Galamba critica vídeo de Centeno. É “lamentável e apaga o desastre” do resgate grego

  • Rita Frade
  • 20 Agosto 2018

É "um vídeo lamentável que apaga o desastre que foi o programa de ajustamento grego", diz Galamba no Twitter.

Não foi só Varoufakis. João Galamba também utilizou as redes sociais para atacar o vídeo em que Mário Centeno assinala o fim do programa de assistência financeira à Grécia. Enquanto o ex-ministro das Finanças da Grécia fala em “propaganda norte-coreana”, o ex-porta-voz do Partido Socialista (PS) diz que se está a “esconder o desastre” que foi o resgate.

Um vídeo lamentável que apaga o desastre que foi o programa de ajustamento grego e branqueia todo o comportamento das instituições europeias.” Quem o diz é o deputado socialista João Galamba, num post na sua conta oficial de Twitter.

João Galamba‏, militante do PS, deixou, recentemente, de ser o porta-voz do partido. No Congresso, o deputado da ala mais à esquerda do PS, foi substituído por Maria Antónia Almeida Santos, que já integrava a comissão permanente do partido.

Galamba vem, assim, juntar-se ao antigo ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, que esta manhã acusou a Comissão Europeia de insultar “a insuportável miséria da Grécia com um vídeo da máquina de propaganda norte-coreana“.

O comentário de Yanis Varoufakis surgiu pouco depois de a Comissão Europeia ter partilhado um vídeo, onde o presidente do Eurogrupo e também ministro das Finanças português, Mário Centeno, anuncia o fim do calvário grego.

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CP tem mais 3,5 milhões por ano para alugar até dez novos comboios a Espanha

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

A CP poderá gastar mais 3,5 milhões de euros por ano no aluguer de seis a 10 novos comboios à Renfe, a empresa ferroviária espanhola. Já paga sete milhões por 20 unidades.

A CP – Comboios de Portugal poderá gastar até 3,5 milhões de euros nos novos alugueres de seis a 10 comboios à operadora espanhola Renfe, a quem é pago atualmente sete milhões de euros por ano por 20 composições. Após uma visita às oficinas de Campolide, em Lisboa, Carlos Nogueira, presidente da CP, recordou que a transportadora paga atualmente sete milhões por ano aos espanhóis por 20 unidades, alugadas ao preço de 350 mil euros cada.

Citando informações dadas pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, no local, Carlos Nogueira indicava a base de preços para o “reforço do aluguer entre seis e 10 composições” e tendo em conta os atuais 350 mil euros por unidade “durante o tempo que for necessário para as novas composições, no âmbito do concurso internacional que irá ser aberto”. Assim, e mantendo-se estes valores, o aluguer de um máximo de 10 comboios poderá totalizar 3,5 milhões de euros.

O presidente da CP comentou ainda a necessidade de cumprir aspetos burocráticos dos processos, assim como a “carteira muito robusta” de encomendas dos fabricantes de comboios, pelo que a “CP vai entrar na fila”. “Daqui a três ou mais anos temos comboios [novos]”, acrescentou.

Durante esse período “importa reforçar o aluguer, que tem de ser com Espanha, que tem bitola [distância entre carris] ibérica” e é o único país que disponibiliza comboios a ‘diesel’, já que “cerca de um terço da infraestrutura” portuguesa está por eletrificar, referiu ainda.

O responsável sublinhou a importância de reforçar a componente da manutenção e reparação dada a vetustez do material circulante”.

“Temos material diesel, temos composições a fazer serviço com 62 anos e temos o nosso diesel restante com 50 e poucos anos. É muito tempo e exige uma manutenção permanente e contínua”, notou ainda o responsável, afirmando que os “problemas não são de hoje”.

Liberalização do mercado ferroviário: CP admite “parcerias estratégicas” com Espanha

O presidente da CP, Carlos Nogueira, admitiu também “parcerias estratégicas com a Renfe [operadora ferroviária espanhola]”, no âmbito da liberalização do mercado ferroviário, em 2019, que obrigará a “ser-se mais competente”.

Em declarações aos jornalistas, o responsável notou que a liberalização do mercado “é já amanhã”, a 1 de janeiro de 2019, e só “quem tem bons argumentos, quem é competente, quem tem boa performance e condições de gestão singrará no mercado”.

