PSA propõe novo investimento na expansão do Porto de Sines

  • Lusa
  • 4 Setembro 2018

É criada uma comissão para a renegociação do contrato da PSA, que "prevê um investimento para a expansão do terminal de Sines, que visa responder à procura crescente do transporte marítimo de carga.

A PSA, concessionária do terminal XXI, apresentou à Administração dos Portos de Sines (APS) uma proposta para a renegociação do contrato de concessão, oferecendo-se para fazer mais investimentos na infraestrutura.

Um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República (DR) dá conta da proposta da empresa, assim como da criação de uma comissão para a renegociação do contrato, na qual “prevê um investimento para a expansão daquele terminal, que pretende responder à procura crescente do transporte marítimo de carga contentorizada e ao aumento na dimensão dos navios, estimada em 185% nos últimos 25 anos, bem como às restrições de capacidade já atualmente verificadas”.

A PSA justifica a apresentação da proposta com várias questões: o regime jurídico da operação portuária, que define regras aplicáveis aos contratos de concessão; um relatório do Tribunal de Contas, que aconselha a revisão de “cláusulas que atribuem rendimentos excessivos às concessionárias, de modo a acautelar o interesse público”; o programa de Governo, com objetivos de “eficiência operacional, económica e ambiental do setor portuário nacional”; a sustentabilidade económico-financeira das administrações portuárias e a sua capacidade para continuar a financiar os investimentos.

Assim, a comissão para a renegociação do contrato integra um membro efetivo, designado pela ministra do Mar, que escolhe ainda dois efetivos e um suplente. Dois elementos efetivos e um suplente serão da responsabilidade do secretário de Estado Adjunto e das Finanças.

O despacho salienta ainda que a renegociação tem como objetivos potenciar novos investimentos a realizar pela concessionária, promovendo a modernização e adequação das infraestruturas portuárias à evolução da procura mundial e às tendências determinantes para captação de novo tráfego para o Porto de Sines; promover a eficiência e competitividade no Terminal XXI através do aumento da utilização desse terminal portuário; identificar alterações que resultem na criação de valor adicional,

O processo deverá, esclarece o despacho, garantir a sustentabilidade económico-financeira da concessão, manter na concessionária uma série de responsabilidades burocráticas para avançar com o projeto, e que condicionam o início das alterações contratuais, determinar um novo prazo de concessão, mais adequado ao reembolso do financiamento, e minimizar a probabilidade de que seja necessária a reposição do equilíbrio financeiro. Deverão também ser estabelecidos ” mecanismos de partilha de benefícios com a entidade concedente [APS] face a situações suscetíveis de, durante a vigência do contrato, gerarem um beneficio adicional ao contratualizado”, lê-se no documento.

Os trabalhos deverão estar concluídos num prazo de três meses. Depois disso, a comissão terá que apresentar um relatório sobre os trabalhos e um documento final para entregar à tutela, bem como as minutas dos instrumentos jurídicos usados.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O presidente da CP esteve no Parlamento a responder aos deputados sobre a situação da empresa. Carlos Nogueira admitiu a falta de investimento, mas desvalorizou as cativações das Finanças. José Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, assume que os passes de transportes públicos com preços reduzidos, medida proposta para o próximo OE, possam chegar a várias áreas do país ainda antes de Lisboa e do Porto.

A CP precisa de 90 milhões de euros do Estado para compensar a prestação do serviço público de transporte ferroviário. O número foi avançado pelo presidente da CP, Carlos Nogueira, no Parlamento, onde está a ser ouvido a pedido do PSD. A empresa está desde 2014 sem receber indemnizações compensatórias do Orçamento do Estado, tal como avançou o ECO em primeira mão.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, assumiu esta terça-feira numa entrevista telefónica com a SIC Notícias que os passes de transportes públicos a preço reduzido, limitado a um máximo de 40 euros mensais, venham a chegar primeiro a outras zonas do país e só depois às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. O desfasamento temporal, admitiu, poderia dever-se à maior quantidade de operadoras com as quais o Governo terá de negociar nas duas maiores áreas metropolitanas do país, relativamente a sistemas comparativamente mais simples noutras cidades.

