EDP Renováveis vai vender energia nos EUA com novo projeto solar

  • Marta Santos Silva
  • 6 Abril 2018

A empresa portuguesa vai vender energia no estado norte-americano do Indiana, tendo assinado um contrato de 20 anos com a Hoosier Energy Rural Electric Cooperative.

A EDP Renováveis assinou um contrato para venda de energia por 20 anos com uma empresa do estado norte-americano do Indiana, a partir do seu projeto de energia solar Riverstart. O contrato é de venda de energia produzida por 200 megawatts.

O projeto Riverstart, localizado no Indiana, no interior nordeste dos Estados Unidos, deverá começar as operações em 2022. Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que o contrato com a Hoosier Energy Rural Electric Cooperative serve para expandir “a sua presença nos EUA, executando ao mesmo tempo a sua estratégia de crescimento baseada no desenvolvimento de projetos competitivos com visibilidade de longo prazo”.

Esta sexta-feira, a EDP Renováveis contrariava a tendência vermelha da bolsa lisboeta, com uma abertura a ganhar 0,12% para chegar aos 8,05 euros. A abertura positiva acontece no final de uma semana em que as ações da empresa atingiram o seu valor máximo em dez anos de bolsa, superior aos oito euros da sua Oferta Pública de Venda no início de junho de 2008.

Tal acontece também depois de o diretor financeiro da EDP, Nuno Alves, ter admitido numa entrevista à Bloomberg que a empresa liderada por António Mexia não desistiu de assumir o controlo de 100% do capital da EDP Renováveis. O responsável da elétrica disse que o objetivo era alcançar essa meta até 2020. “Tornou-se um negócio tão importante que queremos ter a maioria, se não mesmo 100%, dessas empresas”, afirmou Nuno Alves, em meados de março.

Evolução das cotações da EDP Renováveis

Fonte: Reuters.

Desde o início do ano, as ações da EDP Renováveis já valorizaram 15,5%, graças às mudanças que se têm verificado no setor energético.

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Guerra comercial volta a arrastar as bolsas para as perdas. Lisboa desvaloriza quase 0,5%

No dia em que Trump admite mais taxas aos produtos importados da China, a Europa reagiu e arrancou nas perdas. Lisboa não resistiu e acompanhou a tendência.

A bolsa de Lisboa arrancou a última sessão da semana a desvalorizar quase 0,5%, contrariando as subidas de mais de 2% registadas no dia anterior. Na Europa o sentimento é semelhante, com os investidores a mostrarem-se preocupados com o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos, no dia em que Donald Trump anunciou novas tarifas a produtos importados de Pequim. Por cá, destaque para o banco liderado por Nuno Amado, que segue a cair mais de 1%, e para as cotadas energéticas que abriram a valorizar.

O PSI-20 abriu a cair 0,39% para 5.464,3 pontos, contrariando a tendência da sessão anterior, em que fechou a valorizar mais de 2%. Nas restantes praças europeias o sentimento também não é positivo: o Stoxx-600 recua 0,51% para os 374,23 pontos, assim como o espanhol Ibex-35 que cai 0,64% para os 9.679,4 pontos. Em Paris, o CAC-40 desvaloriza 0,43% para os 5.253,92 pontos e o italiano FTSE recua 0,16% para os 22.932,41 pontos.

Estas quedas acentuadas acontecem no dia em que o presidente norte-americano admitiu cobrar novas taxas a produtos importados da China, cujo volume ascende a 100 mil milhões de dólares. Pequim não tardou a afirmar que irá responder “na mesma moeda”. Desta forma, os investidores voltam a estar menos confiantes e mais preocupados com uma possível guerra comercial entre os dois países.

A pesar no desempenho do principal índice bolsista nacional estiveram as quedas de 1,01% do BCP, cujos títulos cotam a 0,2741 euros, e ainda da Jerónimo Martins, que recua 1,24% para os 14,71 euros.

A Galp segue a cair 0,88% para os 15,84 euros, num dia em que o barril de Brent desce para os 67,92 dólares. A maior queda desta abertura pertence à Mota-Engil, cujos títulos recuam 1,50% para os 3,2850 euros.

De entre as 18 cotadas nacionais, apenas seis abriram esta sessão em terreno positivo e duas mantiveram-se inalteradas. A registarem ganhos esteve o setor energético, com a EDP a valorizar 0,48% para os 3,121 euros, um dia depois de António Mexia ter sido aprovado com uma maioria de 99,7% para liderar a elétrica. A EDP Renováveis avança 0,12% para os 8,05 euros, assim como a REN que ganha 0,16% para os 2,526 euros.

Depois de, na sessão anterior, ter sido a única cotada a fechar com perdas, a Semapa recupera e arranca último dia da semana com a maior valorização nacional: valoriza 0,84% para os 19,1 euros.

