Por cada euro que um homem ganha, uma mulher recebe apenas 84 cêntimos

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 4 Novembro 2019

Hoje é o dia Dia Europeu da Igualdade Salarial. Na União Europeia, em média, por cada euro que um homem ganha, uma mulher recebe apenas 84 cêntimos.

As mulheres na União Europeia ainda ganham em média cerca de 16 % menos do que os homens, apesar de o princípio da igualdade salarial ter sido inscrito nos Tratados europeus há 60 anos. No Dia Europeu da Igualdade Salarial assinalado hoje, o ECO faz o ponto da situação na UE.

As disparidades salariais correspondem à diferença entre a remuneração média bruta por hora dos homens e a das mulheres, nos vários setores da economia. Na UE em média, por cada euro que um homem ganha, uma mulher recebe apenas 84 cêntimos. Significa também que as mulheres europeias trabalham gratuitamente durante dois meses quando comparadas com os colegas homens. Outras desvantagens sentidas pelas mulheres são as taxas de emprego, em regra geral inferiores às registadas entre os homens.

A tendência aponta para uma redução continuada da desigualdade salarial nos últimos anos mas de uma forma ainda excessivamente lenta, — por exemplo, em 2014 o fosso salarial era de 16.6%.

Segundo os últimos dados do Eurostat (relativos a 2017), Portugal — com 16,3% de diferença salarial entre homens e mulheres — está próximo da média europeia. Mas entre os Estados-membros da UE há diferenças consideráveis. No top 5 dos países com menores diferenças estão a Roménia (3,5%), o Luxemburgo e a Itália (5%), a Bélgica (6%) e a Polónia (7,2%). No extremo oposto, com as maiores disparidades encontram-se o Reino Unido (20,8%), a Alemanha (21%), a República Checa (21,1%) e a Estónia (25,6%).

Entre os fatores que contribuem para acentuar as diferenças está o facto de os cargos de chefia, gestão e supervisão serem maioritariamente ocupados por homens, que são assim promovidos mais frequentemente do que as mulheres e portanto mais bem remunerados. Outra explicação apontada pela Comissão para o gap salarial prende-se com o facto de ainda existir um grande desequilíbrio em relação ao tempo que mulheres e homens dedicam às responsabilidades familiares (cerca do triplo do tempo entre as mulheres), o que leva muitas mulheres a trabalhar em regime de tempo parcial, com menos horas pagas.

Segundo a Comissão, existe ainda uma certa segregação na educação e no mercado de trabalho. Em alguns Estados-membros, as profissões predominantemente exercidas por mulheres implicam salários inferiores aos conferidos por profissões predominantemente exercidas por homens, ainda que exijam o mesmo nível de experiência e de formação.

A situação atual leva a Comissão Europeia a afirmar que é “necessário fazer mais” para reduzir o fosso salarial. “As mulheres europeias continuam a trabalhar gratuitamente durante dois meses em comparação com os seus colegas masculinos, e os progressos nesse domínio são demasiado lentos. Embora nos últimos cinco anos tenhamos dado alguns passos na direção certa, é necessário fazer mais e mais rapidamente”, afirmam o vice-presidente Frans Timmermans, a comissária do Emprego e Assuntos Sociais Marianne Thyssen e a comissária da Justiça e Igualdade de Género Věra Jourová, numa declaração conjunta publicada em vésperas deste Dia Europeu.

Os três comissários defendem ainda o reforço da transparência salarial por forma a detetar casos de discriminação salarial nas empresas e assim “os trabalhadores e os clientes poderem tirar as suas próprias conclusões e agir”. Assinalam igualmente o compromisso assumido pela presidente-eleita do executivo comunitário Ursula von der Leyen de apresentar nos primeiros 100 dias do novo mandato medidas que introduzam uma transparência salarial vinculativa.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que arranca o Web Summit, o BPI apresenta resultados e a Mutualista Montepio Geral tem marcado a assembleia-geral para votar os novos estatutos.

Esta segunda-feira é dia de conhecer os resultados do BPI e de serem votados os novos estatutos da Mutualista Montepio Geral. Arranca o Web Summit e o Banco de Portugal explica como tem evoluído a dívida pública. Vem aí relatório sobre eficiência energética.

