Inteligência artificial “vai transformar 100% dos empregos”, diz IBM

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

A inteligência artificial (IA) vai transformar "100% dos empregos", disse a presidente executiva da IBM, Ginni Rometty, na abertura do evento anual da empresa.

A inteligência artificial (IA) vai transformar “100% dos empregos”, disse a presidente executiva da IBM, Ginni Rometty, na abertura do evento anual da empresa onde soluções de nuvem e do supercomputador Watson estão em destaque.

Rometty abordou, no início do IBM Think, a discussão sobre o impacto da inteligência artificial no trabalho, referindo que “tal como qualquer outra tecnologia” alguns empregos serão eliminados e outros criados, mas a diferença será que todos os empregos serão transformados.

“Ao mesmo tempo temos uma crise de capacidades”, avisou a CEO, lembrando que existem sete milhões de vagas de emprego por preencher nos Estados Unidos na área tecnológica e que tal “também acontece em todos os países” representados na audiência.

Numa altura em que se debatem os efeitos da automação e a ética nas novas tecnologias, a IBM criou um código de conduta com três princípios para a era da inteligência artificial, de modo a fomentar “a confiança e transparência”, explicou Rometty.

Um dos princípios refere que “o objetivo de todas estas tecnologias é aumentar o ser humano, não substituí-lo”, outro clarifica que os utilizadores devem manter soberania sobre os seus dados e um terceiro estabelece a necessidade de assegurar que as novas tecnologias são abertas, explicáveis e livres de preconceitos.

“Ser de confiança também significa preparar a sociedade para viver e trabalhar nesta era, para que ninguém seja deixado para trás”, disse Ginni Rometty, sublinhando a necessidade de “toda a gente poder ter um excelente emprego nesta era”.

A responsável pela tecnológica conhecida como “Big Blue” anunciou que a empresa criou um programa de “reentrada” (Tech Re-Entry) para pessoas que tiveram carreiras na tecnologia, mas pararam de trabalhar há vários anos e saíram do circuito profissional.

Uma das beneficiárias do programa foi Priti Shah, que parou de trabalhar para se dedicar aos filhos e duas décadas mais tarde regressou a uma carreira no desenvolvimento de ‘software’ através desta iniciativa.

“As capacidades vão ser tão importantes como um curso superior”, afirmou Ginni Rometty, que também apresentou o caso da reconversão de carreira do veterano militar Brian Thompson.

A CEO da IBM disse que a comunidade empresarial está a entrar “no segundo capítulo do digital e da inteligência artificial”, com a transição de mais aplicações e fluxos de trabalho para a “cloud” (nuvem) e a integração de IA em sistemas que até agora não foram tocados por este tipo de tecnologias.

O evento IBM Think 2019 decorre em São Francisco, Califórnia com a presença de 26 mil participantes de 180 países, incluindo Portugal.

 

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Grupo italiano faz mira ao café português. Compra Cafés Nandi e aposta nas cápsulas

A Massimo Zanetti chegou a acordo para comprar a portuguesa Cafés Nandi. Pretende responder à concorrência e ao acelerado crescimento da procura por cápsulas para as máquinas.

O que acontece quando um italiano e um português entram num bar? Fazem-se negócios como o anunciado esta quarta-feira: o grupo Massimo Zanetti comprou a portuguesa Cafés Nandi, com o objetivo de responder ao crescimento da procura de cápsulas de café na Europa e aumentar o fornecimento de café a restaurantes e outros estabelecimentos.

Segundo a Reuters, o montante da operação não foi revelado. As cápsulas de café para a máquina são o segmento que mais cresce no negócio do café, havendo forte procura no mercado português e italiano, sublinha a agência. Em Itália, a Massimo Zanetti detém marcas como Segafredo, Boncafe e Kauai.

Além de encarar a aceleração da procura, o grupo de bebidas italiano pretende dar resposta ao aumento da concorrência. De acordo com a Reuters, a rival Illycafe assinou recentemente um acordo com a JAB Holding e passou a comercializar cápsulas de café compatíveis com as máquinas da Nespresso, uma marca da Nestlé.

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Lusíadas junta-se à Luz Saúde e CUF no corte de relações com a ADSE

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

É o terceiro grupo privado a anunciar que suspende o vínculo com o subsistema de saúde. Depois do José de Mello Saúde e do Luz Saúde, desta vez foi o Lusíadas a anunciar a suspensão do acordo.

