Inverno seco e primavera fria atrasam colheitas. Produção vinícola vai cair 5%

As vinhas apresentam um ciclo vegetativo muito atrasado, fruto das condições climatéricas, o que faz prever que a produtividade desça 5%.

As vinhas apresentam um ciclo vegetativo muito atrasado, que varia consoante as regiões, entre as duas e as três semanas. Este atraso faz prever que a produção decresça 5% face ao ano anterior. As previsões de 31 de julho foram divulgadas durante a manhã desta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As condições climatéricas, nomeadamente o inverno seco e a primavera fria e chuvosa, têm influenciado determinantemente o decorrer da atual campanha vitícola. A floração e o desbaste decorrem com tempo húmido, o que origina o desavinho, um acidente que ocorre na videira e que desencadeia o abortamento de flores, ficando o cacho com poucos bagos.

Além do desavinho, o tempo húmido tem originado, também, a bagoinha, que consiste na formação de cachos pequenos, simultaneamente ou não com bagos normais, muitas vezes sem grainha e de maturação difícil.

O atraso no ciclo da videira confere, assim, às condições climatéricas dos meses de agosto e setembro um caráter especialmente relevante no que toca à qualidade e quantidade de vindima deste ano.

Boas notícias para a produção de cereais

Mas, se por um lado as condições climatéricas não abonaram a favor da vindima, por outro, favoreceram a produção de cereais durante o passado outono e inverno, que cresceu 8% face a 2017. Nas culturas de primavera/verão, o INE perspetiva que haja um aumento da área de milho para grão, mais 5%, o que fará com que se fixe nos 90 mil hectares.

No arroz, a produção deverá manter-se semelhante à do ano anterior. Já na batata doce, as colheitas que já foram realizadas apontam para uma produtividade a rondar as 21 toneladas por hectare, um valor cerca de 10% inferior à produtividade registada em 2017.

Os pomares, tal como as vinhas, estão com atrasos no ciclo vegetativo. No caso da maçã e da pera, as previsões são para reduções do rendimento unitário, menos 5% e menos 10%, respetivamente. No pêssego, pelo contrário, estima-se um aumento da produtividade em 5%.

Na amêndoa, o INE prevê que haja uma diminuição de 20% face à campanha anterior, fruto das dificuldades da floração do fruto.

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Depois da Peugeot, petrolífera Total abandona projetos no Irão

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

As sanções norte-americanas ao Irão já fizeram várias empresas retirar-se do país. A mais recente é a petrolífera francesa Total, depois do fabricante da Peugeot, PSA.

A gigante petrolífera francesa Total abandonou oficialmente os seus projetos de investimento no Irão, depois do restabelecimento das sanções norte-americanas a este país, anunciou esta segunda-feira o ministro iraniano do Petróleo.

“A Total pôs oficialmente fim ao acordo para o desenvolvimento da Fase 11 do campo de gás de South Pars. Faz agora dois meses que a petrolífera anunciou que iria pôr fim ao contrato”, disse Bijan Namdar Zanghaneh.

Depois do acordo nuclear concluído em 2015 entre Teerão e vários países, os Estados Unidos resolveram restabelecer em 6 de agosto uma primeira série de sanções contra Teerão e advertir os países que mantêm as relações comerciais com o país.

Os Estados Unidos deram um prazo de 90 a 180 dias para que as empresas se retirem do Irão e que seja lançada uma nova série de sanções no setor dos hidrocarbonetos, prevista para novembro.

Os países europeus, que assinaram o acordo em 2015 para impedir o Irão de dotar-se de armas nucleares, querem manter o texto do acordo, mas por receio de penalizações dos Estados Unidos, um grande grupo de empresas, como o construtor alemão Daimler e o fabricante da Peugeot, já anunciou a sua retirada do país.

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PepsiCo compra Sodastream por 2,8 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

A dona da marca Pepsi vai comprar a empresa israelita Sodastream por 2,8 mil milhões de euros, anunciou o grupo. Vai pagar um prémio de 32%.