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Investidor chinês indicado ao Montepio pelo Governo

  • ECO
  • 6 Abril 2018

A empresa chinesa que comprou 60% da Montepio Seguros chegou à Associação Mutualista pelo gabinete do primeiro-ministro, que encaminhou uma proposta, garantiu Tomás Correia.

Foi o Governo que encaminhou para o Montepio a proposta do investidor chinês que compraria, no ano passado, 60% da Montepio Seguros, segundo revela esta sexta-feira o Público com base na ata dessa reunião, onde António Tomás Correia o garante.

O presidente da Associação Mutualista explicou, nessa reunião de 19 de setembro com o Conselho Geral, que o gabinete do primeiro-ministro fez chegar à associação “uma proposta” de “encetar conversações” para uma parceria “nas áreas dos seguros e da banca”. A proposta era do grupo chinês CEFC-China Energy Company Limited, que comprou 60% da Montepio Seguros, e chegou depois da visita de António Costa à China no final de 2016.

O Público escreve que Tomás Correia afirmou que a seguradora Lusitânia ia continuar a funcionar como habitualmente sem qualquer acordo de cooperação que visasse a utilização de um canal bancário”, aconselhando que se considere a hipótese de negócio com os chineses. A empresa CEFC quereria “instalar um centro financeiro na Europa, sedeado em Portugal, entrando a CEFC com capital na Lusitânia”.

Fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro referiu que este “recebeu no ano passado uma delegação do grupo CEFC que transmitiu o interesse empresarial de investir em Portugal”, mas que “não foi abordado o tema Montepio Geral”.

Entretanto, já esta manhã, o gabinete do Primeiro-ministro enviou uma mensagem às redações na qual desmente a notícia avançada pelo jornal. “Desmente-se formal e cabalmente a manchete de hoje do diário Público, conforme esclarecimento já ontem prestado ao respetivo jornal”, pode ler-se.

Notícia atualizada às 11h06 com reação do gabinete de António Costa.

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Guterres: Protecionismo não é resposta aos problemas de hoje

  • Lusa
  • 6 Abril 2018

O secretário-geral das Nações Unidas defendeu que "não se podem resolver os problemas globais país a país" e que esses precisam de "respostas globais".

O secretário-geral das Nações Unidas defendeu, numa entrevista a meios de comunicação chineses, que “a resposta aos problemas de hoje não é protecionismo, não é isolacionismo“, foi esta sexta-feira noticiado.

Acredito firmemente no multilateralismo, como forma de tratar os problemas globais. Não se podem resolver os problemas globais país a país“, declarou António Guterres, de acordo com um vídeo da entrevista divulgado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. “Os problemas globais precisam de ter respostas globais e as respostas globais só podem ser implementadas através de estruturas multilaterais”, respondeu Guterres, quando questionado sobre o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos.

A China e os Estados Unidos envolveram-se numa disputa comercial, depois de Washington ter divulgado uma lista de importações chinesas às quais era proposto aplicar taxas alfandegárias, como resposta à “transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana”. Pequim retaliou com a imposição de medidas idênticas a produtos norte-americanos.

Acredito sinceramente no livre comércio”, declarou secretário-geral da ONU, acrescentando que o livre comércio é um contribuinte muito importante para a prosperidade global. O ex-primeiro-ministro português advertiu, no entanto, que existem “perdedores na globalização, vítimas da globalização, as desigualdades cresceram e muitas pessoas foram deixadas para trás”.

De domingo a quarta-feira próximos, o secretário-geral da ONU participa no Fórum Boao, conhecido como o “Davos asiático”, na cidade chinesa de Boao, na ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país. Este ano, o tema é “uma Ásia aberta e inovadora para um mundo próspero” e o destaque vai para o processo de reforma e abertura económica adotado pela China há 40 anos, e que permitiu ao país converter-se na segunda maior economia do mundo. O secretário-geral da ONU deverá reunir-se com Presidente da China, Xi Jinping, que fará o discurso de inauguração.

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Hoje nas notícias: Montepio, EDP e IRS

  • ECO
  • 6 Abril 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo foi o primeiro responsável pela entrada de capital chinês no Montepio é uma das manchetes dos jornais nacionais desta sexta-feira. Em destaque também está a entrada de 15 mil pedidos de levantamento de sigilo bancário no Banco de Portugal.

Governo encaminhou investidor chinês para o Montepio

O Gabinete e António Costa terá sido o responsável por “encaminhar” a proposta da CEFC para a entrada do investidor chinês no Montepio. A garantia foi dada por Tomás Correia, líder da Associação Mutualista, numa reunião do conselho geral da empresa. Essas declarações estão transcritas em ata, escreve ainda o Público. Leia a notícia completa aqui (acesso condicionado).

Universidade de Évora sob suspeita

A Universidade de Évora é suspeita de falsear análises a derrame de petróleo, escreve esta sexta-feira o Jornal de Notícias. O laboratório de Évora, financiado pelo Governo, analisou o acidente ambiental e concluiu que não houve crime. No entanto, quando o Ministério Público pediu o mesmo teste ao Instituto Hidrográfico, o resultado foi o oposto. Leia a notícia completa no JN (acesso gratuito).