O Governo “não pode fazer grande coisa, não pode proteger o setor, a DGcom não deixa [direção de concorrência da União Europeia]”, pelo que a CP “tem que fazer o seu melhor”, disse o presidente da CP, enumerando “parcerias estratégicas com a Renfe, ter melhor material circulante, ter pessoal motivado e focado e alinhado”. “Temos que ser mais competentes”, sublinhou.

O gestor garantiu ainda que a “CP habilitou na altura própria o Governo, o acionista, com o quadro, com o framework para que decida como vai tratar o incumbente CP” quando o mercado ficar aberto, ao abrigo das regras europeias.

Governo assinala “desinvestimento” na CP na legislatura passada

Por sua vez, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, assinalou o “desinvestimento no grupo CP” no passado, com a redução em cerca de um terço de trabalhadores entre 2010 e 2015.

O governante previu que os efeitos da contratação de 102 trabalhadores para a EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário surjam em outubro e afirmou que as decisões no setor ferroviário refletem os “anos anteriores de desinvestimento, nomeadamente de 2015 para trás”.

“Basta ver em termos de recursos humanos, entre 2010 e 2015 os recursos humanos foram reduzidos em cerca de um terço. De 1.487 trabalhadores em 2010, em 2015 tínhamos 949 ao serviço”, assinalou aos jornalistas, depois de uma visita a uma oficina da EMEF, em Lisboa.

Garantindo que o transporte ferroviário é uma “prioridade” para o executivo, o governante enumerou as intervenções nas infraestruturas, que decorrem ao abrigo do programa Ferrovia 2020, assim como o aluguer do material circulante, cujos primeiros comboios a ‘diesel’ deverão chegar “no início do próximo ano”.

Está ainda a ser preparado o caderno de encargos para o lançamento do concurso para compra de novos comboios, que “será lançado nos próximos meses”, acrescentou o secretário de Estado, recordando que as últimas aquisições datam de 2002 para os suburbanos do Porto. O aluguer à operadora espanhola Renfe será acomodado pelo orçamento do grupo CP, que tem previstos 42 milhões de euros para investimento e manutenção de comboios este ano. Os contratos de aluguer deverão durar entre dois a três anos.

Sobre a reposição de horários, Guilherme W. d’Oliveira Martins referiu que na linha de Cascais acontecerá em setembro, enquanto na linha de Sintra o calendário aponta para outubro e no Oeste para novembro. As alterações são justificadas com necessidades e manutenções de material circulante.

(Notícia atualizada às 16h02 com declarações de Guilherme W. d’Oliveira Martins)

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Grupo português compra Toys “R” Us em Portugal e Espanha. Investimento é de 80 milhões

A Toys "R" Us enfrenta dificuldades financeiras nos EUA, mas a marca vai continuar com as suas lojas em Portugal e Espanha. A portuguesa Green Swan fez um investimento de 80 milhões na subsidiária.

A cadeia de brinquedos Toys “R” Us vai continuar com as operações em Portugal e Espanha após a sua compra por investidores portugueses, contando com a presidência executiva de Paulo Sousa Marques, anunciou a empresa em comunicado. Ao ECO, a empresa portuguesa Green Swan, que fez a aquisição, esclareceu que se trata de um investimento de 80 milhões de euros ao longo de quatro anos.

“A operação da Toys “R” Us Ibéria continuará em funcionamento e desenvolvimento em Espanha, após um processo de aquisição por investidores portugueses, a Green Swan, representada por Paulo Andrez”, que se juntam à atual equipa de gestão, “como novos proprietários”, refere a empresa.

“Este processo garante a continuidade do negócio da Toys “R” Us em Espanha e Portugal, mantendo-se em funcionamento todas as lojas e garantindo a manutenção dos postos de trabalho. Depois de alguma incerteza, derivada do encerramento do negócio em mercados como os Estados Unidos e Reino Unido, este processo, que contou com o apoio do Grupo Toys “R” Us e dos ‘stakeholders’ [partes interessadas] da Toys “R” Us Ibéria, afirma a sustentabilidade do negócio em Espanha e Portugal”, acrescenta.

