Ninguém entra nem sai. PSI-20 mantém apenas 18 cotadas

A revisão anual ao índice foi publicada esta quinta-feira sem quaisquer alterações. Desde o verão de 2014 (quando saíram o BES e o ESFG) que o PSI-20 não tem 20 cotadas.

O PSI-20 vai manter apenas 18 cotadas nos próximos meses. Na revisão anual dos mercados da Euronext, conhecida esta quinta-feira, não há quaisquer alterações ao índice de referência da bolsa de Lisboa. A última alteração aconteceu há exatamente um ano, quando a tecnológica Novabase foi excluída e a industrial F. Ramada foi incluída.

“Não há alterações à composição do índice”, anunciou a gestora de índices, em comunicado. Além da revisão anual, em março, a Euronext faz três revisões trimestrais, em junho, setembro e dezembro. Assim, poderá haver mudanças apenas nestas alturas ou caso alguma empresa seja retirada da bolsa, em caso, por exemplo, de uma aquisição.

Apesar do número que lhe dá nome, há quase cinco anos que o PSI-20 não conta com 20 cotadas, sendo que as regras desta bolsa obrigam a que tenha pelo menos 18 empresas. Estas têm de cumprir determinados parâmetros: capitalização de mercado superior a 100 milhões de euros e 15% de free float. No entanto, se o número de cotadas ficar abaixo do limite, poderá haver exceções.

Desde a última revisão, entraram na bolsa de Lisboa duas empresas, que puseram fim a um período de dois anos em que se assistiram apenas a saídas. A fintech Raize (em julho) e a sociedade de investimento para o fomento da economia Flexdeal abriram o capital, mas a pequena dimensão não lhes permite chegar ao PSI-20. Em sentido contrário, saiu o BPI após a aquisição por parte do espanhol CaixaBank.

(Notícia atualizada às 18h20)

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Centeno: “Novo Banco está mais seguro porque tem este mecanismo”

Ministro das Finanças é o primeiro a ser ouvido no Parlamento por causa do Novo Banco. Em causa estão os prejuízos de milhares de milhões de euros, que vai obrigar o Estado a intervir financeiramente.

Mário Centeno, ministro das Finanças, é ouvido na comissão do orçamento, finanças e modernização administrativa, por causa do Novo Banco. Na semana passada, a instituição apresentou prejuízos de 1.400 milhões de euros e anunciou que vai pedir uma compensação financeira de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução. A dimensão dos prejuízos e do pedido deixou a Ministério das Finanças em alerta, pedindo de imediato uma auditoria aos créditos tóxicos do banco. E os outros partidos atribuem a culpa ao Governo, porque foi quem decidiu a venda de 75% ao Lone Star e a garantia de 3,9 mil milhões que o Novo Banco vem usando para cobrir as perdas.

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Aperta-se o cerco a Tomás Correia. Luís Almeida pode ser o próximo líder da Associação Mutualista

Várias fontes adiantaram ao ECO que há movimentações nos bastidores que podem culminar na saída de Tomás Correia à frente da Associação Mutualista Montepio Geral. Instituição nega.

Fim de linha para Tomás Correia? Os próximos dias poderão trazer novidades importantes no que toca ao futuro da liderança da maior associação mutualista do país. Pelo menos, é o que se fala nos bastidores da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). Há relatos de movimentações que terão como pano de fundo a saída do atual presidente da instituição. Este cenário poderá ter conquistado mais força sabendo-se agora o regulador dos seguros vai mesmo avaliar a idoneidade de Tomás Correia. Ou seja, se não sair antes pelo próprio pé, Tomás Correia terá de enfrentar a ASF em breve, antevendo-se um resultado muito incerto após a condenação pelo Banco de Portugal.

Oficialmente, a AMMG nega que o seu presidente esteja a avaliar as condições de permanência no cargo. Mas várias fontes ouvidas pelo ECO durante última semana dão conta precisamente do contrário.

