Deutsche Bank e Commerzbank mais próximos de fusão para criar um “campeão nacional”

Os dois maiores bancos alemães anunciaram o início oficial das negociações para avançar com uma fusão, que pode levar à criação do quarto maior banco europeu.

Os dois maiores bancos alemães, o Deutsche Bank e o Commerzbank, anunciaram o início de conversações formais para uma possível fusão, avança a Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês). Isto depois de o Governo alemão ter sinalizado que vai aceitar um plano de redução de trabalhadores.

Os conselhos de administração de ambas as instituições terão reunido este domingo para aprovar o início das discussões. A possibilidade de uma fusão surgiu no ano passado, após a queda das ações do Deutsche Bank, e tem recebido o apoio do Governo. O ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, defendeu a iniciativa como uma forma de constituir um “campeão nacional” que serviria de “espinha dorsal” das exportações da Alemanha.

Não é garantido que as conversações culminem num acordo, mas, se acontecer, esta fusão levaria à criação do quarto maior banco europeu, em termos de ativos. Em 2016, os bancos já tinham discutido a possibilidade de se juntar, mas as negociações acabaram por falhar. Cada um seguiu com o seu plano de reestruturação, mas o caminho para atingir as metas definidas não se está a mostrar fácil para as instituições financeiras, que procuram assim outra forma de estabilizar os resultados.

Em janeiro, a Bloomberg adiantava que a decisão sobre uma fusão dependeria dos resultados do primeiro trimestre de 2019 do Deutsche Bank. O banco alemão obteve um lucro líquido atribuído de 267 milhões de euros em 2018, após três anos de prejuízos, mas perdeu dinheiro nos últimos meses do ano e enfrenta uma série de problemas legais.

(Notícia atualizada às 14h50)

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Empresas comprometem-se a reduzir plásticos. Coca-Cola produz três milhões de toneladas por ano

O projeto liderado pela Fundação Ellen MacArthur conta com a assinatura de várias empresas, algumas das quais revelaram quanto plástico produzem. O setor alimentar tem os maiores volumes.

São já várias as empresas que decidiram assumir o compromisso de reduzir a utilização de plástico de utilização única. A Fundação Ellen MacArthur encabeça uma iniciativa global para definir objetivos nesta área, e desafiou as marcas que decidiram subscrever a revelar quanto plástico produzem por ano. A Coca-Cola foi uma delas, e o valor ascende a três milhões de toneladas anuais.

Os dados apresentados pela empresa norte-americana são referentes a 2017, e, se fizermos as contas considerando garrafas de 500 mililitros, são equivalentes a cerca de 108 mil milhões de garrafas por ano, escreve o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês). A Coca-Cola comprometeu-se a que metade de todas as embalagens fosse de material reciclado até 2030.

A Nestlé também foi um dos grupos que aderiu ao projeto que adiantou quanto plástico utilizava. Foram 1,7 milhões de toneladas de embalagens de plástico, distribuídas pelas várias marcas incluídas na Nestlé, desde chocolates como o Kit Kat, a produtos de café como a Nescafé ou a Dolce Gusto.

De acordo com um estudo de um movimento ambientalista, que usou mais de dez mil voluntários para examinar lixo de 42 países, a Coca-Cola, a Pepsi e a Nestlé são das que mais contribuem para a contaminação dos oceanos com plástico. A maioria dos pedaços de plástico recolhido, mais de 187 mil, eram embalagens de produtos destas empresas.

O setor alimentar destaca-se entre as empresas que revelam o plástico que usam, sendo uma área que continua a recorrer a este material para embalar a comida. A Danone, conhecida pelos diferentes tipos de iogurtes, apontou para que o plástico utilizado nas embalagens chegue aproximadamente às 750.000 toneladas.

Para a gigante Unilever, que tem uma grande variedade de marcas, por exemplo de produtos domésticos, como o Skip ou o Cif, de alimentação, como a Calvé, ou até de higiene pessoal, como o Axe, o valor indicado é de 610.000 toneladas. Várias marcas do grupo já anunciaram medidas para substituir o plástico.

No setor têxtil, a Inditex deu a conhecer valores referentes a 2017, que chegavam às 690 toneladas. O grupo espanhol que detém marcas como a Zara e a Pull and Bear, definiu como objetivo eliminar o plástico de uso único utilizado para proteger as caixas de cartão onde são enviadas as encomendas online, bem como substituir os sacos de plástico dados aos clientes nas lojas.

