Operadoras contra fim das fidelizações. “Favorecem os clientes”, diz a Apritel

A associação que representa a Meo, Nos e Vodafone está contra as propostas para limitar o período máximo de fidelização, de dois para um ano. Considera que os prazos "favorecem os clientes".

A Apritel considera que “os prazos de fidelização favorecem os clientes”. É assim que a representante das principais operadoras de telecomunicações portuguesas reage às propostas que vão ser discutidas no Parlamento esta sexta-feira, num documento enviado ao ECO. Três dessas propostas tencionam limitar a seis ou a 12 meses o prazo de fidelização máximo que as operadoras podem contratualizar com os consumidores. Além disso, para a associação, os 24 meses são “um prazo razoável”.

A associação, que representa operadoras como a Meo, a Nos e a Vodafone, começa por justificar que Portugal tem serviços de telecomunicações com “um nível de qualidade, diversidade e inovação em linha com os países com maior poder de compra da União Europeia”. E refere que “serviços deste tipo têm associados custos substanciais de instalação, equipamentos, serviços e conteúdos”, estes últimos “adquiridos a preços internacionais”. Os períodos de fidelização, explica a Apritel, “permitem diluir no tempo” esses custos.

“A grande mais-valia associada a períodos de permanência ou de fidelização é exatamente a de permitir aos clientes subscreverem serviços de elevada qualidade sem incorrerem em custos substanciais”, continua fonte oficial da associação. “E daí que os clientes prefiram serviços com períodos de fidelização associados”, remata.

A Apritel explica ainda porque é que os pacotes com fidelizações mais baixas são substancialmente mais caros. Isto acontece porque “os custos de adesão aos mesmos associados não são repercutidos num período temporal mais extenso”. “A Apritel considera, por isso, que os prazos de fidelização favorecem os clientes. Esta é, aliás, uma visão partilhada pela Autoridade da Concorrência e por todos os mercados e reguladores da União Europeia, que acolhem os 24 meses como um prazo razoável”, garante a instituição.

Não faz qualquer sentido privar os portugueses do acesso contínuo aos melhores serviços só porque há uma visão política contra a permanência.

Apritel

Em comunicado

Propostas do PAN e BE não têm “justificação”

É desta forma que a Apritel responde às diversas propostas de alteração à Lei das Comunicações Eletrónicas que vão ser debatidas esta sexta-feira de manhã, na Assembleia da República (AR). Desta feita, a Apritel volta-se especificamente para as propostas do PAN e do BE e diz que estas não têm “justificação”. “A lei já obriga os operadores a disponibilizarem serviços em todas as modalidades de prazos e a comunicá-los de forma bastante clara. Tudo isso já é feito”, refere.

E continua: “A fidelização é relativa. O cliente pode sempre rescindir, mediante uma compensação pelo investimento que não se encontra amortizado, tendo a revisão da Lei das Comunicações Eletrónicas de 2016 limitado bastante o valor máximo das indemnizações.”

A Apritel conclui, dizendo que “o regime” em vigor “é bastante equilibrado” e que o setor “adaptou-se”. “Os dados económicos após a adoção da lei mostram que os portugueses consomem mais serviços e que estão a pagar menos. Prova disso é a contínua redução das receitas totais do setor, que continua a registar-se após esta revisão legislativa”, termina a associação.

Este é o mais recente desenvolvimento num assunto que promete voltar à ordem do dia. As propostas em cima da mesa vão ser discutidas esta sexta-feira no Parlamento. O PS já veio dizer que quer encontrar consensos na especialidade.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h46)

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Mexia e Amado já têm ok dos acionistas. Presidente da EDP consegue 99,7% dos votos

António Mexia foi aprovado com uma maioria de 99,7% para liderar a EDP. Luís Amado assume a presidência do Conselho Geral de Supervisão, com uma taxa de aprovação de 95,44%.

O último ponto da assembleia-geral da EDP, a decorrer esta quinta-feira, foi fechado com um largo consenso. António Mexia é reconduzido para o Conselho de Administração da elétrica com quase 100%. Já Luís Amado foi eleito presidente do Conselho Geral de Supervisão, também com uma elevada taxa de aprovação.

Entre os nomes escolhidos para liderar a EDP no triénio 2018-2020 está, novamente, o de António Mexia, que se mantém Conselho de Administração da elétrica, aprovado com uma maioria de 99,70%. Luís Amado entra para o Conselho Geral de Supervisão com uma taxa de aprovação de 95,44%.