O ECO Insider (newsletter do ECO de acesso reservado a assinantes) revelou na passada sexta-feira várias movimentações de Luís Almeida, atual administrador da instituição e de quem se fala que pode assumir um lugar de maior relevância numa nova administração — talvez de presidente interino, perante a saída de Tomás Correia. Luís Almeida (ele próprio antigo quadro do banco) andou a percorrer o país nos últimos tempos, e a falar com quadros do Banco Montepio. Foi mesmo ao Algarve por ocasião de um jantar anual dos quadros do banco, tendo-se reunido com a estrutura de topo (diretores e gerentes) à procura de apoios para Tomás Correia.

Tomás Correia viu Banco de Portugal condenar-lhe ao pagamento de uma coima de 1,25 milhões. Mas vai recorrer.Paula Nunes / ECO

Por outro lado, a Lusa lembrava no início desta semana que mesmo que Tomás Correia decida sair, antecipando-se a eventuais complicações com o processo de avaliação de idoneidade que o regulador liderado por José Almaça terá de diligenciar, isso não significa necessariamente eleições antecipadas. Nesse caso, poderia haver lugar uma solução interna, isto é, com um dos administradores do atual conselho de administração a ser “promovido” interinamente a presidente da AMMG.

Luís Almeida é um dos nomes mais falados, não sendo consensual. Mas sobram ainda Virgílio Lima, que também conhece a casa, Carlos Beato (antigo presidente da câmara de Grândola) e Idália Serrão (deputada à Assembleia da República e antiga secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação). Seria uma forma de Tomás Correia tentar dar continuidade à sua gestão, mantendo-se à frente da AMMG os administradores que foram escolhidos por si.

Seja como for, não se confirmando oficialmente nenhuma destas informações, o que se sabe à data é que o Banco de Portugal condenou Tomás Correia ao pagamento de uma coima de 1,25 milhões de euros, devido a irregularidades cometidas quando ele era presidente da Caixa Económica Montepio Geral (hoje Banco Montepio), decisão que vai merecer recurso.

Por força disto, Tomás Correia não vai escapar à ASF, que vai avaliar a idoneidade do gestor através de um processo idêntico ao fit&proper que é usado para o exercício de funções na banca. O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quinta-feira no Parlamento que o Governo vai publicar uma “norma interpretativa” para deixar claro no Código das Associações Mutualistas e no novo regime de supervisão financeira das mutualistas que é competência do regulador dos seguros avaliar já a idoneidade de Tomás Correia — e não daqui a 12 anos, como interpretava a ASF.

Abrindo-se um processo de avaliação da idoneidade, pode ser o princípio do fim da liderança de Tomás Correia, embora os critérios da ASF para apreciação de idoneidade para o exercício de funções em empresa de seguros ou de resseguros sejam diferentes do que constam no novo código das mutualistas. No setor segurador, a ASF deve ter em consideração “a acusação, a pronúncia ou a condenação, em Portugal ou no estrangeiro, por crimes contra o património, crimes de falsificação e falsidade, crimes contra a realização da justiça, crimes cometidos no exercício de funções públicas, crimes fiscais, crimes especificamente relacionados com o exercício de uma atividade financeira e com utilização de meios de pagamento e, ainda, crimes previstos no Código das Sociedades Comerciais”, entre outros pontos.

No novo código das mutualistas, diz-se que são “pessoas idóneas, nomeadamente por não terem sido condenados, em Portugal ou no estrangeiro, por crime doloso contra o património, abuso de cartão de garantia ou de crédito, usura, insolvência dolosa ou negligente, apropriação ilegítima de bens do setor público ou não lucrativo, falsificação, gestão danosa, corrupção, branqueamento de capitais, prática ilícita de gestão de fundos de pensões”.

Mais novidades poderão surgir na próxima terça-feira ou até ao final do mês. Na próxima semana, há reunião do Conselho Geral da AMMG para apreciação das contas individuais, as quais deverão ir a votação da assembleia geral de associados nos últimos dias de março.

As dúvidas em torno da liderança da maior associação mutualista do país, que conta com mais de 600 mil associados e gere poupanças de mais de três mil milhões de euros, surgem num quadro sensível em termos de finanças da instituição. A AMMG lucrou 1,6 milhões de euros no ano passado graças a uma “benesse fiscal” produzida pelos ativos por impostos diferidos. Em 2018, a mutualista voltou a perder associados e receitas.

