, não podíamos, certamente, continuar com as suas políticas. Continuaremos a informar a Comissão Europeia daquilo que queremos fazer com respeito. Mas tem de haver igualmente respeito para com o povo italiano e para com o Governo que o representa“.

Numa publicação anterior, Di Maio afirmou ainda: “Não vamos desistir. Sabemos que estamos a percorrer o caminho certo. E, por isso, não vamos parar”.

Conte garante que não há um “Plano B”

Também Giuseppe Conte adiantou que o Governo não vai aceitar mudanças substanciais no documento, afirmando que não há um “Plano B”. Em entrevista à Bloomberg, o primeiro-ministro italiano sublinhou: “Eu disse que o défice de 2,4% era o máximo. Posso dizer que este será o nosso limite”.

Conte afirmou estar confiante de que o Orçamento do país vai impulsionar o crescimento económico, ao mesmo tempo que vai ajudar Itália a manter as suas contas em ordem a longo prazo. O Orçamento é globalmente “muito prudente”, disse, acrescentando que “há um plano de investimento robusto” que pode impulsionar a economia.

“Estamos prontos para reduzir, talvez, para fazer uma revisão dos gastos, se for necessário”, continuou. Mas, insistiu: o crescimento económico é “o melhor caminho para nos tirar da armadilha da dívida“.

Esta terça-feira, os italianos viram a Comissão Europeia rejeitar, pela pela primeira vez na história dos orçamentos, o Orçamento italiano. “Hoje, pela primeira vez, a Comissão foi obrigada a pedir a um país da zona euro para rever a sua proposta de Orçamento“, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, em conferência de imprensa. “Não tivemos outra alternativa senão pedir ao Governo italiano para o fazer. Vamos dar a Itália um máximo de três semanas para fornecer um novo plano de Orçamento para 2019”, acrescentou Valdis Dombrovskis.

(Notícia atualizada às 16h41 com mais informação)

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Raize alia-se à DIF Broker para investir em PME portuguesas

A fintech portuguesa assinou uma parceria com a DIF Broker para financiarem pequenas e médias empresas nacionais. Algo que pode ter um impacto positivo na dinamização do mercado de capitais.

A Raize assinou uma parceria com a DIF Broker para investir no capital das PME nacionais, anunciou a fintech em comunicado. Este passo vai permitir à mais recente cotada nacional reforçar a presença junto das PME, ao disponibilizar uma estrutura que vai “projetar o potencial” destas empresas junto de investidores, que pode ter um impacto positivo na dinamização do mercado de capitais.

A parceria, assinada a 19 de outubro, vai permitir à Raize “alargar a sua proposta de valor junto das empresas e reforçar o seu posicionamento de referência no financiamento médio/longo-prazo da economia portuguesa“, lê-se no comunicado. “Temos um contacto próximo com milhares de PME portuguesas o que cria um ecossistema ideal para se encontrarem boas oportunidades de investimento”, diz Afonso Fuzeta Eça, fundador da fintech.

Considerando ser um “passo importante para uma maior aproximação dos investidores de capital com as PME” nacionais, Pedro Lino, CEO da DIF Broker, diz que “os investidores continuam atentos a oportunidades, a manifestar interesse em investir nas boas empresas portuguesas e vemos esta parceria com a Raize como uma excelente forma de promover esse contacto”.

A interação com os investidores vai ser feita diretamente pela DIF Capital, que afirma que estas PME “ganham o acesso a uma estrutura que projeta o seu potencial junto de investidores, valorizando-se, obtendo a possibilidade de terem um acompanhamento personalizado na expansão da atividade ou internacionalização”. Por outro lado, continua, “os investidores vêm reforçado o leque de oportunidades de investimento levando a uma alocação mais eficiente dos seus capitais“.

Esta parceria pode ainda ter um impacto positivo na dinamização do mercado de capitais, diz o comunicado. “É a nossa expectativa que algumas das empresas investidas possam vir a entrar em bolsa no futuro“, remata José Maria Rego, CEO da Raize

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Recuperação económica em Angola enfrenta “severos ventos contrários”, diz Standard Bank

  • Lusa
  • 23 Outubro 2018

O Standard Bank aponta a redução na produção de petróleo como um "fator fundamental que está a complicar a recuperação económica e a normalização da oferta de moeda estrangeira no país".

O departamento de estudos económicos do Standard Bank considerou esta terça-feira que Angola está a enfrentar “severos ventos contrários” e apontou que a redução na produção petrolífera está a complicar a recuperação económica.

“A economia angolana continua a enfrentar severos ventos contrários, contraindo 7,4% no segundo trimestre deste ano, depois de uma contração de 4,7% no primeiro trimestre em termos homólogos”, escrevem os analistas.

Numa nota enviada esta terça-feira aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, os analistas dizem que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano “parece estar encaminhado para cair mais do que os 0,1% do ano passado e os 2,6% de 2016”.

“Dada a tendência de declínio na produção de petróleo, que caiu para 1,54 milhões de barris diários em março e 1,43 milhões em junho, de uma média de 1,66 em 2017, isto não devia constituir uma surpresa”, argumentam os economistas do Standard Bank.

A redução na produção de petróleo é um fator fundamental que está a complicar a recuperação económica e a normalização da oferta de moeda estrangeira no país“, concluem.

A recessão que se verifica em Angola desde 2016 agravou-se no primeiro semestre deste ano, em que a atividade económica teve uma quebra média de 6,05%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na semana passada.

Na nota de imprensa sobre a evolução do PIB (toda a riqueza produzida no país), com base em dados do Departamento de Contas Nacionais e Coordenação Estatística, a atividade económica caiu 4,6% no primeiro trimestre do ano, e agravou a queda para 7,4% no segundo trimestre face aos trimestres homólogos do ano passado, resultando numa quebra semestral de 6,05%.

Houve uma queda de 7,4% no PIB no segundo trimestre face ao período homólogo de 2017, uma quebra motivada sobretudo por setores como as pescas (-10,0%), indústria transformadora (-8,8%), extração e refinação de petróleo (-8,4%) e extração de diamantes e outros minerais (-6,1%).

Trata-se da terceira quebra homóloga (-7,4%) no PIB angolano mais acentuada no histórico disponibilizado pelo INE, desde 2010, apenas ultrapassada pela queda de 11,33% no quarto trimestre de 2015 e pela descida de 7,55% no terceiro trimestre de 2016.

No ano passado, de acordo com o INE, o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana registou uma contração na atividade económica de 0,1%, o que contrasta com as previsões do Fundo Monetário Internacional feitas há uma semana, no ‘World Economic Outlook’, que apontavam para uma contração de 2,5% no ano passado e de 0,1% este ano.

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