Salário médio em Lisboa é mais de mil euros

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

"Por trás do valor médio estão remunerações muito desiguais que variam em função de diferentes fatores como sexo, idade, setores de atividade, contrato ou concelhos", alerta a união de sindicatos.

A remuneração média no distrito de Lisboa é atualmente de 1.171,9 euros, mas 17,7% dos trabalhadores recebem menos de 600 euros e 29,2% ganham entre 600 e 900 euros, diz a União dos Sindicatos de Lisboa. De acordo com um documento apresentado esta sexta-feira no XII Congresso da União dos Sindicatos de Lisboa (USL), da CGTP, por trás “do valor médio remuneratório no distrito de Lisboa escondem-se várias desigualdades”.

Citando dados do Inquérito ao Emprego e dos Quadros de Pessoal, a USL salienta que a remuneração média mensal no distrito de Lisboa é de 1.171,9 euros. “No entanto, por trás deste valor médio estão remunerações muito desiguais que variam em função de diferentes fatores como são o sexo, a idade, os setores de atividade, o tipo de contrato ou os concelhos“, diz o documento sindical.

A mesma análise lembra que, no seguimento da crise e dos anos de intervenção da troika, o distrito de Lisboa teve um pico no número de insolvências, com 1.028 processos em 2015, número que desceu para 496 em 2018. A maioria das empresas que iniciaram processos de insolvência em 2018 pertenciam à indústria transformadora (22,3%), seguidas do setor retalhista (15,6%) e dos serviços (15,5%).

O documento apresentado no congresso da USL refere ainda que, face a 2015, o número de empresas com processos de despedimentos coletivos no distrito de Lisboa diminuiu de 244 para 152, o que corresponde a uma quebra de 37,7%.

No mesmo período, o número de trabalhadores alvo de despedimento coletivo diminuiu de 2.737 trabalhadores para 1.995, o que corresponde a uma quebra de 27,1%. Citando dados da DGERT, mais de metade dos despedimentos coletivos realizados no país entre 2015 e 2018 (64,2%) foram em empresas do distrito de Lisboa.

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“Respeito os eleitores, mas nem o PCP nem o BE são partidos democráticos”, diz Maria Luís Albuquerque

  • ECO
  • 22 Novembro 2019

A social-democrata e ex-ministra diz não entender porque razão António Costa é elogiado por se aproximar à extrema esquerda e Rui Rio é criticado por aceitar reunir-se com a extrema direita.

A social-democrata Maria Luís Albuquerque defende que extremismos não são positivos nem à direita nem à esquerda, apesar de considerar que a opinião pública não vê assim a questão. Em entrevista ao Expresso (acesso pago), a ex-ministra das Finanças compara a aproximação de António Costa à esquerda (que levou à geringonça) com Rui Rio e os partidos à direita.

“Não devíamos contribuir para se achar que os extremos são normais. Mas não podemos colocar a questão só num dos extremos. Temos de acabar com essa conversa de que há um extremo que é bom e outro que é mau. Os extremos são todos maus, de esquerda ou de direita“, afirmou Maria Luís Albuquerque ao Expresso.

A militante do PSD lembrou que António Costa foi elogiado por se ter aproximado do BE e do PCP, “que são radicais ou extremos”, diz. “Respeito os eleitores do BE e PCP, mas nem o PCP nem o BE são partidos democráticos. Mas respeito os seus eleitores e procuro compreender por que é que votam como votam”.

Nesse sentido, sublinhou que não entende o porquê das críticas ao líder do PSD, Rui Rio, nomeadamente por ter aceitado reunir-se com o deputado único do Chega, André Ventura. “O Chega foi aceite pelo Tribunal Constitucional. E mereceu o voto de alguns milhares de pessoas”, lembra. “Devemos respeitar os eleitores. E procurar se há ou não margem para entendimentos — isso só na prática se verá. Mas não excluir. Se Rui Rio o recebeu, acho bem“.

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Pescadores de Portugal e Espanha exige “ampla revisão” da quota de captura do carapau

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

Associações ibéricas ligadas à pesca exigem uma “ampla revisão” da quota de captura de carapau. Pretendem que a quota de captura de sardinha suba para 30 mil toneladas em 2020.

As associações ibéricas ligadas à pesca exigem uma “ampla revisão” da quota de captura de carapau, salientando a “importância” deste stock para os setores da pesca de Portugal e de Espanha, particularmente para a pesca de cerco.

