Benfica encolhe em 97,3 milhões de euros a dívida à banca

O Benfica já tinha prometido, agora cumpriu. Fruto de reembolsos antecipados de dívida do Project Finance e de papel comercial, reduziu em quase 100 milhões o valor da dívida à banca.

Prometido é devido. E o Benfica cumpriu. A SAD anunciou que queria reduzir ao máximo a dívida perante a banca, caindo para um valor marginal, o que acaba de acontecer. Em comunicado enviado à CMVM, o clube liderado por Luís Filipe Vieira revela que nas últimas semanas reembolsou um total de 97,3 milhões de euros ao Novo Banco e ao BCP.

O Sport Lisboa e Benfica SAD informa “que a sua subsidiária Benfica Estádio procedeu hoje ao reembolso antecipado voluntário do valor em dívida do Project Finance, num montante de 37,8 milhões de euros“. “Dado que, a 28 de fevereiro de 2018, já tinha sido liquidada uma prestação de 2,5 milhões de euros, conforme previsto contratualmente, o montante total de reembolsos realizados ao Novo Banco e ao Millennium bcp ascendeu a 40,3 milhões de euros”, acrescenta a SAD em comunicado enviado à CMVM.

"Após a conclusão deste processo, a Benfica SAD e a sua subsidiária Benfica Estádio reduziram em 97,3 milhões de euros o valor da dívida bancária existente junto do Novo Banco e do Millennium BCP.”

Sport Lisboa e Benfica

Adicionalmente a estes 40 milhões, “no dia 29 de março de 2018, foi liquidado ao Novo Banco a 2ª emissão de Papel Comercial, no montante de 57 milhões de euros, a qual tinha sido subscrita a 29 de setembro de 2017 por um prazo de seis meses, tendo hoje sido formalizado o acordo de cessação do Programa de Papel Comercial”.

Assim, “após a conclusão deste processo, a Benfica SAD e a sua subsidiária Benfica Estádio reduziram em 97,3 milhões de euros o valor da dívida bancária existente junto do Novo Banco e do Millennium BCP, a qual estava refletida no passivo a 31 de dezembro de 2017″, refere a SAD dos encarnados.

O Benfica explica que “foram cedidos, sem recurso, créditos futuros relativos aos proveitos do contrato de exploração dos direitos de transmissão televisiva celebrado com a Nos, que são registados como passivo e associados aos proveitos do contrato com a Nos nos prazos normais deste”.

Recorde-se que Domingos Soares de Oliveira, em entrevista ao ECO24, já tinha revelado que iria ser feita esta cessão de crédito relativamente ao contrato da Nos. Esta operação permite à SAD “passar o passivo bancário dos 117 milhões de euros para um valor marginal”.

Soares de Oliveira precisou, à data, que o valor “marginal significa entre os 10 milhões e os 20 milhões de euros”. Ou seja, “após esta operação vamos passar a viver com descobertos bancários. Tivemos uma redução de mais de metade num período de dois anos e passaremos a ter basicamente esse valor a zero”.

(Notícia atualizada às 22h12 com mais informação)

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Manuel Ramos Soares é o novo presidente do Sindicato dos juízes

O juiz desembargador Manuel Ramos Soares toma posse como presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) no próximo dia 6 de abril, pelas 15h00, na sede desta associação.

O juiz desembargador Manuel Ramos Soares toma posse como presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), a principal representação sindical dos juízes em Portugal, no próximo dia 6 de abril, pelas 15h00, na sede nacional da ASJP. A eleição aconteceu a 17 de março.

Pela primeira vez, a tomada de posse será transmitida em direto através do Facebook, através da página da Associação Sindical dos Juízes Portugueses.

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Governo quer fechar legislatura com défice quase zero

O Governo já começou a conversar com os parceiros sobre o Programa de Estabilidade. Para 2019, o Executivo está a apontar para uma estabilização do crescimento e uma meta do défice de 0,2%.