BPI apresenta resultados

O BPI apresenta, esta segunda-feira, os seus resultados consolidados referentes ao terceiro trimestre do ano. As contas serão anunciadas ainda antes da abertura do mercado. Nos primeiros seis meses do ano, o BPI apresentou um resultado consolidado positivo de 134,5 milhões de euros. Registou assim uma forte queda dos lucros (-63%), que foi explicada pelas operações extraordinárias registadas no arranque do ano passado e que não se repetiram em 2019.

Arranca mais uma edição do Web Summit

Começa, segunda-feira e em Lisboa, mais uma edição do Web Summit, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo. A sessão de abertura está marcada para as 18h30 e estará a cargo de Paddy Cosgrave, fundador deste evento. Segue-se uma intervenção de Edward Snowden, analista de sistemas informáticos que ficou conhecido por ter denunciado o sistema de vigilância massiva nos Estados Unidos. A sessão vai terminar com intervenções do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

Mutualista Montepio vota novos estatutos

A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) marcou para esta segunda-feira a assembleia-geral de discussão e votação da proposta de alterações dos estatutos, para que fiquem em linha com o novo Código das Associações Mutualistas. Esta proposta que será discutida esta segunda-feira foi elaborada pela comissão de revisão de estatutos, eleita em março, e esteve já em análise pelo Ministério do Trabalho, pelo que a convocatória da assembleia-geral significou que o Governo deu luz verde à proposta, que terá agora de ser obrigatoriamente analisada e votada pelos associados.

Como está a evoluir dívida pública?

O Banco de Portugal divulga, esta segunda-feira, a nota de informação estatística da dívida pública relativa a setembro deste ano. Em agosto, a dívida pública situou-se em 252,2 mil milhões de euros, tendo aumentado 1,1 mil milhões de euros face ao final de julho. Para essa subida contribuiu o aumento dos títulos de dívida por via da emissão de bilhetes de Tesouro, sublinhou o Banco de Portugal.

Como anda a eficiência energética em Portugal?

A Agência Internacional de Energia (IEA na sigla inglesa) publica, esta segunda-feira, o relatório “Energy Efficiency 2019”. Em causa estão dados sobre a eficiência energética dos países, que servem de ferramenta na definição de políticas e na tomada de decisões. O relatório sublinha ainda o impacto da digitalização nos lares, negócios e sistemas de transporte.

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Pedro Siza Vieira: “Web Summit é alavanca para chegar a objetivos estratégicos”

Ministro da Economia vê o evento como uma "montra" de um "país aberto" e "acolhedor", sublinhando o papel cada vez mais relevante das startups no PIB nacional.

O ministro da Economia diz que o Web Summit é uma “alavanca” para o país “chegar a objetivos estratégicos”. Em entrevista ao ECO, feita por email, Pedro Siza Vieira afirma que o evento serve de “montra desta imagem de Portugal”, que deve continuar a aproveitar esta semana “como uma oportunidade única para reforçar o seu posicionamento como país aberto ao investimento e ao conhecimento”.

Apresentação dos resultados da Startup Portugal e o impacto do Ecossistema empreendedor na Economia portuguesa - 26JUL19

“Portugal é um país aberto, acolhedor e, ao longo da sua história, tem feito parte de rotas de viajantes e de comércio globais. Ora, num mundo cada vez mais globalizado, continuamos disponíveis para receber todas as culturas, nacionalidades e formas de conhecimento”, sublinha o ministro da Economia que estará ao lado de Paddy Cosgrave e de Fernando Medina na cerimónia de abertura do evento, na tarde desta segunda-feira, no Altice Arena.

Para o ministro, além dos impactos económicos diretos, “é inegável que o evento contribui para a elevação do perfil do país do ponto de vista reputacional”. “Portugal é hoje sinónimo de país amigo da tecnologia avançada, o que não acontecia há 10 anos”, justifica, acrescentando: “A Web Summit é um instrumento nesse caminho e a imagem de modernidade de Portugal, já hoje inegável, sairá reforçada, com toda a certeza, depois desta edição”.

A Web Summit tem sido uma montra desta imagem de Portugal, para reforçar o seu posicionamento como país aberto ao investimento e ao conhecimento.

Pedro Siza Vieira

Ministro da Economia

Sublinhando o peso do ecossistema português na economia nacional que, em 2018, representou mais de 1% do PIB, Pedro Siza Vieira destaca as perspetivas de crescimento “positivas face ao impacto crescente que as startups têm registado na economia”.