Em comunicado conjunto, várias associações representativas de profissionais portugueses e espanhóis, que estiveram reunidas, na quinta-feira, em Matosinhos, no distrito do Porto, no quarto Encontro Ibérico sobre o setor da sardinha, exigem que a quota de pesca de carapau prevista para 2020 seja revista.

“As organizações signatárias, por unanimidade, entenderam não validar a proposta de TAC [totais admissíveis de capturas] de 46.659 toneladas e exigir a sua ampla revisão porque está em total contradição com a proposta do parecer do ICES [International Council for the Exploration of the Sea, em português Conselho Internacional para a Exploração do Mar] que afirma que as capturas de carapau na zona IX [águas continentais portuguesas] não devem ultrapassar as 116.871 toneladas”, refere o comunicado.

Na mesma nota, as associações salientam “a importância que este stock tem para os setores da pesca de Portugal e de Espanha, e particularmente para os respetivos setores da pesca de cerco” e lamentam que “o Plano de Gestão aprovado pelo Conselho Consultivo para as Unidades Populacionais Pelágicas não tenha sido consensualizado com o Conselho Consultivo das Águas Ocidental Sul”.

Em 24 de outubro, a Comissão Europeia apresentou uma proposta que indicava que a pesca do carapau em águas continentais portuguesas deve ser reduzida para metade em 2020.

Bruxelas propôs um corte de 50% nos TAC na zona IX para as 46.659 mil toneladas, seguindo a recomendação dos peritos em espécies pelágicas (que vivem em cardumes).

Na quinta-feira, no Encontro Ibérico promovido pela Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP – Cerco) que juntou dezenas de profissionais de Portugal e Espanha, também foram discutidas as quotas relativas ao biqueirão.

“As organizações signatárias, por unanimidade, entenderam apresentar a sua profunda indignação pelo facto destes estudos e do parecer do ICES terem declaradamente omitido os dados científicos recolhidos pela campanha científica IBERAS/JUVESAR, promovida conjuntamente pelo IEO [Centro Oceanográfico de Vigo] e pelo IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] entre 31 de outubro e 19 de novembro de 2018, e que identificou uma biomassa total de biqueirão de 181.577 ao longo de toda a costa ocidental da Península Ibérica”, lê-se em comunicado.

Assim, os pescadores e armadores ibéricos consideram que “a omissão e exclusão” da “enorme quantidade de biomassa de biqueirão” provocou a definição de um TAC, válido até 30 de junho de 2020, “totalmente desajustado da realidade”.

“A realidade está a demonstrar uma forte disponibilidade do recurso, quer na sua componente ocidental, quer na sua componente sul (Algarve e Cadiz), pelo que se entendeu exigir, com o máximo de urgência, o desencadeamento de todos os mecanismos possíveis que permitam a revisão dos estudos efetuados e o consequente ajustamento do TAC fixado até 30 de junho de 2020”, termina a nota.

Estas resoluções surgiram numa reunião, na qual foi exigido que a quota de captura de sardinha suba para 30 mil toneladas em 2020.

“O setor não está mais disposto a ser tratado como foi tratado nos últimos três anos. Não está disposto a reduzir mais as capturas. Queremos possibilidades de pesca de acordo com a abundância do recurso. Merecemos isso porque é uma forma de compensar os sacrifícios e esforços que os pescadores e armadores tiveram nos últimos anos, esforços e sacrifícios que estão a ter repercussões positivas no crescimento do recurso”, disse, no final do encontro, Humberto Jorge da ANOP – Cerco.

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📹 O que é hidrogénio verde? Perguntou ao Google, nós respondemos

Vai ser instalada em Sines uma central solar para produzir "hidrogénio verde". Neste vídeo, saiba para que serve este gás e como é que pode alimentar uma grande frota de autocarros.

O Governo português quer instalar em Sines uma grande central solar para gerar energia que será usada para produzir “hidrogénio verde”. Mas o que é isso e para que serve? Face às dúvidas, o ECO preparou um vídeo que lhe explica o que é hidrogénio, para que serve e como se produz. No final, saiba como o hidrogénio poderá “dar gás” a uma frota de autocarros e camiões 27 vezes maior do que a Carris.

http://videos.sapo.pt/eOgLYrf6HvzvgYbtRdTB

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 6ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 22 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Restaurante “São Gabriel” com uma estrela Michelin vai fechar

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

O restaurante “São Gabriel”, em Almancil, com uma estrela Michelin, vai encerrar, após ter sido vendido. O próximo restaurante abre na próxima estação, será asiático e sem ambição de estrelas”.