O Governo prevê chegar a 2019 com um défice próximo de zero. No Programa de Estabilidade, que traça as linhas mestras do último Orçamento do Estado da legislatura, o Executivo deverá assumir uma nova redução do défice, de cerca de 1.000 milhões de euros, fixando a meta em 0,2% do PIB, ao mesmo tempo que conta com uma estabilização da economia face o ano anterior, sabe o ECO.

Os novos objetivos traduzem um otimismo reforçado do Governo quer na frente orçamental quer na economia quando comparado com as projeções feitas há um ano. Nessa altura, as Finanças esperavam um défice de 0,3% e um crescimento económico de 2%. Agora, espera menos défice e uma maior subida do PIB.

No entanto, em relação aos resultados antecipados para 2018, o Executivo passa uma mensagem diferente. É que no Programa de Estabilidade o Executivo prepara-se para assumir uma meta de défice de 0,7% este ano e uma taxa de crescimento do PIB de 2,3%, tal como o ECO avançou.

Isto significa que, no documento que segue para Bruxelas este mês, o Governo quer continuar a comprometer-se com uma redução do défice (de 0,7% para 0,2%, o que se traduz numa correção de aproximadamente 1.000 milhões de euros), mas acredita que a economia deverá estabilizar nos 2,3% que espera alcançar já em 2018.

Os números ainda são preliminares e têm servido de base para as conversas que o Governo já começou a ter com Bloco de Esquerda, PCP e Verdes.

Apesar das novas previsões manterem o crescimento acima dos 2%, os parceiros políticos do Executivo não deverão ficar agradados com metas mais ambiciosas no défice. Tanto Catarina Martins como Jerónimo de Sousa têm pressionado o primeiro-ministro a reforçar o investimento no próximo ano. A despesa com os serviços públicos é uma das que mais tem motivado reparos por parte do Bloco e PCP.

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Tecnologia muda o chip aos investidores. Wall Street avança

  • ECO
  • 5 Abril 2018

As bolsas norte-americanas voltaram a valorizar, seguindo a tendência das praças europeias. As tecnológicas puxaram Wall Street para ganhos em torno de 1%.

Wall Street tem vivido dias loucos. Receios de uma guerra comercial levaram as bolsas norte-americanas a quedas acentuadas a que se seguiu uma recuperação expressiva com a abertura ao diálogo entre os EUA e a China. Com as tecnológicas a recuperarem, o chip dos investidores mudou. Já não há medo.

O S&P 500, o índice de referência dos EUA, encerrou a sessão a ganhar 0,68% para 2.662 pontos, tendência seguida, de resto, pelo Dow Jones que fechou com uma valorização de quase 1% para 24.502 pontos. O Nasdaq, o índice das empresas tecnológicas, encerrou a negociação a valorizar 0,5%.

A China anunciou que vai impor tarifas de 25% em 106 bens norte-americanos em retaliação tarifas aduaneiras lançadas por Donald Trump. A medida deverá atingir 50 mil milhões de dólares de importações norte-americanas, tendo como principais alvos as industrias automóvel, da aviação, química e da soja.

Assustou, mas Larry Kudlow, conselheiro económico do Presidente norte-americano, acalmou os ânimos. Anunciou que os Estados Unidos estão a negociar com a China, afastando os receios de uma guerra comercial — apesar de a China já se ter queixado à OMC. Foi o suficiente para garantir uma forte recuperação da cotadas norte-americanas. Entre estas, as do setor tecnológico brilharam.

O Facebook, apesar de todos os detalhes que vão sendo revelados acerca do escândalo que envolve o uso indevido de dados dos utilizadores da rede social em causa pela Cambridge Analytica, tem sido perdoado pelos investidores. As ações da rede social estão a recuperar, tendo somado 4,24% nesta sessão.

Nota positiva também para a Amazon, um dos alvos da fúria de Donald Trump, o presidente do EUA, que terminou a sessão a ganhar 2,9%. A Alphabet, a dona do Google, também apresentou ganhos, mas de forma menos expressiva. Ganhou 0,3%.

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Quer trabalhar numa boa empresa? Estas são as melhores em Portugal

Farmacêutica MSD foi eleita como o melhor lugar de trabalho em Portugal, na categoria mais de 250 trabalhadores. Nas outras dimensões, foram distinguidas a AbbVie e a Mundipharma.

