António Costa descarta auditoria ao Novo Banco como quer Marcelo. Sugere inquérito ao Banco de Portugal

  • Lusa
  • 6 Março 2019

O primeiro-ministro sugeriu a criação de uma comissão de inquérito para avaliar a atuação do Banco de Portugal no Novo Banco.

O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que, na separação que ocorreu em 2014 entre o BES, o chamado “banco mau”, e o Novo Banco, então chamado “banco bom”, o que se verificou foi a divisão entre “banco mau e banco péssimo”. Questionado pelos jornalistas à margem da posse da nova presidente do Conselho das Finanças Públicas, no parlamento, António Costa defendeu que a solução encontrada para a venda do Novo Banco em 2015, através de um fundo de resolução, “foi equilibrada”, porque permitiu evitar outras mais penalizadoras para os contribuintes, como a nacionalização ou a liquidação.

“Eu creio que desde a data da resolução em 2014 todos temos o dever de não estar surpreendidos com o que venha a acontecer com o Novo Banco: ficou claro qual era o estado da instituição financeira e tudo aquilo que aconteceu desde então tem permitido perceber que quando se fez a separação entre o chamado ‘banco mau’ e o chamado ‘banco bom’, verdadeiramente o que ficámos foi com um banco mau e um banco péssimo”, apontou, referindo-se à operação realizada ainda na vigência do anterior Governo PSD/CDS-PP.

Questionado sobre que período incidirá a auditoria que o Governo já anunciou ao Novo Banco, António Costa respondeu que será sobre a fase anterior à resolução da instituição, até porque o período seguinte foi conduzido pelo Banco de Portugal (BdP).

“Nós temos de ir à raiz do problema, a auditoria que foi ordenada pelo Governo será em tudo idêntica à da Caixa Geral de Depósitos e sobre a fase anterior à resolução”, frisou. O primeiro-ministro salientou que a fase posterior à resolução foi “conduzida diretamente” pelo BdP e “não cabe ao governo supervisionar o Banco de Portugal, nem seria correto o Governo ordenar uma auditoria ao Banco de Portugal”.

Questionado sobre a posição do Presidente da República, que disse concordar com uma auditoria “desde que foi determinada a resolução”, Costa disse perceber a posição de Marcelo Rebelo de Sousa, mas sugeriu que “porventura uma Comissão Parlamentar de Inquérito seria mais adequada para fazer a apreciação da atuação do BdP neste processo”. “Não ficaria bem ao Governo e tenho dúvidas que, do ponto de vista constitucional, pudesse auditar BdP”, reiterou.

O primeiro-ministro salientou ainda que as injeções de capital que o Estado tenha de realizar no Novo Banco serão através do fundo de resolução, ou seja, a título de empréstimo, e virão a ser devolvidas pelos bancos num prazo de 30 anos, e reiterou que não haverá necessidade de medidas extraordinárias para cumprir as metas orçamentais, nem sequer um Orçamento Retificativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Disciplina “é espelho” da robustez económica, diz a nova presidente do CFP

  • Lusa
  • 6 Março 2019

"Recebo pois uma herança valiosa que deverei saber proteger", disse Nazaré Costa Cabral, ao assumir o cargo antes ocupado por Teodora Cardoso.

A nova presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré Costa Cabral, defendeu na sua tomada de posse que a disciplina financeira é um “espelho” da robustez económica e da estabilidade social de um país.

A disciplina financeira “é um espelho quer da robustez económica, quer da estabilidade social e institucional de um país”, disse Nazaré Costa Cabral no seu discurso de tomada de posse como presidente do Conselho das Finanças Públicas, no Salão Nobre da Assembleia da República.

Nazaré Costa Cabral defendeu ainda que a “disciplina financeira permite criar as almofadas orçamentais de segurança e garantir a dose certa de flexibilidade de que as finanças públicas também necessitam”.