“Portugal apresentou a melhor proposta”

Sem adiantar detalhes sobre o acordo celebrado, no ano passado, pelo Governo, câmara municipal, Turismo de Portugal e pelo Web Summit — sabe-se que o acordo inclui o pagamento de 11 milhões de euros por ano à organização –, o ministro da Economia refere que “Portugal apresentou a melhor proposta à organização” e que isso vai permitir “consolidar o país como referência do empreendedorismo, do talento e da inovação”.

Na corrida com Portugal estavam algumas outras cidades europeias mas a organização do evento acabou por escolher Portugal. O anúncio de que o Web Summit ficará, até 2028, no nosso país, foi feito em setembro do ano passado, em vésperas da realização da 3.ª edição do evento em solo nacional. “A concorrência para assegurar o evento era muito forte, mas conseguimos afirmar mais uma vez as capacidades do país. Temos estabilidade política, bom clima, segurança, boas infraestruturas e excelentes recursos humanos”, afirma o ministro, enunciando os fatores que fizeram do nosso país a escolha da empresa irlandesa.

"Queremos impulsionar o empreendedorismo e a inovação, não a todo o custo, mas contemplando a sustentabilidade até do próprio planeta”

Pedro Siza Vieira

Ministro da Economia

O ministro da Economia refere ainda que, do ponto de vista do Governo, os planos passam por continuar a trabalhar com o Web Summit “em prol do crescimento das ideias, das empresas e das próprias pessoas.” “Queremos impulsionar o empreendedorismo e a inovação, não a todo o custo, mas contemplando a sustentabilidade até do próprio planeta. Um dos objetivos é tornar a Web Summit cada vez maior e com uma maior participação das pessoas. Já tem crescido todos os anos desde que se fixou em Portugal, em 2016, e os indicadores apontam para que este ano volte a crescer em relação à edição de 2018.

Sobre a escolha de Portugal por mais 10 anos, Pedro Siza Vieira sublinha que “o país foi capaz de demonstrar mais-valias nas primeiras edições de Lisboa” e que, por isso, “está em condições de continuar a aposta na construção da modernidade e inovação, com foco nas pessoas”.

“Acreditamos e estamos a trabalhar para que Portugal possa ser uma sociedade verdadeiramente desenvolvida e inclusiva, que a todos oferece as competências para participar nas oportunidades criadas também pelas novas tecnologias”, afirma ainda o ministro da Economia.

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“Portuguese accent”: os portugueses que vão subir ao palco do Web Summit

Nesta edição do Web Summit há muitos nomes portugueses em cima do palco. Tome nota dos nomes com sotaque português que vão marcar os próximos dias de conferência.

António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa e Fernando Medina são três dos nomes já “habituais” no que toca à presença portuguesa nos palcos do Web Summit. O Presidente da República, como já é habitual, deverá falar no encerramento do evento, na próxima quinta-feira, assim como Fernando Medina já tem um lugar “cativo” na cerimónia de abertura, já esta segunda-feira.

Ao lado do presidente da câmara de Lisboa estará o CEO e cofundador do evento, Paddy Cosgrave, acompanhado também do ministro da Economia Pedro Siza Veira (que também abrirá os trabalhos amanhã, mais cedo, no Venture, evento paralelo dedicado aos investidores).

Ausente da cerimónia de arranque da 4.ª edição do Web Summit em Lisboa estará António Costa. O primeiro-ministro deverá voltar da República Checa, onde participa na Cimeira dos Amigos da Coesão — no próximo dia 5, terça-feira, a tempo de estar no palco principal do Web Summit na quarta-feira, ainda que da agenda oficial não conste, por enquanto, qualquer referência à presença de Costa no evento.

No entanto, a participação portuguesa nos palcos do maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo vai muito além destes nomes. Daniela Braga, CEO e cofundadora da DefinedCrowd, estará no palco principal na sessão de abertura, esta segunda-feira a partir das 17 horas no Altice Arena.

Também André Jordão, CEO e fundador da startup Barkyn, estará no palco principal do evento. A abrir a sessão da tarde, Jordão estará ao lado de outra portuguesa, Luísa Lima (Fyde), de Veronika Riederle (Demodesk) e de Nils Henning (Casafari) a fazer o pitch em frente de vários milhares de pessoas que, habitualmente, deixam o Altice Arena sem um lugar vago na sessão de abertura.