BdP recebeu mais de 15 mil pedidos para levantamento de sigilo bancários

Durante os últimos três anos, o Banco de Portugal recebeu mais de 15 mil pedidos de informação sobre contas suspeitas, para levantamento de sigilo bancário. Os pedidos foram remetidos “por entidades oficiais”. Quanto aos anos anteriores, a instituição bancária não quis revelar mais dados. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso condicionado).

Mexia não vai deixar “modificar o destino” da EDP

Durante a reunião anual de acionistas, António Mexia falou sobre as tensões que envolvem a energética e a ERSE, assegurando que não vai permitir que “ninguém possa modificar o destino” da EDP. Acrescentou ainda que a empresa “cumpre todas as regras, sejam elas de natureza concorrencial, regulatória ou legal”. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios.

“Contribuintes deveriam esperar duas a três semanas para fazerem a entrega” do IRS

Duas semanas depois de ter começado a entrega das declarações do IRS, Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, aconselha os contribuintes a aguardarem entre duas a três semanas antes da entrega para, deste modo, serem evitadas falhas ou erros. Neste período de tempo, já foram mais de 600 mil os portugueses a entregarem o IRS. Leia a notícia completa no Jornal I.

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Trump pondera aplicar mais taxas a produtos chineses

  • Lusa
  • 6 Abril 2018

Presidente norte-americano anunciou que pondera impor novas taxas no valor de 81,6 mil milhões de euros, como retaliação à retaliação anunciada por Pequim.

O Presidente dos Estados Unidos anunciou estar a considerar impor novas taxas, no valor de 81,6 mil milhões de euros, sobre produtos chineses, como retaliação às tarifas anunciadas por Pequim.

“As práticas ilícitas de comércio da China, ignoradas durante anos por Washington, destruíram milhares de fábricas americanas e milhões de empregos americanos” afirmou, na quinta-feira, Donald Trump.

A Casa Branca anunciou, depois do fecho dos mercados na quinta-feira, que Trump perguntou à representação dos EUA para o comércio internacional (USTR, na sigla em inglês) se a imposição de mais 100 mil milhões de dólares (81,6 mil milhões de euros) em tarifas seria apropriada e, se assim for, que se identifiquem os produtos a serem taxados.

Este anúncio, mais um episódio da guerra comercial entre os dois países, surge como um contra-ataque à China, que declarou a imposição de taxas alfandegárias a produtos norte-americanos, num valor aproximado de 50 mil milhões de dólares (41 mil milhões de euros).

Por sua vez, a medida das autoridades de Pequim foi também uma retaliação aos Estados Unidos por terem, no início da semana, imposto taxas aduaneiras, em igual valor. Assim, cerca de 250 produtos norte-americanos, como soja, milho, carne, sumo de laranja, tabaco, automóveis ou certos tipos de aeronaves, entre outros, foram taxados pela China.

A China e os Estados Unidos envolveram-se numa disputa comercial depois de a USTR divulgar uma lista de importações chinesas às quais era proposto aplicar taxas alfandegárias, como retaliação pela “transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana”.

A lista incluia 1.300 produtos de vários setores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou ainda robótica e máquinas, com um valor aproximado de 50 mil milhões de dólares.

A China apresentou já uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às taxas impostas por Washington sobre importações de um conjunto de produtos chineses.

“A China pediu a abertura de consultas com os Estados Unidos, no quadro do mecanismo de regulamento de diferendos da OMC relativamente às taxas alfandegárias dos Estados Unidos que visam um conjunto de produtos chineses”, referiu, em comunicado, a organização que regula o comércio mundial.

O confronto entre as duas grandes potências reflete a tensão entre as promessas de Trump em reduzir o défice comercial norte-americano com a China (cerca de 375 mil milhões de euros) e as ambições comerciais de Pequim.

China preparada para a combater os EUA “a qualquer preço”

As autoridades chinesas afirmaram esta sexta-feira estarem preparadas para combater os Estados Unidos “a qualquer preço”, como resposta à possibilidade de os Estados Unidos imporem novas taxas aduaneiras, no valor de 81,6 mil milhões de euros, sobre produtos chineses.

“Se os Estados Unidos persistirem neste comportamento de unilateralismo e protecionismo comercial, ignorando a oposição da China e da comunidade internacional, a China continuará a qualquer preço contra-atacar com força”, ameaçou o Ministério do Comércio chinês em comunicado.

"Se os Estados Unidos persistirem neste comportamento de unilateralismo e protecionismo comercial, ignorando a oposição da China e da comunidade internacional, a China continuará a qualquer preço contra-atacar com força.”