Numa nota enviada ao ECO, a Green Swan referiu que “entre a aquisição e o investimento no negócio” deverá despender cerca de 80 milhões de euros na empresa ao longo de quatro anos. A holding Green Swan dedica-se “à aquisição de empresas viáveis e rentáveis, como a Toys “R” Us Iberia”, acrescenta a nota. “Assim, e por isso, Paulo Andrez convidou parte da atual equipa de gestão a ser acionista da nova empresa, garantindo a continuidade da gestão da Toys “R” Us em Espanha e em Portugal e foco no desenvolvimento do negócio”.

Paulo Sousa Marques será o novo presidente executivo da Toys “R” Us Ibéria, “dando assim continuidade aos sucessos desta marca histórica nos mercados de Espanha e Portugal”.

No comunicado, o presidente executivo afirma: “Estamos muito confiantes e seguros do futuro desta empresa, com todo o capital humano existente e as suas competências, nos colaboradores e parceiros, e muito motivados para continuar a oferecer às famílias, aos seus bebés e crianças, as melhores ofertas de produtos, desde a puericultura, materiais pedagógicos e os de entretenimento”.

O até agora diretor-geral da Ibéria e França, Jean Charretteur, considerou que “este acordo é consequência do processo desenvolvido pela empresa desde março, que tinha como objetivo encontrar um investidor que trouxesse os recursos e ambição para assegurar, em linha com a implementação do plano de negócios, a viabilidade da Toys “R” Us em Espanha e Portugal”. Em setembro, será inaugurada uma nova loja em Madrid.

“Nas próximas semanas serão definidos os novos objetivos para a empresa em Espanha e Portugal, que conta atualmente com 61 lojas e lojas online e 1.300 colaboradores, e partilhados, como habitual, com todas as equipas e parceiros históricos, garantindo ainda mais o futuro desta marca icónica, mantendo a sua filosofia de oferecer experiências únicas nas lojas, sejam elas físicas ou ‘online’, que mantêm a sua atividade com normalidade”, refere.

Em 14 de março último, o grupo anunciou que iria encerrar todas as lojas no Reino Unido, deixando mais de três mil pessoas no desemprego. No dia seguinte, divulgou que vai proceder à liquidação do negócio nos Estados Unidos. Coincidindo com aquele anúncio, a Toys “R” Us Iberia explicou que estudaria a viabilidade em Espanha e a possibilidade de vender o seu negócio no mercado espanhol, onde possui 53 lojas e 1.600 empregados.

A Toys “R” Us entrou em Portugal em 1993, com a abertura das lojas de Telheiras (Lisboa) e de Vila Nova de Gaia. Um ano depois inaugurou a unidade no Cascais Shopping e em 1997 em Braga e no Centro Comercial Colombo (Lisboa). Em 2002 inaugurou duas lojas no Almada Fórum e no Aveiro Retail Park. Em 2012 chegou ao Freeport, em 2014 ao Mar Shopping, em 2016 abriu em Braga e, em 2017, inaugurou a loja em Guimarães, de acordo com dados da empresa.

Notícia atualizada às 19:10 com o valor da aquisição.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Termina hoje o calvário grego. Oito anos depois do primeiro pedido de ajuda, a Grécia volta mandar nos seus destinos. Economia está a recuperar, mas dívida deixa Atenas e investidores em alerta. Em Portugal, as vinhas apresentam um ciclo vegetativo muito atrasado, fruto das condições climatéricas, o que faz prever que a produtividade desça 5%.

“Estamos diante de uma nova Odisseia”. A 23 de abril de 2010, George Papandreou anunciava que a Grécia não tinha resistido à pressão dos mercados e não restava outra alternativa senão pedir ajuda financeira internacional à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), atirando o país para a incerteza. O então primeiro-ministro grego falava a partir da ilha de Kastellorizo. Mais de 3.000 dias, três regastes e 300 mil milhões de euros depois, há esta segunda-feira uma cerimónia simbólica naquela ilha pitoresca ao largo da costa turca para celebrar o fim de uma crise sem precedentes na democracia mais antiga do mundo que deixou a Zona Euro à beira do colapso. Findo o terceiro resgate, os gregos passam a andar pelo seu próprio pé a partir de hoje.