O Governo enviou ao regulador da comunicação social a documentação que vai dar início ao processo de adjudicação, a operadores privados, de dois novos canais na Televisão Digital Terrestre (TDT). A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada pelo Ministério da Cultura, numa nota enviada à imprensa. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) tem agora 20 dias úteis para se pronunciar sobre o caderno de encargos e o regulamento do concurso.

A Nike está sob forte pressão em Wall Street, num dia que está a ser marcado pelo apelo nas redes sociais ao boicote dos produtos da marca. As ações da empresa estão a derrapar 2,17% para perto dos 80,40 dólares.

Onde estava quando o Lehman Brothers faliu? Mariana Mortágua não se lembra. Corria o ano de 2008 quando, a 15 de setembro, esse gigante norte-americano ruiu. Mortágua tinha 22 anos e andava a terminar a licenciatura em Economia no ISCTE. “Tenho pouca memória [desses tempos]”, conta ao ECO a agora deputada. Até porque, diz a bloquista, o impacto da crise que acabara de explodir só daria à costa “mais tarde”, deste lado do oceano.

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Cartão escolar dá viagens grátis na Carris e no Metro a 14 mil alunos de Lisboa

  • Lusa
  • 4 Setembro 2018

Mais de 14 mil alunos de escolas públicas do primeiro ciclo de Lisboa vão receber um cartão escolar que lhe permite viajar gratuitamente na Carris e no Metro.

Cerca de 14.200 alunos das escolas públicas do primeiro ciclo de Lisboa vão receber o cartão Navegante Escola no início deste ano letivo, que lhes permitirá usar o cartão escolar para viajar gratuitamente na Carris e no Metro.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Lisboa avançou, esta terça-feira, que “este novo cartão estará também disponível para estudantes das escolas privadas do concelho que decidam aderir ao programa”.

O novo cartão irá ser atribuído gratuitamente “através das escolas, devendo os encarregados de educação preencher o impresso de autorização de partilha de dados”.

A autarquia explica ainda que o Navegante Escola funciona da mesma forma que os restantes cartões Lisboa Viva, acrescentando que a “medida deverá ser estendida no próximo ano às escolas do 2.º e 3.º ciclo, permitindo a viagem gratuita até aos 12 anos e a conciliação do cartão escolar com o título de transporte a todos os outros”.

A novidade já tinha sido anunciada em janeiro por Ricardo Robles, vereador da Educação e dos Direitos Sociais (BE) na Câmara de Lisboa na altura.

“Em setembro de 2018 queremos implementá-los em todos os alunos do primeiro ciclo e em setembro de 2019 queremos alargar depois aos ciclos seguintes”, referiu Ricardo Robles, em declarações à Lusa.

Com esta medida, explicou o então vereador, “deixam de ser os pais a ter de pedir” o passe para as crianças, pelo que os mais novos, “desde que estejam na escola, passam a ter o cartão” para os transportes públicos automaticamente.

“Esta é uma ideia que parece muito simples, e é simples, mas que cria um instrumento importante para as escolas”, uma vez que quando existem atividades fora da escola é necessário que os alunos se façam acompanhar de títulos de viagem já carregados ou dos seus passes, referiu.

Esta medida insere-se também numa política de tentar atenuar o impacto dos movimentos pendulares para as escolas, que têm um “grande pico ao início da manhã e ao final da tarde em zonas muito específicas da cidade, e que criam uma pressão muito grande”.

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Depois da Apple, Amazon também já vale um bilião de dólares

A Amazon tornou-se esta terça-feira a segunda empresa em Wall Street a ultrapassar a barreira do bilião de dólares em capitalização bolsista.

A Amazon também já cruzou a meta e tornou-se a segunda empresa em Wall Street a ultrapassar o valor de mercado de um bilião de dólares, ou seja, 1.000.000.000.000 dólares. Este feito surge pouco mais de um mês depois de a Apple se ter sagrado a primeira cotada norte-americana a valer um bilião de dólares (ou one trillion dollars, no original em inglês). A notícia foi avançada pelo The Guardian.

Este é um marco histórico e muito relevante para a gigante fundada pelo norte-americano Jeff Bezos em 1994. A Amazon começou por comercializar livros e, agora, tem ramificações por setores como a tecnologia, o retalho, os conteúdos de entretenimento e os videojogos. Bezos acumula atualmente uma das maiores fortunas pessoais em todo o mundo.

