Hoje nas notícias: Pensões, subvenções e freguesias

  • ECO
  • 21 Agosto 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A entrada em vigor do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados levou o Governo a suspender temporariamente a publicação da lista com os nomes dos antigos políticos e respetivas subvenções políticas mensais. Esta terça-feira fica ainda marcada pelas negociações da Geringonça para um aumento extraordinário das pensões já em janeiro e pela reversão da fusão das freguesias de 2013. A crise venezuelana fez aumentar o número de pedidos de nacionalidade portuguesa e os militares prejudicados pelo 25 de Abril vão poder requerer a sua reintegração no mesmo posto.

Governo quer reverter fusão de freguesias

O Governo quer reverter a fusão de freguesias, ainda antes das próximas eleições autárquicas (que estão marcadas para 2021). Ainda que não se trate de uma desagregação automática, o novo mapa deverá ficar marcado pelo ressurgimento de muitas das 1168 autarquias extintas em 2013. No diploma que entrará em breve no Parlamento, propõe-se que sejam os autarcas a decidir essa reversão.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Pensões com aumento extra em janeiro

O Governo está a negociar com o PCP e com o Bloco de Esquerda um aumento extraordinário de dez euros das pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, logo em janeiro (nos últimos dois anos, a subida aconteceu em agosto). “É justo e é exequível”, sublinha o deputado José Soeiro, notando que o aumento decorrente da lei já quase assegura o valor que está em cima da mesa. Ainda que as negociações orçamentais estejam muito atrasadas, os comunistas e bloquistas já assumiram como prioridade o dossiê das pensões.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso livre).

Governo suspende divulgação das subvenções vitalícias

O Governo decidiu suspender a publicação da lista com os nomes dos antigos políticos e respetivas subvenções mensais vitalícias face à entrada em vigor do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). Os advogados não entendem a decisão do Executivo de António Costa e defendem que as novas regras não justificam essa mudança. Segundo o Ministério do Trabalho, a suspensão “será, tudo indica, meramente temporária”, aguardando-se “por parte da Assembleia da República uma proposta de medida legislativa que retome a publicação”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Caos na Venezuela reforça procura da nacionalidade lusa

Em pouco mais de um ano, o Governo concedeu nacionalidade portuguesa a 5.800 lusodescendentes venezuelanos. Em comparação, em 2016, pouco mais de quatro mil descendentes de portugueses na Venezuela tinham feito esse pedido. O agravamento da crise política e económica na Venezuela levou o Executivo a criar, em meados de 2017, um pacote para retirar os obstáculos e acelerar a atribuição da nacionalidade lusitana, o que pode explicar a evolução em causa. Apesar da subida verificada, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas descarta a ideia de que existe uma vaga de imigração venezuelana ou uma vaga de emigração de lusodescendentes.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Militares prejudicados pelo 25 de Abril serão reintegrados no mesmo posto

De acordo com a lei proposta pelos bloquistas, os militares que foram prejudicados pelos acontecimentos do 25 de Abril terão 180 dias para requerer a sua reintegração nas Forças Armadas, ao abrigo do primeiro decreto-lei relacionado com essa matéria, que data de 1974. As pensões resultantes dessa reintegração serão apenas devidas a partir do momento que esses requerimentos forem recebidos, não havendo qualquer direito de reconstituição das carreiras ou retroativos. Os interessados terão de dirigir ao ministro da Defesa Nacional os respetivos requerimentos, acompanhados de documentação que comprove os motivos de natureza política que estiveram na base do seu afastamento.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

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Esquerda quer mais dez euros nas pensões já em janeiro

  • ECO
  • 21 Agosto 2018

Governo está a negociar com PCP e BE as medidas para o Orçamento do Estado de 2019. Pensões são uma das prioridades, com a esquerda a querer acabar com o aumento extraordinário em agosto.

PCP e o Bloco de Esquerda estão a negociar com o Governo uma subida mínima de dez euros nas pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações logo em janeiro, acabando com o aumento extraordinário que nos últimos dois anos foi aplicado somente a partir de agosto, diz o Correio da Manhã (acesso pago).

Em cima da mesa das negociações está um aumento das pensões de reforma decorrente da lei, para os que têm reforma até 857 euros, (2xIAS – Indexante de Apoio Social) e que garante a dois terços dos reformados um aumento real da pensão de 0,5% (acima da inflação). Mas os partidos que suportam a solução governativa de António Costa querem mais. E em janeiro, não em agosto.