Já são três os grupos privados de saúde a cortar relações com a ADSE. O Conselho de Administração do Grupo Lusíadas Saúde decidiu suspender o atual vínculo com o subsistema de saúde e anunciou que está a analisar alternativas. O grupo junta-se ao José de Mello Saúde, que gere os hospitais CUF, e ao Luz Saúde, que também tomaram também esta decisão.

“O Conselho de Administração do Grupo Lusíadas Saúde está a analisar opções para a cessação das atuais convenções existentes com a ADSE, por considerar que o imperativo de garantia de qualidade e segurança clínica dos seus Clientes (beneficiários desse subsistema público) poderá vir a ser sistemicamente afetado com as regras e procedimentos atualmente vigentes”, anunciou, em declarações por escrito.

Justifica a decisão com dois argumentos. Por um lado, critica a regularização dos preços dos atos médicos a posteriori mais de dois anos depois nos casos atuais em discussão. Além dos atrasos considera que esta não tem em conta o tratamento e atos prestados a cada cliente, de acordo com as suas necessidades específicas, e sem que o grupo Lusíadas Saúde possa ter conhecimento dos elementos comparadores que pudessem justificar reduções. Em segundo lugar, critica ainda a definição da tabela de preços, que diz ser “desajustada da realidade atual”.

“Neste contexto de cessação das atuais convenções, e depois de diversas reuniões internas com as suas Unidades operacionais e respetivas Direções Clínicas, o Grupo Lusíadas Saúde assegurará, contudo, o adequado acompanhamento e tratamento aos Clientes da ADSE que se encontrem a ser assistidos nas Unidades do Grupo, assim como criará uma tabela própria para que os mesmos beneficiários possam aceder às nossas Unidades, podendo posteriormente pedir o reembolso à ADSE em regime livre”, refere ainda o comunicado.

A José de Mello Saúde formalizou na segunda-feira a suspensão da convenção com a ADSE para prestação e cuidados de saúde aos seus beneficiários em toda a rede CUF, podendo evoluir para denúncia definitiva da convenção. De acordo com uma nota interna do grupo da CUF, assinada pelo presidente Salvador Mello a que o Expresso teve acesso, a suspensão da convenção com a ADSE tem efeitos a partir do dia 12 de abril. “Esta suspensão poderá evoluir para a denúncia definitiva da convenção”, a 1 de março, caso não sejam encontradas “soluções equilibradas e que defendam os superiores interesses dos beneficiários da ADSE”, é referido.

Já a Luz Saúde disse que tentou “até ao limite” encontrar com a ADSE uma solução que permitisse “um acordo equilibrado” na negociação de uma tabela que “se encontra desatualizada” quer do ponto de vista da prática da Medicina “quer do ponto de vista dos preços”, que não tem alterações “há mais de 20 anos”, de acordo com uma nota a que o ECO teve acesso. Não conseguiu e, por isso, também rompeu com a ADSE, decisão que “afetará a vida de mais de 250 mil clientes, beneficiários da ADSE” a partir de dia 15 de abril.

Em causa está a desatualização dos acordos entre a ADSE e os grupos privados. O Conselho Geral de Supervisão da ADSE reuniu-se esta terça-feira à noite para debater a questão e afirmou querer entrar em “diálogo urgente” com os hospitais privados. Apesar do apelo, a direção do instituto público que gere o subsistema de saúde dos funcionários públicos sublinhou a necessidade de controlar a despesa.

(Notícia atualizada às 19h00 com mais informação)

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A mais antiga do mundo à distância de um clique. Ramirez lança loja online

  • Guilherme Monteiro
  • 13 Fevereiro 2019

A conserveira Ramirez é a primeira marca, a nível mundial, a lançar uma plataforma digital. Os millennials são o foco da mais antiga fábrica de conservas do mundo.

Quer comprar conservas de atum, de bacalhau ou de sardinha? Com grão, piripíri ou ao natural? Já não vai precisar de ir ao supermercado. A conserveira Ramirez, de Matosinhos, a empresa mais antiga no mundo das conservas de peixe, acabou de lançar uma loja online.

O novo canal de distribuição da empresa “visa complementar os canais tradicionais” e é principalmente dedicado à geração millennial “que prefere fazer compras em lojas virtuais”, “com pouco tempo para a cozinha” e que, “até 2025, representará 47% da população ativa mundial”, explica Luís Avides Moreira, assessor da administração que gere o projeto, citado em comunicado.