A Pepsi anunciou a compra da israelita SodaStream, uma marca de produção caseira de bebidas gaseificadas, por cerca de 2,8 mil milhões de euros (3,2 mil milhões de dólares), ressalvando que o negócio depende de algumas aprovações.

Em comunicado divulgado no domingo, a multinacional americana anunciou ter chegado a acordo para a compra de todas as ações da SodaStream por 144 dólares por ação, o que diz representar um prémio de 32% sobre o preço médio ponderado nos últimos 30 dias.

O presidente executivo (CEO) da SodaStream, Daniel Birnbaum, classificou o acordo de compra como “um marco importante na história” da empresa israelita, que “demonstra a sua validade para fornecer” bebidas saudáveis e expressou satisfação por obter com este negócio acesso “às amplas capacidades e recursos” da multinacional. “Esta é uma boa notícia para os nossos consumidores, funcionários e parceiros em todo o mundo”, acrescentou Daniel Birnbaum.

A aquisição foi aprovada por unanimidade pelos Conselhos de Administração das duas empresas, estando a transação final sujeita a um voto de acionistas da SodaStream e à aprovação de reguladores, esperando as empresas que a operação esteja definitivamente fechada no início de 2019.

A SodaStream foi durante anos alvo de críticas no âmbito de uma campanha pró-palestiniana de boicote a Israel, dirigida à sua principal fábrica na colonia judaica de Maalé Adumim, em território palestino ocupado. Em 2015, depois de uma forte campanha de boicote, desinvestimento e sanções, que também afetou a atriz Scarlett Johansson, que fez anúncios da Sodastream, a sede mudou para novas instalações num parque industrial localizado no deserto do Negev, ao lado da cidade israelita Rahat, deixando de produzir em território ocupado.

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União Europeia vai obrigar os sites a retirar conteúdos extremistas

A União Europeia está a trabalhar numa nova legislação que pretende eliminar os conteúdos extremistas da internet. Depois de diretrizes voluntárias, vêm aí exigências absolutas.

A autorregulação parece que já não chega. A União Europeia quer eliminar o conteúdo extremista das plataformas online e, para isso, está a elaborar uma nova legislação que vai obrigar a que o Facebook, o Twitter, o YouTube e outras tecnológicas apaguem esse tipo de conteúdos, segundo avança o Engadget.

Embora o comissário de segurança da União Europeia (UE), Julian King, não tenha fornecido detalhes sobre como é que a medida irá funcionar, uma fonte disse ao Financial Times que, “provavelmente”, os sites terão de remover esse conteúdo dentro de uma hora, após receberem a notificação da UE. Assim, as diretrizes que, até agora, ainda são voluntárias transformar-se-ão numa exigência absoluta.

O comissário de segurança da UE considera que esta lei era necessária, uma vez que as autoridades ainda “não tinham visto progresso suficiente” através da abordagem que atualmente é seguida. Os europeus “não se podem dar ao luxo de relaxar ou serem complacentes” ao lidar com o extremismo, acrescentou Julian King.

Para os principais sites, a remoção deste tipo de conteúdo não será propriamente um desafio. O YouTube, por exemplo, deu várias vezes conta de vídeos de terroristas e eliminou-os, antes de as autoridades sinalizarem-nos. O problema pode estar nos sites mais pequenos, que não têm meios para recrutar mais moderadores de conteúdo, se necessário, e terão de responder com a mesma rapidez que qualquer outro site.

O projeto de lei será publicado no próximo mês de setembro e o Parlamento Europeu e os países-membros ainda terão de esperar pela proposta finalizada para proceder à votação. Tal significa que, até que haja qualquer ação definitiva, pode levar meses.

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Glovo expande serviço a Algés, Carnaxide e Alfragide

A aplicação de entrega de refeições Glovo começou esta segunda-feira a prestar o serviço nas zonas de Algés e Carnaxide (Oeiras) e Alfragide (Amadora).