O PCP foi o primeiro a anunciar, no início deste mês, que propôs “um aumento extraordinário de dez euros para as reformas e pensões, a partir de janeiro“, de forma a “mitigar a perversão do mecanismo de atualização anual das reformas”. E o BE pede o mesmo.

Em declarações ao Correio da Manhã, José Soeiro confirmou que a intenção do BE é assegurar o patamar mínimo de dez euros logo no início do ano. “É justo e é exequível”, adianta o deputado bloquista, lembrando que, fruto do crescimento económico que se tem registado, o aumento decorrente da lei já quase assegura esse valor.

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Comissão de utentes considera que ligação do metro do Rato ao Cais do Sodré e linha circular é opção errada

  • Lusa
  • 21 Agosto 2018

Está a decorrer a consulta pública à avaliação de impacte ambiental ao projeto de prolongamento do Metropolitano de Lisboa. A comissão de utentes já deu o seu parecer: "opção errada".

A Comissão de Utentes de Transportes de Lisboa defendeu esta terça-feira que a ligação de metro do Rato ao Cais do Sodré e uma linha circular é uma opção “errada e vai degradar” a oferta no norte da cidade.

Ligar o Rato ao Cais do Sodré e criar uma linha circular a partir do Campo Grande, com as linhas Verde e Amarela, passando as restantes a funcionar como linhas radiais “é uma opção errada que irá ainda degradar mais a oferta às populações da zona norte de Lisboa”, assim como de Odivelas e Loures, refere um comunicado daquela comissão, apelando ao chumbo do projeto.

Está a decorrer até quarta-feira a consulta pública à avaliação de impacte ambiental ao projeto de prolongamento do Metropolitano de Lisboa, entre as estações do Rato (Linha Amarela) e do Cais do Sodré (Linha Verde), incluindo as novas ligações aos viadutos do Campo Grande.

O objetivo é obter uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas verde e amarela, passando as restantes linhas a funcionar como radiais – linha amarela de Odivelas a Telheiras, linha azul (Reboleira – Santa Apolónia) e linha vermelha (S. Sebastião – Aeroporto).

No seu contributo para a consulta pública, promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a comissão de utentes transmite preocupação com a futura “degradação da oferta” às populações da zona norte de Lisboa, nas estações da Ameixoeira, Lumiar, Quinta das Conchas e Telheiras, que serão obrigadas a mudar de linha no Campo Grande para aceder ao centro da Cidade, tal como aos habitantes em Odivelas e Loures.

Esta alteração à rede do metro, especifica, também prejudica as populações de outras zonas da cidade, como Benfica, S. Domingos de Benfica, Carnide ou Olivais e Marvila, “uma vez que o projeto visa concentrar meios – materiais e humanos – na linha circular, desinvestindo nas futuras linhas radiais”.

A comissão salienta ainda que, com o novo projeto, “adia-se o prolongamento da rede para as zonas da cidade onde esta faz mais falta – zona ocidental de Lisboa e o prolongamento até Loures”.

Para a organização que representa os utentes, é urgente o investimento nos transportes públicos, devendo o Metropolitano de Lisboa ter em conta a expansão da rede a Alcântara e Loures e a aposta em trabalhadores e equipamento “para repor e alargar a fiabilidade, quantidade e qualidade da oferta”.

Defende “a crescente utilização dos transportes públicos, com os consequentes ganhos ambientais, económicos e sociais, através de uma política de preços atrativa, do reforço da fiabilidade e qualidade do serviço e de uma oferta adequada às necessidades“, nomeadamente da parte do Metropolitano de Lisboa.

A comissão salienta ainda não ter encontrado “resposta à necessidade de reverter a profunda degradação da qualidade e fiabilidade do serviço sentida nos últimos anos”.

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Associação ZERO envia queixa à Comissão Europeia sobre aeroporto no Montijo

  • Lusa
  • 21 Agosto 2018

A Associação enviou uma queixa à Comissão Europeia sobre a construção do novo aeroporto no Montijo. A ZERO defende que há necessidade de fazer uma Avaliação Estratégica Ambiental.

A associação ambientalista ZERO enviou esta terça-feira à Comissão Europeia uma queixa contra o Estado Português por causa da construção do novo aeroporto no Montijo, no distrito de Setúbal, alertando para a necessidade de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).

“A ZERO envia hoje à Comissão Europeia, uma queixa relativa ao incumprimento da legislação de Avaliação Ambiental Estratégica no processo de decisão da construção de um aeroporto na base aérea n.º 6 no Montijo”, avançou em comunicado.

