Bancos lucram menos até setembro. Comissões ficam (quase) iguais

Banca portuguesa continua a encolher de tamanho: tem menos balcões e menos trabalhadores. E também lucraram menos nos primeiros nove meses, enquanto as receitas com comissões quase não aumentaram.

Terminou mais uma temporada de resultados para os cinco principais bancos nacionais e, da análise das contas relativas aos primeiros nove meses do ano, resulta o seguinte retrato do setor: a banca continua a encolher o número de balcões e de trabalhadores, isto apesar de o negócio com clientes (depósitos e empréstimos) manter tendência de crescimento; mas há menos lucros, embora as comissões tenham ficado estáveis e a margem financeira tenha resistido ao contexto de juros baixos. Mas cada instituição teve a sua história.

Começando pelo tema do momento: as comissões. Banco a banco, todos têm procedido a alterações no preçário este ano com vista a aumentar os rendimentos com o comissionamento bancário. Mas isto refletiu-se num crescimento significativo na receita? Nem por isso.

Os números para Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander Totta, BPI e Novo Banco indicam que as comissões aumentaram “apenas” 1,30%, totalizando 1.695,3 milhões de euros. Isto dá qualquer coisa como 6,23 milhões de euros por dia. No BPI e no Novo Banco, as receitas com comissões até caíram. No primeiro caso tem a ver com a transferência do negócio dos cartões de crédito para o acionista CaixaBank, uma operação realizada em 2018.

Quanto ganhou cada banco com comissões?

Fonte: Bancos

Uma boa notícia para o setor foi a manutenção da margem financeira — que resulta dos juros cobrados nos empréstimos e nos juros pagos nos depósitos — apesar da pressão colocada pelo ambiente de juros baixos do Banco Central Europeu (BCE). A margem financeira da banca nacional não só resistiu como engordou quase 5% para 3,38 mil milhões de euros. Dois bancos ajudam a explicar este comportamento: o BCP, onde a margem avançou mais de 9% com ajuda do negócio internacional, e o Novo Banco, onde a margem disparou 22%. Na CGD, sinal de alerta: a margem caiu 2% e o administrador financeiro do banco público avisou que vai continuar pressionada nos próximos trimestres.

Em termos de resultados líquidos, 2019 está a ser um ano de sensações mistas para os bancos. No banco público os lucros disparam 70% para 640,9 milhões de euros entre janeiro e setembro, à boleia de fatores extraordinários como a venda dos bancos em Espanha e África do Sul. Com isto, o Estado pode almejar um dividendo superior a 250 milhões – “é plausível”, disse Paulo Macedo. Foram também fatores extraordinários a condicionar os lucros do BPI, que caíram para metade este ano (253,6 milhões de euros) depois dos ganhos excecionais com a venda de vários ativos, como a Viacer (cervejas Super Bock), no ano passado.

Por outro lado, o Novo Banco voltou a ser o único banco em terreno negativo: agravou o prejuízo para 572,3 milhões de euros, com o legado do BES ainda a pesar-lhe nos ombros, nomeadamente a venda de ativos problemáticos como malparado.

No BCP e no Santander, a palavra do dia é estabilidade: os lucros aumentaram para 270,3 milhões (os melhores resultados em 12 anos, assinalou Miguel Maya) e 390,6 milhões (Pedro Castro e Almeida espera melhores resultados de sempre em 2019), respetivamente.

Feitas as contas, os cinco maiores bancos tiveram lucros de 983 milhões de euros, menos 15% face ao mesmo período de 2018. Lucraram 3,6 milhões por dia.

Novo Banco perde 570 milhões. Caixa lucra 640 milhões

Fonte: Bancos

Banca mais pequena, mas com mais negócio

Entretanto, continuam os esforços para otimizar as estruturas e adaptá-las a um novo contexto mais digital. Quer isto dizer: há menos trabalhadores na banca face a 2018. E há menos balcões. Mas isto não significa que haja menos negócio. Pelo contrário.

Todos os principais bancos fecharam agências em Portugal, mas o Santander Totta foi quem liderou os encerramentos: 118 fechos. Isto representa mais de metade dos fechos observados no último ano, em que encerraram 193 sucursais.