O serviço da Glovo passa a abranger novas zonas da Grande Lisboa a partir desta segunda-feira.A Glovo expandiu operações a Algés e Carnaxide, no concelho de Oeiras, e a Alfragide, no concelho da Amadora. A informação foi avançada pela empresa num comunicado, onde a startup de origem espanhola destaca a aposta na “expansão e consolidação no mercado português”.

O alargamento do serviço a estas zonas da Grande Lisboa é um passo que surge depois da expansão da Glovo ao Parque das Nações no início do ano, ao Porto no passado mês de março e a Belém em abril. Desta forma, a empresa pretende que a aplicação proporcione “uma oferta cada vez mais diversificada aos utilizadores” e que passe a incluir mais parceiros, o que representa um potencial aumento das receitas para a empresa.

A aplicação entrega maioritariamente refeições ao domicílio, contando com uma rede de estafetas para tal. A empresa processa os pagamentos do serviço e, depois, distribui a receita pelos estabelecimentos parceiros e pelos estafetas, retendo uma comissão. Os parceiros são, sobretudo, restaurantes, mas a empresa também se propõe a fazer entregas de mercearias, farmácias, entre outros.

Em Portugal, a Glovo concorre diretamente com a UberEATS, detida pela empresa de transporte privado Uber. A expansão da Glovo para estas zonas surge depois de também a UberEATS ter alargado o serviço ao Porto no passado mês de maio, e a regiões como Amadora, Queluz, Odivelas e Loures, em junho. A Glovo pretende, desta forma, prestar também o serviço em zonas que já são abrangidas pela principal concorrente.

Depois da expansão anunciada esta segunda-feira, a Glovo passa a fazer entregas a partir de novos estabelecimentos parceiros. “Locais emblemáticos como o Tavola Calda, Nova Peixaria, Amaterasu, Sublime, Santini e Artisani são alguns exemplos de estabelecimentos que estarão disponíveis para os utilizadores da aplicação”, revelou a empresa.

De recordar que a Glovo fechou uma ronda de financiamento de 115 milhões de euros em julho. Foi uma das maiores angariações de capital de risco dos últimos anos no ecossistema de startups espanhol. Na operação, participou a empresa polaca AmRest Holdings, que detém os restaurantes italianos La Tagliatella, como noticiou o ECO.

(Notícia atualizada às 11h09 com mais informações)

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Qual é a empresa com mais trabalhadores em Portugal?

Foi fundada há 40 anos, tem sede em Lisboa e mais de 25 mil funcionários, registo que a torna na empresa com mais trabalhadores em Portugal. Sabe que empresa é?

Há 14 anos que os números do emprego não eram tão positivos em Portugal. A taxa de desemprego fixou-se no segundo trimestre deste ano nos 6,7%, a mais baixa desde 2004. Boas notícias para as famílias portuguesas. Mas sabia que perto de 3% dos trabalhadores têm o emprego assegurado por apenas dez empresas privadas? E sabe qual delas é a que mais pessoas emprega em Portugal? Duas pistas: celebra este ano 40 anos e tem sede em Lisboa.

25.209. Este é o número “mágico” que faz do Pingo Doce a empresa privada com maior número de trabalhadores em Portugal, segundo o ranking da Informa D&B. A cadeia de supermercados e hipermercados nasceu em 1978, ou seja, há 40 anos, pelas mãos de Alexandre Soares dos Santos, sendo a insígnia de referência da retalhista Jerónimo Martins em território nacional. Os mais de 25 mil trabalhadores estão distribuídos pelas 425 lojas que o Pingo Doce tem atualmente um pouco por todo o país.

A distribuição é, aliás, um dos negócios com maior presença nas posições de topo do ranking de maiores empregadores a nível nacional. Logo a seguir ao Pingo Doce surge o Modelo Continente, distando apenas em 747 no que diz respeito ao número de trabalhadores.