Por enquanto, a loja vai apenas enviar encomendas para a Europa mas o gestor adianta que a marca está a trabalhar no sentido de abrir as expedições ao resto do mundo. “Será uma solução ajustada às suas preferências de compra, bem como de conservarem tempo e dinheiro”, refere ainda. Em causa, um projeto que vai permitir aos consumidores ter acesso a “uma vasta gama de conservas de peixe, incluindo diversas refeições prontas, de fácil encomenda, pagamento e rápida entrega“.

A Ramirez espera que, até 2025, as plataformas digitais representem 10% do volume de negócios da empresa. A conserveira histórica opera em mais de 50 mercados e produz 50 milhões de latas por ano, entre as 60 referências, que geram uma receita de 30 milhões de euros. “Este é mais um contributo para a contínua modernização dos processos do setor, para a vanguarda no serviço ao cliente”, acrescenta.

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PSA Retail tem 1.600 vagas de trabalho na Europa. Portugal está incluído

Ainda este ano, o grupo francês quer criar mais de mil novos postos de trabalho, com vagas para as áreas da mecânica, pinturas e vendas. As oportunidades estendem-se também a Portugal.

A PSA está à procura de novos talentos por toda a Europa, incluindo Portugal. A PSA Retail, grupo de distribuição da empresa francesa, pretende criar 1.600 novos postos de trabalho já durante este ano em 11 países europeus, sublinhando o interesse em manter uma equipa jovem. As oportunidades são para várias áreas, destacando-se para vendedor de veículos novos e usados, mecânicos, pintores e técnicos especialistas.

Este recrutamento é uma resposta da PSA Retail aos “objetivos ambiciosos fixados no seu plano de médio prazo”, refere a empresa em comunicado. Os interessados devem cumprir os níveis de competência exigidos e partilhar “a paixão pelo serviço ao cliente”. As cinco principais categorias de vagas em aberto são para vendedor de veículos novos e usados, conselheiros de serviço a clientes, mecânicos, pintores de carroçarias e técnicos especialistas (diagnóstico automóvel).

Neste processo a empresa sublinha o interesse em manter um “elevado nível de emprego jovem”, sendo que 7% dos trabalhadores são estagiários profissionais, num total de 750 jovens estudantes. Um dos objetivos é “assemelhar-se a um berço de talentos”, refere o documento. Em território nacional, o Grupo está presente em Carnaxide (Peugeot, Citroen e DS), Paço D’Arcos (Peugeot) e em Sacavém, Setúbal e Faro com a marca Citroen.

“O emprego no Groupe PSA, mais do que emprego industrial, tem também uma forte componente de emprego na nossa rede própria, que é a primeira interface do Grupo com os clientes”, refere Xavier Chéreau, diretor de recursos humanos do Grupo PSA. “A empresa proporciona inúmeras portas de entrada para oportunidades de carreira no Groupe PSA”, acrescenta, em comunicado.

Até ao final de 2021, o Grupo francês vai colocar no mercado sete modelos de veículos elétricos e oito híbridos. Está previsto para este período um programa de investimentos na rede (pontos de recarga, equipamentos técnicos especiais) e de formação/habilitação das equipas comerciais e técnicas.

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Concorrência espera decidir sanção à EDP por abuso de posição dominante ainda este ano

Em causa está a suspeita de abuso de posição dominante por parte da EDP Produção, entre 2009 e 2013, que terá resultado em danos para os consumidores e para o sistema elétrico no valor de 140 milhões.

A Autoridade da Concorrência (AdC) espera ter, ainda este ano, uma decisão relativa ao processo que interpôs, em setembro de 2018, contra a EDP Produção, que acusa de abuso de posição dominante. A Autoridade estima que a elétrica terá lesado os consumidores em cerca de 140 milhões de euros e a sanção aplicada à empresa poderá ultrapassar os 145 milhões de euros. A previsão foi feita, esta quarta-feira, por Margarida Matos Rosa, presidente desta entidade reguladora, que está a ser ouvida na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade.

“A EDP Produção respondeu à nota de acusação no final de novembro. A Autoridade da Concorrência está a analisar todos os argumentos invocados no âmbito do seu direito de defesa e penso que teremos uma decisão até ao final deste ano, assim que a Autoridade da Concorrência termine a análise dos argumentos trazidos pela visada. A nossa expectativa é termos a decisão este ano”, frisou Margarida Matos Rosa.

