Nova presidente diz que Montepio tem de se adaptar à modernidade na banca

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

Na primeira intervenção após tomar posse na liderança do Montepio, Dulce Mota sublinhou que quer tornar o banco moderno para acompanhar a mudança que toda a banca está a atravessar.

A nova presidente executiva do Montepio, Dulce Mota, quer tornar o banco moderno, para acompanhar a mudança pela qual a banca está a passar, e considerou a rentabilidade das maiores dificuldades do sistema financeiro.

“Nos últimos anos, a banca fez um percurso notável de recuperação, de reequilíbrio de balanço, de ajustar-se às novas regras de supervisão e regulação, mas ainda tem um grande trabalho de adaptação dos seus processos, de reconhecimento das novas exigências dos clientes. Também no Montepio estamos a fazer esse trabalho para permitir que acompanhe toda esta modernidade e passe a ser um player, de braço dado com as fintech, que oferece e disponibiliza as soluções que o mundo hoje exige”, afirmou na 1.ª Conferência Ibérica sobre FinTech, na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em Lisboa.

Esta foi a primeira intervenção pública de Dulce Mota enquanto presidente executiva do Montepio, cargo de que tomou posse na terça-feira, mas a gestora centrou-se na análise do sistema bancário desde a crise e as referências ao Montepio foram poucas e ainda vagas.

A gestora considerou que a banca vive um “difícil momento de rentabilidade” e que terá nos próximos anos de se debater com esse desafio, ao mesmo tempo que tem de fazer face a “estruturas pesadas” e à necessidade de transformar os sistemas tecnológicos e de segurança.

"Também no Montepio estamos a fazer esse trabalho para permitir que acompanhe toda esta modernidade e passe a ser um player, de braço dado com as fintech, que oferece e disponibiliza as soluções que o mundo hoje exige.”

Dulce Mota

Presidente interina do Banco Montepio

“Com a melhoria de processos, otimização dos recursos e pricing adequado acho que se pode lá ir, mas tem de fazer com outros players e experimentar outros negócios”, afirmou, antevendo uma “reinvenção” da banca.

Dulce Mota assumiu na terça-feira a presidência executiva do Banco Montepio, substituindo Carlos Tavares que passa a presidente não executivo (chairman).

A gestora tinha assumido em janeiro a vice-presidência do Montepio, vinda do ActivoBank (que pertence ao BCP), onde era presidente executiva desde 2018.

Carlos Tavares (ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e que foi ministro da Economia no Governo PSD/CDS-PP de Durão Barroso) passou a chairman, acabando assim com a acumulação de cargos que durava há quase um ano e a qual o Banco de Portugal (BdP) vinha avisando que não podia continuar.

O Montepio mudou recentemente a marca comercial para Banco Montepio, deixando para trás o nome Caixa Económica Montepio Geral, mas ainda falta concluir a mudança da imagem nas agências e fazer a apresentação da nova identidade aos clientes.

Desde o ano passado que o Montepio está a trabalhar na mudança da marca comercial, seguindo uma recomendação do Banco de Portugal que sugeriu que fosse feita de modo a que os clientes compreendam facilmente a diferença entre o banco e a Associação Mutualista Montepio Geral (sua acionista) e os diferentes tipos de produtos financeiros que vendem.

Nos últimos anos, a crise que viveu o Grupo Montepio fez os reguladores e supervisores aumentarem a atenção sobre os produtos vendidos, já que uma entidade é a Associação Mutualista Montepio Geral e outra o banco (detido pela mutualista), com produtos diferentes e também proteções diferentes em caso de dificuldades das instituições.

O banco comercializa os seus produtos e serviços financeiros, mas também serve de intermediário para venda de produtos de poupança da Associação Mutualista destinados aos associados desta.

No caso dos produtos mutualistas, os clientes têm de ter em atenção que estes não são depósitos, não estando salvaguardados pelo Fundo de Garantia de Depósitos (que garante os depósitos até 100 mil euros).