Ranking das 10 maiores empregadoras

Fonte: Informa D&B

A cadeia de supermercados e hipermercados tem um total de 24.462 colaboradores, ocupando assim o segundo posto entre os maiores empregadores privados a nível nacional. No final de 2017, a Modelo Continente dispunha de um total de 564 lojas distribuídas pelo Continente e Ilhas, onde desempenham funções os seus mais de 24 mil funcionários.

A dimensão da empresa — que celebra este ano 30 anos desde a sua fundação em 1988 — justifica, aliás, a intenção do grupo Sonae em cotar separadamente em bolsa esta área de negócio. Recentemente, o grupo agora liderado por Cláudia Azevedo mudou o nome da Sonae Investimentos, onde está a Modelo Continente Hipermercados, para Sonae MC, visando precisamente colocar a subsidiária de retalho alimentar em bolsa.

No top 10 de maiores empregadoras, mas com um número de trabalhadores bastante menor, figura ainda outra retalhista: a Auchan Portugal. A dona dos supermercados da marca Jumbo possui 8.143 funcionários.

Distribuição setorial do top 10 das maiores empregadoras

Fonte: Informa D&B

Conjuntamente, estas três retalhistas empregam perto de 58 mil pessoas. Ou seja, mais de 40% face aos quase 134 mil postos de trabalho disponibilizados pelas dez empresas privadas mais empregadoras.

Os recursos humanos são outra das áreas onde há empresas com maior número de trabalhadores, destacando-se em especial o trabalho temporário. A Randstad Recursos Humanos é a terceira maior empresa privada em termos do número de trabalhadores. A empresa de trabalho temporário tem associados 15.080 trabalhadores. A Kelly Services, outra empresa de trabalho temporário, tem inscritos 12.644 trabalhadores, número que a torna na sexta maior empregadora entre as empresas privadas.

Fora destas duas áreas de atividade, referência para os CTT que, com 12.787 trabalhadores, são o quarto maior empregador privado. Também a MEO e a Caixa Geral de Depósitos figuram no top 10, com 8.257 e 7.689 trabalhadores, cada.

Quanto custa produzir uma bola de Berlim? Os portugueses bebem muita cerveja? Quanto ganha um motorista da Uber? E um presidente de junta? A quem é que Portugal deve mais dinheiro? 31 dias e 31 perguntas. Durante o verão, o ECO preparou a “Sabia que…”, uma rubrica diária para dar 31 respostas.

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Tesla sai de bolsa? Afinal, investidores sauditas estão de olho… na fabricante rival

Os investidores sauditas que Elon Musk identificou como potenciais financiadores da operação de saída de bolsa da Tesla estão em negociações com uma empresa rival, a Lucid Motors.

Afinal, os investidores sauditas que Elon Musk tinha identificado como potenciais financiadores da operação de saída de bolsa da Telsa têm os olhos postos numa empresa rival. Segundo a Reuters, o fundo soberano da Arábia Saudita está em conversações com a Lucid Motors, uma fabricante de automóveis elétricos fundada em 2007.

Lucid Motors ainda não começou a produção automóvel.Lucid Motors

Depois de ter feito os mercados tremer com o anúncio de que está a ponderar retirar a Tesla de bolsa e de ter assegurado que o financiamento dessa operação está garantido, Elon Musk veio explicar, na semana passada, que os sauditas estão, há muito, interessados em apoiar essa transação. Aliás, de acordo com o diretor executivo, várias foram as ocasiões em que os responsáveis pelo fundo soberano em causa abordaram a Telsa nesse sentido.

Parece, no entanto, que a Tesla não é o único alvo de interesse dos sauditas, cuja vontade é diversificar o seu portefólio de investimentos face ao futuro negro que se adivinha para o seu principal recurso energético, o petróleo.

“Obviamente, o fundo soberano saudita tem mais do que capital suficiente para executar tal transação”, escreveu Elon Musk, na nota divulgada, na segunda-feira. Ainda que o fundo detenha, de facto, ativos avaliados em 250 mil milhões de dólares, isto é, 218,5 mil milhões de euros, um negócio com a Lucid Motors pode ser mais adequado aos recursos que os investidores têm atualmente disponíveis (isto, depois de os sauditas já terem fechado “compromissos substanciais” com algumas gigantes tecnológicas).