Ao nível de trabalhadores, o Santander Totta volta a destacar-se com 355 saídas líquidas neste período. Também a CGD prossegue a sua reestruturação acordada com Bruxelas e reduziu a sua força de trabalho em 348 funcionários. Os cinco bancos empregam agora 30 mil colaboradores nas suas atividades domésticas, menos 764 trabalhadores do que há um ano.

BCP é o único com entradas líquidas de trabalhadores

Fonte: Bancos

Embora os bancos tenham encolhido, há mais depósitos nos seus cofres e mais financiamento à economia. No BCP isto é particularmente evidente: o stock de depósitos aumentou 11% para 59,6 mil milhões de euros e o montante de empréstimos cresceu 8,7% para 52 mil milhões. Uma explicação: a aquisição na Polónia do EuroBank.

Só o Novo Banco perdeu depósitos: caíram quase 5%. CGD, Santander Totta e BPI reforçaram os seus cofres com poupanças dos portugueses. No global, os depósitos ascendem agora a mais de 210 mil milhões de euros, traduzindo um aumento de 4%.

Quanto aos empréstimos, o volume global dos cinco bancos registam um aumento ligeiro de 0,41% para cerca de 190 mil milhões de euros. Pressionou a venda de carteiras de malparado. E, no caso, da CGD, há uma redução acentuada dos empréstimos às empresas públicas, que tem procurado financiamento mais barato diretamente junto do Tesouro. O rácio de transformação situou-se nos 90%.

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Lula da Silva já saiu da prisão

  • ECO e Lusa
  • 8 Novembro 2019

O antigo Presidente brasileiro já foi libertado depois de 580 dias preso em Curitiba.

O juiz Danilo Pereira, da 12.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, mandou esta sexta-feira libertar o ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, menos de 24 horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir anular prisões em segunda instância. Uma decisão que foi executada pouco depois das 20h30 em Lisboa.

O histórico líder do Partido dos Trabalhadores (PT) foi preso após ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), num processo sobre a posse de um apartamento, que os procuradores alegam ter-lhe sido dado como suborno em troca de vantagens em contratos com a estatal petrolífera Petrobras pela construtora OAS.

O juiz determinou ainda o aumento das medidas de segurança para a saída do antigo Presidente.

“Determino, em face das situações já verificadas no curso do processo, que as autoridades públicas e os advogados do réu ajustem os protocolos de segurança para o adequado cumprimento da ordem, evitando-se situações de tumulto e risco à segurança pública”, disse o magistrado, no seu despacho.

Determino, em face das situações já verificadas no curso do processo, que as autoridades públicas e os advogados do réu ajustem os protocolos de segurança para o adequado cumprimento da ordem, evitando-se situações de tumulto e risco à segurança pública

Despacho do juiz Danilo Pereira

Apoiantes de Lula da Silva, que se encontra a cumprir pena por crimes de corrupção, estavam concentrados em maior número perto do local onde está detido, na cidade de Curitiba, na expectativa da sua saída da cadeia.

Lula da Silva anunciou que após sair da cadeia pretende participar em grandes viagens pelo país, as famosas “caravanas”, para aumentar a sua popularidade e incorporar a oposição ao Presidente do país, Jair Bolsonaro. As suas primeiras palavras, transmitidas pela RTP3, fora um gracejo de que “há muito tempo não via um microfone” e frisou que os seus apoiantes “não sabem o significado” de estar junto deles. “Vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir à safadeza e à canalhice que um lado podre do Estado brasileiro fez comigo e com a democracia brasileira”, disse o ex-Presidente aos apoiantes.

Luiz Inácio Lula da Silva deixa a prisão em Curitiba após um ano e sete meses de detenção por corrupção, depois de o Supremo Tribunal ter decidido que os arguidos só podem ser detidos depois de o processo ter transitado em julgado, ou seja, depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso.Hedeson Alves/EPA 8 Novembro, 2019

Agradeceu a todos os que ajudaram à sua libertação e deixou duras críticas ao Executivo que “tentou criminalizar a esquerda e o PT”. Lula disse que vai concentrar os seus esforços para provar a existência da “quadrinha” que não prendeu o homem, mas tentou “matar uma ideia”, numa referência ao Ministério Público e à Polícia Federal.