(Notícia corrigida no dia 11 de março para clarificar que a ASF avaliará os requisitos de idoneidade com base no novo código das associações mutualistas)

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Governo angolano aponta papel “crucial” de Portugal na diversificação económica

  • Lusa
  • 7 Março 2019

O Governo angolano reforça a ideia de que está a tentar travar a dependência do petróleo nas exportações do país, e apela a investimentos de empresários portugueses.

O Governo angolano admitiu esta quinta-feira que Portugal vai ter um papel “crucial” na diversificação da economia de Angola e renovou os apelos aos empresários portugueses para investirem em força naquele país.

Em declarações aos jornalistas em Benguela, no litoral-centro do país, onde decorre o Fórum Empresarial Angola/Portugal, o ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social angolano, Manuel Nunes Júnior, lembrou que o Governo de Luanda está a combater “seriamente” a dependência excessiva do petróleo nas exportações, equivalente a mais de 90% do valor global e 70% das receitas tributárias.

“Todos os problemas que se colocam em Angola têm sempre a ver com os preços do petróleo no mercado internacional, que é sempre imprevisível. Estamos a lutar seriamente para combater essa dependência e Portugal pode ajudar muito e ter um papel crucial nesse caminho”, sublinhou Manuel Nunes Júnior, à margem do evento, realizado no âmbito da visita que o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, está a realizar a Angola.

O governante angolano destacou sobretudo as áreas da agricultura e da agroindústria, setores sobretudo do ramo alimentar, com o qual Angola “gasta anualmente recursos bastante acentuados”, para importar.

“Se conseguirmos produzir esses produtos localmente teremos dois ganhos: em recursos externos, em divisas, que poderão ser utilizadas em áreas mais estratégicas, e, por outro lado, ganhamos emprego internamente e combatemos o desemprego. Essa questão da diversificação é crucial para o nosso desenvolvimento”, insistiu.

A estas duas áreas, Manuel Nunes Júnior juntou uma terceira, a do turismo, setor em que, disse, “Portugal tem muita experiência” e em que pode também ajudar a desenvolvê-lo em Angola, “que tem também um grande potencial turístico”.

“Queremos que seja mais acentuada a participação [de empresários portugueses]. Queremos o investimento para que possamos, nos próximos cinco a dez anos, ter resultados muito palpáveis na diversificação económica. Mais do que retórica precisamos de ações concretas que façam com que Angola possa crescer nos próximos cinco a dez anos e Portugal pode desempenhar aqui um papel crucial”, insistiu. Segundo o ministro, os dados que Angola apresenta nesse domínio até agora “não são desejáveis”.

“Quando um país tem mais de 90% da sua exportação concentrada num só produto, quando tem mais de 70% das receitas tributárias dependente de um só produto, isso é uma situação de grande dependência. Queremos alterar isso radical e rapidamente. Por isso é que estamos aqui a apelar para que haja esse investimento de investidores portugueses, que trarão ‘know-how’ e tecnologia para nos apoiar, pois é fundamental que as coisas sejam feitas por aqueles que sabem fazer e que o podem fazer com rapidez”, sublinhou.

“Temos de ir buscar aquilo que de melhor se faz no mundo das novas tecnologias”, disse. Manuel Nunes Júnior desdramatizou a “já atual não questão” relacionada com as dívidas do Estado angolano às empresas portuguesas, repetindo que o processo está a andar a “grande velocidade” e que deverá estar concluído “em breve”.

“Neste momento estamos a dar passos muito seguros para a resolução da situação. Já se falou muito sobre isso. Relembro que mais de dois terços da dívida reclamada já está certificada pelo Ministério das Finanças e que, desta dívida reclamada e certificada, mais de 60% já está paga. Em sete meses”, frisou.

Nunes Júnior destacou que o Governo angolano está a tomar medidas internas para que se evite novas acumulações de atrasados, lembrando que “toda a gestão fiscal” está a ser feita nesse sentido, com o apoio do programa existente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Sobre o fórum empresarial luso-angolano, Manuel Nunes Júnior salientou que o facto de ser o terceiro a ser realizado no espaço de sete meses “diz tudo” sobre a importância que os dois países estão a dar às relações económicas.