“Essa folga orçamental garante a respeitabilidade e a força negociais e é reduto de resistência e de independência“, acrescentou, defendendo que “um perfil macroeconómico estável e um quadro orçamental sólido garantem ainda a capacidade de acomodação das vicissitudes da conjuntura económica”.

“Acima de tudo, facultam aos governos, a qualquer governo, a margem necessária de concretização das políticas públicas para as quais foram mandatados pelos cidadãos”, reforçou.

Ao Conselho das Finanças Públicas “cabe, portanto, no quadro das suas atribuições, zelar pelo cumprimento das regras orçamentais que desta forma associamos à ideia de disciplina financeira, contribuindo assim, também, para uma maior transparência, responsabilidade e solidez das nossas instituições democráticas”, concluiu a nova responsável do CFP.

No seu discurso agradeceu ainda à sua antecessora, Teodora Cardoso, que abandona o Conselho das Finanças Públicas depois de sete anos na sua presidência.

Para Nazaré Costa Cabral, Teodora Cardoso contribuiu para fazer do CFP “uma instituição credível e respeitada, não apenas enquanto instituição de controlo, mas também enquanto entidade técnica de alto nível, de apoio à decisão em matéria de política orçamental”.

A nova presidente do CFP destacou ainda o “grau de excelência e de reconhecimento atingidos em tão pouco tempo” pelo organismo, elogiado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num recente relatório à sua atividade.

“Recebo pois uma herança valiosa que deverei saber proteger”, reconheceu Nazaré Costa Cabral.

O agradecimento a Teodora Cardoso foi também feito pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que defendeu que “sem finanças sãs não há crescimento económico e não há receitas fiscais necessárias ao equilíbrio macroeconómico.”

“Finanças públicas sadias são sinónimo de transparência e de qualidade da democracia. Sem finanças sãs não há estabilidade política, não há coesão social”, defendeu.

Eduardo Ferro Rodrigues disse ainda que “as finanças públicas traduzem opções que o Estado faz na prossecução dos seus fins, na satisfação das necessidades coletivas, e na gestão dos recursos disponíveis”, e destacou que essas opções são “políticas, pois refletem as prioridades que cada governo entende indispensáveis ao cumprimento do seu programa”.

Nazaré Costa Cabral é professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e as suas áreas de interesse e investigação vão das Finanças Públicas às Parcerias Público-Privadas (PPP), passando pela União Económica e Monetária, pela Segurança Social e Políticas Públicas, de acordo com informação disponível no ‘site’ daquela instituição de ensino.

A professora universitária concluiu em 1994 a licenciatura em Direito na faculdade onde agora leciona, e, quatro anos depois, terminou o mestrado em Ciências Jurídico Comunitárias, na mesma instituição, onde também fez o doutoramento em Direito, na variante de Ciências Jurídico-Económicas, que terminou em 2007.

Mais recentemente, Nazaré Costa Cabral fez também a licenciatura em Economia, na Nova SBE – School of Business & Economics, que concluiu em 2015.

Nazaré Costa Cabral foi nomeada, em 2014, pela então ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, como membro do grupo de trabalho encarregue da revisão da Lei de Enquadramento Orçamental.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Turismo empregou 13 milhões de pessoas na UE, em 2017

O número de trabalhadores no setor do turismo manteve-se estável na UE em 2017, sendo que em Portugal certas áreas do setor registaram um crescimento.

Mais de 13 milhões de pessoas na UE trabalhavam no setor do turismo, em 2017, um número que se manteve estável. A maioria dos empregos eram no setor alimentar e das bebidas, seguido pela área dos transportes. Em Portugal, o emprego nas indústrias que se focam inteiramente no turismo registou um ligeiro aumento em relação ao ano anterior.