Ministério do Comércio chinês

A China apresentou já uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às taxas impostas por Washington sobre importações de um conjunto de produtos chineses. “A China pediu a abertura de consultas com os Estados Unidos, no quadro do mecanismo de regulamento de diferendos da OMC relativamente às taxas alfandegárias dos Estados Unidos que visam um conjunto de produtos chineses”, referiu, em comunicado, a organização que regula o comércio mundial.

As ameaças feitas hoje por Pequim surgem como consequência do anúncio por parte do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estar a considerar impor novas taxas, no valor de 81,6 mil milhões de euros, sobre produtos chineses, como retaliação às tarifas anunciadas por Pequim.

A Casa Branca anunciou, depois do fecho dos mercados na quinta-feira, que Trump perguntou à representação dos EUA para o comércio internacional se a imposição de mais 100 mil milhões de dólares (81,6 mil milhões de euros) em tarifas seria apropriada e, se assim for, que se identifiquem os produtos a serem taxados.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Parlamento recebe o ministro da Cultura, o Banco de Portugal e discute a fidelização dos contratos de telecomunicações. E Centeno apresenta o Programa de Estabilidade aos parceiros sociais.

A uma semana de ter de apresentar o documento no Parlamento, Mário Centeno vai à Concertação Social para apresentar o Programa de Estabilidade 2018-2021 que deverá conter uma meta para o défice de 0,7% em 2018. Já para 2019, o Executivo está a apontar para um défice de apenas 0,2%. Na Assembleia da República há três momentos altos: o ministro da Cultura vai esclarecer a polémica do financiamento, o Banco de Portugal dará a sua opinião sobre a Euribor negativa e o BE e o PAN apresentam propostas para diminuir o período de fidelização nos contratos de telecomunicações.

Centeno apresenta Programa de Estabilidade 2018-2021 aos parceiros sociais

O ministro das Finanças, Mário Centeno, junta-se ao ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, na reunião plenária da Comissão Permanente da Concertação Social para apresentar o Programa de Estabilidade 2018-2021 a poucos dias de o ter de apresentar na Assembleia da República. Como o ECO avançou esta quinta-feira, o Governo prepara-se para rever em baixa o défice de 2018 de 1,1% fixados no OE2018 para 0,7%, depois de o INE ter anunciado que o défice caiu para 0,9% em 2017. E quer chegar ao fim da legislatura com um défice de quase zero.

Ministro da Cultura esclarece polémica no Parlamento

É o assunto da semana: o “subfinanciamento” estatal na área das artes e da cultura. O ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, foi chamado à Assembleia da República para esclarecer os deputados sobre o novo modelo de financiamento das entidades culturais que mereceu críticas do setor. O debate marcado pelo CDS tem como tema os “problemas na área da cultura”. Esta quinta-feira António Costa anunciou um aumento de 2,2 milhões de euros para este financiamento e referiu que serão abrangidas pelos apoios mais 43 entidades.

 

 

Euribor negativa? Banco de Portugal pronuncia-se no Parlamento

A pedido do PSD, o Banco de Portugal voltará ao Parlamento para se pronunciar sobre a criação de um desconto de juros que possa ser usado quando as taxas voltarem a subir. A audição acontece depois de o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda terem chegado a acordo numa proposta que visa obrigar os bancos a refletirem integralmente as taxas Euribor negativas nos empréstimos à habitação. A vice-presidente do BdP, Elisa Ferreira, e a diretora do Departamento de Supervisão Comportamental, Lúcia Leitão, vão representar o banco central no dia em que Carlos Costa recebe o homólogo espanhol, Luis Linde.

Período de fidelização nos contratos das telecomunicações mais curto?

O BE e o PAN vão apresentar propostas de alteração à lei das comunicações eletrónicas para reduzir os prazos máximos de fidelização dos serviços de telecomunicações dos atuais 24 meses para 12 no caso do Bloco e seis meses no caso do PAN. O PS, em nome de um amplo consenso político, defende que todos os diplomas para limitar os contratos de fidelização de clientes de telecomunicações baixem diretamente a especialidade sem votação na generalidade. As operadoras, por seu lado, estão contra qualquer alteração. Dizem que as fidelizações “favorecem os clientes”.

Sonae Indústria explica resultados de um “ano triste”

A Sonae Indústria vai explicar as contas do ano passado. A empresa fundada por Belmiro de Azevedo voltou a registar lucros. Fechou o ano com um resultado líquido de 15,3 milhões de euros, um crescimento de 38,7% face ao exercício anterior que, ainda assim, ficou aquém do estimado pelos analistas do CaixaBI. Foi um ano positivo nos principais negócios, num “ano em que vivemos dois eventos marcantes que deixaram tristeza nas nossas mentes e corações: o falecimento de Belmiro de Azevedo, meu pai e fundador da Sonae Indústria; e a lamentável tragédia ocorrida em duas das nossas fábricas, em Portugal, devido aos incêndios florestais”, diz Paulo Azevedo.

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Mudança à vista. Partidos atacam fidelizações das operadoras

Os deputados discutem hoje propostas para limitar a um ano os prazos de fidelização dos clientes. Assunto volta à agenda política. E há consenso: é preciso mais discussão antes de qualquer alteração.

