Grupo Mello deixa passar prazo para exercer direito de preferência no capital da Brisa

O fundo Arcus quer vender a posição acionista na Brisa, já desencadeou formalmente a operação e os Mello tinham o direito de fazer a primeira oferta, mas deixaram passar o prazo sem o exercer.

O grupo Mello deixou passar o prazo para exercer o chamado right of first offer, ou o direito de fazer a primeira oferta no processo de compra da posição acionista do fundo Arcus na Brisa, apurou o ECO junto de fontes de mercado conhecedoras da operação.

A Brisa é a maior empresa concessionária de autoestradas do país, e tem dois acionistas de referência, um histórico e outro mais recente, o grupo Mello e o fundo Arcus. Agora, depois de quase dez anos de coabitação, o fundo de private equity especializado em infraestruturas — e que é liderado em Portugal por Daniel Amaral — quer sair, fazer o cash-in, preparar o levantamento de mais capital e novos investimentos.

O ECO Insider — a newsletter semanal exclusiva para assinantes — já tinha revelado que o fundo Arcus estava vendedor, mas ainda não tinha desencadeado o processo de venda, que está a ser conduzido pelo BCP e pelo Morgan Stanley. Até agora.

O ECO sabe que o fundo acionou o trigger para o arranque da operação, sem data marcada, mas com um calendário de referência, durante os próximos meses. De acordo com o parassocial assinado entre o Grupo Mello e o Arcus, a família tinha até quarta-feira passada para acionar este direito para comprar a posição da Arcus na Brisa sem concorrência. Contactado oficialmente, o grupo Mello escusou-se a fazer quaisquer comentários.

Isso quer dizer que o grupo Mello perde um direito de compra daquela posição? Não. Perdeu o direito de ser o primeiro a fazer uma oferta de compra, mas, segundo outras fontes bancárias, agora, haverá negociações de paciência. O Grupo Mello contratou o Rotschild para avaliar as alternativas de negócio e para a Arcus, claro, a melhor solução seria uma operação de venda global da Brisa, porque isso significaria a venda do controlo da empresa, logo, um prémio que maximizaria o negócio. Outra alternativa seria, ou será, o grupo Mello arranjar um comprador para aquela posição, direta e indireta. E nenhuma das hipóteses está fechada.

A Arcus tem uma posição direta de cerca de 20%, e ainda uma posição indireta, através da Tagus, uma sociedade em conjunto com o grupo Mello que tem, ela própria, 44% dos direitos de voto da concessionária.

A Brisa, diga-se, está “madura”, como se costuma dizer sobre os negócios que estão no pico dos resultados. Entre as várias concessões, a mais relevante é a Brisa Concessões Rodoviárias, que gere 12 autoestradas, entre as quais a A1 e a A5, e lucrou 166,8 milhões de euros em 2018, um crescimento de 23,5% face ao ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pré-avisos de greve sobem 75% até julho para valor mais elevado desde 2013

  • Lusa
  • 26 Agosto 2019

Desde 2013, ano em que a taxa de desemprego atingiu o seu valor mais alto de sempre, que não havia tantos pré-avisos de greve nos primeiros sete meses do ano.

O número de pré-avisos de greve entre janeiro e julho deste ano aumentou 75% face ao mesmo período de 2018, sendo o mais elevado desde 2013, indicam dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.

A entrada de pré-avisos de greve na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) registou um valor mínimo de 224 em 2014, tendo-se observado uma tendência de subida desde então, com o número a atingir os 663 em julho deste ano.

O número observado nos primeiros setes meses deste ano apenas é ultrapassado pelos 1.217 pré-avisos registados em 2013, ano em que a taxa de desemprego observou um máximo histórico e o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,1%.

Dos pré-avisos entrados este ano, a maior parte (542) ocorreu fora do Setor Empresarial do Estado (SEE), segundo mostram os mesmos dados publicados pela DGERT e que se referem aos pré-avisos comunicados no âmbito do Código do Trabalho, não incluindo, por isso, os da função pública.

Estes dados correspondem aos pré-avisos entrados na DGERT, mas podem não corresponder às greves efetivamente realizadas, já que alguns são retirados ou suspensos.

João Cerejeira, economista e especialista em questões de trabalho, encontra no clima pré-eleitoral e na recuperação económica que o país registou nestes últimos anos algumas das razões para este endurecer da conflitualidade laboral.

Em ano de eleições, referiu à Lusa o também Professor da Universidade do Minho, o Governo tem menos margem de manobra para entrar em confronto direto com os trabalhadores.

Além disso, a melhoria do ciclo económico faz com que seja também mais difícil às empresas recrutar, o que acaba por reforçar o poder negocial dos trabalhadores.