Já dizia Confúcio que escolher um trabalho de que se goste é sinónimo de não ter de trabalhar um dia que seja, na vida… especialmente se o fizer num bom ambiente. Quase 70 mil trabalhadores de norte a sul do país acabam de lhe dar uma mãozinha nessa tarefa: escolheram as 25 melhores empresas para trabalhar em Portugal. Em todas as categorias, há um padrão no ranking. São dominados por farmacêuticas, empresas tecnológicas e distribuidoras.

A lista elaborada pela Great Place to Work está dividida de acordo com a “dimensão tradicional” das empresas nacionais: até 100 colaboradores, entre 100 e 250 trabalhadores e mais de 250 empregados.

Na primeira categoria, é a Mundipharma (farmacêutica) a liderar. O pódio é ainda composto pelo Groupe SEB (na área do comércio e distribuição) e pelo SAS Institute Software (no campo das tecnologias da informação).

Já no que diz respeito às companhias de média dimensão, a farmacêutica AbbVie partilha a liderança com a Cisco Systems Portugal (na área das tecnologias da informação) e com a Medtronic Portugal (que opera no campo do comércio e da distribuição).

A dominar o ranking das grandes empresas surge, por sua vez, a MSD Portugal (farmacêutica), seguida pela Cofidis (que oferece serviços financeiros e seguros) e pela ROFF (no campo das tecnologias da informação).

A MSD Farmacêutica foi distinguida entre as melhores empresas para trabalhar com mais de 250 funcionários.

“Utilizámos duas ferramentas [para chegar a estes resultados]: o trust index, que coleta as perceções dos colaboradores, e o culture audit que tem a ver com as práticas, políticas e regras das empresas“, explicou ao ECO o diretor geral da consultora responsável pelo estudo.

Maurício Korbivcher adianta que os colaboradores inquiridos (pelo menos 40% do pessoal de cada empresa) recebem uma senha, que lhe permite aceder a uma plataforma, na qual respondem ao questionário. Todo este processo acontece no servidor da consultora, isto é, fora do alcance das empresas estudadas.

Korbivcher confirmou ainda que entre 60 mil e 70 mil trabalhadores portugueses contribuíram para a seleção deste ano que tem um aspeto em tudo semelhante ao de 2017.

A liderar a categoria de empresas com menos de 100 trabalhadores estavam o SAS Institute Software, a Mundipharma e a Omega Pharma Portuguesa. No que diz respeito às companhias com até 250 empregados, foram distinguidas a Cisco, a Medtronic Portugal e a AbbVie. Já na última categoria dimensional, destacaram-se, no ano passado, a ROFF, o Banco Santander Totta e a Teleperformance.

Igualdade de género premiada

São cinco os prémios sociais que a Great Place to Work atribuiu a par da divulgação do ranking referido e estão ligados às questões da igualdade de género, da atração de jovens talentos, da sustentabilidade, da liderança e da saúde e bem-estar.

Este ano, as empresas selecionadas para esta meia dezena de categorias foram a AbbVie, a Leroy Merlin, a Mars, a MSD Portugal e o SAS Institute Software, respetivamente.

Segundo Maurício Korbivcher, para se chegar a estas distinções é feita uma média de confiança de cada um dos indicadores com base nas respostas dadas pelos colaboradores.

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Governo não pode mudar “destino de uma empresa que cumpre as regras”

António Mexia, reeleito CEO da EDP, e Luís Amado, o novo presidente da comissão de supervisão, reforçam a importância da empresa para a economia nacional enquanto pedem "regras do jogo" equilibradas.

No rescaldo da assembleia geral que decorreu esta quinta-feira, António Mexia e Luís Amado, na qualidade de CEO da EDP e presidente da comissão de supervisão, respetivamente, respondem sobre os desafios da elétrica para o próximo triénio. Mexia apela a que os contratos sejam respeitados e a que se equilibrem as “regras do jogo” entre operadores, enquanto Amado pede “espírito de diálogo e concertação”.