O projeto liderado pela Fundação Ellen MacArthur, em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, contou também com a assinatura do Continente. Este foi a primeira retalhista português a aderir à iniciativa, segundo adiantam em comunicado. O Ministério do Ambiente e Transição Energética de Portugal também é um dos assinantes, bem como os governos de França, Reino Unido e Chile.

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Mercedes chinesa chama para revisão quase 100 mil veículos por problemas na direção

  • Lusa
  • 17 Março 2019

A subsidiária na China da alemã Mercedes-Benz vai chamar 100.000 veículos para a revisão, devido a defeitos nas cremalheiras da direção.

A Beijing Benz, subsidiária na China da alemã Mercedes-Benz, anunciou este domingo que vai chamar para revisão quase 100.000 veículos devido a defeitos nas cremalheiras da direção, informaram este domingo as autoridades oficiais chinesas.

Num comunicado reproduzido por meios oficiais, a Administração Estatal para a Regulação do Mercado especifica que o número de veículos afetados é de 95.694, e que foram fabricados entre outubro de 2016 e abril de 2018.

Entre os modelos afetados destacam alguns populares, como os berlina Classe C e o Classe E e o todo o terreno urbano GLC. O problema detetado na cremalheira da direção poderá afetar os volantes dos veículos, com riscos para a segurança.

A companhia prometeu aos clientes que substituirá as peças defeituosas sem qualquer encargo. A Beijing Benz, fundada em 2005, é um consórcio no qual participam a companhia local BAIC Motor e a Daimler, empresa que controla a Mercedes-Benz.

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Mais de dois terços dos investimentos em Portugal são feitos online

As ordens digitais sobre instrumentos financeiros estão a ganhar destaque. A tendência está entre os investidores mais pequenos já que o montante das ordens online representa apenas 11,1% do total.

Os investidores em Portugal estão mais digitais, mas continuam com menor capacidade financeira que os estrangeiros. Do total de ordens sobre instrumentos financeiros recebidas por intermediários financeiros registados em fevereiro, 69,9% foram dadas online. No entanto, são os investidores mais pequenos a preferirem este canal, já que em termos de montante, estas mesmas ordens representam apenas 11,1% do total recebido.

Dentro do online, o mobile também está a ganhar destaque. O peso dos outros meios eletrónicos de comunicação à distância face ao canal internet cresceu um ponto percentual para 10,2% do total de ordens e 25,7% do montante, de acordo com dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em fevereiro, o valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas superou os 6,8 mil milhões de euros, o que representa uma quebra de 13,1% face a janeiro. A diminuição aconteceu em todos os segmentos: na dívida pública e na privada caiu, 15% para 4.491,9 milhões de euros e 16% para 1.103,1 milhões, respetivamente. Nas ações, recuou 9% para 805,7 milhões de euros.

Em termos de investidores, são os estrangeiros que colocam mais dinheiro por cada ordem aplicada nos mercados financeiros em Portugal. Os investidores não residentes representam 62,4% do montante total, apesar de apenas 14,1% das ordens. Já os investidores de retalho residentes no país são responsáveis por 77% das ordens, mas apenas 12% do valor.

Em ambos os casos, o montante caiu face a janeiro: 9,9% no caso dos residentes e 14,9% no de não residentes. Estados Unidos, França e Alemanha foram os três principais destinos das ordens executadas sobre ações fora de Portugal, enquanto Reino Unido, Alemanha e França foram o principal destino das ordens sobre títulos de dívida.

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Já pensou mudar a sua empresa para um cluster criativo? Faça as contas

Enquanto nos clusters criativos um contrato cobre a grande parte das despesas, nas empresas que têm as suas próprias instalações existe uma fatura para cada despesa. O ECO ajuda-o a fazer as contas.

As contas da maioria das empresas, sejam elas grandes ou pequenas, incluem, regra geral, um conjunto de faturas, que vão desde o próprio custo de aluguer do espaço até às despesas com a limpeza, segurança e mobiliário. Nos clusters criativos — muitas vezes erradamente associados somente aos trabalhadores freelancersum único contrato engloba logo grande parte dos custos.

A grande questão aqui é: será que compensa mudar a empresa para um espaço destes? Os estudos dizem que sim, justificando que instalar os escritórios de uma empresa num cluster criativo, em vez de optar por trabalhar em instalações próprias, significa, normalmente, uma poupança.