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Só 6,3% das empresas em Portugal são exportadoras

Em 2017, mais de metade do crescimento da economia veio das exportações líquidas. As empresas exportadoras são poucas em número mas valem mais de um terço do volume de negócios do total de empresas.

As empresas exportadoras representam uma pequena parcela do total de empresas em Portugal, mas são responsáveis por uma parte importante do volume de negócios gerado pelo conjunto de empresas, mostram dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2017, existiam em Portugal 394.967 empresas, das quais apenas 24.784 tinham um perfil exportador. Ou seja, apenas 6,3% tinham a sua atividade mais virada para o exterior, o que compara com 6,2% um ano antes.

Os dados fazem parte de uma publicação do INE sobre as empresas em 2017 e deixam de fora as empresas financeiras, como os bancos, concentrando-se apenas nas empresas não financeiras. O INE considera que uma empresa tem um perfil exportador quando cumpre um dos dois critérios:

  1. Pelo menos 50% do volume de negócios vem da exportação de bens e serviços
  2. Pelo menos 10% do volume de negócios resulta da venda de bens e serviços para o exterior e o valor destas exportações é superior a 150 mil euros.

Apesar de serem poucas em número, estas empresas têm um peso mais significativo quando se olha para outros indicadores. As exportadoras são responsáveis por 34,9% do volume de negócios da totalidade das empresas, 33% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) e 23% da mão-de-obra a trabalhar nas empresas não financeiras.

Estes dados ganham especial relevância já que em 2017 a economia cresceu 2,8%, com 54% deste crescimento veio das exportações líquidas das importações. Segundo dados do Banco de Portugal, do Boletim Económico revelado em dezembro, em 2017 as exportações pesavam 43% no PIB.

O retrato tirado pelo INE às empresas em 2017 mostra uma melhoria nos principais indicadores. O volume de negócios, o VAB e Excedente Bruto de Exportação (que mede o valor que afeto à remuneração do capital) cresceram 9,1%, 8,5% e 9,4%, o que compara com 2,7%, 6% e 8,4% em 2016. Esta melhoria aconteceu no ano em que o PIB cresceu ao ritmo mais elevado desde 2000.

No ano em análise nasceram 36.908 empresas e morreram 22.091. “Pela primeira vez nos últimos cinco anos, a dimensão média das sociedades nascidas excedeu a dimensão média das que morreram (2,1 face a 1,8 pessoas ao serviço por sociedade, respetivamente)“, destaca o instituto estatístico.

Por setor de atividade, os dados do INE mostram ainda uma realidade muito diferente. O volume de negócios no setor do alojamento e restauração subiu 18,6%, ao passo que na energia e água este aumento foi de apenas 4,1%. No entanto, quando se analisa a rendibilidade das vendas a relação é outra. O setor da energia e água apresentou uma rendibilidade de vendas de 7,7%, com o alojamento e restauração a ficar pelos 5,6%.

Estes dados atualizam dados provisórios avançados em outubro em 2018 e revelam uma melhoria dos indicadores.

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Queda do desemprego em Portugal foi das mais acentuadas da Europa

Foi em Portugal, Espanha e Grécia que se registaram as maiores quedas na taxa de desemprego no ano passado na região europeia, isto excluindo os países do leste.

Portugal destaca-se na Europa como um dos países onde se verificou uma das maiores quedas no desemprego em 2018, em conjunto com a Grécia e a Espanha. Apesar do bom desempenho, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) alerta para a “prevalência de contratos temporários de curta duração”.

Por cá, o desemprego desceu dois pontos percentuais, de acordo com o relatório da OIT, uma agência da ONU. Os dados do Instituto Nacional de Estatística também indicam uma queda da taxa desta ordem, de 8,9% em 2017 para 7% em 2018. Na vizinha Espanha a taxa caiu 1,7 pontos percentuais, e na Grécia recuou 2,3, diz a OIT.