O debate em torno dos períodos de fidelização nas telecomunicações está de volta. São várias as propostas, dos diversos grupos parlamentares, que pretendem reforçar os direitos dos cidadãos num setor em crescimento. Mas está longe de ser certo que saia alguma alteração concreta. O PS já disse que deverá pedir que as propostas desçam à especialidade sem votação e, ao ECO, o PSD deixou margem para fazer o mesmo, se os restantes partidos concordarem. Ainda assim, parece haver consenso político de que algo terá de mudar.

O que está em causa? Em 2016, foram feitas alterações à lei, pelas quais as operadoras de telecomunicações passaram a ter de oferecer pacotes sem fidelização obrigatória. Mais de um ano depois, a ideia geral entre os partidos é a de que as alterações não foram suficientes para colmatar os problemas que se propuseram a resolver.

Os pacotes de telecomunicações sem fidelização, ou com períodos de fidelização mais baixos (como seis ou 12 meses), implicam o pagamento de custos que chegam, na maioria das vezes, aos três dígitos. Como resultado, poucos clientes optam por eles: só 9% não têm este vínculo obrigatório, revelou esta semana o Jornal de Notícias [acesso pago].

São cinco as propostas de alteração em debate esta sexta-feira. O PS pretende criar uma ficha de informação simplificada para que os consumidores tenham informação mais simples e clara antes de subscreverem um serviço de telecomunicações. É, segundo disse o deputado Carlos Pereira ao ECO, a “matéria mais evidente” e aquela que o PS considera ser o ponto de partida, numa discussão mais ampla que terá de ser feita à volta deste assunto. A ideia é criar uma ficha como já existe, por exemplo, no setor da banca. Certo é que essa ideia também já está a ser trabalhada pela Anacom, em conjunto com as empresas do setor, no âmbito de um grupo de trabalho mais alargado do qual faz também parte a Deco, apurou o ECO.

As restantes quatro propostas são, na visão de Carlos Pereira, “oportunas” e “relevantes” — ainda que o objetivo, para já, seja o de pedir para que desça tudo à comissão especializada, como foi noticiado na quinta-feira. Versam, sobretudo, sobre novas limitações aos períodos de fidelização. Essencialmente, do lado do BE, a intenção é proibir os atuais contratos de fidelização por dois anos e limitá-los a um período de 12 meses. Já o PEV apresentou uma proposta para que estes contratos não possam ter uma fidelização superior a seis meses, prevendo um período de mais seis meses mediante algumas exceções. A natureza da proposta é semelhante à do PAN. Quanto ao PSD, tenciona corrigir “incongruências” que existem na atual lei.

Persistem reclamações dos consumidores relativamente aos efeitos das cláusulas de fidelização.

Partido Socialista

Projeto de resolução

Custo de rescisão é “absurdo”, defende a Deco

Contudo, os prazos dos contratos não são a questão essencial na visão da Deco. O ECO contactou Luís Pisco, da associação de defesa do consumidor, que tem vindo a participar nesta discussão. Apesar de admitir que as alterações feitas em 2016 “não foram suficientes porque os problemas de fundo mantiveram-se”, o jurista diz que “os consumidores continuam a encontrar obstáculos gravíssimos para mudar de operador, quando pretendem sair de um operador para outro operador por considerarem que já não é a melhor oferta. Têm de pagar um valor absurdo a esse mesmo operador e, de facto, as ofertas sem fidelização são o que chamamos de ofertas fantasma, uma vez que são tão absurdamente caras que ninguém as escolhe.”

Desta forma, para a Deco, “independentemente da discussão da redução do prazo para 12 ou seis meses, o mais importante é discutir a forma como é calculada a compensação a pagar pelo cliente”, afirmou Luís Pisco. E sublinhou: “O argumento dos operadores é que há um investimento no cliente, o que justifica um prazo mais longo para recuperar o investimento que foi feito e os custos com esse mesmo cliente. Mas, se pedir esses dados aos operadores, eles não os dão. Ou seja, não sabemos se o investimento que o operador faz num cliente custa 200 euros ou custa dois euros. Até porque isto varia de cliente para cliente.”

Para ilustrar possíveis soluções para o “problema” dos custos de rescisão, o profissional da Deco apontou para o que acontece noutros países. “Em França, não existe prazo de fidelização. Existe uma taxa de rescisão. Salvo erro, são 49 euros. Qualquer cliente que queira sair de um operador dentro da fidelização para outro operador, paga aquela taxa de valor fixo e sai. Na Bélgica, o período máximo de fidelização é de 24 meses, mas há a possibilidade de saída sem penalização ao final de seis meses, desde que seja pago um valor residual.” Questionado sobre se novas limitações nos períodos de fidelização não farão o custo passar para o consumidor final, Luís Pisco disse acreditar que não.