Para António Mexia, a Assembleia Geral atesta “a confiança dos acionistas e da equipa” e confirma o “alinhamento de visões” em relação ao presidente e o futuro.

Luís Amado reafirma uma “grande convergência de interesses entre os grandes acionistas mas também entre os pequenos acionistas”. Assinala que foi uma oportunidade para todos se manifestarem acerca de temas “de complexidade conhecida”.

Os restantes órgãos votados também reuniram grande aprovação, com o revisor oficial de contas a ser eleito com 99,8% dos votos, o Conselho de Sustentabilidade com 99,73%. Os membros da Comissão de Vencimentos foram aprovados com uma taxa de 93,67% e a remuneração da comissão de vencimentos conseguiu uma maioria de 99,97%.

(Notícia atualizada às 19h17)

 

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Metro de Lisboa vai gastar 210 milhões. Compra 14 composições

Metro de Lisboa vai modernizar as linhas Azul, Verde e Amarela e melhorar os sistemas de segurança e comprar 14 novas composições. Investimentos ascendem a 210 milhões de euros.

O Metropolitano de Lisboa foi autorizado a investir 210 milhões de euros na compra de 14 novas carruagens e na modernização dos sistemas de segurança e sinalização, avança um comunicado do Ministério do Ambiente.

O Conselho de Ministros desta quinta-feira aprovou uma “resolução que agiliza a execução das rubricas orçamentais relativas a empreitadas de grande e pequena dimensão nos domínios da manutenção e segurança das empresas públicas Transtejo, Soflusa, e Metropolitano de Lisboa, que aprova a Modernização dos Sistemas de Sinalização das suas linhas Azul, Verde e Amarela e a aquisição de novas composições“.

Na sequência desta decisão, o ministério de Matos Fernandes revela que o investimento será feito através de “leasing operacional e financiado pelo Fundo Ambiental”. O ministro das Finanças, que está a ser ouvido no Parlamento, especificou, segundo a Lusa, que a compra das 14 composições corresponde a sete comboios, cada um com duas unidades triplas, e que terá um custo de 110 milhões de euros. Já o novo sistema de sinalização e segurança representa um investimento de 100 milhões

Como o sistema atual “data dos anos 70”, o investimento vai reforçar a “segurança do serviço, o controlo e reorganização automática dos horários em situações de perturbação na circulação e o aumento das frequências de serviço, através da redução do intervalo entre comboios”, esclarece o ministério no mesmo comunicado.

Recorde-se que o Metro de Lisboa, em conjunto com o do Porto, vai poder usa cerca de 180 milhões de euros do Fundo de Coesão para financiar a expansão das linhas.

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China apresenta queixa na OMC contra taxas impostas pelos Estados Unidos

  • Lusa
  • 5 Abril 2018

A China alega que as taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos são incompatíveis com o Acordo Geral de Tarifas e Comércio.

A China apresentou queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às taxas impostas pelos Estados Unidos sobre importações de um conjunto de produtos chineses, anunciou hoje este organismo que regula o comércio internacional.

“A China pediu a abertura de consultas com os Estados Unidos no quadro do mecanismo de regulamento de diferendos da OMC relativamente às taxas alfandegárias dos Estados Unidos que visam um conjunto de produtos chineses”, refere um comunicado da organização.

O pedido de consultas inicia formalmente o processo de resolução de diferendos no seio da OMC. As consultas dão às partes envolvidas a possibilidade de analisar a questão e encontrar uma solução satisfatória sem prosseguir com a disputa.

Se no fim de 60 dias, as consultas não permitirem resolver o diferendo, a parte queixosa pode submeter a questão a um grupo especial.

A China alega que as taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos são incompatíveis com o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT).

A China e os Estados Unidos envolveram-se numa disputa comercial depois de a representação dos EUA para o comércio internacional (USTR, na sigla em inglês) divulgar uma lista de importações chinesas às quais propõem aplicar taxas alfandegárias, como retaliação pela “transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana”.

A lista inclui 1.300 produtos de vários setores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou ainda robótica e máquinas.

Um aumento da carga fiscal sobre aqueles setores é especialmente sensível para a liderança chinesa, que quer transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos setores de alto valor agregado.