Segundo a nota, “desde o início do ano passado” que a associação tem vindo a alertar as autoridades competentes para a necessidade de se proceder a uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), em vez de uma Avaliação de Impacte Ambiental, que considera “muito mais limitada”.

Para a ZERO, a localização do novo aeroporto deve ser avaliada tendo em conta “outras alternativas”, justificando o “prosseguimento ou não de outras possibilidades viáveis”, assim como equacionados todos os “cenários prospetivos possíveis”. A associação defende, assim, que a Avaliação de Impacte Ambiental não responde estas questões.

“Apenas uma Avaliação Ambiental Estratégica pode realizar a avaliação exaustiva e rigorosa que um projeto com impacte para os próximos 40 anos impõe”, explicou.

A ZERO avançou também que “até hoje nenhuma resposta foi dada” por parte do Governo e criticou o facto de o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, ter dito que espera que as obras comecem no próximo ano.

“Este facto aparenta configurar uma situação de facto consumado, em que a decisão já está tomada, mesmo sem os estudos estarem terminados, o que transforma todo este processo muito pouco transparente numa subversão clara e descarada do princípio subjacente de que os procedimentos de Avaliação Ambiental são um instrumento de apoio à decisão”, frisou.

A associação indicou ainda que a tipologia deste projeto tem características que obrigam a uma Avaliação Ambiental Estratégica, de acordo com a legislação nacional e europeia. Uma delas é a dimensão do aeroporto, que faz com que o projeto seja classificado como “grande empreendimento público com incidência territorial” e, por isso, segundo a lei portuguesa, “está abrangido por uma AAE”, explicou a ZERO. Outro dos motivos é a localização do aeroporto, na Zona de Proteção Especial do Estuário do Tejo.

“Face aos efeitos inevitáveis para as aves de uma infraestrutura como um aeroporto, contígua a uma zona de proteção especial, a legislação nacional e europeia torna inequívoca a necessidade de uma AAE”, justificou.

Além disso, segundo a ZERO, todos os planos e programas que sejam classificados como “suscetíveis de ter efeitos significativos no ambiente” também estão sujeitos a este tipo de avaliação.

Apesar da queixa efetuada hoje, a associação espera que o Governo “reconsidere, suspenda a Avaliação de Impacte Ambiental e inicie um procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica que sirva verdadeiramente de suporte à decisão”.

A ZERO avançou ainda que “não descarta a possibilidade de recorrer aos tribunais nacionais”, encontrando-se já a “estudar a instauração de uma ação judicial”.

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Há dois novos sinais de trânsito… mas só na Madeira

  • Lusa
  • 21 Agosto 2018

Os dois novos sinais de trânsito baseados num modelo francês que permite circular com mais ou menos velocidade nas vias. Em piso seco, condutores têm bónus de 10 quilómetros/hora.

A Região Autónoma da Madeira (RAM) tem dois novos sinais de trânsito baseados num modelo francês que permite circular com mais ou menos velocidade nas vias.

Depois do visto dado pelo Representante da República, os dois novos sinais de trânsito vão assinalar “nas vias rápidas ou vias expresso, o início e o fim da existência de estradas ou troços de estradas com diferentes limites de velocidade para a circulação em piso seco e em piso molhado”, refere um diploma publicado no jornal oficial.

“A medida é simples. Se o piso estiver seco, o condutor pode circular 10 quilómetros/hora acima do que está indicado na sinalização da via. Se o piso estiver molhado, respeita os limites impostos”, explicou à Lusa o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Amílcar Gonçalves.

Fonte: RTPRTP

“A aprovação dos novos limites de velocidade, e da sinalização adequada a assinalá-los, tem enquadramento nas duas convenções que Portugal ratificou sobre esta matéria: a Convenção sobre a Sinalização Rodoviária, adotada em Viena em 8 de novembro de 1968 e a Convenção sobre a Circulação Rodoviária, adotada em Viena na mesma data”, diz o diploma.

Era intenção do executivo “ver os novos sinais instalados nos ramais de entrada da via rápida e via expresso em outubro, coincidindo com o regresso às aulas.”

O novo sinal tem a indicação da via em causa (como “VR1”, relativo à via regional 1), seguido de um sol e da indicação “+10 km/h”.

Abaixo há uma nuvem com chuva e o sinal para cumprimento da velocidade máxima estabelecida para o local em causa (“VMax”).