Evolução das ações da Amazon em Wall Street

Os títulos da Amazon estão a valorizar esta terça-feira, numa sessão em que as bolsas norte-americanas estão em queda. Os títulos da empresa tocaram um máximo próximo dos 2.049,91 dólares por ação esta terça-feira, levando a capitalização bolsista a subir acima do bilião de dólares. Entretanto, os títulos corrigiram e estão a avançar 1,19% para 2.036,31 dólares, com a Amazon a valer 993,39 mil milhões de dólares.

A 2 de agosto deste ano, a Apple sagrou-se vencedora desta corrida ao bilião. A fabricante do iPhone sagrou-se a primeira empresa norte-americana e cotada em Nova Iorque a passar a meta do bilião de dólares de valor de mercado. Agora, existem várias empresas bem posicionadas para ocupar o terceiro lugar no pódio: a Alphabet (Google), a Microsoft e o Facebook são alguns exemplos, como escreveu o ECO no final de julho.

(Notícia atualizada às 17h10 com mais informações)

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Energia pressiona Lisboa. Mota-Engil afunda mais de 6%

A bolsa nacional fechou a sessão desta terça-feira em terreno negativo, muito por culpa do pobre desempenho dos títulos do setor energético e da Mota-Engil.

Pela sexta sessão consecutiva, Lisboa fechou em terreno negativo. Esta é a maior série de quedas desde fevereiro. A pesar sobre a praça nacional esteve, sobretudo, a família EDP e a Mota-Engil, que afundou mais de 6%. Apenas quatro das 18 cotadas terminaram em alta, com os títulos do BCP a evitar perdas mais significativas.

No fecho da sessão, o índice de referência nacional, o PSI-20, fechou em terreno negativo, desvalorizando 0,76% para 5.368,78 pontos. Lá fora, as renovadas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China atiram as praças do Velho Continente para o vermelho: o Stoxx 600 perdeu 0,8%, o alemão DAX caiu 1,1%, o francês CAC recuou 1,3% e o espanhol IBEX perdeu 0,2%.

Lisboa esteve pressionada, esta terça-feira, sobretudo pelos títulos do setor energético. As ações da EDP caíram 0,42% para 3,33 euros, depois da Autoridade da Concorrência ter acusado esta gigante de ter abusado da sua posição dominante. Os danos estimados para os consumidores e para o sistema elétrico chegam aos 140 milhões de euros.

Também a EDP Renováveis recebeu sinais negativos dos investidores, tendo visto os seus títulos desvalorizarem 0,65% para 8,445 euros. Isto apesar de ter anunciado novos contratos de fornecimento de energia nos Estados Unidos e no Brasil. O desânimo dos investidores tem origem nos receios de que a OPA da China Three Gorges possa estar em risco.

No mesmo setor, as ações da Galp Energia recuaram 1,22% para 17,475 euros. Do lado das perdas, destaque ainda para a Mota-Engil, cujos títulos afundaram 6,18% para 2,43 euros.

A contrariar, os títulos do BCP evitaram uma queda mais acentuada da praça nacional, tendo valorizado 0,36% para 0,25 euros.

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Queimar ténis e rasgar meias… Assim se protesta nas redes sociais contra o novo anúncio da Nike

  • Rita Frade
  • 4 Setembro 2018

Nike envolta em polémica, por causa do rosto do seu novo anúncio. Campanha com Colin Kaepernick já está a levar consumidores a queimar ténis e a rasgar meias.

Queimar ténis. Rasgar meias. É assim que os consumidores da Nike têm reagido, nas últimas horas, ao mais recente anúncio da marca com o jogador de futebol americano Colin Kaepernick, que ficou mundialmente conhecido por se recusar a ficar de pé durante o hino dos Estados Unidos, num jogo da NFL.

Os utilizadores já criaram, inclusive, vários movimentos de boicote aos produtos da Nike nas redes sociais, como o #BoycottNike — que, segundo a Reuters, conta já com mais de 30 mil tweets ou o #IStandForOurFlag.

No Twitter circulam, ainda, vídeos e imagens de produtos que os consumidores queimaram ou rasgaram, como forma de protesto.

Estes protestos começaram a surgir pouco tempo depois de o jogador ter publicado, na sua conta de Twitter, uma imagem que diz “acredita em alguma coisa, mesmo que isso signifique sacrificar tudo“.