Daniela Seixas, a médica que criou a TonicApp, uma espécie de rede social para os médicos do mundo, vai também pisar o palco principal, mas no dia 7 de novembro, quinta-feira, a partir das 9h15, na primeira sessão de pitch do dia. Um dia antes, esse espaço será ocupado, à mesma hora, por outro português — Rui Sales — que é presidente e COO da Stratio.

Outros nomes portugueses a destacar, desta vez noutros palcos da conferência, são os de Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, que participa num painel na MoneyConf na quarta-feira, 6 de novembro, a partir das 14h45, sobre o “comboio das fintech”. Ricardo Vargas, diretor executivo da Brightline Initiative, estará na Corporate Innovation Summit, já no dia 5 às 13h35.

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Hamilton conquista sexto título mundial de Fórmula 1 com segundo lugar em Austin

  • Lusa
  • 3 Novembro 2019

Com a conquista do sexto cetro mundial, o terceiro consecutivo, Hamilton tornou-se no segundo piloto com mais títulos na história da modalidade, a um do alemão Michael Schumacher.

O britânico Lewis Hamilton (Mercedes) assegurou hoje a conquista do seu sexto título mundial de Fórmula 1, ao terminar em segundo o Grande Prémio das Américas, atrás do finlandês e companheiro de equipa Vallteri Bottas.

Na 19.ª e antepenúltima prova da temporada, o britânico terminou a 4,148 segundos do vencedor, à frente do holandês Max Verstappen (Red Bull), que alcançou a terceira posição, a 5,002.

Com a conquista do sexto cetro mundial, o terceiro consecutivo, Hamilton tornou-se no segundo piloto com mais títulos na história da modalidade, a um do alemão Michael Schumacher (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004), ultrapassando já os cinco do argentino Juan Manuel Fangio (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957).

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Marques Mendes diz que Fernando Medina poderá substituir Centeno nas Finanças

Adensam-se os rumores que Mário Centeno estará de saída do Governo. Marques Mendes comentou o tema no seu comentário na SIC e aponta dois sucessores: Fernando Medina e Mourinho Félix.

No seu comentário semanal na SIC, Marques Mendes diz que “Mário Centeno e António Costa estão em rota de colisão”, antecipando a saída do ministro das Finanças: “Foi despromovido na hierarquia do Governo e não falou no debate do programa do Governo”.

Neste cenário, quem substituirá Mário Centeno? Mendes fala numa solução interna, Mourinho Félix, ou em alguém vindo de fora, como Fernando Medina, atual presidente da Câmara de Lisboa.

“Fernando Medina é uma solução que se fala nos bastidores, num círculo restrito do PS”, revelou o comentador.

Caso se confirme a saída de Mário Centeno, Marque Mendes defende que a solução “mais provável, mais óbvia e natural é a de Ricardo Mourinho Félix”, o atual secretário de Estado das Finanças. No entanto, “António Costa pode querer surpreender e escolher alguém de fora”, apontando o nome de Fernando Medina, atual presidente da câmara de Lisboa. O comentador lembra que Medina já tratou das Finanças na Câmara quando António Costa liderava a autarquia.

No debate do programa de governo na Assembleia da República esta semana, Rui Rio perguntou ao Governo se o atual ministro das Finanças vai continuar até ao final do mandato. Mas o primeiro-ministro manteve-se em silêncio sobre este tema.

“[O primeiro-ministro] pura e simplesmente não respondeu à minha pergunta, portanto acho que podemos tirar a ilação de que o ministro das Finanças está a prazo. Ou seja, vai estar uns meses no Governo, mas não vai estar muito tempo”, afirmou o líder do PSD aos jornalistas, na quarta-feira.

Mário Centeno é o ministro das Finanças desde 2015 e voltou a ser escolhido por António Costa para fazer parte do XXII Governo Constitucional. Na nova orgânica do Governo, Centeno ganhou o estatuto de ministro de Estado, juntamente com o ministro da Economia Pedro Siza Vieira (que foi promovido a número dois), Augusto Santos Silva e Mariana Vieira da Silva.

No entanto, no debate do programa do Governo, Mário Centeno foi o único que não discursou, ao contrário do que tinha acontecido em 2015, quando fez o discurso de encerramento.