O restaurante “São Gabriel”, em Almancil, com uma estrela Michelin, vai encerrar, após ter sido vendido, anunciou esta sexta-feira através das redes sociais o seu chefe executivo, Leonel Pereira.

Numa publicação na sua página na rede social Facebook, Leonel Pereira afirma que “o restaurante ‘São Gabriel’ foi vendido”.

Como tal, chegou ao fim uma existência de 30 anos como fine-dining, onde 26 deles foram estrelados” (com distinções do Guia Michelin), refere.

O anúncio surge dois dias após a apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020, que renovou a estrela (‘cozinha de grande nível, compensa parar’) a este restaurante, conquistada por Leonel Pereira na edição de 2015.

Leonel Pereira, que há sete anos comandava a cozinha do “São Gabriel”, adianta na rede social que o restaurante abrirá, “já na próxima estação, com nova gerência, onde o conceito (segundo a informação dos novos proprietários) será asiático e sem ambição de estrelas”.

“Esperamos ter novidades (sobre a transição do atual conceito São Gabriel) antes do próximo verão”, acrescenta.

Segundo o jornal Expresso, que avançou a notícia, o objetivo é regressar ao universo do Guia Michelin, num novo projeto dedicado à alta cozinha.

O ‘chef’, que recentemente anunciou um novo projeto, em Faro, adiantou hoje que este abrirá em finais de janeiro.

Na mesma publicação, agradece à sua equipa pela renovação da estrela Michelin e aos “(fiéis) clientes que incansavelmente seguiram” o restaurante nos últimos sete anos.

Leonel Pereira chegou em 2013 ao “São Gabriel”, que na altura detinha a classificação de uma estrela há 15 anos. Na edição de 2014, perdeu a distinção, e recuperou-a logo no ano seguinte.

A Lusa tentou contactar o ‘chef’, mas sem sucesso até ao momento.

Na edição de 2020 do Guia Michelin, Portugal tem sete restaurantes com duas estrelas e 20 com uma estrela.

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Perto de 20 mil militantes com quotas em dia a um mês do fecho dos cadernos eleitorais no PSD

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

A um mês do fecho dos cadernos eleitorais no PSD, há hoje perto de 20.000 militantes com as quotas em dia, cerca de 18,7% do total de militantes ativos.

A um mês do fecho dos cadernos eleitorais no PSD, há hoje perto de 20.000 militantes com as quotas em dia, cerca de 18,7% do total de militantes ativos, de acordo com informação disponibilizado no site do partido.

No separador “PSD ao segundo”, dentro do ‘microsite’ dedicado às diretas e ao Congresso em www.psd.pt, pelas 16:00 eram 19.843 os militantes com quota válida no mês das eleições, janeiro de 2020, de um total de 105.921 militantes ativos (que tenham pago pelo menos uma quota nos últimos dois anos).

Desde que a informação foi colocada online, em 12 de novembro, há mais quase 2.000 militantes em condições de escolher em 11 de janeiro o próximo presidente do PSD e, em relação ao total de militantes ativos, a percentagem subiu de 15,8 para 18,7%.

Em entrevista ao programa Vichyssoise, da Rádio Observador, o secretário-geral do PSD, José Silvano, mostrou-se confiante de que, mesmo com o novo sistema de atualização do pagamento de quotas, o número de militantes com quotas pagas possa chegar “perto dos 40 mil”.

Por distrital, o maior número de quotas já pagas continua a registar-se na de Lisboa Área Metropolitana, com 3.859 militantes em condições de votar (19,45% do total dos que têm quotas em dia), seguida de perto pelo Porto, com 3.488 (17,58%), Braga, com 1.776 (8,95%), Aveiro 1.735 (8,74%), Leiria, 1.276 (6,43%), e Coimbra, com 1.040 (5,24%).

Todas as restantes estruturas têm menos de mil militantes com quotas válidas para a eleição, sendo as estruturas de Fora da Europa, Madeira, Europa e Açores as que tinham menos pessoas nessas condições – 1, 18, 22 e 31, respetivamente.