Entretanto, em Wall Street, o boicote contra a nova campanha da Nike, com Colin Kaepernick, já se faz sentir: as ações da empresa estão a derrapar 2,17% para perto dos 80,40 dólares.

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CP precisa de 90 milhões para compensar serviço público

O presidente da CP está no Parlamento a responder aos deputados sobre a situação da empresa. Carlos Nogueira admitiu a falta de investimento, mas desvalorizou as cativações das Finanças.

A CP precisa de 90 milhões de euros do Estado para compensar a prestação do serviço público de transporte ferroviário. O número foi avançado pelo presidente da CP, Carlos Nogueira, no Parlamento, onde está a ser ouvido a pedido do PSD. A empresa está desde 2014 sem receber indemnizações compensatórias do Orçamento do Estado, tal como avançou o ECO em primeira mão.

Este montante serve para “equilibrar as contas” e fazer face ao “défice operacional”, explicou Carlos Nogueira, acrescentando que a empresa tem estas contas feitas “linha a linha”. Antes o presidente da CP tinha lembrado que a empresa está “desde 2014 sem receber indemnizações compensatórias”.

“A CP é sustentável e dá dinheiro se lhe pagarem as indemnizações compensatórias”, acrescentou ainda. Em 2017, o último ano para o qual há dados completos fechados, a empresa não recebeu indemnização compensatória mas teve um aumento de capital de 98 milhões de euros de euros naquele ano. Além disso, o Orçamento do Estado desse ano assumiu passivos no valor de 418 milhões de euros, revelam os dados da Direção-Geral do Tesouro. Nesse ano, o esforço financeiro público atingiu 520 milhões de euros.

As indemnizações compensatórias são uma rubrica do Orçamento do Estado que serve para compensar as empresas estatais pela prestação de um serviço público. “Há linhas da CP que são altamente deficitárias”, adiantou, mas que garantem a coesão territorial.

A falha na atribuição de indemnizações compensatórias acontece ao mesmo tempo que o mercado da ferrovia está à beira da liberalização, marcada para 1 de janeiro de 2019. O presidente da empresa pública acrescentou que foi apresentado ao Governo “o quadro regulatório para fazer o ajuste direito” para concessionar à CP o serviço. Trata-se de um documento “vastíssimo e estruturado” que Carlos Nogueira espera ter terminado – a parte da responsabilidade da CP – até “final de setembro”.

Há falta de investimento, mas cativações não são problema

Na intervenção inicial, o presidente da CP admitiu “falta de investimento tempestivo“, mas considerou que este é um problema que “não se corrige de um momento para o outro”. Carlos Nogueira colocou enfoque no plano de investimento de 170 milhões de euros, para o reforço de material circulante e que o Governo terá agora se saber como financiar. Plano este que foi apresentado ao Governo a 20 de julho deste ano. Este plano prevê a compra de 22 unidades para o serviço regional.

O responsável máximo da empresa garantiu que “a CP não tem sido minimamente afetada e beliscada pelo tema das cativações“. Os comboios “não pararam até hoje e nem corriam risco de parar”, assegurou, acrescentando também que assim como há cativações também há descativações.

O presidente da empresa referiu-se ainda à evolução da dívida da empresa bem como às entradas de capital que o acionista Estado tem feito e ainda vai fazer.

A dúvida financeira da empresa era de mais de 3 mil milhões de euros em 2016, tendo baixado cerca de 400 milhões de euros em 2017 para 2,6 mil milhões de euros, informou.

Vão entrar até ao final do ano 455 milhões de euros na CP [pelo mão do Estado], e no final deste ano a dívida terá baixado para 2,1 mil milhões de euros.

Carlos Nogueira

“A dívida tem vindo a ser a amortizada com reforços de capital” por parte do Estado, indicou.

“Vai entrar até ao final do ano 455 milhões de euros” e no final deste ano a dívida terá baixado para 2,1 mil milhões de euros. Em 2019 é necessário que o Estado injetar 900 milhões de euros, acrescentou. Este valor deverá resultar de uma revisão em alta já que uma versão inicial apresentada pela empresa ao Ministério das Finanças apontava para 500 milhões de euros.

“Este reforço tem sido injetado pelo Estado a tempo e horas”, disse, ressalvado que com estas entradas de capital, e desde que não acumule prejuízos, a empresa apresenta uma situação financeira favorável.