Confrontado com as tensões têm afastado a EDP do Governo e da Entidade Reguladora dos dos Serviços Energéticos, Mexia relembra a missão da empresa e a relevância que esta tem para o país. “Eu estou há 12 anos no setor. Já houve muitos presidentes, governos e reguladores. O essencial é o seguinte: a companhia tem sabido fazer aquilo que lhe compete”, defende.

Não deixaremos que ninguém, sobretudo alguém que não tem ações desta companhia, possa mudar o destino de uma empresa que cumpre as regras todas“, afirma o CEO, que segue agora para o quinto mandato à frente da elétrica.

O que é necessário é “respeitar os contratos” e “manter as mesmas regras do jogo para companhias que estão a operar dentro do mesmo mercado, nomeadamente o mercado ibérico”, refere, pois “só assim é que as companhias conseguem verdadeiramente dar todo o seu contributo” para a economia.

Luís Amado sublinha a importância da estabilidade da empresa para o país, pela qual pretende zelar. “O grupo é demasiado importante para a economia portuguesa para que estes temas não sejam tratados com espírito de diálogo e concertação“. O recém-eleito presidente do Conselho Geral de Supervisão afirma que, como “maior grupo português”, a estabilidade da EDP “é fundamental”. “É bom que trabalhemos nessa perspetiva”, defende.

O presidente “não acredita” que a sua chegada, por si só, seja garantia desta estabilidade e de uma diminuição das tensões com o Governo — Luís Amado é um ex-ministro socialista, que substitui Eduardo Catroga no cargo. Contudo, assume a responsabilidade de zelar pela estabilidade entre todos os stakeholders e fala de uma “nova vontade de resolver os problemas”.

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Transtejo vai ser reforçada com 10 novos navios até 2022

  • Lusa
  • 5 Abril 2018

A aquisição destes dez novos navios, que deverão estar todos disponíveis até 2022, representam um investimento de 50 milhões de euros

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, disse no Parlamento que irá ser lançado até ao final do verão um concurso para a aquisição de 10 novos navios para reforço da frota da Transtejo.

João Matos Fernandes, ouvido na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, referiu que a aquisição destes dez novos navios, que deverão estar todos disponíveis até 2022, representam um investimento de 50 milhões de euros, dos quais 15 serão financiados com fundos comunitários.

O governante apresentou uma calendarização da aquisição destes navios, perspetivando quatro para 2020, três para 2021 e outros três em 2022.

Esta decisão teve em conta a “elevada idade dos navios”, sobretudo os que operam pela empresa Transtejo, afirmou.

Na sua intervenção, o governante destacou ainda o facto de, em 2017, o número de passageiros da Transtejo e da Soflusa ter crescido cerca de 4,5 %.

Relativamente a intervenções, João Matos Fernandes deu ainda conta ao Parlamento de que, durante este ano, serão intervencionados cinco navios da Transtejo e seis da Soflusa.

A Soflusa faz a ligação entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo é a empresa responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão à capital.

Nos últimos meses, ambas as empresas enfrentaram vários problemas devido à falta de barcos e a avarias sucessivas nos que estão operacionais.

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FMI defende que Portugal deve apostar em reformas estruturais

  • Lusa
  • 5 Abril 2018

Jeffrey Franks, diretor regional do FMI para a UE, esteve em Lisboa e disse que Portugal tem de aumentar a produtividade e apostar em reformas estruturais.

O diretor regional do FMI para a União Europeia, Jeffrey Franks, defendeu, em Lisboa, que Portugal deve aumentar a produtividade e apostar em reformas estruturais para níveis de crescimento económico superiores à média da Zona Euro. Numa conferência no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Jeffrey Franks recordou que Portugal convergiu com a Zona Euro no ano passado, ao crescer 2,7%, acima da média dos 19 países da moeda única (2,3%).

Para garantir que essa convergência é “sustentável no futuro”, Portugal deve “aumentar a produtividade”, através de reformas estruturais que promovam o desenvolvimento da investigação, a educação, o investimento, entre outras, defendeu o diretor do FMI. Nas estimativas mais recentes, o FMI prevê que o crescimento económico português abrande para 2,2% este ano, ao mesmo ritmo do conjunto dos 19 países da moeda única.