“Tendo realizado os três fóruns, queremos passar à fase prática, que é começar a ver investimentos de Portugal em Angola que não estejam ligados ao setor petrolífero. A ideia é trabalharmos para substituir as importações, promovermos as exportações e fazer com que deixemos de estar dependentes de um único produto de exportação. Mais, a exportação de um produto cujo preço não controlamos.

O fórum económico de Benguela será encerrado ao fim da tarde pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontra a cumprir o segundo de quatro dias da visita de Estado a Angola, dividido hoje entre as províncias da Huíla e de Benguela.

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Primeira fase de candidaturas aos Estágios Profissionais arranca dia 13 com 75 milhões de euros

  • Lusa
  • 7 Março 2019

O arranque do prazo de candidaturas aos Estágios Profissionais do IEFP deste ano arranca na quarta-feira e deverá terminar em julho. Mas pode terminar antes desse limite.

O primeiro período de candidaturas aos Estágios Profissionais do IEFP deste ano arranca na quarta-feira e deverá terminar em julho, mas esta data poderá ser antecipada se, entretanto, a dotação orçamental de 75 milhões de euros for atingida.

Segundo o aviso de abertura de candidaturas publicado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o período para apresentação de candidaturas “decorre entre as 9h00 do dia 13 de março de 2019 e as 18h00 do dia 15 de julho de 2019”.

Porém, “a data de encerramento poderá ser antecipada caso, entretanto, seja atingida a dotação orçamental” que, segundo o mesmo documento, é de 75 milhões de euros.

De acordo com as novas regras que entraram em vigor em fevereiro, as candidaturas são decididas no prazo de 30 dias úteis a contar da sua apresentação, sendo analisadas por ordem de entrada em cada região de acordo com vários critérios e aprovadas até ao limite da dotação orçamental.

Aos Estágios Profissionais podem candidatar-se pessoas singulares ou coletivas, do setor privado, com ou sem fins lucrativos.

Os estágios têm a duração de nove meses e dirigem-se a desempregados inscritos no IEFP, sobretudo jovens entre os 18 e os 30 anos de idade ou desempregados de longa duração (há mais de 12 meses no desemprego), entre outras situações.

Os estagiários têm direito a uma bolsa mensal, que varia em função do seu nível de qualificação. O IEFP apoia no pagamento da bolsa (suporta 65% ou mais destes valores, dependendo da tipologia do destinatário e do promotor) e a entidade empregadora cobre a parte restante dos custos.

Com as novas regras, os valores das bolsas para estagiários com qualificações de nível 7 e 8 (mestrado e doutoramento) aumentaram de 740,8 euros para 762,6 euros (equivalente a 1,75 Indexantes de Apoio Social – IAS) e de 762,6 para 806,1 euros (ou 1,85 IAS), respetivamente.

Para os restantes níveis de qualificações, os valores das bolsas mantêm-se, como é o caso, por exemplo, das licenciaturas, cuja bolsa é de 719 euros (1,65 IAS).

Outra novidade é o alargamento dos estágios profissionais a ex-militares, nomeadamente a “pessoas que tenham prestado serviço efetivo em Regime de Contrato, Regime de Contrato Especial ou Regime de Voluntariado nas Forças Armadas e que se encontrem nas condições previstas no n.º 2 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 76/2018, de 11 de outubro”.

Durante o primeiro período de candidaturas que arranca na quarta-feira podem ainda ser apresentados pedidos de concessão do Prémio ao Emprego, concedido à empresa que celebre com o estagiário um contrato de trabalho sem termo, no prazo máximo de 20 dias úteis a contar da data de conclusão do estágio.

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Governo aprova criação da agência espacial portuguesa Portugal Space

  • Lusa
  • 7 Março 2019

O Executivo já aprovou a criação da agência espacial portuguesa Portugal Space, com sede na ilha açoriana de Santa Maria, e que o ministro da Ciência prometeu estar a funcionar este mês.

O Governo aprovou esta quinta-feira a criação da agência espacial portuguesa Portugal Space, com sede na ilha açoriana de Santa Maria, e que o ministro da Ciência prometeu estar a funcionar ainda este mês.