As vinhas apresentam um ciclo vegetativo muito atrasado, que varia consoante as regiões, entre as duas e as três semanas. Este atraso faz prever que a produtividade decresça 5% face ao ano anterior. As previsões de 31 de julho foram divulgadas durante a manhã desta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O serviço da Glovo passa a abranger novas zonas da Grande Lisboa a partir desta segunda-feira.A Glovo expandiu operações a Algés e Carnaxide, no concelho de Oeiras, e a Alfragide, no concelho da Amadora. A informação foi avançada pela empresa num comunicado, onde a startup de origem espanhola destaca a aposta na “expansão e consolidação no mercado português”.

Afinal, os investidores sauditas que Elon Musk tinha identificado como potenciais financiadores da operação de saída de bolsa da Telsa têm os olhos postos numa empresa rival. Segundo a Reuters, o fundo soberano da Arábia Saudita está em conversações com a Lucid Motors, uma fabricante de automóveis elétricos fundada em 2007.

Há 14 anos que os números do emprego não eram tão positivos em Portugal. A taxa de desemprego fixou-se no segundo trimestre deste ano nos 6,7%, a mais baixa desde 2004. Boas notícias para as famílias portuguesas. Mas sabia que perto de 3% dos trabalhadores têm o emprego assegurado por apenas dez empresas privadas? E sabe qual delas é a que mais pessoas emprega em Portugal? Duas pistas: celebra este ano 40 anos e tem sede em Lisboa.

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Humberto Pedrosa sobre PQP: “Portugal perdeu grande empresário”

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

O dono do grupo Barraqueiro lamentou esta segunda-feira a morte do empresário Pedro Queiroz Pereira: "Não posso deixar de pensar e de me lembrar dos bons momentos que passámos ao longo destes anos".

O dono do Grupo Barraqueiro, Humberto Pedrosa, lamentou esta segunda-feira a morte do empresário Pedro Queiroz Pereira, falecido no sábado, sublinhando tratar-se de “um grande empresário que recuperou o grupo do seu pai”.

O empresário Pedro Queiroz Pereira, um dos mais importantes de Portugal, era dono da Navigator (antiga Portucel) e da cimenteira Secil. Morreu no sábado à noite, aos 69 anos, em Ibiza, onde passava regularmente férias.

“Com a morte de Pedro Queiroz Pereira, Portugal perde um grande empresário que recuperou o grupo do seu pai, nacionalizado no 11 de março”, afirmou Humberto Pedrosa, em comunicado. “Não posso deixar de pensar e de me lembrar dos bons momentos que passámos ao longo destes anos. Amizade essa que também compartilhei com o seu irmão Manuel”, concluiu o empresário, que integra o consórcio Atlantic Gateway, acionista privado da TAP.

"Com a morte de Pedro Queiroz Pereira, Portugal perde um grande empresário que recuperou o grupo do seu pai, nacionalizado no 11 de março.”

Humberto Pedrosa

Dono do grupo Barraqueiro

Segundo a revista Exame, Pedro Queiroz Pereira era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo homem mais rico do país. Acionista maioritário do grupo Semapa, proprietário da Navigator, mas também da cimenteira Secil e de negócios na área do ambiente e da energia.

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Regresso às aulas vai custar quase 500 euros a cada família

Os pais estão a contar com uma fatura pesada para as compras do regresso às aulas, ponderando gastar mais do que no ano passado. Os descontos já começam a aparecer, mas serão mais baixos.

O regresso às aulas está aí à porta, e com ele vêm as compras de cadernos, mochilas e material escolar. Os pais estão a contar gastar quase 500 euros nestas despesas, numa subida de mais de 20% em relação ao ano passado.

De acordo com o estudo do Observador Cetelem, o valor médio que as famílias apontam para as compras escolares é de 487 euros. Em 2017, o valor indicado era 399 euros, o que se traduz num aumento de 22% para este ano.

Um terço dos inquiridos pondera gastar até 500 euros, valor que também subiu desde 2017, quando representava 25% das intenções. Mesmo assim, os encarregados de educação que admitem que o valor máximo para estas despesas pode ultrapassar os 750 euros desceu 2% para os 7%, em comparação com o ano passado.

Mas nem todos conseguem ter tudo planeado, já que 35% dos pais com filhos em idade escolar ainda pensa quanto irá gastar. A mesma percentagem de inquiridos refere ter filhos em idade escolar acima de cinco anos, número que diminuiu 5% em relação ao ano anterior. Esta redução de famílias com filhos em idade escolar será mais um indicador do envelhecimento da população portuguesa.