É nas Regiões Autónomas que se regista a maior diferença entre número de militantes ativos e militantes com quotas válidas: nos Açores são apenas 0,28% do universo total aqueles que têm quotas em dia e na Madeira apenas 0,17% dos ativos já pagou as quotas.

No site, é também disponibilizado o número de pedidos de referência (que permite a cada militante pagar a sua quota) por mensagem escrita de telemóvel, quase 15 mil, bem como o número de processos aprovados pela aplicação móvel do partido, 1.766.

As novas regras de pagamento de quotas no PSD – aprovadas em julho – determinam que os militantes recebem, por via postal ou eletrónica, uma referência de multibanco aleatória e apenas com validade de 90 dias – para novo pedido é preciso enviar um comprovativo de residência -, enquanto antes a referência para pagamento de quotas correspondia ao número de militante, antecedido de zeros.

De acordo com o regulamento aprovado no Conselho Nacional de Bragança, 16 de dezembro será a data limite para pagamentos de quotas por vale postal (só permitido a militantes com mais de 60 anos) e 22 de dezembro o prazo final para os restantes meios de pagamento.

Nas últimas diretas do PSD, em 13 de janeiro de 2018, votaram 44.254 militantes, de um universo de 70.835 com as quotas em dia no fecho dos cadernos eleitorais.

As eleições diretas no PSD realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.

Até agora, são candidatos à liderança do PSD o presidente Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais (distrito de Lisboa), Miguel Pinto Luz.

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Governo trabalha para ter Ferrovia 4.0 “num futuro próximo”

  • Lusa
  • 22 Novembro 2019

O Governo está a trabalhar para ter uma Ferrovia 4.0 "num futuro próximo", mas o dossier é complexo, diz secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

O Governo está a trabalhar para ter uma Ferrovia 4.0 “num futuro próximo”, mas o dossier é complexo, afirmou esta sexta-feira a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

“É um assunto que envolve várias áreas do Governo, estamos a trabalhar para que possamos ter uma ferrovia que sirva os interesses dos cidadãos nacionais, mas também todos aqueles que nos visitam. É o que posso dizer, nesta altura”, disse Rita Marques aos jornalistas, à margem do 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Viana do Castelo.

Rita Marques lembrou que no programa do Governo a ferrovia é uma prioridade. “Está claríssimo”, reforçou.

“É um dossier complexo, difícil, mas estamos a trabalhar para que possamos ter num futuro próximo uma Ferrovia 4.0. Neste momento ainda não temos. Servirá, naturalmente, também os interesses dos turistas, mas de todos os cidadãos nacionais, como é óbvio”, afirmou a secretária de Estado do Turismo.

No discurso de encerramento do congresso, que termina esta sexta-feira em Viana do Castelo, a secretária de Estado enumerou algumas das preocupações ao nível das infraestruturas, que designou para o setor como um “grande desafio”, lembrando a necessidade de “coadjuvar a política aeroportuária com a marítima e ferroviária”.

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António Redondo é o novo CEO da Navigator

Depois de meses de entrevistas e 'short-lists', a escolha da Semapa para a liderança da The Navigator é surpreendente. Vai ser António Redondo, que já é administrador.

Quando, em fevereiro deste ano, João Castello Branco acumulou as funções de chairman e de presidente executivo da The Navigator, substituindo Diogo da Silveira, o objetivo foi logo anunciado, e passava pela escolha de um novo gestor executivo, desejavelmente até à assembleia geral de abril, mas os meses passaram, as entrevistas também, e agora a escolha acaba por recair num homem da casa, apurou o ECO: António Redondo vai ser o próximo Chief Executive Officer (CEO) da papeleira, o porta-aviões do grupo Semapa.

Com o desaparecimento prematuro de Pedro Queiroz Pereira, o patriarca da família, o grupo mudou a governação do grupo. Era PêQêQPê o chairman “executivo” da companhia, foi contratado Heinz-Peter Elstrodt, antigo presidente da McKinsey para a região da América Latina, consultora que deixou em 2015, e gestor especializado em empresas de base familiar, como é o caso. E João Castello Branco ficou como presidente executivo da holding que gere as duas companhias, além de presidente em exercício da The Navigator depois da saída de Diogo da Silveira. Neste contexto, as três filhas de Queiroz Pereira herdaram o património do pai e, no novo contexto, passaram a administradoras não-executivas da Semapa: Filipa Queiroz Pereira, Lua Queiroz Pereira e Mafalda Queiroz Pereira.