Lula disse que, apesar de considerar seu processo injusto, não guarda mágoas. “Eu saio daqui sem ódio. Aos 74 anos meu coração só tem amor”. E até brinca sublinhando que conseguiu “a proeza de, preso, arranjar uma namorada e ainda aceitar casar” com ele. Incentivado pelo público, o ex-Presidente, que na juventude era torneiro mecânico, beijou a namorada, a socióloga Rosangela da Silva, também conhecida por Janja.

Consegui a proeza de, preso, arrumar uma namorada e ainda ela aceitar casar comigo. É muita coragem dela.

Lula da Silva

Ex-Presidente do Brasil

De acordo com a Folha de São Paulo, o Presidente Jair Bolsonaro faltou a uma entrevista que tinha agendada e evitou o contacto com a imprensa, em Goiânia, onde se encontrava para uma cerimónia de entrega de autocarros escolares, conseguindo assim comentar a libertação de Lula da Silva.

Lula fica em liberdade, mas já em novembro vai responder por um novo processo, sendo que no total tem oito ainda por responder. Dos 17 presos envolvidos no processo Lava Jato, há oito que já pediram também a libertação para aguardar fora da cadeia até que termine o trânsito em julgado do processo, tal como prevê a Constituição brasileira, desde que o suspeito não tenha sido apanhado em flagrante delito.

(Notícia atualizada às 21h27 com mais informação)

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Caixa não vai aumentar comissões em 2020. Palavra de Paulo Macedo

Paulo Macedo garantiu esta sexta-feira que o banco não vai voltar a mexer no precário aos clientes particulares no próximo ano além das mexidas que já foram comunicadas recentemente.

“A não ser por alguma alteração anormal das circunstâncias, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), relativamente aos seus clientes, designadamente aos particulares, não tenciona voltar a aumentar as comissões durante todo o decorrer do ano que vem além do que já foi anunciado”, assegurou esta sexta-feira o presidente do banco, Paulo Macedo.

Na apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano, Paulo Macedo diz que “só uma alteração dos cenários em cima da mesa é que o banco pondera voltar a alterar as comissões em 2020”. “E estou a fazer esta salvaguarda: se houver algum movimento anormal de uma multinacional ou outro tipo de ação que não estamos a antever no mercado”, explicou.

Sobre a polémica em torno da subida das comissões, o presidente da CGD referiu que as receitas com o comissionamento subiram apenas 1,4% este ano. “De tudo isto que vem sucedendo contra a Caixa, o que aconteceu foi um aumento de 1,4%. Isto foi o que aconteceu nas contas”, sublinhou Paulo Macedo, para depois enunciar os benefícios que os clientes particulares e empresas estão a ter com o ambiente de juros negativos.

No caso das famílias, mais de 10 mil créditos estão a tirar partido de juros negativos, com um encargo de 40 milhões para o banco. Já as empresas “tiveram 85 milhões de euros de juros que pouparam” e “menos dez milhões que pagaram em comissões” face a 2016.

Paulo Macedo adiantou que o objetivo previsto no plano estratégico acordado com as autoridades europeias, de aumentar as comissões em 100 milhões de euros, “não será atingindo”.

"A não ser por alguma alteração anormal das circunstâncias, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), relativamente aos seus clientes, designadamente aos particulares, não tenciona voltar a aumentar as comissões durante todo o decorrer do ano que vem além do que já foi anunciado.”

Paulo Macedo

Presidente da CGD

Macedo afasta comissão sobre empresas públicas

Ainda sobre o tema das comissões, desta vez a propósito de uma iniciativa da Associação Portuguesa de Bancos junto do Banco de Portugal, para que o setor possa aplicar uma comissão sobre depósitos de grandes clientes, Paulo Macedo indicou que a Caixa não pretende aplicá-la às contas de empresas públicas.

“Não vamos cobrar comissões aos particulares, nem empresas, nem empresas públicas”, assegurou o presidente da CGD.

Acrescentou que a “única vontade é cobrar a bancos e instituições financeiras”. Ou, “se houver uma situação de fluxo para a Caixa, de multinacionais que vem para CGD para fugir a outra comissão noutro banco”, a instituição também irá equacionar nesse caso.

A CGD registou uma subida de 74% dos lucros para 640,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o resultado a ser impulsionado sobretudo pela alienação dos bancos em Espanha e África do Sul.