Os manuais escolares pesam muito nas costas dos alunos, e também na fatura dos pais. O ministro da Educação anunciou que nos próximos quatro anos não vai existir um aumento dos preços dos livros, apenas aquele indexado à inflação. Entretanto, as livrarias já começaram a fazer descontos aos livros escolares, apesar de serem mais baixos do que nos anos anteriores.

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Netflix está a mostrar publicidade entre episódios. Utilizadores ameaçam cancelar o serviço

O Netflix está a mostrar "recomendações" a alguns utilizadores entre filmes ou episódios de séries. A empresa diz que é um teste, mas já há quem ameace cancelar a subscrição do serviço.

O Netflix está a mostrar anúncios publicitários entre os conteúdos, uma decisão que está a provocar a indignação de muitos utilizadores. A empresa já confirmou que está a fazer testes, mas não lhes chama de anúncios — são “recomendações”.

Depois de surgirem relatos nas redes sociais de que a plataforma se encontra a reproduzir anúncios entre filmes ou episódios de séries televisivas, a empresa confirmou a um jornal especializado que se encontra a testar a exibição de vídeos promocionais, mas que os utilizadores têm a opção de saltar diretamente para o conteúdo que pretendem visionar.

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“Estamos a testar de que forma é que as recomendações entre episódios ajudam os assinantes a descobrir mais rapidamente certas histórias de que vão gostar”, disse fonte oficial da empresa ao jornal ARS Technica, citada pelo Business Insider (acesso condicionado). Assim, a empresa prefere chamar estes vídeos de “recomendações”, em vez de “anúncios”.

Mas apesar de a empresa ter garantido ao mesmo jornal que os utilizadores podem saltar estes vídeos — como acontece no YouTube, por exemplo –, pelo menos um subscritor, no Reino Unido, reclamou no fórum Reddit que essa opção não existia e que teve de assistir ao anúncio até ao fim, de acordo com o Business Insider.

No entanto, não é a única queixa. Várias publicações nas redes sociais sugerem que os assinantes do serviço não veem esta decisão com bons olhos, uma vez que este é um serviço pago e que o modelo de negócio da publicidade é, geralmente, associado ao conteúdo gratuito que existe na internet. Muitos utilizadores estão a ameaçar que vão cancelar a subscrição do serviço, caso a empresa continue a exibir estas “recomendações”.

O principal argumento de quem se insurge contra esta opção é o de que o serviço é pago. Além disso, a empresa tem vindo a subir os preços em vários mercados. Existem várias modalidades, que começam nos oito dólares no Reino Unido por uma conta básica com conteúdos em baixa definição. Em Portugal, uma assinatura do Netflix começa nos 7,99 euros e pode ir até aos 13,99 euros.

“Agora, o Netflix está a mostrar anúncios aos seus próprios programas. É tempo de cancelar a minha subscrição”, escreveu um utilizador no Twitter. “Adoro o Netflix e sou assinante há vários anos. Mas se começarem a ter anúncios, mesmo se os puder saltar, irei cancelar a minha conta”, disse outra assinante na mesma rede social.

Para já, há relatos destes anúncios no Reino Unido, Estados Unidos e Austrália. Desconhece-se se este teste também abrange o serviço em Portugal, bem como quanto tempo irá durar, ou se a empresa está a ponderar implementar definitivamente esta ideia. Contudo, todos os utilizadores têm a opção de ficar de fora dos testes realizados pela empresa.

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Farfetch faz pedido para avançar com entrada em bolsa

Empresa fundada pelo português José Neves avança no sentido da entrada em bolsa. Já registou o pedido de admissão ao mercado de capitais, diz o Business of Fashion.

A Farfetch fez o pedido oficial para avançar com a entrada em bolsa, de acordo com o Business of Fashion. A empresa, sediada em Londres, está cada vez mais perto da bolsa. O número de ações e o valor a que serão transacionadas ainda não foi revelado.

Em março, o unicórnio tinha contratado dois bancos de investimento internacionais JP Morgan e Goldman Sachs para liderarem os preparativos para a Oferta Pública Inicial (IPO), operação que, segundo o Financial Times, deveria acontecer ainda este ano. Agora, a empresa liderada pelo português José Neves está cada vez mais perto da entrada em Nova Iorque.