A escolha de um novo presidente executivo foi sempre um objetivo. A Semapa contratou uma empresa de executive search e, durante meses, foram muitas as conversas e entrevistas, mas sem decisão final. Houve mais do que uma short list, mas sem resultados. Um dos nomes que esteve em cima da mesa foi de António Pires de Lima, mas a escolha acabou por ser interna. António Redondo é licenciado em Engenharia Química na Universidade de Coimbra (1987) e com MBA em Marketing na Universidade Católica. Contactada a Semapa, não confirmou a informação, mas esta acabou por ser confirmada em comunicado ao mercado.

“Informamos que, em reunião do Conselho de Administração realizada hoje [sexta-feira], foi deliberado designar, com efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2020, o administrador executivo Senhor Eng.º António Redondo como Presidente da Comissão Executiva, sendo que, até essa data, o Presidente do Conselho de Administração Senhor Eng.º João Castello Branco continuará a desempenhar essas funções”, anunciou a empresa.

Acionistas esperam dividendos e CEO desafios

António Redondo é o que se pode dizer um “homem da casa”. Começou como estagiário e vai chegar a presidente da companhia papeleira, e acumula o conhecimento técnico do negócio à dimensão comercial, área que ‘tutela’ na administração da The Navigator.

Os diretores de primeira linha da The Navigator foram convocados para uma reunião, esta sexta-feira, precisamente para serem informados da escolha do acionista. O gestor, diga-se, vai assumir estas funções num momento particularmente sensível da companhia.

Os lucros diminuíram caíram 14,1% nos primeiros nove meses de 2019, para 147,5 milhões de euros, quando comparados com o mesmo período do ano passado. A papeleira atribuiu a queda a uma deterioração das condições de mercado, em particular pela queda dos preços da pasta e pelo enfraquecimento da procura de pasta e papel. Apesar disso, anunciou esta sexta-feira também que pretende usar reservas para distribuir mais de 99 milhões de euros em dividendos extraordinários (equivalente a 0,1394 euros por ação).

Por outro lado, há um conflito latente com os trabalhadores, o que talvez explique esta escolha de novo CEO, que acaba por ser surpreendente. A Navigator enfrenta uma greve de trabalhadores entre 13 e 16 de novembro de 2019, mas a administração diz que não percebe argumentos dos trabalhadores, tendo em conta as várias concessões feitas, nomeadamente os aumentos generalizados nos ordenados e subsídios, mas também a redução do horário de trabalho e o fundo de pensões. Isto além do bónus de 23 milhões já pago.

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Bolsa de Lisboa volta a subir oito sessões depois. CTT avançam quase 4%

Bolsa voltou a sorrir no fecho da semana. CTT avançaram mais de 3% depois de o Governo admitir reentrar no capital da empresa. Europa também encerrou em alta.

Oito sessões depois, a bolsa portuguesa voltou a sorrir. O PSI-20 colocou um ponto final à mais longa série de quedas desde maio com a ajuda dos CTT, Galp, Jerónimo Martins e BCP. As praças europeias também encerraram a semana em alta.

O principal índice português avançou 0,15% para 5.180,55 pontos, depois de ter fechado as anteriores sete sessões em terreno negativo. Não apaga, ainda assim, as perdas da semana, que foram de 1,65%.

Destaque para as ações dos CTT: somaram 3,67% para 3,11 euros, recuperando parte da queda regista na última sessão. E isto depois de o Governo ter admitido voltar a entrar no capital da empresa que foi privatizada em 2014.

“A presença do Estado nos CTT, seja qual for a decisão, que não vou anunciar aqui hoje, não é, necessariamente, a única maneira de o Estado alcançar objetivos públicos relevantes. Mas, em 28 países da União Europeia, só em quatro […] é que o Estado está totalmente ausente. Participar no capital ou conseguir um contrato de concessão robusto adequado ao nosso momento histórico são, por isso, questões em aberto”, disse o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda esta quinta-feira.

Entre os pesos pesados, a Galp ganhou 1,03% para 15,24 euros, o banco BCP valorizou 0,30% para 0,2032 euros e a retalhista Jerónimo Martins subiu 0,45% para 14,645 euros.

Travaram uma maior ambição nos ganhos em Lisboa oito cotadas, que fecharam com sinal menos. Entre elas estão as duas empresas da EDP: a EDP perdeu 0,14% para 3,64 euros e a EDP Renováveis cedeu 0,60% para 9,94 euros.