Os termos para a constituição da Portugal Space foram aprovados em Conselho de Ministros e estão estabelecidos numa resolução que autoriza a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), onde funciona o Gabinete do Espaço, a associar-se à Agência Nacional de Inovação, a uma entidade da área da Defesa Nacional e a uma outra a indicar pela Região Autónoma dos Açores, com a colaboração da Agência Espacial Europeia (ESA).

Há cerca de uma semana, em declarações à Lusa, o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, disse que a Portugal Space iria avançar este mês com a aprovação dos seus estatutos e a indicação do seu diretor, que será estrangeiro.

A agência espacial portuguesa terá a sua sede em Santa Maria, onde será construída uma base de lançamento de microssatélites, mas também instalações em Lisboa e em outros locais do país, avançou Manuel Heitor, que, antes, em dezembro de 2018, assumiu que a Portugal Space deveria começar a funcionar até março de 2019.

Na altura, o ministro referiu que uma das missões da Portugal Space será promover “novas atividades e negócios” no setor espacial, em particular na observação da Terra com pequenos satélites, e “facilitar uma maior participação de Portugal nos programas europeus”, da ESA e da União Europeia.

A ideia, segundo Manuel Heitor, é “dinamizar novas indústrias, novas empresas e criar emprego qualificado em Portugal” no lançamento e fabrico de pequenos foguetões e satélites.

O Estado, adiantou, irá investir, através da FCT, entre 500 mil euros e um milhão de euros para garantir os “custos de operação e arranque” da agência, incluindo a contratação de dez técnicos especializados, e que o objetivo será “atrair financiamento europeu e das empresas” para suportar o funcionamento da Portugal Space.

Manuel Heitor espera que a agência espacial potencie a meta nacional de, em 2030, haver mil novos empregos no setor e um investimento das empresas de 400 milhões de euros. Atualmente, a faturação das empresas portuguesas do setor aeroespacial ronda os 40 milhões de euros anuais.

Para o ministro, fará sentido que a sede da Portugal Space, em local na ilha de Santa Maria a definir pelo Governo Regional dos Açores, se situe próximo de instalações onde já funcionam serviços de monitorização de satélites da ESA.

Espera-se que, de acordo com o calendário fixado, os primeiros lançamentos de pequenos satélites se iniciem na primavera ou no verão de 2021, depois de o contrato para a instalação e funcionamento da base ser assinado, em junho de 2019, com os consórcios “vencedores”.

A agência espacial portuguesa, que terá a incumbência de coordenar, em articulação com o Governo Regional dos Açores, o programa de lançamento de pequenos satélites, é um dos pilares da estratégia nacional para o setor do espaço – “Portugal Espaço 2030”.

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Previsões do BCE arrasam banca europeia. BCP afunda mais de 5%

Os títulos da banca europeia sofreram fortes quedas, após o BCE ter revisto em baixa as estimativas de crescimento para a Zona Euro. Setor caiu 3%, enquanto o BCP derrapou mais de 5% na bolsa Lisboa.

Os mercados não receberam da melhor forma o resultado da reunião do BCE desta quinta-feira. As ações europeias fecharam no vermelho, com a banca a destacar-se pela negativa, apesar de o setor ter sido brindado com mais ajuda da entidade liderada por Mario Draghi. Os principais índices bolsistas europeus, incluindo o português, recuaram perto de 1%, com a banca da Zona Euro a derrapar mais de 3%. Em Lisboa, o BCP também tombou mais de 5%. Euro também perdia fôlego, enquanto os juros da dívida eram os únicos a aliviar. A taxa de juro nacional a dez anos atingiu um novo mínimo histórico de 1,35%.

O conselho de governadores dos bancos centrais da Zona Euro decidiu manter inalterada a taxa de juro de referência para a Zona Euro em mínimos históricos, estendendo ainda do verão para pelo menos até ao final do ano a manutenção dos juros nesse nível.

Mas a entidade liderada por Mario Draghi também anunciou uma espécie de “brinde” para a banca europeia ao decidir avançar com novos estímulos à economia através dos bancos. Comunicou que vai começar em setembro de 2019, com prazo de conclusão previsto em março de 2021, com uma terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado — TLTRO-III –, com maturidade de dois anos.