A China retaliou contra Washington publicando também uma lista de produtos norte-americanos, que em 2017 valeram 50.000 milhões de dólares (41 mil milhões de euros) nas importações chinesas, incluindo soja, aviões e automóveis, e que poderão sofrer um aumento das taxas alfandegárias.

A data para aumentar 25% nas taxas sobre as importações de soja ou aviões norte-americanos será anunciada mais tarde, dependendo se Washington avança com taxas alfandegárias que penalizarão as exportações chinesas no mesmo valor, segundo as autoridades chinesas.

O acirrar das disputas entre as duas maiores potências comerciais do planeta está a abalar as praças financeiras por todo o mundo e os observadores temem que esta guerra leve outros países a aumentar as barreiras às importações, abalando o comércio mundial.

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Após compra do Deutsche Bank em Portugal, Abanca de olho na CGD em Espanha

O banco espanhol assinou há poucos dias a compra do Deutsche Bank em Portugal. O presidente do Abanca não descarta novas compras no mercado nacional, mas está de olho na CGD em Espanha.

No início desta semana foi assinada a compra do negócio do Deutsche Bank em Portugal pelo Abanca, mas o banco espanhol poderá não dar como encerrado o interesse de eventuais novas aquisições no setor. Apesar de não haver nenhuma decisão definitiva, o Abanca estará de olhos no Banco Caixa Geral, da CGD, em Espanha.

Esse interesse foi revelado por Juan Carlos Escotet, presidente do Abanca, durante um encontro informal com jornalistas que decorreu nesta quinta-feira em Lisboa. No encontro que teve como objetivo revelar mais pormenores em torno da concretização da compra do negócio português do Deutsche Bank, o presidente do banco galego disse que em Portugal o principal objetivo passa agora por crescer organicamente. Mas disse também que o Abanca está atento a oportunidades de aquisição que possam surgir não só em Portugal, como em Espanha também.

“Estamos sempre abertos a oportunidades de crescimento inorgânico”, começou por assumir Juan Carlos Escotet. Quando questionado relativamente a um eventual interesse de comprar o negócio do Banco Caixa Geral em Espanha, cujo processo final de venda foi lançado pela CGD no final do ano passado.

Não é nada que esteja decidido“, começou por dizer Juan Carlos Escotet relativamente ao interesse em avançar para o negócio da compra do Banco Caixa Geral em Espanha, considerando que “pode ser uma alternativa interessante“.

Objetivo é crescer organicamente em Portugal

Juan Carlos Escotet, que preside à Banesco Internacional, holding venezuelana que detém mais de 87% do capital do Abanca, disse que relativamente a Portugal, a prioridade agora passa por crescer organicamente. Um crescimento potenciado com a aquisição do Deutsche Bank que juntando às quatro agências do Abanca permite alargar para 45 o total de balcões em território nacional.

Em termos de atividade, o foco será sobretudo a banca privada, o desenvolvimento do segmento de crédito às empresas, mas também na comercialização de produtos de seguros.

“O modelo desenvolvido pelo Deutsche Bank em Portugal é absolutamente complementar e atrativo“, disse o Juan Carlos Escotet no que respeita à estratégia de especialização pretendida em território nacional pelo Abanca. Relativamente à aposta em Portugal, que integra a rede de dez países em que o Abanca está presente a nível mundial, o presidente da instituição financeira galega diz que surgiu com o objetivo de aproveitar “um momento francamente interessante que se está a viver“, salientando tratar-se de uma aposta que “faz muito sentido”.

Negócio fechado em 2019. “Comprámos muito bem”

A compra do Deutsche Bank que ainda está dependente da aprovação das entidades reguladoras do setor, algo que o Abanca espera vir a acontecer no prazo de quatro a cinco meses, mas a integração das duas instituições está prevista acontecer ao longo do primeiro semestre do próximo ano. Findo esse processo será criada uma marca única, sob a chancela do Abanca.

Com a recente aquisição em Portugal, o Abanca junta aos seus 45 colaboradores a nível nacional, os 330 que trabalham nos balcões do Deutsche Bank a nível nacional. O objetivo do Abanca é manter todos esses funcionários no ativo, na rede alargada de balcões que irá passar a ter. “É um projeto em que cabe toda a equipa“, assumiu Juan Carlos Escotet. Já no que respeita ao número de balcões, o objetivo é manter os atuais, pelo menos para já.