Os primeiros rumores de que a empresa de comércio eletrónico de luxo estaria em processo de entrada na bolsa de Nova Iorque surgiram há mais de um ano. O processo poderia levar a empresa a uma valorização na ordem dos 5 mil milhões, segundo contas do Business of Fashion publicadas em junho de 2017.

Apesar do crescimento que levou a avaliação da empresa a disparar, a Farfetch revelou no início deste ano, pela primeira vez, as contas, relativas a 2016. A empresa não conseguiu ainda alcançar resultados positivos, registando perdas de 39,8 milhões de euros antes dos impostos. Nesse ano, as receitas foram de 170 milhões de euros.

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PLMJ com o maior número de jovens talentos destacados pelo Rising Stars 2018

O guia Rising Stars apresentou a sua lista com os principais jovens talentos internacionais de 2018 nas áreas de direito empresarial e práticas relacionadas.

O guia Rising Stars apresentou a sua lista com os principais jovens talentos internacionais de 2018 nas áreas de direito empresarial e práticas relacionadas. A PLMJ é a sociedade de advogados nacional com maior número de jovens talentos referenciados, um total de sete. A publicação destaca Sara Estima Martins, pelo seu trabalho na área de Concorrência; Ruben Brigolas e Ana Oliveira Rocha, em Energia e Recursos Naturais; Filipe Abreu e Joana Maldonado Reis, em Direito Fiscal; e Rui Costa Pereira e Dirce Rente, nos denominados crimes de Colarinho Branco.

Para “a PLMJ é um orgulho ter na sua equipa um vasto conjunto de jovens advogados cujo talento é reconhecido pelo mercado e pelos seus pares. Este reconhecimento de publicações de prestígio internacional, como o Rising Stars, é uma confirmação disso mesmo e confirma o trabalho que tem sido levado a cabo na captação e desenvolvimento dos melhores talentos”, segundo comunicado enviado pelo escritório.

Na sua quarta edição, a lista do Rising Star seleciona jovens talentos que sejam sócios ou associados seniores recentemente nomeados, mas já reconhecidos pelo seu trabalho no contexto de importantes transações, bem como por apresentarem um perfil de liderança nas áreas a que estes advogados se dedicam.

Foram enviados acima de 10.000 questionários para profissionais seniores envolvidos em cada área de atuação, em mais de 55 jurisdições, para que estes identificassem advogados com o perfil pretendido. Este guia encontra-se englobado nos Expert Guides, publicações que desde 1994 pesquisam os mercados jurídicos globais, consideradas entre as fontes mais reputadas juntos dos investidores internacionais e serviços jurídicos.

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Varoufakis diz que vídeo de Centeno sobre Grécia “parece feito pela máquina de propaganda norte-coreana”

  • Rita Frade
  • 20 Agosto 2018

Num dia histórico para a Grécia, vários chefes de Estado e de Governo da União Europeia deixam mensagens de felicitações, mas também de críticas nas redes sociais, como é o caso de Yanis Varoufakis.

Oito anos depois de ter pedido ajuda financeira internacional à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), a Grécia concretiza, esta segunda-feira, a saída do seu terceiro programa de assistência. Mas, se para uns é tempo de felicitações, para outros é tempo de tecer duras críticas, como é o caso de Yanis Varoufakis.

Nas redes sociais, o antigo ministro das Finanças grego diz que a “Comissão Europeia insulta a insuportável miséria da Grécia com um vídeo da máquina de propaganda norte-coreana“.

O comentário de Yanis Varoufakis surge depois de a Comissão Europeia ter partilhado um vídeo, onde o presidente do Eurogrupo e também ministro das Finanças português, Mário Centeno, anuncia o fim do calvário grego.

Para outras personalidades da vida política da União Europeia — como o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, ou até mesmo o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker — é tempo de parabenizar a Grécia pelo dia histórico que está a viver.

Por cá, o primeiro-ministro português, António Costa, também já deixou uma mensagem, onde felicita o seu homologo grego, Alexis Tsipras, pelo fim dos programas de assistência à Grécia.