De acordo com as fontes citadas pela Reuters, em cima da mesa está um investimento na ordem dos mil milhões de dólares (874 milhões de euros) pela aquisição da participação maioritária da rival da Tesla, que compara com os 72 mil milhões de dólares (62,9 mil milhões de euros) necessários para financiar a saída de bolsa da empresa de Musk.

Fundada em 2007 na Califórnia, a Lucid Motors foi criada por Bernard Tse — antigo vice-presidente da Tesla e ex-membro do conselho de administração — e Sam Weng. Até ao momento, a fabricante não começou a comercialização de veículos, embora tenha revelado, em 2016, um protótipo cujo início da produção está marcado para o fim deste ano.

Do outro lado da questão, está, claro, a Tesla. Fundada em 2003 por Martin Eberhard e Marc Tarpenning, a fabricante é atualmente liderada por Elon Musk. Apesar de estar num estado empresarial mais avançado do que a Lucid Motors — já tem três modelos no mercado — os investidores não estão propriamente contentes face aos sucessivos atrasos na produção do Tesla Model 3.

Aliás, face a esta crescente pressão, Elon Musk admitiu que o último ano foi o mais complicado da sua carreira. Ao The New York Times, o empreendedor disse mesmo estar “exausto”.

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António Costa felicita primeiro-ministro grego por fim de resgates

  • Lusa
  • 20 Agosto 2018

“Parabéns ao povo grego e ao primeiro-ministro Aléxis Tsípras pela conclusão do programa de apoio à estabilidade”, escreve o chefe de Governo numa mensagem hoje publicada no Twitter.

O primeiro-ministro português, António Costa, felicitou hoje o seu homólogo grego pelo fim dos programas de assistência à Grécia, defendendo a reforma da zona euro como a “única via sustentável” para evitar futuras crises económicas. “Parabéns ao povo grego e ao primeiro-ministro Aléxis Tsípras pela conclusão do programa de apoio à estabilidade”, pode ler-se na mensagem de Costa publicada hoje no Twitter.

Na publicação, António Costa defende que a Europa deve “continuar a trabalhar para a reforma da zona euro enquanto única via sustentável para promover a convergência real e prevenir futuras crises económicas e financeiras na União Europeia”.

A Grécia concretiza hoje a saída do seu terceiro programa de assistência, numa data histórica para o país e para a zona euro, que vira a página sobre oito anos de resgates.

A Grécia, o país europeu mais atingido pela crise económica e financeira, foi o primeiro e último a pedir assistência financeira – e o único “reincidente” –, e a conclusão do seu terceiro programa assinala também o fim do ciclo de resgates a países do euro iniciado em 2010, e que abrangeu também Portugal (2011-2014), Irlanda, Espanha e Chipre.

Face às características únicas da (tripla) assistência prestada ao país, e às fragilidades que a sua economia ainda revela, a Grécia será agora alvo de uma “vigilância pós-programa reforçada”, com missões de três em três meses, para garantir que Atenas prossegue, nesta nova era pós-resgates, uma “política orçamental prudente”.

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CTT aceleram. Bolsa de Lisboa já sobe quase 1%

A bolsa nacional está a acentuar ganhos. Depois de um arranque tímido, avança já quase 1%, beneficiando da forte subida das ações dos CTT. BCP também está em destaque.

Os CTT voltam a brilhar em bolsa. As ações da empresa de correios estão a registar uma forte valorização, depois do reforço da posição da GreenWood no seu capital. A subida expressiva está a ajudar a bolsa portuguesa a reforçar ganhos, somando já quase 1% numa sessão que está a ser positiva também para o BCP.

Os títulos da empresa liderada por Francisco de Lacerda somam 2,53% para os 3,318 euros, tocando assim máximos de março. Esta valorização segue-se a uma ligeira descida na última sessão da semana passada, dia em que a GreenWood revelou que elevou para mais de 5% a sua posição no capital dos CTT.