Relativamente ao montante que o Abanca teve de desembolsar para ficar com o negócio nacional do Deutsche Bank, o presidente do Abanca disse não poder revelar a quantia em causa por estar protegida ao abrigo do contrato de compra e venda. “Comprámos muito bem“, disse contudo, acrescentando que “foi um preço conveniente para ambas as partes“. O objetivo é o Abanca continuar a operar em Portugal com o estatuto de sucursal.

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Fotogaleria: Acionistas da EDP aprovam contas e nova gestão

Os acionistas da elétrica estão reunidos esta quinta-feira em assembleia geral. António Mexia prepara-se para um novo mandato.

A assembleia-geral da EDP, na qual será oficializado o quinto mandato de António Mexia à frente da elétrica, está a decorrer esta tarde na sede da empresa. O evento reúne os membros do Conselho Executivo com os grandes acionistas, como a China Three Gorges. Para além da aprovação dos órgãos de gestão, vão ser discutidas as contas de 2017 e o destino que vão ter os recursos da elétrica.

No centro da mesa vão estar as contas individuais e consolidadas de 2017, acompanhadas do parecer do Conselho Geral de Supervisão. Segue-se a deliberação sobre a “aplicação de resultados do exercício de 2017”, lê-se na convocatória.

Gestores e acionistas da EDP à entrada da AG

Para o final do encontro fica a aprovação dos líderes que estarão à frente da elétrica nos próximos três anos. Uma das novidades é Luís Amado, ex-ministro socialista, que será o novo presidente do Conselho Geral de Supervisão, em substituição de Eduardo Catroga, ex-ministro social-democrata. Também está presente a única “aquisição” que chega de fora do universo EDP. É Vera Pinto Pereira, que deixou o cargo de managing diretor da Fox na Península Ibérica.

António Mexia mantém-se na posição de CEO, pelo quinto mandato consecutivo, apesar de no último ano se ter deparado com eventos com potencial para abalar a sua liderança. Foi constituído arguido no âmbito do caso dos CMEC, enfrentando acusações de corrupção, e a ERSE anunciou que quer cortar as rendas decorrentes destes contratos em 167,1 milhões de euros nos próximos dez anos. O alegado apoio à intenção de fusão da espanhola Gas Natural com a EDP também terá desagradado aos acionistas chineses.

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Governo atribui 85% de financiamento a todas as empresas afetadas pelos incêndios

  • Lusa
  • 5 Abril 2018

Até aqui, para os incêndios de outubro, as empresas afetadas beneficiavam de um apoio de 85% se o prejuízo atingisse os 235 mil euros. Empresas com prejuízos superiores eram financiadas a 70%.

Todas as empresas afetadas pelos incêndios de outubro de 2017 vão beneficiar de um financiamento de 85% do prejuízo, estipulou hoje o Conselho de Ministros, equiparando assim a situação à dos fogos que ocorreram em junho do mesmo ano.

A percentagem foi indicada à Lusa por fonte do Governo.

Até aqui, para os incêndios de outubro, as empresas afetadas beneficiavam de um apoio de 85% caso a totalidade do prejuízo atingisse os 235 mil euros.

Empresas com prejuízos superiores a 235 mil euros eram financiadas a 70%.

“Foi aprovado o decreto-lei que procede à alteração do Sistema de Apoio à Reposição da Competitividade e Capacidades Produtivas. O Sistema de Apoio à Reposição da Competitividade e Capacidades Produtivas foi implementado na sequência dos incêndios que ocorreram a 15 de outubro de 2017, visando acorrer às necessidades mais prementes das empresas afetadas”, lê-se no comunicado de hoje do Conselho de Ministros.

“Considerando as necessidades entretanto identificadas, e com o objetivo de reforçar a capacidade das empresas, julgou-se necessário introduzir alguns ajustamentos, nomeadamente elevando a taxa de apoio aplicável aos danos sofridos por pequenas e médias empresas”, acrescenta.

Luís Lagos, porta-voz do Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal (AVIMISP), reagiu com satisfação com uma publicação na rede social Facebook.

“Era mesmo a nossa grande bandeira reivindicativa em relação aos apoios. Esta reposição de igualdade é uma grande vitória da AVMISP. Muito grande mesmo. E eu tenho um orgulho enorme em ter liderado isso. É de facto a primeira grande medida de apoio ao interior”, lê-se na mensagem.

Lagos dá ainda os parabéns a todos os membros da associação e agradece, “pessoalmente, à chefe de gabinete do senhor primeiro-ministro toda a sensibilidade para a questão e vontade em a resolver”.