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Sabe o que aconteceu nos mercados na 6ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 8 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

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Participantes gastaram 64 milhões de euros nos quatro dias do Web Summit

  • Lusa
  • 8 Novembro 2019

Durante os quatro dias do evento, os participantes gastaram 64,4 milhões de euros, representando cerca de 125 euros por dia. Durante a cimeira, a taxa média de ocupação rondou os 89%,

Os participantes da Web Summit gastaram cerca de 64,4 milhões de euros durante os quatro dias do evento, destacando-se a despesa associada ao alojamento, que representou 125 euros por dia, segundo uma análise da AHRESP divulgada esta sexta-feira.

Foram registados “cerca de 64,4 milhões de euros de gastos dos visitantes nos quatro dias do evento”, apurou a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) no seu estudo sobre a estimativa do impacto da Web Summit ao nível dos gastos dos visitantes, da procura e do impacto nas atividades do alojamento turístico.

No que se refere à acomodação, 62% dos visitantes optaram pelo alojamento local, enquanto 38% escolheram a hotelaria.

Durante a cimeira, a taxa média de ocupação rondou os 89%, destacando-se as zonas do Rossio (40%), Bairro Alto (20%) e Olivais (16%).

Relativamente à edição de 2018, “64% dos empresários perspetivam um aumento do impacto económico do evento” e 82% das empresas estimam um aumento dos preços de venda.

Por sua vez, 74% dos empresários preveem um aumento das receitas face ao ano anterior e 60% das unidades de alojamento “indicaram esperar uma taxa de ocupação semelhante à da edição anterior”.

Para a realização desta análise e ao nível dos gastos dos visitantes, a associação teve como referência o inquérito ao congressista 2019 do Observatório do Turismo de Lisboa, no qual foram inquiridos os participantes de três congressos realizados entre março e junho de 2019.

Já ao nível da procura e impacto na atividade do alojamento turístico, a AHRESP lançou um inquérito junto dos empresários do alojamento turístico entre 25 de outubro e 7 de novembro, no qual se obtiveram 250 respostas válidas.

A Web Summit, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa desde 2016, vai manter-se na capital até 2028, depois de, em novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso.

A cimeira tecnológica começou na segunda-feira e terminou na quinta-feira.

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Dividendo da CGD para o Estado acima de 250 milhões? É “plausível”, diz Paulo Macedo

Questionado pelo ECO se a CGD pode vir a pagar um dividendo superior a 250 milhões de euros, é um cenário "plausível", considera Paulo Macedo. Mas banco tem vários requisitos para cumprir.

Questionado pelo ECO se a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode vir a pagar um dividendo superior a 250 milhões de euros, Paulo Macedo diz que é um cenário “plausível”. Mas o presidente do banco público tem vários requisitos para cumprir. Um deles é a não-oposição à distribuição de resultados por parte do Banco Central Europeu (BCE).

“A Caixa aprovou uma política de dividendos. A Caixa deverá pagar aos acionistas desde que cumpridos dez requisitos. Há uma diferença agora: dantes tinha de haver uma autorização do BCE, agora é uma não-oposição do BCE, o que reflete a evolução da Caixa”, sublinhou Paulo Macedo na apresentação das contas até setembro.

A CGD atingiu um lucro de 640 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Fixou no ano passado um payout entre 40% e 50%.

É neste cenário de mais lucros este ano que o CEO do banco público diz que é “plausível” que o valor do dividendo venha a ser superior aos 250 milhões de euros (40% do resultado obtido até agora).

“Se nós temos uma política de pagamento até 50%, se o payout for entre 40% e 50%, como dissemos no ano passado, se o valor sobre o qual incide é um resultado consolidado menos o valor das reservas obrigatórias, como alguém disse é só fazer as contas e ver no que dá”, referiu Paulo Macedo “Se quiser uma resposta curta, não tão longa: é plausível” que o dividendo venha a ser superior a 250 milhões.

Mas isto é uma matéria do acionista e também o conselho de administração do banco terá de deliberar, lembrou Paulo Macedo. E há outras condições.

(Notícia atualizada às 18h51)

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Governo recebe partidos à sua esquerda e PAN entre terça e quinta-feira em São Bento para abordar OE2020

  • Lusa
  • 8 Novembro 2019

O primeiro-ministro e elementos do Governo vão receber comitivas do PAN, PEV, BE, PCP e Livre entre terça e quinta-feira, para conversações sobre o Orçamento do Estado para 2020.