CTT brilham em bolsa

Com esta subida, a empresa de correios destaca-se em Lisboa — ainda que a maior subida pertença à Mota-Engil, que soma 3,42% –, ajudando o PSI-20 a acentuar os ganhos. O índice de referência da praça nacional arrancou a sessão a ganhar 0,14%, mas soma já 0,92% para 5.511,25 pontos, seguindo a tendência das restantes bolsas da Europa.

A ajudar o índice nacional está o BCP. As ações do banco somam 1,28% para 25,35 cêntimos, isto depois de a Sonangol ter afirmado que a sua posição no capital da instituição é para manter.

Destaque também para a Semapa e a Navigator, que estão a registar ganhos acentuados de 1,63% e 1,01%. Chegaram a cair no arranque da sessão, após a morte de Pedro Queiroz Pereira.

A puxar pelo índice estão também a Jerónimo Martins e a Sonae, isto num dia de ganhos para o setor energético. A Galp Energia soma 0,83%, enquanto a EDP e a EDP Renováveis avançam 0,56% e 0,51%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 9h51 com mais informação)

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Revista de imprensa internacional

Enquanto a Pepsi compra a Sodastream, a Arábia Saudita está de olho na rival da Tesla. E na Colômbia vão ser utilizados drones para destruir plantações de cocaína

A PepsiCo vai pagar mais de três mil milhões de dólares para comprar uma empresa israelita que dá gás às bebidas, enquanto o fundo soberano da Arábia Saudita está em negociações para investir numa aspirante a rival da Tesla. Dos automóveis para os drones, é notícia que a Colômbia está a testar a utilização destes aparelhos para destruir plantações de cocaína.

Bloomberg

PepsiCo compra Sodastream por 3,2 mil milhões de dólares

A Pepsi acordou comprar a israelita SodaStream, uma marca de produção caseira de bebidas gaseificadas. A aquisição, no valor de 3,2 mil milhões de dólares, o equivalente a 2,8 mil milhões de euros, vai ser realizada em dinheiro na sua totalidade. O negócio já foi aprovado por unanimidade entre os conselhos de ambas as empresas, mas ainda está dependente de outras aprovações, nomeadamente sujeito ao votos dos acionistas da SodaStream. As negociações deverão estar concluídas em janeiro de 2019. Leia a notícia completa em Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Primeiro-ministro da Malásia diz esperar que China entenda crise fiscal no país

Em Pequim, o primeiro-ministro da Malásia afirmou esta segunda-feira que espera que a China entenda os problemas fiscais do seu país, após ter suspendido projetos avaliados em milhares de milhões de dólares apoiados pela liderança chinesa. Numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, Mahathir Mohamad disse que a Malásia está a lidar com uma dívida gigante e com outros problemas económicos deixados por anteriores administrações. Leia a notícia completa em Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

U.S. News

Voto do Brexit poderia, “em teoria”, ser revertido, diz Pierre Moscovici

Questionado sobre se o voto do Brexit poderia ou não ser revertido, o comissário europeu para Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, disse que, “em teoria”, sim. “Cabe aos próprios britânicos decidirem se querem ficar ou não, e como é que eles farão isso”, acrescentou. No entanto, Moscovici relembrou que a probabilidade de o Brexit concretizar-se é “muito forte porque houve um voto do povo, um referendo…”. Leia a notícia completa em U.S. News (acesso livre, conteúdo em inglês).

Wall Street Journal

Colômbia testa drones para destruir plantas de cocaína

Com as plantações de droga a crescer no país, a polícia colombiana está a testar drones que têm como função destruir a folha da planta coca usada para produzir cocaína. Ao mesmo tempo que faz esta “limpeza”, a Colômbia está a ganhar o apoio de funcionários do Governo de Trump, preocupados com a grande capacidade de o país latino fornecer drogas aos americanos. Leia a notícia completa em Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

PIF da Arábia Saudita em negociações para investir na aspirante rival da Tesla

O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF, na sigla inglesa), que Elon Musk, o CEO da Tesla Inc., disse que ajudaria a financiar, está em conversações para investir na Lucid Motores Inc, a empresa americana que quer competir com a fabricante de automóveis elétricos de Silicon Valley. Leia a notícia completa em Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Marina do Parque das Nações fica para o Estado

  • ECO
  • 20 Agosto 2018

Com a concretização da dissolução e liquidação da Parque Expo'98, o património da holding vai passar para as mãos do Estado. A Câmara de Lisboa vai receber assim 11 prédios.