Nesse sentido, Jeffrey Franks admitiu que uma das formas de Portugal promover a convergência com os restantes países da zona euro é a via política orçamental. “Não é aumentar o défice”, disse.

[O euro] é cego à convergência. Não é certo que prejudique a convergência, mas também não é certo que a promova.

Jeffrey Franks

Diretor regional do FMI para a União Europeia

O diretor apresentou um estudo do gabinete europeu do FMI que, entre outras conclusões, aponta que se vários países avançarem com reformas que promovam o crescimento esses efeitos positivos são repercutidos a todos os países.

Questionado depois sobre o impacto das reformas estruturais no crescimento económico em Portugal, quando Espanha, outro país que passou por uma crise e um programa de ajustamento, apresenta um crescimento económico de 3,1%, Jeffrey Franks disse que é necessário comparar o que foi feito nos dois países. “Portugal foi longe o suficiente? Abordou as áreas necessárias? Espanha fez mais?”, interrogou, recordando que Espanha implementou um programa de resgate à banca.

Durante o debate no ISEG, Jeffrey Franks admitiu ainda que o euro “é cego à convergência”. “Não é certo que prejudique a convergência, mas também não é certo que a promova”, disse.

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Os telefonemas, o “acordo de cavalheiros” e a “ingenuidade”. As explicações de Proença de Carvalho na Operação Fizz

O advogado admite que terá sido "ingénuo" ao ter um "gesto de boa vontade" para com Orlando Figueira, com quem garante ter mantido raros contactos.

Daniel Proença de Carvalho foi ouvido, esta quinta-feira, em tribunal, no âmbito da Operação Fizz, na qual o antigo procurador Orlando Figueira é acusado de ter arquivado dois processos que envolviam o ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente, em troca de 760 mil euros. O advogado contradisse a versão transmitida por Orlando Figueira. Garante que não houve qualquer “acordo de cavalheiros” com o antigo procurador para pagar o silêncio deste em relação ao esquema de corrupção pelo qual é acusado. Admite que foi “ingénuo” ao ter tido “um gesto de boa vontade” para com Orlando Figueira”. E assegura, ao contrário do que foi noticiado em vários meios de comunicação, que os contactos com este arguido da Operação Fizz foram raros e estritamente relacionados com o pedido de ajuda de Orlando Figueira para cessar um contrato com a empresa angolana Primagest.

Os telefonemas e os encontros

Em declarações prestadas em tribunal, Daniel Proença de Carvalho contou que o primeiro contacto que teve com Orlando Figueira foi em abril de 2015, quando o antigo procurador se dirigiu ao advogado para lhe pedir que o ajudasse a pôr termo a contratos de trabalho que tinha celebrado com a empresa Primagest, uma vez que esses contratos não estavam a ser cumpridos por parte da empresa.

Daniel Proença de Carvalho resumiu a história da sua relação com Orlando Figueira em pouco mais de uma dezena de datas:

  • A 27 de abril de 2015, Orlando Figueira ligou para o escritório de Daniel Proença de Carvalho, pedindo uma reunião com o advogado.
  • A 5 de maio de 2015, ocorre essa reunião, a primeira vez que, segundo Daniel Proença de Carvalho, o próprio conheceu Orlando Figueira pessoalmente. Nessa reunião, o antigo procurador disse-lhe que tinha celebrado contratos com Primagest e que esses contratos não estavam a ser cumpridos. Assim, queria pôr termos a esses contratos e pediu que Proença de Carvalho fizesse a mediação desse processo.
  • A 19 de maio de 2015, depois de ter contactado com o advogado angolano Manuel António Costa, que representava a Primagest, Proença de Carvalho volta a reunir-se com Orlando Figueira, para lhe dizer que a empresa angolana estava disponível para negociar a cessação dos contratos. Orlando Figueira transmitiu os valores a que entendia ter direito e Proença de Carvalho transmitiu, posteriormente, esses valores a Manuel António Costa, que considerou que os mesmos eram “razoáveis”.
  • A 25 de maio de 2015, Proença de Carvalho tem nova reunião com Orlando Figueira e comunica-lhe a aceitação, por parte da Primagest, dos valores que o antigo procurador pedia.
  • A 9 de junho de 2015, Manuel António Costa vai ao escritório de Proença de Carvalho para lhe dar as minutas do acordo de cessação dos contratos, assinando-as.
  • A 11 de junho de 2015, Proença de Carvalho entrega esse acordo a Orlando Figueira, que também o assinou.
  • A 16 de julho de 2015, Proença de Carvalho reúne-se com Orlando Figueira e Manuel António Costa, no seu escritório em Lisboa, para um acerto de contas. “O assunto teria morrido aqui, mas não morreu”, diz o advogado.
  • Isto porque, no dia 25 de novembro de 2015, Orlando Figueira volta a ligar para Daniel Proença de Carvalho, para pedir nova reunião. O escritório do advogado liga de volta no dia 30 de novembro para agendar a reunião pedida.
  • A reunião dá-se a 2 de dezembro e Orlando Figueira comunica a Proença de Carvalho que sabia que estava a ser investigado no DCIAP, depois de uma denúncia anónima, que imputava ao advogado Paulo Blanco (também arguido na Operação Fizz), e que tinha como objeto um processo que envolvia Manuel Vicente e que Orlando Figueira teria arquivado. Orlando Figueira queria, por isso, que se esclarecesse que não havia qualquer ligação entre a Primagest e a Sonangol, à data dos factos liderada por Manuel Vicente.
  • Em fevereiro de 2016, no dia em que é detido, Orlando Figueira volta a ligar para o escritório de Proença de Carvalho, que lhe disse que “há muitos anos” que não fazia processo crime e que não poderia representá-lo. Depois deste momento, os dois ter-se-ão encontrado casualmente no centro comercial das Amoreiras. “Não trocámos uma palavra para além do cumprimento”. Essa terá sido a última vez que os dois se encontraram.
  • Por fim, a 13 de novembro de 2017, Orlando Figueira faz mais um telefonema a Daniel Proença de Carvalho, que não atendeu.

Por que são, então, referidas dezenas de telefonemas entre Proença de Carvalho e Orlando Figueira? O advogado justifica que a maioria se tratara de telefonemas “frustrados” que Orlando Figueira fez para o seu escritório.

“Não ponho em dúvida os contactos que Orlando Figueira terá feito para o meu escritório. Mas, como a memória que tenho é que são muito menos do que os que estão registados, a conclusão a que chego é que esses telefonemas foram frustrados. A lista desses contactos é enganadora. Alguma comunicação social concluiu que houve imensos telefonemas. Nada disso. Há vários contactos frustrados”, diz.

“Para haver um acordo de cavalheiros, tem de haver dois cavalheiros”

Outro dos pontos que Daniel Proença de Carvalho refuta é o alegado “acordo de cavalheiros” que terá assumido com Orlando Figueira. O antigo procurador afirma que, em 2011, acordou com Carlos Silva, antigo presidente do conselho de administração do BCP e presidente do Banco Português do Atlântico, passar a ser diretor jurídico do grupo BPA, com um salário mensal de 15 mil dólares.

Orlando Figueira nunca chegou a ir para Luanda, mas, em janeiro de 2012, quando ainda trabalhava no DCIAP, recebeu 210 mil dólares, o equivalente a um ano de salário adiantado. Depois disso, terá sido aconselhado a abrir uma conta em Andorra, considerado um paraíso fiscal, para continuar a receber as transferências. Recorde-se que o antigo procurador é acusado de ter arquivado dois processos que envolviam Manuel Vicente, em troca de 760 mil euros e de trabalho no setor privado.

O antigo procurador defende que não falou sobre a sua versão dos factos antes deste momento porque o seu silêncio terá sido comprado através de um “acordo de cavalheiros” feito com Daniel Proença de Carvalho, que, em troca, lhe pagaria a defesa na Operação Fizz e lhe asseguraria um trabalho no futuro.