Os valores, contudo, dependem sempre de alguns fatores, nomeadamente da localização do escritório, que influencia em larga medida as despesas das empresas. “Em termos médios, podemos estar a falar de uma poupança na ordem dos 30%”, refere Madalena da Cunha, diretora-geral do LACS – Community of Creators, onde trabalham empresas como a EDP Inovação e o Rock In Rio.

O ECO foi tentar perceber como é que as empresas podem fazer as contas, de modo a saber se compensa ou não moverem a equipa para um espaço de trabalho flexível.

Ora, começando pelos custos fixos de uma empresa que tenha os seus próprios escritórios, o primeiro a salientar é, regra geral, o aluguer do espaço. O valor, no entanto, depende sempre muito da localização do escritório. De acordo com a consultora Worx, em Lisboa são consideradas seis zonas para este levantamento, em que o preço do aluguer do escritório por metro quadrado varia entre os 14 euros e os 21 euros. Na zona 4, que diz respeito ao eixo Avenida Infante Santo e Avenida 24 de Julho, o preço por metro quadrado situa-se nos 17 euros.

Imaginemos a seguinte situação: uma empresa com cerca de 30 pessoas, que precisa de um escritório com 200 metros quadrados. O preço mensal a pagar pelo espaço seria de 3.400 euros.

Segundo a Worx, a zona de Lisboa onde o aluguer de um escritório é mais alto abrange a Avenida da Liberdade, o Marquês de Pombal e a Avenida Fontes Pereira de Melo. A renda é de 21 euros por metro quadrado. Contrariamente, em Alfragide, é 14 euros por metro quadrado.Pixabay

Agora, por outro lado, equivalente a um contrato de arrendamento — mas chamado de contrato de membership —, um estúdio no LACS (assim se chamam os espaços ocupados pelas empresas) custa, mensalmente, cerca de 220 euros por pessoa. Ou seja, no cenário da tal empresa com 30 pessoas, o custo a pagar, todos os meses, pelo espaço ascenderia aos 6.600 euros.

Mas, atenção: este preço cobre todas as despesas que, agora, se seguem. “É muito cómodo. Os membros fecham um contrato e não têm de pensar em mais nada”, afirma Madalena da Cunha.

Da luz à limpeza. Da segurança aos tinteiros para a impressora

A generalidade das empresas têm um conjunto de custos que vai muito para além do contrato de arrendamento. Na conta que temos estado a fazer, há que equacionar, também, o custo do imobiliário, ou seja, secretárias, cadeiras e até mesmo fotocopiadoras. E, ainda, toda a parte dos serviços, wi-fi e telecomunicações.

No final do mês, vem ainda a fatura da eletricidade e da água para pagar. E, claro, o ar condicionado, que dá despesas, não só de instalação como também de manutenção.

Passamos agora para a despesa com as casas de banho, que engloba papel higiénico, sabonete e papel para as mãos. Ao nível dos serviços, os custos com a limpeza de todo o escritório e com a segurança do mesmo também entram nesta conta.

Já no caso de empresas maiores, que tenham cafetaria, há que ter em consideração esta despesa. Tal como no caso de empresas que necessitam de alugar salas de reunião noutros escritórios, há que ter em conta esse custo extra.

Portanto, aos 3.400 euros de renda mensal do escritório tomado como referência, há que adicionar todas estas despesas. Entre o arrendamento deste escritório e de um estúdio no LACS, há aqui uma margem de 3.200 euros. Para que o valor de despesas nas duas situações ficasse equilibrado, era preciso que estes custos ultrapassassem essa margem.

“Flexibilidade é a palavra de ordem”

Além da poupança, que Madalena da Cunha diz ser considerável, “há aqui uma série de outras grandes vantagens”, salienta, começando logo pela flexibilidade, que pode, por sua vez, evitar ainda mais custos. “A flexibilidade é a palavra de ordem. Se a minha empresa cresce ou diminui, no LACS eu tenho possibilidade de fazê-lo”, explica a diretora-geral do cluster criativo, acrescentando que “é o único espaço em que não se perde por querer aumentar ou diminuir a empresa”.

Se a minha empresa cresce ou diminui, eu tenho possibilidade de fazê-lo. Não se perde por querer aumentar ou diminuir.