As descidas foram generalizadas na Europa, com exceção dos países do leste, onde o número de pessoas empregadas nunca foi tão alto, fixando-se nos 203 milhões em 2018. As previsões da OIT apontam para que o desemprego continue a diminuir até 2020, mas a um ritmo mais lento do que se tem verificado. Por outro lado, a criação de trabalho também deverá abrandar.

Mas mais emprego não quer necessariamente dizer melhores condições, e a qualidade dos postos de trabalho é uma preocupação da organização. Em Portugal, quase metade dos contratos de trabalho temporário tinham a duração de seis meses ou menos, em 2017. Por outro lado, menos de 10% dos vínculos são de pelo menos dois anos. Em Espanha e França também se verifica esta dimensão reduzida dos contratos superiores a 25 meses.

Distribuição dos vínculos de trabalho temporário, por duraçãoOIT

De acordo com os dados do Eurostat, Portugal era o terceiro país da União Europeia com mais trabalho temporário, em 2017. Neste contexto, aliado ao aumento da atividade empresarial e da queda do desemprego, a faturação das empresas de trabalho temporário cresceu em 2018, 6,1% para 1.350 milhões de euros, segundo a Informa D&B.

“A prevalência de contratos temporários de curta duração pode exacerbar o sentimento de insegurança dos trabalhadores, em particular ao aumentar a volatilidade do rendimento e dificultar o desenvolvimento da carreira“, alerta a OIT, no relatório. Mais de 85% dos espanhóis têm um vínculo de trabalho temporário porque não conseguiram encontrar um permanente, exemplifica a organização, para demonstrar que muitas vezes não é uma escolha.

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Orçamento do Estado espanhol foi chumbado. Sánchez deve convocar eleições antecipadas

O governo do PSOE enfrenta derrota pesada com o chumbo do OE. Eleições antecipadas são o cenário mais provável, mas Sánchez só deverá dar anúncio depois de se reunir com os seus ministros.

O Orçamento do Estado espanhol foi chumbado. As seis emendas foram votadas em conjunto. No total, 191 deputados votaram a favor das emendas à totalidade do Orçamento de Estado, 158 votaram contra, e houve uma abstenção, sendo que o Orçamento volta agora às mãos do Executivo. O primeiro-ministro Pedro Sánchez e o seu Governo minoritário, que até ao último minuto mantinham a esperança de que o OE passasse, enfrentam agora uma derrota pesada que pode significar o fim da sua curta legislatura. Sánchez pode agora convocar eleições antecipadas ou prolongar o Orçamento de Estado do governo anterior — de Mariano Rajoy, do Partido Popular. O líder do Executivo já abandonou o Parlamento e não quis comentar o resultado da votação.

Se antes contava apenas como certo o apoio dos seus deputados e do Unidos Podemos — que, em conjunto, reuniam 151 votos — a votação desta quarta-feira provou-o, mesmo depois de o Podemos ter aberto o debate para apelar ao apoio dos partidos independentistas, mas sem sucesso.

Entre as propostas do Governo para o OE que se mantêm estão o aumento do salário mínimo para 900 euros, o aumento das pensões e o aumento salarial para os funcionários públicos. Entre as medidas que, agora, caíram estão a descida do IVA em 4% para os produtos de higiene feminina, o imposto ao gasóleo, que estaria previsto subir 3,8 cêntimos por litro, e o imposto de 15% destinado às grandes empresas que faturassem mais de 20 milhões de euros.

Após mais de oito horas de debate sobre as emendas à especialidade do Orçamento do Estado, desta terça-feira, o Governo espanhol não conseguiu convencer a oposição — nem os independentistas, nem os partidos mais à direita (Ciudadanos e Partido Popular) –, pelo que o chumbo do OE para 2019 já era apontado como certo e a marcação de eleições antecipadas.