“No período pós-crise, os trabalhadores sabiam que as empresas estavam fragilizadas e pedir valorização de salários não faria muito sentido”, afirma João Cerejeira, sublinhando que, com a recuperação da economia e com a noção “de que o bolo estará um bocadinho melhor”, os trabalhadores “querem uma maior partilha dos lucros”.

Elísio Estanque, investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, também considera que a recuperação da economia é um dos fatores que estará na origem da subida dos pré-avisos de greve.

Ressalvando que a comparação única destes pré-avisos revela apenas uma parte da realidade porque não tem em conta o número de dias de greve e o número de trabalhadores abrangidos, Elísio Estanque acredita que a subida está ainda relacionada com o facto de se estar em período pré-eleitoral.

A isto, o investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra soma o surgimento de novas organizações sindicais e a sua necessidade de afirmação.

“Este panorama geral, associado a um ciclo pré-eleitoral acaba por favorecer a multiplicação destas iniciativas de luta”, precisou.

O Código do Trabalho determina que o aviso prévio de greve indique a data de início e fim da paralisação, o seu âmbito geográfico, as entidades empregadoras a que se dirige ou ainda os trabalhadores abrangidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas de transporte retomam venda de passes para estudantes, mas suspensão pode voltar em outubro

Garantia do Governo que verba vai ser desbloqueada em setembro justifica decisão de retoma da venda de passes para estudantes e famílias carenciadas. Se Executivo falhar, suspensão volta em outubro.

As empresas que asseguram as obrigações de transporte público vão retomar a venda dos passes 4_18, sub23 e social+ com desconto, depois do Ministério do Ambiente e Transição Energética (MATE) ter assegurado à Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP) que os sete milhões de euros em dívida serão saldados no início de setembro.

Este foi um caso que se desenvolveu de forma acelerada ao longo de esta segunda-feira. Ao final da manhã a TSF noticiou que as empresas tinham decidido suspender a venda destes passes, já que o Governo deve indemnizar as empresas mensalmente pelos descontos que são obrigados a praticar nestes títulos — 25% face ao valor de venda ao público –, não o tendo feito desde o início do ano. Pouco depois da denúncia desta dívida, veio a público assegurar que tudo seria resolvido a 5 de setembro. Agora, a ANTROP anuncia que suspende a suspensão da venda destes passes.

“Na sequência da tomada de posição da ANTROP no sentido da suspensão imediata da venda dos passes 4_18, sub23 e social+ com desconto, até que o Governo proceda à aprovação da Resolução do Conselho de Ministros (RCM), possibilitando o pagamento do valor em dívida aos Operadores de Transporte, verba que ultrapassa já os 7 milhões de euros, o Governo veio formalmente garantir à ANTROP a aprovação da referida RCM na próxima reunião de Conselho de Ministros a realizar no próximo dia 5 de setembro”, diz a ANTROP em comunicado agora divulgado.

Desta forma, a “ANTROP aceita retomar, de imediato, a venda dos referidos passes com o desconto respetivo”, aponta o comunicado. Contudo, e caso o Governo falhe em cumprir, “as empresas retomarão a suspensão da venda dos passes referentes ao mês de outubro”, garante a associação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump acredita que a China acabará por ceder na guerra comercial com os EUA

  • Lusa
  • 26 Agosto 2019

No final da reunião do G7 em Biarritz, França, Donald Trump defendeu os avanços e recuos nesta disputa como o seu estilo de negociação e acredita que a China vai ceder, porque precisa de um acordo.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu esta segunda-feira a sua estratégia de avanços e recuos nas negociações comerciais com a China, dizendo que essa é a sua “forma de negociar”, acrescentando que a China acabará por ceder num acordo.

Na conferência de Imprensa no final da cimeira do G7, na cidade francesa de Biarritz, Trump desvalorizou os efeitos na economia mundial da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, dizendo que tem esperança em que se encontre uma solução, atempadamente.

Quando confrontado sobre os avanços e os recuos na negociação com Pequim, Trump defendeu a sua estratégia, dizendo que é a sua “forma de fazer negócios” e dizendo que acredita que se chegará a uma solução, porque a China precisa de um acordo.

“Desculpe, mas é assim, que eu negoceio”, explicou Trump, acrescentando que talvez outros presidentes norte-americanos antes dele devessem ter feito o mesmo.

“O que eu estou a fazer, já outros deviam ter feito, muito antes. Obama, Clinton, os dois Bush. Ninguém fez nada para travar os planos da China”, disse Trump, referindo-se ao desequilíbrio na balança comercial entre os dois países.