Madalena da Cunha

Diretora-geral do LACS

Mas a flexibilidade de que Madalena da Cunha fala vai, ainda, mais longe. “Os membros do LACS têm, também, acesso aos serviços de todos os outros LACS”, que em abril serão já três (mês em que está previsto que abra o LACS dos Anjos, que se junta aos já existentes na Rocha do Conde de Óbidos e em Cascais).

“Se determinada empresa quiser fazer uma reunião com pessoas de Cascais, pode fazê-la no LACS de Cascais. Se quiser fazer um evento num jardim, pode fazê-lo também no LACS de Cascais. Por outro lado, se pretender que o evento seja no centro da cidade, vai para o LACS dos Anjos ou, se quiser estar perto do rio, faz no LACS Conde de Óbidos”, conta.

Madalena da Cunha considera que esta é uma das grandes vantagens de ser membro de uma comunidade criativa. “Somos dos poucos [clusters criativos] em Portugal que têm esta vantagem competitiva. Funciona quase como os Fitness Hut da vida”, afirma a diretora-geral.

Trabalhar em comunidade pode, também, trazer outros benefícios relacionados com a produtividade. “O ambiente que nós criamos gera, não só um aumento da motivação e satisfação do colaborador, mas também o torna mais produtivos, o que gera mais rentabilidade à empresa“, afirma Madalena da Cunha, acrescentando que o cruzamento das empresas origina mais negócio, competitividade, inovação e criatividade.

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Sechton: Estudantes pensaram como hackers e “atacaram” um sistema da Multicert

O Sechton desafiou os estudantes a detetar falhas na cibersegurança de um sistema num contexto real. Para a Multicert, é também uma oportunidade para recrutar futuros profissionais.

IV Edição Security Hackathon - 15MAR19Esta sexta-feira, dezenas de alunos de várias Universidades do país, juntaram-se em competição para “atacar” um sistema criado pela Multicert, na 4ª edição do Sechton de Segurança, que teve lugar na Câmara de Comércio, em Lisboa. Durante oito horas, os participantes “pensaram como hackers” e experienciaram uma situação real de um dia numa empresa de cibersegurança. Com este evento, a Multicert quer promover a consciencialização para a cibersegurança e recrutar alunos para a empresa.

Numa sala do primeiro andar da Câmara de Comércio, 86 alunos de informática de gestão, engenharia informática, engenharia de redes e telecomunicações, juntaram-se com um único propósito: “atacar” a Multicert. Este ano, a empresa de certificação digital inverteu os papéis e, desta vez, os alunos puseram à prova as falhas de segurança de um sistema criado exclusivamente para esta competição.

Durante oito horas, em equipas de quatro elementos, os participantes testaram a Multicert com base no modelo CTF (“Capture the Flag”), ao longo de 25 exercícios. Tal como refere o termo, prova a prova são recolhidas “bandeiras” que permitem acumular pontos. Durante o jogo, os estudantes tiveram de ultrapassar barreiras na área da criptografia, pentesting e até descodificação de passwords de wi-fi.

"A expectativa é que aprendam e desejavelmente que alguns se queiram juntar a nós.”

Mas o desafio não ficou por aqui. A Multicert adicionou à prova o desafio do triatleta e embaixador da marca João Pereira. Uma prova de cinco minutos ou 2 quilómetros na bicicleta estática do atleta dava acesso ao código para a próxima fase do jogo. No Sechton, o objetivo é recolher o máximo de pontos em menos tempo e redigir um relatório final, onde se identificam os problemas e se propõem soluções, simulando um caso real. O Sechton baseia-se situações que a Multicert já experienciou, por isso é também uma ferramenta para testar produtos antes de os lançar para o mercado.

“Em todas as empresas há sempre alguém responsável pela segurança física, e não há ninguém responsável pela segurança digital, pela cibersegurança”, alerta Jorge Alcobia, CEO da Multicert, que abriu as hostes da competição. “Nas 100 maiores empresas do país, não há nenhum administrador que tenha o mínimo de conhecimentos nesta área”, por isso a Multicert acredita que os jovens estão no centro da equação.

“Gostaria de chegar a uma população mais larga. Infelizmente não há nada organizado, nem o próprio Estado trata disso, no sentido de se poder chegar a mais jovens. A forma que nós temos é através das faculdades, sobretudo as que já têm cursos nestas áreas”. A maioria dos participantes vem de áreas ligadas às engenharias e informática, mas Jorge Alcobia lembra que seria “determinante” chegar a outras áreas de estudo.

