Telefónica contrata JPMorgan para comprar negócio móvel da Oi por 4.000 milhões
Espanhóis querem crescer no mercado brasileiro e estão a analisar compra do negócio de telefonia móvel do rival Oi. Já contrataram americanos do JPMorgan para estudar operação.
A Telefónica está apostada em crescer no Brasil através da Vivo, a antiga joint-venture dos espanhóis com a Portugal Telecom no mercado brasileiro. Ainda que a elevada dívida aconselhe prudência, a operadora espanhola contratou o banco norte-americano JPMorgan para estudar a compra do negócio de telefonia móvel dos rivais da Oi, onde a Pharol detém uma posição de 5,5%. O negócio poderá realizar-se por um valor a rondar os 4.000 milhões de euros.
A notícia está a ser avançada pelo jornal espanhol El Confidencial, que refere que a Telefónica está muito interessada em crescer num mercado que já lhe dá 20% das receitas. E está a olhar para a situação de fragilidade financeira da Oi, a braços com uma reestruturação financeira há três anos, como uma oportunidade.
Fontes financeiras confirmam que a Telefónica está a ser assessorada pelo JPMorgan na compra de todo ou de apenas uma parte do negócio da Oi, a quarta maior operadora do Brasil que se encontra sob elevada pressão devido à dívida de 14 mil milhões de dólares.
Face à situação de crise, a Oi está a vender ativos: a divisão de telefonia móvel, o negócio de torres de telecomunicações, os centros de dados, a rede de fibra ótica em São Paulo e ainda parte dos ativos fora do Brasil, sobretudo a filial em Angola.
Face à posição de domínio no mercado brasileiro, a Telefónica teria maiores problemas em comprar a totalidade da companhia rival, dado que as autoridades locais chumbariam o negócio, indicam as mesmas fontes ao jornal espanhol. Ainda assim, os espanhóis confiam que a Anatel aprovaria a compra do negócio móvel da Oi, avaliado em cerca de 4.300 milhões.
Segundo os analistas do BTG Pactual, esta avaliação incorpora um múltiplo de sete a oito vezes o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da Oi, que se estima em 600 milhões.
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