Não estão ainda disponíveis todo os dados relativos ao emprego nesta área para 2017, mas nas indústrias consideradas pelo Eurostat nota-se um crescimento. Foi no alojamento que, em Portugal, se registou o maior crescimento. Passou de empregar 80.260 pessoas para 86.382. Também no setor de organização de viagens encontraram emprego mais mil pessoas, para totalizar os 13.266.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento do emprego neste setor tinha sido de quase 16% em 2017. Mas começou a abrandar no ano seguinte, com o número de pessoas empregadas nas atividades de alojamento e restauração a aumentar apenas 1,6% em 2018, para um total de 328,5 mil trabalhadores.

Pela UE, em 2017, mais mulheres arranjaram trabalho no turismo, e chegaram a representar mais de metade dos trabalhadores do setor (59%), destaca o gabinete de estatísticas. É no alojamento, nas agências de viagens e nos guias de tours que se nota mais esta tendência. A percentagem de trabalhadores jovens, dos 15 aos 24 anos, também ganha relevo no turismo, quando comparado com outras atividades.

Emprego no turismo em 2017Eurostat

Como é uma área muito afetada pela sazonalidade, existe por outro lado uma maior probabilidade de serem celebrados contratos temporários. Estes representam cerca de 23% do trabalho no setor, enquanto nas atividades na área económica não financeira a percentagem de trabalhadores com este vínculo é de 14%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reino Unido chega a “acordo básico” sobre tarifas em caso de Brexit sem acordo

  • ECO
  • 6 Março 2019

De acordo com o ministro ministro do comércio britânico, Governo do Reino Unido chegou a um acordo preliminar sobre a aplicação de tarifas de importação no caso de deixar a União Europeia sem acordo.

O Governo do Reino Unido chegou a um acordo preliminar sobre a aplicação de tarifas de importação no caso de deixar a União Europeia (UE) sem qualquer acordo, disse o ministro do comércio britânico, Liam Fox, advertindo, contudo, que persistem algumas escolhas difíceis, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

A Sky News informou que o Governo planeia cortar tarifas em quase todos os produtos, exceto nas áreas mais sensíveis, como carros, carne bovina, cordeiro e laticínios.

Falando aos legisladores, Liam Fox disse que os ministros seniores chegaram a um acordo preliminar, mas que é muito cedo para tornar os detalhes públicos. “É sempre possível que possam haver mais mudanças, mas houve um acordo básico”, disse.

Fox acrescentou que não foi tomada nenhuma decisão sobre se o Parlamento deveria receber detalhes sobre as tarifas antes de votar, novamente, o acordo da primeira-ministra Theresa May, a 12 de março.

O Reino Unido tem atualmente acesso sem tarifas aos mercados da UE e beneficia dos acordos comerciais da UE com outros países, mas as suas exportações enfrentarão automaticamente as tarifas da UE, se a economia sair da UE a 29 de março, sem acordos de transição.

As empresas querem saber se o Reino Unido, a quinta maior economia do mundo, aplicará tarifas recíprocas sobre as importações da União Europeia. Caso contrário, as tarifas teriam de ser levantadas sobre bens importados da maioria dos outros países, de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo desvaloriza demora na dívida de Angola. Destaca “avanços” em sete meses

João Lourenço diz que à medida que as dívidas são certificadas vão sendo pagas e que forma de pagamento é negociada "caso a caso". Em Luanda, Marcelo prefere falar dos "avanços".

Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou esta quarta-feira as dívidas de Angola para Portugal, preferindo sublinhar os avanços “notáveis” no processo de pagamento de dívidas. O Presidente da República falava em Luanda numa conferência de imprensa conjunta com o presidente angolano, João Lourenço, transmitida pela TPA Angola, a televisão pública daquele país.

O Jornal de Negócios avançou na edição desta quarta-feira que há empresas portuguesas que continuam a sentir dificuldades na recuperação das dívidas.