Em França, não existe prazo de fidelização. Existe uma taxa de rescisão. Salvo erro, são 49 euros.

Luís Pisco

Jurista da Deco

Durante a manhã desta quinta-feira, o deputado José Luís Ferreira, do PEV, participou no “Fórum TSF” onde, além de defender que um período de fidelização de 24 meses “é um exagero”, acusou as operadoras de refletirem, no custo de rescisão, as prestações que o cliente “teria de pagar até ao fim do período de fidelização”. No mesmo espaço, emitido pela rádio TSF, o deputado André Silva, do PAN, salientou que o que acontece em Portugal “é uma situação ímpar que constitui um abuso por parte das operadoras.”

Ao ECO, o deputado do PSD Joel Sá explicou também que o partido apresentou uma proposta para resolver “incongruências” que existem na lei em vigor, criadas por artigos que foram aprovados a pedido de outros partidos no passado. Os social-democratas pretendem, assim, proceder à “uniformização do termo jurídico” que abriru a porta a alguns “abusos” por parte das operadoras.

O ECO tentou obter a posição da Anacom, mas não tinha sido possível até à hora de publicação deste artigo.

"Os tarifários sem fidelização, ou períodos de fidelização mais curtos, não são verdadeiras alternativas. Esta é uma situação única na Europa. É uma situação ímpar que constitui um abuso pelas operadoras.”

André Silva

Deputado do PAN

Operadoras dizem que 24 meses de fidelização é um “prazo razoável”

O ECO enviou uma série de questões à Apritel, incluindo uma questão sobre quanto custa, em média, a instalação do serviço de telecomunicações a um cliente novo. A associação não respondeu diretamente às perguntas, mas remeteu um comunicado onde se mostra contra a ideia de voltar a mexer nos períodos de fidelização.

E o que diz a associação que representa operadoras como a Meo, a Nos e a Vodafone? Como o ECO noticiou esta quinta-feira, a instituição começou por justificar que Portugal tem serviços de telecomunicações com “um nível de qualidade, diversidade e inovação em linha com os países com maior poder de compra da União Europeia” e que “serviços deste tipo têm associados custos substanciais de instalação, equipamentos, serviços e conteúdos”, estes últimos “adquiridos a preços internacionais”. Os períodos de fidelização, explica a Apritel, “permitem diluir no tempo” esses custos.

A Apritel explicou ainda porque é que os pacotes com fidelizações mais baixas são substancialmente mais caros. Isto acontece porque “os custos de adesão aos mesmos associados não são repercutidos num período temporal mais extenso”, defendeu. Assim, considerou que o prazo de fidelização máximo de 24 meses “é razoável”.

A associação acusou ainda os partidos de tentarem “privar os portugueses do acesso contínuo aos melhores serviços só porque há uma visão política contra a permanência” e apontou mesmo para as propostas do PAN e do BE, que disse não terem “justificação”.

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Governo e PSD perto de acordo sobre fundos comunitários

Proposta que Portugal vai apresentar em Bruxelas para o montante do próximo quadro comunitário de apoio está quase fechada e resultará de um acordo entre Governo e PSD.

O Governo e o PSD estão “perto de chegar” a um entendimento sobre o valor que Portugal vai apresentar a Bruxelas para o próximo quadro comunitário de apoio, apurou o ECO. Esta tarde decorreu a terceira reunião entre o Executivo e o principal partido da oposição para tentar concertar posições relativamente às perspetivas financeiras pós 2020.

“A reunião correu bem e o acordo está para breve”, disse ao ECO, fonte oficial do Ministério do Planeamento e Infraestruturas.

A reunião correu bem e o acordo está para breve.

Fonte oficial do Ministério do Planeamento

As negociações estão a decorrer num clima bom e a chegar perto do final“, confirmou ao ECO fonte conhecedora do processo. O tempo urge porque para que este acordo seja “útil” é necessário que Governo e PSD cheguem a acordo sobre uma posição conjunta relativamente ao montante do financiamento para Portugal antes do final do mês.

Ambas as partes combinaram sigilo sobre as reuniões, para que os trabalhos sejam proveitosos, mas o ECO sabe que Portugal vai apresentar a Bruxelas um número fechado para o período pós-2020, que será acompanhado de “linhas estratégicas” de como Portugal pretende utilizar o dinheiro que pede. “O objetivo é definir em conjunto o montante de fundos”, disse a mesma fonte. As partes têm trabalhado para garantir que Portugal chega a Bruxelas com a posição de força para as negociações das perspetivas financeiras.

Mas os trabalhos relativos a esta primeira fase não se ficam por aqui. Portugal vai pedir o envelope que pretende, mas segundo o Expresso, Portugal arrisca-se a levar um corte de 15% face aos atuais 25 mil milhões de euros, não só devido à saída do Reino Unido da União Europeia, mas também porque algumas regiões espanholas, como a Andaluzia, voltaram a ser elegíveis para apoios mais avultados do Fundo de Coesão (ou seja, o bolo não só arrisca ser mais pequeno, como tem de ser repartido por mais regiões).