“Refuto em absoluto a questão do acordo de cavalheiros, é uma pura invenção”, sublinhou esta tarde Proença de Carvalho. “Para haver um acordo de cavalheiros, tem de haver dois cavalheiros”, acrescentou, reiterando que a primeira vez que teve contacto com Orlando Figueira foi em 2015.

Refuto em absoluto a questão do acordo de cavalheiros, é uma pura invenção. Para haver um acordo de cavalheiros, tem de haver dois cavalheiros.

Daniel Proença de Carvalho

Advogado

“Fui ingénuo ou fui parvo”

Durante o seu depoimento, Proença de Carvalho salientou também que nunca foi contratado por Orlando Figueira e que não cobrou quaisquer honorários pela mediação que fez entre o antigo procurador e a Primagest, para facilitar a cessação de contratos.

“Fui advogado de vários colegas, em situações bem mais complexas, e nunca na minha vida — é uma questão ética — levei honorários a um colega meu nem a nenhum magistrado. Foi uma mediação que fiz, um gesto de boa vontade. E devo dizer, se soubesse o que sei hoje…”, disse Proença de Carvalho.

Mais tarde, chegou mesmo a admitir que foi ingénuo. “Olhando a posteriori, foi ingenuidade. Tive um gesto de boa vontade e levo com acusações como as que apareceram na comunicação social. Fui ingénuo ou fui parvo”.

Certo é que, se em maio de 2015 soubesse que Orlando Figueira já estava a ser investigado pelas autoridades portuguesas — como de facto estava –, Daniel Proença de Carvalho não se teria envolvido. “Sou um advogado com alguma experiência de vida, com muitos anos de trabalho e com uma reputação de que me orgulho. Nunca teria agido daquela maneira. Pode dizer-se, hoje, que se calhar fui ingénuo. Se tivesse tido conhecimento, diria para procurar um advogado. A última coisa que lhe diria era para ir receber mais dinheiro“.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Mais crescimento, mas menos défice face ao previsto no OE2018. Foi esta a mensagem que os parceiros políticos ouviram do Governo nas reuniões sobre o Programa de Estabilidade que já começaram. O debate quinzenal no Parlamento, esta quinta-feira, passou pela discussão do financiamento das artes e cultura, mas também pela possibilidade de nacionalização do Novo Banco.

O Governo prepara-se para rever em baixa a meta do défice para este ano, apesar de prever mais crescimento económico do que em outubro quando entregou no Parlamento o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018). Os cálculos preliminares do Executivo apontam agora para um défice de 0,7% e um crescimento do PIB de 2,3%, sabe o ECO.

António Costa disse esta tarde, no debate quinzenal, que “a alternativa à nacionalização do Novo Banco implicaria que o Estado tivesse injetado e não emprestado ao banco entre quatro a 4,7 mil milhões de euros”.

O malparado é um fardo pesado para a banca. Continua a sê-lo, mas o setor está a acelerar a resolução do problema, limpando-o do balanço a um ritmo mais acelerado. A redução no quarto trimestre foi a mais expressiva de sempre, numa base trimestral, sendo que no total do ano passado foram “limpos” 9,3 mil milhões de euros destes créditos tóxicos.

Daniel Proença de Carvalho está a ser ouvido, esta quinta-feira, em tribunal, no âmbito da Operação Fizz, na qual o antigo magistrado Orlando Figueira é acusado de se ter deixado corromper pelo antigo vice-presidente angolano Manuel Vicente. O advogado da Uría Menéndez está a ser questionado sobre a sua relação com Orlando Figueira, a quem admite ter prestado serviços em 2015.

Mais depressa chegou António Mexia ao penta do que o Benfica, o clube do seu coração que procura esse objetivo esta época e foi motivo de polémica para o gestor. É esta quinta-feira que verá o seu nome confirmado para um quinto mandato à frente da EDP.

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Moedas apoia mais quatro PME portuguesas

  • ECO
  • 5 Abril 2018

Num espaço de quatro anos, esta Fase do Instrumento PME já financiou 79 PME portuguesas inovadoras, num total de 9,85 milhões de euros.

O Horizonte 2020 aprovou esta quinta-feira o apoio a mais quatro PME portuguesas. Em causa estão 50 mil euros que a Glarevision, Biomode, Vieira & Lopes e SEA4US vão poder usar na preparação de uma prova de conceito e um estudo de viabilidade.