Confrontado com esta questão pelos jornalistas, João Lourenço não quis fugir ao assunto. A dívida “não é um tabu”, disse o chefe do executivo angolano, acrescentando que o “processo de certificação das dívidas está em curso, não está terminado. Estamos a aguardar que termine. À medida que for certificado, os pagamentos vão sendo feitos”, garantiu. João Lourenço acrescentou ainda que a forma de pagamento das dívidas é analisada “caso a caso”, assegurando que “não existe de certeza nenhum credor que possa dizer que lhe foi imposta uma forma de pagamento”.

João Lourenço admite que é natural que os bancos queiram ganhar com as operações de pagamento, que, segundo o Jornal de Negócios, estão a ser feitas em obrigações do tesouro indexadas ao kwanza, o que obriga muitas destas empresas a ter de monetizar estes valores e converter os kwanzas em euros. Operações essas que abarcam com comissões por parte dos bancos comerciais — escolhidos pelo Estado angolano –, que chegam a ascender aos 30% da verba paga.

Sobre este tema, Marcelo Rebelo de Sousa optou por salientar os progressos alcançados neste processo. “Estamos a falar de um processo que tem sete meses. O que é notável é que em sete meses se fez a delimitação do processo” referindo-se às dívidas reclamadas e certificadas, disse Marcelo Rebelo de Sousa que antes tinha feito uma intervenção muito centrada nas pontes construídas entre os dois países. “Houve uma fortíssima vontade política” das duas partes, disse, depois de João Lourenço destacar os 35 instrumentos de cooperação assinados que cobrem áreas económicas, sociais entre outras.

“Há muitos avanços na delimitação” e no processo que leva à recuperação de dívida, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que esta questão reforça “as condições de confiança não apenas entre os dois estados mas também entre os trabalhadores e as empresas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hospitais privados afirmam que se está “longe de um desfecho positivo” com a ADSE

  • Lusa
  • 6 Março 2019

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada indica que, no que diz respeito à questão da regularização de faturas, "não há nenhum diálogo permanente”.

A associação dos hospitais privados acusa a ADSE de ter uma “atitude de grande sobranceria”, definindo regras sem qualquer diálogo, e avisa que “ainda se está longe de um desfecho positivo” entre privados e o subsistema de saúde.

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, está nesta quarta-feira a ser ouvido na comissão parlamentar de Saúde sobre a situação atual da ADSE, subsistema de saúde dos funcionários públicos, e sobre a ameaça de alguns prestadores privados de deixarem de receber utentes da ADSE em regime de convenção.

“A ADSE sempre teve uma atitude de grande sobranceria em relação aos privados, com as regras que muito bem entende e normalmente sem nenhum tipo de diálogo”, afirmou Óscar Gaspar aos deputados. No mês passado, alguns grupos privados ameaçaram romper as convenções com a ADSE, sobretudo pela exigência de pagamento de 38 milhões de euros por regularização de faturas de anos anteriores.

Óscar Gaspar disse que até hoje não houve qualquer tipo de diálogo entre a ADSE e a Associação de Hospitalização Privada sobre a questão da regularização de faturas. Segundo o responsável, não houve até hoje também nenhuma alteração em relação aos prestadores que ponderam abandonar a convenção.

“Ainda estamos longe de qualquer desfecho positivo”, declarou Óscar Gaspar aos deputados. “À data de hoje as regras não mudaram. Há uma série de prestadores que continuam a entender que a convenção não está em condições de ser aplicada. Que é uma convenção que não serve”, insistiu Óscar Gaspar.

Especificamente sobre a questão da regularização das faturas e da exigência de devolução à ADSE de 38 milhões de euros, o presidente da APHP refere que “não houve e não há nenhum diálogo permanente”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicato quer melhorar condições de trabalho na Uber Eats e Glovo

  • Lusa
  • 6 Março 2019

Sindicato ligado à restauração vai reunir com distribuidoras da Uber Eats e da Glovo para aproximar as condições de trabalho às dos estafetas da Pizza Hut e Telepizza.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte irá reunir-se esta quinta-feira com distribuidores da Uber Eats e Glovo, para aproximar as suas condições de trabalho às dos concorrentes. Fonte sindical revelou à Lusa que o encontro, na sede do sindicato, pretende “comparar as condições de trabalho com aquelas que são oferecidas pelas empresas concorrentes de distribuidores de refeições, como a Pizza Hut e a Telepizza”.