Mas no âmbito das negociações vai também ficar acertada a proposta a apresentar em Bruxelas para financiar as novas perspetivas financeiras. Isto é, como compensar a perda de financiamento resultante da saída do Reino Unido. Recorde-se que António Costa falou da introdução de três novos impostos: um sobre as empresas poluentes, outro sobre as plataformas digitais e ainda um sobre as transações financeiras. Sugestões que constam também de uma proposta do Parlamento Europeu para aumentar as receitas próprias da União perante o buraco de cerca de 13 milhões que o Reino Unido vai deixar no Orçamento da União Europeia. Mas o primeiro-ministro também sugeriu um aumento da comparticipação dos vários Estados membros.

“Se queremos dinheiro temos de dar uma solução a Bruxelas como gerar receita”, explicou a mesma fonte.

Depois desta virá uma nova fase, que nem sequer começou, para negociar a utilização dos valores que Portugal vier a receber, que ajudará a definir o Acordo de Parceria do novo quadro comunitário. E aí o acordo poderá não ser tão fácil. Ao ECO, o vice-presidente do PSD, Manuel Castro Almeida, já tinha dito que quanto a “um consenso sobre as prioridades nacionais num futuro Acordo de Parceria vai ser mais difícil”.

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Sonae Indústria aumenta lucros. Vendas caem

Apesar dos lucros de 15,9 milhões de euros registados em 2017, onde se inclui o contributo da parceria com a Arauco, a Sonae Indústria viu o volume de negócios cair. A dívida encolheu quase 5 milhões.

Num ano marcado pelo desaparecimento de Belmiro de Azevedo, fundador da Sonae Indústria, a empresa voltou a registar lucros. Fechou o ano com um resultado líquido de 15,3 milhões de euros. É, de acordo com o comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), um crescimento de 38,7% face ao exercício anterior.

Este valor, que compara com os 11 milhões de euros de lucros alcançados no ano anterior, fica, ainda assim, aquém das estimativas dos analistas do CaixaBI que apontavam para lucros na ordem dos 21 milhões de euros.

Este resultado inclui a contribuição da Sonae Arauco, empresa criada em maio de 2016, em parceria com os chilenos da Arauco e que é detida em partes iguais pelos dois grupos. A Sonae Arauco foi constituída para operar nos mercados europeu e na África do Sul, no negócio dos painéis derivados de madeira.

Enquanto os lucros cresceram em mais de quatro milhões de euros, o EBITDA consolidado atingiu, em 2017, os 39,3 milhões de euros, cerca de 1,1 milhões de euros superior ao ano anterior, “beneficiando de itens não recorrentes positivos em 2017”. Incluindo a parceria com a Arauco, o EBITDA atingiu os 89 milhões de euros, um milhão a menos que no exercício anterior.

O volume de negócios consolidado da Sonae Indústria, por seu lado, atingiu os 231 milhões de euros, uma redução de 9,9 milhões de euros (ou menos 4,1%) face a 2016. A empresa imputa esta redução do volume de negócios “ao menor volume de vendas no negócio da América do Norte, cujo efeito não foi totalmente anulado pelo aumento dos preços médios de venda no Canadá”. A este fator há ainda que somar, na segunda metade de 2017 a redução de vendas nos mercados nórdicos no negócio dos Laminados e Componentes.

Incluindo a parceria com a Arauco, o volume de negócios ascenderia a 630 milhões de euros que compara com os 639 milhões de euros registados em 2016.

 

Ao mesmo tempo que o investimento, incluindo a participação de 50% na Sonae Arauco, foi de 205,6 milhões de euros, 9,7 milhões de euros acima do ocorrido no ano anterior, a dívida encolheu. Situou-se nos 208,7 milhões de euros, no final de dezembro de 2017. Este valor representa uma diminuição de cerca de 4,9 milhões de euros quando comparada com o final de 2016.

Ano positivo, ano triste

Paulo Azevedo salienta o ano positivo nos principais negócios, num “ano em que vivemos dois eventos marcantes que deixaram tristeza nas nossas mentes e corações: o falecimento de Belmiro de Azevedo, meu pai e fundador da Sonae Indústria; e a lamentável tragédia ocorrida em duas das nossas fábricas, em Portugal, devido aos incêndios florestais“.

Belmiro de Azevedo “tinha um espírito empreendedor e uma visão e estilo de liderança únicos que o fizeram destacar-se no negócio dos painéis derivados de madeira, com base num sólido modelo de gestão e de recursos humanos, na inovação e num forte conjunto de valores profundamente incorporados. Sentiremos muito a sua falta e faremos o nosso melhor para honrar o seu legado“, destaca o chairman da Sonae Indústria.