O El País menciona mesmo que o PSOE já se está a adiantar em termos eleitorais, e que o ambiente de campanha já é palpável, sobretudo no discurso de ontem da ministra das Finanças espanhola, Maria Jesús Montero, que, durante o debate orçamental, chegou a dizer que “este Governo não quer nem pode debater fora da Constituição”, e que não põe na agenda o direito à autodeterminação, dirigindo-se sobretudo aos partidos independentistas catalães — o PDeCAT, de Carles Puigdemont, e a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), de Quim Torra, atual presidente da Catalunha.

O cenário da convocação de eleições antecipadas ganha, agora, mais força. O ministro do Desenvolvimento, José Luis Ábalos, já fez saber que “em breve” o Governo dará notícias sobre a convocação de eleições gerais. O La Vanguardia dá conta de que só depois de se reunir em Conselho de Ministros é que Pedro Sánchez deverá anunciar a convocação de eleições antecipadas. Tudo indica que se deverão reunir esta sexta-feira.

Segundo o artigo 115 da Constituição espanhola, o primeiro-ministro pode convocar eleições gerais antecipadas, mas está prevista uma “deliberação prévia de Conselho de Ministros”.

Antes, a data de 14 de abril já tinha sido admitida pelo próprio Governo, embora alguns jornais espanhóis comecem a apontar cada vez mais para a hipótese de eleições gerais a 28 de abril, a apenas cerca de um mês das eleições europeias e regionais espanholas, marcadas para maio.

Os socialistas têm apenas 84 deputados num total de 350 e o Unidos Podemos 67, com as últimas sondagens a indicarem que os partidos de esquerda ainda não conseguiriam assegurar uma maioria estável, apesar da subida das intenções de voto no PSOE.

Pedro Sánchez tornou-se primeiro-ministro em 2 de junho de 2018, depois de o PSOE ter conseguido aprovar no parlamento, na véspera, uma moção de censura contra o Executivo do Partido Popular (direita) com o apoio do Unidos Podemos (coligação de extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h10).

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Problema no Instagram fez desaparecer milhões de seguidores. Já foi ver a sua conta?

Um "problema" no Instagram fez desaparecer milhões de seguidores na rede social. Só a cantora Selena Gomes ficou com menos dois milhões. A empresa encontra-se a resolver a falha.

Tem Instagram? Já verificou se os seus seguidores continuam a seguir a sua conta? Há vários utilizadores a queixaram-se de terem perdido dezenas, centenas ou mesmo milhares de seguidores na rede social detida pelo Facebook. Ao início da tarde desta quarta-feira, a plataforma admitiu tratar-se de um problema técnico e prometeu “resolvê-lo o mais rapidamente possível”.

“Estamos conscientes do problema que está a causar alterações no número de seguidores de algumas contas neste momento. Estamos a trabalhar para o resolver o mais rapidamente possível”, lê-se na declaração oficial do Instagram, publicada no Twitter.

Ainda antes do comunicado do Instagram, a chuva de queixas no Twitter já se fazia notar. Inicialmente, a tese era a de que a rede social estava a fazer uma limpeza de contas falsas. Isto porque a empresa tem apertado o controlo às redes de contas criadas especificamente com objetivos de propaganda, ou mesmo de inflacionar as audiências de celebridades.

“Notámos que o Instagram pode estar a fazer uma limpeza. Alguém perdeu seguidores?”, escreveu a empresa de análise de estatística Social Blade no Twitter. A mensagem recebeu dezenas de respostas de utilizadores que garantem ter perdido seguidores durante a madrugada desta quarta-feira.

Matt Navarra, ex-diretor de media da The Next Web e consultor de redes sociais, garantiu que a cantora Selena Gomez perdeu mais de dois milhões de seguidores. Já a marca Nike, segundo o mesmo especialista, perdeu mais de um milhão de seguidores no Instagram.

 

(Notícia atualizada às 14h39 com declaração oficial do Instagram)

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Ex-ministro da Economia Caldeira Cabral vai para o regulador dos seguros

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

Margarida Corrêa de Aguiar, antiga secretária de Estado de Durão Barroso, vai ser a próxima presidente da ASF.