“E agradeço também à professora Ana Abrunhosa [presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro], pelo empenho e cumplicidade na busca de soluções. Conseguimos”, conclui.

Os incêndios de outubro de 2017, que atingiram de forma violenta a região Centro, provocaram a morte a 49 pessoas, além de avultados prejuízos em milhares de habitações e centenas de empresas, e da destruição de uma vasta área florestal e agrícola.

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Governo prepara corte no défice deste ano para 0,7%. Programa de Estabilidade prevê crescimento de 2,3%

Mais crescimento, mas menos défice face ao previsto no OE2018. Foi esta a mensagem que os parceiros políticos ouviram do Governo nas reuniões sobre o Programa de Estabilidade que já começaram.

O Governo prepara-se para rever em baixa a meta do défice para este ano, apesar de prever mais crescimento económico do que em outubro quando entregou no Parlamento o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018). Os cálculos preliminares do Executivo apontam agora para um défice de 0,7% e um crescimento do PIB de 2,3%, sabe o ECO.

Os novos objetivos do Governo fazem parte da versão preliminar do Programa de Estabilidade. O documento final, que sair do Conselho de Ministros, será enviado para a Assembleia da República a 13 de abril. Mas as linhas gerais do documento já chegaram aos parceiros políticos. O ECO apurou que Bloco de Esquerda, PCP e Verdes já se encontraram com o Executivo.

No OE2018, o Governo prevê um défice de 1,1% do PIB — o objetivo começou por ser de 1%, mas foi agravado em uma décima depois da incluídas medidas para responder aos incêndios. Mas o resultado do défice para 2017 está a pressionar o Executivo de António Costa a comprometer-se com uma meta mais ambiciosa para 2018, tal como o ECO tinha avançado.

O défice no ano passado fechou em 0,9% do PIB (3% contabilizando a recapitalização de Caixa), uma marca que foi conhecida a 26 de março, quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) reportou novas informações sobre contas públicas para Bruxelas. No Programa de Estabilidade, o Executivo prepara-se para assumir uma meta de défice de 0,7% do PIB, um número que permite continuar a desenhar uma trajetória de redução do défice.

A intenção de continuar a reduzir o défice deverá deixar os partidos à esquerda do PS desconfortáveis. Em entrevista ao Público, publicada esta quinta-feira, a líder do Bloco de Esquerda defendeu que este percurso é “muito perigoso“. Catarina Martins justifica que uma consolidação orçamental ao ritmo que tem acontecido, e sem uma solução para a dívida pública significa “contração da despesa em setores fundamentais”. No entanto, a bloquista desvaloriza a importância do Programa de Estabilidade que “já não tem o peso que teve”.

Este documento serve para balizar o Orçamento do Estado para o ano seguinte (2019, neste caso) e, como segue para Bruxelas, serve também para o país assumir novas metas perante a Comissão Europeia.

Corte no défice apenas de mais crescimento

Por outro lado, o Executivo vai rever em alta a meta de crescimento económico para 2018. Em outubro, o Executivo apontava para uma taxa de crescimento do PIB de 2,2% e os cálculos que estão a ser feitos agora apontam para uma subida de 2,3%, colando assim a sua projeção à que o Banco de Portugal fez a 28 de março.

Enquanto, no caso do défice a comparação com a meta de outubro aponta para uma revisão em baixa de 0,4 pontos percentuais, na taxa de crescimento do PIB a revisão em alta é mas tímida — apenas uma décima.

Apesar de uma perspetiva mais otimista face a outubro, o Governo continua a acreditar que em 2018 a economia crescerá menos do que em 2017, quando o PIB subiu 2,7%, o maior crescimento desde 2000.

O debate do Programa de Estabilidade na Assembleia está marcado para 24 de abril. O documento não é votado, mas o CDS já anunciou que apresentará um projeto de resolução para forçar a votação do Programa de Estabilidade. Nos últimos anos, os centristas também o fizeram, mas a maioria parlamentar segurou o Governo.

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Limpeza de terrenos: GNR e municípios vão ter dados da AT

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 5 Abril 2018

Fisco vai disponibilizar informação sobre a matriz predial dos prédios à GNR e aos municípios, que servirá para identificar e notificar proprietários de imóveis. Protocolo é assinado na sexta-feira.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai disponibilizar informação sobre a matriz predial dos prédios à GNR e aos municípios. Estes dados vão servir para identificar e notificar proprietários, nomeadamente no âmbito da estratégia de defesa da floresta contra incêndios. Mas não só.