Em causa está a suspeita de abuso de posição dominante entre 2009 e 2013, ato ilícito que terá resultado em danos para os consumidores e para o sistema elétrico nacional no valor de 140 milhões de euros. A confirmar-se esta prática, a EDP Produção poderá ser condenada a pagar uma multa de até 10% do seu volume de negócios no ano anterior à aplicação da sanção, o que significa que a coima será, no máximo, de 145,5 milhões de euros.

Segundo a investigação da Concorrência, a EDP Produção terá manipulado a oferta dos chamados serviços de sistema, um segmento do sistema elétrico, ao limitar a produção nas barragens que são exploradas ao abrigo dos custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC), para, desta forma, garantir que essa resposta fosse dada através das centrais que operam em regime de mercado livre. Assim, considera a Concorrência, a EDP Produção terá sido “duplamente beneficiada em prejuízo dos consumidores”.

Na altura, a EDP assegurou que “não beneficiou de qualquer sobrecompensação no mercado de serviços de sistema entre 2009 e 2014 e que atuou de acordo com o enquadramento legal e contratual em vigor e em obediência às regras de concorrência”.

Em resposta ao deputado socialista João Marques, a presidente da Autoridade da Concorrência garantiu não ter dúvidas sobre a prática ilícita por parte da EDP Produção, ainda que o processo de decisão possa ser demorado. “É um trabalho muito intenso, com muitas diligências no âmbito da investigação, um pouco mais morosas, mas que podem ser provadas. É verdade que estes casos são mais difíceis de provar, mas não devemos desistir deles. Neste caso em concreto, sobre nossa convicção em relação ao ilícito, não há dúvida, ou não teríamos feito uma nota de ilicitude, mas temos de respeitar o direito de defesa da visada”, afirmou.

(Notícia atualizada às 18h19 com mais informação)

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Há mais carros nas autoestradas. Lucros da BCR aceleram

O aumento da circulação nas autoestradas fez subir as receitas de portagens da concessionária da Brisa, que fechou as contas de 2018 com um resultado líquido de quase 167 milhões de euros.

Há mais carros a passarem nas autoestradas da Brisa Concessão Rodoviária (BCR). O tráfego subiu 4,3%, registando-se um “crescimento positivo em toda a rede” que a empresa explica com o “ambiente macroeconómico” mais favorável. E permitiu à empresa do grupo Brisa registar um forte aumento nos resultados líquidos.

De acordo com a informação enviada à CMVM, a BCR lucrou 166,8 milhões de euros no ano passado. Apresentou um crescimento de mais 23% face ao ano anterior, período em que tinha registados resultados positivos em 135,1 milhões. O EBITDA também cresceu, assim como as receitas.

“Todas as autoestradas da concessão continuaram a registar variações da procura positivas, entre os 2,8% registados na A5 e os 10,4% registados na A10”, reconhece a BCR. O tráfego médio diário nas autoestradas da concessão atingiu os 20.693 veículos, um crescimento médio anual de 4,3%.

O aumento da circulação impulsionou as receitas de portagens da BCR em 6,4%. “As receitas de portagem atingiram os 592,6 milhões de euros, sustentadas pelo acréscimo no tráfego e pela atualização das taxas de portagem em 1,4%”, refere a BCR, em comunicado.

Os proveitos operacionais fixaram-se, no total, em 616,2 milhões de euros, mais 8% do que os 570,7 milhões obtidos em 2017 — os custos operacionais cresceram, mas apenas 3,7%. A ajudar o aumento total das receitas esteve ainda a renegociação de contratos de concessão de áreas de serviços, uma rubrica de receita que subiu de 5,4 milhões em 2017 para 17,9 milhões em 2018.

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A tarde num minuto

Não sabe o que se passou durante a tarde? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Vice-governadora não pediu escusa em relação à CGD alegando que marido tinha saído da La Seda antes do primeiro empréstimo. Mas relação entre banco português e empresa espanhola começou antes disso.

O novo regime de pensões individuais terá as mesmas características em cada Estado-membro. A gama de prestadores inclui bancos, empresas de investimento e gestores de ativos.

O Benfica venceu o Nacional por dez bolas a zero. Mas a aplicação móvel da Liga Portugal não estava preparada para um resultado assim. E teve de ser atualizada.

Depois de Lisboa e Faro, Coimbra vai tornar-se a terceira cidade a receber o fenómeno das trotinetas elétricas partilhadas. Serviço arranca a 1 de março.

Na 1.ª edição da Dream Assembly, a Farfetch acelerou 11 startups de nove países. A plataforma de luxo anda, em parceria com a Burberry, à procura de novas ideias de negócio para tecnologia e comércio.