O que à partida poderia ser um sinal positivo para a banca já que facilita o financiamento à economia não foi suficiente para apagar a má notícia: o PIB da Zona Euro vai crescer bem menos que o antecipado. O BCE cortou as previsões para 2019 e 2020, sendo que para este ano vê agora a economia da região a crescer apenas 1,1% contra os 1,7% anteriores.

Esta visão menos positiva levou as ações da banca a mergulharem, intensificando as perdas que os principais índices bolsistas europeus já vinham a apresentar na sessão desta quinta-feira.

O Stoxx 600 desvalorizou 0,6%, em linha com as perdas de 0,7% do Dax alemão, de 0,4% do francês CAC e de 0,4% do espanhol Ibex. Em Lisboa, as perdas foram similares, com o PSI-20 a recuar 1,09%, para fechar nos 5.239,81 pontos.

BCP com pior sessão em dez meses

A banca da Zona Euro recuou 3,4%, com as perdas de alguns títulos a chegarem aos 8%. Em Lisboa, o BCP acompanhou esse sentimento. As ações do banco liderado por Miguel Maya tombaram 5,12%, para os 23,33 cêntimos, encabeçando as perdas do índice de referência da bolsa nacional. Foi a maior queda desde maio de 2018.

“Os anúncios de hoje têm algum sabor a pânico, uma vez que o cenário base do BCE ainda antevê uma recuperação gradual e as previsões para 2020 e 2021 foram revistas fortemente em baixa”, referiu o ING numa nota divulgada nesta quinta-feira já após o anúncio do BCE.

Também o euro não reagiu bem aos dados da economia e à extensão do prazo para uma eventual decisão de subir os juros na Europa. Perdia 0,73%, para os 1,1219 dólares, estando assim a ser transacionado em mínimos de novembro.

Já no mercado da dívida o sentimento era de alívio, com as yields soberanas europeias a recuarem de forma transversal. No caso dos juros portugueses a dez anos recuavam para os 1,35%, o nível mais baixo de sempre. No caso dos juros espanhóis, o sentimento era semelhante com a taxa a dez anos a baixar para mínimos de outubro de 2016. Já os juros italianos para o mesmo prazo aliviavam para a fasquia mais baixa desde meados de 2018.

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Inquérito à CGD. Questões de sigilo podem “fechar a porta” da comissão parlamentar

  • Lusa
  • 7 Março 2019

Eventuais questões sigilosas poderão fazer com que algumas partes da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos decorram à porta fechada.

Eventuais questões sigilosas poderão fazer com que partes da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) decorram à porta fechada, foi esta quinta-feira deliberado pelos deputados da comissão.

O presidente da comissão parlamentar de inquérito, o deputado do PSD Luís Leite Ramos, aceitou a proposta de que, quando for requerido quer pelos deputados, quer pelos respondentes, os deputados avaliarão e votarão se a questão é digna de ser sigilosa ou não.

As decisões serão tomadas caso a caso e decidida a sua classificação de sigilo à porta fechada pela comissão, que depois poderá prosseguir as audições, ou à porta fechada ou à porta aberta, consoante a deliberação.

Ficou ainda acordado que, caso uma série de documentação não chegue à comissão parlamentar de inquérito até sexta-feira à hora do almoço, as três primeiras audições poderão ser adiadas por uma semana. A documentação em causa são atas de reuniões do Conselho de Administração do Banco de Portugal e da Caixa, atas da direção de risco do banco público e documentação relacionada com a auditoria da EY à CGD.

O arranque da comissão está marcado para 12 de março, com uma audição à auditora EY, seguindo-se no dia 13 a audição ao governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e no dia 14 será ouvido o anterior governador da instituição, Vítor Constâncio.

Foi ainda pedida pelo CDS-PP uma antecipação do recebimento de atas do Conselho de Administração do Banco de Portugal relativas à auditoria da EY à CGD. O deputado do CDS-PP João Almeida foi ainda nomeado o relator da comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos, conforme proposta do seu partido. A deputada Cecília Meireles toma lugar como coordenadora do grupo parlamentar.