Álvaro Santos Pereira diz, no Twitter, que “hoje é um dia importante para a Grécia“. Para o economista-chefe da OCDE, “uma saída limpa do programa de ajustamento é, de longe, a melhor estratégia, uma vez que permitirá à Grécia recuperar a sua autonomia em termos de política económica“.

Depois de mais de 3.000 dias, três regastes e 300 mil milhões de euros, chega, assim, ao fim o programa de assistência daquele que foi o primeiro e o último país a pedir ajuda financeira à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O primeiro resgate da Grécia aconteceu em maio de 2010, o segundo em 2012 e o último em 2015, já com Varoufakis afastado do governo de Tsipras.

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Portugueses são dos que menos gastam em viagens turísticas

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

Suíços, luxemburgueses, malteses e austríacos são os europeus que mais gastam nas deslocações turísticas. Letões, romenos, checos e portugueses são os que menos gastam.

Os portugueses são dos cidadãos europeus que menos gastam em deslocações de turismo, ao desembolsar em média 136 euros por viagem turística, menos de metade da média da União Europeia, de 336 euros, revelam dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Eurostat.

Os dados do gabinete oficial de estatísticas da UE, sobre “quem gasta mais nas férias”, com números referentes a 2016, revelam que quem mais gasta são os luxemburgueses, com 768 euros em média por cada deslocação turística (uma ou mais noites), seguidos de malteses (646 euros) e austríacos (607). Fora da UE, quem está no topo são os suíços de 818 euros por deslocação turística.

No extremo oposto da lista, encontram-se letões (107 euros), romenos (124), checos (129) e portugueses (136).

Portugueses gastam 136 euros por viagem

Em termos absolutos, quem mais gasta em férias são os alemães, que, tendo despendido 120 mil milhões de euros (com uma média de 443 euros por viagem), representaram 28% da despesa turística da UE, que atingiu em 2016 os 428 mil milhões de euros.

Do montante total gasto pelos cidadãos comunitários em viagens turísticas em 2016, 45% foi despendido no seu país de residência (turismo doméstico) e 55% noutros países, sendo que 66% dos gastos de férias dos portugueses foram em turismo doméstico, o quinto valor mais alto da União.

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Atlantia já perde quase 30% desde a queda de ponte em Génova

Salvini garantiu, este domingo, que o Governo vai mesmo avançar com a revogação das concessões feitas à Autostrade per l'Italia. Os títulos da concessionária estão, por isso, afundar mais de 9%.

Depois de Matteo Salvini ter confirmado que o Governo italiano vai mesmo avançar com a revogação das concessões feitas à Autostrade per l’Italia, os títulos da empresa que controla essa sociedade, a Atlantia, estão a afundar mais de 9%, esta segunda-feira. Desde o colapso da ponte Morandi, na semana passada, as ações da concessionária já perderam 29,4%.

“A Autostrade devia ter vergonha; devia abrir os cordões à bolsa e reconstruir tudo, pagar a todas as pessoas”, defendeu, este domingo, o vice-primeiro-ministro e ministro do Interior italiano, citado pelo Financial Times. Salvini aproveitou a ocasião para deixar claro que o Governo vai “avançar com a rescisão” de todas as concessões face ao desastre referido, que provocou a morte de mais de quatro dezenas de pessoas.

Perante estas declarações, as ações da Atlantia estão a recuar 9,36% para 17,53 euros, na sessão desta segunda-feira. A empresa que controla a concessionária responsável pela ponte que colapsou está a negociar 6.051.581 títulos, que valem 106,89 milhões de euros.

A revogação dos contratos mantidos com a Autostrade per l’Italia não é propriamente novidade. Dois dias depois da queda da ponte Morandi, o ministro das Infraestruturas adiantou, no Twitter, que o Executivo italiano tinha “ativado todos os procedimentos para a possível revogação das concessões e a imposição de uma multa de até 150 milhões de euros”. “Se não são capazes de administrar as nossas autoestradas, o Estado o fará”, escreveu o Governante.

Nessa ocasião, as ações da Atlantia chegaram a afundar quase 25%, o que levou a empresa a criticar a decisão do Governo. Lamentou a rescisão, já que tal medida, diz a empresa, foi anunciada sem que tenha sido feita previamente uma “argumentação específica” e na ausência de provas sobre as “causas do sucedido”.

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