O presidente da CP assegurou que apesar das contratações de 102 trabalhadores e da integração de mais 40 no âmbito do PREVPAP – o programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública – a empresa vai “elaborar um novo plano de recrutamento”, até para colmatar as aposentações.

Mais passageiros em 2018, mas ainda abaixo dos registos de há uma década

Carlos Nogueira destacou a importância de aumentar o número de passageiros transportados pela CP para as contas da empresa. Este ano, a empresa espera conseguir transportar mais de 125 milhões de euros. Este número é superior aos 122 milhões de passageiros transportados no ano passado, mas fica ainda abaixo do registo de 2008 – que foi um “pico” de 136 milhões de euros.

Isto significa que apesar do crescimento esperado para este ano, a CP está ainda longe dos registos favoráveis de há uma década.

(Notícia atualizada)

 

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Vêm aí dois novos canais na TDT. Concurso já foi lançado

O Ministério da Cultura já entregou à ERC a documentação que dá início aos concursos para adjudicação de dois novos canais na TDT. Um será de desporto e outro de informação.

O Governo enviou ao regulador da comunicação social a documentação que vai dar início ao processo de adjudicação, a operadores privados, de dois novos canais na Televisão Digital Terrestre (TDT). A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada pelo Ministério da Cultura, numa nota enviada à imprensa. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) tem agora 20 dias úteis para se pronunciar sobre o caderno de encargos e o regulamento do concurso.

De acordo com o jornal, vão ser lançados dois concursos distintos. O Ministério da Cultura tenciona que sejam adicionados ao serviço um canal temático de informação e um canal temático de desporto. Estes novos canais vão completar a capacidade atual do serviço de televisão livre em Portugal e juntam-se à RTP, RTP 2, SIC, TVI, ARTV, RTP 3 e RTP Memória.

“O Ministro da Cultura enviou hoje [terça-feira] para a ERC os Regulamentos e respetivos Cadernos de Encargos dos concursos destinados a atribuir duas novas licenças aos operadores privados na TDT. A escolha das tipologias de canais a atribuir neste concurso resultou da ponderação entre a oferta televisiva atual, a capacidade que os operadores têm em oferecer determinados tipologias de serviços de programas, bem como da apetência do consumidor por determinados conteúdos e da sua capacidade em usufruí-los”, indica a nota divulgada esta terça-feira.

Numa resposta ao ECO, a ERC confirma que já recebeu os documentos. “Confirmamos a receção dos regulamentos e respetivos cadernos de encargos dos concursos destinados a atribuir duas novas licenças aos operadores privados na TDT”, disse fonte oficial do regulador.

Segundo o Correio da Manhã, o parecer que a ERC vai ter de emitir não é vinculativo. Após a sua emissão, será aberta uma consulta pública sobre o processo. O regulador terá, numa fase final, analisar as candidaturas e escolher a quais operadores privados vai entregar as licenças.

(Notícia atualizada às 17h50 com mais informações)

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“Governo escolheu sacrificar o SNS e a CP”, diz o Fórum para a Competitividade

Na mais recente nota de conjuntura, o Fórum para a Competitividade afirma que o Governo está a controlar a despesa com cativações, que diz serem a nova austeridade.

O Fórum para a Competitividade considera que o Governo está a fazer cativações para contornar o incumprimento das metas para a receita pública. E acusa o Executivo de “o Governo escolheu sacrificar o SNS e a CP”. Na mais recente nota de conjuntura, divulgada esta terça-feira, a entidade considera que o crescimento previsto da receita do Estado “não está a ser alcançado, como seria de esperar”, pelo que o Executivo está a cativar verbas, sobretudo no que toca ao investimento.

“O crescimento irrealista (revisto) da receita pública (6,3% quando o PIB nominal só cresceria 3,7%), não está a ser alcançado, como seria de esperar. Assim, o Governo está a controlar a despesa através de ‘cativações’ (o novo nome da ‘austeridade’), sobretudo no investimento”, lê-se na nota publicada pela entidade presidida por Pedro Ferraz da Costa.