“Enquanto não houver maior equilíbrio, os EUA não vão ceder”, disse o Presidente dos EUA, para explicar que a escalada de taxas alfandegárias não levará a nenhum lado, enquanto a China não admitir que está numa situação favorável.

Trump disse que esta escalada provocará muitos danos na economia chinesa, não lhes deixando outra solução que não a de chegar a um acordo.

“Eles querem um acordo. Porque eles precisam de um acordo”, referiu Donald Trump.

Na conferência de Imprensa conjunta de Trump e do Presidente Emmanuel Macron, minutos antes, o líder francês disse que a situação de crise comercial entre os EUA e a China está a provocar incerteza económica e pediu para que ambos os lados cheguem rapidamente a um acordo.

“Quanto mais rápido for alcançado um acordo, mais rapidamente a incerteza se dissipará”, explicou Emmanuel Macron, acrescentando que os países do G7 estão empenhados em participar nessa solução.

“Ficou acordado nesta cimeira que devem ser feitas reformas profundas na Organização Mundial do Comércio”, anunciou Macron, sobre as conclusões do encontro do G7, acrescentando que há um compromisso para combater o roubo de propriedade intelectual, uma das queixas dos EUA contra a China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo promulga com reservas Entidade para a Transparência na vida política

  • Lusa
  • 26 Agosto 2019

O Presidente da República promulgou esta segunda-feira a lei que cria uma Entidade para a Transparência na vida política, apesar de manifestar "pertinentes reservas" a respeito do diploma.

O Presidente da República promulgou esta segunda-feira a lei que cria uma Entidade para a Transparência na vida política, apesar de manifestar “pertinentes reservas” a respeito do diploma.

“Não obstante as pertinentes reservas emitidas a respeito deste diploma, dada a maioria claramente superior a dois terços que obteve e a potencial relevância desta entidade para a aplicação do novo regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, o Presidente da República promulgou o diploma que aprova o Estatuto da Entidade para a Transparência e procede à nona alteração à Lei n.º 28/82, de 15 de novembro, que aprova a organização, funcionamento e processo do Tribunal Constitucional”, lê-se numa nota colocada no portal da Presidência na Internet.

Na última sessão plenária da legislatura, em 19 de julho, a Assembleia da República aprovou, em votação final global, a criação da entidade para a transparência e código de conduta, dois dos últimos diplomas do chamado “pacote da transparência”.

A nova entidade foi aprovada com os votos favoráveis do PS, PSD e BE e os votos contra do PCP e do CDS-PP, que a apelidam de “polícia dos políticos”.

Já o código de conduta dos deputados foi aprovado pelas bancadas do PS e PSD, pelos deputados do PAN André Silva e não inscrito Paulo Trigo Pereira, teve o voto contra do PCP e PEV e a abstenção do BE e CDS-PP.

À entidade para a transparência caberá avaliar e fiscalizar as declarações de rendimentos, património e interesses dos titulares de cargos públicos e políticos.

Foi ainda alargado o leque de cargos abrangidos pelas chamadas obrigações declarativas, que existiam até agora, por exemplo, a membros dos governos e deputados, e que passam a vigorar para magistrados e autarcas.

Esse registo é feito em modelo único na nova entidade para a transparência, que funcionará junto do Tribunal Constitucional.

Foi, igualmente, aprovado o Código de Conduta dos Deputados, que obriga, por exemplo, os deputados a declarar, na Assembleia da República, ofertas de valor igual ou superiores a 150 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

450 mil proprietários pagaram IMI na totalidade em maio

  • Lusa
  • 26 Agosto 2019

No primeiro ano em que foi possível fazê-lo, 450 mil proprietários pagaram a totalidade do IMI logo em maio, permitindo antecipar 63 milhões de euros de receita a favor dos municípios.

Os contribuintes com valores de IMI superiores a 100 euros puderam, este ano, pela primeira vez pagar o imposto na totalidade em maio e houve 450 mil que usaram esta solução, indicou esta segunda-feira à Lusa o Ministério das Finanças.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) enviou este ano um total de 3.890.587 notas de pagamento de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI), das quais 2.930.026 correspondiam a valores superiores a 100 euros.

Quando o IMI supera os 100 euros, a AT ‘desdobra’ o seu pagamento por duas ou três prestações, consoante o valor oscile entre os 100 e os 500 euros ou ultrapasse os 500 euros, respetivamente.

Este ano, pela primeira vez, os proprietários receberam na nota de liquidação da primeira prestação (paga em maio) também uma referência para o pagamento integral do imposto e, segundo afirmou à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças, “cerca de 450 mil contribuintes optou por pagar integralmente o IMI”.