O segundo sinal criado indica o fim da área em que o primeiro sinal está em vigor.

As vias expresso e rápidas da Madeira compreendem um total de 113 quilómetros.

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5 coisas que vão marcar o dia

É dia de estatísticas. O Banco de Portugal revela os dados da balança de pagamentos, o Eurostat publica os números da relação comercial entre a UE e a Turquia e os EUA reportam os stocks de petróleo.

Esta terça-feira ficará marcada pela publicação de vários dados estatísticos. O Banco de Portugal publica os números mais recentes da balança de pagamentos, relativos a junho, enquanto o Eurostat revela dados sobre as relações comerciais entre a União Europeia e a Turquia. Nos Estados Unidos, as autoridades norte-americanas reportam os stocks de petróleo da semana passada. Na Venezuela, é dia de protesto contra o pacote de mudanças económicas introduzido pelo governo de Nicolás Maduro.

BdP apresenta estatísticas da balança de pagamentos

O Banco de Portugal publica, esta terça-feira, vários indicadores económicos, incluindo os dados mais recentes relativos à balança de pagamentos. No conjunto dos cinco primeiros meses do ano, as externas nacionais agravaram a situação deficitária, com o saldo conjunto da balança corrente e de capital a registar um défice de 1.311 milhões de euros, o que compara com 952 milhões de euros negativos em igual período do ano passado. Os dados divulgados esta terça-feira já permitirão fazer o balanço do primeiro semestre.

EUA reportam stocks de petróleo

O Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) vai divulgar as estatísticas dos stocks de petróleo no país na semana iniciada a 13 de agosto. Isto numa altura em que os preços da matéria-prima têm estado a cair nos mercados internacionais, depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter revisto em baixa as estimativas para a procura do seu petróleo no próximo ano, em resultado do aumento da exploração dos produtores fora da esfera do grupo, como é o caso dos Estados Unidos.

Eurostat divulga dados do comércio entre a UE e a Turquia

O Eurostat vai divulgar dados das relações comerciais entre a União Europeia e a Turquia, numa altura em que o país atravessa uma crise cambial provocada pela tensão política com Washington. A lira turca chegou a desvalorizar mais de 40% contra o dólar, um movimento que se acentuou depois de Donald Trump ter anunciado que os Estados Unidos vão duplicar as tarifas impostas às importações de aço e de alumínio provenientes da Turquia.

Tensão na Venezuela depois das mudanças de Maduro

A braços com uma série de mudanças económicas profundas introduzidas pelo governo de Nicolás Maduro, a oposição venezuelana convocou uma greve geral para esta terça-feira. Recorde-se que, esta semana, entrou em vigor o chamado “paquetazo rojo” (pacote vermelho de medidas), onde se inclui a introdução de uma nova moeda, o bolívar soberano, e a sua ligação à criptomoeda Petro, por sua vez indexado à cotação do petróleo. As mudanças implicam ainda uma subida do IVA e o aumento do salário mínimo para o equivalente a cerca de 30 dólares por mês. A greve geral foi convocada pelos partidos da oposição Primeiro Justiça, Vontade Popular e Causa R.

Benfica atrás de 40 milhões de euros

O Benfica disputa, esta noite, a primeira mão do play-off da Liga dos Campeões contra o PAOK. O clube lisboeta luta por um lugar na fase de grupos do campeonato, depois de ter eliminado o Fenerbahçe na última pré-eliminatória. Se chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões, o Benfica irá receber 40 milhões de euros, para além um montante semelhante que espera encaixar com transmissões televisivas e receitas de bilheteira.

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Montepio volta a vender produtos mutualistas. Carlos Tavares blinda banco da Associação

Produtos mutualistas regressaram aos balcões do Montepio. Só os gestores do banco podem comercializar aplicações como a Poupança Mutualista. Carlos Tavares reforça informação prestada ao cliente.

A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) voltou a comercializar produtos mutualistas aos seus balcões desde esta segunda-feira, depois de uma suspensão temporária de cerca de seis meses para adequar as vendas às novas regras financeiras. E há mudanças importantes na abordagem comercial. Desde logo, a aplicação Capital Certo, que passou a designar-se Poupança Mutualista, como o ECO avançou em primeira mão. Além disso, há maior rigor na informação prestada ao cliente, incluindo uma “Síntese Informativa” onde o banco identifica o supervisor responsável pelo produto e divulga as contas da associação. Por outro lado, só os gestores do banco estão autorizados a vender este produto mutualista dentro da agência. Eles próprios vão ter de assinar o documento de venda ao cliente. Assim, o banco controla quem vendeu o quê e a quem. E Carlos Tavares blinda a CEMG da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG).