O primeiro-ministro e elementos do Governo vão receber comitivas do PAN, PEV, BE, PCP e Livre entre terça e quinta-feira, na residência oficial de São Bento, para conversações sobre o Orçamento do Estado para 2020 (OE2020).

Apesar de o executivo minoritário socialista e do PCP terem sido taxativos na manutenção em segredo do local e datas das reuniões, outras fontes partidárias confirmaram à Lusa o calendário já definido. Assim, o PAN será o primeiro partido a ir ao encontro do Governo, terça-feira, pelas 14h00, seguindo-se as reuniões com “Os Verdes”, pelas 16h00, e com o BE, às 18h00.

Na quarta-feira, ao final da tarde, vai ser a vez de o PCP se deslocar à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, imediatamente a seguir ao primeiro debate quinzenal desta XIV Legislatura, o qual está marcado para as 15h00.

Finalmente, na quinta-feira, novamente a seguir à reunião plenária no Parlamento, à tarde, será o Livre a deslocar-se a S. Bento para uma reunião com António Costa.

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Banco de Portugal e grupo Montepio voltam a reunir para escolher novo CEO

Pedro Alves foi “chumbado” como presidente do Banco Montepio, agora, Tomás Correia e Carlos Tavares vão reunir com o Banco de Portugal para decidir a escolha de um novo nome.

Afinal, ainda não é desta que o Banco Montepio tem um presidente executivo. Pedro Alves era um nome consensual entre Tomás Correia e Carlos Tavares para assumir a função de Chief Executive Officer (CEO) daquele banco, mas não passou no crivo de idoneidade do supervisor e, antes de ser formalmente chumbado, o seu nome foi retirado. E agora, sabe o ECO, haverá uma nova reunião no Banco de Portugal, já na próxima segunda-feira, para alcançar uma solução alternativa.

O presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia, e o presidente do Banco Montepio, Carlos Tavares, têm uma reunião agendada para a próxima segunda-feira no Banco de Portugal, para apresentarem uma segunda via (ou terceira, quarta ou quinta, na verdade) para a presidência executiva do Banco Montepio. E já estará decidido, por exigência do próprio Banco de Portugal, que será um gestor externo ao banco, sem envolvimento em operações passadas do banco e sem relação com Tomás Correia.

Oficialmente, ninguém faz comentários, e percebe-se porquê: Desde fevereiro deste ano que o Banco Montepio não tem um presidente executivo formalmente eleito para o cargo e, pelo menos desde abril deste ano, Carlos Tavares fez saber ao acionista e ao Banco de Portugal que a “solução Dulce Mota”… não era uma solução. A gestora que veio do grupo BCP exerce a função de presidente executiva em exercício, mas estará fora de hipótese para “suceder” a Pedro Alves.

O processo, de qualquer forma, não será rápido. Em média, os processos de ‘fit and proper’ demoram cerca de três meses e, neste caso, dada a sensibilidade do tema, o departamento de supervisão prudencial é particularmente exigente na avaliação de idoneidade dos candidatos. Como sucedeu com Pedro Alves, dado como um facto por Tomás Correia e Carlos Tavares.

Os últimos dias tiveram, aliás, um momento no mínimo caricato: O Observador noticiou que o nome de Pedro Alves tinha sido chumbado, informação confirmada pelo ECO, mas a associação mutualista e o Banco Montepio desmentiram a informação. De forma mais ou menos hábil, desmentiram uma noticia na forma que sabiam ser verdadeira na sua substância. O Banco de Portugal, como se sabe, nunca “chumba” ninguém. A estratégia é avisar os proponentes de que o melhor é não apresentar um determinado nome, sob pena de vir a ser chumbado. E foi isso que veio a suceder, apesar das explicações mais ou menos oficiais de Pedro Alves, segundo as quais retirou a sua candidatura porque ainda não estava concluído o processo relativo a toda a equipa.

Será desta? O calendário de saída de Tomás Correia da liderança da Associação Mutualista Montepio Geral pode baralhar uma escolha. Tomás Correia sai no dia 15 de dezembro, portanto, terá de ser uma proposta já articulada com o novo presidente “indigitado”, Vergílio Lima. E, entretanto, há uma presidente em exercício no Banco Montepio, Dulce Mota, em rota de colisão com Carlos Tavares.