PSI-20 regressa aos ganhos

Lá por fora, o dia também foi positivo. O Stoxx 600 ganhou 0,44% para 403,97 pontos. O espanhol Ibex-35 liderou os ganhos no Velho Continente, com uma subida de 1,20%. O Dax-30 e o CAC-40 ganharam 0,17% e 0,20%, respetivamente.

“Apesar da atual configuração das relações sino-americanas continuar a dar sinais contrários e, por isso, geradores de sentimentos dispares, os mercados europeus conseguiram encerrar em alta”, referiram os analistas do BPI no comentário de fecho. “E a prova de que as bolsas do velho continente conseguiram superar, de certa forma, a incerteza associada a este tema, é que os setores que lideraram os ganhos foram os produtores de matérias-primas e os bancos”, acrescentaram.

(Notícia atualizada às 16h51)

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Centeno quer Portugal com rating A. E as agências de notação financeira?

O ministro das Finanças acredita que a dívida vai beneficiar de maior otimismo das agências nos próximos meses. Rating de A é possível, mas é preciso que o endividamento continue a cair.

Portugal recuperou a confiança das agências de rating há pouco mais de um ano. Saiu do “lixo”, subindo rapidamente na classificação das empresas de notação financeira, deixando o ministro das Finanças a sonhar com um “A”. A Fitch, que ainda vai em “BBB”, pode deixar, esta sexta-feira, o país mais perto dessa ambição de Mário Centeno, mas não irá tão além, dizem os analistas. Portugal já fez muito, mas tem trabalho pela frente, nomeadamente a continuação da redução da elevada dívida pública.

Em 2011, em plena crise da dívida, Portugal parecia cada vez mais próximo de não conseguir cumprir as obrigações internacionais. José Sócrates, então primeiro-ministro, acabou por pedir um resgate da troika. O país já não se conseguia financiar nos mercados a custos comportáveis em parte porque as agências de notação financeira sinalizavam um risco cada vez maior. Era esse o cenário da última vez que a dívida pública portuguesa teve um rating de “A”.

A letra indica que o investimento está entre os níveis mais elevados de qualidade (podendo chegar a um máximo de “AAA”), mas com a crise a bater à porta, Portugal foi caindo nas classificações das principais agências até ter considerado como investimento especulativo. Demorou sete anos, três meses e dois dias a deixar de ser “lixo” nas três grandes agências de rating: Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch. A exceção foi a canadiana DBRS, que manteve Portugal à tona ao longo da crise.

Desde 2011 que a Fitch não avalia Portugal com rating A

A saída limpa do programa de ajuda externa, a redução do défice em linha com as regras europeias e diminuição da dívida levaram primeiro a S&P (em setembro de 2017), a Fitch (no dezembro seguinte) e a Moody’s (em outubro de 2018) a voltarem a avaliar a dívida nacional como investimento de qualidade. Mas falta fazer mais para que o ambicionado rating de “A” possa voltar.

Fitch quer ver reformas apoiarem mais crescimento e menos dívida

“O nível atual da dívida ainda é muito elevado (cerca de 120% do PIB), mas o ponto positivo é que tem caído ao longo do último ano. É uma razão importante para as agências terem subido o rating. A segunda razão é melhoria no setor da banca. Dado que António Costa quer diminuir a dívida ainda mais, o processo de subidas do rating deve continuar“, diz Steven Trypsteen, economista para Portugal e Espanha do ING.

"Os nossos triggers para uma ação de rating positiva são confiança de que as autoridades vão manter a estratégia de redução do peso da dívida face ao PIB a médio prazo e melhorias no PIB potencial de Portugal a longo prazo, particularmente se apoiadas por reformas estruturais sem criar desequilíbrios macroeconómicos.”

Kit Ling Yeung

Fitch

Esta noite, Portugal tem a última oportunidade em 2019 para ter um upgrade. Se acontecer, a Fitch — que avalia atualmente a dívida nacional em “BBB” com outlook positivo — fica apenas a um nível de colocar Portugal novamente em “A”. A agência ainda não avaliou o país depois das eleições legislativas e, na altura, Kit Ling Yeung, da equipa de ratings soberanos, afirmou ao ECO que “a reeleição de António Costa e do PS deveria apoiar a ampla continuidade da política económica e orçamental”. Um sinal positivo para a agência.