O Ministério das Finanças adianta ainda que a adesão ao pagamento integral do IMI “se traduziu numa antecipação da receita entregue aos municípios em cerca de 64 milhões de euros”.

O IMI é um dos impostos que, desde 2018, pode ser pago por débito direto, mas as caixas de multibanco continuam a ser o meio mais usado pelos proprietários para tal, tendo representado 56,3% do total dos pagamentos.

O débito direto foi a opção de 27.802 contribuintes enquanto 16.681 utilizaram a solução MB Way, indicam os dados do Ministério tutelado por Mário Centeno.

Além da possibilidade de pagamento integral – uma medida que resultou do Simplex + – o IMI foi este ano alvo de alterações em relação aos prazos de pagamento e desdobramento do valor em prestações.

Até 2018, o pagamento do imposto apenas era dividido em duas fases caso o seu valor ultrapassasse os 250 euros, sendo que este ano este valor passou para os 100 euros.

Segundo o Ministério das Finanças esta medida, que entrou em vigor com o Orçamento do Estado para 2019, permitiu que “1.209.461 contribuintes com liquidação de valor compreendido entre 100 e 250 euros” passassem a “ter a modalidade prestacional”.

Relativamente aos prazos, a primeira prestação que até aqui era paga em abril passou para maio, enquanto a segunda ‘deslizou’ de julho para agosto. Sem alterações ficou a terceira, que se manteve em novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

G7 termina com elogios à unidade mas com acordos vagos

Os líderes das sete maiores economias avançadas do mundo dizem que conseguiram fechar vários acordos e que tudo decorreu num ambiente de grande unidade, mas o comunicado final é vago.

Depois de uma reunião repleta de peripécias, que incluiu desmentidos, mudanças de posição e convidados de última hora, os líderes dos países do G7 dizem que terminaram a reunião de Biarritz com uma demonstração de grande unidade e acordos em várias áreas, mas com uma declaração final vaga, onde o acordo mais concreto é a reforma da Organização Mundial do Comércio até 2020.

Foi uma reunião, no mínimo, diferente daquelas que têm caracterizado os encontros do G7, em parte, mais uma vez, pela presença de Donald Trump, mas também pela tentativa de Emmanuel Macron de (mais uma vez) tentar liderar a discussão.

Depois das palavras de Donald Trump que apontavam para dúvidas em relação à decisão de impor mais taxas aduaneiras sobre as importações chinesas, do desmentido da administração norte-americana e das palavras do Presidente dos EUA sobre as negociações com a China, que o seu secretário do Tesouro tentou retirar significado, os líderes assinaram um comunicado final onde elogiam os acordos alcançados, mas mais em torno de princípios do que decisões de fundo.

Sobre o comércio mundial, o principal elefante na sala, os líderes limitaram-se a concordar com a promoção do comércio livre e justo e da estabilidade da economia mundial, e mandataram os ministros das Finanças para acompanharem a situação.

O acordo mais concreto foi o relativo à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), um tema complexo e que tem dividido as principais economias do mundo – em especial a China e os Estados Unidos.

Os líderes dizem estar empenhados em conseguir uma reforma que simplifique os obstáculos criados pela regulamentação existente até 2020, a modernização do sistema fiscal internacional à luz dos princípios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), e ainda melhorar o sistema de resolução de disputas no que diz respeito à proteção da propriedade intelectual e para eliminar práticas comerciais injustas, temas que colocam a China numa posição delicada no processo de adesão à OMC.

Depois de Emmanuel Macron ter convidado à última hora o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, para tentar encontrar uma forma de salvar o acordo nuclear com o Irão, que os Estados Unidos renegaram, o único acordo alcançado entre os líderes a este respeito foi dizer que partilham dos mesmos dois objetivos: que o Irão nunca venha a dispor de armas nucleares; e o da promoção da paz e da estabilidade na região.

sobre a Ucrânia, motivo pelo qual a Rússia foi excluída do G7 (e cujo regresso ao grupo Donald Trump tentou promover nos dias que antecederam a reunião, hipótese rejeitada pelos restantes líderes), a conclusão foi que França e Alemanha vão organizar uma conferência nas próximas semanas para “atingir resultados palpáveis”.

Os líderes deixaram ainda algumas palavras sobre Hong Kong, região onde há três meses há manifestantes nas ruas e que está sob a ameaça de uma potencial intervenção mais musculada do regime chinês. Sobre os protestos na região, os líderes reafirmaram apenas os princípios estabelecidos no acordo entre o Reino Unido e a China para a entrega do então colónia britânica para as mãos da China, em que estão estabelecidos os princípios de governação e a legislação própria de Hong Kong ao abrigo do sistema ‘um país, dois sistemas’, e que, entre outras coisas, prevê o sufrágio universal, algo que não acontece nesta altura.