O antigo ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral vai integrar a próxima administração da Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF), que vai passar a ser presidida por Margarida Corrêa de Aguiar, ex-secretária de Estado da Segurança Social no Governo de Durão Barroso e atual quadro do Banco de Portugal.

A informação está a ser avançada pelo Jornal Económico (acesso livre) que adianta que a administração do regulador do setor dos seguros vai manter Filipe Serrano, atualmente vice-presidente da ASF.

O ECO contactou o Ministério das Finanças, mas não obteve uma resposta até à publicação do artigo.

Os nomes da nova administração deverão agora seguir para a Cresap. E, como se tratam de nomeações para um regulador financeiro, terão de ser aprovados primeiro em audição pelo Parlamento e só depois é que o Conselho de Ministros dá o ok final.

O mandato da atual administração de José Almaça tinha terminado em setembro de 2017. Fazem parte ainda Filipe Serrano e Maria de Nazaré Barroso (vogal).

De acordo com aquele jornal, o Ministério das Finanças decidiu acelerar a nomeação dos novos administradores da ASF numa altura em que se prepara para levar a reforma da supervisão financeira a Conselho de Ministros.

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Funcionários públicos podem ser dispensados de atestado por doença até dois dias

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

O Governo vai testar a possibilidade de os trabalhadores serem dispensados de apresentar atestado médico para ausências até dois dias e num máximo de sete dias por ano.

O Governo vai testar, em projetos experimentais, a possibilidade de os trabalhadores do regime de proteção social convergente serem dispensados de apresentar atestado médico para ausências até dois dias e num máximo de sete dias por ano.

Esta medida está prevista no Plano de Ação para a Segurança e Saúde no Trabalho na Administração Pública 2020, publicado esta quarta-feira em Diário da República, no qual o Governo define as medidas que lhe vão permitir ponderar novos modelos ajustados a cada realidade organizacional.

Quanto ao regime de ausência por doença de curta duração, o plano prevê “desenvolver projetos experimentais em organismos piloto” que envolvam a introdução, para os trabalhadores no regime de proteção social convergente, da possibilidade de dispensa de apresentação de atestado médico para ausências até dois dias, e num máximo de sete dias por ano.

Ainda neste âmbito, o plano prevê a avaliação desta introdução de alterações ao regime legal da justificação da doença “que conduza a uma simplificação dos procedimentos e à convergência do regime previsto na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas com o Código do Trabalho”. O regime de proteção social convergente (RPSC) abrange os trabalhadores admitidos na Administração Pública até 31 de dezembro de 2005 e que estavam inscritos na Caixa Geral de Aposentações (CGA).

O plano de ação determina ainda o controlo das ausências por doença e acidente de trabalho, no sentido de reforçar a eficácia e eficiência dos sistemas de verificação de incapacidades, designadamente nas situações de reincidência de baixas médicas ou baixas prolongadas, bem como dos sistemas de acompanhamento e monitorização em sede de emissão dos Certificados de Incapacidade Temporária. Quanto a este controlo das ausências por doença e acidente de trabalho, o plano também determina a promoção da realização de projetos experimentais “que visem encontrar soluções inovadoras”.

“A intervenção no quadro da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) pode ser facilitada através da atuação em rede”, afirma o executivo no diploma, precisando que a rede colaborativa, através do plano de ação publicado, vai “implementar e reforçar os serviços SST para que todos os trabalhadores” da Administração Pública tenham acesso a estes serviços até ao final de 2020.

A rede é coordenada pelo ministro que tutela o emprego público, em articulação com os membros do Governo responsáveis pelas áreas do emprego e da saúde, e integra o inspetor-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho e os diretores gerais da Direção-Geral da Saúde, da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), da Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, entre outros membros.

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BPI vê menos lucros para o BCP. Corta avaliação do banco de Miguel Maya

BCE vai demorar mais tempo a subir juros e isso vai afetar negócio do BCP. Também a recente emissão de AT1 também vai ter impacto nos resultados. Por isso, o BPI cortou a avaliação do banco de Maya.