Os professores também se juntaram à prova para ajudar os alunos a “desbloquear situações”, explica Pedro Pinto, professor de Redes, Computadores e Segurança do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. “O Sechton é uma oportunidade para recolher experiências e contactos de pessoas da mesma área e, num regime de competição, obter resultados que em sala de aula não conseguiriam.”

"O maior desafio da cibersegurança é a consciencialização de que o mundo digital não é seguro”

O mercado de trabalho atual está a precisar de reforços nesta área, mas a oferta parece não corresponder às necessidades. As Universidades começam a dar os primeiros passos com Mestrados e Pós-graduações em cibersegurança, mas a “dinâmica e a velocidade das empresas é muito diferente”, alerta Teresa Vicente, responsável de RH da Multicert. “Sentimos que a academia está a tardar a desenvolver conteúdos que a indústria precisa muito e na área da cibersegurança isso nota-se bastante”. Neste sentido, o Sechton é uma oportunidade para “encontrar pessoas com o background certo e que têm uma paixão pela segurança digital e de informação”, explica Teresa Vicente.

O Sechton já permitiu à Multicert recrutar profissionais que hoje fazem parte da empresa. Depois desta competição, a expectativa é que “os alunos aprendam e desejavelmente que alguns se queiram juntar a nós”. Até ao final do ano, a Multicert pretende reforçar em 20% as contratações.

Num mundo cada vez mais digitalizado, a cibersegurança aproxima-se do centro das preocupações. “À medida que vamos pondo mais coisas no mundo digital, temos de prestar mais atenção, se não só estamos a garantir que damos acesso a terceiros de forma indevida. A maioria dos ataques às empresas são transversais”, por isso “o maior desafio da atualidade na área da cibersegurança é a consciencialização de que o mundo digital não é seguro”, defende o CEO da Multicert.

IV Edição Security Hackathon - 15MAR19
Jorge Alcobia, CEO da MulticertHugo Amaral/ECO

O que nos leva à pergunta de um milhão de dólares: haverá algum sistema 100% seguro? “Eu diria que não. Mas podia haver algo muito seguro? Sim. Nós enquanto utilizadores finais é que não queremos”, responde Jorge Alcobia, que defende que todos podemos ter um papel ativo na promoção da cibersegurança e pode ser tão simples como mudar hábitos do dia-a-dia. “Não nos passa pela cabeça deixar a porta de casa aberta quando vamos dormir, mas no mundo digital não pensamos da mesma maneira, porque temos muito menos anos de experiência”, remata.

Até ao final do ano, a Multicert pretende reforçar em 20% as contratações. Os alunos das três equipas vencedoras nesta prova seguem diretamente para um processo de recrutamento, que pode dar origem a estágios profissionais ou à oportunidade de concluírem a tese de mestrado.

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António Costa quer Portugal a crescer acima da UE “pelo menos por uma década”

  • Lusa
  • 16 Março 2019

O primeiro-ministro defende que para Portugal continuar a crescer acima da UE é necessário dar continuidade às políticas implementadas há três anos.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou este sábado ter a ambição de Portugal a crescer acima da União Europeia (UE) “pelo menos por uma década”, defendendo a continuidade da política que levou muitos a anunciar que “o diabo vem aí”.

“Queremos, pelo menos por uma década, continuar sustentadamente a crescer acima da UE e para isso temos de dar continuidade a esta política. Há três anos, foi o PS que disse que era possível estar na Europa e na Zona Euro e romper com a austeridade, apostando no emprego como a grande prioridade da política económica”, afirmou António Costa, num discurso para militantes socialistas em Matosinhos, distrito do Porto, antes de um almoço com a presença do cabeça-de-lista do PS para as eleições Europeias, Pedro Marques.

O líder socialista afirmou que “é preciso ter a memória bem viva” quando o PS disse que “era possível” romper com a austeridade: “Houve quem dissesse que não, que o diabo vinha aí e que não seria possível alcançarmos o que já alcançámos para Portugal”.

Temos de dar força a esta mudança iniciada há três anos em Portugal [altura em que o Governo socialista tomou posse]. Pela primeira vez desde que aderimos ao euro, tivemos em 2017, em 2018 e estamos a ter em 2019, um crescimento superior à média europeia”, destacou o secretário-geral. “A nossa ambição continua”, frisou.