Os líderes pediram também para que se evite a violência no território, numa altura em que o regime chinês tem tropas estacionados na região fronteiriça de Shenzen e que os meios de comunicação controlados pelo regime chinês falam da necessidade de uma eventual intervenção militar chinesa no território.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ryanair registou “zero cancelamentos” durante a greve dos tripulantes

  • Lusa
  • 26 Agosto 2019

Transportadora aérea diz que "operou todo o seu calendário de voos portugueses" durante os cinco dias da greve dos tripulantes, que terminou no domingo.

A Ryanair registou “zero cancelamentos” durante os cinco dias da greve dos tripulantes, terminada no domingo, de acordo com um comunicado divulgado pela empresa.

A companhia aérea garantiu que “operou todo o seu calendário de voos portugueses, com zero cancelamentos, graças ao ótimo trabalho” dos seus pilotos portugueses e da tripulação que “não apoiou esta greve injustificada”, segundo a empresa.

Durante os cinco dias, entre 21 e 25 de agosto, a transportadora indicou que “todos os voos de/para Portugal partiram dentro do horário previsto, com uma pontualidade média de mais de 90%”, atribuindo atrasos pontuais a questões relacionadas com o controlo de tráfego aéreo.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), com a justificação de que a Ryanair continua a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce”, de acordo com um comunicado do dia 01 de agosto.

A Ryanair salientou, no mesmo comunicado de balanço, que “mantém abertura para trabalhar com o SNPVAC para chegar a um acordo” e apela “a que regressem às conversações o mais depressa possível”.

A transportadora garante que propôs um acordo de empresa que responde às preocupações dos tripulantes e que cumpre com a lei portuguesa, oferecendo aumentos nos salários “ao longo de cinco anos” e garantindo que o pessoal já recebe “remunerações bem acima das que são praticadas no mercado local”.

Paralelamente, a Ryanair adiantou que pretende continuar com a forma como organiza as escalas e que implica voar em média “apenas 10 ou 12 dias por mês”.

A Lusa contactou o SNPVAC para um balanço da paralisação e aguarda resposta.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) realizou ações inspetivas nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, durante a paralisação, na sequência da denúncia de alegadas irregularidades relacionadas com o direito à greve.

“A ACT tomou conhecimento de alegadas irregularidades relacionadas com o direito à greve dos tripulantes de cabine da companhia aérea Ryanair nos aeroportos do Porto, Lisboa e Faro e desencadeou de imediato uma intervenção inspetiva”, afirmou à Lusa fonte oficial da ACT, na quinta-feira.

A Lusa questionou a Ryanair sobre as alegações de que teria cometido irregularidades durante a paralisação, com duplicação de grevistas, entre outras coisas, mas a companhia aérea não respondeu a esta pergunta.

Em 2018, a ACT detetou aspetos irregulares em outra paralisação dos tripulantes da Ryanair e deu conta de que as infrações detetadas naquela greve deram origem a três participações crime junto do Ministério Público, de acordo com a subinspetora-geral da ACT, Fernanda Campos, em declarações à Lusa, na quinta-feira.

Fernanda Campos adiantou que as inspeções realizadas no ano passado durante greve dos trabalhadores da Ryanair foram detetadas infrações muito graves que levaram ao levantamento de autos notícia, cujas coimas aplicáveis podem ir até aos 215 mil euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Patris vende gestora de ativos do BPN e desinveste na intermediação. Centra o negócio na seguradora

Depois de ter esvaziado a sociedade, o grupo vendeu-a a um investidor estrangeiro por um preço simbólico. A intermediação financeira passou para o BiG e antecipa vender a participação na Previsão.

O grupo Patris, de Gonçalo Pereira Coutinho, tem em curso um processo de reestruturação com o objetivo de reforçar e centrar a atividade na seguradora Real Vida. Ao mesmo tempo, realocou a gestão de ativos e a intermediação de valores mobiliários. E, por outro lado, reforçou a participação nas áreas dos seguros e da gestão de fundos de pensões, segundo apurou o ECO.

A Patris Gestão de Ativos – Sociedade Gestora de Investimentos Mobiliários, pediu revogação da autorização para o exercício de atividades de gestão de fundos de investimento mobiliário ao Banco de Portugal, em maio do ano passado, sendo que tinha já cessado totalmente atividade. Seis meses depois, a Patris — através da sua seguradora Real Vida Seguros — alienou a gestora de fundos de investimento que pertencia ao antigo BPN e foi comprada ao Estado, em 2012, por 3,2 milhões de euros.