A reunião irá ainda “eleger uma comissão e elaborar uma carta reivindicativa para melhorar as condições de vida e trabalho”, referiu a mesma fonte. O sindicato garantiu também que as multinacionais como a Uber Eats e a Glovo “não contratam diretamente os funcionários, que são contratados por outras empresas e isso está a criar polémica porque essas empresas estão a explorar desenfreadamente os trabalhadores”.

“Em geral são pessoas que formam empresas e contratam trabalhadores especificamente para esta atividade, mas os colaboradores estão todos a recibo verde. Questionamos a ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho] há um ano sobre esta questão e ainda não recebemos resposta”, referiu a mesma fonte. Ainda assim, a reunião pretende “encontrar pontos de consenso para apresentar às empresas que têm estas plataformas”. O caderno reivindicativo a ser elaborado pelo sindicato pretende ainda “afastar situações de completa ilegalidade porque há trabalhadores que põem o pai ou outras pessoas a passar o recibo e isso é trabalho clandestino”.

Numa nota enviada à Lusa, o sindicato detalhou que “estes trabalhadores não têm contrato de trabalho, são todos contratados a recibo verde, não têm seguro contra acidentes de trabalho, ficam numa situação muito vulnerável em caso de doença ou desemprego, não têm direito a férias, subsídio de férias, subsídio de natal, alimentação em espécie ou subsídio noturno, salário mínimo”.

No mesmo comunicado, a estrutura sindical dá ainda conta de uma “campanha nos restaurantes, cafés, pastelarias e similares contra o trabalho clandestino”, que deverá rondar, de acordo com o organismo, os 90 mil trabalhadores a nível nacional.

O sindicato refere que “o trabalho não declarado, os recibos verdes ilegais, o abuso dos contratos a termo mal fundamentados, os ritmos de trabalho intensos, os horários longos, infindáveis e imprevisíveis e o incumprimento dos direitos da contratação coletiva” são “formas de precariedade” que acabam por afastar os trabalhadores do setor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quem são os mais ricos do mundo? Jeff Bezos, Bill Gates e Warren Buffett estão no pódio, mas há mais na lista

Enquanto Bezos foi considerado o homem mais rico do mundo, Françoise Bettencourt Meyers, no 15.º lugar do ranking, é a mulher mais rica do mundo.

Todos os anos, a revista Forbes (acesso livre), publica a lista dos multimilionários do ano, com os nomes daqueles que são considerados — graças às suas fortunas de muitos mil milhões — os mais ricos do mundo. Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon, já conhece bem o pódio. O empresário de 55 anos foi considerado, pelo segundo ano consecutivo, o homem mais rico do mundo.

Jeff Bezos, que vê na Amazon a galinha dos ovos de ouro, tem uma fortuna avaliada em 131 mil milhões de dólares. É uma autêntica máquina de fazer dinheiro, só nos últimos 12 meses, o empresário e a sua família faturaram 19 milhões de dólares.

Quem também está muito habituado ao pódio é Bill Gates, que já esteve a liderar a lista por vários anos. De 2014 a 2017, o fundador da Microsoft foi, aliás, consecutivamente considerada a pessoa mais rica do mundo. Na conta bancária do empresário estão mais de 96 mil milhões de euros.

Na Microsoft, Bill Gates detém, atualmente, pouco mais de 1%, mas continua a ser membro do conselho da tecnológica. Além disso, o empresário fundou, com a sua esposa Melinda, a maior fundação de caridade privada do mundo.