Costa afirmou que, “há três anos, uns diziam: ‘Para romper com a austeridade temos de sair da zona euro’, ao passo que outros defendiam que, ‘se queremos manter-nos na zona euro, temos de continuar subjugados à austeridade’”. “Foi o PS que disse não, que é possível estar na Europa, e na zona euro e romper com a austeridade”, vincou.

Costa afirmou que hoje, “desde o FMI [Fundo Monetário Internacional] às agências de ‘rating’, à Comissão Europeia e até alguma direita dizem que Portugal é grande exemplo de sucesso”. “Até acham que o sucesso é tanto que até devíamos ir mais longe do que nos comprometemos”, observou.

Ao falar nas listas do PS às europeias, Costa defendeu a necessidade de “erradicar a desigualdade mais profunda, que é a desigualdade de género”. “Tem de acabar e vai começar também a acabar nestas eleições”, disse, explicando que a lista é “totalmente paritária”, não apenas por ser composta “em metade por mulheres e em metade por homens”. “Vai intercalando sistematicamente homens e mulheres para garantir que a paridade existe também na eleição”, explicou.

Costa apelou ainda para uma “grande mobilização” nesta campanha. “Para que estas europeias não sejam as eleições em que os outros ganham à custa da abstenção, mas em que o PS ganha à custa da votação dos portugueses na lista do PS”, justificou.

O secretário-geral socialista falou ainda para quem acha que “as Europeias não têm a ver com o nosso dia a dia” ou “que somos um país médio que conta pouco”. “Estão enganados. Não é por acaso que este país teve sempre presidências marcantes, que tem conseguido ter portugueses nas mais altas funções, como é o caso do ministro das Finanças na presidência do Eurogrupo”, descreveu.

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Transferências bancárias em 10 segundos. Banco de Portugal quer travar custo

A entidade liderada por Carlos Costa diz que a banca deve implementar práticas, designadamente em termos de preçários, que potenciem a adoção generalizada das transferências imediatas.

Encurtar para um máximo de dez segundos o tempo para transferir dinheiro de uma conta para outra. Foi com esse objetivo que surgiram as transferências imediatas. Cerca de seis meses depois de começarem a ser disponibilizadas, em Portugal, o Banco de Portugal (BdP) vem apelar aos bancos que tenham em conta o custo destas operações de modo a incentivar a sua utilização pelos clientes bancários.

“O sistema financeiro deve implementar práticas, designadamente em termos de preçários, que potenciem a adoção generalizada das transferências imediatas, não só para pagamentos remotos, mas também nos pontos de venda físicos”, diz a instituição liderada por Carlos Costa esta sexta-feira.

O alerta foi feito no âmbito da Comissão Interbancária para os Sistemas de pagamentos (CISP), entidade que agrega o Banco de Portugal, a SIBS, a Associação Portuguesa de Bancos (APB), os maiores bancos nacionais e a Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) que se reuniu nesta sexta-feira, para “debater os mais recentes desenvolvimentos no mercado de pagamentos em Portugal”, como especifica o banco central português.

O Banco de Portugal enquadra essa chamada de atenção com a “crescente digitalização da economia”, situação de defende “vem potenciar as transferências imediatas como o instrumento de pagamento que melhor pode responder aos novos hábitos e expectativas dos utilizadores (particulares, empresas, organismos do Estado e da Administração Pública)”.

Tal vem reforçar o que o regulador da banca já tinha dito no início deste ano. “As transferências imediatas já entraram nas rotinas de pagamento dos portugueses”, começava por dizer o BdP quando no final de janeiro, divulgou o primeiro balanço da utilização das transferências imediatas. Desde o início da sua disponibilização (18 de setembro) até ao final de dezembro do ano passado, os portugueses realizaram mais de 750 mil transferências imediatas, envolvendo a movimentação de 648,5 milhões de euros.

Atualmente, de acordo com o BdP a disponibilização de transferências imediatas já está acessível a mais de 95% das contas de pagamento em Portugal.

O custo da realização das transferências imediatas é mais baixo quando comparado com as transferências “urgentes”, mas não é propriamente apelativo quando comparado com as transferências feitas com o MB Way, que funcionam de uma forma muito semelhante.

Preço das transferências imediatas nos cinco maiores bancos

Fonte: Preçários dos bancos | Acresce Imposto do Selo a 4%

Nos cinco maiores bancos nacionais — CGD, BCP, Novo Banco, Santander Totta e BPI — as transferências imediatas feitas através da internet e do mobile têm um custo entre 1,5 euros e 2,5 euros (acresce Imposto do Selo a uma taxa de 4%), consoante o banco. Através do MB Way, apesar dos bancos dizerem que não cobram a realização destas transferências, em preçário estão estipulados custos entre 0 euros e 1,3 euros.