O protocolo entre a AT e a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Declaração Conjunta com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) serão assinados esta sexta-feira em Coimbra, avança um comunicado do Ministério das Finanças. Com esta declaração conjunta, cada um dos municípios poderá estabelecer protocolos individuais com a AT. Estarão presentes o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

“A Guarda Nacional Republicana e os Municípios vão ter acesso a informação da Autoridade Tributária e Aduaneira sobre a matriz predial dos prédios”, começa por indicar a nota.

“A informação servirá para a identificação e notificação dos proprietários ou detentores de imóveis, nomeadamente para o cumprimento da estratégia nacional de defesa da floresta contra incêndios e, num contexto mais alargado, para uma mais efetiva intervenção ao nível do ordenamento do território, do desenvolvimento rural e de proteção civil“, continua.

O Ministério recorda que as iniciativas da Reforma da Floresta e do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios preveem “a cooperação institucional entre as entidades fiscalizadoras e a Autoridade Tributária e Aduaneira, uma vez que o conhecimento dos limites e da titularidade da propriedade é imprescindível para as atividades de gestão, controlo e planeamento territorial e para o sucesso da implementação da política de prevenção e combate dos incêndios”.

E recorda que os proprietários estão obrigados a “proceder à gestão de combustível”. Se não o fizerem, são os municípios os responsáveis por essa tarefa, “ressarcindo-se posteriormente das despesas em que tenham incorrido”.

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Europa brilha. Bolsa de Lisboa ganha com subida de 5% do BCP

O PSI-20 registou uma forte valorização num dia em que apenas a EDP caiu. O BCP, com uma subida de mais de 5%, foi a estrela.

Com os menores receios em torno de uma guerra comercial, as bolsas europeias recuperaram. No Velho Continente registaram-se ganhos de mais de 2%, sendo que Lisboa não fugiu à regra. O PSI-20 registou uma forte valorização num dia em que apenas a Semapa caiu. O BCP, com uma subida de mais de 5%, foi a estrela.

O principal índice bolsista nacional fechou esta sessão a valorizar 2,09% para 5.485,45 pontos, à semelhança dos bons resultados registados nas restantes praças europeias. O espanhol Ibex-35 cresceu 2,50% para os 9.751,6 pontos, assim como o francês CAC-40 subiu 2,62% para os 5.276,67 pontos. Por sua vez, o agregador Stoxx 600 avançou 2,34% para os 375,92 pontos.

De entre as 18 cotadas nacionais, apenas uma fechou em terreno negativo e outra inalterada. A estrela desta sessão foi o banco liderado por Nuno Amado, que fechou a valorizar 5,13% para os 0,2769 euros, recuperando das quedas registadas nas últimas duas sessões.

Destaque ainda para as ações da Galp, que valorizaram 3,97% para os 15,98 euros, num dia em que o barril de Brent está a subir 0,75% para os 68,53 dólares.

Ainda no setor energético, a EDP fechou acima da linha de água, crescendo 0,03% para os 3,1060 euros, no dia em que é eleito o CEO e o Chairman para o próximo mandato, em que tudo indica que António Mexia esteja prestes a fazer o “penta”. A EDP Renováveis avançou 0,44% para os 8,04 euros e a REN fechou a avançar 0,32% para os 0,5220 euros.

No setor do retalho o sentimento de ganhos manteve-se: a Jerónimo Martins avançou 3,29% para os 14,895 euros e a Sonae valorizou 2,27% para os 1,1240 euros.

Quanto à única cotada nacional a fechar nas perdas, a Semapa ocupou essa posição, fechando a recuar uns ligeiros 0,11% para os 18,94 euros.

(Notícia atualizada às 16h58 com mais informação)

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Chivas Venture: Academia de Código na corrida para prémio de 200 mil dólares

Votações para escolher o vencedor da primeira grande fatia do grande prémio de um milhão de dólares do Chivas Venture 2018 já estão abertas. Há uma portuguesa na corrida: a Academia de Código.

Já estão abertas as votações para escolher a startup que receberá a primeira fatia do grande prémio de um milhão de dólares do Chivas Venture 2018. Na corrida aos 200 mil dólares, a par de 26 outras pequenas empresas internacionais, está a portuguesa Academia de Código.