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“Se Carlos Costa participou nas decisões ruinosas da CGD, deve sair pelo próprio pé”, diz Rui Rio

Rui Rio diz que se Carlos Costa tem a consciência tranquila deve manter-se como governador do Banco de Portugal. Caso contrário, devia "sair pelo próprio pé", diz o líder social-democrata.

Para Rui Rio, tudo claro na questão da idoneidade do governador do Banco de Portugal, que está a ser colocada em causa por causa de créditos ruinosos aprovados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) quando Carlos Costa era administrador do banco. “Se participou naquelas decisões ruinosas, deveria sair pelo próprio pé”, mas se estiver de “consciência tranquila” então este assunto deve ser “resolvido rapidamente” com os esclarecimentos na comissão parlamentar de inquérito, sublinhou o presidente do PSD.

“O dr. Carlos Costa está em condições de saber se aquilo que fez encaixa ou não encaixa nos parâmetros de idoneidade a que ele próprio recorre para avaliar os outros. Portanto, se estiver com a consciência completamente tranquila, então fica no lugar, vai à comissão parlamentar de inquérito e estamos à vontade porque nada vai aparecer”, disse Rui Rio, em declarações transmitidas pela RTP3.

Caso contrário, “se sabe o que fez, e o que fez não está dentro deste parâmetro de idoneidade, acho que é ele próprio, em defesa do Banco de Portugal, dele próprio e do país, que devia abdicar”, rematou o líder social-democrata.

"Se Carlos Costa sabe o que fez, e o que fez não está dentro deste parâmetro de idoneidade, acho que é ele próprio, em defesa do Banco de Portugal, dele próprio e do país, que devia abdicar.”

Rui Rio

Presidente do PSD

Carlos Costa volta a estar sob pressão política por causa das conclusões da auditoria da EY à gestão do banco público. Ainda esta segunda-feira o Bloco de Esquerda apresentou um projeto de resolução com vista a sua exoneração do cargo de governador do Banco de Portugal.

Neste momento, o supervisor encontra-se a apurar responsabilidades contraordenacionais que podem resultar da auditoria, estando a avaliar nove dos 44 gestores que passaram pelo banco público entre 2000 e 2015. Porém, o próprio Carlos Costa foi administrador da CGD entre 2004 e 2006 com os pelouros do marketing e internacionalização, e vai escapar a essa avaliação, de acordo com o Jornal Económico. A Sábado revelou atas que mostram que o governador participou nas reuniões que decidiram financiamentos do banco público aos empresários Joe Berardo e Manuel Fino e ainda ao projeto de Vale de Lobo. Estes empréstimos constam da lista dos grandes créditos em situação de incumprimento e que geraram perdas de milhares de milhões para a CGD.

Rui Rio diz que o “pior que pode acontecer é ele não fazer nada e chegarmos à comissão de inquérito e ser em sede de comissão de inquérito que se verifique a participação dele nessas decisões sem que ele antes tenha assumido a responsabilidade de modo próprio”.

Por ter sido administrador da CGD, Carlos Costa já pediu escusa das decisões do supervisor em relação às conclusões da auditoria.

(Notícia atualizada às 18h11)

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Depois da Nissan, Ford pressiona May para evitar Brexit sem acordo

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

Depois de a Nissan ter decidido transferir a produção do Nissan X-Trail do Reino Unido, a Ford vem agora pressionar Theresa May para evitar Brexit sem acordo.

O construtor automóvel Ford, que emprega 13.000 pessoas no Reino Unido, está a pressionar a primeira-ministra britânica para evitar um Brexit sem acordo com a União Europeia (UE), disse esta quarta-feira à AFP uma fonte próxima do dossiê.

A empresa norte-americana apresentou recentemente a Theresa May medidas que pondera tomar caso se concretize uma saída britânica da UE sem acordo, adiantou a fonte, que pediu anonimato. Todas as opções estão em cima da mesa, incluindo uma transferência da produção do Reino Unido para outro país europeu, mas ainda é cedo para dizer quais as medidas que vão ser tomadas, acrescentou.

“Pedimos desde há muito ao Governo e ao Parlamento britânicos para trabalharem juntos no sentido de evitar que o país deixe a UE sem acordo”, disse uma porta-voz do grupo. Uma saída sem acordo seria “catastrófica para a indústria automóvel britânica e para as operações de produção da Ford no país”, acrescentou. “Estamos a tomar todas as medidas necessárias para preservar a competitividade da nossa atividade europeia. Hoje, não temos nada para anunciar”, disse a porta-voz.