O fórum lembra que “o PIB acelerou no segundo trimestre, com uma ajuda significativa das exportações”, mas sublinha “um aspeto um pouco preocupante nos dados”. “Quase 0,7 pontos percentuais do crescimento se devem a acumulação de existências, o que terá acontecido de forma provavelmente involuntária”, indica. A conclusão? “Há perspetivas de abrandamento nos trimestres seguintes”, alerta.

O tema das cativações não é o único a motivar as críticas do fórum ao Governo. Outros dois assuntos são a redução do IVA da restauração e a lei das 35 horas de trabalho semanais. “Ao esbanjar recursos na redução do IVA da restauração e na lei das 35 horas, o Governo escolheu sacrificar o SNS e a CP, entre outros serviços públicos. O mais absurdo é que se perguntassem aos funcionários públicos se preferiam passar a trabalhar 35 horas ou receber um aumento salarial de 14%, ninguém tem dúvida qual seria a resposta”, refere.

Se perguntassem aos funcionários públicos se preferiam passar a trabalhar 35 horas ou receber um aumento salarial de 14%, ninguém tem dúvida qual seria a resposta.

Fórum para a Competitividade

Entre os restantes sinais de conjuntura analisados pelo Fórum para a Competitividade está, ainda o facto de as contas externas do primeiro trimestre terem quebrado “o padrão sazonal de melhoria do saldo”. Na visão da entidade, isso lança “dúvidas sobre o resto do ano”.

No campo da conjuntura externa, o fórum destaca que Donald Trump, Presidente dos EUA, “parece estar a caminho de concluir as negociações do NAFTA [Tratado de Livre Comércio da América do Norte], mas também ameaçou sair da Organização Mundial de Comércio, o que seria muito negativo”, refere.

a Alemanha “está em vias de vir a ter, pelo terceiro ano consecutivo, o maior excedente externo do mundo, o que não só dá saúde à zona do euro, como se tem revelado um pretexto para um conflito comercial entre a UE e os EUA”.

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20 anos depois, Google é muito mais que um motor de busca

A gigante tecnológica, que também é um verbo, faz anos. Entre as novas ramificações da Google encontram-se sistemas operativos, ferramentas digitais e dispositivos de conectividade.

Se olhar para o doodle da Google nesta terça-feira verá uma animação a celebrar o 130º aniversário do pintor alemão Oskar Schlemmer. O que não está assinalado é que é também o dia em que a Google completa 20 anos. Começou como motor de busca, a 4 de setembro de 1998, pelas mãos de Larry Page e Sergey Brin, na altura estudantes universitários. Mas já se expandiu para inúmeras áreas, quer ferramentas digitais como objetos e produtos físicos, e tornou-se muito mais.

O motor de busca ganhou tanta popularidade que até originou um verbo, “googlar”, foi a base de tudo. Abriu as portas para o crescimento da empresa que passou a ser detida pela Alphabet, que agrega também vários outros negócios que foram nascendo ao longo das duas décadas de existência.

Dentro do chapéu da Google, multiplicam-se as ramificações. Percorra a fotogaleria para ficar a conhecer 20 das principais ferramentas e produtos da gigante norte-americana.

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Governo pretende duplicar peso da economia azul até 2020

  • Lusa
  • 4 Setembro 2018

O objetivo é aumentar em sete mil milhões de euros o contributo do mar para a economia do país, passando o peso da economia azul para 5% do valor acrescentado bruto.

O secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, disse esta terça-feira, em Coimbra, que o objetivo do Governo é duplicar o peso da economia azul [do mar], passando para 5% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) até 2020.

Intervindo na abertura do IX Simpósio sobre a Margem Ibérica Atlântica, em representação da ministra do Mar, José Apolinário lembrou que a economia do mar, em 2013, representava 3,1% do VAB, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. “O aumento do VAB para 5% significa ter um aumento de mais de sete mil milhões de euros de contributo da economia azul para a economia do país“, disse o governante.

Segundo o secretário de Estado das Pescas, no âmbito do plano de competitividade portuária, a estratégia do Governo passa por um investimento de 2,5 mil milhões de euros nos portos até 2026, que visa aumentar em 200% o movimento de contentores e 80% na carga total. Ao nível das energias renováveis oceânicas, José Apolinário prevê um crescimento de 240 milhões de euros no VAB.

“Neste momento, existe um projeto concreto em desenvolvimento que irá avançar no próximo ano ao largo de Viana do Castelo, que é já um projeto de transferência de conhecimento para uma componente industrial muito significativa”, adiantou.