Estas alterações foram promovidas pelo banco juntamente com a mutualista, no sentido de assegurar uma comercialização adequada, transparente e responsável dos produtos que podem ser subscritos aos balcões da CEMG.

Um grupo de trabalho composto por elementos dos dois lados esteve nos últimos meses a repensar e reformular a oferta do banco, incluindo o nome do produto, a informação simplificada a disponibilizar aos clientes e a formação aos gestores. As mudanças chegam agora aos balcões, conferindo uma maior responsabilização aos gestores e também aos clientes.

A alteração mais visível: o produto mutualista Capital Certo chama-se agora Poupança Mutualista, uma nova designação que reflete a essência deste produto. Mas há um reforço da informação que é disponibilizada aos clientes, traduzindo um maior empenho do banco para adequar às novas regras dos mercados financeiros (DMIF II) a comercialização de um produto que tem estado na mira das autoridades.

Em concreto, além das Fichas Técnicas da Série e da Modalidade, onde o banco densifica todas as características e riscos da Poupança Mutualista, o cliente recebe agora uma “Síntese Informativa”. Trata-se de um documento de cinco páginas que resume aquela que é a informação fundamental sobre a aplicação, incluindo a identificação da autoridade competente de supervisão da AMMG (até ver, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Direção-Geral da Segurança Social) e indicadores financeiros da associação mutualista. No final do documento, o cliente e o gestor firmam o contrato de subscrição do produto com as respetivas assinaturas.

Em termos de rendimento, o Poupança Mutualista passa a apresentar uma maturidade mais curta (de cinco anos) e uma taxa média bruta (de 1,23%) mais reduzidas face à última série do Capital Certo — tinha um prazo de seis anos e uma remuneração média de 1,305%. Consegue, ainda assim, oferecer uma taxa mais elevada do que a generalidade dos depósitos da prazo do banco, que não vai além 0,5%.

Mais formação para os gestores

Por outro lado, os balcões do associado deixam de comercializar o Poupança Mutualista — mantendo-se, ainda assim, a oferta dos outros produtos mutualista disponível nestes balcões. Atualmente, existem cerca de 100 destes espaços a funcionar dentro de aproximadamente 300 agências da CEMG. A partir de agora, só os profissionais do banco poderão vender o Poupança Mutualista dentro das agências por serem aqueles que a CEMG pode formar, supervisionar e sancionar, se for o caso.

Para este efeito, um universo de colaboradores do banco realizou um curso online nos últimos meses, numa formação que incluiu as denominadas Skype Calls, videochamadas que serviram para a apresentação das características do produto mutualista e para explicação das diferenças com outros produtos financeiros mais tradicionais que também são comercializados pelo banco. Cada gestor recebeu um manual de procedimentos e poderá sempre ligar para uma linha de apoio para esclarecimentos adicionais.

A CEMG não definiu objetivos para as vendas com a Poupança Mutualista e também não há incentivos à comercialização do produto, isto apesar de a associação mutualista prever captar quase 1.000 milhões de euros só este ano com produtos de capitalização, como o Capital Certo. Este montante foi considerado elevado pelos sindicatos, que ficaram apreensivos e preocupados porque isso poderia traduzir-se em maior pressão sobre os funcionários do banco.

Ainda assim, haverá uma monitorização regular das subscrições efetuadas fora do público-alvo, e o banco emitirá alertas aos gestores sempre que for necessário para travar uma venda generalizada e indiscriminada do produto, tal como prevê a DMIF II.

Como o Montepio vai controlar vendas

1. Identificação clara do supervisor responsável

É uma das alterações que decorre da introdução da DMIF II: os produtos financeiros têm de distinguir de forma clara qual é a autoridade competente de supervisão. No caso do Poupança Mutualista, o produto é “fabricado” pela AMMG, que é supervisionada pela Direção-Geral da Segurança Social do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Mas a mutualista vai saltar em breve para a esfera da Autoridade Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, o regulador dos seguros, após a entrada em vigor das novas regras para as associações mutualistas.

2. Definição do público-alvo

O Montepio também identifica de forma clara a quem se destina o Poupança Mutualista: aos associados da Associação Mutualista Montepio Geral e clientes da Caixa Económica Montepio Geral com idade inferior a 75 anos, que possuam conhecimentos ou experiência intermédios sobre as características dos produtos, e com um nível de tolerância ao risco médio.