O alerta do BdP surge ainda pouco tempo depois de o BPI ter anunciado que vai passar a cobrar pelas transferências feitas através da app MB Way, situação que fez emergir a possibilidade de o mesmo comportamento vir a ser seguido por outras instituições financeiras.

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Portugal está a fazer “percurso rápido e bom” na economia, diz Marcelo Rebelo de Sousa

  • Lusa
  • 16 Março 2019

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que a subida do rating de Portugal pela S&P "quer dizer que se reconhece, nos mercados financeiros, a evolução portuguesa".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, congratulou-se este sábado com o “percurso rápido e bom” que o país está a fazer e que levou uma agência de ‘rating’ a subir a notação de Portugal dois níveis.

“Estamos a fazer um percurso rápido e bom”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, durante uma visita à Festa do Queijo da Serra da Estrela de Oliveira do Hospital.

Na sua opinião, esta subida “quer dizer que se reconhece, nos mercados financeiros, a evolução portuguesa”. “E os juros da dívida portuguesa aproximam-se dos juros da dívida espanhola e distanciam-se dos italianos”, frisou o Presidente da República.

A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) subiu na sexta-feira o ‘rating’ de Portugal para dois níveis acima do grau de investimento especulativo, com perspetiva estável. “Estamos a subir o nosso ‘rating’ de Portugal para ‘BBB/A-2’ de ‘BBB-/A-3’. A perspetiva é estável”, indicou a agência de ‘rating’ em comunicado.

A S&P passa assim a ter a mesma avaliação para a dívida soberana portuguesa que a Fitch e a DBRS, que também avaliam a dívida pública portuguesa em ‘BBB’ com perspetiva estável.

“Houve duas notícias muito boas esta semana”, disse o Presidente da República, acrescentando que a primeira tinham sido “os juros da dívida pública que bateram um recorde, foram os mais baixos dos últimos longos anos”.

Antes de visitar a Festa do Queijo da Serra da Estrela, Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou o Museu do Azeite, em Bobadela, no mesmo concelho, um projeto privado que resultou do sonho de António Dias, na sequência da recolha de artefactos que fez ao longo de 30 anos.

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Regulador dos seguros desenvolve diligências para avaliar idoneidade de Tomás Correia

Depois de o Governo clarificar que cabe ao regulador dos seguros avaliar a idoneidade dos presidentes de associações mutualistas, a ASF avança com diligências para cumprir a norma.

O Governo já determinou oficialmente que cabe à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) avaliar a idoneidade dos presidentes das associações mutualistas. Face a este esclarecimento, o regulador dos seguros já está a avançar com as diligências necessárias para dar seguimento às competências.

“Na sequência da publicação do Decreto-Lei n.o 37/2019 de 15 de março, a ASF está a desenvolver as diligências necessárias no sentido de dar cumprimento ao mesmo”, disse o regulador dos seguros ao ECO. A entidade pode “exigir a qualquer autoridade, organismo ou serviço público, e a qualquer outra entidade, pública ou privada, que lhe sejam fornecidas diretamente as informações ou realizadas as diligências necessárias” para o exercício dos poderes, de acordo com a lei da supervisão.

As responsabilidades da ASF são “analisar o sistema de governação, designadamente verificando a adequação e assegurando o registo das pessoas que dirigem efetivamente as associações mutualistas, as fiscalizam ou são responsáveis por funções-chave, incluindo o cumprimento dos requisitos de idoneidade, qualificação profissional, independência, disponibilidade e capacidade, bem como os riscos a que as associações mutualistas estão ou podem vir a estar expostas e a sua capacidade para avaliar esses riscos, por referência às disposições legais, regulamentares e administrativas em vigor para o setor segurador”, esclarece o diploma publicado em Diário da República.

A norma do Governo, aprovada em Conselho de Ministros e promulgada por Marcelo Rebelo de Sousa, vem pôr um ponto final à discussão sobre quem deveria avaliar a idoneidade de Tomás Correia, a tutela ou o regulador. O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral foi alvo de uma multa do Banco de Portugal, no valor de 1,5 milhões de euros, por irregularidades quando era presidente do banco Montepio.