Mais, no quadro das mudanças de administração no banco, seria necessário nomear um novo nome não-executivo, que Carlos Tavares defendia ser o de João Ermida. O economista já tinha tido até uma autorização para registo, mas havia um prazo para a formalização da candidatura… que foi ultrapassado porque Tomás Correia não queria aquele nome. O mesmo que chegou a ser proposto para chairman, e chumbado pelo Banco de Portugal.

O Banco de Portugal, finalmente, só aprovará uma solução global para o conselho de administração do banco, o que poderá obrigar a esticar ainda mais os prazos de aprovação do processo. Logo, dificilmente o Banco Montepio terá um novo presidente executivo em efetividade de funções ainda em 2019.

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Tech Visa e StartUp Visa atraem mais de 700 quadros qualificados estrangeiros

  • Lusa
  • 8 Novembro 2019

Só o programa Tech Visa, para atrair talentos estrangeiros para empresas tecnológicas, certificou 179 empresas. Destas, 100 já emitiram termos de responsabilidade para contratar 695 estrangeiros.

Mais de 700 quadros estrangeiros viram até agora os respetivos processos de entrada e residência em Portugal aprovados no âmbito dos programas Tech Visa e StartUp Visa, destinados a atrair empresários e trabalhadores qualificados, anunciou esta sexta-feira o Governo.

Em vigor desde o início deste ano, o programa Tech Visa certifica empresas para contratar trabalhadores estrangeiros, enquanto o StartUP Visa, lançado no início de 2018, se propõe captar empreendedores externos que queiram alargar a sua atividade a Portugal ou pretendam criar empresas no país associadas a incubadoras, segundo um comunicado emitido pelo Ministério da Administração Interna.

Ambos os programas foram apresentados pelo Governo nas duas últimas edições da Web Summit.

No âmbito do Tech Visa, o executivo diz terem sido certificadas 179 das 223 empresas que se candidataram ao programa, sendo que sete tiveram parecer negativo e 22 estão ainda em análise.

“Dessas 179 empresas certificadas, com estabelecimentos sedeados maioritariamente nas regiões de Lisboa e norte do país, 100 emitiram já termos de responsabilidade para contratar 695 trabalhadores estrangeiros, estando 93% ligados ao universo da informática”, adianta o ministério.

Segundo refere, as empresas certificadas que mais termos de responsabilidade emitiram desenvolvem atividades de consultoria em informática (57), programação informática (36) e outras relacionadas com tecnologias de informação e informática (20).

Quanto aos 695 termos de responsabilidade emitidos até outubro, já permitiram conceder 237 autorizações de residência, sendo a média de idades desses 695 trabalhadores estrangeiros de 32 anos.

No que se refere ao StartUP Visa, o Governo diz terem sido emitidos até ao final de outubro 63 vistos de entrada e 35 autorizações de residência, sendo o Brasil, a Rússia e o Irão “os principais países de origem desses empresários estrangeiros altamente qualificados”.

“Das 135 candidaturas formalizadas [ao abrigo deste programa] até ao final de outubro, 48% (65) foram aprovadas e 41% (56) foram indeferidas. As restantes 14 propostas estão ainda em análise”, esclarece.

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Últimas horas da campanha eleitoral em Espanha dominadas pelo receio de uma subida da extrema-direita

  • Lusa
  • 8 Novembro 2019

Os receios de uma subida da extrema-direita dominou as últimas horas da campanha para as eleições deste domingo.

Os receios de uma subida da extrema-direita dominou as últimas horas da campanha para as eleições deste domingo, com o candidato socialista e primeiro-ministro em exercício a tentar mobilizar contra esse perigo os eleitores de esquerda.

A prepararem-se para os comícios de fecho da campanha esta noite, todos os principais candidatos multiplicaram nas últimas horas as suas intervenções. À frente nas sondagens, Pedro Sánchez insistiu esta sexta-feira que, 48 horas depois das eleições, irá fazer uma proposta, “para desbloquear a situação política”, ao PP (direita), Cidadãos (direita liberal) e Unidas Podemos (extrema-esquerda), excluindo o Vox (extrema-direita) que as sondagens indicam que pode ficar em terceiro lugar.