Foram também formalmente aprovadas as audições a João Costa Pinto, anterior presidente Conselho de Auditoria do Banco de Portugal, à Oliveira Rego & Associados, anterior Revisor Oficial de Contas da CGD, e ao anterior responsável pelo departamento de auditoria da Caixa, Eduardo Paz Ferreira, e a João Dias Garcia, antigo secretário da mesa da assembleia geral do banco.

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Governo vai clarificar lei para pôr regulador a avaliar idoneidade de Tomás Correia

Governo quer desfazer as dúvidas em relação ao código das associações mutualistas. E vai clarificar a lei para retirar álibi à ASF. Vai mesmo ter de avaliar a idoneidade de Tomás Correia.

O anúncio foi feito há momentos pelo primeiro-ministro: o Governo vai clarificar o código das associações mutualistas para acabar com as dúvidas e pôr o regulador dos seguros a avaliar a idoneidade de Tomás Correia, o presidente a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) que foi recentemente condenado pelo Banco de Portugal ao pagamento de uma coima de 1,25 milhões de euros devido a irregularidades cometidas quando era líder do banco da mutualista.

“Se há dúvidas não só da ASF, mas de outras entidades, nada como esclarecer e o governo vai publicar uma norma interpretativa que, sendo de interpretação autêntica, tem efeitos desde a entrada em vigor do diploma e retirar qualquer álibi à ASF para deixar de fazer o que lhe compete, que também é avaliar a idoneidade de quem gera as instituições mutualistas e, no caso concreto, do dr. Tomás Correia”, anunciou António Costa.

“Porque é que não clarificamos antes? Porque não tínhamos a dúvida”, referiu o primeiro-ministro, questionado pelo deputado do PSD Adão Silva, durante o debate quinzenal.

Até aqui, havia dúvidas sobre se a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) já tinha poderes para avaliar a idoneidade dos gestores das grandes associações mutualistas, isto porque decorre ainda o período de transição do regime de supervisão financeira que vai até 2030, período durante o qual estas instituições terão de se adaptar às mesmas regras das seguradoras.

Para o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social isto já estava bem definido no código das associações mutualistas que foi recentemente alterado por si e que entrou em vigor em setembro passado, como chegou a dizer o ministro Vieira da Silva. Porém, José Almaça, presidente do regulador em fim de funções, nunca entendeu assim, argumentando que só daqui a 12 anos, passado o período transitório do regime de supervisão, é que a ASF vai dispor dessa competência para avaliar a idoneidade dos administradores das mutualistas.

A polémica entre o Executivo e o regulador dos seguros estalou nas últimas semanas, depois de se saber que Tomás Correia foi condenado pelo supervisor bancário devido a irregularidades do tempo em que foi presidente da Caixa Económica Montepio Geral (hoje Banco Montepio), entre 2009 e 2014.

Com a decisão do Banco de Portugal colocou-se imediatamente a questão da idoneidade do atual presidente da maior associação mutualista do país, com mais 600 mil associados e três mil milhões de poupanças, mas deixou a dúvida: quem a vai avaliar? O Governo dá agora o passo em frente.

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Governo quer terminar o ano com 100% dos fundos comunitários comprometidos

  • Lusa
  • 7 Março 2019

"Atualmente, o Portugal 2020 tem uma taxa de execução de 30% dos fundos e tem um compromisso de 70%. Queremos antecipar os compromissos destes fundos num ano", disse Maria do Céu Albuquerque.

O Governo pretende ter 100% dos fundos do atual quadro comunitário comprometidos até ao final do ano, afirmou esta quinta-feira, em Coimbra, a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Maria do Céu Albuquerque.

“Neste momento, o [quadro comunitário] Portugal 2020 tem uma taxa de execução à volta dos 30% dos fundos e tem um compromisso de 70% dos fundos. Queremos antecipar os compromissos destes fundos num ano e chegar ao final de 2019 com 100% dos fundos comprometidos”, afirmou a secretária de Estado, que falava aos jornalistas durante um pequeno-almoço com a comunicação social, no hotel Tivoli, em Coimbra.

Segundo Maria do Céu Albuquerque, este objetivo justifica-se com o facto de o Governo sentir “a procura [pelos fundos]” e de que pode ir “mais longe”. “Queremos criar condições para que isso aconteça”, vincou, salientando que, à imagem de 2018 — em que se registou um aumento de 57% na taxa de execução de fundos face a 2017 — também este ano o Governo pretende garantir que esse esforço continua.