“Em novembro de 2018, a Real Vida Seguros cedeu as quotas representativas da totalidade do capital social da CDSPSBACFD – Consultoria e Serviços, Unipessoal, Lda (anteriormente designada por Patris Gestão de Ativos – Sociedade Gestora de Investimentos Mobiliários, S.A.)”, pode ler-se no relatório e contas de 2018 do grupo.

Pereira Coutinho explicou ao ECO que a empresa foi vendida a um investidor estrangeiro já como empresa de consultoria e sem atividade financeira, por “um valor muito reduzido” devido ao esvaziamento da estrutura. A gestão de ativos foi integrada na Real Vida, em linha com a estratégia de centrar o negócio e reforçar as competências da seguradora que tinha já sido aplicada com a integração da Finibanco Vida ou da Banif Pensões.

Intermediação de ativos passa para o BiG

Esta não foi a única operação com vista à “consolidação da atividade, racionalização dos meios e concentração nas principais participações”. Além da venda da antiga gestora de ativos do BPN, a Patris retirou a intermediação de valores mobiliários da corretora do grupo, a Patris Corretora.

“Foi decidido passar a atuar na intermediação de valores mobiliários não através de uma corretora (a Patris Corretora), mas sim através de um agente vinculado (Patris Finance)”, explica. A Patris Finance foi registada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em maio de 2019 como agente vinculado ao BiG – Banco de Investimento Global.

Tal como o supervisor dos mercados explicou ao ECO aquando do caso semelhante da Orey, a figura do agente vinculado define-se como “pessoa, singular ou coletiva, que sob a responsabilidade total e incondicional de uma única empresa de investimento em cujo nome atua, promove serviços de investimento e/ou serviços auxiliares junto de clientes ou clientes potenciais, recebe e transmite instruções ou ordens de clientes relativamente a serviços de investimento ou instrumentos financeiros, coloca instrumentos financeiros e/ou presta aconselhamento a clientes ou clientes potenciais relativamente a esses instrumentos ou serviços financeiros”.

"Foi decidido passar a atuar na intermediação de valores mobiliários não através de uma corretora (a Patris Corretora), mas sim através de um agente vinculado (Patris Finance).”

Relatório e Contas 2018 da Patris Investimentos

A Patris Finance não tem autonomia, nem irá fazer intermediação financeira, movimentar contas de clientes ou cobrar-lhes dinheiro pelos serviços. Praticamente a única atividade da nova empresa é de angariação de clientes, em nome do BiG. Será o banco a ficar responsável por serviços, produtos e receitas, bem como pelo controlo e compliance relacionado com clientes.

A terceira ação de desinvestimento foi a venda da participação de 34,67% da GSVI, SA, uma empresa de comércio, importação, exportação, reparação e manutenção de veículos automóveis e máquinas industriais. A alienação foi concretizada com a reversão da permuta de ações feita em 2017 com acionistas da GSVI, pelo que a Patris deixou de participar na empresa recebendo em troca as 312.500 ações próprias que tinha entregue em 2018.

Estrutura do grupo Patris no final de 2018

Fonte: Relatório e Contas 2018 da Patris Investimentos

Pereira Coutinho deverá vender parte na gestora de fundos de pensões da Altice

Em sentido contrário, a Patris manteve a estratégia de aquisições que tem levado a cabo. “Através da Real Vida, a Patris adquiriu 15,5% do capital da Previsão, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA, perspetivando-se para 2019 ou a compra da totalidade da empresa ou a alienação da participação detida“, explica a empresa, mas o CEO e maior acionista da Patris já antecipa que deverá voltar a vender a participação.

A gestora de fundos de pensões é detida em 82,05% pela Altice (através da PT Portugal), tendo também a companhia de seguros Allianz Portugal como acionista (com 2,5% do capital). A telecom de Patrick Drahi recebeu propostas pela Previsão, incluindo uma da Patris, mas terá sido o grupo IIBG Holdings a entrar em negociações exclusivas, como o Jornal Económico avançou em março. “Este grupo fez a melhor proposta. Se a Altice vender, nós também vendemos”, sublinhou agora Pereira Coutinho, ao ECO.

"Este grupo [IIBG Holdings] fez a melhor proposta [pela gestora de fundos de pensões Previsão]. Se a Altice vender, nós também vendemos.”