No passado dia 24 de janeiro, a Ford indicou que um Brexit sem acordo lhe custaria 800 milhões de dólares. Esse custo inclui o abrandamento económico esperado, a descida da libra e o restabelecimento de direitos aduaneiros entre o Reino Unido e a UE, explicou o construtor. A Ford, que tem 54.000 empregados na Europa, pode suprimir mais de mil empregos no Reino Unido, onde fabrica principalmente motores.

Esta pressão por parte da Ford acontece depois de a Nissan ter transferido a produção do Nissan X-Trail do Reino Unido, culpando o Brexit e a queda nas vendas dos modelos a gasóleo.

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Levi’s quer entrar para a bolsa. Anuncia IPO de 100 milhões

A famosa marca de jeans quer voltar a entrar para a bolsa. Pretende angariar 100 milhões de dólares, tendo contratado 12 bancos para a operação.

A famosa marca de jeans quer entrar para a bolsa. A Levi Strauss pretende captar 100 milhões de dólares (88,5 milhões de euros) através de uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês), de acordo com a CNBC (conteúdo em inglês). Esta operação é vista pela empresa como uma oportunidade para se expandir para mercados emergentes.

De acordo com o prospeto entregue esta terça-feira ao regulador dos Estados Unidos, a Levi Strauss pretende usar os 100 milhões para cobrir custos operacionais com a expansão, estando aquisições estratégicas fora dos planos da empresa. Esta operação é encarada como uma oportunidade de entrada nos mercados chinês, indiano e brasileiro.

Para este IPO, a Levi Strauss contratou 12 bancos: Goldman Sachs, JP Morgan, Bank Of America, Morgan Stanley, Evercore, BNP Paribas, Citigroup, Guggenheim Securities, HSBC, Drexel Hamilton, Telsey Advisory Group e Williams Capital Group.

A empresa com sede em São Francisco entrou para a bolsa em 1971, mas os descendentes do fundador acabaram por recomprar todas as ações, tornando a Levi’s novamente privada em 1985.

Desde então que a Levi Strauss tem vindo a enfrentar dificuldades em adaptar-se às tendências do setor, refere a CNBC. No ano passado, registou um resultado líquido de 283 milhões de dólares (250,5 milhões de euros) e receitas de 5,58 mil milhões de dólares (4,94 mil milhões de euros).

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CP recebe cinco candidaturas para fornecimento de comboios no valor de 168 milhões

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

A empresa pública recebeu cinco candidaturas para o fornecimento de 22 comboios no valor de 168 milhões de euros. A entrega do material circulante ocorrerá entre 2023 e 2026. 

A CP – Comboios de Portugal recebeu cinco candidaturas para o fornecimento de 22 comboios, tendo a decisão que ser tomada no prazo de 44 dias a contar de terça-feira passada, anunciou a empresa esta quarta-feira.

“No dia 12 de fevereiro terminou o prazo de apresentação de candidaturas tendo a CP – Comboios de Portugal recebido cinco candidaturas”, anunciou a empresa pública, em comunicado. As candidaturas foram das empresas Patentes Talgo SLU, Standler Service Nederland, Construciones y Auxiliar de Ferrocarriles, Alstom Transporte e Siemens Mobility Unipessoal.

O júri do concurso vai agora proceder à análise das candidaturas, “sendo admitidos à fase seguinte todos os candidatos que cumpram os requisitos de capacidade técnica e financeira”. A decisão será tomada no prazo de 44 dias a contar da data do fim do prazo para a apresentação de candidaturas. “Os candidatos que vierem a ser admitidos vão receber, em simultâneo, um convite à apresentação de propostas para o fornecimento do material circulante a adquirir pela CP”, indicou a empresa.

Em setembro de 2018, o Conselho de Ministros aprovou o plano de aquisição de 22 comboios regionais para a CP, no valor de 168,21 milhões de euros, tendo o ministro da tutela considerado, na altura, que este “é um marco histórico”. Na conferência de imprensa que decorreu após a reunião do Governo, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse que este “é um marco histórico para a CP” já que é “a primeira vez em cerca de 20 anos que a CP vai ter um plano de aquisição de novo material circulante”.

Pedro Marques adiantou ainda que a entrega do material circulante ocorrerá entre 2023 e 2026. Cerca de dois terços deste investimento serão suportados com fundos comunitários e o outro terço com financiamento do Fundo Ambiental, explicou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

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