Se recuarmos a 2008, Warren Buffett estava no agora lugar de Bezos. Agora, o investidor norte-americano ocupa o terceiro lugar do pódio, com uma fortuna avaliada em 82,5 mil milhões de dólares.

A lista continua e, de fortuna a fortuna, vão aparecendo nomes bem conhecidos, como o do pioneiro do fast fashion Amacio Ortega e o do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg.

Os primeiros dez nomes que aparecem na lista são, no entanto, apenas de homens. É preciso chegar ao 15.º lugar para encontrar a primeira mulher multimilionária. A autora Françoise Bettencourt Meyers é a mulher mais rica do mundo, graças à posse de 33% das ações da L’Oreal. Françoise é neta do fundador da empresa de beleza que, em 2018, registou o seu melhor ano de crescimento de vendas dos últimos dez anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rial Group concluiu a construção da nova base logística de Braga

  • ECO + RIAL GROUP
  • 6 Março 2019

A Rial Group, empresa de construção com um historial de concretizações em Portugal e em Angola, concebeu e construiu a nova base logística da Rangel Logistics para a Bosch, em Braga.

Integrada no Mercado Abastecedor da Região de Braga, gerida pela SIMAB, a nova infraestrutura foi construída num prazo recorde, permitindo a entrada em funcionamento de uma nova valência da logística nacional e a criação de postos de trabalho. A concretização do projeto, sob a coordenação do Rial Group, permitiu a mobilização das empresas e das melhores soluções técnicas e de edificação existentes na região de Braga, num esforço integrado que possibilitou a realização da obra no tempo certo e com os padrões de qualidade que fazem parte da identidade da empresa.

A concretização do projeto, pelo Rial Group, permitiu a mobilização de empresas e melhores soluções técnicas existentes na região de Braga.

A nova base logística do Minho reforça a capacidade empreendedora da Região e reafirma o compromisso com o desenvolvimento regional, com a criação de emprego e com o impulso exportador do país. Implantado num lote de 13 mil metros quadrados e com uma área de construção de 6600 metros quadrados, a nave logística contou com 304 toneladas de aço para as estruturas metálicas, 9389 metros quadrados de chapa metálica para revestimentos e tem 13,80 metros de altura máxima. Reafirmado o seu compromisso com as regiões e com Portugal, após a conclusão do presente desafio de construção, o Rial Group iniciou já a construção de uma fase do projeto da Royal Óbidos, na região Oeste de Portugal.

O Rial Group continua fiel aos seus valores e princípios, fazer bem, no tempo certo e “on budget” num compromisso total com cada projeto, permitindo que se façam dos sonhos realidades, ao dispor das pessoas, das empresas e dos territórios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Nenhuma solução foi identificada” para resolver o impasse do Brexit, diz Bruxelas

  • Lusa
  • 6 Março 2019

O porta-voz da Comissão Europeia indicou que as discussões "têm sido difíceis", nomeadamente para encontrar uma solução consistente com o acordo de saída e o mecanismo para a fronteira com a Irlanda.

Nenhuma solução foi identificada para resolver o impasse do ‘Brexit’, admitiu esta quarta-feira o porta-voz da Comissão Europeia, após a conclusão de uma nova ronda de negociações, descrita como difícil, entre Bruxelas e Londres.

“Michel Barnier esteve presente na reunião [do colégio] e informou os comissários de que, apesar das conversações decorrerem numa atmosfera construtiva, as discussões têm sido difíceis. Nenhuma solução foi identificada neste momento que seja consistente com o acordo de saída e com o protocolo [de salvaguarda] para a Irlanda e a Irlanda do Norte”, declarou Margaritis Schinas.

O principal porta-voz da Comissão Europeia, que falava na conferência de imprensa posterior à reunião semanal do colégio de comissários, reiterou ainda que o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, acordado em novembro entre Bruxelas e Londres, não será reaberto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno vai amanhã ao Parlamento explicar nova injeção de capital no Novo Banco

  • Lusa
  • 6 Março 2019

O Parlamento aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um conjunto de audições sobre o Novo Banco, dando prioridade à do ministro das Finanças que será ouvido na quinta-feira.