Diana Nunes está a representar a Academia de Código, neste concurso.Chivas Venture

Na edição deste ano, as startups que chegaram à final apresentam “soluções criativas e viáveis para um conjunto de diverso problemas globais”, da saúde ao meio ambiente, referem os responsáveis pelo concurso em comunicado.

Até 25 de abril, o público poderá assim votar na empresa finalista que julga merecer este primeiro prémio. Depois, a 24 de maio, em Amesterdão, as cinco startups escolhidas para enfrentar o desafio final farão um pitch de cinco minutos perante um painel de jurados. Em causa estarão 800 mil dólares.

Há 27 finalista na corrida ao milhão de dólaresChivas Venture

A Academia de Código oferece bootcamps de programação de 14 semanas aos cidadãos desempregados, para que estes desenvolvam competências técnicas e soft skills.

Depois de ter vencido a final nacional deste concurso promovido pela icónica marca de whisky, a startup representada por Diana Nunes juntou-se em Oxford, no Reino Unido, às restantes 26 empresas selecionadas nos seus respetivos países para um curto Programa de Aceleração de três dias.

Em janeiro, quando conquistou o lugar nesta última fase do programa, a representante da portuguesa adiantou que vencer o prémio final seria “uma excelente alavanca” para que a empresa consiga transformar “mais vidas e ter um impacto positivo na sociedade”.

Os critérios que vão reger a seleção do grande vencedor, em maio, serão o impacto social do projeto, a escalabilidade da empresa, o modelo de negócio e estratégia organizacional, a viabilidade financeira e a experiência e compromisso na gestão de equipa.

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Blackstone lança OPA à Hispania. Torna-se segundo maior grupo hoteleiro em Espanha

O fundo norte-americano comprou 16,56% do capital da Hispania e lançou uma OPA sobre o restante capital. Com este negócio vai tornar-se o segundo maior grupo hoteleiro de Espanha.

O fundo Blackstone lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital da cadeia hoteleira Hispania, minutos depois de ter adquirido uma participação de 16,56% nas ações da mesma. De acordo com a imprensa espanhola, a oferta é de 17,45 euros por ação. Com esta aquisição, o fundo norte-americano pretende reforçar (ainda mais) a sua presença no mercado imobiliário de Espanha.

Aquela que é a maior private equity do mundo no setor imobiliário volta às compras. Esta quinta-feira, à CNMV, a CMVM espanhola, anunciou a aquisição, por parte do fundo Blackstone, de 16,56% do capital da cadeia hoteleira Hispania, que detém vários ativos em Espanha, nos quais se incluem 46 unidades hoteleiras. De acordo com o jornal El País (conteúdo em espanhol), o negócio incluiu mais de 18 milhões de ações a 17,45 euros cada, num total de 315,17 milhões de euros.

Mas, minutos depois dessa primeira publicação, avançou com o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) pela Blackstone sobre a totalidade do capital da Hispania. De acordo com o comunicado, a oferta ascende a 17,45 euros por ação, um valor abaixo do preço de mercado — 18,5 euros. O sucesso da OPA implica ainda a aceitação da operação por parte da autoridade da concorrência espanhola. E que os acionistas aceitem que a Bidco, uma das empresas detidas pelo fundo norte-americano, se torne proprietária de 50% do capital e ainda mais uma ação.

Antes de ser confirmado este negócio, já circulavam em Espanha rumores sobre a sua possibilidade, o que levou a CNMV a suspender as ações da cadeia hoteleira. A suspensão acabou por ser levantada esta quinta-feira e, atualmente, a Hispania está avaliada em cerca de 1,9 mil milhões de euros no mercado. O magnata húngaro George Soros é detentor de 16,6% do capital, sendo que os restantes principais acionistas são investidores institucionais internacionais, entre eles a Fidelity e a BlackRock.

Caso esta OPA seja concluída, o fundo Blackstone — que já é o maior grupo imobiliário em Espanha depois de adquirir uma participação de 51% no negócio imobiliário do Santander –, vai converter-se no segundo maior grupo hoteleiro daquele país, diz o El País. Nos 46 hotéis que a Hispania detém, estão incluídas 13.100 habitações.

Recorde-se que, no ano passado, o fundo norte-americano comprou a cadeia de hotéis HI Partners ao banco Sabadell por um total de 630 milhões de euros. Também no mês passado mostrou intenções de comprar uma participação de 29,5% na cadeia de hotéis NH do grupo HNA — acionistas chineses da TAP.

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