No setor da aquacultura, o objetivo do Governo é atingir 20 mil toneladas de produção em 2020, “quer em águas de transição, quer também com o contributo offshore, em que destaco um projeto inovador de salmão em profundidade, ao largo de Aveiro, que está em consulta pública”.

O secretário de Estado das Pescas destacou ainda que, dos 508 milhões de euros disponíveis no Programa Operacional do Mar 2020, estão já comprometidos 60%, dos quais 11%, o equivalente a 24 milhões de euros de apoio público, foram dirigidos para a inovação e transferência de conhecimento.

“Esta componente da inovação e de transferência do conhecimento é muito importante porque nós, na área do mar, temos defendido que um ponto central do crescimento da economia azul é o conhecimento, que é estratégico para o seu crescimento”, disse.

O IX Simpósio sobre a Margem Ibérica Atlântica decorre até quinta-feira em Coimbra, organizado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, com a participação de 150 investigadores.

O encontro aborda temas como as alterações climáticas, variações do nível do mar e impactos nas zonas costeiras, risco sísmico e vulcanismo.

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Campanha com Kaepernick gera boicote à Nike. Ações derrapam em Wall Street

As ações da Nike abriram a cair mais de 2%, depois de a marca ter contratado um antigo jogador da NFL que se ajoelhou durante o hino. Há milhares de apelos ao boicote dos produtos da marca.

Colin Kaepernick, ex-jogador de futebol americano.Wikimedia Commons

A Nike está sob forte pressão em Wall Street, num dia que está a ser marcado pelo apelo nas redes sociais ao boicote dos produtos da marca. As ações da empresa estão a derrapar 2,17% para perto dos 80,40 dólares.

Em causa, o facto de a marca ter contratado o quarterback Colin Kaepernick para a campanha de aniversário dos 30 anos do slogan “Just Do It”. Kaepernick é um ex-jogador da NFL que fez polémica nos Estados Unidos por se ter ajoelhado durante o hino nacional como forma de protesto contra o racismo. Segundo a Reuters, mais de 30 mil pessoas já publicaram tweets com a hashtag “#NikeBoycott” (“boicote à Nike”).

O facto de Kaepernick se ter ajoelhado durante o hino, ao invés de se manter de pé e com mão ao peito, tornou-o uma pessoa pouco consensual, sobretudo entre os norte-americanos que dizem ser mais patriotas. O ex-jogador tê-lo-á feito como forma de protesto contra aquilo que considera ser uma nação que “oprime os negros e outras pessoas de cor”. O episódio aconteceu em 2016 e abalou a popularidade do craque do futebol americano.

Nas redes sociais, têm circulado imagens de produtos da Nike a arder, ou de clientes a rasgarem artigos da marca. A Reuters cita uma publicação que ficou viral no Twitter, na qual um utilizador tece críticas à empresa: “Primeiro, a NFL força-me a escolher entre o meu desporto favorito e o meu país. Eu escolho o país. Depois, a Nike obriga-me a escolher entre as minhas sapatilhas favoritas e o meu país. Desde quando é que a bandeira americana e o hino nacional se tornaram ofensivos?”, lê-se na mensagem.

Ainda assim, segundo a agência, também têm surgido mensagens de apoio à marca, incluindo de atletas como LeBron James e Kevin Durant, que partilharam nas suas contas do Instagram a mesma imagem que espoletou toda a polémica em torno da empresa.

Wall Street abre em baixa. Facebook pressiona

Esta terça-feira, as bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, pressionadas pelas ações da Nike, mas também do Facebook, numa sessão que também fica marcada pelos receios em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Neste contexto, o S&P 500 abriu a cair 0,20%, para 2.895,7 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recua 0,52% para cerca de 25.829 pontos. Já o tecnológico Nasdaq perde 0,57% e está a cotar próximo dos 8.062 pontos.

Para além da Nike, o destaque negativo vai para as ações do Facebook. A empresa está a derrapar 2,88% na bolsa de Nova Iorque, tendo chegado a cair quase 4% perto da hora de abertura. Os títulos da maior rede social do mundo estão sob pressão depois de a corretora MoffettNathanson ter revisto em baixa a avaliação das ações do Facebook, alterando a recomendação de “comprar” para “neutra”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h00)

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