“Num espaço de quatro anos, esta Fase do Instrumento PME já financiou 79 PME portuguesas inovadoras, num total de 9,85 milhões de euros“, explicou o comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, quando divulgou a lista de beneficiários. “É fundamental que estes resultados positivos levem outras PME portuguesas a arriscarem e concorrerem a este instrumento”, frisou Carlos Moedas no comunicado enviado às redações.

O programa de investigação europeu concedeu hoje mais 12,65 milhões de euros a 257 pequenas e médias empresas de 31 países, que além do estudo de viabilidade também vão ter acesso a três dias formação empresarial (‘coaching’) e serviços gratuitos de aceleração empresarial. “Com o apoio do Horizonte 2020, a UE ajuda as PME inovadoras, que criam novos postos de trabalho, aproveitando a boa formação dos trabalhadores portugueses para trazer mais investimento e maior crescimento económico ao país”, sublinhou Moedas no mesmo discurso.

Num comunicado enviado às redações, a Comissão Europeia faz uma breve descrição das empresas portuguesas escolhidas:

  • Glarevision, de Atouguia, que desenvolveu uma ferramenta para a indústria para promover uma nova forma de interação e comunicação, combinando a Internet das Coisas com a realidade aumentada.
  • Biomode, de Braga, com produtos para identificação de agentes patogénicos, úteis nas áreas da segurança alimentar e ambiental e em aplicações clínicas.
Almoço da equipa da Biomode.D.R.
  • Vieira & Lopes, de Braga, que vai ser apoiada para desenvolver um módulo de purificação de ar multifuncional, adequado a ambientes sensíveis.
  • E a SEA4US, de Sagres, que desenvolveu uma plataforma que aplica novas abordagens biotecnológicas para explorar compostos derivados marinhos, usados para desenvolver novos produtos farmacêuticos.
A equipa da SEA4US.D.R.

Desde o lançamento do programa, em 1 de janeiro de 2014, foram selecionadas 2.873 PME para financiamento ao abrigo da Fase 1 do Instrumento PME, 79 das quais portuguesas. Sendo que a próxima data-limite para candidaturas à Fase 1 do Instrumento PME é maio de 2018.

Depois desta fase há uma segunda, na qual cada projeto pode receber até 2,5 milhões de euros (cinco milhões para projetos no domínio da saúde) para financiar várias etapas de desenvolvimento dos projetos: a demonstração, o ensaio, a fase-piloto, a fase de expansão e a miniaturização, para além de desenvolver um plano de negócios sólido. Além disso, as empresas terão ainda acesso a 12 dias de formação empresarial.

Segundo a Comissão Europeia Itália é o país que mais projetos conseguiu eleger para obter apoio do Horizonte 2020.

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Justiça alemã liberta Puigdemont

  • ECO
  • 5 Abril 2018

A Justiça alemã descarta o delito de rebelião e coloca Carles Puigdemont em liberdade sob fiança de 75 mil euros.

A Justiça alemã libertou Carles Puigdemont sob fiança de 75 mil euros, enquanto decide se o entrega por desvio de fundos. De acordo com a imprensa espanhola, que cita a agência EFE, o tribunal descartou o delito de rebelião.

Um comunicado do tribunal indica que a imputação de delito de rebelião em princípio não é admissível, mas poderá ser o de corrupção, como desvio de fundos públicos, pelo que o processo de extradição prossegue, indica o El Mundo.

O tribunal entende que o risco de fuga se mantém, mas é menor, uma vez que o delito de rebelião é inadmissível. Por isso, deixa o ex-presidente da Catalunha em liberdade, com uma fiança de 75 mil euros.

Os três ex-conselheiros catalães que fugiram para Bruxelas — Meritxel Serret, Toni Comín e Lluís Puig — começaram a depor esta quinta-feira, de acordo com o advogado, avança o El País. O juiz deverá decidir se os mantém em liberdade ou se adota outras medidas cautelares para garantir o cumprimento da ordem europeia de detenção.

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