Na ação de campanha anterior, o candidato do PSOE (socialista) tinha apelado a que se trave o “franquismo”, em alusão ao Vox, mas também para que se impeça a caminhada da “direita”, pedindo “apenas um gesto”, no próximo domingo, para acabar com essa Espanha que “exclui”.

O líder do PP, Pablo Casado, assegurou que não irá “defraudar” os eleitores e defendeu que no próximo domingo haverá uma “oportunidade de ouro” para “voltar a ter orgulho de ser espanhol”. Casado apelou ao “voto patriótico e responsável”, numa ação de campanha em que alertou os idosos que o estavam a ouvir que os votos que não forem para o PP irão “para Sánchez”, como resultado da atual “fragmentação” partidária.

Por seu lado, o candidato do Cidadãos, Albert Rivera, defendeu que em Espanha pode-se “ser independente, liberal, conservador, socialista e até mesmo comunista”, mas “não se pode ser violento e receber dinheiro público”, em alusão à CUP, um partido independentista e antissistema catalão.

Rivera respondeu desta forma às perguntas dos jornalistas sobre se apoiava a proposta do Vox, que o Parlamento regional de Madrid aprovou na quinta-feira com os votos do PP e do Cidadãos, onde se pede ao Governo central a “imediata” ilegalização dos partidos separatistas que atentam contra a unidade da Espanha.

O líder do Unidas Podemos, Pablo Iglesias, dirigiu-se, no último comício em que participou, ao primeiro-ministro em exercício, Pedro Sánchez, para avisá-lo de que acredita que os eleitores de esquerda vão apostar no seu partido: “As pessoas não são idiotas e estão-se a dar conta que você está a tentar cativar a direita”, disse.

Iglesias reiterou que não dará um voto “gratuito” ao candidato socialista e que sua aposta é na formação de um Governo de coligação com o PSOE depois das eleições, apesar de, segundo ele, Pedro Sánchez estar agora à procura do apoio do PP. Na última intervenção que fez, o presidente do Vox, Santiago Abascal, denunciou a criminalização “em uníssono”, “coordenada e sistemática” de todos os partidos políticos e alguns meios de comunicação social contra os argumentos dos dirigentes e votantes deste partido.

“Agora estão todos contra o Vox”, sublinhou em Valência perante cerca de sete mil pessoas durante o maior comício campanha, tendo mostrado a sua solidariedade com os valencianos que sofrem” a quinta coluna do separatismo catalão”. Valéncia é uma comunidade autónoma que está ao lado da Catalunha e onde se fala uma língua idêntica ao catalão.

A campanha eleitoral mais curta de sempre, apenas oito dias, termina às 24h00 (menos uma em Lisboa) desta sexta-feira, sábado será um dia de reflexão e domingo os espanhóis votam das 09h00 até às 20h00.

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Operadora Nowo/Oni já fechou acordo de aquisição com grupo espanhol MásMóvil

  • Lusa
  • 8 Novembro 2019

A composição acionista da operadora Nowo/Oni depois da operação de aquisição pelos espanhóis da MásMóvil ainda não é conhecida.

A operadora Nowo/Oni já fechou o acordo para ser adquirida pelo grupo espanhol MásMóvil e nomeou uma equipa de gestão que assume os cargos já na próxima segunda-feira, segundo avançou esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.

A mesma fonte não quis ainda adiantar a composição acionista da operadora depois da operação, que recebeu ‘luz verde’ da Autoridade da Concorrência (AdC) no passado dia 15 de outubro, segundo foi anunciado pelo regulador no seu ‘site’.

Num comunicado, divulgado esta sexta-feira, o grupo explica que a Nowo/Oni é uma “operadora de telecomunicações participada da Gaea Inversion e gerida pela Inveready, e o grupo MásMóvil”, indicando que estas empresas “acabam de anunciar um importante reforço na sua equipa de gestão com a incorporação de três dos principais ex-diretores responsáveis pelo êxito da operadora de telecomunicações R”.

Em 20 de agosto, a AdC informava que “a operação de concentração projetada consiste na aquisição do controlo conjunto pela MásMóvil Ibercom e Gaea Inversión da Cabonitel e, indiretamente, das filiais direta ou indiretamente detidas por esta, nomeadamente a Nowo e a Onitelecom à Cabolink, uma empresa indiretamente detida por fundos geridos pela KKR”, indicava um anúncio, publicado no site do regulador.