No Capital Certo, não havia limite de idade nem estava definido o perfil de risco adequado do subscritor. Dentro da política de governação do produto, o banco vai monitorizar as vendas fora do público-alvo para evitar uma venda generalizada e indiscriminada do produto.

3. Apresentação das contas da Associação Mutualista

A Síntese Informativa inclui ainda um extrato das contas financeiras da Associação Mutualista nos últimos anos, onde o cliente pode verificar a evolução de alguns indicadores da instituição, como a dimensão (número de associados, ativo), a rentabilidade (resultado operacional, receitas associativas e cash-flow), a solidez financeira (capitais próprios) ou a liquidez (nível de provisões).

4. Assinatura do gestor responsável e cliente

No final, tanto o associado como o gestor responsável pela venda do produto firmam o contrato com as respetivas assinaturas, introduzindo maior responsabilidade e sentido de compromisso entre cliente e banco. O documento é digitalizado, ficando uma cópia com o cliente.

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Bruno de Carvalho tenta congelar contas bancárias do Sporting. Comissão de Gestão acusa-o de “fraude”

A Comissão de Gestão acusa o ex-presidente do Sporting de ter enviado cartas aos bancos que trabalham com o clube no sentido de evitar que as contas fossem movimentadas pelos atuais órgãos sociais.

Artur Torres Pereira, Jaime Marta Soares e Sousa Cintra.ANTÓNIO COTRIM/LUSA


A Comissão de Gestão do Sporting Clube de Portugal emitiu na noite desta segunda-feira um comunicado em que escreve que
Bruno de Carvalho terá invocado a condição de presidente, para tentar que os bancos impedissem que os atuais dirigentes movimentassem as contas do clube. Afirma a Comissão que os bancos não aceitaram o que apelidou de intervenção “ilegal e abusivamente na vida do Sporting Clube de Portugal, lançando a confusão e semeando a divisão no Clube”.

Explica a comissão que Bruno de Carvalho enviou esta segunda-feira “cartas a bancos com os quais o SCP mantém relações comerciais, nas quais, na qualidade abusivamente invocada de Presidente do Conselho Diretivo do SCP, se permitiu pressionar os referidos bancos para impedir que as contas bancárias do SCP continuem neles a ser movimentadas pelos órgãos do Clube legitimamente em funções”.

Esta iniciativa, segundo o comunicado, não obteve sucesso, tendo as referidas entidades bancárias “recusado participar nesta tentativa de fraude”.

Tendo em conta este episódio, a Comissão de Gestão do SCP anuncia que decidiu “participar criminalmente do ex-Presidente destituído pelos sócios junto do Ministério Público por fraude e usurpação de funções”.

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Wall Street sobe impulsionado por otimismo comercial

As principais praças norte-americanas fecharam a sessão em terreno positivo. Conversações entre Estados Unidos e China animam investidores. Petróleo sobe.

As principais praças norte-americanas fecharam a sessão, desta segunda-feira, em terreno positivo impulsionadas pelo tom de otimismo que anima os investidores de que a guerra comercial pode ter os dias contados.

O S&P 500 fechou a sessão a valorizar 0,24% para os 2.857,05 pontos, enquanto que o Dow Jones subiu 0,35% para os 25.758,69 pontos. Já o Nasdaq valorizou 0,06% para os 7.821,01 pontos.

A previsão de que a tensão entre Washington e Pequim está a diminuir marcou o comportamento de Wall Street. As reuniões agendadas para esta semana, dia 22 e 23 de agosto, estão a dar um novo fôlego aos mercados sobretudo ao nível dos setor industrial e comercial.

Aliás, a diminuição das preocupações com a guerra comercial levaram mesmo a uma valorização do preço do metal e do petróleo, com o setor da energia a somar 0,8%.

Apesar de não haver certezas quanto ao desfecho das negociações entre Estados Unidos e a China os investidores acreditam que este é um passo positivo.

Também a captar a atenção dos investidores estão as políticas do banco central, isto numa altura em que a temporada de resultados está praticamente concluída.

As atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) que serão divulgadas esta quarta-feira estão entre os acontecimentos que marcam a semana, esperando-se que estas indiquem o bom comportamento da economia americana e o comprometimento com novos aumentos das taxas de juro. Para o fim da semana está agendada a reunião anual de Jackson Hole, com a presença do presidente da Fed, Jerome Powell.