Com a extinção da Parque Expo’98, o património da holding vai passar para as mãos do Estado, sendo dividido entre o poder central e local. De acordo com o Diário de Notícias, a Câmara de Lisboa irá assim ficar com a posse de 11 desses prédios e o Estado receberá os restantes 37, bem como a Marina e o teleférico do Parque das Nações.

Recorde-se que a extinção desta holding remonta a 2011, ano em que a então ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território aprovou a privatização do Pavilhão Atlântico e anunciou que o Oceanário de Lisboa se manteria no domínio público por ser “autossustentável”. Na altura, Assunção Cristas ainda ponderou privatizar a Marina do Parque das Nações, mas tal acabou por não acontecer.

É nesse quadro que ocorre agora a transmissão desse património para o Estado, concretizando-se, por fim, o processo de dissolução e de liquidação da sociedade Parque Expo’98. De notar que, apesar do município liderado por Medina ficar com a posse de 11 prédios, se decidir alugar ou vender esses imóveis, metade das receitas terão de ir para os cofres públicos.

“Aproveita-se a oportunidade para regularizar responsabilidades da sociedade perante o Município de Lisboa, no contexto da transmissão para este de património relevante para o exercício das atribuições e competências de gestão do espaço urbano”, lê-se no decreto-lei publicado em Diário da República, na sexta-feira.

Além disso, todas as relações jurídicas contratuais e processuais relativas à Parque Expo’98 — com exceção do património transferido para a Câmara de Lisboa — passam a ser responsabilidade da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

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“Hoje é um dia especial para a Grécia”. Centeno celebra fim do resgate

Centeno diz que hoje é "um dia especial" para a Grécia. A saída do seu terceiro programa de assistência marca "uma nova realidade", em que os gregos voltam a ter o controlo.

O presidente do Eurogrupo e também ministro das Finanças português, Mário Centeno, diz que esta segunda-feira é o dia em que “a Grécia regressa ao normal”, dando as boas vindas ao país que enfrenta, a partir de hoje, “uma nova realidade”.

Centeno partilhou na sua conta oficial de Twitter um vídeo em que anuncia o fim do calvário grego. Oito anos depois do primeiro pedido de ajuda, a Grécia finalmente saiu do seu terceiro programa de assistência e volta agora a mandar nos seus destinos. “Hoje é um dia especial para a Grécia”, afirma o presidente do Eurogrupo no vídeo publicado esta manhã no site do Conselho Europeu.

“Hoje, [a Grécia] retomou o crescimento económico. Estão a ser criados novos empregos, há um superávit fiscal e comercial e a economia foi reformada e modernizada”, refere Centeno.

O ministro das Finanças português lembrou, ainda, que o país liderado por Prokópis Pavlópoulos voltou a ter o controlo, tomando agora as suas próprias decisões, mas alerta que “com o controlo vem a responsabilidade”.

A Grécia foi o país mais atingido pela crise económica e financeira, foi o primeiro e o último a pedir ajuda financeira. O primeiro resgate aconteceu em maio de 2010 e foi de 110 mil milhões de euros. Em março de 2012 foi aprovado o segundo resgate de 130 mil milhões de euros e, finalmente, em agosto de 2015, e já com Varoufakis afastado do governo de Tsipras, foi alcançado um acordo entre Atenas e os seus credores para um terceiro e derradeiro programa de assistência, num montante máximo de 86 mil milhões de euros.

Chega agora ao fim esta odisseia grega, que põe fim aos oito anos de resgate.

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