A entidade revelou ainda, nesse dia, que a Gaea, sociedade veículo de direito espanhol detida pelo Grupo Inveready – “que investe, através de fundos e de outras entidades financeiras semelhantes, em diversas empresas, operando em Espanha” – foi “especificamente constituída para a realização da transação”.

Na nota divulgada esta sexta-feira, a operadora anuncia que Miguel Venâncio, até aqui presidente executivo do grupo, assume o cargo de presidente do Conselho de Administração, “mantendo algumas funções executivas, além da representação institucional e de determinados acordos estratégicos”.

Por sua vez, Arturo Dopico, que foi durante 18 anos o presidente executivo da R Galicia, foi nomeado para igual cargo na operadora portuguesa do grupo, enquanto Pablo Iglesias e Paco Rodeiro, “que também fizeram parte do sucesso da R Galicia, assumem os cargos de ‘Chief Financial Officer’ [administrador com o pelouro financeiro] e diretor de planeamento estratégico, controle e desenvolvimento de negócio da Nowo/Oni, respetivamente”, lê-se no comunicado.

Também Carlos Conti, sócio geral da Gaea, foi nomeado para o Conselho de Administração da Nowo/Oni. “A Gaea-Inveready é um acionista histórico do Grupo MásMóvil que agora assume também um compromisso de investimento em Portugal”, adiantou a empresa.

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Revive: Forte da Ínsua, em Caminha, recebe quatro propostas

  • Lusa
  • 8 Novembro 2019

Três empresas portuguesas e uma francesa concorreram ao concurso público para a concessão do Forte da Ínsua, em Caminha, ao abrigo do Programa Revive.

Quatro empresas, três portuguesas e uma francesa, concorreram ao concurso público lançado em julho, para a concessão do Forte da Ínsua, em Caminha, pondo fim a “décadas de abandono”, disse esta sexta-feira à Lusa o presidente da câmara.

O autarca congratulou-se com o número de empresas que apresentaram proposta ao concurso público realizado ao abrigo do Revive, referindo ser “muito bom no contexto dos concursos nacionais” lançados por aquele programa governamental. “A apresentação de quatro propostas revela um interesse evidente na reabilitação da monumentalidade da Ínsua e isso é, desde logo, uma boa notícia para Caminha“.

O prazo para apresentação de propostas ao concurso público para a concessão do imóvel, construído entre 1649 e 1652, terminou na quarta-feira, às 24h. O Forte da Ínsua encontra-se numa pequena ilha rochosa, na foz do rio Minho, perto da costa. Está situado na Ínsua de Santo Isidro, na freguesia de União das Freguesias de Moledo e Cristelo.

Forte da Ínsua, CaminhaWikimedia Commons

O autarca adiantou que “as propostas vão agora ser abertas e analisadas pelo júri do concurso, sendo que a decisão final deverá ser tomada dentro das próximas semanas”.

“Só o júri multidisciplinar que vai avaliar as propostas é que decidirá se todas cumprem os requisitos legais e qual aquela que serve os interesses de Caminha e do Estado Português. Ainda é cedo para lançarmos foguetes, mas acredito que, depois de décadas de abandono e de muita retórica inconsequente, estamos no bom caminho para recuperarmos o património da Ínsua, pondo a sua história e as suas estórias ao serviço das pessoas e da economia da região. Não há caminhada que não comece com o primeiro passo. Ele está dado”, sublinhou.

O concurso público para a concessão do Forte da Ínsua foi lançado em julho, em Lisboa, durante a âmbito da apresentação, pelo Governo, da segunda edição do programa Revive. Na altura, contactado pela Lusa, Miguel Alves, referiu que “a Câmara de Caminha guardou parte do seu espólio e a Capitania local detém as chaves das suas portas”.

Adiantou que o município “assegurou os estudos topográficos e a recolha dos elementos históricos e arquitetónicos” do imóvel. Lançado em 2016, o Revive é um programa conjunto dos Ministérios da Economia, Cultura e Finanças, que visa promover a recuperação e a requalificação de imóveis públicos classificados que estão sem uso, através da concessão a privados para exploração para fins turísticos.

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