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Venezuela: ruas desertas e comércio fechado em dia de reconversão monetária

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

Na Venezuela as ruas estão desertas, o comércio encerrado e poucos carros circulam. Em causa está a reconversão da moeda, com a retirada de cinco zeros ao bolívar.

Ruas desertas, comércios encerrados e poucos carros em circulação marcaram as primeiras horas desta segunda-feira, em Caracas, dia em que a Venezuela retirou cinco zeros ao bolívar e colocou em circulação o bolívar soberano.

Hoje, na Venezuela, é feriado nacional, decretado pelo Governo devido à reconversão monetária, e o cenário da capital é idêntico ao de várias localidades do interior, inclusive em zonas de praias, que tradicionalmente registam grande afluência aos feriados e fins de semana.

“Esta manhã consegui entrar na página web do banco e senti uma angústia terrível ao ver que já tinham eliminado os zeros. Não há palavras para explicar as emoções, é como se nos tivessem subtraído o suor do nosso esforço”, explicou um luso-descendente à agência Lusa.

Filho de madeirenses, Rafael Bettencourt, 25 anos e engenheiro informático, é casado e pai de duas crianças (2 e 5 anos) e nos últimos tempos teve que mudar os hábitos, até porque apesar de ter “um salário razoável”, o dinheiro não chega.

“Há uns três anos, nós comíamos fora aos fins de semana, íamos ao café, ao cinema, viajávamos ao interior do país e vivíamos confortavelmente, sem grandes luxos. Geralmente quando há um feriado à segunda-feira, vou à praia, desta vez fiquei em casa, no domingo nem saí ao cinema porque até isso já nem posso fazer, pelo caro que está”, explicou.

Por outro lado, diz­-se preocupado, até por ter dúvidas se a empresa para onde trabalha poderá continuar a funcionar, tendo em conta o que implica o novo aumento de 35 vezes no salário mínimo mensal dos venezuelanos, decretado pelo Presidente, Nicolás Maduro.

“Com o salário, não é apenas o aumento, porque é preciso somar os subsídios, o seguro, os aportes para diversos organismos e entre tudo poderá ser mais 20%”, disse.

Por outro lado Aída de Goncalves, 38 anos, analista de uma empresa de seguros, está apreensiva porque ao ver a conta do banco “parece que não tem nada”.

“Esta é a segunda reconversão, a primeira foram três zeros e foi fácil, mas agora são cinco. Sinto que fiquei sem dinheiro”, frisou.

Hoje, em Caracas, as ruas estavam praticamente desertas, em várias urbanizações tradicionalmente movimentadas aos domingos e feriados, como Sabana Grande, Los Símbolos, Plaza Venezuela, Chacaíto, entre outras.

Em Valência, 200 quilómetros a oeste de Caracas, o cenário era parecido, como em La Avenida Lara, la Avenida Bolívar e El Trigal, segundo relataram telefonicamente várias pessoas à agência Lusa.

Por outro lado, em Higuerote, 120 quilómetros a leste da capital, haviam algumas dezenas de pessoas em três quilómetros de praia, entre a praia Chocolate e a praia Valle Seco.

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Quem são as herdeiras de Pedro Queiroz Pereira?

A sucessão do grupo Semapa foi preparada fora da família e entregue a gestores profissionais. Mas as três filhas de PQP estão na administração do grupo e herdam uma fortuna avaliada em 790 milhões.

A morte de Pedro Queiroz Pereira vem mudar o panorama industrial português. Depois do desaparecimento de Américo Amorim (julho de 2017) e de Belmiro de Azevedo (novembro de 2017) é agora a vez de outra das figuras maiores do mundo empresarial desaparecer.

Pedro Queiroz Pereira, patrão da Semapa e detentor de uma fortuna avaliada em mais de 790 milhões de euros era, segundo a Forbes, o quinto mais rico de Portugal. Os três empresários e industriais, apesar de gerações diferentes (PQP era o mais novo dos três), deixam três dos maiores grupos empresariais nacionais. E em cada um dos casos, a sucessão — apesar de diferente –, foi bem delineada.

Se, no caso de Belmiro e Amorim, a sucessão foi encontrada dentro da família — na Sonae, a gestão foi entregue a Paulo Azevedo, que agora a passa a Cláudia e, no grupo Amorim, que ficou sob a alçada de Paula Amorim. No caso do patrão da Semapa o caso foi diferente.