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Governo reconhece necessidade de simplificação no acesso aos apoios da PAC

  • Lusa
  • 5 Abril 2018

Capoulas Santos reconhece necessidade de simplificar regras de acesso aos apoios da PAC, mas frisa que são dinheiros públicos, logo há regras a seguir na atribuição dos apoios.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural reconheceu esta quinta-feira que é necessário simplificar os processos de candidatura a apoios no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), mas ressalvou a necessidade de regras na atribuição das verbas.

“Naturalmente que a simplificação é necessária, mas queremos simplificar com realismo, porque se trata da atribuição de dinheiros públicos e, naturalmente, tem que ser estabelecida com regras”, disse Capoulas Santos, em resposta ao Partido Comunista, durante uma audição parlamentar na Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição “Estratégia 2020”.

Naturalmente que a simplificação é necessária, mas queremos simplificar com realismo, porque se trata da atribuição de dinheiros públicos e, naturalmente, tem que ser estabelecida com regras.

Capoulas Santos

Ministro da Agricultura

Durante a audição, o ministro da Agricultura foi ainda questionado, pelo grupo socialista, sobre o orçamento do POSEI, programa agrícola europeu para as regiões ultraperiféricas. “Consideramos que o POSEI é um instrumento fundamental para as regiões ultraperiféricas e é uma matéria para a qual concedemos a maior prioridade política”, respondeu.

Segundo o Governante, a estratégia vai passar por tomar decisões conjuntas com os restantes beneficiários, de modo a garantir o orçamento do programa. “Temos vindo a ultimar posições com Espanha e França e o objetivo é manter a negociação separada da PAC”, referiu.

Apesar de notar que “era bom” aumentar o envelope financeiro associado ao programa, o ministro da agricultura sublinha que o objetivo é “mantê-lo”, garantindo que Portugal, juntamente com os restantes beneficiários, quer ir “tão longe quanto possível”.

Portugal quer restabelecer regime de quotas leiteiras

Capoulas Santos disse ainda que irá bater-se, juntamente com os deputados e restantes ministros portugueses, pelo restabelecimento do sistema de quotas leiteiras, apesar de notar dificuldades.

“Se dependesse de nós, o regime mantinha-se. Vamos ver se os deputados e ministros portugueses são suficientes para restabelecer o regime de quotas. Bater-nos-emos por isso”, disse o ministro. No entanto, o governante admitiu a existência dificuldades para o regresso do sistema, devido a vários Estados-membros terem sido a favor do seu fim. “Temos vindo a criticar muito o fim do regime, mas ele só aconteceu porque havia uma esmagadora maioria a favor. [Porém], no parlamento e na Comissão Europeia há hoje um grande número de pessoas a favor do regresso deste regime”, notou.

Já na terça-feira, o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Vieira, havia admitido que o fim do regime das quotas leiteiras não conseguiu obter os efeitos positivos previstos, “originando uma diminuição brusca dos preços”.

“A abolição das quotas leiteiras [em 2015] introduziu uma pronunciada liberalização no mercado que, conjugada com a menor procura mundial, esteve na génese da difícil situação atravessada pelo setor na União Europeia ao longo de 2015 e 2016, não se concretizando os efeitos positivos com o fim do regime de quotas leiteiras, originando uma diminuição brusca de preços no ano 2015”, disse Luís Vieira, em Lisboa, durante o fórum “Leite-Produto Nacional de Excelência”.

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Sergio Moro dá ordem de prisão a Lula da Silva

Depois de o Supremo Tribunal Federal do Brasil ter rejeitado o pedido de habeas corpus de Lula da Silva, Sergio Moro deu ordem de prisão ao ex-presidente brasileiro.

Lula da Silva vai para a cadeia. O juiz Sergio Moro emitiu a ordem de prisão para o ex-presidente do Brasil horas depois de o Supremo Tribunal Federal do Brasil ter rejeitado o pedido de habeas corpus. Lula foi condenado a 12 anos e mês de cadeia.

O antigo chefe de Estado brasileiro foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4, segunda instância) em janeiro. A defesa de Lula da Silva tinha apresentado um habeas corpus [garantia que permite aguardar julgamento em liberdade] junto do STF, que foi recusado pela maioria dos 11 juízes do tribunal.

Com a recusa do STF, ficava a faltar apenas a ordem de prisão efetiva do juiz Sérgio Moro, algo que acabou por acontecer horas depois da decisão dos 11 juízes do STF. Agora, Lula da Silva tem apenas algumas horas para se entregar às autoridades brasileiras. O prazo termina às 21h de sexta-feira (hora de Lisboa).

A prisão do ex-chefe de Estado está relacionada com um dos processos da Operação Lava Jato, o maior escândalo de corrupção do Brasil. Lula foi condenado por ter recebido um apartamento de luxo como suborno da construtora OAS em troca de favorecer contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

A execução provisória da pena não deverá impedir juridicamente a candidatura presidencial de Lula da Silva, à frente nas sondagens para as eleições de outubro.

(Notícia atualizada às 22h27 com mais informação)

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