O BPI cortou o preço-alvo das ações do BCP BCP 0,86% , baixando também a recomendação do título para “neutral”, isto depois de ter revisto em baixa as estimativas para o lucro do banco liderado por Miguel Maya.

A avaliação dos títulos do BCP foi cortada em mais de 17% para 0,28 euros, com os analistas do BPI a justificarem essa mexida no preço-alvo com o facto de anteciparam menos lucros para o banco. Isto acontece por duas razões: primeiro, porque o Banco Central Europeu (BCE) não deverá subir das taxas de juro tão cedo, o que vai condicionar as receitas com a margem financeira do BCP nos próximos tempos; depois, a recente emissão de 400 milhões de euros em títulos de dívida a contar para capital AT1 (pagou um juro de 9,25%) vai também ter impacto nos resultados do banco.

Por outro lado, a ação tem apresentado fulgor face àquilo que tem sido o desempenho do setor europeu, o que leva o BPI a dizer que o BCP já está a transacionar a níveis próximos dos pares espanhóis. Ou seja, a margem para valorizar ainda mais já não é assim tão evidente.

BCP recua em bolsa. Mantém ganhos no ano

“A ação teve um desempenho melhor do que o setor europeu desde o início de 2018, e está agora a negociar numa cotação mais alinhada com os pares espanhóis numa base cotação/valor contabilístico tangível”, sublinha o banco de investimento.

As ações do BCP estão a desvalorizar mais de 1% para os 0,2316 euros na bolsa de Lisboa. O PSI-20 cai, por sua vez, 0,85% para 5.088,06 pontos.

Apesar deste corte tanto na avaliação como na recomendação, a nota do BPI revela pontos positivos no caminho que o banco de Miguel Maya tem realizado nos últimos anos.

“O BCP é uma história de redução de NPL e de custos em Portugal”, dizem os analistas do BPI. “O rácio CET 1 total de 11,8% em setembro permite afastar (ou pelo menos mitigar) preocupações com capital e a capacidade do banco de lidar com o seu stock de crédito malparado”, acrescenta.

Miguel Maya apresenta os resultados anuais do BCP no próximo dia 21 de fevereiro. Até setembro, o banco registou uma subida de 93% do lucro para 257,5 milhões de euros, o que abre a porta ao regresso dos dividendos.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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JPMorgan: Portugal é “refúgio” do ruído político de Espanha

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

Entidade norte-americana aconselha investidores a reforçarem as suas posições na dívida pública portuguesa, por causa de "ruído político" em Espanha, com o OE a poder ser chumbado hoje.

O banco norte-americano JPMorgan aconselhou os investidores a reforçarem as suas posições na dívida pública portuguesa, em caso de venda de obrigações espanholas. “Acreditamos que Portugal tem uma história mais convincente em 2019 do que Espanha”, afirmou Gianluca Salford, analista de renda fixa do banco, em declarações citadas pelo Expansíon.

“Os dois países estiveram em paralelo no mercado nos últimos meses, mas a nossa expectativa de um aumento do ruído político em Espanha, devido ao debate das emendas ao Orçamento do Estado, pode facilitar um melhor registo da dívida portuguesa nas próximas semanas”, concluiu.

O Orçamento de Estado espanhol para 2019 vai ser votado esta quarta-feira, com o cenário de eleições antecipada a ser apontado como provável. Se o orçamento chumbar — com os partidos mais à direita e os independentistas a reforçarem essa posição nos últimos dias –, Pedro Sanchéz já admitiu que o seu Governo pode não ter condições para governar.

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Sofia Tenreiro apresenta demissão. Deixa liderança da Cisco Portugal

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

Sofia Tenreiro era a diretora-geral da Cisco Portugal desde 2015, mas está de saída do cargo, por motivos ainda desconhecidos.