O Parlamento aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um conjunto de audições sobre o Novo Banco, dando prioridade à do ministro das Finanças que será ouvido esta quinta-feira, após o debate quinzenal. Além de Mário Centeno, os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa votaram também a audição de vários representantes de outras entidades para que possam prestar esclarecimentos sobre o novo pedido feito ao Fundo de Resolução para injetar 1.149 milhões de euros no banco.

No requerimento do PSD, que foi aprovado esta quarta-feira por unanimidade, está prevista a audição aos presidentes do Fundo de Resolução, do Novo Banco e da Comissão de Acompanhamento designada no contrato de venda ao fundo Lone Star.

Na sexta-feira o Novo Banco informou ter registado prejuízos de 1.412 milhões de euros em 2018 e, na mesma ocasião, anunciou a intenção de solicitar ao Fundo de Resolução nova injeção de 1.149 milhões de euros para se recapitalizar, ao abrigo do mecanismo negociado aquando da venda ao fundo norte-americano Lone Star, em outubro de 2017. Este valor soma-se à injeção de 792 milhões de euros já registada para fazer face a perdas de 2017.

No requerimento, o PSD acentua que o novo pedido de injeção de capital significa que “a garantia do Estado está mesmo a ser utilizada”, o que contraria “anteriores declarações de responsáveis governamentais no sentido de que a mesma não seria necessária e não teria custos para os contribuintes”.

Antes da votação, os deputados das diferentes bancadas parlamentares consideraram que deve ser dada prioridade à audição do ministro das Finanças, tendo esta sido marcada para a quinta-feira. As restantes votações serão agendadas com a maior brevidade possível sendo intenção da COFMA realiza-las nas próximas duas semanas.

Na sequência do novo pedido, o Ministério das Finanças anunciou a realização de uma auditoria para escrutinar o processo de concessão dos créditos incluídos no mecanismo de capital contingente. O Novo Banco, que ficou com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES) — resgatado no verão de 2014 –, é desde outubro de 2017 detido em 75% pelo fundo norte-americano Lone Star, sendo os restantes 25% propriedade do Fundo de Resolução bancário (entidade da esfera pública gerida pelo Banco de Portugal).

Parlamento também ouve BdP e BIC

Os deputados da COFMA votaram também por unanimidade um requerimento do Bloco de Esquerda para uma audição com caráter de urgência aos representantes do Conselho de Administração do Banco BIC e do Banco de Portugal, mas a sua concretização fica condicionada à verificação da existência de um acordo que terá sido feito entre o banco e os trabalhadores.

Na origem deste pedido de audição do BE está um processo de recapitalização levado a cabo pelo Grupo Alicoop, proprietária da rede de supermercados Alisuper, Macral e Geneco com recurso a um empréstimo junto do BPN (que foi posteriormente vendido ao Banco BIC), tendo o empréstimo sido pedido em nome dos trabalhadores.

O processo remonta a 2007, mas perante a insolvência do Grupo Alicoop, o banco começou a exigir aos trabalhadores que assumissem os encargos com a dívida, uma situação que para alguns implicou que fossem alvo de penhoras. Posteriormente, em 2012, o Grupo Aliccop foi adquirido pela N&F – Comércio e Distribuição Alimentar Lda, que se responsabilizou por aquele empréstimo. Mas perante a insolvência desta empresa, o Banco BIC, segundo adianta o BE no seu requerimento, voltou a interpelar os trabalhadores exigindo-lhes novamente responsabilidades na regularização.

Além de condenar a atuação do banco em todo este processo, o BE quer que os seus responsáveis esclareçam o parlamento sobre esta questão e pretende também que o Banco de Portugal esclareça, enquanto supervisor, que análise tem sido feita a esta atuação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.