Sobre o investimento no interior do país, a secretária de Estado salientou que, dos cinco mil milhões de euros adicionais previstos na reprogramação do Portugal 2020 para o investimento empresarial, cerca de 35% (1,7 mil milhões de euros) serão destinados a territórios de baixa densidade.

Maria do Céu Albuquerque referiu que o investimento empresarial nos territórios de baixa densidade do país apoiado pelo quadro comunitário cifrava-se em 22% em 2016, tendo aumentado para os 27% em 2018.

A expectativa, frisou, é que até ao final do Portugal 2020 seja possível assegurar que o investimento empresarial nos territórios de baixa densidade apoiado pelo quadro comunitário represente 30% do total do investimento empresarial.

“Isto ajuda-nos a manter uma perspetiva positiva e autoestima de quem está no interior do país” e que pretende ter “condições para querer continuar a fazer este tipo de investimento”, sublinhou.

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Inquérito ao Banco de Portugal? Ferro Rodrigues diz que Parlamento não pode ter agora mais comissões

O primeiro-ministro estará no debate quinzenal, depois de conhecidos os prejuízos do Novo Banco e perante uma indefinição sobre quem verifica a idoneidade dos dirigentes das associações mutualistas.

António Costa responde esta quinta-feira aos deputados no debate quinzenal no Parlamento. O confronto acontece depois de conhecidos os prejuízos do Novo Banco, e o pedido de injeção de capital superior a mil milhões de euros, e quando regulador e Ministério do Trabalho descartam responsabilidades na avaliação da idoneidade dos dirigentes das associações mutualistas.

Segundo a imprensa, este deve ser um ponto que o primeiro-ministro vai querer esclarecer neste debate, ao avançar que o Governo irá clarificar o código das Associações Mutualistas, atribuindo ao regulador o juízo da idoneidade dos gestores destas associações. A questão ganhou premência depois de conhecida a multa do Banco de Portugal a Tomás Correia, líder da Associação Mutualista Montepio, que o banco central condenou a pagar 1,25 milhões de euros pela quebra de regras de controlo interno do Montepio.

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Previsões do BCE atiram Wall Street para quarta sessão de quedas

O pessimismo do BCE em torno da evolução da economia global está a penalizar o desempenho das principais bolsas norte-americanas, que acumulam a quarta sessão de quedas.

As principais bolsas norte-americanas voltaram a abrir em queda na sessão desta quinta-feira, acumulando já a quarta sessão consecutiva de perdas. Desta vez, os investidores estão a reagir às novidades vindas do Banco Central Europeu (BCE), que reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia da Zona Euro, razão pela qual decidiu avançar com uma nova ronda de financiamento aos bancos. Agravam-se, assim, os receios em torno de um abrandamento da economia mundial.

O índice de referência S&P 500 está a cair 0,8%, para os 2.749,81 pontos. O tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones registam quebras mais expressivas, ao desvalorizarem ambos em torno de 0,9%.

Este movimento acontece depois das declarações de Mario Draghi, no seguimento da reunião de política monetária. O presidente do BCE antecipou que o banco central deverá manter as taxas de juro de referência da Zona Euro “pelo menos” até ao final do ano e anunciou uma nova ronda de financiamento aos bancos. Aquela que será já a terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado arranca em setembro deste ano e deverá prolongar-se até março de 2021.

Ao mesmo tempo, o presidente do BCE demonstrou preocupação com as tensões geopolíticas, num período marcado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, bem como com os efeitos do Brexit, dois eventos que levaram o banco central a rever a previsão de crescimento da economia da Zona Euro de 1,7% para 1,1% este ano — e que deixam também a Reserva Federal norte-americana cautelosa quanto desenvolvimento da economia americana. Já a inflação no bloco do euro deverá crescer 1,2%, abaixo dos 1,6% previstos em dezembro pelo BCE.

Os investidores norte-americanos mantêm-se, ao mesmo tempo, atentos aos desenvolvimentos das relações comerciais com a China, depois de Donald Trump ter dito, na quarta-feira, que as negociações estão a evoluir.

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