Nos últimos meses tem aumentado os rumores de que Mário Centeno poderá abandonar o Governo depois de terminada a presidência do Eurogrupo. Em cima da mesa poderá estar a sua ida para o Banco de Portugal, em 2020, ano em que o atual governador Carlos Costa termina o mandato.

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UE autoriza seguradora do Crédit Agricole e Abanca

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2019

A Comissão Europeia deu luz verde à seguradora do gigante francês e do banco de capitais venezuelanos para explorar ramos Não Vida na península ibérica. A CE não levanta problemas de concorrência.

A seguradora detida em partes iguais pelo Crédit Agricole e pelo Abanca para operar em seguros Não Vida em Portugal e Espanha, foi autorizada pela União Europeia.

O acordo apresentado, agora validado pela UE, é válido por 30 anos para desenvolver o negócio de seguros Não Vida em Portugal e Espanha. Uma empresa conjunta vai nascer deste acordo procurando clientes particulares e empresas com menos de dois milhões de euros de faturação. O modelo de negócio está centrado na criação e comercialização de produtos simples, mas inovadores num modelo que fomenta a contratação self-service e um modelo operativo omnicanal com enfoque no digital-first.

A Comissão Europeia considera que a joint venture não levanta problemas de concorrência dada a pequena expressão dos grupos na atividade seguradora nos países ibéricos.

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Só uma bacia hidrográfica acumulou mais água em outubro. Nas restantes 11 a quantidade de água recuou

  • Lusa
  • 3 Novembro 2019

Os dados da Agência Portuguesa do Ambiente revelam que outubro foi um mês pior para a maioria das bacias hidrográficas. Só a bacia do Ave foi uma exceção.

A quantidade de água armazenada subiu em outubro apenas na bacia hidrográfica do Ave e desceu nas outras 11 em comparação com o mês de setembro, segundo dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

De acordo com os dados disponibilizados hoje, no último dia do mês de outubro, e comparativamente ao último dia do mês anterior, verificou-se a subida do volume armazenado de água na bacia hidrográfica do Ave e a descida nas outras 11 das bacias monitorizadas pela Agência Portuguesa do Ambiente.

Das 59 albufeiras monitorizadas, três apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 30 têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.

A bacia do Sado (25,6%) era a que apresentava no final de outubro menor disponibilidade de água, seguida pelas do Barlavento (30,7%), do Lima (33,9%), do Arade (40,3%), do Oeste (40,4%), de Mira (46,9%)

As bacias do Cávado (62,7%), do Guadiana (61,7%) e do Douro (60,9%) tinham os níveis mais altos de armazenamento no final de outubro.

Acima dos 50% de armazenamento estavam ainda as bacias do Ave (51,1%), do Tejo (54,3%) e do Mondego (58,0%).

As albufeiras com menor disponibilidade de água situavam-se em outubro nas bacias do Guadiana e do Sado.

Na bacia do Guadiana, a albufeira de Abrilongo (concelho de Campo Maior, distrito de Portalegre) estava em outubro apenas com 1,8% de disponibilidade de água e a de Lucefit (Alandroal, distrito de Évora) com 4,5%.

No Sado, a albufeira de Campilhas (concelho de Santiago do Cacém, em Setúbal) estava em outubro com 6,6% de disponibilidade de água e Monte da Rocha (concelho de Ourique, em Beja) com 8,5%.

Os armazenamentos de outubro de 2019 por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de outubro (1990/91 a 2018/19), exceto para as bacias do Cávado, Douro e Arade.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

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Contas T3: AIG volta aos lucros no terceiro trimestre

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2019

A gigante americana deu uma enorme volta nos seus resultados deste ano. Cuidado nas despesas, maior atenção na subscrição e uma nova estratégia para o resseguro mudaram a trajetória de rentabilidade.

A AIG apresentou um resultado líquido de 648 milhões de dólares nos primeiros nove meses deste ano, um significativo turnaround de desempenho face aos 1,3 mil milhões de prejuízos que se registava em igual período de 2018.

Menos efeitos de catástrofes naturais são a explicação para estes resultados e que foi adiantada por Brian Duperreault, presidente e CEO da AIG. Ainda assim, a companhia sofreu quase 500 milhões de dólares de perdas com eventos ambientais de larga escala incluindo o tufão Faxai e o furacão Dorian. Esse menor efeito nos resultados deveu-se, segundo o CEO, a melhor política de subscrição, disciplina nas despesas e por uma renovada estratégia de resseguro.