O industrial que morreu este sábado, em Ibiza, construiu um dos maiores grupos industriais do país, a Semapa, com as posições de controlo da Secil e da Navigator (antiga Portucel), e tratou de acautelar o futuro do grupo, entregando a gestão a profissionais, fora da esfera familiar. A liderança executiva da Navigator ficou nas mãos de Diogo da Silveira e a da Semapa (holding que detém as empresas Secil e Navigator e onde a família assegura 70% do capital), entregue a João Castello Branco.

Para si, PQP guardou a presidência do grupo, tendo mesmo este ano decidido alargar o número de membros do conselho de administração de 11 para 14, incluindo assim as três filhas: Filipa, Mafalda e Lua.

Esta decisão surgiu depois de, no ano passado, Pedro Queiroz Pereira ter criado um fundo privado e fechado, repartido pelas herdeiras — o industrial era viúvo desde 2014. A medida visava impedir as filhas de vender o património para que este se mantivesse na família. E, sobretudo, que se manteria longe do alcance da irmã, Maude, com quem se incompatibilizara entretanto.

Tal como o pai, as filhas são avessas aos meios mediáticos e, tal como o pai, tem mostrado artes para o… desporto. Mafalda Queiroz Pereira chegou mesmo a participar nos Jogos Olímpicos de inverno, em 1998, em Nagano, Japão. Já Lua tem créditos firmados no hipismo onde, para além de atleta é também empresária. A mais velha, Filipa, é licenciada em matemáticas aplicadas com uma pós-graduação em Harvard em Sistemas de Informação.

Agora, herdam uma fortuna e, sobretudo, um grupo industrial que o pai ergueu depois de ter vindo do Brasil, virado para os cimentos e florestas. O poder segue agora no feminino.

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Conta oficial do PSD ataca jornalista do Público no Twitter

  • Marta Santos Silva
  • 20 Agosto 2018

Nomeando a jornalista Sofia Rodrigues, a conta oficial do partido acusou a jornalista do Público de falta de rigor e de ter uma "cruzada" contra o PSD.

A conta oficial do PSD no Twitter está a ser alvo de críticas na rede social após uma publicação em que o partido nomeia uma jornalista do Público, Sofia Rodrigues, acusando-a de falta de rigor e de estar a desenvolver uma “cruzada” contra o partido. A crítica é sobre uma notícia publicada no jornal diário esta segunda-feira, intitulada, na primeira página, “Saúde provocou ameaças de demissão na equipa de Rio”, da qual o PSD discorda.

Após criticar Sofia Rodrigues com o uso irónico da palavra “rigorosa”, o PSD troça ainda da jornalista, escrevendo que um próximo “trabalhinho” poderia dar a conhecer os nomes “dos dois ameaçadores”, que teriam admitido demitir-se da equipa de Rui Rio. Numa segunda publicação após a primeira, o PSD, no mesmo tom sarcástico, rejeita que tenha havido alterações à ideia de discutir no Conselho Nacional a política de Saúde do partido.

A notícia de Sofia Rodrigues, jornalista no Público desde 1998, assinala que a proposta para o setor da Saúde do Conselho Estratégico Nacional do PSD divide o partido, já que alguns social-democratas temem que exista, nesta estratégia, um passo na direção da privatização do serviço público de saúde. Dois membros da Comissão Política Nacional terão mesmo colocado a hipótese de demissão.

As críticas à atuação do PSD no Twitter não se fizeram esperar. O economista António Nogueira Leite, antigo conselheiro de Passos Coelho, criticou a publicação por ser “à moda da traulitânia”, e a jornalista Liliana Valente, do Público, comparou mesmo o caso à polémica que gerou, na mesma rede social, o vídeo parabenizando a Grécia protagonizado por Mário Centeno. O PSD não deixa que o Governo tenha um bom dia de polémica no Twitter e vem logo largar uma para nos distrairmos. Centeno agradece ao assessor que tomou conta da conta do PSD”, escreveu.

Também a vereadora do PSD na Câmara Municipal de Lisboa Sofia Vala Rocha aproveitou a rede social para mostrar a sua desaprovação pela publicação. “O (meu) PSD já começou a culpar jornalistas pelos seus problemas. Soa a desespero. A sério, não vão por aí”, recomendou. O cronista do Observador e investigador Alexandre Homem Cristo afirmou mesmo que se tratava de “Trump a fazer escola”, referindo-se aos infames tweets e campanha anti-imprensa do Presidente dos Estados Unidos.

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