Os nossos triggers para uma ação de rating positiva são confiança que as autoridades vão manter a estratégia de redução do peso da dívida face ao PIB a médio prazo e melhorias no PIB potencial de Portugal a longo prazo, particularmente se apoiadas por reformas estruturais, sem criar desequilíbrios macroeconómicos”, atirou Kit Ling Yeung sobre o que poderá levar a um upgrade.

Por outro lado, uma reversão no curso do endividamento do país, bem como renovado stress no setor financeiro que leve a apoio público adicional ou que afete a estabilidade financeira e o crescimento económico poderão levar a Fitch a recuar um degrau na escala.

Disciplina orçamental e rapidez a reduzir dívida são chave

Tal como a Fitch, também a Standard & Poor’s terá de fazer dois upgrades para colocar Portugal em rating A. No caso da Moody’s há três degraus para subir e no da DBRS apenas um. Mas se as “escadas” foram galgadas após a crise, a subida daqui para a frente pode ser mais lenta. “Para acontecer, o fardo da dívida tem de cair muito mais depressa que o esperado“, diz Trypsteen.

A meta do Governo é que a dívida caia para 119,3% do PIB este ano, em comparação com os 122,2% registados em 2018, sendo que a estimativa fica ligeiramente abaixo dos 119,5% antecipados pela Comissão Europeia. Para 2020, o Executivo espera uma dívida de 116,2% e Bruxelas 117,1%. Um rácio abaixo dos 100% só mesmo no final da legislatura.

Já em relação ao défice, Lisboa e Bruxelas concordam que deverá acabar o ano em 0,1% e o próximo ano deverá ser já de excedente orçamental. O equilíbrio das contas públicas — uma das bandeiras do Governo — traz, no entanto, desafios. Michiel van der Veen, economista do Rabo Research, lembra que Costa terá de gerir as preocupações da opinião pública, e dos restantes partidos, com o baixo investimento em infraestruturas, saúde e educação.

"Se as principais agências já há algum tempo que colocam Espanha nesse patamar, porque não esperar que façam o mesmo com Portugal? Aliás, os mercados financeiros já atribuem um prémio de risco inferior à dívida portuguesa do que à espanhola.”

João Pisco

Bankinter

“Equilibrar as elevadas reivindicações por despesa pública com o desejo de melhorar as finanças do Estado será um dos principais desafios de Costa neste mandato”, refere van der Veen. “Por causa disso, considero difícil prever se Portugal irá atingir um rating A. Irá depender muito de como Costa fizer essa gestão”.

As próprias agências têm alertado para o risco relacionado com aumentos da despesa. Além disso, a desaceleração da economia global, a par do desenvolvimento de fatores externos como a guerra comercial ou o Brexit também vão importar. O cenário é, assim, de incerteza, mas há quem veja Centeno a ter o desejo concretizado em breve.

“Embora ainda persistam alguns desequilíbrios financeiros no país, mais concretamente o elevado endividamento externo, não descartamos que o rating de Portugal chegue ao nível de ‘A’ no início do próximo ano”, diz João Pisco, analista do Bankinter. “Se as principais agências já há algum tempo colocam Espanha nesse patamar [em ‘A’], porque não esperar que façam o mesmo com Portugal? Aliás, os mercados já atribuem um prémio de risco inferior à dívida portuguesa do que à espanhola“, acrescenta. Os juros a dez anos de Portugal estão há mais de um mês aquém dos do país vizinho.

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DLA Piper ABBC assessora o acionista e fundador da Euroatlantic Airways

A DLA Piper ABBC assessorou o acionista e fundador da EUROATLANTIC AIRWAYS na alienação da totalidade do capital social à I-Jet Aviation.

A DLA Piper ABBC assessorou o acionista e fundador da EUROATLANTIC AIRWAYS na alienação da totalidade do capital social à I-Jet Aviation.

A EUROATLANTIC AIRWAYS foi fundada 1993 e é uma companhia de aviação comercial internacional regular e não-regular, registada em Portugal e que opera nas mais diversas rotas no Atlântico Norte (EUA e Canadá), Caraíbas, Américas Central e do Sul, África, Médio Oriente, Pacífico, Austrália e Oceânia e que providencia serviços charter, lease e ad-hoc flights.

A equipa da DLA Piper ABBC envolvida nesta transação foi liderada pelo sócio António Moura Portugal (L&R) e pelo Associado Sénior Nuno Castelo Branco (M&A).

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