O setor de Vida e Reforma também beneficiou com a nova estratégia passando a 646 milhões de dólares no Q3 deste ano quando tinha registado prejuízos de 98 milhões em período igual do ano passado. Duperrault salienta que este cenário se deve repetir apesar dos “ventos desfavoráveis de um ambiente de baixas taxas de juro”.

O CEO dá como certo que a AIG terá uma operação de subscrição rentável em 2019 e que vai obter, mantendo esta linha de crescimento, um “ um ROCE (EBIT/ capital investido) de dois dígitos no final de 2021”, conclui.

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Insurance Europe: UE deve regular dados dos veículos

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2019

A Federação que representa 95% das companhias de seguros europeias diz que falta regular o acesso aos dados dos veículos pelos condutores sem terem de passar por construtores ou seguradoras.

Os dados gerados pelos veículos mais modernos criam oportunidades para os condutores terem acesso a produtos e serviços inovadores, mas para que isso aconteça a União Europeia (UE) deve regular o acesso e controlo desses dados por quem conduz.

Para a Insurance Europe, federação de seguradoras que representa 37 associações nacionais – entre elas a Associação Portuguesa de Seguradores – os condutores devem ter total controlo dos dados produzidos pelos veículos e liberdade para os partilhar com o seu prestador de serviços de seguros sem passar pelos fabricantes. Isso só pode acontecer “através de uma intervenção reguladora da União Europeia”.

Esta posição é defendida num documento divulgado a propósito de uma iniciativa sobre os seguros e o futuro da mobilidade. Os dados gerados pelos novos veículos são uma oportunidade para, por exemplo, criar soluções de seguro à medida do estilo de condução de cada pessoa ou incentivar uma melhor condução. Mas para isso é necessário que os condutores tenham acesso a todos os dados.

No documento a Insurance Europe considera ainda que as seguradoras, para realizarem corretamente a sua função de compensação, devem ter acesso a toda a informação gerada pelos veículos antes, depois e após acidentes.

Esta questão refere-se especificamente a novos tipos de veículos elétricos leves e autónomos, para que as entidades possam saber o que aconteceu e distribuir a responsabilidade. A Insurance Europe analisa ainda as questões de responsabilidade civil colocadas por bicicletas elétricas, segways e trotinetes.

Perante as dúvidas levantadas sobre a responsabilidade por acidentes e se o seguro deveria ser obrigatório para aqueles veículos, a instituição considera que este seguro se deveria aplicar aos veículos que podem superar os 25 km por hora.

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Algarve vai ter transporte público regular em localidades com mais de 40 habitantes

  • Lusa
  • 3 Novembro 2019

A comunidade intermunicipal do Algarve anunciou que a empresa EVA vai passar a assegurar a quase totalidade do serviço público rodoviário de passageiros daquela região.

A empresa de transportes EVA vai passar a assegurar a quase totalidade do serviço público rodoviário de passageiros no Algarve, anunciou hoje a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), que prevê assinar o contrato de concessão ainda este ano. A empresa conseguiu assegurar um conjunto de obrigações, entre elas um sistema de transporte para os locais com mais de 40 habitantes que ainda não dispõem de um serviço regular.

Em comunicado, a AMAL indicou que o contrato vai ser assinado depois de o operador assegurar as obrigações decorrentes do concurso público internacional para reforçar e melhorar a mobilidade em 98 linhas dos 16 concelhos do distrito de Faro.

As obrigações passam:

  1. Pela implementação de um sistema de transporte para os locais com mais de 40 habitantes que ainda não dispõem de um serviço regular,
  2. Pelo transporte de duas bicicletas nas linhas Vila Real de Santo António/Faro, Faro/Lagos e Lagos/Sagres
  3. Pelo serviço de Aerobus para a ligação direta de algumas cidades ao aeroporto de Faro, no qual se incluem também o transporte gratuito de duas bicicletas por veículo.

Segundo a AMAL, o serviço de transportes públicos no Algarve estará a funcionar em pleno em agosto de 2020, e não vai abranger os transportes urbanos geridos pelos municípios de Faro, Portimão e de Lagos.

O concurso internacional para a concessão do serviço público rodoviário de passageiros para o Algarve foi lançado em junho passado, no âmbito da lei que coloca a competência da gestão daquele serviço nos municípios e nas comunidades intermunicipais.