Sofia Tenreiro apresentou a demissão do cargo de diretora-geral da Cisco Portugal, segundo o Dinheiro Vivo. Estava na liderança da tecnológica desde janeiro de 2015. Desconhecem-se os motivos na base desta decisão. Contactada pelo ECO, a executiva recusou fazer qualquer comentário.

Tem sido uma das vozes em Portugal que mais alerta para a necessidade de promover a cibersegurança nas empresas, advogando também pela transformação que a tecnologia está a provocar na sociedade e na economia. Em 2018, conduziu a multinacional norte-americana até à assinatura de um protocolo com o Governo de António Costa, com o objetivo de acelerar a digitalização.

No currículo, Sofia Tenreiro conta com passagens pela Microsoft Portugal, jornal Público, Optimus, L’Oreal Espanha e Procter & Gamble. A executiva também faz parte do Conselho Editorial do ECO.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h02)

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Portugal paga menos pela dívida de longo prazo. Obtém taxa de 2,045% a 15 anos

Foi o primeiro leilão de obrigações do Tesouro do ano. E foi um sucesso. O IGCP conseguiu uma taxa de 1,5% a dez anos e de 2% no prazo a 15 anos.

Portugal foi bem-sucedido no primeiro leilão de dívida de longo prazo deste ano. Conseguiu o montante máximo pretendido, de mil milhões de euros, registando taxas mais baixas do que em emissões comparáveis tanto no prazo a dez anos como na maturidade mais longa. Nas obrigações do Tesouro a dez anos, a agência liderada por Cristina Casalinho registou a taxa mais baixa de sempre.

De acordo com os dados da Reuters, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) obteve uma taxa de 1,568% no prazo a dez anos. Esta linha foi lançada no arranque deste ano, através de uma emissão de dívida sindicada em que Portugal obteve um financiamento de quatro mil milhões de euros com uma taxa de 1,987%.

Nesta maturidade, em que foram colocados 705 dos mil milhões de euros pretendidos, a taxa foi mesmo a mais baixa de sempre, sendo que no prazo mais longo o juro também desceu de forma expressiva. No caso do prazo mais longo, a 15 anos, a taxa foi de 2,045%, refere a Reuters.

No prazo a 15 anos, em que o IGCP captou 295 milhões de euros, o juro ficou aquém dos 2,257% registados no leilão realizado em julho, o primeiro desde que foi lançada esta linha de dívida de longo prazo. Foi em abril do ano passado que esta linha foi estreada, tendo o país conseguido um financiamento de três mil milhões de euros através de uma operação com recurso a um sindicato bancário.

Portugal volta a emitir divida de longo prazo com uma taxa inferior ao custo médio da sua dívida, esta tendência tem sido uma constante nos últimos meses e é extramente positiva para os interesses nacionais”, diz Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.

“Apesar de estarmos numa altura em que assistimos a um abrandamento económico que levou as taxas das dívidas soberanas na Europa cair face aos valores que estavam no final do ano, o IGCP acaba por tirar partido deste momento de mercado para emitir dívida com sucesso“, remata o especialista, em comunicado.

Estes mil milhões de euros conseguidos neste primeiro leilão de obrigações do Tesouro deste ano vêm juntar-se aos quatro obtidos na emissão sindicada, elevando para cinco mil milhões o total captado em 2019 através de dívida de longo prazo.

Este ano, as necessidades de financiamento líquidas do Estado para este ano deverão situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros. Contudo, está prevista a realização de emissões de obrigações no valor de 15,8 mil milhões de euros. Tendo em conta o valor já captado, estão satisfeitas 31,6% das necessidades brutas.

Ao mesmo tempo que emite dívida de longo prazo, Cristina Casalinho procura alongar a maturidade da dívida pública através de operações de troca. A 31 de janeiro, Portugal fez uma troca que permitiu ao país adiar para 2028 o reembolso de 702 milhões de euros em títulos que venciam já no próximo ano.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h12 com comentário do Banco Carregosa)

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