Gonçalo Pereira Coutinho, CEO da Patris Investimentos

Para já, o empresário diz que não há outras operações em cima da mesa, apesar de estar aberto a manter a estratégia, e frisou que o processo de reorganização está próximo do fim. “Com o processo de racionalização e simplificação da estrutura do grupo quase terminada, o grupo continuará a crescer de forma orgânica a que se poderá juntar uma ou outra aquisição que permita a criação de valor para o grupo, seja pelas sinergias que traga, seja pelo alargamento da oferta de produtos ou pela integração de novos clientes”, acrescentou.

No ano passado, o resultado líquido afundou para 33.713 euros, o que compara com lucros de 3.602.641 euros no ano anterior. Apesar de um desempenho muito inferior, a seguradora continua a dar o maior contributo às contas do grupo, com lucros de 247.527 euros.

A Patris justifica a quebra face ao resultado de 4.485.427 euros (em 2017) com a “elevada taxa de impostos” e “operações não recorrentes” no exercício anterior. No primeiro semestre de 2019, a Real Vida registou lucros acima de 1,8 milhões de euros e aumentou os ativos em 3,5%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O editorial do FT visto à direita e à esquerda: Costa e Catarina orgulhosos. Rio e Cristas falam da dívida e carga fiscal

Elogios do Financial Times à recuperação económica portuguesa caíram bem junto de Catarina Martins e de António Costa. PSD e CDS desvalorizam artigo. "É a opinião de alguém que está longe", disse Rio.

FT elogiou Portugal e dividiu partidos.

Se os elogios do Financial Times a Portugal caíram bem à esquerda, com Catarina Martins a destacar o papel da geringonça na recuperação da economia portuguesa nos últimos anos, e a António Costa, sublinhando o reconhecimento internacional do trabalho do seu Governo, os partidos à direita desvalorizaram o editorial do jornal britânico com o título “Portugal’s bright outlook offers Europe some hope — tradução livre, “Perspetivas brilhantes para Portugal oferecem à Europa alguma esperança” –, com Rui Rio e Assunção Cristas a considerarem que é a “opinião de alguém que está longe” e que “há algum distanciamento” para aquilo que é a realidade de quem vive em Portugal.

O FT escreveu este domingo que o que de bom se passa em Portugal tem a ver com um mix de “escolhas políticas acertadas” e “uma boa dose de sorte”. E, num tom elogioso para a coligação de esquerda, o primeiro-ministro também sai bem na fotografia tirada pelo influente jornal de economia inglês: António Costa “tem razões para estar mais otimista do que muitos outros líderes europeus”.

O último a comentar o assunto foi mesmo António Costa. Os elogios “correspondem àquilo que genericamente a imprensa internacional tem sinalizado sobre Portugal e a recuperação muito grande que o país teve ao longo dos últimos anos, o que se traduz no reconhecimento dos órgãos de comunicação social, mas sobretudo daqueles que investem”, disse o primeiro-ministro.

Isto resulta do reconhecimento internacional das boas políticas económicas que têm sido seguidas, da estabilidade que tem sido conquistado e da estabilidade que é importante manter de modo a continuar nessa trajetória“, considerou ainda.

De manhã, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, destacou “que o que Portugal fez de diferente na Europa nos últimos anos foi ter uma maioria parlamentar que recuperou salários e pensões. Talvez não tanto como país precisa, mas há uma diferença entre corte e reposição, e estes quatro anos foram de reposição. Isso faz diferença. Isso está a ser reconhecido e é importante”.

A dirigente bloquista sublinhou que esta reposição de salários e pensões “foi possível” devido à “participação de vários partidos que fazem uma maioria no parlamento”, afirmando-se orgulhosa do contributo do Bloco de Esquerda para este caminho.

No Twitter, a politóloga Marina Costa Lobo estranhou a ausência de qualquer menção aos comunistas no artigo do Financial Times.

“Opinião de alguém que até está longe”

As reações à direita também não demoraram, com as declarações dos líderes de PSD e CDS a procurarem retirar importância aos elogios vindos de fora.

Rui Rio foi mais expansivo nas palavras, tentando desvalorizar o editorial do FT porque foi escrito por alguém que “está longe” de Portugal e que “não tem conhecimento do que é o quotidiano aqui“.

“É a opinião do jornalista (…). Vê os números e diz: ‘Olha, o défice baixou’. Fica contente, acha que o défice baixou. A taxa de desemprego também baixou, mas é preciso ir ver essas coisas. A taxa de desemprego baixou, é verdade. Pois, então, se a economia internacional cresce, se a economia portuguesa quando este governo tomou conta da governação estava razoavelmente estabilizada por força do período negro que tivemos da troika e que não foi da responsabilidade do PSD, mas também foi da responsabilidade do PS, naturalmente que esses indicadores acabam por melhorar”, disse.