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Coletes amarelos entram em confronto com a polícia em Paris

  • Lusa
  • 16 Março 2019

Os manifestantes lançaram bombas de fumo, petardos e outros objetos contra os agentes ao longo da avenida dos Campos Elísios, em Paris.

Manifestantes do movimento “coletes amarelos” franceses entraram este sábado em confronto com a polícia de choque junto ao Arco do Triunfo, em Paris, no início do seu 18.º fim de semana de manifestações contra o presidente Emmanuel Macron.

Apesar de o número de manifestantes ter diminuído nos últimos fins de semana, os organizadores esperam que os seus mais recentes protestos possam dar nova vida ao movimento que decorre desde há quatro meses contra um presidente visto como favorecedor da classe de elite.

Os manifestantes lançaram bombas de fumo, petardos e outros objetos contra os agentes ao longo da avenida dos Campos Elísios – cenário de repetidos tumultos – e começaram a bater nas janelas de uma carrinha da polícia, enquanto outros ergueram barricadas. O dispositivo da polícia de choque recuou, assim como um canhão de água, com os manifestantes a pontapear a lateral do grande camião.

Mais tarde, gás lacrimogéneo e o canhão de água foram usados pelas autoridades numa rua lateral para tentar afastar os manifestantes agrupados entre duas lojas. Num bairro próximo, onde um outro grupo de protesto se reuniu, foi visto um veículo em chamas por um jornalista da AP. A polícia de Paris disse à agência AFP que 31 pessoas foram detidas até às 10h30 locais (09h30 em Lisboa).

Preparando-se para um potencial aumento do número de manifestantes e de violência, a capital francesa distribuiu esta sábado mais polícias do que nos fins de semana anteriores. A polícia fechou várias ruas e espalhou-se pela margem direita do rio Sena.

Grupos de “coletes amarelos” representando professores, desempregados e sindicatos estavam entre os que organizaram hoje dezenas de manifestações e marchas na capital e por toda a França. As ações marcam o fim de um debate nacional de dois meses que Macron organizou para responder às preocupações dos manifestantes.

Os manifestantes classificam o debate como vazio e consideram-no uma jogada de campanha de Macron a pensar nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio. Os “coletes amarelos” protestam contra os altos impostos e contra as políticas de Macron, que consideram estar a proteger as grandes empresas. No seu apelo ‘online’ para os protestos deste sábado, os organizadores afirmam pretender que o dia sirva como um “ultimato” ao “Governo e aos poderosos”.

Cerca de 5.000 homens e seis veículos blindados das autoridades policiais estão mobilizados para a capital, onde também estão previstas várias outras manifestações, em particular uma “Marcha do Século” para o clima. Demonstrações de “coletes amarelos” também estão previstas para a província de Bordeaux (sudoeste), para Lyon (centro-leste) e Montpellier (sul).

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Justiça dá razão ao Banco de Portugal na resolução do BES

  • ECO
  • 16 Março 2019

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa considera que a resolução feita pelo Banco de Portugal foi legal e constitucional, e que era a única alternativa.

O Banco de Portugal (BdP) ganhou a ação em tribunal relativa à resolução do Banco Espírito Santo (BES). O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa deu razão ao BdP, e diz que a resolução feita em agosto de 2014 era a única alternativa. Aponta ainda o dedo à gestão de Ricardo Salgado, de ter ocultado ou simulado dados contabilísticos, segundo avança o Expresso (acesso pago).

A ação, que foi colocada por um grupo de acionistas e credores do BES, alegava a inconstitucionalidade da decisão do BdP, por violação da reserva legislativa do Parlamento, do direito de propriedade privada e dos princípios da boa-fé, entre outros, e pedia a sua reversão. Se a nulidade fosse impossível, o pedido era para que fossem financeiramente ressarcidos.

Mas o tribunal rejeita estas acusações, e determina que “perante as circunstâncias em que o BES se encontrava, não havia um cenário alternativo (à resolução) que não fosse o da liquidação do BES, pois não mantinha sequer condições de manter o exercício da atividade, sendo totalmente hipotético e inverosímil qualquer outro cenário que não aquele”.

A decisão do tribunal aplica-se também a mais 24 processos com pedidos idênticos que deram entrada no tribunal, visto que o julgamento foi feito ao abrigo do mecanismo de resolução de processos em massa, e é ainda passível de recurso para o Supremo Tribunal Administrativo.

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