Os municípios do Algarve foram pioneiros ao avançar com esta medida, através de um concurso com um valor que rondou os 85 milhões de euros para uma concessão por cinco anos.

No Algarve existem atualmente 106 linhas base de transporte rodoviário regular de passageiros, das quais 98 passam a ser geridas pela AMAL, na qualidade de autoridade de transportes.

Este ano, a associação que integra os 16 municípios do Algarve avançou com um programa de redução de preços dos passes para os transportes públicos na região, que passaram a ter um valor máximo de 40 euros.

A AMAL e a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) assinaram recentemente um protocolo para o reforço e regulação do transporte rodoviário público nas ligações entre Odeceixe (Algarve)/Santiago do Cacém (Alentejo), incluindo a passagem via Odemira.

“Este protocolo vai, entre outros benefícios, possibilitar a redução de custos”, sustenta a AMAL.

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Governo italiano cria grupo de trabalho para acompanhar fusão entre PSA e Fiat Chrysler

  • Lusa
  • 3 Novembro 2019

O ministro italiano do Desenvolvimento Económico diz que a fusão dos dois grupos automóvel pode relançar o setor. Apesar disso, o governante revela preocupações com o emprego e a produção em Itália.

O Governo italiano decidiu convocar um grupo de trabalho permanente na sequência do anúncio da eventual fusão entre a italiana Fiat Chrysler e a francesa PSA para acompanhar e analisar as mudanças no setor automóvel.

“A fusão entre a FCA e a PSA é uma operação que constitui uma potencial oportunidade para relançar o setor automóvel, uma mudança de perspetiva nacional, já que cria um ‘campeão europeu’ da indústria”, afirma o ministro do Desenvolvimento Económico e membro do Movimento 5 Estrelas (M5S), Stefano Patuanelli, numa carta enviada ao diário italiano La Stampa e publicada no seu perfil do Facebook.

Patuanelli aplaude esta iniciativa entre os dois grupos, que criará o quarto colosso do motor do mundo, com sinergias estimadas em 3.700 milhões de euros, mas reconhece que gera algumas preocupações, especialmente no que se refere ao emprego e à produção em Itália.

“Por estas razões, decidimos convocar um grupo de trabalho permanente sobre automação no ministério, que terá como objetivo procurar ferramentas, também normativas, para fazer face às mudanças no setor”, disse.

O ministro italiano considera que esta indústria “vai experimentar uma mudança profunda nos próximos anos”, devido ao desenvolvimento das novas tecnologias, a transição para os veículos elétricos e a procura dos clientes, “que exigirá comprar mobilidade”, e por isso acredita que a política deve assumir “decisões estratégicas, de visão, de longo prazo, incluindo quando estas possam conduzir à perda de apoio do eleitorado”.

Neste sentido, o ministro citou o imposto que aprovou o anterior executivo, do M5S e da Liga, e que penaliza os automóveis mais contaminantes para incentivar a compra de veículos que protejam o meio ambiente, e também os investimentos desenvolvidos no país na denominada indústria 4.0, ou seja a das fábricas inteligentes.

O ministro defende que o Governo deve favorecer a transição tecnológica das empresas e assumir “medidas estruturais que beneficiem o tecido produtivo do país”.

Em 31 de outubro, o grupo francês PSA, fabricante da Peugeot, e a ítalo-americana Fiat Chrysler (FCA) anunciaram ter acordado “por unanimidade” uma “fusão das atividades dos dois grupos” para criar uma nova entidade com sede na Holanda.

“Os acionistas dos dois grupos passariam a deter, respetivamente, 50% do capital da nova entidade e, portanto, iriam partilhar em parte igual dos benefícios desta fusão”, é referido num comunicado conjunto.

O Conselho de Administração será composto por cinco membros nomeados pela Fiat-Chrysler e outros cinco pelo PSA, incluindo o português Carlos Tavares, como diretor-geral.

O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, congratulou-se com “o início das negociações entre os dois grupos”, mas prometeu que o Estado, acionista em 12% da PSA, vai continuar “particularmente vigilante” sobre o impacto na indústria francesa.

A fusão entre as duas construtoras será feita sem o “encerramento de fábricas”, garantiram as duas sociedades no mesmo comunicado conjunto, no qual precisaram que as sinergias anuais estão estimadas em 3,7 mil milhões de euros.

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