Rui Rio sublinhou depois que mais importante do que olhar para o défice orçamental é necessário prestar atenção ao défice externo. “Tinha sido eliminado, estávamos com excedente e agora o défice externo aumentou. Isto quer dizer que o endividamento de Portugal face ao exterior está a aumentar. Esse endividamento externo de Portugal face ao exterior foi aquilo que há uns anos determinou a falência”, notou. “Se quiserem dizer estas coisas ao homem ou mulher do Financial Times talvez mudem de opinião”, disse aos jornalistas.

No Twitter, o deputado social-democrata Duarte Marques diz que o elogio do jornal não se cinge a António Costa, e chega também ao Governo de Pedro Passos Coelho.

Do lado do CDS, Assunção Cristas falou em “distanciamento” entre o que escreveu o Financial Times e o “concreto o que é a vida em Portugal“.

“Não acredito que as pessoas que vivem em Portugal sintam que a maior carga fiscal de sempre lhes ajuda na sua vida quotidiana, na progressão da sua vida, na forma como a constroem a sua vida, na sua família. Não creio que lhes ajuda, não creio que estejamos no nosso melhor momento”, disse a líder do CDS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP e EDP puxam pela bolsa de Lisboa

O BCP terminou o dia a valorizar quase 2% e permitiu ao PSI-20 terminar o primeiro dia da semana em alta. Bolsa europeias também fecharam com ganhos, embora marginais.

A bolsa de Lisboa fechou esta segunda-feira em alta, acompanhando a tendência nos mercados europeus depois da confiança de Donald Trump sobre as conversações com a China tendo em vista um acordo para colocar fim à atual guerra comercial. Em Lisboa, foram o BCP e a EDP quem mais contribuiu para os ganhos.

O PSI-20 fechou o primeiro dia da semana a valorizar 0,33%, em linha com as suas congéneres europeias. Os principais índices das bolsas de Frankfurt e de Paris terminaram o dia com ganhos de 0,4%, o IBEX 35 de Madrid fechou a valorizar 0,7% e o italiano FTSE MIB 0,99%, motivado também pela perspetiva de um acordo de Governo em Itália, entre o Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrático.

Em Lisboa, foi o BCP a dar o mote para a sessão de hoje. As ações do banco português terminaram o dia a valorizar 2,56%.

Entre os pesos pesados do PSI-20, destaque ainda para a subida das ações da EDP, que terminaram o dia a valorizar 0,30%, e da Jerónimo Martins, que valorizou 0,21%.

Em sentido contrário estiveram as ações da Galp e da EDP Renováveis, que desvalorizaram 0,55% e 0,52%, respetivamente.

Destaque ainda para as ações da Media Capital — não negoceiam no PSI-20 –, que terminaram o dia a valorizar 34,39%, num dia em que se fala de uma possível OPA da Cofina sobre a empresa que é dona da TVI.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parafarmácia online espanhola Mifarma escolhe Portugal para iniciar expansão europeia

A parafarmácia online pretende investir 200 mil euros em versões web para Portugal, França, Reino Unido e Itália. A plataforma portuguesa já está a funcionar.

A espanhola Mifarma está de olhos postos na expansão internacional, nomeadamente em Portugal. A parafarmácia online planeia investir três milhões de euros na construção de um novo armazém em Albacete (Espanha), com 25.000 metros quadrados, que deverá dar resposta ao crescimento da empresa no país e, também, à sua expansão europeia, quer para Portugal como para França, Reino Unido e Itália.

De acordo com o Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol), as obras no novo armazém deverão começar assim que a parafarmácia consiga obter a autorização de construção, o que deverá ser já em dezembro ou, no máximo, no início do próximo ano, estando a inauguração prevista para o final de 2020.

Para já, a Mifarma marca presença apenas em Portugal, onde já comercializa desde junho. A página web portuguesa faz parte do investimento total de 200 mil euros que a empresa prevê efetuar para concretizar as versões web dos quatro países em questão. Um montante que se junta ao meio milhão de euros já investido no desenvolvimento da loja online, que recebe 1,9 milhões de visitas por mês e quatro mil pedidos por dia.

Este ano, a parafarmácia espanhola prevê aumentar a faturação em mais de dez milhões de euros. Se, no ano passado, a empresa registou uma de faturação de 31,3 milhões de euros, a meta agora é terminar 2019 com 48 milhões de euros em faturação. Este crescimento será, para a empresa espanhola, justificado pela ampliação do seu catálogo e, também, pela entrada da Mifarma em novos mercados, nomeadamente no português, o primeiro da expansão internacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.